“Portugal vai deixar de conseguir reduzir a dívida pública”, diz João Leão

  • ECO
  • 30 Junho 2025

Para compensar um desequilíbrio nas contas públicas em 2026, o antigo ministro das Finanças sugere o aumento do ISP, através da retirada das medidas excecionais, e o fim de alguns benefícios fiscais.

O ex-ministro das Finanças, João Leão, avisa que “é possível e é antecipável” que o esforço de rearmamento faça abrandar o ritmo de redução da dívida pública, prevendo potenciais impactos no futuro. Em entrevista à Antena 1 e Jornal de Negócios, João Leão, que atualmente integra o Tribunal de Contas Europeu, considera que “as despesas na área social, com o envelhecimento da população, quer nas pensões, quer na saúde, serão muito difíceis de compatibilizar sem uma redução significativa da dívida”.

João Leão considera que “é um grande desafio” incorporar, no Orçamento do Estado para este ano, mais despesa com a Defesa, como ficou definido pelo Governo no âmbito da NATO. E antecipa que, por via deste aumento em Defesa, este ano, haverá degradação do saldo orçamental, com um ligeiro excedente, mas ainda com margem para manter o equilíbrio orçamental. No entanto, para 2026, será difícil manter esse equilíbrio e o cenário mais provável é entrar em défice, estima.

Para além do impacto orçamental, João Leão sublinha que há a questão da opinião pública e “tem de se ter algum realismo” porque será “difícil justificar à população portuguesa investimentos tão elevados” em Defesa “que obrigariam a afetar outras prioridades”. Ainda assim, o ex-ministro das Finanças acredita que, nos próximos anos, “há margem para não ter de impor austeridade”, mas não há margem para outras medidas.

Para compensar um desequilíbrio nas contas públicas no próximo ano, o antigo ministro das Finanças sugere o aumento do ISP, através da retirada das medidas excecionais, e o fim de alguns benefícios fiscais no âmbito do IRC, mantendo a redução prevista.

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Hoje nas notícias: dívida pública, restauração e CP

  • ECO
  • 30 Junho 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

João Leão, antigo ministro das Finanças, considera que “é um grande desafio” incorporar, no Orçamento do Estado para este ano, mais despesa com a Defesa, como ficou definido pelo Governo no âmbito da NATO. Para os empresários da restauração também consideram o desafio é o pagamento das linhas de crédito concedidas durante a pandemia. E para a CP é manter as contas no verde, já que, desde 2022, ano em que teve o primeiro resultado líquido positivo na sua história, os resultados têm vindo a agravar-se, apesar do aumento de passageiros. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

“Portugal vai deixar de conseguir reduzir a dívida pública”, diz João Leão

O ex-ministro das Finanças, João Leão, avisa, na Conversa Capital, que “é possível e é antecipável” que o esforço de rearmamento faça abrandar o ritmo de redução da dívida pública, prevendo potenciais impactos no futuro. “As despesas na área social, com o envelhecimento da população, quer nas pensões, quer na saúde, serão muito difíceis de compatibilizar sem uma redução significativa da dívida”, aponta o antigo governante. Para João Leão, “faria todo o sentido” um programa de compras conjuntas na área da Defesa na União Europeia, “e até com instrumentos mais fortes do que esses empréstimos, que deviam ser substituídos em grande parte por mecanismos mais efetivos de apoio a fundo perdido”.

Leia a entrevista completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

“Empresas não estão a conseguir pagar os empréstimos covid”, diz Ana Jacinto

A quebra na procura e o aumento da inflação, que tem feito disparar os custos, estão a fazer soar alarmes no negócio da restauração. Os empresários dizem que estão a ficar com a corda no pescoço e, sem capacidade para suportar as despesas do dia-a-dia, muitos já falham o pagamento das linhas de crédito concedidas durante a pandemia. O alerta é dado pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que tem recebido diversos pedidos de ajuda por parte dos restaurantes.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso indisponível)

CP com mais passageiros, mais receitas, mais atrasos e menos lucros

Desde que teve um resultado líquido positivo pela primeira vez na sua história em 2022, de oito milhões de euros, os lucros da CP têm vindo a baixar de ano para ano, registando 1,8 milhões de euros em 2024. A tendência é contrária, porém, no número de passageiros, que subiu 8,7% face a 2023, para 188 milhões de euros, e dos proveitos totais, que foram de 280 milhões de euros (mais 13,4% do que no ano anterior). Já o índice de pontualidade caiu de 73,9% para 67,2%, o que significa que, em 2024, apenas 32,8% dos comboios não chegaram atrasados ao destino.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Fosso salarial entre Lisboa e o país é cada vez maior

No espaço de uma década, a distância entre Lisboa e os restantes distritos aumentou ao nível do salário, do número de trabalhadores e de empresas. Na capital, a “remuneração média mensal ganha” (valor ilíquido que inclui, para além do salário-base, os subsídios, prémios e horas suplementares) em 2023 era de 1.779,40 euros, mais 313 euros que a média nacional (1.466,70 euros), quando em 2003, Lisboa “pagava” mais 305 euros que a média nacional. Os dados são do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e indicam também que Lisboa tinha, em 2023, 30% do emprego nacional, com 994.831 trabalhadores num total nacional de 3.296.134. Em 2013 tinha 29% da mão-de-obra. No número de empresas, o peso do distrito de Lisboa passou de 22,2% em 2013 para 22,6% em 2023.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Simulador da Segurança Social revela apoios a que tem direito

A Segurança Social tem um simulador que permite saber quais as prestações sociais a que uma pessoa tem direito. Para isso, pede dados como idade, região de residência, estado civil e rendimentos anuais, sendo que não exige qualquer identificação pessoal. O sistema permite descarregar a simulação produzida e dar de imediato entrada com o pedido de apoios ou subsídios indicados. Esta ferramenta, que entrou em funcionamento há cerca de um mês e meio, já deu resposta a mais de 13 mil pessoas.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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Tiago Marto: “A empatia é fundamental num líder”

  • ECO
  • 30 Junho 2025

Tiago Marto, CEO da Transfor, conta o percurso de quem trocou a música pela madeira e construiu um negócio internacional com disciplina, visão e foco nas pessoas.

