Brasil anuncia envio de duas toneladas de alimentos para Gaza

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

O carregamento de arroz, derivados de milho e leite em pó será levado por um avião da Força Aérea do país, ainda esta segunda-feira, para o Egito.

O Governo balseiro anunciou esta segunda-feira o envio de duas toneladas de alimentos para assistência humanitária aos afetados pelo conflito na faixa de Gaza devido à guerra entre o movimento islamita Hamas e Israel.

Num breve comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que, juntamente com a sociedade civil local, fará uma nova contribuição “para os esforços internacionais de assistência humanitária aos afetados pelo conflito na Faixa de Gaza, com a doação de 2 toneladas de alimentos oferecida pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)”.

Segundo as autoridades brasileiras, o carregamento de arroz, derivados de milho e leite em pó será levado por um avião da Força Aérea do país, ainda esta segunda, para o Egito. O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O terminal de Rafah, no sul de Gaza, é a única passagem para o Egito, que pode permitir que a ajuda humanitária chegue ao território palestiniano. O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

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Parlamento chama banca, regulador e Deco sobre comissões e desajustamento com juros

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

A possibilidade de ouvir, no mesmo âmbito, o ministro das Finanças, Fernando Medina, foi chumbada com o voto contra do grupo parlamentar do PS.

A Comissão de Orçamento e Finanças aprovou esta segunda-feira um requerimento para ouvir o Banco de Portugal (BdP), APB e Deco sobre o “desajustamento entre a evolução recente dos juros dos empréstimos e depósitos” e a política comercial do setor.

Na reunião da Comissão de Orçamento e Finanças, os deputados aprovaram, por unanimidade o requerimento apresentado pelo Partido Socialista (PS), que inclui a audição do BdP, da Associação Portuguesa de Bancos (APB) e da Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor. Já a possibilidade de ouvir, no mesmo âmbito, o ministro das Finanças, Fernando Medina, foi chumbada com o voto contra do grupo parlamentar do PS.

Compete à Assembleia da República e compete, em particular à Comissão de Orçamento e Finanças, escrutinar e avaliar o comportamento das entidades bancárias para salvaguardar a observância de princípios como a proporcionalidade, como a razoabilidade no que respeita às comissões e, naturalmente, os custos imputados pelos bancos ao seu cliente”, afirmou o deputado socialista Miguel Cabrita.

Miguel Cabrita apontou para a necessidade de se fazer um balanço “da evolução da situação, em particular no que diz respeito ao comissionamento bancário e às taxas de juros do depósitos”, remetendo para uma série de audições que se realizaram na primeira metade deste ano. O deputado socialista registou que a Deco assinalou “há poucos dias” que os bancos “aumentaram de maneira muito significativa a cobrança de comissões”.

Face à auscultação da APB e do regulador do setor, o deputado do Partido Comunista Português (PCP) Duarte Alves sugeriu que se devesse “ouvir também os responsáveis políticos e a tutela sobre o setor financeiro”. “Perante um requerimento em que vamos ouvir a Deco, a Associação Portuguesa de Bancos e o Banco de Portugal, não faz sentido que não se ouça também a tutela política e que possamos também, num parlamento, confrontar o Governo com aquilo que fez ou não fez”, defendeu o deputado comunista, que lembrou o “papel importante” do executivo enquanto acionista único da Caixa Geral de Depósitos.

Colocado a votação, o requerimento oral apresentado pelo PCP foi apoiado pelo PSD, Chega e Iniciativa Liberal, mas rejeitado pelo PS, inviabilizando a chamada de Fernando Medina à comissão. Na reunião, os deputados aprovaram ainda, por unanimidade, a redação final que prorroga o IVA zero até final do ano e que inclui “produtos dietéticos destinados à nutrição entérica e produtos sem glúten para doentes celíacos abrangidos” pelas outras categorias.

De igual forma, foi aprovada a admissão da petição contra as alterações ao Imposto Único de Circulação (IUC) para veículos matriculados antes de julho de 2007, que conta com mais de 390.000 signatários, tendo o PSD indicado o deputado Hugo Carneiro como relator.

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Marcelo defende veto à reprivatização da TAP: “É construtivo para o país”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Outubro 2023

Minutos antes do início do debate sobre o OE2024 no Parlamento, o Chefe de Estado disse que o veto à reprivatização da companhia aérea tem em conta "dever de vigilância e de consciência".

