Oito portugueses já saíram do Níger

  • Lusa
  • 2 Agosto 2023

“O número de cidadãos com nacionalidade portuguesa identificados é, neste momento, de 11. Dos 10 que manifestaram interesse em sair do país, oito já foram retirados com sucesso”, avança o MNE.

Oito dos 10 portugueses identificados que manifestaram vontade de sair do Níger já foram retirados do país africano, anunciou esta quarta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), referindo que a retirada de cidadãos nacionais continua. “O número de cidadãos com nacionalidade portuguesa identificados é, neste momento, de 11. Dos 10 que manifestaram interesse em sair do país, oito já foram retirados com sucesso”, segundo a informação prestada à Lusa pelo MNE.

O MNE acrescenta que “continua a acompanhar a situação no Níger através da Embaixada de Portugal em Abuja, e em articulação com a Delegação da UE em Niamey”. Esta quarta de madrugada chegaram a Paris as 262 pessoas retiradas do Níger pelo avião francês vindo do país africano, entre as quais cinco portugueses, desconhecendo-se se fazem parte do grupo identificado pelas autoridades portuguesas.

A ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colonna, afirmou que havia 262 pessoas a bordo do avião, um Airbus A330, incluindo uma dúzia de crianças, sendo “quase todos os passageiros” de nacionalidade francesa, noticiou a agência AFP.

O voo transportou igualmente cidadãos portugueses, além de nigerianos, belgas, etíopes e libaneses, segundo a informação prestada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de França à imprensa presente no aeroporto de Roissy. O voo aterrou no aeroporto Paris-Roissy Charles de Gaulle pouco depois da 01:30 locais (00:30 em Lisboa).

O golpe de Estado no Níger, liderado pelo general Abdourahamane Tiani, foi condenado pela comunidade internacional, nomeadamente os Estados Unidos e a União Europeia, que considera o país um baluarte essencial da estabilidade volátil da região do Sahel, tendo suspendido a ajuda orçamental a Niamey e alertado que poderia impor novas sanções.

Os países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que iniciaram hoje uma reunião de três dias, em Abuja, na Nigéria, para discutir a situação nigerina, reunidos numa cimeira extraordinária no domingo passado, também condenaram o golpe e deram uma semana aos responsáveis para restaurar o Presidente deposto Mohamed Bazoum, sob pena de recorrerem à força.

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Situação dos diamantes angolanos “não está boa”

  • Lusa
  • 2 Agosto 2023

"Temos empresas que já estão há cerca de três meses sem vender as suas produções, porque efetivamente a procura dos diamantes baixou", diz presidente da Endiama.

O presidente do conselho de administração da Endiama, diamantífera estatal angolana, disse esta quarta-feira que o mercado dos diamantes não está numa boa fase porque “os preços baixaram substancialmente”. José Ganga Júnior, que falava à margem da assinatura de um acordo entre a Endiama e o sindicato de trabalhadores, referiu que as metas para este ano apontam para cerca de 10 milhões de quilates.

“Estamos a trabalhar, pensamos cumprir [as metas], infelizmente, neste momento, a situação dos diamantes não está boa em termos de mercado, temos estado a trabalhar, nenhuma empresa ainda parou, mas temos empresas que já estão há cerca de três meses sem vender as suas produções, porque efetivamente a procura dos diamantes baixou”, referiu o líder da Endiama.

Segundo José Ganga Júnior, os preços baixaram substancialmente e as empresas enfrentam situações diferentes, havendo algumas “que tiveram já uma redução”. Na comparação de primeiros semestres, entre 2022 e 2023, “há mesmo empresas que tiveram redução de preços na ordem dos 49%“, adiantou. Estes valores são “efetivamente muito” para as empresas, disse, defendendo que com resiliência será possível “ultrapassar essa situação”.

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Governo lança novo aviso para produção de gases renováveis. São 70 milhões

As candidaturas ao aviso anterior, de 83 milhões, superaram largamente a dotação disponível.

O Ministério do Ambiente vai lançar um novo aviso para a produção de gases renováveis no âmbito do programa REPowerEU, com uma dotação de 70 milhões de euros, anunciou o gabinete em comunicado. As candidaturas ao aviso anterior, de 83 milhões, superaram largamente a dotação disponível.