Tiago Marto, CEO da Transfor, é o 36.º convidado do podcast E Se Corre Bem. Natural de Fátima, deixou a escola cedo, sem concluir o 11.º ano, para se dedicar à música. Ainda assim, foi no setor da construção que acabou por moldar o seu percurso. “Deixei de estudar muito cedo, não concluí o décimo primeiro ano e fui trabalhar na serração para juntar mais algum dinheiro”, explica. A Transfor começou de forma insuspeita – num lanche numa hamburgueria na Nazaré – e, atualmente, tem operações em Portugal, Angola, França e Reino Unido.

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A música foi ficando em segundo plano. No ano 2000, Tiago Marto decidiu sair da empresa familiar de serração. “Havia divergências na visão e na forma de estar no negócio e eu na altura não queria chatear-me com a família”, conta o CEO. Começou a trabalhar por conta própria, a fazer remodelações em part-time, sobretudo com madeira, chegando a montar estruturas de carpintaria num centro comercial em Fátima.

"Eu gosto de agarrar um desafio e fazê-lo acontecer”

Tiago Marto, CEO da Transfor

Atualmente, lidera uma empresa com mais de 300 pessoas. Reconhece que com o tempo, o setor evoluiu e que está muito diferente desde que começou. “Há muito mais profissionais e as próprias empresas evoluíram muito”, afirma.

Tiago Marto caracteriza-se como alguém movido por desafios. “Eu gosto de agarrar um desafio e fazê-lo acontecer”, explica. A autodisciplina tem sido central. “Não havia ninguém que me empurrava. Era mesmo eu.

Sobre a relação com os clientes, é claro: “Eu tenho prazer em trabalhar com o cliente.” E sobre estar fora de Lisboa, é pragmático: “Eu acho que não é outro mundo, mas há mais oportunidades.” Foi com esta mentalidade que chegou a Angola. “Eu vou à Angola com o objetivo de exportar carpintaria e serraria. Tinha uma fábrica nova e trabalhávamos para os principais construtores nacionais”, conta.

Sobre a escassez de talento, tem uma visão crítica: “Eu acho que há muito talento em Portugal, mas muito dele também está a ir para fora”. E defende que os salários no setor têm vindo a aproximar-se das médias europeias. “No nosso setor já estamos a pagar mais do que em França, por exemplo”, explica. Ainda assim, considera que o talento nacional não foi acompanhado por uma estratégia. “Não está direcionado, não foi estrategicamente acompanhado o crescimento do país.”

Na liderança, acredita na procura por excelência e empatia. “Eu tenho, de facto, ao longo da vida tentado procurar e desafiado todos os meus diretores e administradores, a procurarem sempre os melhores que conseguirmos. Tenho muitas pessoas que me dão dez a zero em muitas áreas.” E conclui: “A empatia é fundamental num líder.”

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, na qual Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Se preferir, assista aqui:

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EDP Renováveis assina contrato de armazenamento de energia na Polónia

"Projeto já tinha assegurado um contrato de pagamento de capacidade através do leilão do mercado de capacidade primário da Polónia, que será cumulativo a este acordo" com a Axpo Polska.

A EDP Renováveis assinou um contrato com a Axpo Polska para armazenamento de energias por baterias de 60 MW na Polónia, anunciou a empresa ao mercado, sublinhando que esta é uma das primeiras transações privadas do género na Polónia.

“A EDP Renováveis assinou um Acordo de Otimização de longo prazo com a Axpo Polska, no qual a EDPR assegura receitas
sob uma estrutura de floor e partilha de receitas de um projeto de sistema de armazenamento de energias por baterias (Battery Energy Storage System – BESS) de 60 MW (241 MWh) na Polónia”, lê-se no comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

De acordo com a empresa liderada por Miguel Stilwell, no final do ano passado, “o projeto já tinha assegurado um contrato de pagamento de capacidade através do leilão do mercado de capacidade primário da Polónia, que será cumulativo a este acordo, levando a um valor atual líquido contratado elevado, em linha com os critérios de investimento da EDPR”.

A elétrica antecipa que o projeto “deverá atingir COD em 2027” e “reforça” o compromisso da empresa “com a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias, evidenciando o seu papel crítico no armazenamento de energias, maximizando o potencial das energias renováveis, promovendo a aceleração da transição energética e a descarbonização da economia”.

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ISDIN lança uma tatuagem temporária para crianças que reage à exposição solar e promove a fotoproteção das crianças

  • Servimedia
  • 30 Junho 2025

O objetivo desta iniciativa, denominada UV Tattoo to Learn, é sensibilizar as crianças para a saúde da pele e para a necessidade de a proteger da exposição solar.

A ISDIN lançou um autocolante temático infantil para educar as crianças sobre a importância da fotoproteção de uma forma lúdica e eficaz.

Segundo a empresa, inspirada na história clássica “Os Três Porquinhos”, esta tatuagem temporária impressa com tintas fotossensíveis altera-se quando exposta ao sol e faz aparecer a figura do lobo. Após a aplicação de protetor solar na pele das crianças, o lobo desaparece e os três porquinhos ficam novamente em segurança, reforçando a mensagem de proteção de uma forma tangível para os mais pequenos.

“Na ISDIN, estamos conscientes da importância e da complexidade da aplicação da proteção solar nas crianças. Acreditamos que, graças ao ISDIN UV Tattoo to Learn, poderemos sensibilizar as crianças para a auto-proteção e ajudar as famílias a adquirirem este importante hábito”, afirmou Romina Vázquez, Diretora de Fotoproteção do ISDIN Espanha.

Este recurso foi apresentado no âmbito da campanha de fotoproteção escolar da ISDIN, que este ano celebra o seu 30.º aniversário, com mais de 7 milhões de crianças em idade escolar formadas desde o seu início. A partir deste mês de junho, os autocolantes fotossensíveis estão disponíveis gratuitamente nas farmácias aderentes com a compra de produtos da gama ISDIN Fotoprotector Pediatria.

“Na ISDIN, queremos inspirar um futuro sem cancro da pele, juntamente com dermatologistas e farmacêuticos. E através da nossa campanha escolar e de ferramentas tão eficazes como a nova tatuagem temporária, conseguimos educar e sensibilizar as crianças para que adotem o hábito da fotoproteção desde tenra idade”, afirmou Juan Naya, CEO da ISDIN.

