CEO da Cloudflare terá estado envolvido em incidente à saída de Tires, acusa diretor do aeródromo

Matthew Prince terá tentado embarcar este domingo à noite na sua aeronave privada sem controlo de bagagem. Ocorrência foi registada pelas empresas de segurança privada e ‘handling’ e reportada à ANAC.

O CEO da tecnológica norte-americana Cloudflare, que esta segunda-feira voltou a fazer críticas à burocracia e aos aeroportos de Portugal, terá estado envolvido numa situação de desobediência aos responsáveis de segurança em Tires durante o fim de semana. O diretor do Aeródromo de Cascais confirmou ao ECO que reportou à Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) uma ocorrência com Matthew Prince, passageiro frequente desta infraestrutura aeroportuária.

“Sucede que o senhor [Matthew] Prince, que costuma vir com as suas aeronaves para o Aeródromo Municipal de Tires, teve um voo ontem ao final do dia [por volta das 22h30] e, ao que parece – estamos ainda a apurar – teve uma má reação perante o rastreamento da sua bagagem que vai a bordo do avião”, revela o diretor do Aeródromo Municipal de Cascais.

Jorge Roquette Cardoso diz que o controlo de malas é “absolutamente normal” para qualquer passageiro, independentemente de se deslocar num avião próprio, alugado ou de uma companhia aérea. “Isto decorre das regras da segurança da aviação civil. Ninguém entra a bordo de uma aeronave sem ter o devido rastreamento por metais e por raio-X”, reforça.

A direção do aeródromo de Tires recebeu esta segunda os relatórios das ocorrências realizado pelas empresas de segurança privada e de handling (dois documentos distintos) e reencaminhou-os à ANAC através da Comissão Nacional de Facilitação e Segurança da Aviação Civil (FALSEC). “Demos conta dos factos, que são de alguma gravidade”, afirmou Jorge Roquette Cardoso ao ECO.

“Alegadamente, o comandante do voo [Peter Duncan Stewart] e o senhor Prince mostraram muito desconforto por os estarem a obrigar ao rastreamento das suas bagagens. Terá dito que o avião é dele e que não tem que rastrear algo que vai para dentro do seu avião. Ora, isto não faz qualquer sentido. É descabido alguém não querer ser rastreado. A ANAC segue as regras da Agência Europeia de Aviação Civil. Houve exaltação, gritos…”, conta ainda o responsável pelo Aeródromo de Cascais.

Jorge Roquette Cardoso indica que a Polícia de Segurança Pública, que estava a fazer o controlo de fronteira, e os elementos da Alfândega de Lisboa, dos serviços aduaneiros, terão testemunhado o ocorrido e tentado “acalmar os ânimos” para evitar confrontos. O relatório detalha que a aeronave em causa tinha 10 passageiros, alguns dos quais se encontravam em “estado nervoso/alterado”.

O CEO da Cloudflare é um crítico dos aeroportos nacionais, pelo menos, desde 2018. Esta tarde adensou as queixas na rede social X, onde escreveu que “talvez” o aeroporto de Lisboa tenha ganho o prémio de melhor aeroporto em 2020, “quando não havia passageiros para votar devido à Covid-19″, portanto foi “literalmente um ato de aleatoriedade”.

Em resposta a um comentário online de que existem aeroportos piores no mundo, como o de Newark, o CEO respondeu: “Existem três opções para chegar a Nova Iorque e Newark é apenas uma delas. Mais sete se estiveres disposto a apanhar um comboio durante 90 minutos. Quando Lisboa tiver mais do que uma pista ligue-me”. E antecipa até que o Aeroporto Humberto Delgado tenha um “acidente fatal” antes de Newark.

Horas antes, referiu que Portugal não é um “país sério”, tendo as condições para o investimento piorado nos últimos seis anos de presença da Cloudflare em território nacional. “Todas as promessa que o Governo fez para reduzir a burocracia, tornando mais fácil a operar como negócio para tentar contratar, foram quebradas”, acusou o CEO da gigante norte-americana, numa publicação na X (antigo Twitter).

O ECO contactou a Cloudflare sobre este alegado incidente, mas até ao momento não foi possível obter comentários.

Não obstante haver expediente sobre o assunto, a situação em nada impacta com a PSP e terá sido reportada à ANAC“, declarou o comandante da Divisão de Segurança e Controlo Fronteiriça da PSP, em resposta enviada ao ECO.