“A atribuição de apoio financeiro no âmbito da produção dos gases renováveis – uma indústria nascente – representa uma estratégia crucial para a reindustrialização verde do país”, lê-se na mesma nota.

Nesta comunicação, o Governo faz um balanço dos resultados do segundo aviso que houve para a produção de gases renováveis, com uma dotação de 83 milhões de euros, no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PPR), que tinha um total disponível de 185 milhões de euros para este fim.

Somaram-se 49 candidaturas a este aviso, que foram entregues até ao passado dia 31 de julho. Das candidaturas submetidas, 39 dizem respeito a projetos de hidrogénio verde, nove são de biometano e um projeto prevê a produção dos dois gases renováveis, indica o Governo. No total, as candidaturas submetidas preveem adicionar 443 megawatts (MW) de capacidade de produção, requerem 353 milhões de euros de financiamento e o total de investimento ascende a 906 milhões de euros.

Em termos de distribuição territorial, 39% dos projetos são na região do Alentejo, 33% na região Centro, 20% na região de Lisboa, 6% na região Norte e 2% na região do Algarve.

Antes deste segundo aviso, no âmbito do PPR, já tinham sido atribuídos 102 milhões de euros, que alavancaram um total de 229 milhões de euros de investimento, em 25 novos projetos, com uma capacidade instalada de 106 MW.

O comunicado dá ainda conta de que a 31 de julho encerrou a consulta pública das peças do procedimento do primeiro leilão de compra centralizada de biometano e hidrogénio renovável, para injeção na rede nacional de gás. A consulta pública contou com os contributos de 22 entidades, que serão agora analisados de modo a efetivar o lançamento deste leilão.

Este balanço é publicado cerca de um mês após a publicação da revisão do Plano de Energia e Clima 2030 (PNEC 2030), o qual implica a revisão da Estratégia Nacional do Hidrogénio, mais do que duplicando a capacidade prevista de eletrolisadores até 2030, de 2,5 GW para 5,5 GW.

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Países bálticos vão desligar-se da rede elétrica da Rússia em 2025

  • Lusa
  • 2 Agosto 2023

A medida implica uma despesa de centenas de milhões de euros, na sua maior parte financiados pela União Europeia.

Os operadores dos sistemas elétricos dos três países do Báltico concordaram esta quarta-feira desligar as suas redes da Rússia e da Bielorrússia e sincronizá-las com os sistemas da Europa ocidental a partir de 2025, anunciou o operador lituano Litgrid. Segundo o comunicado, Litgrid, Elering (Estónia) e AST (Letónia) assinaram o acordo correspondente.

A interrupção dos vínculos com as redes elétricas da Rússia e Bielorrússia implica que estas estruturas já não serão utilizadas para a sincronização ou para garantir um fluxo da corrente, funções que passarão para a área em vigor na Europa continental. A sincronização significa que uma súbita quebra no fornecimento, como um problema no funcionamento de uma central elétrica, fique compensada de forma automática por outras fábricas ligadas à rede.

Em princípio, os operadores dos sistemas elétricos dos três Estados do Báltico tinham previsto desligar-se da rede russa em finais de 2025, mas a data foi antecipada após um estudo em que participaram peritos polacos. O receio de um corte unilateral pela Rússia, num contexto político crescentemente hostil, também contribuiu para acelerar os planos de separação das redes.

A dessincronização, prevista desde 2007, eliminará um dos últimos vestígios do período em que os três países bálticos integraram a União Soviética. Esta medida implica uma despesa de centenas de milhões de euros, na sua maior parte financiados pela União Europeia (UE), segundo referiram antigos responsáveis governamentais.

Neste sentido, o operador AST revelou um investimento de 175 milhões de euros para instalar e modernizar o equipamento necessário para a sincronização com a rede europeia. Os três países bálticos optaram por limitar ao mínimo as importações de eletricidade dos seus vizinhos russo e bielorrusso, em particular após a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.

No caso de necessidade ou para vender eletricidade produzida em excesso têm recorrido aos seus vizinhos do Báltico e atualmente comercializam através do mercado nórdico de eletricidade Nordpool.