PREVENÇÃO

A empresa recordou que estudos científicos demonstram que a utilização adequada da fotoproteção durante os primeiros 18 anos de vida pode reduzir até 78% o risco de desenvolver cancro da pele na idade adulta. No entanto, apenas três em cada dez crianças em Espanha usam protetor solar durante todo o ano e menos de 20% reaplicam-no corretamente, de acordo com os dados do ISDIN sobre fotoproteção na infância.

UV Tattoo to Learn faz parte da estratégia mais alargada do ISDIN para promover hábitos saudáveis desde a infância através de soluções inovadoras que combinam ciência, brincadeira e educação.

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Fetico apela à abertura de acordos coletivos para avançar com a criação de planos de Lgtbi nas empresas, tal como previsto na lei

  • Servimedia
  • 30 Junho 2025

A Confederação Sindical Independente Fetico alerta para a preocupante lentidão na implementação dos planos de proteção e não discriminação das das pessoas LGTBI no âmbito empresarial.

Apesar da aprovação do Real Decreto 1026/2024, que obriga as empresas a introduzirem regulamentos claros a este respeito. Salientou que, após a promulgação do referido Real Decreto, que desenvolve medidas para a igualdade e não discriminação das pessoas LGTBI nas empresas, “foram geradas grandes expectativas sobre a proteção iminente destes direitos. No entanto, o artigo 4.º do capítulo 2 do regulamento condiciona a sua aplicação à abertura de convenções coletivas setoriais, sejam elas provinciais ou nacionais”.

Segundo o secretário-geral da Fetico, Antonio Pérez, “com uma fragmentação de mais de 4.500 convenções coletivas em Espanha, esta disposição não se concretizou. Muitos acordos não foram revistos para incorporar ou melhorar estes direitos e, num número significativo de casos, o processo nem sequer foi iniciado. Isto contrasta com a “proteção automática” que foi inicialmente prometida e celebrada pelo Ministério do Trabalho e pelos sindicatos maioritários.

Para a Fetico, a inação nesta matéria representa um “duplo padrão” no diálogo social, limitando a voz de todas as organizações sindicais e a representação efetiva dos trabalhadores.

Apesar desta situação “que prejudica o diálogo social”, a Fetico sublinha que conseguiu incorporar e melhorar este protocolo no Acordo dos Grandes Armazéns, que beneficia 240 mil pessoas. “Esta iniciativa, apoiada por uma assinatura institucional com a Ministra da Igualdade, Ana Redondo, demonstra a vontade de progredir”, afirma.

Sublinha ainda que muitas empresas estão a implementar os seus próprios acordos internos LGTBI. “Embora estes nem sempre alcancem o estatuto normativo desejado, representam um passo fundamental no avanço dos direitos LGBTI”, acrescenta.

Fetico defende que “a ação do sindicalismo moderno, e o empenho de setores específicos como o da construção, são fundamentais para que estes avanços sociais não sejam relegados para o esquecimento”. Por isso, no âmbito do Dia do Orgulho, insta todos os atores do diálogo social a assumirem a sua responsabilidade e a acelerarem a adaptação dos acordos coletivos para garantir uma proteção efetiva e real dos direitos das pessoas LGBTI no local de trabalho.

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Victoria de Marichalar apadrinha o novo Clube de “Juegaterapia”: “Foi uma experiência inesquecível”

  • Servimedia
  • 30 Junho 2025

O novo projeto oferece um ambiente inovador e terapêutico onde o jogo é a ferramenta central para a sua recuperação emocional, cognitiva e social.

Victoria de Marichalar patrocinou o novo Clube de “Juegaterapia”, inaugurado em Madrid pela Fundação “Juegaterapia”, o primeiro espaço lúdico e terapêutico fora do ambiente hospitalar, destinado a crianças em tratamento ou pós-tratamento do cancro. “O espaço é maravilhoso, dá uma energia muito boa”, disse a filha da Infanta Elena após a sua visita.

Durante o dia, participou em diferentes workshops: maquilhagem, arte, jogos de vídeo e uma sessão na sala imersiva, onde as crianças podem sentir-se como se estivessem “no mar, num concerto ou num jogo de futebol”. Partilhou tempo com as primeiras crianças a usufruir deste espaço, que definiu como um local cheio de entusiasmo e apoio. “Foi uma experiência inesquecível.

Teve também a oportunidade de conhecer a equipa terapêutica que trabalha com as crianças. “Tive a oportunidade de conhecer os terapeutas lúdicos e o trabalho que fazem. Acho incrível a forma como ligam as brincadeiras às crianças, ao mesmo tempo que lhes dão apoio emocional e psicológico”, afirmou. “Estou muito grata a todos pelo tempo que tivemos, senti-me muito bem, mas o mais importante é que pude fazer a minha parte”.

As declarações completas de Victoria de Marichalar foram incluídas na reportagem publicada esta semana pela revista “¡Hola!”, onde reflete sobre o significado do seu envolvimento neste tipo de causas: “Quando se trata de crianças que estão a passar por doenças tão duras como o cancro, é impossível não ficar de coração partido”, explica. “Acho que temos de nos deixar levar, ouvir muito e, na medida do possível, ajudar”.

Na entrevista, refere também o exemplo que recebeu no seu ambiente familiar. “A minha família sempre me ensinou que é preciso estar perto de quem precisa, que não se trata de grandes gestos, mas de humanidade, de olhar para os outros com empatia”. E sublinha a influência especial da sua avó, Doña Sofía: “Ela foi o principal exemplo disso e um bom espelho para me ver. O seu trabalho e dedicação serão sempre um ponto de referência para todos nós”.

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A liderar o marketing da Zome depois de o neuromarketing lhe ter “transformado” a vida, Pedro Vieira, na primeira pessoa

Com um percurso "atípico" no marketing, foi em Cabo Verde que Pedro Vieira descobriu o neuromarketing. É apaixonado por desporto e humor, mas viajar é o que mais gosta de fazer na vida.

Começou os estudos no ramo da engenharia, formou-se em turismo e terminou no marketing. É diretor de marketing da Zome desde 2019, mas foi quando esteve emigrado em Cabo Verde que Pedro Vieira descobriu algo que lhe “transformou a vida”: o neuromarketing.