O Presidente da República defendeu esta segunda-feira o veto ao diploma de privatização da TAP, considerando que é “construtivo” para o país. “É uma ajuda à decisão do Governo, o não haver dúvidas no futuro quanto à isenção e transparência do processo”, afirmou.

Em declarações à RTP3 a partir de Chisinau, capital da Moldova, Marcelo Rebelo de Sousa disse estar “confiante” de que o Executivo entende que a sua decisão, anunciada na sexta-feira passada, é “pelo interesse do país”.

Não tenho interesse nenhum em estar a criar problemas num processo que já durou tempo demais, foi confuso demais. Agora tem de ser tudo direitinho, certinho, para acabar da melhor forma possível”, declarou, minutos antes do início do debate na generalidade da proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

O Chefe de Estado revelou que falará com o primeiro-ministro, António Costa, sobre o veto ao decreto-lei na próxima quinta-feira, dia 2 de novembro, na habitual audiência. “Em consciência, só poderia ou poderei assinar (decisões da TAP) se salvaguardarem um conjunto de condições que ninguém me perdoaria no futuro que não tivesse salvaguardado“, reiterou.

Sobre a proposta orçamental para o próximo ano, que está a ser discutida neste momento na Assembleia da República, Marcelo considera que não é possível fazer um Orçamento muito diferente ao apresentado pelo Governo, admitindo, no entanto, que “é possível ir mais longe num ponto ou outro”.

(Notícia atualizada às 16h)

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Costa acusa oposição de “assustar os portugueses anunciando aumentos estratosféricos do IUC”

"No próximo debate orçamental cá estaremos a verificar que o travão [de 25 euros anuais] se mantêm em 2025 e o mesmo acontecerá em cada um dos anos seguintes", assegura Costa.

O primeiro-ministro acusa a oposição de “assustar os portugueses com aumentos estratosféricos do IUC”, mas garante que “daqui a um ano se saberá quem fala verdade”, assegurando um limite de 25 euros de aumento anual, na abertura do primeiro dia do debate sobre o Orçamento do Estado para 2024 na generalidade. António Costa critica também a oposição por “reduzir a discussão orçamental” a esta medida.

Tal como há um ano quiseram suscitar dúvidas sobre pensões, no próximo debate orçamental cá estaremos a verificar que o travão [de 25 euros anuais] se mantêm em 2025 e o mesmo acontecerá em cada um dos anos seguintes”, assegura o primeiro-ministro, na Assembleia da República.

Ainda nos impostos, Costa critica o PSD por assumir as propostas do IRS “como se assumem os amores de verão, enterram-se na areia”. “Foi tão fugaz este interesse que, rapidamente, se tornou em desinteresse”, ironizou, apontando que “quando foram surpreendidos com proposta de redução do IRS do Governo, disseram que era eleitoralista”.

É de recordar que a proposta do PSD era de uma redução de IRS já este ano, no valor de 1.200 milhões de euros, anunciada por Luís Montenegro na Festa do Pontal. A redução inscrita pelo Governo na proposta de Orçamento acabou por ser de 1.300 milhões.

O primeiro-ministro destaca também várias medidas inscritas no OE, nomeadamente o “reforço do investimento”, bem como a criação de um fundo para o Investimento Estruturante, desenhado para o pós-Plano de Recuperação e Resiliência, cujo horizonte termina em 2026.

Costa sublinha ainda a redução do rácio da dívida pública, que diz ser “importante para as gerações futuras” mas também para as presentes. “É desta capacidade que conquistámos, de ter maior margem para responder aos problemas do país, que não devemos abdicar”, defende.

Direita critica aumento de impostos indiretos e falta de crescimento económico

O PSD foi o primeiro a tomar a palavra após o primeiro-ministro, com o líder parlamentar a reiterar que “este OE tem quatro pecados capitais”. Primeiro, “falta crescimento económico”, sendo que “se compararmos com países da coesão, Portugal é dos que menos cresce”, aponta Joaquim Miranda Sarmento. O segundo pecado é “o aumento da carga fiscal”, que desde que Costa é primeiro-ministro “já subiu três pontos percentuais”.

