Susana Albuquerque encabeça lista única para a direção do Clube da Criatividade de Portugal

Será o quarto mandato encabeçado pela lista liderada por Susana Albuquerque. Judite Mota regressa, como vogal, à direção do Clube da Criatividade de Portugal.

A atual direção do Clube da Criatividade de Portugal (CCP), liderada por Susana Albuquerque, recandidatou-se para o mandato 2024-2026. Lista única, Pedro Mesquita mantém-se como vice-presidente, Andreia Ribeiro como primeira vogal, Mafalda Quintela como segunda vogal, Daniel Caeiro como terceira vogal e José Maria Machado como tesoureiro. A direção propõe a integração de mais um elemento na equipa, recaindo a escolha em Judite Mota, presidente entre 2004 e 2008, que será a quarta vogal.

O conselho fiscal continua com Mário Mandacaru como presidente, Anabela Vaz Borges (em representação da BDO) como primeira vogal e Maria Magalhães como segunda vogal. Na mesa da assembleia geral, Luís Alvoeiro continua a assumir o cargo de presidente, Luís Mileu o de vice-presidente e José Ricardo Monteiro o de secretário.

Para o próximo biénio, que é também o quarto mandado encabeçado por Susana Albuquerque, a lista A destaca “as ideias de continuidade e progresso, assente nos valores da inclusão, reconhecimento e renovação de talento, e de valorização da profissão, pondo-a ao serviço da sociedade”.

Com estes objetivos, o programa da Lista A assenta então em oito eixos. São eles o reconhecimento do talento no mercado nacional, ajudando a estabelecer padrões de qualidade e dando palco aos que neles se destacam – o que passa pelo Festival CCP e pela promoção de iniciativas e ferramentas que promovam o trabalho e os profissionais do setor –, os programas de relacionados com formação e a internacionalização do trabalho português, nomeadamente através da relação com Art Directors Club of Europe e com o One Club of Creativity.

Uma sede permanente para o CCP, parcerias com associações nacionais e com meios de de comunicação social, a descentralização das iniciativas do CCP, o aprofundamento das relações com anunciantes e a continuidade de iniciativas que valorizem a igualdade de género, como o Podcast Clube das Criativas, são outros dos objetivos.

Seis anos e três mandatos depois, foi preciso fazer uma reflexão mais longa sobre uma eventual recandidatura ao CCP, sobretudo para os três elementos que estão na direção desde 2018“, escreve a direção no site do CCP, em resposta à questão “porquê continuar”. “Quem já fez parte da direção do CCP sabe o óbvio: compensa, é um espaço de liberdade para fazer em benefício do mercado, para passar da opinião à ação e essa é uma grande motivação para quem gosta de fazer. Mas estar no CCP também exige tempo, e não há bem mais precioso. Também exige estofo. Na vontade de fazer e de ajudar ao progresso da atividade, é preciso ter uma visão, princípios e valores, e isso implica ter dissidentes, gente que discorda – o que é excelente, mas também dá muito trabalho“, prossegue.

O prazo de entrega de candidaturas terminou no dia 24 e as eleições são na assembleia-geral de dia 28 de novembro, às 12h, em formato online, via Zoom CCP

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Oposição boicota novo parlamento na Geórgia

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

Os partidos da oposição recusaram-se a participar na sessão inaugural do Parlamento e apenas 88 deputados – todos membros do Sonho Georgiano – dos 150 eleitos estiveram presentes.

O recém-eleito Parlamento da Geórgia iniciou esta segunda-feira a sua sessão inaugural, apesar da ausência da totalidade dos deputados da oposição, que denunciam fraude eleitoral e acusam o partido no poder de estar sob influência da Rússia. As eleições de 26 de outubro que mantiveram o partido Sonho Georgiano (considerado pró-russo) no poder foram vistas como um referendo sobre o esforço do país para aderir à União Europeia.