O profissional de 48 anos diz assim ter um percurso “atípico em relação àquilo que são muitos dos profissionais de marketing”, desde logo porque não teve uma “educação formal” na área. Frequentou inclusive quatro anos do curso de Engenharia de Produção, percebendo que não era esse o caminho, licenciando-se depois em Turismo.

A sua carreira profissional começou precisamente nessa área, tendo passado apenas dois meses até perceber que tinha “talento para vender“, tendo ido rapidamente parar ao “mundo das vendas”. Liderou uma equipa comercial do parque de aventura Diver Lanhoso, fase em que começou a ter necessidade de trabalhar também a área do marketing.

“Eu sempre gostei muito desta área, era apaixonado desde criança por publicidade. Sentia essa curiosidade de explorar esse território e por isso comecei a dar os primeiros passos de forma relativamente informal”, recorda. “A coisa foi evoluindo e acabei por sair da empresa para montar um negócio próprio. E quem tem um negócio e cria uma marca própria tem de ser tudo, gestor vendedor e marketeer”, diz, acrescentando que, algum tempo depois, foi recrutado para dirigir o marketing da Pão Quente, em Cabo Verde.

Avançou para o país africano e foi nessa altura que, através de um curso de mestrado, descobriu algo que lhe “transformou a vida”: o neuromarketing. Esta área abriu-lhe “completamente a visão para outras coisas que vão além do próprio marketing e que têm a ver com o comportamento humano e com behavioural economics“, tendo também ajudado Pedro Vieira a perceber outros conceitos que já tinha de trás, como de storytelling ou gamification. Foi o neuromarketing que me permitiu perceber porque é que essas estratégias funcionavam“, diz o responsável de 48 anos.

No entanto, Pedro Vieria reconhece que o “neuro” é a “parte pequena” da palavra neuromarketing. “O marketing ocupa muito mais e é muito mais vasto. Mas é verdade que esse conhecimento sobre forma como o nosso cérebro processa a informação e toma decisões ajuda transversalmente em todos os outros pontos do marketing, seja na criação de produtos, comunicação ou branding“, diz.

Mas aquilo que mais apaixona Pedro Vieira nesta área tem a ver com estratégia, mas também com criatividade e a comunicação. “São estas as coisas que eu mais gosto de fazer pessoalmente. Gosto de escrever, gosto de criar e isso, naturalmente, é uma parte da função em que gosto de estar sempre envolvido. Acho que é aí que nos conseguimos conectar com as pessoas“, acrescenta.

Quando decidiu sair de Cabo Verde, começou a prestar serviços de consultoria a nível internacional, o que lhe permitiu conhecer “conhecer muito do mundo como consultor de neuromarketing e neuroestratégia”, tendo tido contacto com vários setores, desde o luxo à política, passando pelo IT (Information Technology).

Mas esse “lufa-lufa, de um lado para o outro”, para quem era um jovem pai na altura, causava “algum transtorno”, tendo Pedro Vieira começado a sentir que “estava a perder muito daquilo que era a vida familiar e o acompanhamento dos filhos”.

Decidiu então começar a trabalhar em Portugal, pelo que começou por apostar na estratégia de “agregar valor com formação, explicando às pessoas o que era isto do neuromarketing e da neuroestratégia”, que era um “assunto muito pouco falado na altura em Portugal“, observa o diretor de marketing da Zome.

Foi através de uma dessas reuniões, com responsáveis do Grupo Business (que mais tarde, ao fundir-se com o Grupo Pr1me, deu origem à Zome), que Pedro Vieira começou a sua ligação à empresa onde hoje é diretor de marketing.

O responsável recorda-se de, nessa reunião, Patrícia Santos, que depois foi CEO da Zome, ser “muito cética” em relação ao tema. “Mas, no fim da reunião, disse-me que andava à minha procura há muito tempo e não sabia. Porque tudo aquilo que eu lhe fui dizendo sobre neuromarketing e neuroestratégia casava plenamente com aquilo que eles sentiam que era preciso trazer para a empresa“, diz.

A colaboração começou assim de uma forma “relativamente natural e orgânica”, com Pedro Vieira a dar também alguma consultoria relacionada com comunicação e apresentações públicas de objetivos, por exemplo.

Mas, “rapidamente chegámos à conclusão que havia mais caminho para percorrer e depois de termos dado os primeiros passos — e tendo em conta que isto envolvia um grande grau de conhecimento –, percebeu-se que tudo só fazia sentido, se houvesse alguém dentro da empresa a fazer o roll-out de toda essa descoberta”, refere.

“Fizeram-me uma proposta que na altura não estava nos meus horizontes mas que, pelo meu objetivo de começar a estar mais presente na vida familiar, encaixou como uma luva. Na altura, o Grupo Business não estava a pensar criar uma marca própria. A minha intervenção era mais centrada naquilo que era a proposta de valor e entendendo aqui o marketing não com o aspeto de branding, mas sim as questões do dia-a-dia, de agregarmos cada vez mais valor, comunicarmos de uma forma diferente e de nos posicionarmos de uma forma diferenciada para o mercado”.

Mas, entretanto, foi preciso lançar uma marca própria — a Zome — e fazê-lo “de forma rápida”. “Felizmente, com toda a estrutura e alinhamento das equipas que já existia, conseguimos superar esse desafio e foi assim que nasceu a Zome. Nasceu de uma forma espontânea, mas muito alicerçada, estrategicamente, nessa vontade de trazer uma energia nova para o setor, fazer as coisas de forma muito diferente e muito centrada nas pessoas, no seu comportamento, nas suas necessidades, mais subconscientes. Ou seja, o nosso estudo é um estudo que vai além daquilo que é dito pelas pessoas, e que se foca essencialmente naquilo que as pessoas sentem quando dizem algo”, explica Pedro Vieira.

“E indo ao mais profundo das emoções das pessoas, ao subconsciente, conseguimos desenhar toda uma proposta de valor que vai muito mais de encontro daquilo que as pessoas necessitam ou anseiam, mesmo sem elas conseguirem verbalizar exatamente aquilo que sentem“, acrescenta sobre o nascimento da Zome, uma marca imobiliária 100% portuguesa muito focada no mercado português, “apesar de sabermos que a nossa ambição é crescemos cada vez mais para outros mercados”.

