CTT pagam dividendo de 17 cêntimos a 15 de maio

  • ECO
  • 2 Maio 2025

A data de ex-dividendo é o 13 de maio de 2025. O pagamento será realizado através do Banco Montepio. No ano passado, o operador postal lucrou 45,5 milhões.

Os CTT – Correios de Portugal vão pagar aos acionistas o dividendo de 17 cêntimos por ação, referente ao exercício de 2024, no próximo dia 15 de maio.

A data de ex-dividendo é o 13 de maio de 2025, de acordo com a informação transmitida esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “De acordo com os regulamentos aplicáveis, o pagamento dos dividendos será efetuado através da Central de Valores Mobiliários, sendo agente pagador o Banco Montepio“, lê-se no comunicado publicado pela CMVM.

Em causa está um dividendo que corresponde a um payout de 52%. O operador postal liderado por João Bento registou, no ano passado, um lucro de 45,5 milhões de euros, num exercício que ficou marcado por ser o primeiro em que a área de encomendas e expresso superou a de correios.

O resultado líquido de 2024 corresponde a uma descida de quase 25% face ao ano anterior, sobretudo devido a fatores extraordinários: comissões ganhas com a comercialização de certificados de dívida pública, particularmente forte em 2023; e nos impostos, que foram de 1,1 milhões então e de uns mais “normais” 9,3 milhões em 2024.

Na bolsa de Lisboa, os títulos dos CTT fecharam a sessão desta sexta-feira com uma desvalorização de 0,64% para 7,72 euros.

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Governo cria grupo de trabalho para “substituição urgente” do Siresp

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

Siresp “mostrou limitações estruturais e operacionais em cenários de elevada exigência operacional”, sendo por isso necessário um novo sistema “mais robusto, fiável, resiliente e interoperável”.

O Governo anunciou esta sexta-feira a criação de uma equipa “de trabalho técnica e multissetorial” para “a substituição urgente” da rede Siresp, após esta ter falhado durante o apagão de energia.

“A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, emitiram um despacho que determina a constituição de uma equipa de trabalho técnica e multissetorial com a missão de desenvolver, no prazo máximo de 90 dias, um estudo técnico-estratégico para a substituição urgente do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP)”, refere um comunicado conjunto daqueles dois ministérios.

A decisão “visa assegurar, com caráter de urgência, um sistema de comunicações robusto, fiável, resiliente, tecnologicamente adequado e plenamente interoperável, que responda eficazmente às exigências atuais e futuras das forças e serviços de segurança, emergência e proteção civil”, precisam os dois ministérios.

No comunicado conjunto, os ministérios da Administração Interna e das Infraestruturas e Habitação avançam que a decisão “é sustentada pela relevância estratégica das comunicações de emergência e proteção civil para a segurança e resiliência do Estado”, tendo o Siresp evidenciado “limitações estruturais e operacionais” em cenários “de elevada complexidade e exigência operacional, que se constataram, entre outras situações, no passado dia 28 de abril, durante o apagão”.

Segundo o Governo, a decisão surge em paralelo ao anúncio de três auditorias pedidas aos reguladores das áreas das comunicações, navegação aérea e transportes e mobilidade sobre as operações decorridas durante o “apagão”. Os dois ministérios indicam ainda que o coordenador da equipa de trabalho será designado por despacho conjunto das áreas governativas da Administração Interna e das Infraestruturas e Habitação.

A equipa incluirá representantes da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), do Estado-Maior General dos Forças Armadas, dos gabinetes dos ministérios da Administração Interna e da Infraestruturas e Habitação, do Gabinete Nacional de Segurança, da GNR, da PSP, do INEM e da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna e ainda técnicos independentes que serão designados.

A rede SIRESP é a rede de comunicações exclusiva do Estado português para o comando, controlo e coordenação de comunicações em todas as situações de emergência e segurança, responde às necessidades dos mais de 40.000 utilizadores e suporta anualmente um número superior a 35 milhões de chamadas.

A empresa pública Siresp S.A., que comanda e coordena a rede de comunicações de emergência e segurança do Estado, está sem liderança há mais de um ano, depois de Paulo Viegas Nunes ter deixado a presidência no final de março de 2024.

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Mercado automóvel cresce 0,2% até abril para 89.613 veículos

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

No período entre janeiro e abril, “as matrículas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram 77.297 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 1,2%", indica a ACAP.

O mercado automóvel cresceu, até abril deste ano, 0,2% em termos homólogos, tendo sido colocados em circulação 89.613 novos veículos, disse esta sexta-feira a Associação Automóvel de Portugal (ACAP) em comunicado. “De janeiro a abril de 2025, foram colocados em circulação 89.613 novos veículos, o que representou um ligeiro aumento de 0,2%, relativamente ao mesmo período do ano anterior”, indicou.