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Turistas que visitam Rússia são dez vezes menos face a 2019

  • Lusa
  • 2 Agosto 2023

Cerca de 32.000 chineses visitaram a Rússia no primeiro semestre deste ano, em comparação com 600.000 durante o mesmo período em 2019.

O turismo estrangeiro na Rússia continua abaixo dos níveis pré-pandemia, 10 vezes inferior ao registado em 2019, apesar de ter aumentado 130% no primeiro semestre de 2023, disse esta quarta-feira a diretora executiva dos Operadores Turísticos da Rússia (ATOR)

Segundo Maia Lomidze, citada pela agência noticiosa estatal russa Interfax, o fluxo turístico estrangeiro no primeiro semestre deste ano aumentou 130%, com 187 mil visitantes, contra 81 mil no ano passado, mas muito abaixo dos dois milhões que viajaram para a Rússia no mesmo período de 2019.

Para Maia Lomitze, os números “representam uma estatística muito triste de viagens” de turistas estrangeiros para a Rússia. Lomidze disse que entre os países que mais viajantes trazem para a Rússia estão a China, a Alemanha, o Cazaquistão e a Turquia, embora tenha reconhecido que se trata na quase totalidade de viagens de negócios.

De acordo com a ATOR, 32.000 chineses visitaram a Rússia no primeiro semestre deste ano, em comparação com 600.000 durante o mesmo período em 2019, mais do que os 20.600 turistas turcos e 12.500 alemães.

O mercado turístico russo sofreu as graves consequências da pandemia de covid-19, que levou não só à cessação dos voos internacionais, mas também a severas restrições sanitárias e, pouco depois, à “campanha militar” da Rússia, como o Kremlin define a invasão, na vizinha Ucrânia.

Em julho passado, a União Russa do Turismo apelou a “medidas de estímulo” para atrair visitantes estrangeiros no meio da guerra em curso com a Ucrânia. Em particular, destacou a introdução do visto eletrónico, que entrou terça-feira em vigor, e a aplicação do regime de isenção de vistos para grupos turísticos da China.

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Autoridade da Concorrência dá luz verde a negócio imobiliário de 2022

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Agosto 2023

A aquisição de um portefólio de imóveis portugueses pela norte-americana Davidson Kempner foi autorizada pela Autoridade da Concorrência esta quarta-feira.

A Autoridade da Concorrência (AdC) autorizou esta quarta-feira a compra dos ativos imobiliários geridos pela ECS Capital – que incluem 21 hotéis, cinco campos de golfe, um conjunto de propriedades para desenvolvimento futuro, plataformas logísticas e um centro comercial – pela Hospitality Living Portugal, um fundo afiliado da norte-americana Davidson Kempner.

O conselho de administração da AdC deliberou, esta quarta-feira, adotar “uma decisão de não oposição à operação de concentração”, dado que “não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou em parte substancial deste“, esclarece a entidade num comunicado divulgado no seu website.

O fundo norte-americano Davidson Kempner Partners notificou a AdC da compra do portefólio de imóveis geridos pelos fundos de reestruturação da ECS Capital no dia 17 de julho. A Davidson Kempner, em conjunto com as suas afiliadas, detém mais de 39 mil milhões de dólares em ativos líquidos sob gestão.

O negócio, avaliado em cerca de 800 milhões de euros, foi assinado já nos últimos dias do ano passado, englobando uma carteira de hotéis de luxo, incluindo o Conrad Algarve (não o ativo mas o crédito, pois está em causa um complexo e litigioso processo em torno do hotel), o Cascatas Golf & Resort Spa da Hilton (na foto) e o Grupo NAU, entre outros ativos imobiliários como campos de golfe, armazéns e um centro comercial.