Notícia atualizada a 30-05-2025 com resposta da PSP

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Putin garante que “não vai estender o tapete” às empresas que saíram da Rússia

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

"Têm de ser asfixiadas. Totalmente de acordo. Digo-o sem qualquer problema, uma vez que nos procuram estrangular. Há que responder da mesma maneira. Isso é tudo!", disse o presidente russo.

O presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, afirmou esta segunda-feira que se deve responder na mesma moeda às empresas, como Microsoft e Zoom, que a procuram “asfixiar” no contexto da invasão da Ucrânia pelas tropas russas.

Têm de ser asfixiadas. Totalmente de acordo. Digo-o sem qualquer problema, uma vez que nos procuram estrangular. Há que responder da mesma maneira. Isso é tudo!”, disse, durante uma reunião com empresários transmitida por televisão. Respondeu assim à proposta de um empresário, que recordou que aquelas empresas ocidentais continuam a operar no mercado russo.

“Nós não expulsamos nem fazemos mal a ninguém. Oferecemos condições mais do que favoráveis para que trabalhem aqui, no nosso mercado, mas agora procuram estrangular-nos”, acrescentou Putin. Recordou que as grandes empresas russas continuam a usar os seus serviços, o que, segundo o empresário, causa perdas milionárias às empresas russas.

Por sua vez, Putin garantiu que “não vai estender o tapete” às empresas que saíram da Federação Russa, depois da invasão da Ucrânia. O presidente russo disse que “não basta pedir desculpas” para que essas empresas possam regressar ao mercado russo.

“Claro que há que analisar como foi o comportamento de cada uma. Algumas desrespeitaram-nos, ofenderam-nos, que continuem onde estão. Outras deram dinheiro ao Exército ucraniano. Precisamos das suas desculpas? Não. Isso não é suficiente”, disse.

Afirmou ainda que vários governos ocidentais “proibiram as suas empresas” de trabalhar com a Federação Russa e alertou que o seu regresso não vai ser fácil.

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Marcelo quer indigitar primeiro-ministro já na quinta-feira

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

"Vou ouvir primeiro os três partidos. Se eu tiver condições para logo nesse dia fazer sair uma nota de indigitação, faço", declarou o Presidente da República.

O Presidente da República anunciou que irá ouvir novamente o PSD, o PS e o Chega na tarde de quinta-feira e quer indigitar o primeiro-ministro, se possível, logo nesse dia.

“Vou ouvir primeiro os três partidos. Se eu tiver condições para logo nesse dia fazer sair uma nota de indigitação, faço”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta aos jornalistas, à saída do Convento do Beato, em Lisboa.

Questionado se tenciona receber José Luís Carneiro, candidato a secretário-geral do PS, o chefe de Estado respondeu: “Eu vou falar com a delegação que vier do PS, quem escolhe são eles”.

Quanto às novas audiências aos três maiores partidos com assento parlamentar, o Presidente da República referiu que o calendário “já está definido” e irá recebê-los às 15:00, 16:00 e 17:00 de quinta-feira, dia seguinte ao apuramento dos resultados dos círculos da emigração.

“A ideia é que logo que possa indigitarei [o primeiro-ministro]”, acrescentou.

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Um homem detido após atropelar multidão em Liverpool

  • Lusa e ECO
  • 26 Maio 2025

Durante as celebrações da vitória do Liverpool no campeonato britânico, um carro abalroou a multidão nas ruas. O condutor foi detido.

Um homem foi detido esta segunda-feira após atropelar uma multidão em Liverpool, durante as celebrações da vitória do clube desta cidade do norte de Inglaterra no campeonato britânico, segundo a polícia.

A polícia foi contactada ao final da tarde “na sequência de relatos de uma colisão entre um automóvel e vários peões” no centro da cidade, de acordo com a polícia local, que não indicou o número de vítimas. O carro foi paralisado no local e o condutor – um britânico de 53 anos – foi detido, segundo avança o jornal The Guardian.

“Estão em curso inquéritos para estabelecer as circunstâncias que levaram à colisão”, disse ainda a polícia.

“As cenas em Liverpool são terríveis”, reagiu o primeiro-ministro britânico na rede social X (ex-Twitter).

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Gasto em defesa? Secretário-geral da NATO acredita em pacto para 5% do PIB

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

O secretário-geral, Mark Rutte, diz que a "Rússia aliou-se à China, Coreia do Norte e Irão, e estão a reforçar os seus exércitos. Estão a preparar-se para um confronto a longo prazo".

