Parlamento dos Açores aprova plano de apoio à comunicação social privada de dois milhões de euros

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2025

O plano do executivo açoriano para os órgãos de comunicação social privados, no valor de dois milhões de euros, contempla vários incentivos, formação para jornalistas e assinaturas de jornais.

O parlamento açoriano aprovou esta sexta-feira o decreto legislativo regional que cria o SIM – Sistema de Incentivos aos Media Privados dos Açores, considerado pelo executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM um “plano robusto” de ajuda ao setor. O decreto legislativo regional foi aprovado em votação final global com os votos a favor do PSD, PS, CDS-PP e PPM, votos contra do Chega e IL e abstenções do BE e PAN.

Sem contabilizar os apoios nacionais que se conseguirem captar, o plano de apoio é de dois milhões de euros. Trata-se de um plano robusto, capaz, estamos certos disso, de dar a volta à [atual] situação“, disse o secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades, Paulo Estêvão, na apresentação da proposta.

Segundo o governante, o apoio aos órgãos de comunicação social é “justo e fundamental” no plano dos valores e na preservação da democracia.

“É necessário porque, sem apoio, o pluralismo informativo nesta Região irá desaparecer. Neste momento, a RTP Açores tem praticamente tantos funcionários como todos os órgãos de comunicação social privados juntos e recebe 88% do financiamento estatal e regional. Juntos, os órgãos de comunicação social privados, recebem apenas 12% das verbas atribuídas aos órgãos de comunicação social nos Açores“, apontou.

E prosseguiu: “Neste novo mundo, esmagados na tenaz formada pelos órgãos de comunicação social públicos e todas as novas publicações de conteúdos não jornalísticos, mas que deles se disfarçam e mascaram, a comunicação social privada está à beira do esmagamento, se nada for feito“.

O plano do executivo açoriano para os órgãos de comunicação social privados contempla vários incentivos, formação para jornalistas e assinaturas de jornais.

Paulo Estêvão explicou que, entre outros aspetos, a medida exige um mínimo de jornalistas credenciados nos projetos candidatos, estende a cobertura dos apoios aos operadores de televisão, articula os apoios regionais com os apoios nacionais e “alarga de 30% para 60% uma parte dos custos de produção internos das redações”.

No debate, José Pacheco (Chega), lamentou que haja um apoio específico para o setor, admitindo que o executivo da coligação “vai continuar a patrocinar uma comunicação social que obedece à ‘voz do dono'”.

Para João Mendonça (PPM), o sistema de incentivos mostra o forte compromisso da coligação com um setor “fundamental para a democracia” e “está a dar-se uma resposta corajosa e inovadora para proteger e fortalecer este setor na região”.

Por sua vez, Paulo Simões (PSD) disse que lhe custa “ouvir que os jornalistas são fantoches, que são comprados pelo Governo, seja ele qual for”, e referiu que o plano “vem dotar as redações dos meios necessários para poderem exercer melhor o seu trabalho”.

O parlamentar da IL, Nuno Barata, observou que, muitas vezes, nos órgãos de comunicação social a informação também é deturpada e questionou se no futuro vai passar a ser “limpinha” por causa deste diploma.

A proposta “dá continuidade a uma política que já existe na Região de apoiar os órgãos de comunicação social privados exatamente por causa da especificidade insular“, que cria dificuldades a empresas de pequena dimensão, disse Pedro Pinto (CDS-PP).

Para Pedro Neves (PAN), o diploma visa “promover o bom jornalismo, neste caso a sobrevivência jornalística dentro dos Açores”, mas alertou que os representantes dos jornalistas dizem que “são contra esta iniciativa”.

Já para António Lima (BE), os apoios “não podem servir apenas para salvar as empresas”, devem servir “fundamentalmente para que haja jornalismo livre nos Açores”, apontando que “não há liberdade com precariedade”.

Pelo PS, Berto Messias, considerou que o diploma vai “garantir um conjunto de tipologias de apoio que tenham como principal objetivo a redução da taxa de esforço mensal deste tipo de empresas que tem um imenso constrangimento de angariação de receitas”.

Antes do debate, a Direção Regional do Sindicato dos Jornalistas lamentou em comunicado que “todas as propostas apresentadas” por este organismo ao Governo Regional “tenham sido ignoradas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

Nossa é a agência com melhor reputação em Portugal, segundo a OnStrategy

  • + M
  • 17 Janeiro 2025

A agência liderada por Duarte Durão, Nuno Cardoso e Vasco Teixeira-Pinto regista 76 pontos. Entre as cinco agências melhor classificadas seguem-se a Bar Ogilvy, Havas, M Public Relations e Fuel.

A Nossa é líder entre as agências com melhor reputação no país em 2024, segundo os dados do RepScore, estudo elaborado pela consultora OnStrategy, que visou destacar as marcas de serviços profissionais avaliadas com melhor reputação.

De acordo com o ranking divulgado, e que junta agências criativas e de comunicação, a agência liderada por Duarte Durão, Nuno Cardoso e Vasco Teixeira-Pinto registou 76 pontos, sendo que entre as cinco agências melhor classificadas se segue a Bar Ogilvy (75,7), Havas (75,4), M Public Relations (75,1) e Fuel (74,8).

Lift Consulting (74,3), Fullsix (74), Adagietto (73,9), LLYC (73,6) e O Escritório (73,5) completam a lista de 10 agências que se destacam com melhor reputação, todas acima da marca de 70 pontos.

