Ministro afasta novas negociações com sindicatos em “greve política” na CP

Ministro reafirma que Governo em gestão não pode assinar o acordo pretendido pelos sindicatos e acusa-os de "parar o país por interesse político" a pensar nas eleições.

O ministro das Infraestruturas afastou esta quarta-feira novas negociações com os sindicatos para pôr fim à paralisação na CP. Miguel Pinto Luz diz que a greve resulta de “uma agenda política de circunstância eleitoral”.

“O Governo é imune a pressões. O Governo negociou quando teve de negociar, com abertura total, indo ao limite do que a lei permitia para um Governo em gestão, e não quiseram“, afirmou o ministro das Infraestruturas em declarações à margem da entrega de Certificados Energéticos da Medway, num hotel em Lisboa.

Tal como afirmou numa conferência de imprensa realizada na véspera, Miguel Pinto Luz argumentou que existe um acordo entre os sindicatos e a administração da CP, mas que não pode ser executado por o Governo se encontrar em gestão. “O acordo estava estabelecido, o Governo não o pode executar por uma questão puramente legal, pela circunstância de ser um governo de gestão”, afirmou.

Conseguiram parar o país por interesse político. E tem a ver com o timing que estamos a viver, de eleições.

Miguel Pinto Luz

Ministro das Infraestruturas

O governante atribui a paralisação à proximidade das eleições legislativas, considerando tratar-se de uma “greve política”. “Conseguiram parar o país por interesse político. E tem a ver com o timing que estamos a viver, de eleições”, disse.

“É uma greve que não serve os interesses da CP, não serve os interesses dos trabalhadores da CP, mas mais importante, e é a mensagem que quero deixar, não serve os portugueses. São centenas de milhares de portugueses hoje prejudicados. Os sindicatos não olharam para os portugueses”, afirmou ainda o ministro das Infraestruturas.

Esta manhã, José Manuel oliveira, coordenador nacional da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) , afirmou que “há uma forte adesão dos trabalhadores à greve, que reivindicam que seja cumprido o acordo relativamente à reestruturação das carreiras profissionais e que o Governo, agora com o argumento de estar em gestão, diz que não pode aplicar”.

Da nossa parte há toda a disponibilidade para com o Governo e administração, se quiserem, podermos reunir e encontrar as soluções que evitem a continuação deste conflito”, disse ainda o responsável sindical.

A circulação de comboios da CP está parada esta quarta-feira em todo o país devido à paralisação convocada por 15 sindicatos. A greve irá fazer-se sentir com mais intensidade nos dias 7, 8 e 9 de maio, mas irá prolongar-se até dia 14. A partir de dia 10, só estará em vigor a paralisação convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).

O Tribunal Arbitral decidiu, por unanimidade, não decretar serviços mínimos, mesmo para os primeiros três dias. O coletivo de árbitros presidido por Jorge Bacelar Gouveia considerou que a concretização dos serviços mínimos “se revelou desaconselhável por não se garantir, quanto à percentagem que se julgou como correspondendo à satisfação das necessidades sociais impreteríveis sem, ao mesmo tempo, se aniquilar o núcleo fundamental do direito à greve, os mínimos padrões de segurança dos utentes no acesso às plataformas das estações ferroviárias e no uso das composições, segundo a informação obtida junto da empresa”.

Segundo um comunicado conjunto dos sindicatos, a paralisação foi convocada contra a “incapacidade da empresa reter os atuais trabalhadores e recrutar novos para preencherem as lacunas existentes”, “a imposição de aumentos salariais que não repõem o poder de compra” e pela “implementação do acordo de reestruturação das tabelas salariais, nos termos em que foi negociado e acordado”.

(notícia atualizada às 13h23 com declarações da Fectrans)

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Cibersegurança em discussão no Congresso Segurança & Integridade Digital

  • Conteúdo Patrocinado
  • 7 Maio 2025

O tema da cibersegurança vai ser o mote do Congresso Segurança & Integridade Digital, que acontece no próximo dia 12 de maio, em Vilamoura.