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, defendeu esta segunda-feira que os países membros concordem em gastar 5% do PIB em defesa, durante a cimeira da organização, a realizar nos dias 24 e 25 de junho, em Haia.

“Presumo que em Haia concordaremos com uma meta mais elevada de gastos em defesa de 5% no geral”, disse Rutte, durante um evento da Assembleia Parlamentar da NATO em Dayton, nos Estados Unidos. “Os líderes tomarão decisões na cimeira do próximo mês para tornar a NATO numa aliança mais forte, mais justa e mais letal”, prometeu o secretário-geral.

A proposta que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou à organização inclui um gasto de 3,5% do produto interno bruto (PIB) de cada país num orçamento de defesa “rígido”, mais 1,5% para despesas relacionadas com a defesa, como infraestruturas para facilitar a mobilidade do pessoal militar.

“Vivemos num mundo mais perigoso e estamos num momento crítico para a nossa segurança, com várias ameaças. Há a guerra brutal da Rússia contra a Ucrânia, a ameaça do terrorismo, a intensa competição global e conflitos em todo o mundo, do Médio Oriente à Ásia. A Rússia aliou-se à China, Coreia do Norte e Irão, e estão a reforçar os seus exércitos. Estão a preparar-se para um confronto a longo prazo”, avisou Rutte.

O secretário-geral da NATO defendeu que “a paz falha quando a complacência prevalece, quando as ameaças não são respondidas e quando os preparativos são adiados”.

“Precisamos de agir agora e reforçar as nossas defesas. Qualquer atraso é perigoso. Para reforçar a NATO, precisamos de aumentar as despesas com a defesa (…). Para preservar a paz, precisamos de nos preparar para a guerra”, argumentou Rutte.

Apenas 23 dos 32 países-membros atingiram a meta de 2014 de gastar 2% do PIB em defesa, de acordo com o relatório anual da NATO publicado em abril, mas espera-se que todos o façam até ao verão. Portugal está entre os Estados-membros que nunca atingiram esse objetivo.

Na Assembleia Parlamentar da NATO, em Dayton, o chefe da diplomacia da Ucrânia, Andriy Sibiga, defendeu que a presença do Presidente Volodymyr Zelensky na cimeira anual da Aliança em Haia, no final de junho, é “extraordinariamente importante”.

“A Ucrânia considera extremamente importante estar representada na cimeira da NATO em Haia e contribuir para o seu sucesso, tanto através da presença pessoal ao mais alto nível como através de decisões decisivas” que ali possam ser tomadas, disse Sibiga.

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Nevoeiro e sistema inoperacional obrigam voos a divergirem do Aeroporto do Porto

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

A ANA explica que "o sistema de aterragem por instrumentos do Aeroporto do Porto se encontra temporariamente fora de serviço de forma programada devido às obras em curso naquela infraestrutura”.

O nevoeiro aliado à inoperacionalidade temporária do sistema de aterragem por instrumentos (ILS), devido às obras em curso no Aeroporto do Porto, levou a que vários voos tivessem na manhã desta segunda-feira de divergir para outros destinos.

O nevoeiro que se fez sentir esta manhã na zona do Porto teve algum impacto nas operações no Aeroporto Sá Carneiro, com registo de divergências nas primeiras duas horas de operação. Importa sublinhar que o sistema de aterragem por instrumentos do Aeroporto do Porto se encontra temporariamente fora de serviço de forma programada devido às obras em curso naquela infraestrutura”, explica A NAV Portugal, em reposta escrita enviada à agência Lusa.

A empresa responsável pela gestão do tráfego aéreo sublinha que “a conjugação entre a indisponibilidade temporária do ILS e as condições de visibilidade reduzida explica as restrições verificadas” durante a manhã. A NAV refere ainda que “esta situação foi comunicada atempadamente a todos os operadores aéreos e enquadra-se no planeamento habitual para este tipo de intervenções”.

As obras estão previstas decorrerem até fevereiro de 2026. A Lusa questionou a ANA – Aeroportos de Portugal sobre quantos voos é que foram afetados e quando é que o ILS estará novamente operacional, mas, até ao momento, a gestora aeroportuária não respondeu.