O terceiro é o investimento público, já que “desde que é primeiro-ministro, só em 2021 conseguiu investimento acima de 2015”. “Governar com truques tem problema, quantas mais vezes repetimos menos eficácia tem”, atira. Finalmente, o quarto “pecado” é relacionado com os serviços públicos, nomeadamente ao perceber que o problema da saúde é de gestão.

Montenegro decidiu também responder à “boca” de Costa sobre as propostas fiscais, escrevendo no X (antigo Twitter) que “nem foi um amor de verão nem está enterrada a nossa proposta fiscal”, apelidando as declarações de “retórica da treta”. Acrescentou ainda que “António Costa e a obsessão de bater recordes a cobrar impostos “é um amor para a vida toda””.

Quando chegou a vez do PS, Eurico Brilhante Dias ironiza que o partido “está na iminência de conquistar um novo eleitor, se Passos Coelho cumprir a palavra”, referindo-se à altura, em 2016, em que o social-democrata admitiu votar na ‘geringonça’ se a estratégia do PS funcionar. A estratégia não foi impossível, apontou: “Ao aumentar salários, pensões, diminuir IRS sem ter contas públicas em risco”.

Do lado do Chega, André Ventura questionou o primeiro-ministro sobre o veto à privatização da TAP, bem como sobre o crescimento de Portugal e os impostos. Costa respondeu que, em termos de PIB per capita em paridade de poder de compra, “entre 2015 e 2022, Portugal aproximou-se sete pontos percentuais de França, oito da Alemanha e nove de Espanha”. Nota ainda que os “pensionistas têm sido aumentados acima da inflação”.

Já Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, aponta que o primeiro-ministro “falou de amores de verão, mas é uma espécie de hora de inverno porque está sempre a atrasar os ponteiros do desenvolvimento de Portugal”. O líder da IL fez também questões a Costa sobre a educação e a saúde, bem como sobre a subida dos impostos indiretos.

O primeiro-ministro respondeu que “fazem muitos truques” ao confundir o “aumento da receita com aumento de impostos”. Atirou ainda ao líder liberal que “o IRS é o que paga quem trabalha, o senhor não está cá para representar quem trabalha”.

“Não é agora na privatização que vamos alienar aquilo que se conseguiu” na TAP, diz Costa

As perguntas ao primeiro-ministro continuam com Paula Santos, do PCP, que fala sobre a situação dos pensionistas, reivindicando também melhorias no SNS. A deputada questiona ainda Costa sobre a TAP, ao que o primeiro-ministro assegura que a preservação do hub de Lisboa é uma prioridade: “Não é agora na privatização que vamos alienar aquilo que se conseguiu”.

A privatização “ocorrerá no respeito pela vocação estratégica da TAP, foi por isso que adquirimos a parte necessária de capital”, aponta o primeiro-ministro.

Já Mariana Mortágua questiona Costa sobre habitação e a situação na saúde, apontando que “o Governo faz gala do dinheiro que sobra ao final do ano e até anuncia uma espécie de fundo soberano”, para o qual “vai buscar dinheiro que falta para serviços públicos e para fazer funcionar o SNS”.

O primeiro-ministro responde às questões sobre a habitação apontando que “o que aconteceu foi a conjugação entre liberalização das rendas da lei Cristas com uma alteração à escala global”, no que diz respeito ao aumento dos juros. Sobre a saúde, indica que o problema “não é uma questão orçamental, porque o excedente existe não é a custa do SNS: este ano já aumentamos em 56% o orçamento do SNS”.

Inês Sousa Real, do PAN, questiona o primeiro-ministro sobre a abertura para aceitar algumas propostas de alteração, mas Costa não se compromete, remetendo para a discussão na especialidade. O Livre, por sua vez, defende um conjunto de medidas que considera necessárias, nomeadamente para viabilizar o documento. Costa destaca algumas propostas do Governo, nomeadamente de “justiça fiscal”.

Finda a primeira ronda, 21 deputados inscreveram-se para pedidos de esclarecimento ao primeiro-ministro, que duraram no total cerca de 1h20. As intervenções focaram-se em temas como a saúde e a habitação, bem como os impostos e as medidas para mitigar os efeitos da inflação.

(Notícia atualizada às 17h05)

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Banco Mundial alerta para riscos no preço do petróleo e alimentos

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

Escalada da guerra entre Israel e o Hamas, a par com as disrupções causadas pela invasão russa da Ucrânia, podem levar os mercados globais de matérias-primas para terreno desconhecido.