Cada vez mais cidadãos e governos usam tecnologias para gerirem serviços essenciais e o território está, por isso, muito dependente do mundo digital.

Apesar dos benefícios, esta dependência também exige que se discuta sobre medidas de proteção, nomeadamente de cibersegurança, quer para grandes entidades, instituições, grandes grupos económicos ou governos nacionais, bem como para governos locais e cidadãos comuns, de forma a proteger o território.

O Congresso Segurança & Integridade Digital pretende ser o espaço dessa discussão e trazer soluções para os vários desafios da segurança digital. O evento acontece já no próximo dia 12 de maio, em Vilamoura.

Entre os temas a serem discutidos no congresso está o impacto da Diretiva NIS2 e o novo regime jurídico da cibersegurança em Portugal, a cibersegurança no setor público e privado, a Inteligência Artificial aplicada à segurança digital e ao território, o RGPD: proteção de dados e conformidade legal, a ética, transparência e boas práticas no ambiente digital, Secure Regions & Smart Cities, e a transição digital no território.

Os interessados em participar na sessão devem inscrever-se aqui.

PROGRAMA

9H30 Sessão de abertura

9H45 Painel “Transição Digital no Território”

10H50 Coffee Break

11H00 Painel “O Futuro da Segurança no Território”

14h30 Painel “Inteligência Artificial e o Impacto na Sociedade”

15H50 Coffee Break

16H10 Painel “O Futuro do Desenvolvimento do Território”

17H30 Sessão de Encerramento

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Benfica não conseguiu comprar ações de Luís Filipe Vieira em leilão

Benfica participou no leilão para comprar a posição detida pelo anterior presidente do Benfica, mas ações foram leiloadas a outro licitante por 7,07 euros. Clube já pediu a nulidade da venda.

O Benfica participou no leilão para vender as ações que Luís Filipe Vieira tinha na SAD encarnada, mas não conseguiu comprar a posição de 3,28% que era controlada pelo anterior presidente das Águias. Os títulos foram vendidos a outro licitante por 7,07 euros e o clube já pediu a nulidade da venda.

“O Sport Lisboa e Benfica informa que, através da sua participada Benfica SGPS, tomou parte no leilão das ações tituladas por Luís Filipe Vieira, tendo apresentado uma oferta adequada e sido informado de que as referidas ações foram vendidas a um outro licitante por 7,07 euros“, adianta o clube em comunicado.

O Benfica adianta ainda que, “até ao momento, não recebeu qualquer notificação quanto ao seu direito de preferência, pelo que, cautelarmente, já requereu a nulidade da venda“.

O valor final de licitação no leilão (7,07 euros) ficou bastante acima da cotação atual das ações em bolsa, que negoceiam atualmente nos 3,80 euros.

A posição de Luís Filipe Vieira na SAD benfiquista tinha sido arrestada pelo Novobanco em novembro de 2021. Segundo noticiou esta semana o Jornal de Negócios, o Novo Banco mandatou a JB Capital, uma casa de investimento espanhola, para realizar o leilão desta posição, na qual o próprio clube encarnado disse que iria participar, pretendendo usufruir do seu direito de preferência.

“O Sport Lisboa e Benfica informa os seus sócios e adeptos que tem vindo a acompanhar ao longo dos últimos meses com toda a atenção e rigor o processo executivo onde foram penhoradas ações detidas por Luís Filipe Vieira. Nesse sentido, comunicou atempadamente ao tribunal competente o seu direito de preferência sobre as referidas ações no âmbito do leilão previsto“, fez saber o clube num comunicado divulgado esta segunda-feira, 5 de maio.

“O Sport Lisboa e Benfica reitera que tudo fará no superior interesse do clube para adquirir esse volume de ações”, acrescentou a mesmo nota do clube.