Em 27 de maio de 2024, a ANA anunciou que o reforço da pista do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia, distrito do Porto, teria início em 31 de julho desse ano, acrescentando que a empreitada demoraria 19 meses e teria um investimento de 50 milhões de euros. A ANA explicou que as obras visavam “reforçar as condições operacionais do aeroporto, sendo esta a maior intervenção realizada na pista desta infraestrutura”.

A intervenção na pista e áreas adjacentes inclui a repavimentação completa da camada de desgaste da pista 17-35, intervenções de reforço estrutural da pista, ajustamento da geometria da faixa da pista (strip), e na linha de aproximação (sinalização luminosa) das pistas 17 e 35, bem como a substituição dos sistemas de luzes da pista por LED.

A obra prevê ainda renovação integral do sistema de drenagem da pista e a instalação de infraestruturas civis para a implementação de equipamentos de navegação (ILS categoria II) na pista 35, que vão permitir operações em baixa visibilidade.

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Fidelidade volta a ser seguradora oficial do Nos Alive e Paredes de Coura

  • ECO Seguros
  • 26 Maio 2025

A seguradora reforça estratégia de se aproximar dos jovens com stand frente ao palco, embaixadores da marca, influenciadores e apps que premiam boas escolhas.

A Fidelidade volta a ser seguradora oficial de festivais de música deste verão — NOS Alive e Vodafone Paredes de Coura — reforçando a sua “estratégia de inovação e aproximação da marca ao público mais jovem”.

Sob o mote “Fidelidade, Música que te toca nos festivais de verão”, a companhia instalar-se-á novamente num stand próprio “de frente para o palco principal”, reproduzindo o modelo de anos anteriores, explica a seguradora em comunicado.

Durante os festivais, a seguradora dinamizará várias iniciativas assentes em soluções digitais já conhecidas dos seus clientes: a App Multicare Vitality, que “recompensa os seus utilizadores caso adotem um estilo de vida mais saudável”; a App Mysavings, que “lhes permite definir objetivos de poupança e de investimento no futuro”; e o Fidelidade Drive, que “incentiva e recompensa uma condução responsável e menos poluente”.

“A Fidelidade é uma marca que procura continuamente inovar e estar atenta às tendências do mercado. Com a participação nos Festivais de Música, pretendemos criar um maior envolvimento com os jovens, dando a conhecer os valores da marca e a proporcionar uma experiência única a públicos tradicionalmente ligados a estes eventos musicais, de elevada afluência e prestígio”, assinala Sérgio Carvalho, Diretor de Marketing e Clientes da Fidelidade.

Ao longo dos dias do festival, a Fidelidade promete uma campanha de ativação da marca nas redes sociais para “partilhar com toda a comunidade os momentos e as experiências vividas no NOS Alive e no Vodafone Paredes de Coura”, bem como promover diversos passatempos.

Tal como em edições anteriores, estarão também no stand os Embaixadores da marca e vários influenciadores, que participarão nas dinâmicas e interagirão com o público, reforçando o alcance dos conteúdos online.

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PRR. Governo continua “a acreditar” que prazos serão cumpridos na habitação

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

"Os preços da construção continuaram a subir e, portanto, temos alguns concursos vazios", explica Miguel Pinto Luz, que acredita ainda assim que os prazos serão cumpridos na parte da habitação do PRR.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, admitiu esta segunda-feira atrasos na execução dos projetos previstos na componente de habitação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas disse continuar “a acreditar” que os prazos serão cumpridos.

“Continuamos a acreditar e convictos que vamos cumprir o PRR. Aliás, tem que ser um desafio nacional, um desafio que compete a todos a conclusão e podermos cumprir esse desígnio dos 26 mil fogos em junho de 2026”, afirmou o ministro, em Alcanena, no distrito de Santarém.

Miguel Pinto Luz, que visitou esta tarde alguns dos projetos de habitação em curso no concelho e entregou as primeiras seis chaves no âmbito do programa de renda acessível, reconheceu que “os desafios são enormes”, mas insistiu que continua “a acreditar”, dando o exemplo do trabalho desenvolvido em Alcanena.

Continuamos a acreditar que é possível, vamos conseguir fazer e, com exemplos como os de Alcanena, com certeza que o vamos fazer”, salientou, apontando que as causas para os atrasos estão identificadas e serão encontradas soluções para as ultrapassar.