No que diz respeito ao mês de abril, foram “matriculados em Portugal 21.825 veículos automóveis, ou seja, mais 4,5% do que no mesmo mês de 2024”. No período entre janeiro e abril, “as matrículas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram 77.297 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 1,2% relativamente a período homólogo de 2024”, disse a ACAP.

Já no mês de abril foram matriculados em Portugal 18.752 automóveis ligeiros de passageiros novos, mais 8,2% do que no mesmo mês do ano de 2024. Entre janeiro e abril, 65,8% dos veículos ligeiros de passageiros matriculados novos “eram movidos a outros tipos de energia, nomeadamente elétricos e híbridos”, verificando-se que 20,6% dos veículos ligeiros de passageiros novos eram elétricos.

No mês de abril, o peso dos elétricos foi de 19,8% do mercado. Segundo dados da ACAP, entre janeiro e abril, as marcas de ligeiros de passageiros mais vendidas em Portugal foram Peugeot, Renault e Dacia, com aumentos de 5%, 2,5% e 0,1% respetivamente.

Já no caso dos veículos ligeiros de mercadorias, o mercado, no acumulado do ano, atingiu 10.171 unidades, o que representou uma queda de 4,3% face ao mesmo período do ano de 2024. Em abril, este segmento registou uma evolução negativa de 16,8% face ao mês homólogo do ano anterior, com 2.525 unidades matriculadas.

Segundo a ACAP, neste segmento, os modelos mais vendidos foram Peugeot, Opel e Toyota, no acumulado do ano, com um aumento de 17,1% e 13,6% e uma queda de 22%, respetivamente. Por fim, as matrículas de pesados, que incluem de passageiros e mercadorias, totalizaram 2.145 unidades, o que representou um decréscimo do mercado de 11,3% relativamente ao primeiro quadrimestre de 2024.

Em abril, verificou-se um aumento de 3% em relação ao mês homólogo de 2024, tendo sido comercializados 548 veículos desta categoria. Nos pesados, as marcas mais vendidas entre janeiro e abril foram a MAN (mais 79,6%), a Volvo (menos 40,2%) e a Iveco (mais 32,4%).

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Iberis Capital compra duas empresas à Dourogás

Sociedade gestora de fundos notificou a Autoridade da Concorrência sobre a compra da Dourogás Natural e Dourogás Líquido. Objetivo é "investir e desbloquear o significativo potencial de crescimento”.

A gestora de fundos portuguesa Iberis Capital notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) sobre a aquisição de duas empresas de energia à Dourogás. A sociedade de private equity e capital de risco chegou a acordo para comprar o controlo exclusivo sobre a Dourogás Natural e a Dourogás Líquido.

“É uma honra estabelecer uma parceria com a equipa de gestão das unidades de negócio de gás natural renovável veicular e autónomo da Dourogás para investir na empresa e ajudar a desbloquear o seu significativo potencial de crescimento”, escreveu a Iberis, numa publicação na rede social Linkedin.

A Dourogás Líquido – Comercializadora de Energia dedica-se à disponibilização de gás natural a empresas e pequenos clientes industriais através do abastecimento de Unidades Autónomas de Gás (UAG) privativas e emissão e comercialização de títulos de biocombustível associados à venda de gás natural veicular cuja composição seja biometano. As UAG funcionam como depósitos (armazenamentos) que permitem abastecer redes de distribuição ou grandes clientes.

Quanto à Dourogás Natural – Comércio de Gás Natural e Energia vende gás natural veicular, predominantemente a empresas de transporte rodoviário de mercadorias ou passageiros. Em julho do ano passado, a Dourogás Natural sofreu um projeto de cisão simples de forma a reestruturar os ativos e dar autonomia a negócios distintos.

“Parte do património da Dourogás Natural é transferido para a constituição de uma nova sociedade. O património a destacar e a transferir, para a constituição de uma nova sociedade, corresponde à parte do património da Dourogás Natural que se encontra afeto à atividade de comercialização de gás natural e eletricidade através da rede de distribuição a clientes domésticos e industriais”, informou a empresa aquando da reorganização societária.

A nova proprietária de ambas, a Iberis Capital, tem dez fundos sob gestão, que detêm participações em empresas de aeroespacial, serviços, tecnologias para saúde, marketing digital, entre outras. A título de exemplo, é um dos investidores na startup norte-americana Inflammatix, que tem um centro de investigação em Lisboa onde foi co-desenvolvido um equipamento médico chamado TriVerity, capaz de identificar infeções bacterianas ou virais em meia hora e que recebeu aprovação do regulador dos medicamentos dos Estados Unidos no final de janeiro.