O arresto do total de 753.615 ações detidas por Vieira resulta de uma providência cautelar paralela a uma ação executiva na qual o Novobanco reclamava o pagamento de 7,5 milhões de euros de um financiamento feito à Promovalor. Como a dívida não foi saldada, o banco acionou as livranças pessoais dadas por Luís Filipe Vieira, entre as quais se incluía a participação na SAD encarnada.

(Notícia atualizada às 13h15)

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Compare já o seu PPR com 940 concorrentes com a ajuda da ASF

A ASF quebra anos de silêncio e lança uma ferramenta que permite comprar rendibilidades e comissões de 940 PPR sob a forma de seguros. Os consumidores ganham poder e o mercado ganha transparência.

Para ajudar os consumidores a tomarem opções mais informadas na hora de escolher um Plano de Poupança-Reforma (PPR), a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) disponibilizou no seu site uma plataforma de comparação de 940 PPR sob a forma de seguros e fundos de pensões.

A iniciativa surge após anos de silêncio regulatório sobre dados essenciais como rendibilidades e comissões, contrariando os próprios estatutos da ASF e deixando os consumidores sem informação detalhada desde 2021 que, segundo a ASF, acontecia por falta de uma “normalização na disponibilização dos dados com as comissões cobradas pelas seguradoras.

O objetivo é dar aos consumidores ferramentas que permitam comparar os produtos, que permita que as pessoas consigam verificar a oferta disponível que será mais favorável às suas necessidades e, por outro lado, disciplinar o mercado”, explica Eduardo Farinha Pereira, diretor do Departamento de Supervisão Comportamental da ASF, no decorrer da apresentação desta plataforma aos jornalistas, esta quarta-feira. “Queremos tornar o mercado mais justo”, sublinha.

A nova plataforma nasce de uma norma regulamentar aprovada a 20 de novembro de 2024 e publicada em Diário da República a 12 de dezembro, que obriga seguradoras e sociedades gestoras de fundos de pensões a reportarem à ASF, até 15 de abril, todos os dados necessários para a criação de uma base de dados centralizada, que teria de ser divulgada a partir de 30 de abril deste ano.

Esta base de dados inclui informações sobre rendibilidades históricas até dez anos, comissões de subscrição, transferência e reembolso e níveis de risco, uniformizando critérios de cálculo e apresentação para facilitar a comparação entre produtos.

A ausência prolongada de informação pública sobre os PPR foi uma das críticas feitas à ASF nos últimos anos, sobretudo porque a última divulgação de dados de rendibilidades e comissões destes PPR data de 2021, tendo desaparecido do site oficial do regulador. Agora, com esta plataforma, a ASF procura “implementar medidas que apoiem o consumidor no seu processo de decisão” e, ao mesmo tempo, cumprir os seus estatutos ao trazer maior transparência ao mercado.

“Com maior transparência o mercado é tendencialmente menos conflituoso, para que, no final do dia, quer operadores quer consumidores, consigam fazer isso de forma mais eficiente”, reforça Eduardo Farinha Pereira.

O responsável acredita ainda que “quanto maior a transparência, tendencialmente, menor será o custo para o consumidor”, devido ao aumento da concorrência. “Com esta ferramenta pretendemos que o consumidor consiga tirar o máximo proveito de comparação”, acrescenta.

Mercado em declínio a precisar de confiança

O lançamento da plataforma acontece num momento delicado para o setor: em 2023, o volume de subscrições de PPR atingiu mínimos de uma década, com apenas 1.725 milhões de euros investidos, uma queda de 53% em dois anos. A presidente da ASF, Margarida Corrêa de Aguiar, já tinha alertado para a perda de “ADN” dos PPR e para a necessidade de repensar o papel destes produtos como complemento de reforma.