No domingo, milhares de pessoas voltaram a manifestar-se na capital da Geórgia, Tbilissi, procurando impedir a primeira sessão da nova legislatura e exigindo a anulação das eleições legislativas de outubro que denunciam como fraudulentas. Os manifestantes acusam o partido do Governo e vencedor das eleições, e o primeiro-ministro, Irakli Kobajidze, de fraude e dizem que o resultado do escrutínio decorre, em parte, da manipulação russa.

Esta segunda, os partidos da oposição recusaram-se a participar na sessão inaugural do Parlamento e apenas 88 deputados – todos membros do Sonho Georgiano – dos 150 eleitos estiveram presentes. Nika Melia, líder da Coligação para a Mudança, prometeu que a oposição “tudo fará para derrotar o chamado Governo, o Governo autoproclamado”.

“Esta é a luta entre pessoas que lutam pela liberdade contra pessoas que tentam consolidar o regime profundamente autoritário”, disse a deputada da oposição. A Presidente da Geórgia, Salome Zourabichvili, que rejeitou os resultados oficiais e recusou reconhecer a legitimidade do Parlamento, também não compareceu à sessão de abertura.

Zourabichvili – que ocupa um cargo sobretudo simbólico, com pouco poder político – escreveu na rede social X que o Parlamento é inconstitucional, invocando provas de fraude eleitoral. A chefe de Estado informou ainda que já interpôs ação no Tribunal Constitucional e argumentou que dois princípios fundamentais garantidos pela Constituição – o segredo de voto e a sua universalidade – foram violados.

Zourabichvili foi eleita por votação popular, mas a Geórgia aprovou alterações constitucionais que abolem a eleição direta do Presidente, substituindo por escolha por um colégio eleitoral com 300 lugares, composto por membros do Parlamento, conselhos municipais e membros dos parlamentos das regiões autónomas.

Na terça-feira, o Parlamento deverá definir uma data para o colégio eleitoral votar um novo Presidente. O partido Sonho Georgiano manteve o primeiro-ministro, Irakli Kobakhidze, no cargo e os seus membros votaram para permitir que a presidente do parlamento, Shalva Papuashvili, mantivesse o seu lugar.

A Comissão Eleitoral Central disse que o Sonho Georgiano obteve cerca de 54% dos votos, nas eleições de outubro e rejeitou as alegações de fraude. Os observadores eleitorais europeus disseram que a votação decorreu numa atmosfera “divisiva”, marcada por casos de suborno, dupla votação e violência física. Os críticos do regime dizem que o Sonho Georgina está cada vez mais autoritário e sob influência de Moscovo.

A União Europeia suspendeu indefinidamente o processo de adesão da Geórgia, em junho, depois de o Parlamento ter aprovado uma lei que exige que as organizações que recebem mais de 20% do seu financiamento do estrangeiro se registem como “perseguindo o interesse de uma potência estrangeira”, semelhante a uma lei russa utilizada para desacreditar organizações críticas do Kremlin.

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Fundo espanhol que comprou LoureShopping fica com metade do Alegro Sintra

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

O fundo de investimento imobiliário espanhol Castellana Properties vai controlar o Alegro Sintra. juntamente com a Tiekenveen.

A Castellana Properties, que comprou no mês passado o LoureShopping ,e a gestora de participações sociais Tiekenveen, dos donos da Auchan, notificaram a Autoridade da Concorrência (AdC) do controlo conjunto do centro comercial Alegro Sintra, anunciou esta segunda-feira o regulador.

Num comunicado publicado na sua página eletrónica, a AdC diz ter recebido no passado dia 15 uma notificação de uma operação de concentração de empresas que consiste na aquisição pela Castellana Properties e pela Tiekenveen Holding do controlo conjunto sobre a Alegro Sintra – Sociedade Imobiliária.

A Alegro Sintra é a sociedade que detém as frações autónomas que compõem o centro comercial Alegro Sintra, estando ativa no mercado da locação a terceiros de espaços em centros comerciais para comércio a retalho, restauração, lazer e atividades similares.