Referindo o “preço da construção” e a “suborçamentação que existiu nos vários programas”, Miguel Pinto Luz enalteceu o trabalho do atual Governo, que fez um “esforço hercúleo de aumentar a capacitação, de aumentar a resposta do orçamento do Estado […] para poder cumprir” o PRR.

“Nos próximos meses veremos esse ritmo cada vez mais acelerado para concluirmos os 26 mil fogos [até junho de 2026], que nós acelerámos para 10 mil extra, que serão financiados também a 100%, e por isso acreditamos que conseguimos, com a ajuda dos municípios”, declarou.

Questionado pela evolução dos projetos no âmbito do 1º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, o governante confirmou existirem atrasos por concursos vazios, que imputou à “suborçamentação” dos projetos por parte do anterior executivo socialista.

“Hoje os preços da construção continuaram a subir e, portanto, temos alguns concursos vazios, já foi notícia. Estamos preocupados com esta situação, mas estamos a monitorizar e estamos sempre a encontrar soluções”, assegurou.

Além do orçamento “mais do que redobrado”, o governante apontou a soluções que passam por “arquiteturas diferentes dos modelos de financiamento” para “poder acudir a esses preços da construção cada vez mais elevados”.

Relativamente ao município de Alcanena, o ministro considerou tratar-se de uma “referência” pela “visão integrada” para o desenvolvimento do concelho, aliada a um pacote global de investimento em 318 fogos, no âmbito do 1.º Direito e renda acessível, na ordem dos 40 milhões de euros.

“É um exemplo e está a liderar. Precisamente porque tem um programa de renda acessível absolutamente único e um 1.º Direito também absolutamente único. Mas, eu diria que esta visão de reabilitar o casco velho, trazer a multiplicidade de usos para dentro do casco velho – e fizemos este percurso a pé desde os Paços do Concelho até aqui – percebemos aquilo que está a acontecer no casco velho. Era isto que devia ter acontecido de norte a sul”, afirmou.

Alcanena, com um projeto global para 308 fogos e um investimento na ordem de 40,5 milhões de euros, já entregou 27 fogos no âmbito do 1.º Direito e tem mais 68 em construção, num investimento global de nove milhões de euros. Ao nível da habitação a custos acessíveis, Alcanena entregou hoje os primeiros seis fogos, tendo outros 145 em construção, 35 em concurso público e 27 em projeto, num investimento de 31,5 milhões de euros.

Segundo o presidente da Câmara de Alcanena, Rui Anastácio (eleito pela coligação PSD/CDS-PP/MPT), o município recebeu 100 candidaturas para os seis fogos que foram entregues esta segunda. “Temos aqui um conjunto de desafios muito grande, mas de facto esta oferta qualificada de habitação é uma das peças do puzzle indispensáveis para conseguirmos combater este inverno demográfico que estamos a viver no país e na nossa região”, afirmou.

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Morais Leitão apoia grupo Sonae na venda da MO e da Zippy à atual equipa de gestão

A equipa multidisciplinar da Morais Leitão que assessorou a operação foi liderada pelo sócio Fábio Castro Russo e pela associada principal Clara Almeida.

A Morais Leitão assessorou o grupo Sonae, através da Fashion Division, S.A., na venda, em contexto de management buy-out, de ações representativas da totalidade do capital social e direitos de voto da Modalfa – Comércio e Serviços, S.A. (“MO”) e da Zippy – Comércio e Distribuição, S.A. (“Zippy”), incluindo as subsidiárias desta, a um consórcio composto por Francisco Sousa Pimentel, atual CEO da MO, e pelo Fundo Mercúrio – Fundo de Capital de Risco Fechado, gerido pela Oxy Capital. Na sequência da operação, e de acordo com as características de um management buy-out, manter-se-á a atual equipa de gestão, demonstrando a sua aposta e compromisso com o negócio. A transação representa um encaixe de cerca de 20 milhões de euros para o grupo Sonae.

A plena produção de efeitos da transação, que se espera ocorrer até ao final do primeiro semestre de 2025, está dependente da verificação de condições suspensivas e do cumprimento de requisitos legais, entre os quais a notificação prévia da transação à Autoridade da Concorrência e a notificação de decisão de não oposição da mesma.

A MO e a Zippy são marcas de moda fundadas no grupo Sonae com percursos sólidos de desenvolvimento no grupo, desde 1995 e 2004, respetivamente. Atualmente, ocupam posições de liderança nos seus segmentos em Portugal e contam com uma presença internacional significativa.