Questionado pelo ECO sobre as várias limitações na transparência da informação disponibilizada por alguns PPR sob a forma de seguros, nomeadamente em matéria sobre a discriminação dos principais ativos das carteiras destes produtos, Eduardo Farinha Pereira defende que “não é tão relevante nos PPR de seguro de Vida quanto nos PPR de fundos de investimento saber os ativos que tem em carteira”.

Quanto à nova plataforma de comparação de PPR sob a forma de seguros e fundos de pensões PPR, a ASF pretende que possa ser o ponto de viragem para recuperar a confiança dos investidores e devolver aos consumidores o poder de escolha informado, num mercado que existe desde 1989 e que apresenta ainda uma grande opacidade e até alguma desconfiança.

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Rafaela Oliveira reforça equipa de Penal e Sancionatório da SRS Legal

Rafaela Oliveira é a nova associada da SRS Legal. A advogada vai integrar o departamento de Direito Penal e Sancionatório da firma.

A SRS Legal reforçou o departamento de Direito Penal e Sancionatório com a integração de Rafaela Oliveira, na qualidade de associada.

“A criação da área de Penal e Sancionatório foi bastante bem-sucedida e estamos contentes por podermos contar com a Rafaela Oliveira para nos ajudar a dar resposta à crescente demanda dos Clientes e matérias que estamos a acompanhar. A Rafaela é uma profissional capaz, com provas dadas e reconhecida no mercado”, refere em comunicado o líder do departamento Paulo de Sá e Cunha.

Rafaela Oliveira tem centrado a sua prática nas áreas do Direito Penal, Sancionatório e Compliance. Entre abril e setembro de 2023, no âmbito de um programa de secondment, integrou o departamento jurídico do Hospital Divino Espírito de Santo, em Ponta Delgada. Iniciou o seu percurso na sociedade Sousa Machado, Ferreira da Costa & Associados, tendo posteriormente integrado a Abreu Advogados, de onde transita.

“Estamos muito satisfeitos por, cerca de três meses depois da criação da área de Penal e Sancionatório, termos a capacidade de recrutar um novo membro para este departamento. O Paulo de Sá e Cunha e a Cátia Muchacho têm feito um excelente trabalho e a Rafaela Oliveira vai, certamente, continuar no seu trajeto”, sublinham os managing partners César Sá Esteves e Octávio Castelo Paulo.

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BEI e Santander têm 400 milhões para apoiar PME e setor agrícola

Financiamento tem como objetivo "melhorar o acesso ao financiamento para empresas em setores estratégicos". 325 milhões destinam-se a PME e os restantes 75 milhões ao setor agrícola.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) assinou com o Santander uma operação de financiamento no valor de 400 milhões de euros para apoiar investimentos de pequenas e médias empresas e do setor agrícola.

A operação tem como objetivo “melhorar o acesso ao financiamento para empresas em setores estratégicos de forma a potenciar o desenvolvimento agrícola e o apoio às regiões de coesão económica”, adianta um comunicado divulgado esta quarta-feira.

Dos 400 milhões disponíveis para financiamento, 75 milhões de euros destinam-se ao setor agrícola, no âmbito do Programa Agrícola Pan-Europeu, sendo que pelo menos 10% desse valor será alocado a jovens agricultores e recém-instalados. Trata-se da primeira operação assinada pelo BEI no âmbito do pacote de três mil milhões de euros lançado em 2024 para apoiar empresas agrícolas, com especial atenção às empresas lideradas por jovens empreendedores.

Os restantes 325 milhões de euros serão direcionados ao financiamento de PME e MidCaps em Portugal, “esperando-se que cerca de 60% dos fundos sejam alocados a regiões de coesão, promovendo o desenvolvimento económico em áreas com menor acesso ao crédito e incentivando a modernização empresarial”.

“Este financiamento reforça o compromisso do BEI com o crescimento económico sustentável, garantindo que as PME, incluindo o setor agrícola, tenham acesso a condições de financiamento mais favoráveis”, realça Jean-Christophe Laloux, diretor-geral e chefe de operações do BEI, citado em comunicado. “Ao apoiar jovens agricultores e projetos inovadores, contribuímos para a resiliência e competitividade da economia portuguesa”, acrescenta.