Já a Castellana é uma sociedade de investimento imobiliário cotada em bolsa, em Espanha, especializada na aquisição, gestão e renovação de ativos imobiliários no setor do retalho, enquanto a Tiekenveen tem sede nos Países Baixos e dedica-se à detenção e gestão de participações sociais.

A Tiekenveen é indiretamente controlada pela ELO S.A. (anteriormente denominada por Auchan Holding, S.A.), holding do grupo ELO, que tem como atividade principal a distribuição retalhista, sob a insígnia Auchan, encontrando-se também presente no setor imobiliário, no comércio eletrónico e no setor bancário.

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BCE deve cortar taxas para “território neutral nos 2% ou um pouco abaixo”, defende Centeno

Questionado sobre as Presidenciais, Mário Centeno disse não temer a mudança, mas "honestamente" não pensa nisso.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, defendeu que o Banco Central Europeu (BCE) deve normalizar as taxas de juro para “território neutral” porque a inflação convergiu para a meta dos 2%. “Onde fica o território neutral? À volta dos 2%, talvez um pouco abaixo dos 2%”, disse o governador português esta segunda-feira.

“A inflação convergiu, está tão perto dos 2% como consegue estar. Estamos nos 2%, estatisticamente não há diferença entre 2,2% e 1,8%. Estamos lá. As taxas de juro tem de normalizar, que significa fazer regressá-las a território neutral”, declarou o também membro do conselho de governadores do BCE na CNN Portugal Internacional Summit.

O BCE tem nova reunião marcada para o próximo dia 12 de dezembro para decidir um novo corte de juros. Desde junho o banco central já cortou as taxas por três ocasiões em 25 pontos base, com os juros dos depósitos a baixarem dos 4% para os 3,25%.

O governador do Banco de Portugal frisou ainda que “prefere ser gradual do que apressado”, embora no passado tenha defendido que o BCE deva ser mais rápido e decidir cortes de 50 pontos base. “Se formos capazes de ser previsíveis, a um ritmo firme trazendo as taxas de juro para os 2%, ou perto dos 2%, esse seria o meu cenário favorito”, apontou.

Presidenciais? “Não temo a mudança, mas honestamente não penso nisso”

Questionado sobre se é candidato às Presidenciais, Mário Centeno – que termina mandato no próximo verão – não desfez o tabu, embora tenha sublinhado que não pensa nisso.

“As mudanças acontecem, por vezes são inesperadas, noutras são expectáveis. Tive muitas mudanças nos últimos dez anos, não tenho medo de mudanças”, começou por responder ao conhecido jornalista da CNN Richard Quest.

Mas logo deixou a resposta que tem sempre dado quando é confrontado com este tema: “Estou sempre focado no que estou a fazer no momento, é uma boa pergunta mas a minha resposta é a mesma, o meu foco é fazer o meu trabalho e, honestamente, não penso nisso.”

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Autarcas de Coimbra preocupados com execução do PRR pedem revisão do calendário

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

Presidente da Comunidade Intermunicipal de Coimbra diz que "é essencial renegociar uma extensão do prazo do PRR". Autarcas da região queixam-se de dificuldades na execução dos projetos do PRR.

Os autarcas da Região de Coimbra estão preocupados com a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que tem encontrado diversas dificuldades, alertando para a necessidade de o calendário do programa ser revisto.

“Devido à relevância desses investimentos para a região, é imprescindível que as preocupações levantadas sejam devidamente consideradas para garantir a efetiva aplicação dos recursos e o desenvolvimento e crescimento dos territórios”, alegou o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra, Emílio Torrão.

De acordo com o autarca, “é essencial renegociar uma extensão do prazo do PRR, por forma conseguir atingir os objetivos plenos subjacentes ao Plano de Recuperação e Resiliência“.

“O mundo mudou muito desde que o programa foi lançado e temos de nos adaptar”, acrescentou.