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Negociações para adesão da Ucrânia à UE devem começar este ano

  • Lusa
  • 2 Agosto 2023

"Em finais do ano, a decisão para começar as negociações para a adesão do nosso Estado deve ser aprovada pelo Conselho Europeu. Não há uma alternativa a isto", disse presidente ucraniano.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou esta quarta-feira que a União Europeia (UE) deve dar ‘luz verde’ ao início das negociações para a adesão da Ucrânia antes do final do ano. “Em finais do ano, a decisão para começar as negociações para a adesão do nosso Estado deve ser aprovada pelo Conselho Europeu. Não há uma alternativa a isto”, asseverou, num encontro em Kiev com representantes diplomáticos, de acordo com a agência de notícias Ukrinform.

Zelensky sublinhou que a Rada Suprema, o parlamento ucraniano, deve aprovar todos os projetos de lei relacionados com os requisitos que é necessário cumprir para o início das negociações e que a elaboração desse pacote é uma questão de “segurança nacional”.

Também para a UE a adesão da Ucrânia é uma questão de segurança, argumentou, uma vez que qualquer incerteza em relação a ela constitui uma fragilidade que “tenta” a Rússia a agir de forma agressiva e a aproveitar o vazio onde falta cooperação entre as instituições europeias.

A Ucrânia recebeu o estatuto de país candidato à adesão à UE em junho de 2022 – cerca de dois meses após o início da invasão russa do seu território – e está previsto que no próximo outono a Comissão Europeia (CE) divulgue um relatório sobre os progressos de Kiev no cumprimento dos requisitos para a abertura de negociações.

Por outro lado, Zelensky transmitiu aos embaixadores ucranianos que o Governo está a “esforçar-se” para que a cimeira global que está previsto Kiev acolher para promover a “Fórmula de Paz” possa realizar-se no outono. É necessário que nela participem “representantes do Norte e do Sul, do Leste e do Ocidente”, defendeu.

“O outono está muito, muito próximo, mas ainda há tempo para preparar a cimeira e envolver a maioria dos países do mundo”, afirmou o chefe de Estado ucraniano.

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Compra da Efacec pela Mutares fica fora do radar da Autoridade da Concorrência

Negócio de venda da Efacec não está abrangido pelas condições que obrigam à notificação prévia à Autoridade da Concorrência, pelo que esta não tem de se pronunciar.

A Autoridade da Concorrência (AdC) diz não ter de se pronunciar sobre a venda da Efacec ao fundo alemão Mutares, já que a operação não está abrangida pelas condições necessárias para que se faça uma notificação prévia. Assim, apenas necessita do parecer positivo da Direção-geral da concorrência europeia (DG-comp) e da luz verde do Tribunal de Contas, além do acordo com os credores.

O Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência deliberou “adotar uma decisão de inaplicabilidade, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 50.º da Lei da Concorrência, uma vez que a operação projetada não se encontra abrangida pela obrigação de notificação prévia a que se refere o artigo 37.º deste diploma”, lê-se na decisão publicada esta quarta-feira na página da AdC.

Esta notificação prévia, segundo o artigo mencionado, é apenas necessária quando a operação obedece a três situações:

  • “Em consequência da sua realização se adquira, crie ou reforce uma quota igual ou superior a 50% no mercado nacional de determinado bem ou serviço, ou numa parte substancial deste;
  • Em consequência da sua realização se adquira, crie ou reforce uma quota igual ou superior a 30% e inferior a 50% no mercado nacional de determinado bem ou serviço, ou numa parte substancial deste, desde que o volume de negócios realizado individualmente em Portugal, no último exercício, por pelo menos duas das empresas que participam na operação de concentração seja superior a 5 milhões de euros, líquidos dos impostos com estes diretamente relacionados;
  • O conjunto das empresas que participam na concentração tenha realizado em Portugal, no último exercício, um volume de negócios superior a 100 milhões de euros, líquidos dos impostos com este diretamente relacionados, desde que o volume de negócios realizado individualmente em
    Portugal por pelo menos duas dessas empresas seja superior a 5 milhões de euros”.

A operação foi comunicada à AdC por se pensar que estaria dentro das situações mencionadas, como até foi sinalizado pelo próprio ministro da Economia no Parlamento, em junho. No entanto, a autoridade considerou que não estava abrangida por estes patamares definidos na Lei da Concorrência.