O estudo é elaborado tendo por base um trabalho de campo que decorre durante todo o ano junto de uma amostra de cerca de oito mil “c-levels empresariais”. A metodologia, explica a consultora, “assenta numa abordagem qualitativa no que se refere ao posicionamento da marca, identificando e explorando todos os valores e atributos referidos espontaneamente, e uma abordagem quantitativa para a reputação de marca, indicando e explorando de uma forma induzida a notoriedade, a reputação emocional (relevância, consideração, confiança, admiração, preferência, recomendação), a reputação racional (produtos, serviços, inovação, ambiente de trabalho, cidadania, ambiente, governo, liderança, performance financeira) e os comportamentos consequentes à perceção reputacional (intenção de compra, defesa perante crises, intenção de trabalhar com/para e intenção de investir)”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Scholz diz que apoio de Musk à extrema-direita ameaça a democracia na Europa

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2025

Chanceler alemão, acusou o multimilionário Elon Musk, próximo do Presidente eleito norte-americano, Donald Trump, de ameaçar a democracia ao apoiar a extrema-direita na Europa.

O chanceler alemão, o social-democrata Olaf Scholz, acusou o multimilionário norte-americano Elon Musk, próximo do Presidente eleito norte-americano, Donald Trump, de ameaçar a democracia ao apoiar a extrema-direita na Europa.

“[Elon Musk] apoia a extrema-direita em toda a Europa, no Reino Unido, na Alemanha e em vários países. Isto é inaceitável e põe em perigo o desenvolvimento democrático da Europa“, afirmou o chanceler alemão, durante uma conferência de imprensa com o seu homólogo sueco, Ulf Kristersson.

Musk – proprietário da empresa automóvel Tesla, da companhia aeroespacial SpaceX e da rede social X – fez, nas últimas semanas, inúmeras declarações de apoio ao partido alemão de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD, em alemão).

As sondagens colocam a AfD em segundo lugar, com pelo menos 20% dos votos, atrás dos conservadores, atualmente na oposição.

Na passada quinta-feira, Elon Musk – que nasceu na África do Sul – organizou um debate ao vivo com a líder da AFD e candidata às eleições legislativas alemãs, Alice Weidel, na rede social X.

Musk, considerado o homem mais rico do mundo, apelou ainda à libertação do ativista de extrema-direita britânico Tommy Robinson e expressou o seu apoio ao partido anti-imigração Reform UK, além de criticar o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

Elon Musk encontrou-se com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, uma figura importante da direita radical, quando este visitou Donald Trump na Florida, no início de dezembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Autoeuropa produziu mais de 236 mil carros em 2024, o melhor ano desde a pandemia

Ano de 2024 foi o segundo melhor de sempre em termos de produção da fábrica de Palmela, com 236.100 carros produzidos, apenas atrás do ano 2019.

A fábrica da Volkswagen em Palmela terminou o ano de 2024 com um total de 236.100 veículos produzidos, “o melhor ano desde o final da pandemia”, anunciou a fabricante alemã esta sexta-feira.

Apesar das várias paragens para modernização da fábrica, 2024 foi o segundo melhor ano de produção da fábrica de Palmela, com 236.100 carros produzidos”, avançou a empresa, em comunicado.

Apesar das várias paragens para modernização da fábrica, 2024 foi o segundo melhor ano de produção da fábrica de Palmela.

Volkswagen Autoeuropa,

A fabricante automóvel detalha que o “ano em que se produziram mais unidades na fábrica de Palmela foi 2019, com 254.600 unidades”.

A fábrica, localizada no distrito de Setúbal, iniciou 2025 com a produção do primeiro veículo do ano, um T-Roc R-Line 1.5 l TSI, 110 kW, modelo destinado ao mercado alemão, o principal destino das exportações.

“Encerrar 2024 com a segunda melhor marca de sempre é um reflexo do esforço e dedicação das nossas equipas”, afirma o diretor-geral. “A conclusão do primeiro carro de 2025 marca o início de um novo ciclo produtivo e é a declaração de que a fábrica está pronta para continuar a entregar bons resultados”, nota Thomas Hegel Gunther.

A fabricante nota ainda que 99% da produção da Volkswagen Autoeuropa segue para exportação, sendo os principais mercados a Alemanha, a Itália e o Reino Unido.

A Volkswagen, que emprega cerca de 650.000 trabalhadores globalmente, dos quais cerca de 300 mil estão na Alemanha, tem vindo a confrontar-se com a crescente concorrência chinesa na Europa, além de estar exposta à quebra da procura na China, com a fabricante alemã a admitir pela primeira vez encerrar fábricas na Alemanha.

No entanto, em novembro do ano passado, fonte do construtor alemão adiantou que a fábrica de automóveis da Autoeuropa, em Palmela, não deverá ser afetada pela redução de postos de trabalho e encerramento de algumas fábricas da Volkswagen na Alemanha

A nível global, a produção automóvel em Portugal cresceu 4,5% em 2024, tendo saído das fábricas nacionais 332.546 veículos no ano passado, segundo os dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresas da região de Leiria exportam um terço da produção. Vendas abrandaram em 2023

Embora representem apenas 11% do tecido empresarial do distrito de Leiria, as empresas industriais são responsáveis por mais de 30% do volume de negócios total da região.

Em 2023, as empresas do distrito de Leiria registaram uma taxa de exportação de cerca de 33%, uma tendência crescente nos últimos anos, de acordo com os dados da Iberinform divulgados esta sexta-feira. O tecido industrial vale um terço do volume de negócios na região.