O Banco Mundial alertou esta segunda-feira que uma escalada no conflito do Médio Oriente pode levar o preço do petróleo para níveis desconhecidos, o que pode refletir-se num aumento global do preço dos alimentos.

Segundo a mais recente edição do relatório do Banco Mundial sobre Perspetivas dos Mercados de Commodities, “atualmente a economia global está muito mais bem preparada para lidar com grandes choques nos preços do petróleo que na década de 1970“.

Mas, um agravamento na guerra entre Israel e o Hamas em conjunto com “as disrupções causadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia poderiam levar os mercados globais de commodities (matérias-primas)” a terreno desconhecido.

De acordo com o relatório, os efeitos do conflito nestes mercados “têm sido limitados até agora”. “Os preços globais do petróleo subiram cerca de 6% desde o início do conflito” e a nível de produtos agrícolas não houve praticamente alteração, refere.

Segundo a previsão de referência do Banco Mundial, “os preços do petróleo devem atingir uma média de 90 dólares por barril neste trimestre, antes de recuarem para uma média de 81 dólares por barril no próximo ano, à medida que o crescimento económico global desacelerar”.

No entanto, as perspetivas “piorariam rapidamente se o conflito se agravasse” e o relatório descreve o que pode acontecer em três cenários de risco “com base em experiências históricas desde a década de 1970”, dependendo do grau de perturbação na oferta de petróleo.

Num cenário de “pouca disrupção”, a oferta global de petróleo seria reduzida de 500 mil a dois milhões de barris por dia – aproximadamente o equivalente à redução observada durante a guerra civil na Líbia em 2011. Neste cenário, o preço do petróleo aumentaria inicialmente de 3% a 13% em relação à média para o trimestre atual e o barril ficaria entre 93 e 102 dólares.

Num contexto de “disrupção média” (equivalente à guerra do Iraque em 2003), a oferta global de petróleo diminuiria de 3 milhões a 5 milhões de barris por dia, fazendo com que os preços do petróleo subissem inicialmente entre 21% e 35% – ou seja, de 109 a 121 dólares por barril.

Num cenário de “grande disrupção” (comparável ao embargo petrolífero árabe em 1973), a oferta global de petróleo cairia de 6 milhões a 8 milhões de barris por dia, fazendo com que os preços subissem inicialmente entre 56% e 75%, o que equivaleria a um preço de 140 a 157 dólares por barril.

“O conflito mais recente no Oriente Médio surge na sequência do maior choque para os mercados de commodities desde a década de 1970, isto é, a guerra da Rússia com a Ucrânia”, disse Indermit Gill, economista-chefe do Banco Mundial, citado no relatório.

“Observamos disrupções na economia global que persistem até hoje”, acrescentou, alertando que “se o conflito se agravasse, a economia global enfrentaria um duplo choque de energia pela primeira vez em décadas – não apenas resultante da guerra na Ucrânia, mas também do conflito no Oriente Médio”.

A subida dos preços do petróleo, “quando se mantém, traduz-se inevitavelmente num aumento dos preços dos alimentos”, disse Ayhan Kose, economista-chefe adjunto do Banco Mundial e diretor do Grupo de Perspetivas.

Se os preços do petróleo sofrerem um grave choque, isso aumentaria a inflação dos preços de alimentos, que já tem estado alta em muitos países em desenvolvimento. No final de 2022, mais de 700 milhões de pessoas – quase um décimo da população mundial – sofriam com subnutrição. Uma escalada dos conflitos intensificaria a insegurança alimentar, não somente na região, mas também no resto do mundo”, alertou.

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Programa de apoio a projetos da DGArtes vai ter 13,5 milhões de euros em 2024

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

Candidaturas a quatro dos seis concursos do programa abertas esta segunda-feira. Segundo a Direção-Geral das Artes (DGArtes), a dotação global do programa supera em 44% o valor do ciclo anterior.

O Programa de Apoio a Projetos da Direção-Geral das Artes (DGArtes), a concretizar em 2024, vai dispor de 13,350 milhões de euros, disse este organismo à agência Lusa. As candidaturas a quatro dos seis concursos do programa foram abertas esta segunda-feira, com os respetivos avisos publicados em Diário da República, num valor de 11,625 milhões.