As dificuldades na execução dos projetos do PRR foram transmitidas pelos autarcas da Região de Coimbra ao presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Pedro Dominguinhos, na última reunião do conselho intermunicipal da CIM Região de Coimbra, que decorreu na sexta-feira, na Lousã.

“Os autarcas manifestaram a sua grande preocupação, uma vez que em diversos projetos aprovados pelo PRR têm sido reportadas dificuldades sentidas para a execução dos mesmos por contingências de mercado, mas também por contingências administrativas por parte dos diversos organismos que gerem este instrumento“, destacou a CIM Região de Coimbra numa nota de imprensa.

Segundo a CIM Região de Coimbra, a conjuntura económica e financeira atual alterou “em muito” os valores para execução dos projetos, por via da inflação. “Esta realidade pode colocar em causa a execução das operações PRR, mas também a sustentabilidade financeira das entidades”, afirmou.

As áreas da habitação, saúde e florestal são as que mais preocupam os autarcas, assim como “a necessidade de desburocratização dos processos, por serem densos e burocráticos e levarem a um comprometimento dos prazos de execução dos projetos na Região de Coimbra”.

A nota da CIM citou ainda Pedro Dominguinhos, o qual realçou que 2025 será o ano de “otimizar e agilizar a execução destes fundos”.

“Até ao final de outubro, a Região de Coimbra tinha 12.066 candidaturas aprovadas, no âmbito do PRR, com cerca de 682,7 milhões de euros comprometidos. A CIM Região de Coimbra é a segunda do país que mais fundos do PRR, per capita, consegue captar”, concluiu.

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Papa critica “arrogância do invasor” na Ucrânia e na Palestina

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

"Simplesmente menciono hoje dois fracassos da humanidade: a Ucrânia e a Palestina, onde as pessoas sofrem, onde a arrogância do invasor prevalece sobre o diálogo", declarou o Papa.

O Papa Francisco criticou esta segunda-feira no Vaticano “a arrogância do invasor” na Ucrânia e na Palestina, numa rara postura contra a política israelita, uma semana depois de ter mencionado pela primeira vez acusações de genocídio na Faixa de Gaza. Falando em espanhol durante um discurso por ocasião do 40.º aniversário do tratado de paz entre o Chile e a Argentina, o Papa de quase 88 anos falou dos “numerosos conflitos armados em curso” e das “lágrimas muito dolorosas” que implicam.

“Simplesmente menciono hoje dois fracassos da humanidade: a Ucrânia e a Palestina, onde as pessoas sofrem, onde a arrogância do invasor prevalece sobre o diálogo”, declarou, numa frase improvisada que não aparecia no seu discurso inicial. Mais uma vez criticando o comércio de armas, o líder católico lamentou “a hipocrisia de se falar de paz enquanto se brinca à guerra”, acrescentando, perante diplomatas e representantes religiosos, que “o diálogo deve ser a alma da comunidade internacional”.

Francisco reza regularmente pelas populações “martirizadas” da Faixa de Gaza e da Ucrânia, bem como pela libertação dos reféns israelitas detidos pelo Hamas desde o ataque sem precedentes lançado pelo movimento islamita palestiniano em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel. Em 14 de novembro, recebeu também 16 ex-reféns israelitas do Hamas no Vaticano.

No final de setembro, o religioso argentino já tinha criticado “o uso imoral” da força no Líbano e na Faixa Gaza, sugerindo um apelo para Israel para que exercesse contenção. Esta é a primeira vez que o líder da Igreja Católica critica publicamente a política israelita em relação aos territórios palestinianos nestes termos.

Questionado pela agência France-Presse (AFP), o Vaticano indicou que não iria fazer comentários e a embaixada israelita ainda não se pronunciou. Esta declaração surge uma semana depois da publicação de um livro (“A esperança nunca desilude. Peregrinos por um mundo melhor”), no qual Francisco convida a “estudar cuidadosamente” se a situação na Faixa de Gaza “corresponde à definição técnica” de genocídio, uma acusação firmemente rejeitada por Israel.