Após dois períodos económicos de crescimento no distrito em 2021 e 2022, com subidas, respetivamente, de cerca de 17% e de 21%, a variação do volume de negócios abrandou em 2023 para uma taxa, ainda positiva, de 5,51%. “O distrito já não registava um abrandamento deste índice desde 2019, sendo que é o valor de crescimento mais baixo desde 2013, com exceção do ano de 2020, o único ano onde a variação foi, de facto, negativa”, informa a consultora.

Em termos de distribuição por concelhos, Leiria lidera com 32% das empresas do distrito, seguida de Alcobaça (12%), Pombal (11%), Caldas da Rainha (11%), Marinha Grande (7%) e Porto de Mós (5%). Os restantes concelhos contabilizam, em conjunto, os restantes 22%.

No distrito, realce ainda para uma redução no número de insolvências — uma diminuição de 20% face ao período homólogo — e para um aumento de 2% em constituições de novas empresas. “Fatores que contribuem para o fortalecimento do tecido empresarial da região”, sublinha a consultora.

Fonte: Iberinform Iberinform

Por setor de atividade, as empresas industriais, embora representem apenas 11% do total do tecido empresarial do distrito de Leiria, são responsáveis por 31% do volume de negócios total da região. Por outro lado, 38% das empresas estão concentradas no setor de serviços, mas contribuem apenas para 9% do volume de negócios total do distrito. A construção soma 13% das empresas e 9% das vendas totais. Já a agricultura e os transportes representam individualmente 4% do total de empresas e têm uma contribuição de 4% cada na faturação.

A grande maioria das empresas (85%) pertence ao segmento de microempresas, que valem 14% do volume de negócios total. As empresas de pequena dimensão representam 13% do total de empresas do distrito e 34% da faturação, mas são as maiores contribuidoras para o volume de negócios total (34%). Já as empresas médias representam aproximadamente 2% do total e 33% da faturação.

No que diz respeito ao risco de incumprimento, de acordo com a mesma consultora, aproximadamente uma em cada quatro empresas (22%) de Leiria apresenta um nível máximo ou elevado de risco. Em geral, as empresas apresentam um nível médio (41%) ou baixo (37%) de incumprimento. É, ainda, notório que à medida que aumenta a dimensão da empresa, menor é o risco associado às mesmas. Entre setores, o risco é semelhante, mas, ainda assim, o setor da agricultura possui um índice de risco mais baixo.

Os dados do Insight View mostram ainda que quanto mais antigas são as empresas, maior é o volume de negócios. As empresas constituídas nos últimos cinco anos representam 31% do total, contribuindo apenas com 6% do volume de negócios total. Aquelas que foram constituídas entre seis e dez anos atrás representam 18% do total das empresas de Leiria, com uma faturação de 9% do distrito.

Já as empresas constituídas entre 11 e 15 anos atrás constituem 12% do total, apresentando uma faturação de 10% do volume de negócios total. Empresas com uma idade compreendida entre 16 e 25 anos totalizam 20% das empresas e contribuem com 16% do volume de negócios total. Por último, as empresas com mais de 25 anos representam 19% das empresas de Leiria, tendo uma faturação equivalente a cerca de metade do volume de negócios total.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

FMI corta crescimento da Zona Euro para 1% em 2025, mas vê Alemanha a sair da recessão

O Fundo Monetário Internacional espera uma recuperação do crescimento dos países da moeda única, mas a um ritmo mais gradual do que o previsto anteriormente.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está ligeiramente mais pessimista sobre o crescimento económico da Zona Euro, esperando agora um crescimento de 1% este ano e de 1,4% em 2026. Na atualização das previsões económicas mundiais divulgadas esta sexta-feira, revê em baixa as perspetivas para a Alemanha, França e Itália, embora espere que a economia alemã saia da recessão.

Na Zona Euro, espera-se que o crescimento recupere, mas a um ritmo mais gradual do que o previsto em outubro, com as tensões geopolíticas continuando a pesar sobre o sentimento“, refere o relatório.

A instituição de Bretton Woods explica que o dinamismo mais fraco do que o esperado no final de 2024, especialmente na indústria transformadora, e o aumento da incerteza política explicam uma revisão em baixa de 0,2 pontos percentuais, para 1% em 2025, após uma expansão do Produto Interno Bruto de 0,8% em 2024.

Em 2026, prevê um crescimento de 1,4%, impulsionado por um crescimento mais forte da procura interna, à medida que as condições financeiras se flexibilizam, a confiança melhora e a incerteza diminui ligeiramente.

Fonte: FMI, Atualização do World Economic Outlook, janeiro de 2025

Entre as quatro economias do euro para as quais disponibiliza previsões neste relatório, apenas uma escapa à revisão em baixa para este ano face a outubro: Espanha. Para a Alemanha, país que em 2024 sofreu uma contração pelo segundo ano consecutivo (-0,3% em 2023; -0,2% em 2024), prevê um crescimento de 0,3% este ano e de 1,1% em 2025, menos 0,5 pontos percentuais (pp.) e menos 0,3 pp. do que anteriormente.

Corta ainda a perspetiva para a economia francesa, para 0,8% em 2025 e 1,1% em 2026 (menos 0,3 pontos e 0,2 pontos, respetivamente), e para a economia italiana este ano, para 0,7% este ano (menos 0,1 pontos), embora melhore em 0,2 pontos a de 2026, para 0,9%. Já para Espanha aponta para uma taxa de crescimento de 2,3% em 2025 (mais 0,2 pontos) e de 1,8% em 2026 (projeção inalterada).