Os quatro concursos agora anunciados dizem respeito às áreas da Criação e Edição, com 4,015 milhões, de Música e Ópera, com 3,37 milhões, das Artes Visuais, com 2,33 milhões, e da Programação, com 1,91 milhões de euros, perfazendo um total de 11,625 milhões de euros.

Na terça-feira, deverão abrir os concursos para as áreas Internacionalização e Procedimento Simplificado. Segundo a DGArtes, a dotação global do programa será de 13,350 milhões de euros, mais 44% do que o ciclo anterior.

A dotação anterior do Programa de Apoio a Projetos, que teve os concursos anunciados em dezembro de 2022, foi de 9,25 milhões para as diferentes áreas, nomeadamente Artes Visuais, Criação – abrangendo artes performativas, cruzamento disciplinar e artes de rua -, Programação, Internacionalização e Procedimento Simplificado.

No passado dia 11, a DGArtes abriu as candidaturas ao apoio complementar ao programa Europa Criativa, no valor de 450 mil euros, no âmbito do Programa de Apoio a Projetos.

Em agosto, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, disse à agência Lusa que este programa teria um reforço de quatro milhões de euros nas diferentes áreas de criação, programação e internacionalização, face ao anunciado em 2022.

A Declaração Anual da DGArtes previa a abertura, até ao fim deste mês, dos concursos do Programa de Apoios a Projetos a concretizar em 2024.

O montante financeiro de cada um dos concursos agora anunciado foi fixado por despacho do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, no passado dia 20 de outubro, e os avisos da DGArtes hoje publicados foram assinados pelo diretor-geral, Américo Rodrigues, no passado dia 23.

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IP contrata arquiteto catalão Joan Busquets para Plano de Pormenor da estação de Coimbra

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

Foi celebrado um novo contrato, no valor de 138 mil euros e com um prazo de execução de 203 dias, para o ateliê do arquiteto catalão desenvolver o Plano de Pormenor da estação.

A Infraestruturas de Portugal (IP) contratou o ateliê de Joan Busquets, por 138 mil euros, para desenvolver o Plano de Pormenor da estação intermodal de Coimbra, depois de o arquiteto catalão ter iniciado uma revisão da urbanização da área.

Joan BusquetsLusa

O ateliê de Joan Busquets tinha sido contratado por 262 mil euros em 2022, também pela IP, para avançar com uma revisão do Plano de Urbanização da estação de Coimbra-B, cujos trabalhos foram apresentados e discutidos ao longo do presente ano.

A 20 de outubro, foi publicado no portal de contratação pública Base um novo contrato, também com recurso ao ajuste direto, em que se celebra um novo contrato, no valor de 138 mil euros e um prazo de execução de 203 dias, para o ateliê do arquiteto catalão desenvolver o Plano de Pormenor da estação.

Tornou-se necessário terminar o contrato de revisão do plano de urbanização e celebrar um novo contrato para o desenvolvimento do plano de pormenor.

Infraestruturas de Portugal

Num esclarecimento enviado à agência Lusa, a IP afirma que no decorrer da revisão do plano de urbanização para o qual Joan Busquets tinha sido contratado, a Câmara de Coimbra entendeu “alterar o instrumento de planeamento e determinou que um plano de pormenor seria o instrumento mais adequado para enquadrar o desenvolvimento urbanístico da zona envolvente à futura estação de Coimbra [no âmbito da alta velocidade]”.

Essa mudança justifica-se “pelo seu acrescido potencial de execução no curto/médio prazo”, aclarou fonte oficial da IP, na resposta escrita à Lusa.

Nesse sentido, “tornou-se necessário terminar o contrato de revisão do plano de urbanização e celebrar um novo contrato para o desenvolvimento do plano de pormenor”. Face a essas mudanças, foi executado apenas 225.600 euros do contrato inicial celebrado em 2022, “tendo assim havido uma redução de 37.200 euros”, acrescentou a IP.

Questionado pela agência Lusa sobre o processo em torno da futura estação intermodal e reconfiguração da zona envolvente, a vereadora da Câmara de Coimbra com o pelouro da mobilidade e urbanismo, Ana Bastos, referiu que estão a ser realizados “estudos de caracterização”, nomeadamente de tráfego, ambiental e mapa de ruído.