António Costa Silva mencionou também que é necessário o parecer positivo da DG-comp, no qual considera que o plano para a Efacec reúne as condições do mercado e coloca a empresa com níveis de rentabilidade adequados – o chamado teste de operador de mercado, bem como do Tribunal de Contas.

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Portugal já pode exportar carne de porco fresca para Namíbia

  • Lusa
  • 2 Agosto 2023

Para a exportação de géneros alimentícios para a Namíbia é necessária uma autorização do Ministério da Agricultura, Água e Florestas daquele país.

Portugal já pode exportar carne de porco fresca para a Namíbia, após terem sido estabelecidas as condições que permitem este processo, anunciou esta quarta-feira a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

Foram recentemente estabelecidas as condições que permitem as exportações de carne fresca de suíno para a Namíbia. Os interessados deverão contactar as Direções de Serviços de Alimentação e Veterinária Regionais [DSAVR) da sua área”, lê-se numa nota da DGAV.

Para a exportação de géneros alimentícios para a Namíbia é necessária uma autorização do Ministério da Agricultura, Água e Florestas daquele país. Esta autorização, posteriormente, tem que ser apresentada na respetiva DSAVR, que, por sua vez, vai proceder ao controlo documental e físico do produto e validar os dados solicitados. A DGAV sublinhou ainda que os suínos de onde provém a carne têm que nascer, ser criados e abatidos em Portugal.

Já no que diz respeito ao Síndrome Reprodutivo e Respiratório Suíno, os animais têm que permanecer isolados durante, pelo menos, 37 dias na exploração onde foram criados, submetidos a um teste Elisa de bloqueio, com recurso a amostras de sangue colhidas entre os dias 10 e 15 da quarentena, e abatidos por lotes “para evitar qualquer possível contaminação cruzada com animais de outras origens”.

Os estabelecimentos são ainda obrigados a estar registados pelas autoridades da Namíbia. A DGAV é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa.

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Lula quer Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Argentina nos BRICS

  • Lusa
  • 2 Agosto 2023

"Do ponto de vista mundial, eu acho que os BRICS podem ter um papel, eu diria, excecional", disse o Presidente brasileiro, que defendeu também uma moeda própria para fazer comércio na organização.

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, defendeu esta quarta-feira a entrada da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Argentina nos BRICS, a pouco mais de duas semanas da cimeira da organização dos países emergentes, em Joanesburgo.

“Eu acho extremamente importante a Arábia Saudita entrar nos BRICS, acho extremamente importante os Emirados Árabes, se quiser entrar nos BRICS, entrar nos BRICS e também a Argentina”, afirmou o chefe de Estado brasileiro, num evento organizado no Palácio do Planalto, em Brasília, com a imprensa internacional.

O Presidente voltou a apelidar de “extremamente importante” permitir que outros países “que cumpram as exigências dos BRICS” entrarem para este grupo que integra Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “Do ponto de vista mundial, eu acho que os BRICS podem ter um papel, eu diria, excecional”, frisou o Presidente brasileiro.

Na mesma ocasião, o Presidente brasileiro deixou ainda duras críticas ao trabalho do G7: “Espero que um dia as pessoas percebam que o jeito de discutir política no G7 está superado”, disse, defendendo que este grupo nem deveria existir depois de ter sido criado o G20. “As mesmas pessoas participam do G7 e do G20, então não sei para quê a continuidade”, sublinhou.

Lula da Silva voltou ainda a defender uma moeda própria para fazer comércio nos BRICS. “Por que o Brasil precisa de dólar para fazer comércio com a China? A gente pode fazer na nossa moeda. Por que o Brasil precisa de dólar para fazer comércio com a Argentina? A gente pode fazer nas nossas moedas”, afirmou o chefe de Estado brasileiro.

Ainda sobre os BRICS, Lula da Silva defendeu que estes devem ser mais generosos do que o Fundo Monetário Internacional e que devem “servir o desenvolvimento” dos países mais pobres. O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), constituído pelos BRICS, “deve ser mais generoso” e promover políticas financeiras que facilitem o caminho para acabar com “as grandes desigualdades” que existem no mundo, disse.