Já Amílcar Lourenço, administrador executivo do Santander Portugal, refere que o banco trabalha para “disponibilizar as melhores soluções aos nossos clientes, conscientes de que decisões de investimento sustentáveis são cruciais para o crescimento dos negócios e, consequentemente, para o desenvolvimento do país”.

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Desemprego recua ligeiramente até março. Emprego em máximos

Entre janeiro e março, a taxa de desemprego foi estimada em 6,6%, valor inferior em 0,1 p.p. ao do trimestre anterior e inferior em 0,2 p.p. ao do primeiro trimestre de 2024.

Apesar dos desafios, o mercado de trabalho português continua a dar provas de resiliência. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nos primeiros três meses do ano, a taxa de desemprego recuou ligeiramente tanto face ao trimestre anterior, como ao homólogo. Já o emprego atingiu máximos de 2011.

“A taxa de desemprego foi estimada em 6,6%, valor inferior em 0,1 pontos percentuais ao do trimestre anterior e inferior em 0,2 pontos percentuais ao do primeiro trimestre de 2024″, informa o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã.

No total, entre janeiro e março, havia 365,8 mil pessoas desempregadas em Portugal, menos 2,5 mil do que no fim do ano passado e menos 3,8 mil do que no arranque de 2024.

Ora, desse total de desempregados, 36,9% estavam nessa situação há 12 meses ou mais. Em causa estão situações de desemprego de longa duração. Face ao trimestre anterior, o peso dessas situações no total do desemprego diminuiu (0,6 pontos percentuais). Aumentou, contudo, em comparação com o primeiro trimestre de 2024 (em 3,8 pontos percentuais), mostram os dados e o gráfico acima.

“Esta condição teve maior prevalência entre aqueles dos 55 aos 74 anos (56,0%), assim como entre os que completaram, no máximo, o terceiro ciclo do ensino básico (46,2%)”, detalha ainda o INE.

Por outro lado, a taxa de desemprego de jovens (16 a 24 anos), que foi estimada em 21,2% nos primeiros três meses de 2025, tendo recuado em relação ao trimestre anterior (0,6 pontos percentuais) e ao homólogo (1,8 pontos percentuais). Apesar da quebra, continua a corresponder a mais do que o triplo da taxa de desemprego para a globalidade do mercado de trabalho.

Teletrabalho cresce no arranque do ano

Quanto ao emprego, o INE indica que a população a trabalhar aumentou 0,6% em cadeia e 2,4% em termos homólogos, para quase 5,2 milhões de pessoas. É o valor mais elevado da série iniciada em 2011.

Entre estes trabalhadores, 20,9% (quase 1,1 milhões de indivíduos) praticaram teletrabalho no primeiro trimestre de 2025, isto é, trabalharam a partir de casa com recurso a tecnologias de informação e comunicação. A fatia de empregados a cumprir este modelo de trabalho inovador aumentou tanto em cadeia (0,4 pontos percentuais), como em termos homólogos (1,7 pontos percentuais).

“Entre os empregados que trabalharam em casa, 23,4% (264,2 mil) fizeram-no sempre, 38,2% (430,7 mil) fizeram-no regularmente mediante um sistema híbrido que concilia trabalho presencial e em casa, e 14,4% (162,6 mil) trabalharam em casa pontualmente”, revelam os dados do gabinete de estatística.

Entre os empregados que trabalharam em casa, 23,4% fizeram-no sempre, 38,2% fizeram-no regularmente mediante um sistema híbrido que concilia trabalho presencial e em casa, e 14,4% trabalharam em casa pontualmente

INE

Por outro lado, segundo o destaque publicado esta manhã, até março, a subutilização do trabalho abrangeu 628,4 mil pessoas, o que correspondeu a um acréscimo de 0,5% (2,9 mil) em relação ao trimestre anterior e a um decréscimo de 3,4% (21,9 mil) relativamente ao período homólogo.