“Quaisquer observações sobre a operação de concentração em causa devem ser remetidas à Autoridade da Concorrência, no prazo de 10 dias úteis contados da publicação do presente Aviso, indicando a referência Ccent 29/2025 – Iberis SCR / Dourogás Natural*Dourogás Líquido”, lê-se na nota publicada pela AdC após a notificação recebida a 24 de abril.

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Mais de um terço das empresas de Évora apresenta baixo risco de incumprimento

Grande parte das empresas de Évora é microempresa (89%). Mas são as PME, em menor número, que são responsáveis pela maioria do volume de negócios total da região.

Quase metade (46%) das empresas de Évora apresenta risco moderado de incumprimento de crédito e um terço (35%) baixo risco, de acordo com os dados da Iberinform divulgados esta sexta-feira. O tecido industrial deste distrito alentejano concentra-se sobretudo na capital e é dominado por microempresas e por empresas com atividade no setor dos serviços.

Os dados do Insight View mostram ainda que existem 19% de empresas com um risco elevado de incumprimento de crédito.

Numa radiografia feita ao tecido económico, a consultora coloca Évora no topo das cidades do distrito por concentrar mais de um terço das empresas (36%), seguida de Montemor-o-Novo (11%), Estremoz (9%), Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas (ambas com 7%) e Vila Viçosa (5%). Os restantes oito concelhos partilham entre si os 25% remanescentes das empresas do distrito alentejano.

No primeiro trimestre de 2025, registou-se em Évora uma variação de mais 66% dos processos de insolvência em relação a igual período de 2024, informa ainda consultora.

Fonte: Iberinform2 maio, 2025

Grande parte das empresas de Évora são microempresas (89%), apesar de traduzirem o menor volume de faturação (21%).

Em sentido inverso, as empresas de pequena dimensão representam apenas 10% e as de média 1% do universo das empresas do distrito; mas são estas que têm maiores vendas, respetivamente, 42% e 26%.

Por setor de atividade, grande parte das empresas (41%) diz respeito ao setor dos serviços, a que se segue a agricultura (17%). Ainda assim, estas empresas, em conjunto, representam 22% do total do volume de faturação em Évora (11% cada).

Segundo a Iberinform, são as empresas mais antigas que atingem o maior volume de faturação (59%). No distrito existem 38% empresas com 16 anos ou mais anos, 33% foram criadas entre seis e 15 anos, e 29% iniciaram a sua atividade há cinco anos ou menos.

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Debate entre Montenegro e Pedro Nuno visto por mais de 2,5 milhões de pessoas

No acumulado deste ciclo de debates, Pedro Nuno Santos foi quem mais captou telespectadores, com o conjunto dos debates em que participou a registarem uma audiência superior a 7,6 milhões.

Um total de 2.564.495 pessoas assistiram ao frente-a-frente entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, no conjunto das transmissões feitas em simultâneo pela RTP, SIC, TVI, RTP3, SIC Notícias e CNN Portugal, mostra a análise elaborada pela Dentsu para o +M.

O confronto, que durou 75 minutos, foi o mais visto do ciclo de debates entre os líderes partidários para as legislativas de 18 de maio. Ainda assim, foi visto por menos cerca de 85 mil pessoas do que o debate das últimas legislativas, no ano passado.

A SIC foi o canal que conseguiu captar mais telespetadores (796.634), seguida pela RTP1 (766.456) e TVI (725.494). Entre os canais por cabo liderou a CNN Portugal, com 148.522 telespectadores, enquanto a SIC Notícias captou 87.783 e a RTP3 39.606.

Findo este ciclo de debates, Pedro Nuno Santos foi o líder partidário que, no acumulado, captou mais telespectadores. Com 20 transmissões, o conjunto dos debates em que o líder socialista participou registaram uma audiência superior a 7,6 milhões de pessoas (7.626.696).

Luís Montenegro, que contou apenas com 12 transmissões (uma vez que dividiu os debates com Nuno Melo, líder do CDS, partido que integra a AD) foi visto a debater por um total de 5.548.465 pessoas. O pódio fica completo com André Ventura, cujas 13 transmissões dos debates em que participou foram vistas por 3.260.236 pessoas.

Segue-se Nuno Melo (2.145.449 telespectadores em oito transmissões), Rui Rocha (2.086.603 em 13 transmissões), Paulo Raimundo (1.987.315 em 14 transmissões), Mariana Mortágua (1.798.225 em 12 transmissões), Inês Sousa Real (1.743.784 em 14 transmissões), Rui Tavares (1.479.855 em 11 transmissões), Isabel Mendes Lopes (782.687 em três transmissões) e Joana Mortágua (622.558 em duas transmissões).