A Santa Sé reconhece o Estado da Palestina desde 2013, com o qual mantém relações diplomáticas, e apoia a solução de dois Estados. Desde 7 de outubro de 2023, a ofensiva israelita na Faixa de Gaza fez 44.235 mortos, na maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde no território controlado pelo Hamas, que as Nações Unidas consideram fiáveis. O ataque do Hamas em Israel fez 1.206 mortos, também na maioria civis.

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PS muda proposta. Fim das comissões no reembolso antecipado é apenas para crédito a taxa variável

PS substitui proposta sobre comissões pagas na amortização antecipada do crédito da casa. Nova proposta aplica-se apenas aos contratos a taxa variável e diminui teto máximo aplicável à taxa fixa.

O Partido Socialista (PS) alterou a proposta inicial para isentar de comissões a amortização antecipada do crédito à habitação, propondo que abranja apenas os créditos a taxa variável enquanto a fixa não pode ser superior a 0,5%. A iniciativa original pretendia o fim permanente das comissões para todos os contratos, mas a substituta, a que o ECO teve acesso, é mais restrita após os alertas da Associação Portuguesa de Bancos (APB).

O grupo parlamentar socialista pretende, assim, tornar permanente a agora temporária isenção das comissões pagas pelas famílias aos bancos no reembolso, quer seja total, quer seja parcial, do montante em dívida antes da data prevista, quando a taxa a aplicar no contrato é variável.

Na proposta inicial, o PS propunha a revogação do artigo que estabelece o limite permitido à cobrança pela banca, o que acabaria por permitir às instituições terem carta branca para cobrar o montante que entendessem. A nova iniciativa, em vez de revogar, altera o decreto-lei e traz ainda outra alteração. Anteriormente, os socialistas apontavam ao alargamento da medida aos contratos de taxa fixa, mas agora preveem que os bancos possam continuar com esta cobrança, mas com um teto menor – dos atuais 2% passa para 0,5%. As alterações surgem após a associação liderada por Vítor Banco ter remetido um parecer ao Parlamento, noticiado pelo Público e confirmado pelo ECO.

Uma das muito prováveis consequências indesejadas que a medida poderá acarretar é o estreitamento – ou, mesmo, o seu fechamento – dos contratos a taxa fixa ou mista, que recentemente havia assumido um papel predominantemente na contratação de novos créditos à habitação“, advogada a APB na carta enviada aos deputados.

A isenção temporária de comissão da amortização antecipada do crédito à habitação com taxa variável está em vigor até ao final deste ano, mas o grupo parlamentar do PS quer que se torne definitiva. A medida surgiu de forma temporária em 2022, para ajudar as famílias a mitigar o impacto do aumento das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) e da inflação e foi sendo prorrogada. Caso o Parlamento não aprove a medida, os mutuários que amortizem o crédito antes do prazo previsto, seja de forma parcial ou total, vão voltar a pagar o valor da comissão.

O regime dos contratos de crédito à habitação prevê atualmente que o valor da comissão a pagar pelo consumidor, nos casos de reembolso antecipado parcial ou total, conste clara e expressamente do contrato e não pode ser superior a 0,5% a aplicar sobre o capital que é reembolsado, no caso de ocorrer num período em que é aplicável o regime de taxa variável, ou 2% a aplicar sobre o capital que é reembolsado na taxa fixa.

A nova iniciativa do PS, que será votada na quinta-feira no âmbito das alterações ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), prevê que “às instituições de crédito é vedado cobrar quaisquer comissões ou encargos aos consumidores pelas operações de reembolso antecipado parcial ou total do contrato de crédito, no caso de o reembolso ocorrer num período em que é aplicável o regime de taxa variável“.

Altera ainda o valor da comissão a pagar pelo consumidor nos casos de reembolso antecipado parcial ou total, no caso de o reembolso ocorrer num período em que é aplicável o regime de taxa fixa. Este valor deve ser claro e expresso no contrato e “não pode ser superior a 0,5% a aplicar sobre o capital que é reembolsado”.