Pedro Vieira sublinha ainda que a marca foi lançada num setor “altamente conservador” onde já existiam marcas estabelecidas “há anos”, pelo que “trabalhar em cima do alcance da notoriedade e abrir o mercado foi muito desafiador“.

Mas “algo devemos estar a fazer bem e acho que estamos a acertar a nossa proposta de valor porque estamos a crescer de forma contínua, sustentável”, diz o responsável, avançando que a empresa está a crescer na ordem dos 50% de volume de negócios, bem como a evoluir como rede, contando já com 50 unidades espalhadas por todo o país e mais de dois mil colaboradores.

“Estamos com um crescimento bastante sólido e acima daquilo que são os números do mercado e isso acho que é o reflexo também daquilo que estamos a trazer de novo para o setor”, afirma. E o contributo do marketing é precisamente esse: “trazer valor para todos os aspetos do negócio e fazê-lo crescer”, acrescenta Pedro Vieira.

Quanto à comunicação da Zome, esta é “muito próxima das pessoas, com um cariz emocional muito marcado“. “Mais do que falar sobre a tecnicidade daquilo que é a nossa proposta de valor, importa-nos muito comunicar aquilo que são os nossos valores e a forma como fazemos as pessoas sentirem-se ao longo de todo o processo“, diz o diretor de marketing que conta com outras cinco pessoas na sua equipa e com o apoio das agências Um mais Um (ao nível criativo) PR Suit (assessoria de imprensa) e AdClick (marketing digital).

“Nós operamos num momento de transição para todas as pessoas que vêm ter connosco. Ninguém, tirando os investidores — que é uma margem muito reduzida do nosso público — vem ter connosco se não for porque está com alguma necessidade: ou porque a família cresceu ou morreu alguém na família. Isso gera muitas ansiedades, além do desconhecimento de um negócio que provavelmente para alguns só é feito uma ou duas vezes na vida. Compete-nos a nós ser o maior conselheiro e o verdadeiro suporte, não só técnico mas também emocional“.

“E isso tem que ser comunicado também de uma forma que as pessoas percebam e sintam como genuína, e daí termos uma linguagem muito próxima. Mas ao mesmo tempo posicionamo-nos para onde queremos ir, que é um mercado de inovação constante com uma aposta muito forte na tecnologia e na formação. Não entramos em posicionamentos de sermos os maiores ou a rede número um. Não é esse o nosso posicionamento. O nosso posicionamento é, claramente, fazer as pessoas perceberem qual é o problema que estamos a resolver na vida deles e de que forma é que podemos ser suporte nesses momentos de grande ansiedade“, explica.

Natural de Viana do Castelo, Pedro Vieira vive em Braga desde os seis anos, à exceção de alguns momentos profissionais e pontuais que o levaram para Lisboa, Cascais, e outros pontos do mundo, enquanto trabalhava como consultor. No entanto, nunca largou aquela que é a sua “base”, onde vive então com a mulher e os dois filhos pré-adolescentes, que também trazem “desafios” em que é preciso “ajustar a capacidade de neurocomunicação para os perceber muito bem”.

Em termos de interesses, Pedro Vieira assume-se desde logo como um “apaixonado” por desporto e por humor. No caso do desporto, gosta de em particular de futebol — sendo “inquestionavelmente” adepto do Futebol Clube do Porto –, mas aprecia o desporto em geral. “Nem que seja ver dois miúdos a jogar ténis quando vou a passar, fico logo preso à coisa”, observa. Futebol, ténis, mergulho ou karaté são desportos que já praticou, embora nenhum de forma federada.

Mas tudo o que sejam conteúdos de comédia, humor e escrita criativa, são coisas que também lhe “puxam imediatamente a atenção”. Entre as suas referências mais antigas estão “claramente” Herman José e Monty Python.

“Foram eles que provavelmente me abriram este caminho de gostar muito do humor, mas as referências também vão mudando e felizmente estamos numa fase a nível nacional extremamente rica, com muita gente de qualidade a fazer humor. Não consigo fugir de um Ricardo Araújo Pereira e da sua equipa ou de Bruno Nogueira”, diz, indicando também o nome de Jerry Seinfeld, em termos internacionais.

No entanto, a coisa que “provavelmente mais gosta de fazer na vida” é viajar, até porque as viagens juntam as outras duas coisas. Relacionado com o desporto, viajar “acaba por ser uma atividade física permanente”, até porque Pedro Vieira não gosta de viajar “de forma estática”, indo para um resort, mas sim de se envolver com as pessoas e de conhecer, “mais ao estilo road trip“.

Já o humor traz “uma capacidade de observação diferente, porque conseguimos ver as coisas de vários ângulos, e as viagens dão também essa possibilidade de observar pessoas num estado e em situações diferentes, observar culturas diferentes”.

E é isso que eu sinto que as viagens me trazem. Mais que um carimbo num passaporte, são experiências de vida e a possibilidade de explorar todos estes sentidos que me fazem sentir bem“, acrescenta.

Outras “grandes aprendizagens” que o “ajudam hoje a ser melhor líder” foram adquiridas como membro da Tuna Universitária do Minho. A tuna permitiu a Pedro Vieira ir a Cuba e ao Brasil, conhecer a “Península Ibérica toda” e “abrir muitos horizontes”, obrigando-o também a desenvolver a “capacidade relacional”. Na tuna tocava viola, algo que ainda hoje faz. Aliás, encontra-se mensalmente com um grupo de amigos dos tempos de tuna, para conviver, tocar e “manter vivo esse bichinho”.

A paternalidade é “naturalmente” o grande desafio da sua vida. “Não há desafio maior do que esse. É uma responsabilidade muito grande e com imensas variáveis”, refere Pedro Vieira.

a nível profissional, aponta como o maior desafio conseguir manter-se atualizado e relevante no mundo do marketing e da comunicação, que está a sofrer uma “mutação brutal a uma velocidade doida”.

“E ter essa capacidade de estar sempre à frente exige muito de nós, é um desafio muito grande. Até mesmo pelas mudanças geracionais. Na minha altura demoravam, se calhar, 20 anos, agora miúdos com cinco ou 10 anos de diferença já têm uma linguagem e comportamentos diferentes. É desafiante, mas é muito interessante porque nos obriga a estar permanentemente em alerta”, diz.