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Grupo EPSA compra consultora financeira FI

A integração das duas empresas resulta numa nova área de negócio com receitas superiores a 182 milhões de euros previstas para 2025.

O grupo francês EPSA, que presta serviços de consultoria operacional a empresas, adquiriu 100% da consultora financeira FI, que gere incentivos ao financiamento em Portugal, Espanha e Brasil. O negócio, cujo valor não foi revelado, cria uma área de negócio com receitas superiores a 182 milhões de euros previstas para 2025.

A integração entre as concorrentes no apoio a procurement (compras) e financiamento para inovação faz com que os serviços de ambas nesta área se estendam a 20 países, mais de 1.800 trabalhadores, aproximadamente 19 mil clientes e cerca de 20 mil projetos anuais analisados, além de 2,6 mil milhões de euros em incentivos sob gestão, de acordo com a informação divulgada esta sexta-feira.

A EPSA é especializada na obtenção de incentivos fiscais como SIFIDE II, RFAI, Patent Box, entre outros, mas também em financiamento através dos programas como o  Portugal2030, Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e apoios comunitários.

“A partir deste momento, os clientes da FI Group e da EPSA passam a contar com uma cobertura global e uma oferta diversificada orientada para a otimização do desempenho financeiro, apoiada pela mesma gestão profissional de ambas as empresas nos vários países em que operam”, esclarece a empresa comprada, acrescentando que a operação permite-lhe trabalhar com empresas de todas as dimensões em mais países.

No âmbito desta transação, assinada oficialmente, na terça-feira, os acionistas executivos da FI Group continuarão a participar nas operações da empresa, ficam responsáveis pelo processo de transição e asseguram a continuidade das atividades quotidianas. A etapa que se segue é investir na unificação da cultura da empresa (sem detalhes sobre medidas) e na digitalização, inclusive inteligência artificial.

O CEO do grupo EPSA considera que o financiamento da inovação “continuará a ser estratégico para as instituições públicas e as empresas que navegam nas tendências macroeconómicas e geopolíticas globais”.

“Além disso, reforça a forte presença da EPSA no sul da Europa e na região DACH [Alemanha, Áustria e Suíça] permite acelerar o seu desenvolvimento nos Estados Unidos e na América hispânica”, refere Godefroy de Colombe (na fotografia). No âmbito desta aquisição, a FI Group passa a fazer parte de uma empresa com sede em Paris (França) e é criado um novo comité executivo para a gestão da nova unidade de inovação, composto por membros das duas empresas.

A CEO e acionista da FI Group conta que este ‘namoro’ começou há bastante tempo, quando a sociedade considerou, pela primeira vez, a abertura a um investidor para reforçar a capacidade financeira, expandir para novos mercados e acelerar a transformação digital. “O que torna este próximo passo com a EPSA particularmente interessante é, não só a adequação estratégica, mas também o alinhamento cultural”, assinalou María Corominas, garantindo que estão “agora em posição de oferecer uma proposta de valor ainda mais sólida e internacional”.

Na opinião do diretor-geral da FI Group Portugal, este acordo “cria sinergias significativas”, porque combina a especialização da sua empresa em financiamento à investigação e desenvolvimento (I&D) e inovação com “ampla” oferta de serviços da EPSA ao nível da eficiência operacional e financeira.

Teremos maior capacidade de resposta às necessidades dos nossos clientes, presença reforçada em mercados internacionais e uma proposta de valor ainda mais sólida e diferenciadora”, garante Paulo Reis (na fotografia abaixo).

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Cavaco diz que “dimensão ética” de Montenegro “não fica atrás de nenhum dos outros líderes partidários”

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

"Montenegro não fica atrás de nenhum dos outros líderes partidários no que se refere à dimensão ética na vida política", diz antigo líder do PSD, que prometeu divulgar um texto sobre propostas da AD.

O antigo Presidente da República Cavaco Silva considerou esta sexta-feira que Luís Montenegro tem uma dimensão ética igual ou superior à dos outros líderes e prometeu divulgar um texto para explicar que as propostas da AD são as mais favoráveis ao progresso de Portugal.

Luís Montenegro não fica atrás de nenhum dos outros líderes partidários no que se refere à dimensão ética na vida política”, sustentou Anibal Cavaco Silva, em declarações à Rádio Renascença, numa altura em que foram divulgadas notícias sobre novos clientes da Spinumviva, a empresa que pertenceu ao primeiro-ministro e foi recentemente cedida aos seus filhos.

Na declaração à Renascença, o antigo líder do PSD prometeu divulgar um texto em breve para expor a opinião de que as propostas da AD são mais favoráveis ao desenvolvimento do país.