Segundo a responsável, o arquiteto está a adaptar o plano às condicionantes apontadas até ao momento, sendo uma das grandes limitações o risco de cheia da zona intervencionada.

Ana Bastos espera que, entre janeiro e fevereiro, “se não houver nenhum imprevisto”, possa ser aberto novo período de discussão pública, com a apresentação uma maquete do projeto em três dimensões.

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Campanha de Natal da Zippy promove sentimento de pertença e importância da individualidade

A campanha tem como objetivo "reforçar o posicionamento e propósito da Zippy como marca atenta às famílias, à felicidade e desenvolvimento das crianças".

“It’s Christmas, Rise Together” é o mote da campanha deste Natal da Zippy, que pretende promover o sentimento de pertença nas crianças sem esquecer a importância da sua individualidade. A criatividade da campanha – que marca presença em digital, playce e outdoors foi desenvolvida internamente pela Zippy. A Arena Media é a agência de meios.

A Zippy tem vindo a desenvolver campanhas que procuram temáticas e mensagens que promovam o desenvolvimento das crianças e que de alguma forma nutrem uma jornada de crescimento significativa nos mais pequenos. Numa época como o Natal, e dentro dos diversos temas que são importantes no processo de crescimento das crianças chegámos a este conceito que transmite a mensagem de importância do equilíbrio do binómio das dimensões pertença e individualidade“, diz Filipa Bello, head of brand & creative da Zippy, citada em comunicado.

Esta é uma questão importante no processo de crescimento e desenvolvimento das crianças, uma vez que, influencia a sua autoestima, as suas habilidades sociais e a sua capacidade de se relacionar com os outros”, acrescenta.

Com uma “abordagem baseada no crescimento e autoconhecimento das crianças, que as encoraja a prosperar como indivíduos, ao mesmo tempo que se sentem parte integrante de algo”, a campanha tem também como objetivo “reforçar o posicionamento e propósito da Zippy como marca atenta às famílias, à felicidade e desenvolvimento das crianças”, refere-se em nota de imprensa.

A campanha foi desenvolvida com o apoio de Mário Cordeiro, professor de Pediatria e de Saúde Pública, sendo que esta parceira visa “destacar a importância de encontrar um equilíbrio saudável entre o desenvolvimento de uma identidade pessoal única e o sentimento de conexão e pertença a grupos“, seja família, amigos ou outras comunidades.

“Assim conseguimos o que desejamos: sermos nós próprios, com a nossa identidade, mas pertencermos a algo e a alguém. O castelo de cartas sai reforçado, sem perder o valor de cada carta, mas cimentando, pelo simbolismo desses momentos, a sua coesão e a sua força”, refere o médico.

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Cascais participa em concurso de soluções ambientais inovadoras

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  • 30 Outubro 2023

O CLIMABOROUGH, cofinanciado pelo Horizonte Europa, é um dos 3 projetos escolhidos para promover a inovação ambiental e urbana no âmbito da Missão "100 Cidades Inteligentes e Neutras para o Clima".

Coordenado pela ANCI Toscana, o projeto conta com 27 parceiros, incluindo 14 cidades, e tem como objetivo encontrar soluções para uma transição verde, através da criação de projetos-piloto e os ensaios de inovação com soluções já existentes no mercado.

Cascais vai desenvolver um projeto que otimize a recolha, reutilização e reciclagem de têxteis usados, integrado na estratégia da neutralidade carbónica deste concelho que passa pela resposta aos resíduos. A consulta preliminar de mercado para os resíduos têxteis decorreu em outubro e os envolvidos devem apresentar soluções inovadoras para a recolha de têxteis em Cascais, sujeitando-se a um mecanismo de concurso público.

O mecanismo lançará, no máximo, 24 projetos-piloto, tendo em consideração um calendário de duas rondas de concursos públicos para a inovação, geridos pela ANCI Toscana, onde se pretende dar resposta aos desafios apresentados pelas 12 cidades europeias.

Durante a primeira ronda de convites, iniciada no dia 17 de outubro, foi proposto às empresas que apresentassem soluções inovadoras e sustentáveis para responder às necessidades das 8 cidades líderes do projeto: Atenas, Atenas, Cascais, Differdange, Grenoble-Alpes Métropole, Ioannina, Maribor, Sofia e Turim.