Já a taxa de subutilização do trabalho, estimada em 11,1%, manteve-se inalterada em relação ao trimestre anterior e diminuiu em termos homólogos (0,6 pontos percentuais)”, lê-se na nota divulgada esta manhã.

Destaque ainda para a população inativa, que aumentou 0,4% em relação ao trimestre anterior e relativamente ao homólogo, para 3,8 milhões de pessoas.

(Notícia atualizada às 11h32)

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Sondagem diária aponta para queda da AD e recuperação da Esquerda e do Chega

  • ECO
  • 7 Maio 2025

PS e liberais também recuam nas intenções de voto, mas menos do que a coligação entre PSD e CDS. Bloco de Esquerda é o partido que mais cresce, alcançando agora os 2,3%, mais meio ponto percentual.

A candidatura da Aliança Democrática (34,8%) é a que mais cai ao quinto dia da sondagem diária da Pitagórica para o Jornal de Notícias, a TSF e a TVI/CNN, já após os debates entre todos os partidos com representação parlamentar. As intenções de voto na coligação formada pelo PSD e o CDS recuaram junto da classe baixa, mas o PS (26,6%) e a Iniciativa Liberal (6,8%) também caem, ainda que menos.

Por sua vez, o Chega (16,8%) aproveita estas quedas, assim como a esquerda: o Bloco de Esquerda é o partido que mais cresce, alcançando agora os 2,3%, mais 0,5 pontos percentuais do que na sondagem anterior; o Livre sobe quatro décimas e passa para 3,8%, e a CDU também ganha terreno e alcança os 3,5%, mais 0,3 pontos percentuais. O PAN mantém-se nos 0,6%, menos de um terço dos votos que permitiram eleger Inês Sousa Real para a Assembleia da República nas eleições de 2024.

Depois de ter atingido na última sondagem um recorde de 19,8%, o número de indecisos baixou para 18,4%. Na análise da intenção de voto sem distribuição de indecisos, a Aliança Democrática perde apenas 0,4 pontos e fica em 28,4%. O PS não sobe nem desce e continua com 21,7%. O Chega cresce 0,5 pontos, para 13,7%, e os liberais caem 0,4 pontos, para 5,6%.

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Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

Com as alterações desta quarta-feira, a taxa a três meses, que avançou para 2,150%, ficou acima da taxa a seis meses (2,146%) e da taxa a 12 meses (2,039%).

A Euribor subiu esta quarta-feira a três e a seis meses e desceu a 12 meses em relação a terça-feira. Com as alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,150%, ficou acima da taxa a seis meses (2,146%) e da taxa a 12 meses (2,039%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu esta quarta-feira, ao ser fixada em 2,146%, mais 0,001 pontos. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.

  • Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou, ao ser fixada em 2,039%, menos 0,006 pontos do que na terça-feira.
  • A Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março passado, subiu esta quarta-feira, para 2,150%, mais 0,007 pontos.

Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mas mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses).

A média da Euribor a três, seis e a 12 meses em abril desceu 0,193 pontos para 2,249% a três meses, 0,183 pontos para 2,202% a seis meses e 0,255 pontos para 2,143% a 12 meses.

Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%.

A descida, antecipada pelos mercados, foi a sétima desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de junho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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REN retoma parcialmente importações de eletricidade de Espanha

O corte tem determinado preços de mercado da eletricidade mais elevados em Portugal do que no país vizinho.

A REN levantou a suspensão das importações de eletricidade de Espanha para Portugal, embora não totalmente. De quinta a segunda-feira, Portugal vai receber do país vizinho quase um terço da energia que estava a importar de Espanha no dia do apagão.