“Nos novos tempos que estão à nossa frente, a orientação das políticas da AD, cuja execução cabe a Luís Montenegro liderar, é mais adequada ao progresso de Portugal do que as propostas das outras forças partidárias. Penso, aliás, publicar em breve um texto explicando os fundamentos da análise que me levou a esta conclusão”, disse.

Cavaco Silva considerou que “nas eleições de 18 de maio está em causa, acima de tudo, a escolha da pessoa do primeiro-ministro”.

Na análise cuidada a que procedi, cheguei à conclusão de que o líder da AD coligação PSD-CDS, Luís Montenegro, em comparação com os outros líderes partidários, tem qualidades claramente superiores em matéria de competência técnica e política, em matéria de capacidade de liderança do Governo e de defesa dos interesses portugueses na União Europeia”, reiterou ainda o ex-Presidente da República.

As declarações de Cavaco à Rádio Renascença surgem numa altura em que o caso da Spinumviva voltou ao centro do debate político, após o semanário Expresso ter noticiado que Luís Montenegro entregou na Entidade para a Transparência um aditamento à sua declaração de rendimentos e que acrescenta sete clientes da sua antiga empresa, que entretanto cedeu aos seus filhos.

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Spinumviva. Deputado do PSD atacou a liberdade de imprensa? A reação dos partidos

Hugo Carneiro sugeriu vigiar o telemóvel de deputados para descobrir quem partilhou informações com a imprensa. Partidos saíram em defesa da liberdade de imprensa e deixaram farpas a Luís Montenegro.

Depois de Luís Montenegro ter submetido junto da Entidade para a Transparência uma nova declaração de interesses relacionados com a empresa Spinumviva e de essa informação ter sido conhecida pouco antes do debate com Pedro Nuno Santos, Montenegro disse não ter difundido nem promovido a difusão do documento e, na quinta-feira, considerou haver indícios de que o PS “tem muito mais a ver” com a divulgação dos clientes da empresa Spinumviva.

O Observador avançou que o deputado socialista Pedro Delgado Alves assumiu, numa reunião no Parlamento, ter acedido à informação que o primeiro-ministro e líder do PSD enviou à Entidade e que partilhou informação com Fabian Figueiredo, do Bloco de Esquerda. Ambos os parlamentares já negaram ter divulgado a informação.

Mas o PSD prometeu ir até “às últimas consequências” para apurar o caso, tendo inclusive Hugo Carneiro, deputado do PSD, pedido ao Grupo de Trabalho do Registo de Interesses no Parlamento que peça à Entidade para a Transparência os registos de quem acedeu aos dados sobre o primeiro-ministro, de forma a descobrir quem partilhou a informação com a imprensa. As reações dos partidos não se fizeram tardar, em defesa da liberdade de imprensa e aproveitando para deixar farpas a Luís Montenegro.

O líder do Partido Socialista acusou desde logo o PSD de desrespeitar a liberdade de imprensa, defendendo que Luís Montenegro já não deveria ser candidato a primeiro-ministro nas eleições legislativas de 18 de maio. “Essa é mais uma razão para que nós não corramos o risco de ter à frente dos destinos do país um partido e pessoas que não têm o respeito pela liberdade de imprensa. É mesmo preocupante, é grave que dirigentes do PSD estejam, neste momento, a tentar atacar aquilo que é o trabalho da comunicação social e dos jornalistas”, afirmou Pedro Nuno Santos.

Além de “não ser a primeira vez” que dirigentes do PSD fazem declarações “que não são abonatórias para a liberdade de imprensa”, Luís Montenegro “faz tudo o que está ao seu alcance, inclusivamente intimidar jornalistas para que não revelem aquilo que é obrigatório ser revelado por lei, aquilo que por lei já havia ter sido declarado há um ano”, defendeu o secretário-geral socialista.

O líder do Chega também lamentou as declarações de Hugo Carneiro. “Percebo que o PSD queira desviar as atenções disto para quem é que acedeu, quem é que não acedeu. Eu vi já pedidos de Polícia Judiciária. A Polícia Judiciária não tem mais que fazer do que agora ir ver quem é que passou uma declaração, não sei para que jornalista? Não há corrupção para combater, não há crimes violentos para combater? Queremos pôr a PJ a parar o que está a fazer e dizer vamos lá ver como é que a declaração de interesses foi parar a um jornal?”, questionou André Ventura.

Rui Rocha, sublinhando que a Iniciativa Liberal defende a liberdade de expressão “sem reservas”, disse que estava “profundamente chocado” que “um deputado da nação ponha sequer a hipótese que há alguma tentativa de perseguição de quem fez o seu trabalho jornalístico”.