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Presidente cabo-verdiano visitou família de Odair Moniz

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

José Maria Neves quis "expressar, de viva voz, profundo pesar e apoio neste momento difícil" e inteirar-se "da situação da família enlutada, a viúva Mónica Moniz, os dois filhos".

O Presidente de Cabo Verde visitou esta segunda-feira, no Zambujal, Amadora, a família de Odair Moniz, cabo-verdiano de 43 anos baleado mortalmente, há um mês, por um agente da PSP, na Cova da Moura. “A iniciar a sua missão a Portugal, o Presidente da República, José Maria Neves, deslocou-se ao Zambujal, à casa de Odair Moniz”, indicou a equipa da presidência numa publicação, na Internet, exprimindo pesar pela vítima cabo-verdiana e solidariedade com a família.

Neves quis “expressar, de viva voz, profundo pesar e apoio neste momento difícil” e inteirar-se “da situação da família enlutada, a viúva Mónica Moniz, os dois filhos, de 20 e de três anos de idade, bem como Sílvia Silva, irmã da viúva”. Sem registos fotográficos dentro da casa, José Maria Neves foi acompanhado pela secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Cabo Verde, Miryan Vieira, e pelo embaixador cabo-verdiano em Portugal, Eurico Correia Monteiro.

Já na altura, dois dias após a morte, o chefe de Estado tinha expressado “solidariedade” para com a família, considerando “lamentável a forma trágica” da morte e entendendo “o sentimento de revolta e indignação que reina no seio da comunidade cabo-verdiana”. Todavia, o chefe de Estado apelou à “calma e serenidade”, confiando “nas autoridades do país”, lembrando que o Ministério da Administração Interna de Portugal determinou a abertura de um inquérito “com caráter de urgência” para apurar os factos relacionados com a morte de Odair Moniz.

Odair Moniz, morador no bairro do Zambujal, na Amadora, foi baleado mortalmente por um agente da PSP na Cova da Moura, no mesmo concelho, a 21 de outubro. O caso desencadeou incidentes em várias comunidades da Área Metropolitana de Lisboa, com autocarros, automóveis, motos e caixotes do lixo incendiados, dos quais resultaram duas dezenas de detidos e pelo menos seis pessoas feridas, umas das quais grave (o motorista de um autocarro).

De acordo com a versão oficial da PSP, Odair ter-se-á posto “em fuga” de carro depois de ver uma viatura policial e despistou-se na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, “terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”. A associação SOS Racismo e o movimento Vida Justa contestaram a versão policial e exigiram uma investigação “séria e isenta” para apurar responsabilidades, considerando que está em causa “uma cultura de impunidade” nas polícias.

As autoridades desencadearam inquéritos, mas ainda não são conhecidas conclusões. Segundo disse à Lusa o advogado do agente que baleou Odair Moniz, este permanece de baixa médica, aguardando ser chamado para prestar declarações no âmbito dos processos disciplinares a que foi sujeito.

O agente prestou declarações à Polícia Judiciária “logo a seguir aos factos”, na madrugada de 21 de outubro, mas ainda não o fez perante o Ministério Público, de acordo com a mesma fonte. A família de Odair Moniz lançou entretanto uma campanha de angariação de fundos (disponível online, no endereço https://www.gofundme.com/f/justica-por-odair-moniz), que já recolheu mais de 29 mil euros.

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Comissão Europeia diz ter exposição de 313 milhões de dólares a empréstimos à Northvolt

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

A porta-voz explicou que Bruxelas dá garantias a vários empréstimos resultando cada uma numa exposição pela Comissão, coberta pelo orçamento da União Europeia.

A Comissão Europeia disse, esta segunda-feira, ter uma exposição à empresa sueca de células para baterias de veículos elétricos Northvolt no valor de 313 milhões de dólares (297 milhões de euros), através de empréstimos do Banco Europeu de Investimento (BEI).