Pedro Vieira em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

A nível internacional, destaco a campanha da KIA “Movement that inspires”, pelo arrojo de fazer uma completa transformação de estratégia global de marca, comunicando uma nova identidade e propósito de uma forma inovadora e perfeitamente alinhada com uma mudança estratégica de negócio, com alto impacto para o futuro.

Já nacional, “Tem tudo e mais não sei o quê”, da Worten, pela elasticidade do conceito, pela clareza da mensagem e pela capacidade de chegar o público-alvo com a dose certa de humor, emoção e estabelecimento de relação.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

Abandonar uma grande ideia. Há ideias que nos apaixonam, nos fazem vibrar, mas que por algum motivo não são as mais adequadas para determinado momento da empresa, têm uma probabilidade baixa de atingir os objetivos estratégicos ou existe algum tema técnico que a impede de concretizar e por isso têm que ser abandonadas, por muito entusiasmantes que possam ser.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

Inovar, fazer diferente, criar. Entender e gerar comportamentos. Aprender.

4 – O briefing ideal deve…

Ser conciso, perfeitamente claro nos objetivos a atingir, com o máximo de informação contextual possível e com o mínimo de “amarras” criativas.

5 – E a agência ideal é aquela que…

Tem a capacidade de perceber o objetivo do cliente e não se deixar seduzir por escrever geniais tiradas de copy ou produzir brilhantes criatividades visuais inconsequentes e que não atinjam os objetivos de negócio do cliente. É a companheira que sente as dores do cliente e se foca no que realmente importa para as debelar e não no seu umbigo criativo, prémios ou outras motivações que não sejam centradas 100% no seu cliente.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Arriscar sempre. Com dose maior ou menor de risco, mas devemos sempre procurar novos territórios, novas abordagens, surpreender e criar novas formas de interação e conversão. O mundo está em constante mudança e nós, por consequência, também temos que estar.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Trabalhava com mais pessoas, que nos trouxessem novas perspetivas e desafios. Experimentava e errava muito mais, porque é essencial para evoluir. Investia ainda mais na aquisição de conhecimento dos negócios, do comportamento humano e do mundo para abrir ainda mais os horizontes das pessoas das minhas equipas.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

A publicidade em Portugal é como um Galo de Barcelos: única, colorida, cheia de personalidade e símbolo de criatividade e inovação.

9 – Construção de marca é?

Identidade, consistência, resiliência. Para se criar uma marca forte, que crie relação e memória de longo prazo com o seu mercado temos que garantir consistência em todos os pontos de contacto e ao longo do tempo. Temos também que aceitar que o caminho vai ter grandes obstáculos, surpresas, e que nos devemos moldar aos diferentes contextos ao longo do tempo, mas sempre sem perder a identidade, o ADN, a genuinidade, que é o garante da diferenciação e sustentabilidade da marca.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Seria um servidor. Não no sentido do hardware tecnológico, mas no sentido de ser alguém que serve e é um bom conselheiro. Nem sempre trabalhei em marketing. Trabalhei em vendas, gestão de negócios, organização de eventos, entre outras áreas e há algo que une todas. O sentido de serviço às pessoas, às comunidades, às empresas. Gosto muito de servir e, numa perspetiva mais egocêntrica, gosto de sentir que sirvo para alguma coisa. Se o pudesse fazer num bar de praia tropical, com o pé na areia, seria excelente.

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Empresas têm até hoje para entregar declaração Modelo 22

As empresas têm de submeter a declaração de rendimentos de IRC (Modelo 22) até esta segunda-feira, 30 de junho. O prazo tinha sido adiado devido a problemas no Portal das Finanças.

Depois de um adiamento de prazos pelo Executivo devido aos problemas sentidos no Portal das Finanças, no seguimento do apagão de 28 de abril, as empresas têm até hoje, 30 de junho, para entregar a declaração de rendimentos de IRC (Modelo 22). Termina também o prazo de entrega do IRS para as famílias.

Ao longo de mais de um mês, o Portal das Finanças funcionou com muitos constrangimentos, levando os contabilistas certificados a pedirem ao Executivo um adiamento dos prazos de entrega, nomeadamente da Modelo 22 e da Informação Empresarial Simplificada (IES). Um pedido que o Governo aceitou.

“Tal como anunciado, logo no dia 29 de abril, na sequência da interrupção geral de fornecimento de energia elétrica que afetou toda a Península Ibérica, o Governo tem vindo a avaliar os respetivos efeitos para o cumprimento das obrigações fiscais, procedendo aos ajustamentos do calendário fiscal que se justificam”, afirmou o Ministério das Finanças num comunicado divulgado no início deste mês.

“Não obstante até à passada quinta-feira (dia 4 de junho) terem sido já entregues mais de 380 mil declarações Modelo 22, o Governo constatou que, ainda assim, só tinham sido entregues cerca de 60% das declarações apresentadas no ano passado, pelo que o Executivo decidiu prorrogar o prazo para a entrega desta declaração, até dia 30 de junho”, acrescentou. Antes, o prazo terminava a 16 de junho.

As empresas que não entregarem a declaração dentro do prazo podem ser alvo de coimas entre 300 euros e 3.750 euros.

O Executivo também decidiu adiar a entrega da IES para dia 25 de julho, indo assim ao encontro do pedido feito pelos contabilistas certificados que enfrentaram vários constrangimentos na submissão destas declarações.

“Se o mau funcionamento do Portal das Finanças nos dias iniciais após o ‘apagão’ pode ser compreensível, passado quase um mês, as consequências já são visíveis nos constrangimentos criados para o cumprimento das várias obrigações declarativas”, avisava Paula Franco, bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), no final de maio.

A responsável notou que, no caso específico dos contabilistas certificados, o “mau funcionamento do Portal das Finanças impacta com toda a organização e planeamento do seu trabalho e dificulta o cumprimento das obrigações a que está sujeito relativamente às várias entidades pelos quais são responsáveis”.

Perante as falhas do Portal das Finanças, a representante dos contabilistas considerou que o adiamento dos prazos seria “da mais elementar justiça e razoabilidade”.