Cada cidade definiu um desafio específico, de modo a atingir o objetivo da neutralidade climática até 2050 (e uma redução de 55% até 2030): Atenas vai trabalhar na energia e nos edifícios, Grenoble-Alpes vai modelar o impacto de um projeto de construção, Differdange vai produzir localmente a sua eletricidade 100% limpa, Sófia vai reduzir o seu tráfego, enquanto Maribor, Turim e Cascais pretendem melhorar a recolha de têxteis, REEE e biorresíduos, e Ioannina vai focar-se nas águas residuais. Esta primeira ronda atribuirá 2 400 000 euros a um máximo de 16 projetos-piloto.

O instrumento escolhido pelo CLIMABOROUGH para o concurso é uma plataforma colaborativa para a inovação, que será lançada e gerida pela ANCI Toscana em nome das cidades.

O concurso encontra-se aberto a todas as pessoas coletivas que possam garantir o desempenho e cumprir os critérios estabelecidos no Regulamento do Concurso.

Todos os desafios estão associados a soluções inovadoras de forma a estimular e impulsionar a utilização de dados e desencadear mudanças comportamentais através da participação das partes interessadas locais a todos os níveis.

“Espera-se que este contrato público para a inovação reduza o fosso entre as cidades e o mercado, através da disseminação de resultados de I&D e inovação que demonstrem um claro potencial para melhorar as ações de neutralidade climática na Europa“, afirmou Francesco Molinari, perito principal em contratos públicos da ANCI Toscana.

Matteo Satta e Besnik Mehmeti, coordenadores do projeto, afirmaram: “Atualmente, as autoridades locais trabalham numa série de projetos-piloto, muitas vezes sem qualquer ligação entre si. É por isso que o CLIMABOROUGH trabalha com uma abordagem de “tecnologia circular”, pois consideramos que a tecnologia existe, mas ainda nos falta capacidade para a sua implementação, com um impacto muito negativo na utilização e adoção pelas várias partes interessadas. Acreditamos que aumentar a colaboração entre cidades, entre startups e, entre cidades e startups, terá um impacto muito positivo no envolvimento dos stakeholders e dos cidadãos, com impactos positivos tremendos na neutralidade climática“.

O calendário do concurso para apresentação de propostas está definido em várias etapas, mas para participar no processo será necessário que os candidatos se inscrevam até 30 de novembro. Todas as informações sobre o concurso estão disponíveis aqui. Todas as experiências terão início durante o verão de 2024 e terão a duração de um ano.

As informações sobre o primeiro concurso estão disponíveis no site do projeto e nos canais das redes sociais:

  • X (ex-Twitter): @climaborough
  • LinkedIn: Climaborough
  • Facebook: Climaborough

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“PS em todos os exercícios orçamentais procura aprovar propostas da oposição”, diz Brilhante Dias

Eurico Brilhante Dias, assegura que o grupo parlamentar do PS "pode tornar a explicitação do travão [de 25 euros de aumento anual do IUC] ainda mais clara".

O líder parlamentar do PS assegura que o partido, “em todos os exercícios orçamentais, procura aprovar propostas da oposição”, num debate com Joaquim Miranda Sarmento, promovido pela CNN. Eurico Brilhante Dias assegura que o PS vai “olhar para as propostas de outros partidos políticos”, nomeadamente no que diz respeito ao IUC — onde admite tornar mais claro o travão ao aumento anual.

“Em todos os orçamentos temos aprovado muitas propostas da oposição: no último foram entre 110 e 120″, argumentou o líder do grupo parlamentar socialista. Isto “sem prejuízo” de aplicar o programa de Governo do PS, com o qual foram eleitos, destaca.

O socialista respondia a uma questão sobre a disponibilidade para alterar o agravamento do IUC para carros anteriores a 2007, medida que tem gerado polémica. Assegurou que “o grupo parlamentar pode tornar a explicitação do travão ainda mais clara”, referindo-se ao limite de 25 euros para o aumento anual deste imposto.

Mas, questionado sobre se esta era a única alteração que estavam dispostos a aprovar, reiterou que vão “discutir na especialidade e olhar para propostas de outros partidos políticos”.