O executivo comunitário garantiu “vários empréstimos do Banco Europeu de Investimento (BEI) à fábrica de baterias da Northvolt”, num valor de 313 milhões de dólares (297 milhões de euros ao câmbio de hoje) do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, referiu a porta-voz para os assuntos Económicos e Financeiros, Veerle Nuyts, na conferência de imprensa diária.

A porta-voz explicou que Bruxelas dá garantias a vários empréstimos resultando cada uma numa exposição pela Comissão, coberta pelo orçamento da União Europeia.

A Northvolt, parceira da Galp para a refinaria de lítio em Setúbal, anunciou em 22 de novembro ter apresentado um pedido de proteção contra a falência nos Estados Unidos da América, referindo que é mantida a fábrica da Suécia a operar.

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Grupo Esseco notifica Autoridade da Concorrência sobre intenção de comprar Ercros

  • Lusa
  • 25 Novembro 2024

Os italianos da Esseco, que lançaram uma oferta concorrente à da Bondalti sobre a espanhola Ercros, também receberam luz verde do Governo de Sánchez à operação.

O grupo Esseco, uma multinacional italiana da área química e de alimentação animal, notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da intenção de avançar com a aquisição da espanhola Ercros, cuja compra está a disputar com a portuguesa Bondalti.

“A operação de concentração consiste na aquisição, pela Esseco Industrial S.p.A., do controlo exclusivo sobre a Ercros, S.A.”, lê-se numa nota enviada à Autoridade da Concorrência, que detalhou ainda que o regulador recebeu, em 19 de novembro de 2024, a notificação prévia desta operação de concentração de empresas, depois de a empresa italiana também ter recebido luz verde do Governo espanhol à operação.

De acordo com a AdC, a Esseco é “uma subsidiária do Grupo Esseco S.p.A., um grupo industrial multinacional sediado em Itália, com três unidades de negócio principais”.

A empresa conta assim com a “divisão industrial, especializada na produção de cloro-álcali e de sais inorgânicos provenientes de enxofre, sódio, potássio e amoníaco”, a “divisão de enologia, especializada no desenvolvimento, fabrico e distribuição de produtos químicos e biotecnologias para a indústria vinícola, incluindo metabissulfitos de potássio e poliaspartato de potássio”, e “a divisão de alimentação animal, especializada na produção de aditivos para alimentação animal”.

Por sua vez, a Ercros tem “sede em Espanha, com atividade centrada no fabrico e comercialização de produtos para as indústrias química, farmacêutica, veterinária, agroquímica e alimentar”.

Segundo a AdC, a Ercros está organizada em três áreas principais de atividade”: a “divisão de derivados de cloro”, a de “produtos químicos intermédios” e a de “produtos farmacêuticos”.

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Negócios com impacto na economia azul em disputa em Matosinhos

O grande vencedor do BluAct ganha 5.000 euros, enquanto o projeto com maior impacto na indústria conserveira é premiado com 2.500 euros.

Um sistema de gestão de inventário através de inteligência artificial (IA), um drone autónomo que deteta lixo flutuante, ou uma solução para a gestão do impacto climático de empresas. Estas são algumas das ideias de negócio que disputam, nesta terça-feira, na câmara de Matosinhos, a grande final do BluAct 2024, o programa de apoio ao crescimento de startups na área da economia azul.

Os candidatos têm agora a oportunidade de apresentarem as suas ideias aos jurados, depois das sessões de mentoria para apoio ao desenvolvimento do modelo de negócio e preparação da apresentação pública dos projetos.

O grande vencedor do BluAct ganha um prémio pecuniário de 5.000 euros, oferecido pela Indaqua Matosinhos, assim como a participação gratuita na próxima edição da Escola de Startups da UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. Já os três primeiros classificados têm acesso a incubação gratuita na UPTEC Mar durante um ano. A Conservas Portugal Norte atribui ainda 2.500 euros para o projeto com maior impacto na indústria conserveira.