O Presidente brasileiro considerou ainda injusta a distribuição de riquezas no mundo e defendeu uma adesão mundial na luta contra a fome. “Há uma desigualdade visível na cara de todos nós. Como a gente combate isso? Essa é a tarefa que quero assumir e vai ser parte do meu discurso na ONU, nos BRICS, no G20. Vou levantar essa tese porque não é normal a gente tratar a desigualdade como normal”, referiu.

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Mapfre duplica em seguros poupança e aperta em automóvel

  • ECO Seguros
  • 2 Agosto 2023

A seguradora espanhola cresceu negócio mundial em 15% no primeiro semestre do ano. Portugal contribuiu positivamente para receitas e lucros. Inflação e sismo na Turquia foram contingências.

O Grupo Mapfre registou um crescimento de receitas a nível mundial na ordem dos 15% no primeiro semestre de 2023, um crescimento em linha com a tendência positiva observada nos últimos trimestres. O negócio em Portugal e em Espanha foi o que mais cresceu a nível mundial, cerca de 20%.

Portugal contribuiu com 5,8 milhões para os 122,7 milhões de euros de resultados líquidos alcançados na região Ibéria, composta por Portugal e Espanha. Os prémios cresceram 21% no conjunto dos ramos Vida como Não Vida, atingindo 5.513 milhões de euros. Em Portugal, os prémios cresceram 36%, estando nos 132 milhões de euros.

O destaque foi o negócio Vida em Espanha que cresceu 1,7 vezes o seu volume em relação ao ano anterior, atingindo 1522 milhões de euros. A produção de produtos Vida Poupança em Espanha, estimulada pelos produtos de rendimento gararantido, ascendeu a 1328 milhões, mais do dobro dos 677 milhões faturados no primeiro semestre de 2022.

Segundo a Mapfre, no ramo Automóvel, “continua a progressiva adaptação de tarifas ao contexto inflacionista e com base em perfis individuais de risco”. Atualmente, a carteira em Portugal e em Espanha tem cerca de 6,2 milhões de veículos segurados, tendo registado uma redução durante a primeira metade do ano pela aplicação de medidas de seleção de riscos. O aumento do prémio médio é estimado em cerca de 6%.

A nível mundial os prémios do grupo cresceram 14,7%, sem impacto relevante das taxas de câmbio. O crescimento foi especialmente expressivo nos setores Não Vida (11,2%) e Vida (29,4%), impulsionado pelo desempenho positivo em Espanha e no Brasil. O registo de 307 milhões de euros referentes ao primeiro ano de um programa de riscos industriais no México também contribuiu para esse aumento.

O resultado líquido caiu, no entanto, 6% afetado pelo segmento Automóvel e pelo terramoto na Turquia, que fica marcado como o evento catastrófico mais relevante no semestre. No final de junho, um impacto de 104 milhões no resultado líquido foi estimado, afetando principalmente a Mapfre Re (99 milhões) e, em menor medida, a seguradora local (5 milhões).

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Comissário europeu Breton compra castelo em França

  • ECO
  • 2 Agosto 2023

O comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, comprou o Castelo de Gargilesse, em França. O valor da operação não é conhecido. 

O comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, comprou o Castelo de Gargilesse, em França, confirmou o Politico (acesso livre, conteúdo em inglês). O valor da operação não é conhecido.

Situado na aldeia francesa de Gargilesse-Dampierre, considerada um dos locais mais bonitos de França, o Castelo de Gargilesse foi construído pelos Condes de Gargilesse no século VIII.

O comissário europeu para o Mercado Interno adquiriu o imóvel a Annick Thévenin, uma pintora local que comprou o castelo em 1998 para o usar como galeria de arte. Breton não tenciona viver na propriedade e vai manter o castelo como um espaço cultural.

De acordo com o jornal local Le Berry Républicain (acesso pago, conteúdo em francês) o comissário francês fez a compra há vários meses por um valor não divulgado.

“Continuo a administrar o castelo, recebendo o público, a realizar exposições, esse é o desejo do Sr. Breton”, afirmou a pintora, em declarações ao mesmo jornal. Ao Politico, o gabinete de Breton confirmou a compra do castelo, mas escusou-se a fazer mais comentários, referindo que se trata de um assunto pessoal.

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