A instituição de Bretton Woods prevê que o crescimento económico global se mantenha estável em 2025 e 2026, com uma taxa de 3,3%, mantendo-se todavia abaixo da média histórica. Na atualização das projeções divulgadas esta sexta-feira, alerta ainda para a divergência entre os países e para os riscos associados à incerteza comercial e à inflação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

FMI prevê crescimento global de 3,3%. Alerta para divergência entre países e incerteza comercial

Fundo Monetário Internacional prevê crescimento mundial "estável, embora fraco" e abaixo da média histórica. Alerta para trajetórias divergentes entre países e para a incerteza comercial.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o crescimento económico global se mantenha estável em 2025 e 2026, com uma taxa de 3,3%, mantendo-se todavia abaixo da média histórica. Na atualização das projeções divulgadas esta sexta-feira, alerta ainda para a divergência entre os países e para os riscos associados à incerteza comercial e à inflação.

A instituição liderada por Kristalina Georgieva mantém a previsão para 2025 praticamente inalterada face ao relatório divulgado em outubro, com uma melhoria de apenas 0,1 ponto percentual, resultado de uma revisão em alta para os Estados Unidos que compensa a revisão em baixa em outras grandes economias.

Espera-se que o crescimento global permaneça estável, embora fraco. Com 3,3% em 2025 e 2026, as previsões de crescimento estão abaixo da média histórica (2000-2019) de 3,7%“, refere o relatório, que estima uma taxa de de crescimento de 3,2% em 2024. A fotografia geral “esconde trajetórias divergentes entre as economias e um perfil de crescimento global precário“.

Fonte: Fundo Monetário Internacional

Entre as economias avançadas, destacam-se os Estados Unidos, país para o qual estima um crescimento de 2,7% em 2025, 0,5 pontos mais do que na previsão de outubro. A impulsionar a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) estará uma procura “robusta, refletindo fortes efeitos de riqueza, uma orientação menos restritiva da política monetária e condições financeiras favoráveis”.

Por outro lado, espera que o crescimento da Zona Euro recupere, mas a um ritmo mais gradual do que o previsto em outubro, com as tensões geopolíticas a pesarem sobre o sentimento. Assim, prevê que o PIB dos países da moeda única avance de 0,8% em 2024 para 1% em 2025 e 1,4% em 2026, menos 0,2 pontos e 0,1 pontos, respetivamente, do que anteriormente.

Nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento, espera-se que o desempenho do crescimento em 2025 e 2026 corresponda, em termos gerais, ao de 2024. O crescimento da China em 2025 é ligeiramente revisto em alta em 0,1 ponto percentual, para 4,6%. “Esta revisão reflete a transição de 2024 e o pacote orçamental anunciado em novembro, compensando em grande parte o efeito negativo sobre o investimento da maior incerteza da política comercial e do mercado imobiliário”, explica a instituição de Bretton Woods.

Paralelamente, as estimativas para o comércio mundial foram revistas ligeiramente em baixa para 2025 e 2026, devido ao aumento acentuado da incerteza da política comercial, que deverá prejudicar o investimento, ainda que o impacto seja transitório.

Fantasma da inflação ainda não desapareceu

O FMI assinala que a desinflação global continua, mas há sinais de que o progresso está estagnado em alguns países e que a inflação elevada é persistente em alguns casos. “Embora a inflação core dos preços dos bens tenha caído ou ficado abaixo da tendência, a inflação dos preços dos serviços ainda está acima das médias anteriores à Covid-19 em muitas economias, especialmente nos Estados Unidos e na Zona Euro“, refere.

No entanto, prevê que o arrefecimento gradual dos mercados de trabalho mantenha as pressões da procura afastadas e que, combinado com a esperada descida dos preços dos produtos energéticos, a inflação a nível global continue a descer em direção aos objetivos dos bancos centrais. Neste sentido, estima que a inflação se situe próxima, mas acima, da meta de 2% em 2025 nos Estados Unidos, mas seja mais moderada Zona Euro.

Contudo, alerta que estas dinâmicas podem ser influenciadas negativamente por outros fatores, nomeadamente sobre o impacto das tarifas comerciais. Paralelamente, assinala que as posições cíclicas de muitas das principais economias são hoje mais propícias a uma inflação mais elevada do que em 2016 e que “a retaliação sob a forma de restrições a materiais ou bens intermédios específicos e difíceis de substituir” também poderão ter impacto.

Protecionismo é risco para o crescimento

O FMI considera que os riscos de médio prazo estão inclinados no sentido descendente, enquanto as perspetivas de curto prazo são caracterizadas por riscos divergentes. Os riscos ascendentes poderão impulsionar o já robusto crescimento nos Estados Unidos no curto prazo, enquanto os riscos noutros países estão no lado descendente num contexto de elevada incerteza política.

Assim, adverte que uma intensificação das políticas protecionistas – por exemplo, sob a forma de uma nova onda de tarifas – “poderia exacerbar as tensões comerciais, diminuir o investimento, reduzir a eficiência do mercado, distorcer os fluxos comerciais, e novamente perturbar as cadeias de abastecimento“.

“O crescimento poderá ser prejudicado tanto no curto como no médio prazo, mas com graus variados entre as economias”, refere.