O PSD, por sua vez, defende mesmo a revogação da medida que diz respeito aos carros com matrícula anterior a 2007, com Joaquim Miranda Sarmento a argumentar que “as regras de 2007 tinham uma razão para não terem o agravamento do IUC”, além de caracterizar a medida como “regressiva”, já que afeta “na generalidade pessoas de rendimentos baixos”.

Quanto às críticas sobre a “sensibilidade social do Governo”, Brilhante Dias argumenta que esta pode ser verificada com a proposta de um “travão de 25 euros por ano”.

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Empresa de Braga ganha contrato de sete milhões de euros no Metro de Paris

Empresa do grupo DST ganhou um contrato de sete milhões de euros para executar o novo centro de exploração da Linha 18 do metro de Paris.

A Dte, empresa do grupo DST especializada em instalações especiais, anunciou esta segunda-feira que foi a escolhida pela Chantiers Moderns Construction, uma filial do maior grupo de construção Vinci Construction, para executar o novo centro de exploração da nova linha 18 do Metro de Paris.

Em comunicado, a empresa minhota adianta que o centro de exploração “servirá para controlar e fazer a manutenção do equipamento do metropolitano, numa empreitada que rondará os sete milhões de euros, repartidos entre seis milhões para aquecimento, ventilação e ar condicionado, e um milhão para instalações hidráulicas”.

“Este projeto, quer pelo volume de obra, quer pelo facto de estarmos a trabalhar para a terceira maior construtora mundial, em simultâneo, num projeto de outra geografia, é, sem dúvida, uma afirmação da qualidade e polivalência dos nossos recursos, e representa a consolidação da nossa posição nesta geografia”, esclarece Ricardo Carvalho, CEO da dte, citado em comunicado.

O centro de exploração, que ficará concluído em dezembro de 2025, está localizado em Palaiseau, uma zona periférica situada 30 quilómetros a sul de Paris. Possui três edifícios, ocupando um total de 22 mil metros quadrados.

A empresa que pertence ao grupo DST realça ainda que o “planalto de Saclay, situado a sudoeste de Paris, numa zona anteriormente deficitária de transportes, será abrangido por esta linha, posicionando-se assim para ser o futuro Silicon Valley francês”.

O novo metro constituirá uma alternativa à utilização de automóveis nas deslocações diárias, reduzindo as emissões em, pelo menos, 14 milhões de toneladas de dióxido de carbono, até 2050. Esta redução será três a cinco vezes maior do que as emissões geradas pela construção e a operação do metropolitano.

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Navigator aumenta preço do papel até 7% na Europa

  • ECO
  • 30 Outubro 2023

Empresa justifica decisão com a "subida estrutural dos valores de aquisição da maioria dos fatores de produção essenciais para o fabrico de papel".

A The Navigator Company vai aumentar o preço do papel uncoated woodfree (UWF), usado na impressão e escrita, entre 5% e 7% na Europa. A empresa justifica a decisão com a subida do custo da pasta de papel e energia.

“O ajustamento é necessário devido ao aumento estrutural dos valores de aquisição da maioria dos fatores de produção essenciais para o fabrico de papel, o que torna os atuais níveis de preços insustentáveis”, afirma a Navigator num comunicado divulgado esta segunda-feira.

“Adicionalmente, e mais recentemente, a pasta de papel e a energia registaram aumentos significativos. A recuperação da procura, visível nos mercados globais, também contribui para este ajustamento de preços”, acrescenta a empresa.

Na apresentação dos resultados do terceiro trimestre, na semana passada, a Navigator deu conta de uma quebra de 29% nas vendas de UWF, face ao período homólogo. A procura deste tipo de papel no mercado europeu apresentava uma evolução negativa de 21% (a setembro).

Dava, no entanto, conta de uma recuperação entre julho e agosto: “No terceiro trimestre, verifica-se um crescimento de 6% face às vendas do trimestre anterior, que reflete o atual contexto de início da normalização do nível de stocks ao longo da cadeia de distribuição, o qual se encontrava anormalmente elevado no primiero semestre”.

A empresa assinala também que, “em 2023 e 2024, quase 600 mil toneladas de capacidade de produção anual de UWF sairão da Europa. Esta saída de capacidade resulta quer de anúncios de fecho permanente de operação, quer de anúncio de conversão da capacidade para grades de packaging“.

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