“Aquilo que está em causa, fundamentalmente, é informação a que os portugueses têm direito. E o que me parece também é que temos um comportamento ao longo deste processo de Luís Montenegro que atrasa sempre a prestação de informação, o esclarecimento dos portugueses e as questões da transparência. Portanto, a haver alguma condenação política tem de ser essa: que se esclareça tudo para podermos passar às ideias e às propostas e que, no meio disso, em caso algum é admissível atacar-se a liberdade de expressão”, disse o líder da Iniciativa Liberal.

Já a coordenadora do Bloco de Esquerda disse mesmo que o PSD está “de cabeça perdida” após a divulgação da lista de clientes da Spinumviva e acusou Luís Montenegro de violar as suas “obrigações legais e formais”.

“Luís Montenegro escondeu do país, em violação das suas obrigações legais e formais, a lista de clientes da sua empresa, da qual recebeu avenças enquanto era primeiro-ministro. E o PSD agora, perante isto, está de cabeça perdida. É a única forma de avaliarmos o que se tem passado nos últimos dias, com instruções para a Polícia Judiciária vigiar telefones de deputados, de jornalistas. O PSD está de cabeça perdida”, acusou Mariana Mortágua.

Não podemos desvalorizar essas afirmações de muito mau tom” que servem para “desviar a atenção dos problemas centrais” disse, por sua vez, Paulo Raimundo. O secretário-geral do PCP reiterou também que Luís Montenegro “já se devia ter demitido”.

A porta-voz do PAN também acusou a AD de “desprezo pela liberdade de imprensa” e de “atacar jornalistas” para ocultar que o primeiro-ministro não “acautelou todas as obrigações legais” no seu registo de interesses. Segundo Inês de Sousa Real, à semelhança do que já aconteceu em momentos anteriores, demonstraram “desprezo pela liberdade da imprensa e o direito ao jornalismo” e de optarem por “atacar a imprensa e atacar os jornalistas”.

Não é a primeira vez que temos episódios relacionados com este Governo, não só a atacar a imprensa, atacar os jornalistas, como estar a utilizar aquilo que é um mecanismo de crítica ao acesso à informação, para ocultar que o problema é, de facto, o primeiro-ministro não ter prestado esta informação à Entidade para a Transparência”, acrescentou.

Por parte do Livre, Rui Tavares disse ser “preciso que Luís Montenegro seja sério e não se concentre no que será investigado a seu tempo mas que é um detalhe”.

“O que não é um detalhe é Luís Montenegro ter escondido os seus clientes. [A ameaça aos jornalistas] também não é obviamente nenhum detalhe porque é evidentemente crime obrigar os jornalistas a divulgar fontes“, disse o líder do partido.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) também condenou as declarações do deputado social-democrata Hugo Carneiro, considerando que “é uma tentativa clara de pressão que ameaça a liberdade de imprensa”. O sindicato argumenta que a legislação prevê que “sem prejuízo do disposto na lei processual penal, os jornalistas não são obrigados a revelar as suas fontes de informação, não sendo o seu silêncio passível de qualquer sanção, directa ou indirecta”.

“O que está sobre sigilo são as fontes de jornalistas ao cobrir temas de inegável interesse público”, condena.

o Presidente da República desvalorizou a polémica, atribuindo-a ao “calor” e “lado emocional” da campanha eleitoral. “Estamos num clima eleitoral. No clima eleitoral há sempre um calor, um lado emotivo muito grande. Estamos a 15 dias de eleições, terminaram os debates“, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP3.

“Isso acontece em clima eleitoral das democracias mais sofisticadas”, considera Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que “há um lado de luta político-partidária que existe” e é natural surgirem “picardias”.

O Chefe de Estado mostrou-se mais preocupado sobre os esclarecimentos dos partidos sobre a exequibilidade das propostas apresentadas pelos partidos nos programas eleitorais das legislativas de 18 de maio.

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Parque eólico em Arcos de Valdevez em consulta pública até dia 16

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

A proposta prevê “a instalação de 32 aerogeradores com torres de 112 metros de altura e rotor com 175 metros de diâmetro".

A intenção da empresa Madoqua IPP, com sede nos Países Baixos, de instalar um parque eólico em Sistelo, Arcos de Valdevez, com ligação a outro em Merufe, Monção, está em consulta pública até ao dia 16.

A Proposta de Definição de Âmbito (PDA) do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) apresentada à Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental, com 197 páginas, consultada esta sexta-feira pela Lusa na plataforma online participa.pt, prevê “a instalação de 32 aerogeradores com torres de 112 metros de altura e rotor com 175 metros de diâmetro (…) e respetiva linha elétrica de muito alta tensão (LMAT) que permitirá ligar o parque eólico à Subestação de Ligação à Rede Elétrica de Serviço Público (RESP)”.