A MO é um retalhista especializado em moda e acessórios para toda a família, detentor de mais de 120 lojas de moda em Portugal, e com uma área de negócio dedicada à gestão da categoria têxtil em retalhistas internacionais de referência. A Zippy é especialista no universo infantil e está presente em mais de 40 países através de uma estratégia multicanal que inclui lojas próprias e franchising.

A equipa multidisciplinar da Morais Leitão que assessorou a operação foi liderada pelo sócio Fábio Castro Russo e pela associada principal Clara Almeida, contando ainda com a colaboração de Jorge Simões Cortez (comercial e societário), Maria Soares do Lago, Pedro Gorjão-Henriques e Carolina Soares de Sousa (bancário e financeiro), e Joaquim Vieira Peres e Gonçalo Rosas (concorrência).

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Cooperativa de habitação fica com três terrenos municipais em Coimbra

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

O objetivo da Cooperativa Mondego é construir habitação a custos controlados nos três lotes.

O presidente da Câmara de Coimbra afirmou esta segunda-feira que a cooperativa Mondego aceitou ficar com três terrenos municipais com o objetivo de nesses lotes construir habitação a custos controlados.

A cedência dos três terrenos chegou a ser posta em causa em abril, quando a cooperativa Mondego deu nota aos vereadores dos custos associados à infraestruturação desses três lotes, situados na zona da Arregaça.

No entanto, em reunião da Câmara de Coimbra, o presidente do município, José Manuel Silva, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/NC/PPM/A/RIR/VP) disse que a cooperativa informou ter “aceitado os três lotes de terreno”, numa cedência a protocolizar entre as duas instituições. A formalização da cedência dos três terrenos àquela cooperativa será realizada “em data a combinar, posteriormente”, disse.

Questionada pela agência Lusa, a vereadora com o pelouro do urbanismo, Ana Bastos, esclareceu que a cedência dos três lotes será nas mesmas condições, incluindo os custos de urbanização associados a um dos terrenos.

Num email divulgado numa reunião do executivo em abril, o presidente da Cooperativa Mondego, Adelino Besteiro, afirmava que a entrega dos três lotes àquela instituição não estava isenta de custos, com a cooperativa de habitação a ter de investir “cerca de 200 mil euros numa estrutura viária, pública, de contorno de um dos lotes”.

Na altura, a vereadora do PS Regina Bento, criticou a Câmara por associar à cedência a obrigação de investimento de cerca de 200 mil euros em infraestruturas públicas, considerando que o executivo estava a tratar a cooperativa “como uma empresa de construção privada”. O vereador da CDU, Francisco Queirós, também questionou o município sobre o assunto, considerando da “maior importância o apoio às cooperativas de habitação no quadro da grave crise habitacional que se vive”.

O presidente da Câmara, José Manuel Silva, disse que o ónus associado a um dos lotes já era do conhecimento da cooperativa, salientando que “o valor de cada lote ultrapassa em muito o valor das obras a fazer”. Na mesma reunião, foi referido que já havia uma reunião marcada entre o município e a cooperativa, com o executivo a mostrar disponibilidade “para colaborar”.

Em abril de 2024, a Assembleia Municipal aprovou por larga maioria (com apenas duas abstenções) uma moção do PS em que a Câmara de Coimbra comprometia-se a ceder terrenos a cooperativas para habitação a custos controlados. Durante a reunião de hoje, José Manuel Silva destacou também a evolução do trabalho no urbanismo da Câmara, referindo que o concelho, em 2024, foi o terceiro município que deu aval a mais licenciamentos, só atrás do Porto e da Maia

“É extraordinário como foi possível em tão pouco tempo, com a colaboração de todos, tornar numa referência nacional o funcionamento do Departamento de Urbanismo da Câmara Municipal de Coimbra”, vincou.

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Trabalhadores da PSA Sines e LaborSines em greve parcial no Terminal XXI

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

Entre as principais exigências está “a alteração do horário” de trabalho e “a reposição do dia de aniversário”, indica o sindicato.

Trabalhadores das empresas PSA Sines e LaborSines, no Terminal XXI do Porto de Sines, no distrito de Setúbal, começaram esta segunda-feira uma greve parcial, que se prolonga até 6 de junho, para exigir melhores condições de trabalho. A paralisação é promovida pelo Sindicato das Indústrias, Energia, Serviços e Águas de Portugal (SIEAP) e abrange as últimas duas horas de cada turno.