“Na sequência da situação de blackout ocorrida no dia 28 de abril de 2025 no Sistema Elétrico Nacional e do consequente processo de estabilização em curso, informa-se que a capacidade de interligação entre Portugal e Espanha estará limitada, no sentido importador, a 1000 MW, no período de 8 e 12 de maio”, lê-se numa nota no site da REN.

A REN, que opera as redes de transporte de eletricidade a nível nacional, tinha cortado os fluxos de energia com Espanha desde o dia após o apagão que deixou o país às escuras por mais de 10 horas.

O corte tem determinado preços de mercado da eletricidade mais elevados em Portugal do que no país vizinho. Esta quarta-feira, 7 de maio, o polo português do mercado ibérico marca um preço médio de 49,19 euros por megawatt-hora, enquanto Espanha se fica pelos 19,01 megawatts-hora.

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Mais de metade dos marketeers prevê parcerias com um maior número de influenciadores em 2025

  • + M
  • 7 Maio 2025

O aumento da notoriedade da marca é o principal objetivo dos marketeers nas parcerias com influenciadores. A esmagadora maioria reconhece os melhores resultados obtidos com os seus conteúdos.

A popularidade do marketing de influência continua a crescer. Numa altura em que 80% das marcas são parceiras de dez ou menos influenciadores, mais de metade (59%) dos profissionais de marketing prevê fazer parcerias com um maior número de influenciadores em 2025, em comparação com o ano passado.

Por outro lado, apenas 37% planeiam fazer parcerias com o mesmo número de influenciadores. Os dados são da Sprout Social, que inquiriu 650 marketeers com responsabilidades relacionadas com gestão de redes sociais e de marketing de influência dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália para o seu “Q1 2025 Pulse Survey”.

A análise indica também que as marcas B2C (business to consumer) tendem a envolver-se num maior número de parcerias com influenciadores, com 52% destas marcas a apostarem em parcerias com entre seis a dez influenciadores, enquanto 23% são parceiras de entre 11 a 19 influenciadores.

São quase também metade (49%) os profissionais de marketing B2B (business to business) que preveem que o conteúdo de influenciadores seja uma tendência em 2025.

Os motivos apontados para justificar o investimento em marketing de influência variam, sendo que 67% das marcas entendem que este investimento permite aumentar a notoriedade da marca. O aumento da credibilidade e confiança (54%), impulsionar o engagement com o público e a fidelidade de clientes (37%), informar sobre o desenvolvimento e cocriação de produtos (29%) ou o aumento da receita (24%) são outros motivos elencados.

A esmagadora maioria (92%) dos marketeers aponta mesmo que o conteúdo de influenciadores supera os conteúdos orgânicos publicados pela própria marca nas suas contas, com 90% a indicarem que os conteúdos de influenciadores colhem um maior engagement e 83% a associarem os conteúdos de influenciadores a mais conversões, em relação aos conteúdos próprios da marca.

Segundo os inquiridos, uma abordagem “always on” ajuda também as marcas a cultivar relacionamentos de longo prazo tanto com os influenciadores como com o seu público. Na verdade, quase três em cada cinco dos profissionais de marketing B2B utilizam uma abordagem de marketing de influência sempre ativa (always on).

O estudo aponta que 99% das equipas que utilizam esta abordagem avaliam os seus programas como eficazes. Por outro lado, existe uma probabilidade 17 vezes maior que profissionais de marketing que não utilizam uma abordagem always on relatem que a sua estratégia é pouco eficaz.

A análise da Sprout Social refere ainda que 39% das marcas ainda dependem de pesquisas manuais para encontrar influenciadores e que, ao longo dos próximos anos, as empresas vão investir em software com tecnologia de inteligência artificial (IA) para otimizar a gestão de influenciadores, simplificando o processo de identificação dos parceiros de marca mais indicados e o controlo dessas parcerias.