A PDA, elaborada entre dezembro de 2024 e março deste ano, prevê como área de estudo a aldeia de Sistelo, classificada em 2017 como Monumento Nacional Paisagem Cultural, a primeira paisagem do país com aquela distinção.

A “área de estudo do parque eólico sobrepõe-se parcialmente ao Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), Zona Especial de Conservação (ZEC) e Zona Especial de Proteção (ZEP) da Peneda-Gerês, Reserva da Biosfera Gerês e Habitats Naturais, Zonas Especiais de Conservação da Direção Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Norte”.

Segundo a empresa, “em termos de estrutura de licenciamento, o EIA do parque eólico de Arcos de Valdevez e respetiva linha elétrica será submetido a AIA [Avaliação de Impacto Ambiental] em fase de estudo prévio”.

“Posteriormente, em fase de projeto de execução, será desenvolvido o Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE), dando resposta às indicações e recomendações da Declaração de Impacto Ambiental (DIA)”, lê-se no documento.

O “processo de licenciamento faseado permite assim um envolvimento das partes interessadas em diferentes fases de desenvolvimento do projeto, tornando-o assim mais ajustado e alinhado com os interesses das comunidades e autoridades”, sendo que “o projeto encontra-se na fase inicial de Estudo Prévio, que estará concluído aquando da submissão do EIA”.

A entidade licenciadora do projeto é a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) e, a Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental é a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

“O projeto do parque eólico de Arcos de Valdevez é um projeto novo sem quaisquer antecedentes. Contudo, é de realçar que o projeto foi apresentado numa versão diferente à Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, no âmbito do Pedido de Informação Prévia (PIP), sendo a versão atual otimizada face às condicionantes identificadas”, adianta o documento.

A proposta refere estar prevista “a necessidade de propor monitorização da biodiversidade, especificamente do grupo das aves e morcegos para as fases de construção e exploração do projeto”.

“Considera-se ainda muito provável a necessidade de implementar um Plano de Monitorização de Ruído para a fase de exploração e, se justificável, para a fase de construção”. Ao “nível da construção serão avaliados os impactes decorrentes dos trabalhos de obra, dando particular atenção à proximidade a aglomerados populacionais, equipamentos e infraestruturas, habitações, e conflito com outros usos”.

“Em fase de exploração serão avaliados os impactes do projeto sobre os usos humanos do território tanto à macroescala (impactes socioeconómicos à escala concelhia e regional), como à microescala (impactes socioeconómicos, bem como psicossociais e comportamentais, ao nível local)”, adianta a proposta.

A empresa diz que “será dada particular atenção a medidas que tenham como objetivo minimizar o impacte do projeto sobre funções urbanas e ao nível da mobilidade da população”, e que “será ainda desenvolvida uma proposta de Plano de Informação e Comunicação com as comunidades locais, a ser implementado na fase de construção”.

As medidas de mitigação a apresentar no EIA “incluirão, entre outras, restrições sazonais em atividades de construção para proteger a avifauna, instalação de dispositivos anticolisão em linhas elétricas e aerogeradores, minimização de áreas impermeabilizadas, salvaguarda de património e do Domínio Público Hídrico (DPH), criação de corredores ecológicos, ações de reflorestação com espécies autóctones e medidas específicas para a conservação de habitats e espécies de interesse comunitário”.

Está ainda previsto “um plano de compensação, tendo como principal objetivo contribuir para o desenvolvimento local dos municípios de Monção e Arcos de Valdevez, nos quais o projeto de produção de energia se localiza e que permitirá, por outro lado, dar uma resposta positiva nos fatores ambientais mais afetados”.

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Licenças para construção nova e reabilitação habitacional sobem 9,5% até fevereiro

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

No número de fogos licenciados em construções novas observou-se um aumento de 28,3% em termos homólogos acumulados, para um total de 6.641 novas habitações.

As licenças emitidas para construção nova e reabilitação de edifícios habitacionais cresceram 9,5% até fevereiro, em termos homólogos, enquanto os fogos licenciados para construções novas aumentaram 28,3% e o consumo de cimento caiu 3,6%, segundo a AICCOPN.

De acordo com a mais recente Síntese Estatística da Habitação da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), divulgada esta sexta-feira, o número de licenças municipais emitidas para a construção e reabilitação de edifícios habitacionais registou um crescimento homólogo de 9,5% nos primeiros dois meses deste ano, para 3.444.

Já no que se refere ao número de fogos licenciados em construções novas observou-se um aumento de 28,3% em termos homólogos acumulados, para um total de 6.641 novas habitações. Até fevereiro, os dados da AICCOPN apontam ainda que o consumo de cimento no mercado nacional registou uma quebra homólogo de 3,6%, totalizando 623,2 mil toneladas.