Aponta ainda que as perturbações geradas pelas políticas no processo de desinflação em curso poderão interromper o impulso para a flexibilização da política monetária, com implicações para a sustentabilidade orçamental e a estabilidade financeira.

“A gestão destes riscos exige uma forte concentração política no equilíbrio entre a inflação e a atividade real, na reconstrução de reservas e na melhoria das perspetivas de crescimento a médio prazo através de reformas estruturais intensificadas, bem como de regras e cooperação multilaterais mais fortes”, recomenda.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UEFA anuncia desmantelamento de rede “pirata” com 22 milhões de utilizadores

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2025

Operação liderara pela Bulgária "registou 112 buscas e apreensões de equipamento e 11 detenções. Rede atingiu mais de 22 milhões de utilizadores em todo o mundo", denuncia a UEFA.

A UEFA anunciou esta sexta-feira o desmantelamento de uma rede de plataformas ilegais de streaming com mais de 22 milhões de utilizadores, numa operação internacional liderada pela Bulgária e que originou onze detenções.

“A operação registou 112 buscas e apreensões de equipamento, bem como a identificação de 102 suspeitos, com 11 detenções subsequentes. Verificou-se que a rede atingiu mais de 22 milhões de utilizadores em todo o mundo“, refere o organismo que tutela o futebol europeu, em comunicado.

Segundo a UEFA, a ‘Operação Kratos’ foi realizada no verão, no contexto do Euro2024, com o organismo a contribuir com “informações atempadas e pormenorizadas sobre transmissões ilegais” das competições que organiza, uma vez que dispões de um “vasto programa de proteção de conteúdos”.

“A UEFA congratula-se com a operação internacional de combate à pirataria liderada pelo Ministério do Interior da República da Bulgária, com o apoio fundamental das agências de aplicação da lei da República Italiana e da República da Croácia, bem como da Europol e da Eurojust”, conclui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Centeno diz que “independência do banco central é mais uma responsabilidade do que um direito”

Governador do Banco de Portugal contou que um banco central não pode estar "tão pendente" do que está na lei para saber o que tem de fazer na missão de garantir a estabilidade, incluindo dos preços.

Para Mário Centeno, num estado de direito, a independência de um banco central não vem das normas legais, sendo “mais uma responsabilidade do que um direito”.

“As leis mudam e nós não podemos estar tão pendentes do que está na lei para sabermos o que temos de fazer”, afirmou o governador do Banco de Portugal esta sexta-feira numa conferência sobre a independência dos bancos centrais organizada pelo Banco de Espanha. “É assim que vejo e como devemos comunicar”, disse.

Segundo Centeno, os bancos centrais devem transmitir estabilidade. “Isso faz parte do nosso ADN, é como nos vemos a nós mesmos”, referiu. E explicou que essas dimensões de independência e estabilidade são importantes para os bancos centrais cumprirem o seu mandato.

“Temos como mandato principal o controlo da inflação. É um drama psicológico que temos: tomar hoje decisões para ancorar as expectativas de inflação no médio prazo. Não monitorizamos a inflação de amanhã ou depois de amanhã. Esta diferença enorme entre a política monetária e outras políticas económicas é o tempo que decorre para ter impacto as suas decisões. Mas há que ver isso com tranquilidade”, disse o também membro do conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE).

Mário Centeno frisou ainda que um banco central tem o papel fundamental na “coordenação de políticas”, dado que dispõe de uma capacidade “parcial” em termos de instrumentos ao seu dispor para controlar a inflação.

“Em Portugal, metade da população não sabia o que era inflação”

Mário Centeno, cujo mandato termina em julho, contou também que tem feito muitas visitas a escolas e universidades nos últimos tempos, mas com “a vantagem” que outros governadores não tiveram antes. “Tivemos inflação e é muito difícil falar de uma coisa que as pessoas não veem”, frisou.

“Em Portugal metade da população não sabia o que era inflação, não tinha experienciado. [Nesse sentido] foi um momento estupendo”, disse.

“Se me dizes que era melhor não ter havido, claro. Uma vez que tivemos, é melhor aproveitar. Devemos utilizar toda a capacidade que temos para comunicar com todos”, acrescentou o governador português.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

É oficial. Parlamento aprova criação de 302 novas freguesias

Doze anos após o processo de concentração, a Assembleia da República permite que desapareçam 135 uniões de freguesias e ressurjam 302. Só a Iniciativa Liberal votou contra o diploma.

O “comboio” iniciado em 2021 para retomar o mapa de freguesias existentes até 2013 chegou à penúltima estação nesta sexta-feira, com a aprovação parlamentar da desagregação. Agora, só falta a última palavra do Presidente da República. A Assembleia da República aprovou o regresso de 302 freguesias outrora existentes, pondo fim, em simultâneo, a 135 uniões de freguesias. A criação destas uniões de freguesias aconteceu no Governo liderado por Passos Coelho e, apesar deste processo se ter iniciado no Executivo PS de António Costa, é de novo com a coligação de direita no poder que se reverte uma medida que visava criar poupanças e aumento de escala territorial.

Apesar de a lei, que originou a concentração, ter ocorrido em pleno consulado do PSD e CDS, tendo mesmo assumido, informalmente, o nome do então ministro-adjunto Miguel Relvas, a deputada social-democrata Olga Freire defendeu que “não foi o Governo de Passos Coelho que tomou a decisão” de alterar o mapa de freguesias, mas sim “o governo Sócrates que sugeriu à troika a agregação de freguesias”. “Foi o governo PS que inclui no memorando de entendimento o plano de reorganizar e reduzir significativamente o número de autarquias, a tempo das autárquicas de 2013″, vincou.