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Recibos verdes com um só cliente? Veja como pagar menos IRS

Trabalhadores independentes que acumulem ou não trabalho por conta de outrem ou recebam pensões podem optar pelas regras de tributação da categoria A e sair a ganhar com um reembolso maior.

Uma simples opção no anexo B da declaração de IRS pode influenciar o reembolso a receber ou o IRS a pagar por trabalhadores a recibos verdes. Caso prestem serviço a uma única entidade, estes contribuintes podem escolher serem tributados de acordo com as regras da categoria A, isto é, do trabalho dependente, mesmo que acumulem rendimentos de trabalho por conta de outrem ou de pensões.

O prazo para a entrega da declaração de IRS termina esta segunda-feira, 30 de junho, e ainda vai a tempo de verificar qual a solução mais vantajosa. Por exemplo, um reformado que passe recibos verdes a um só cliente pode ter vantagem em optar pelas regras de tributação da categoria A: em vez de pagar IRS, pode ter direito a um reembolso. Já um trabalhador por conta de outrem que acumule rendimentos de trabalho independente poderá ganhar se não selecionar esta opção, segundo as simulações realizadas pelo ECO.

Tudo depende do valor da dedução específica, isto é, o valor a abater ao rendimento para apuramento da matéria tributável, segundo o fiscalista Luís Leon, fundador da Ilya. Por exemplo, um trabalhador por conta de outrem pode subtrair, aos seus ganhos anuais, 4.350,24 euros ou as contribuições sociais se esse montante for superior.

Se tiver passado recibos verdes a uma única entidade poderá optar ou não, no anexo B da declaração de IRS, pelas regras de tributação da categoria A, isto é, escolher apenas a dedução específica fixa de 4.350,24 euros ou então manter-se na categoria B, que permite abater mais 25% do rendimento que ganhou a título de trabalho independente, no caso do regime simplificado, uma vez que no de contabilidade organizada não existe esse teto.

Exemplo do anexo B da declaração de IRS – Modelo 3

Assim, um trabalhador por conta de outrem que tenha auferido dez mil euros a recibos verdes abate 25% ou 2.500 euros a esse rendimento, se optar pelas regras da categoria B. Se selecionar o regime da categoria A, não poderá deduzir esse valor, e somente os 4.350,24 euros relativos aos salários que recebeu de trabalho por conta de outrem. Nesta situação, o contribuinte sai a ganhar se escolher a fórmula de cálculo imposto da categoria B, isto é, não deve selecionar, no anexo B, a opção pelas regras da categoria A, indica ao ECO o fiscalista Luís Leon.

“Por norma, um trabalhador por conta de outrem que acumule rendimentos de trabalho independente, prestado a um único cliente, não tem vantagem em escolher, no anexo B, as regras estabelecidas para a categoria A, porque vai prescindir da dedução extra de 25% dos ganhos recebidos a título de recibos verdes. Ou seja, só iria beneficiar a dedução específica de 4.350,24 euros ou do montante das contribuições sociais, se superior”, explica o sócio-fundador da Ilya.

Por norma, um trabalhador por conta de outrem que acumule rendimentos de trabalho independente, prestado a um único cliente, não tem vantagem em escolher, no anexo B, as regras estabelecidas para a categoria A, porque vai prescindir da dedução extra de 25% dos ganhos recebidos a título de recibos verdes.

Luís Leon

Fiscalista e sócio-fundador da Ilya

Em sentido inverso, um trabalhador que só tenha passado recibos verdes a um único cliente e esteja no regime simplificado, sem acumular salários, isto é, trabalho por conta de outrem, pode sair a ganhar ao selecionar as regras de cálculo para a categoria A, no anexo B.

Se a dedução, de 25%, aos rendimentos de trabalho independente for inferior ao abate, de 4.350,24 euros, que é aplicado aos ganhos por conta de outrem, então este contribuinte tem toda a vantagem em ser tributado segundo as regras da categoria A. Imaginemos que auferiu dez mil euros a recibos verdes e tem direito a deduzir 25% ou 2.500 euros. Se for pelo regime da categoria A pode deduzir mais (4.350,24 euros), o que irá baixar o imposto a pagar ou elevar o reembolso a receber.

No caso de um reformado, o montante a deduzir ao rendimento de pensões é sempre o mesmo (4.350,24 euros), uma vez que não paga contribuições sociais. Se, adicionalmente, este pensionista ganhar rendimentos de trabalho independente, isto é, se passar recibos verdes, também lhe irá surgir, no preenchimento do anexo B, a opção pelas regras da categoria A. “Nesta situação, será vantajoso selecionar o regime da categoria A, se, mais uma vez, a dedução por recibos verdes for inferior aos 4.350,24 euros do trabalho dependente”, assinala Luís Leon.

Por exemplo, se este pensionista ganhou 15.000 euros a recibos verdes, passados a uma única entidade, e estando no regime simplificado da categoria B, poderá abater à matéria coletável 3.750 euros. Caso opte pelas regras da categoria A, a dedução será maior: 4.350,24 euros. Ou seja, o benefício é maior se selecionar esta opção no anexo B.

Mas se auferiu, por exemplo, 20 mil euros brutos, no ano de 2024, em recibos verdes, a vantagem é maior se ficar pelas regras da categoria B, uma vez que a dedução de 25%, que dá 5.000 euros, é superior à de 4.350,24 euros. E quanto maior o valor a abater, menor será o rendimento tributável, logo o imposto desce e o reembolso poderá subir significativamente.

“As deduções específicas são deduções que abatem ao rendimento bruto dos contribuintes e que como tal, reduzem o valor da matéria coletável, ou seja, permitem que o valor sobre o qual incide o imposto seja menor. Diz-se que são específicas, porque tais deduções variam consoante a categoria de rendimento em causa”, esclarecem as fiscalistas Maria Inês Assis e Joana Monteiro de Oliveira, da Abreu Advogados, em declarações ao ECO.