De acordo com o sindicato, em comunicado, a greve “surge como resposta à falta de respeito e de diálogo sério por parte da administração da PSA Sines e da LaborSines”.

No documento, o SIEAP assegurou que, “apesar das várias tentativas de negociação, não houve avanços concretos”, tendo a administração da PSA, concessionária do Terminal XXI do Porto de Sines, e a LaborSines, empresa de trabalho temporário portuário, optado por “ignorar as legítimas reivindicações dos trabalhadores”.

“Esta greve foi decidida porque a administração da PSA Sines e da LaborSines têm sistematicamente ignorado as reivindicações e propostas dos trabalhadores”, que “estão a lutar por melhores condições de trabalho, respeito e diálogo”, disse hoje à agência Lusa o dirigente do SIEAP Ricardo Raposo.

Entre as principais exigências está “a alteração do horário” de trabalho e “a reposição do dia de aniversário”, precisou. “Neste momento, estamos com um horário que é seis meses de inverno, seis meses de verão, sendo que, no verão, temos uma carga horária gigante que está a causar muito descontentamento, muito desgaste e a encurtar muito do tempo dos trabalhadores com a família”, explicou.

Com esta paralisação, convocada até 6 de junho, os trabalhadores reclamam “um horário igual durante o ano inteiro”, com “um dia de sobreposição em que estão dois turnos a trabalhar”, o que vai possibilitar “qualidade de vida”, indicou o dirigente. Segundo o sindicato, “a paralisação afetará todas as operações portuárias no Terminal XXI do Porto de Sines, envolvendo trabalhadores efetivos e contratados, independentemente do vínculo”, num universo superior a 1.000 trabalhadores.

Questionado pela Lusa, Ricardo Raposo afiançou que, neste primeiro dia, a adesão à greve nos turnos da noite e da manhã “rondou os 100%”.

Esperamos que a empresa possa vir a ter abertura para negociações, visto que não está a ser flexível, embora mencione que está aberta a negociações. Apesar [de o sindicato] já ter apresentado várias propostas, a resposta a todas elas sempre foi negativa e sem contraproposta”, observou.

A agência Lusa tentou obter esclarecimentos por parte da administração da PSA Sines, mas até ao momento não foi possível.

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Cabo Verde lança última fase de privatização parcial da CV Handling

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

Swissport (Suíça), Aviator (Suécia), Menzies (Escócia) e Çelebi (Turquia) foram "formalmente convidados a apresentar propostas vinculativas".

O Governo cabo-verdiano anunciou esta segunda-feira a terceira e última fase do processo de privatização parcial da Cabo Verde Handling, empresa de assistência aos sete aeroportos e aeródromos do arquipélago.

“Foram formalmente convidados a apresentar propostas vinculativas os candidatos previamente qualificados na segunda fase do concurso”, Swissport (Suíça), Aviator (Suécia), Menzies (Escócia) e Çelebi (Turquia).

O Governo expressou a intenção de “reforçar o compromisso com a boa governança, transparência e atração de parceiros” com experiência internacional, capacidade técnica e visão estratégica para o setor. A aposta pública no setor aeroportuário acompanha o crescimento do turismo que, em 2024, atingiu o recorde de 1,2 milhões de hóspedes, maioritariamente europeus com destino às ilhas do Sal e Boa Vista.

A CV Handling foi criada em 2014 e é a única operadora licenciada para prestar serviços de assistência ao transporte aéreo em Cabo Verde, mantendo a exclusividade, até que cada aeroporto atinja um movimento superior a dois milhões de passageiros ou 25 mil toneladas de carga.

Com um capital próprio de 9,6 milhões de euros e 498 trabalhadores, a empresa registou um volume de negócios de 16 milhões de euros em 2024 e prevê atender 2,3 milhões de passageiros em 2030. “A conclusão deste processo contribuirá para consolidar a Cabo Verde Handling como eixo estruturante do hub aéreo nacional e vai fortalecer a execução da Agenda de Privatizações 2022–2026”, concluiu.

Em paralelo, o Governo concessionou, em 2023, o serviço público aeroportuário à Cabo Verde Airports, firma do grupo Vinci, com o objetivo de expandir e modernizar os quatro aeroportos internacionais (Boavista, Praia, Sal e São Vicente) e três aeródromos (Fogo, Maio e São Nicolau) com um plano de investimentos a 40 anos.

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