Do lado do PS, que promoveu a desconcentração através da lei 39/2021, com António Costa, o deputado Jorge Botelho devolveu as acusações, lembrando que a lei que reorganizou as freguesias surgiu pela mão do Executivo PSD/CDS. “Esta redução de freguesias, que teve no Parlamento unicamente a aprovação por parte do PSD e do CDS, teve e tem tido ao longo do tempo uma forte reação negativa das populações e de muitos autarcas do nosso país a todos os níveis, independentemente das forças políticas que representavam e representam.”

Foi o governo PS que inclui no memorando de entendimento o plano de reorganizar e reduzir significativamente o número de autarquias, a tempo das autárquicas de 2013.

Olga Freire

Deputada do PSD na Assembleia da República

Isto porque, acusou ainda, o processo foi feito de forma “absolutamente centralizada e sem envolvimento das populações a que se destinava”. “Foi aquilo que na altura se designou como uma reorganização de freguesias feita a régua e esquadro, sem ouvir as populações”, insistiu Jorge Botelho. Mais tarde, “com a mudança para um governo do Partido Socialista, a questão do mapa autárquico de freguesias voltou a estar na agenda política”, completou.

Assumindo que a ‘Lei Relvas’ “não foi” perfeita, Olga Freire realçou, por sua vez, o “contexto de urgência internacional” que se vivia em 2013, depois do pedido de assistência financeira. Embora recuse a ‘paternidade’ da medida, o PSD ressalvou que foram agregadas 1.168 freguesias nas novas uniões territoriais e que, destas, “apenas 188 apresentaram [agora] um procedimento especial de reposição”. Destas quase duas dezenas, foram aprovadas 135, salientou. “O PSD tudo fez para terminar o processo de desagregação. Está feito. Está na hora de fechar este ciclo e olhar para o futuro“, concluiu.

Da parte do CDS, parceiro de coligação governamental também na época em que aprovou a agregação, João Almeida defendeu o passo formalizado na lei de 2013. “Fomos a favor da lei que agregou freguesias, porque entendemos que um dos critérios que é importante na gestão territorial é o critério da escala, da eficiência.”

O CDS-PP foi o único partido que votou contra a lei de 2021, notou o deputado centrista. “Fomos contra porque entendemos que os critérios estabelecidos pelo Partido Socialista eram errados e injustos, que iam permitir uma alteração do mapa que não permite resolver as grandes questões que o país tem em termos de gestão de proximidade”. Ainda assim, ressalvou, o CDS-PP decidiu votar agora a favor da desagregação por entender que o que está em causa é a validação dos processos entregues pelas freguesias, ao abrigo da lei de 2021, bem como o respeito pela vontade das populações.

Foi aquilo que na altura se designou como uma reorganização de freguesias feita a régua e esquadro, sem ouvir as populações.

Jorge Botelho

Deputado do PS na AR

Na votação final, apenas a Iniciativa Liberal (IL) votou contra o que designou de “retrocesso” por entender que “esta reforma não é para melhorar a vida das pessoas, [mas sim] para satisfazer os interesses instalados, aumentar o peso do Estado e criar mais cargos para distribuir por clientelas políticas”, justificou a deputada Mariana Leitão. E, dirigindo-se para a bancada parlamentar, Mariana Leitão apelou: “Senhores deputados, não enganem as pessoas”.

A deputada da IL não tem dúvidas de que “mais freguesias significam mais despesa, mais presidentes e executivos e tudo pago com dinheiro dos contribuintes”. “Em vez de termos freguesias mais fortes e organizadas, voltamos a uma estrutura pesada e ineficaz”, lamentou.

Já o Chega absteve-se na votação do diploma. O deputado Paulo Fernandes justificou que “o voto de abstenção é o mais responsável”. Aliás, explanou, “respeita a vontade popular”, assinalando que o partido “nunca faltou a uma reunião do grupo de trabalho, ao contrário de outros partidos que nunca lá puseram os pés”.

Ainda assim, numa intervenção anterior, o seu colega de partido Barreiro Soares tinha sublinhado que o Chega “defende a redução do número de políticos, a diminuição da burocracia”.

Esta reforma não é para melhorar a vida das pessoas, [mas sim] para satisfazer os interesses instalados, aumentar o peso do Estado e criar mais cargos para distribuir por clientelas políticas.

Mariana Leitão

Deputada da Iniciativa Liberal na AR

A favor desta alteração votaram também os bloquistas. Durante a intervenção no plenário, a deputada Joana Mortágua começou por “saudar os autarcas que lutaram pela sua freguesia, e lutaram para provar que o poder local não é uma forma de participação democrática obsoleta”.

A bloquista realçou o facto de a Lei Relvas ter causado vítimas. “Não roubou apenas os serviços públicos; pretendeu roubar capacidade de luta às populações pelo direito dos serviços públicos nos seus territórios”, apontando o encerramento de diversos postos CTT e centros de saúde com a agregação das freguesias. Aliás, sustentou Mortágua, “esta lei não levou a uma grande poupança como tinha sido apregoado. A austeridade enterrava o país em mais crise”.

Apesar de o PCP ter votado a favor da desagregação das freguesias, o deputado comunista Alfredo Maia defendeu que a medida fica aquém do que as comunidades querem. “O debate de hoje é um momento de reforço e valorização das freguesias, mas fica longe do que as populações exigem”, uma vez que “foi imposta apenas um número limitado de freguesias desconsiderando a vontade das populações”, reiterou.