No caso de trabalhadores independentes ou, vulgarmente chamados de recibos verdes, os rendimentos de categoria B podem beneficiar de uma isenção diferente, consoante o sistema em que estejam inscritos. Assim, “os contribuintes que optaram pelo regime simplificado deduzem 10% do rendimento bruto mais a dedução específica dos rendimentos de categoria A, ou seja, os tais 4.350,24 euros, e as despesas alocadas no e-Fatura à atividade profissional, com o limite global de 25% do rendimento bruto”, explica ao ECO o fiscalista Luís Nascimento, da Ilya. “Isto significa que a maior parte dos recibos verdes em Portugal paga imposto sobre 75% do seu rendimento bruto global anual”, indica.

Profissionais com contabilidade organizada podem deduzir todas as despesas sem o teto de 25% do rendimento bruto. “Este regime é mais benéfico para quem tem a convicção de que os gastos inerentes à atividade profissional são superiores àquele limite máximo”, sinaliza.

Salários e pensões ganham brinde adicional em 2026

A dedução específica vai aumentar novamente este ano, para 4.462,15 euros, com efeitos na entrega da declaração de IRS em 2026, por via do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que voltou a alterar a regra de atualização. Assim, trabalhadores por conta de outrem e pensionistas podem contar com um brinde extra que pode chegar aos 79 euros de poupança anual no imposto a liquidar em 2026 por referência aos ganhos obtidos em 2025, segundo as simulações da consultora Ilya para o ECO.

Este pequeno bónus na carteira só é possível porque a dedução específica, isto é, o valor que abate ao rendimento para apurar a matéria tributável, sobe dos atuais 4.350,24 euros para 4.462,15 euros. São mais 111,91 euros limpos de imposto.

O OE2025 voltou a alterar o mecanismo da dedução específica. Em vez de se guiar pela taxa de atualização do IAS passou a corresponder a 8,54 vezes o valor desse mesmo indicador. Como o IAS foi atualizado em 2,6%, este ano, tendo em conta a inflação de novembro de 2024 sem habitação, apurada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), aquele referencial subiu igualmente 2,6%, passando de 509,26 euros para 522,50 euros. Aplicando a regra inscrita no diploma orçamental, 8,54 vezes o IAS (509,26 euros), dá uma dedução específica de 4.462,15 euros.

Para um trabalhador solteiro sem filhos ou um pensionista que receba de 900 euros brutos por mês, significa uma poupança adicional de 15 euros, no IRS a liquidar em 2026. Este valor está integrado no ganho global, de 342 euros, conseguido também graças à atualização dos escalões em 4,6% e ao mínimo de existência, que é o patamar até ao qual os rendimentos estão isentos de imposto, e que subiu dos atuais 11.480 euros para 12.180 euros, correspondendo assim a 14 vezes o salário mínimo do próximo ano, que deu um salto de 50 euros para 870 euros. Os cálculos realizados pelo fiscalista da Ilya, Luís Nascimento, já incluem os 250 euros de limite para a dedução à coleta das despesas gerais.

No caso de um solteiro ou reformado a auferir mil euros, a subida da dedução específica vai dar um bónus extra anual de 18 euros, aquando da entrega da declaração do IRS. Vencimentos brutos mensais de 1.500 terão um ganho adicional, para o conjunto do ano, de 25 euros; salários de 2.000 euros terão um benefício de 36 euros e remunerações de 2.500 euros vão sentir um alívio fiscal de 40 euros por via da atualização da dedução específica. Veja mais simulações aqui.

A dedução específica esteve congelada nos 4.104 euros entre 2011, ou seja com a entrada da troika em Portugal, e 2023, tendo sido atualizada em 2024 e 2025. Até 2010, seguia uma regra de atualização em que o seu valor deveria ser igual a 72% de 12 vezes o salário mínimo nacional, que, este ano, está nos 870 euros. Se este mecanismo ainda fosse aplicado, a dedução específica devia estar nos 7.516,8 euros, o que significaria uma subida de 3.054,65 euros ou de 68,5% face ao montante em vigor, de 4.462,15 euros.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 30 de junho

  • ECO
  • 30 Junho 2025

Ao longo desta segunda-feira, 30 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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As nossas cidades estão mais inteligentes? Oiça o podcast ‘À Prova de Futuro’

Miguel de Castro Neto, diretor da Nova IMS, e Nuno Ribeiro, co-CEO da Ubiwhere, explicam como tornar as cidades mais inteligentes para os cidadãos.

Cerca de 40% da população da União Europeia vive em cidades, segundo as Nações Unidas. Em Portugal, o peso chega aos 44%. A melhoria da qualidade de vida nas cidades reveste-se, por isso, de enorme importância. O que passa por usar a tecnologia para torná-las mais inteligentes.

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“O que nós tentamos construir no nosso dia-a-dia de uma cidade inteligente é garantir que, para o cidadão, não há qualquer fricção, não há qualquer atrito no seu usufruto da cidade”, afirma Miguel de Castro Neto, diretor na Nova Information Management School em entrevista ao À Prova de Futuro, um podcast do ECO que tem o apoio do Meo Empresas.

Miguel de Castro Neto, dean da Nova IMS, em entrevista ao podcast do ECO “À Prova de Futuro”Hugo Amaral/ECO

O especialista em Smart Cities dá um exemplo prático. “Muitos dos semáforos de Lisboa já têm um algoritmo de inteligência artificial que está a aprender em contínuo com o trânsito da cidade, porque tem sensores, e está-se a ajustar para eu não estar parado num semáforo, a emitir gases com efeitos de estufa, se não houver trânsito”.

O convidado da rubrica “Gestor Sem Medo” é Nuno Ribeiro, co-CEO da Ubiwhere, uma empresa portuguesa que é já uma referência europeia no desenvolvimento de soluções de software para Cidades Inteligentes. “Fora de Portugal, ganhámos um megaprojeto Smart Cities em Espanha, na região de Granada, em que começámos a digitalizar toda a componente de turismo da região”, conta.

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A empresa de Aveiro fez a agregação de dados de sensores que fazem contagem de fluxo de pessoas, de dados de operadores de telecomunicações, dados de consumo da Mastercard, do Booking, do Airbnb, e do instituto de estatística. “Isto permitiu a caracterização do perfil do turista na região e de onde é que ele vem”, o que “traz umas vantagens competitivas enormíssimas”.

Nuno Ribeiro, co-CEO da Ubiwhere, em entrevista ao podcast do ECO “À Prova de Futuro”Hugo Amaral/ECO

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