Entre as ideias a concurso constam ainda uma plataforma que otimiza a gestão sustentável de destinos turísticos e um sistema de monitorização e intervenção em espécies marinhas que utiliza IA para analisar comportamentos e condições ambientais. Acresce uma solução de reutilização dos resíduos do fabrico de pranchas de surf e a utilização de macroalgas na agricultura biológica.

O BluAct é uma iniciativa da autarquia de Matosinhos, sob liderança da socialista Luísa Salgueiro, em parceria com a UPTEC, Indaqua e Conservas Portugal Norte.

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Negociações finais do Tratado Global dos Plásticos decorrem esta semana

  • ECO
  • 25 Novembro 2024

Negociações finais do Tratado Global dos Plásticos começa esta segunda-feira e vai até domingo. O tratado junta delegações de 175 países para combater a poluição proveniente dos plásticos.

A quinta sessão de negociações intergovernamentais para o Tratado Global dos Plásticos começou esta segunda-feira, e decorrerá até dia 1 de dezembro, em Busan, na Coreia do Sul, com a presença de delegados de 175 países. O tratado visa chegar a um acordo acerca de um instrumento global para abordar a poluição causada pelo plástico.

“O nosso trabalho em Busan esta semana é claro: concordar um tratado que nos põe no caminho para entregar um futuro livre da poluição do plástico de uma vez por todas“, refere Inger Andersen, diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), citada num comunicado divulgado aos jornalistas.

A Comissão da União Europeia está a participar nas negociações finais do tratado e propõe requisitos para resolver os níveis da produção primária dos polímeros de plástico e para melhorar a circularidade dos plásticos na indústria, segundo comunicado divulgado pela União Europeia. O bloco comunitário defende também que o tratado deve incluir regras sobre a eliminação de químicos prejudiciais nos plásticos, nomeadamente, proibições e eliminações progressivas desses produtos, como certos plásticos de utilização única. Outro requisito é a proibição de produtos que contêm microplásticos na sua composição.

A União Europeia, segundo o comunicado divulgado pelo bloco comunitário, defende também o “Princípio do Poluidor Pagador”, em que os maiores produtores suportam a sua parte na poluição do plástico através de responsabilidades financeiras.

Uma coligação de quase 70 países, como o Ruanda, a Noruega e o Reino Unido está a pressionar para um tratado de “grande ambição” para regular os químicos e eliminar gradualmente os plásticos de uso único, segundo relata a Bloomberg.

Países petrolíferos como a Arábia Saudita, o Irão, a Rússia, entre outros, argumentam que os plásticos são um material importante para o crescimento sustentável, uma vez que, por exemplo, são mais leves do que muitos substitutos e podem reduzir a utilização do combustível nos transportes, e que a poluição dos plásticos não resulta do material em si, mas da forma como é consumido e eliminado.

A produção de plástico vai aumentar 70% para 736 milhões de toneladas anualmente até 2040, referem os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.

De acordo com os dados do PNUA de 2021, citado pelo bloco comunitário, a produção mundial de plástico ascendia nesse ano cerca de 400 Mt anualmente, no entanto estima-se que 12% dos plásticos produzidos tenham sido incinerados e apenas 9% reciclados. Os dados estimam também que em 2021 houve 109 Mt plásticos acumulados nos rios e 30 Mt no oceano.

Segundo o “Global Plastics Outlook” de 2022, que prevê cenários de políticas acerca do tema até 2060, as fugas de plásticos para o ambiente estão previstas aumentar até 2060 para 44 milhões de toneladas (Mt) por ano. Segundo o estudo, as emissões de gás efeito estufa provenientes do ciclo de vida dos plásticos vão duplicar de 1,8 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente (Gt CO2e) para 4,3 Gt CO2e.

Antes das negociações do tratado, mais de 127 países já tinham introduzido regras sobre os plásticos de utilização única, segundo PNUA.

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