Deveríamos repor todas as freguesias onde fosse a vontade das populações, como o PCP sempre defendeu. Mas não foi essa a vontade do PS, PSD, CDS, Chega e Iniciativa Liberal”, acusou Alfredo Maia. E deixou “um repto, sobretudo ao PSD e PS para que não se desperdice esta oportunidade de repor todas estas freguesias como defendem as populações e os seus órgãos”.

Já a deputada do Livre, Filipa Pinto, defendeu “a possibilidade do regresso, por vontade popular, de uma gestão mais próxima das comunidades locais”. Até porque, justificou, “Portugal continua a ser um país centralizado”.

Depois de avanços e recuos, provocados em parte pela existência de eleições autárquicas com as quais não se queria fazer coincidir o regresso às antigas freguesias, e também pelas quedas de Governo que levaram a interrupção dos trabalhos na Comissão do Poder Local e Coesão Territorial, a aprovação está executada pela maioria dos 230 deputados e o processo segue agora para Belém, onde a promulgação ou o veto ficarão ao critério do Presidente da República.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há mais benefícios com vantagens para colaboradores e empresas além do subsídio de refeição

  • Conteúdo Patrocinado
  • 17 Janeiro 2025

Empresas e colaboradores podem beneficiar de mais vantagens além do conhecido subsídio de refeição. Saiba quais são as opções disponíveis e a quem se destinam.

O ano 2025 trouxe novidades no campo dos benefícios sociais, com o montante isento em cartão refeição a subir para os 10,20€. Já se o subsídio for pago em numerário, o montante máximo isento de tributação mantém-se nos 6,00€/dia. Em causa está o aumento da majoração de 60% para 70% em relação ao limite legal estabelecido para a função pública, permitindo que os colaboradores tenham mais rendimento líquido e as empresas menos encargos fiscais quando o subsídio de refeição é pago em cartão.

Isto acontece porque o subsídio de refeição é um benefício social, um complemento à remuneração que as empresas podem atribuir aos colaboradores com o objetivo de garantir o seu acesso a uma refeição nutritiva e condigna durante o seu dia a dia de trabalho.

Mas sabia que há outros benefícios sociais?

Além da alimentação, a legislação prevê benefícios sociais em mais três áreas: infância e educação, saúde e apoio social.

Os vales sociais são uma forma de atribuição destes benefícios aos colaboradores em áreas consideradas críticas e que, como tal, estão associados a vantagens fiscais, tanto para o trabalhador como para a empresa.

Vales de infância e educação

Destinam-se a apoiar as despesas dos trabalhadores com creches, infantários e educação dos filhos, ou do próprio colaborador. Existem 2 tipos:

  • Os vales sociais creche para despesas com filhos dos 0 aos 6 anos de idade. A nível fiscal, empresa tem isenção total de TSU e Majoração de 40% em sede de IRC, enquanto o colaborador tem isenção total de IRS e Segurança Social. Não há qualquer limite de valor a atribuir. A empresa é que decide quanto entregar aos seus colaboradores.
  • Os benefícios de educação e formação, sem limite de idade, permitindo ao colaborador utilizá-los nas despesas de educação e formação dos seus filhos ou para si mesmo, em cursos, pós-graduações, escolas de línguas e afins. Estão associados a isenção de TSU para a empresa e para o colaborador.

Benefícios sociais de saúde

Visam apoiar os trabalhadores nas suas despesas de saúde. A titularização deste benefício permite que, através de um cartão eletrónico, a empresa dê ao colaborador um plafond para este utilizar em diferentes serviços e produtos na área da saúde – clínicas, hospitais, farmácias, óticas, entre outros. Também aqui o valor atribuído por este meio é isento de segurança social para empresa e para o colaborador. Além disso, não há limite de valor, a empresa tem liberdade para decidir o montante que atribui e a cadência.

Apoio social

Assim como se apoia as despesas que os colaboradores têm com a educação dos filhos, é possível conceder uma verba para os encargos que, a partir de uma determinada idade, os colaboradores podem ter com os pais ou outros dependentes. Nestas despesas podem estar incluídas despesas com lares para os pais ou apoio domiciliário, por exemplo. Tal como acontece com os benefícios na área da saúde, neste caso também é possível atribuir um vale social flexível, em forma de cartão eletrónico, o que permite ao colaborador efetuar pagamentos nestas áreas. Aqui o valor também é isento de segurança social para a empresa e para o colaborador.

Saiba aqui como criar um plano de benefícios sociais para a sua empresa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A reedição do Historiques 222 celebra 270 anos de excelência da Vacheron Constantin

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 17 Janeiro 2025

A Vacheron Constantin entra em 2025 a comemorar 270 anos de história (sim, a marca nasceu no ano do grande terremoto de Lisboa) com a reedição de um ícone: o Historiques 222.