No que respeita ao montante do novo crédito à habitação concedido pela banca, excluindo renegociações, aumentou 35,4% para 3.214 milhões de euros, em fevereiro, tendo-se a taxa de juro no crédito à habitação fixado em 3,83%, uma redução de 81 pontos base face ao mesmo mês de 2024.

Quanto ao valor mediano da habitação, calculado para efeitos de avaliação bancária, registou no mês de fevereiro uma valorização homóloga de 16%, em resultado de variações de 16,7% nos apartamentos e de 9,5% nas moradias.

Numa análise mais detalhada da evolução na Grande Lisboa, a AICCOPN aponta um aumento de 16,2% do número de fogos licenciados em construções novas nos 12 meses terminados em fevereiro de 2025, para 5.084, face aos 4.375 alojamentos licenciados nos 12 meses anteriores. Desse total, 9% corresponderam a tipologias T0 ou T1, 33% a T2, 40% a T3 e 18% a T4 ou superior.

Quanto ao valor de avaliação bancária na habitação verificou-se nesta região uma subida homóloga de 16,3% no mês de fevereiro.

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Sobrinho vai faltar ao julgamento do caso BES Angola

  • ADVOCATUS
  • 2 Maio 2025

Já Salgado foi dispensado de comparecer no julgamento do caso BES Angola (BESA), devido "às específicas limitações físicas e psíquicas" reconhecidas a Salgado pela doença de Alzheimer.

O antigo presidente do BES Angola, Álvaro Sobrinho, vai faltar ao julgamento do processo em que é acusado de desviar 400 milhões de euros. O banqueiro angolano, que perdeu a nacionalidade portuguesa, diz que queria estar presente em todas as sessões mas que o Estado português não lhe deu condições para tal, avança a Sic Notícias.

“Não sendo cidadão português e estando o Arguido a residir em Angola, como é consabido, carece de autorização para entrar em território português. O Cônsul Português em Angola emitiu um visto válido por noventa dias, que não garante a possibilidade de permanência ou vinda do Arguido a território português durante a totalidade da audiência de julgamento”, sustenta a defesa de Álvaro Sobrinho.

Já o ex-banqueiro Ricardo Salgado foi dispensado pelo tribunal de comparecer às sessões do julgamento do caso BES Angola (BESA), devido “às específicas limitações físicas e psíquicas” reconhecidas a Salgado pela doença de Alzheimer.

Segundo o despacho judicial a que a Lusa teve acesso, o tribunal entende que os relatórios médicos e perícias médico-legais a Ricardo Salgado que constam dos autos mostram que “num contexto de pressão emocional (como é o caso de um julgamento) é expectável um agravamento da sintomatologia associada à referida doença”.

“(…) esse quadro não deixa de apontar para uma grave inconveniência no comparecimento do arguido às sessões de julgamento”, lê-se no despacho judicial que sublinha que a presença em julgamento “mais do que um dever, constitui também um direito”, seja para prestar declarações ou para permanecer em silêncio, acrescentando que a ausência de Salgado, sendo justificada, também não constitui “motivo de adiamento do julgamento”.

O despacho salvaguarda também “o direito a prestar declarações em momento posterior”, se for esse o entendimento do arguido.

O requerimento a pedir dispensa de comparência em julgamento para Ricardo Salgado foi entregue a 23 de abril e apenas o Ministério Público se manifestou contra essa intenção, pedindo o indeferimento do requerimento, segundo o despacho.

Contactada pela Lusa, a defesa de Ricardo Salgado não quis fazer comentários a esta decisão judicial.

Ricardo Salgado, que está a ser julgado no processo principal do universo BES/GES, que julga a queda do banco e grupo económico há uma década, foi dispensado de comparecer às sessões de julgamento nesse processo após ter marcado presença na sessão inaugural.

No caso BESA, que começa a ser julgado no Campus de Justiça, em Lisboa, na segunda-feira, Ricardo Salgado e o ex-presidente da sucursal angolana do banco, Álvaro Sobrinho, estão acusados de abuso de confiança, burla e branqueamento.

Em causa está, nomeadamente, o alegado desvio, entre 2007 e 2012, de fundos de um financiamento do BES ao BES Angola em linhas de crédito de Mercado Monetário Interbancário (MMI) e em descoberto bancário. Álvaro Sobrinho, de 62 anos, está acusado pelo Ministério Público de 18 crimes de abuso de confiança agravado e cinco de branqueamento, enquanto Ricardo Salgado, de 80 anos, está acusado de cinco crimes de abuso de confiança e um de burla qualificada.

O BES faliu no verão de 2014, enquanto o BES Angola foi liquidado em outubro do mesmo ano.

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