Este modelo, reinterpretado em aço inoxidável, é o primeiro marco de uma celebração que se estenderá ao longo de todo o ano, reafirmando o compromisso da manufatura com a inovação e a tradição. Liderando as celebrações, o Historiques 222 é uma reinterpretação do modelo original de 1977, desenhado por Jorg Hysek para o 222º aniversário da maison suíça. Conhecido como “Jumbo” entre colecionadores, o design deste relógio combina elegância e desportividade, com uma caixa de aço inoxidável de 37 mm, bracelete integrada e um bisel com caneluras proeminentes. Atualizado com melhorias como um fecho triplo desdobrável e um vidro de safira transparente no fundo da caixa, a revelar o Calibre de Manufatura 2455/2 alta precisão com frequência de 4 Hz e reserva de marcha de 40 horas, o modelo reflete avanços técnicos mantendo o charme nostálgico do original. A massa oscilante de ouro amarelo, gravada com o logótipo 222 original, é uma homenagem ao legado da manufatura. O mostrador azul, adornado com ponteiros e marcadores de hora em ouro amarelo com tratamento Super-LumiNova®, completa a experiência estética com um toque moderno.

Jornada de excelência

Fundada em 1755 por Jean-Marc Vacheron, a Vacheron Constantin representa um legado de paixão, criatividade e mestria. Situada em Genebra, a manufatura nasceu num contexto de efervescência cultural e económica. O contrato de aprendiz assinado em 1755 marca o início de uma tradição de transmissão de conhecimento que perdura há quase três séculos.

Ao longo dos anos, a maison firmou-se como sinónimo de inovação, desde o primeiro pantógrafo para padronização de componentes, em 1839, até à criação do sistema Cottier, que introduziu 24 fusos horários num único mostrador, em 1932. A paixão pela precisão levou ao desenvolvimento de cronómetros marítimos e movimentos ultrafinos, incluindo o icónico calibre 1003, com apenas 1,64 mm de espessura.

Cada marco decenal da Vacheron Constantin é celebrado com lançamentos extraordinários. Em 1955, no bicentenário da maison, foi apresentado o calibre 1003. Em 2005, o Tour de l’Île marcou o 250º aniversário com 16 complicações, seguido pelo Saint Gervais e outros modelos inovadores. Para o 260º aniversário, em 2015, a coleção Harmony trouxe designs exclusivos, incluindo o Les Cabinotiers Referência 57260, com 57 complicações.

A filosofia da Vacheron Constantin une engenharia complexa à sensibilidade artística. Cada movimento é decorado à mão, incluindo as componentes invisíveis, com técnicas como o guilhoché e o esmaltado. Esta dedicação estética remonta ao século XIX e continua a influenciar coleções contemporâneas, como o Métiers d’Art – Homenagem às Grandes Civilizações, lançada em 2022.

Um Ano de Celebrações

Com o Historiques 222, a Vacheron Constantin dá início a um ano de surpresas e lançamentos que ilustram sua história singular. Esta reedição não é apenas uma celebração do passado, mas também uma afirmação do compromisso da maison com o futuro, simbolizando a eterna busca pela excelência que define a marca desde 1755.

Uma narrativa que combina o passado e o presente

Qual é a importância de comemorar este 270º aniversário?

Christian Selmoni, Diretor da Vacheron Constantin Heritage and Style: “Desde a passagem do século, a Vacheron Constantin aproveita a oportunidade oferecida por cada aniversário decenal para evocar a sua história e os valores transmitidos através dos séculos. Esses aniversários marcantes servem para celebrar uma filosofia que combina a pesquisa mecânica e a inovação com um profundo compromisso com as artes decorativas e uma conceção estilística que é ao mesmo tempo vanguardista e altamente respeitadora da elegância clássica. Falar do extraordinário património da maison é uma coisa, mas pô-lo em prática é outra. Cada um destes aniversários é marcado por relógios que ilustram na perfeição os valores que a Manufatura cultiva desde 1755.

Alexandra Vogler, CMO da Vacheron Constantin: “Este 270º aniversário trará também a sua quota de surpresas relojoeiras e demonstrações de perícia relojoeira, que estarão sem dúvida ao nível dos modelos de aniversário anteriores”.

Por que razão as celebrações deste ano de aniversário começam com uma reedição do 222?

Alexandra Vogler: “O 222 é um relógio lendário e muito apreciado pelos colecionadores, sobretudo porque a sua produção inicial, no final dos anos 70, foi muito limitada. Em 2022, um ano numericamente simbólico, a maison apresentou uma edição Historiques 222 em ouro amarelo. A versão Jumbo em aço inoxidável foi o passo lógico seguinte. O caráter distintivo do 222 fez dele um dos modelos mais reconhecidos da Vacheron Constantin nas últimas décadas. Ao inaugurar o seu 270° aniversário com este relógio emblemático, vintage e, ao mesmo tempo, decididamente contemporâneo, a maison cria uma narrativa que combina o passado e o presente. Ao Historiques 222 seguir-se-ão outros novos modelos no decurso deste ano efémero”.

O facto de a história da maison, que se prolonga por 270 anos, poder ser considerada representativa da história da relojoaria traz consigo uma certa responsabilidade?

Christian Selmoni: “Conhecer o passado da Vacheron Constantin é olhar para um longo período da história da relojoaria e, como uma das mais antigas maisons de relojoaria em atividade contínua, temos certamente, mais do que qualquer outra, o dever de recordar esse passado. Desde 1755 que assim é entendido e nós assumimos a importante responsabilidade de preservar e perpetuar esta história para as gerações futuras. Os nossos arquivos são extraordinariamente pormenorizados e extensos, com uma multiplicidade de documentos escritos e fotográficos que registam todos os detalhes da produção da Manufatura ao longo dos séculos e traçam a história da maison no contexto da sua expansão internacional. Existem também ferramentas e componentes de época, bem como uma coleção privada de mais de 1600 relógios que representam uma panóplia de estilos de relojoaria ao longo dos tempos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.