Outros dados da Sprout Social revelam ainda que, em termos de plataformas, o Instagram é aquela que recolhe maior preferência para campanhas de influenciadores por parte das marcas (57%), seguindo-se o TikTok (52%), YouTube (37%), o Facebook (28%) e o LinkedIn (12%).

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Sánchez diz que levará tempo analisar milhões de dados e perceber causas do apagão

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

Governo garante que vai "chegar ao fundo" deste assunto para saber o que aconteceu, "assumir e pedir responsabilidades políticas" e adotar medidas para que não volte a acontecer um apagão.

O primeiro-ministro de Espanha disse esta quarta-feira que levará tempo até haver uma explicação para o apagão da semana passada na Península Ibérica, por ser necessário analisar 756 milhões de dados fornecidos pelos operadores do sistema elétrico.

É um “processo que vai levar tempo“, disse Pedro Sánchez, no parlamento espanhol, sem adiantar prazos.

O líder do Governo realçou que foram pedidos às empresas de geração e distribuição de eletricidade em Espanha todos os dados gerados e registados em 4.200 unidades do sistema entre as 12:15 e as 12:35 locais do dia 28 de abril.

O apagão, que deixou sem eletricidade todo o território de Portugal e Espanha continentais, ocorreu às 11:33 de Lisboa (12:33 em Madrid) e teve origem em território espanhol, segundo as autoridades dos dois países, sem que as causas sejam ainda conhecidas.

Sánchez reiterou que foram identificadas três falhas de geração de eletricidade segundos antes do apagão no sul de Espanha (a primeira) e depois mais duas no sudoeste do país, com a investigação a tentar apurar agora se estas perturbações estão relacionadas entre elas e por que motivo o sistema elétrico ibérico se desligou totalmente naquele momento.

Numa intervenção de mais de uma hora no plenário espanhol, Sánchez voltou a prometer, como já fez várias vezes na última semana, que o Governo vai “chegar ao fundo” deste assunto para saber o que aconteceu, “assumir e pedir responsabilidades políticas” e adotar medidas para que não volte a acontecer um apagão como o da semana passada.

Insistindo em que se trata de um assunto complexo, exigiu e prometeu “rigor, cautela, prudência e absoluta transparência”.

“Posso assegurar que tudo que for descoberto se tornará público”, afirmou, depois de dizer que o executivo espanhol “está plenamente consciente” de que os cidadãos querem saber o que aconteceu “e o governo também”.

“Não vamos fechar qualquer debate em falso, não vamos precipitar-nos nas conclusões”, acrescentou, antes de sublinhar que “para fazer bem o trabalho, os técnicos precisam de tempo” e que “a responsabilidade do governo é respeitar a complexidade do assunto” e “não gerar ruído e debates interessados, como já estão a fazer alguns”.

A este propósito, pediu aos espanhóis para desconfiarem dos discursos que tentam explicar o apagão com um debate entre energias renováveis e nuclear.

“Neste momento, não há nenhuma evidência empírica que diga que o incidente foi provocado por excesso de renováveis ou falta de centrais nucleares em Espanha”, afirmou, num discurso em que acusou partidos políticos de direita e extrema-direita de terem embarcado, sem dados ou provas, numa “agenda ideológica” e nos interesses de empresas que são proprietárias das centrais nucleares espanholas, que deverão encerrar todas entre 2027 e 2035.

Sánchez defendeu, durante boa parte do discurso desta quarta-feira no parlamento, a aposta nas energias renováveis, que disse não ser apenas do Governo de esquerda de Espanha, mas um vasto “consenso global” na Europa e no mundo.

O líder do governo espanhol sublinhou que estas energias aumentam a soberania nacional e europeia, são mais competitivas e permitiram baixar os preços da eletricidade na Península Ibérica nos últimos anos, além de responderem às alterações climáticas.

Espanha não vai mudar, por isso, nada na estratégia de aposta nas energias renováveis e continuará a investir e a promover o investimento em infraestruturas que permitam e melhorem a transição para a energia verde, garantiu.

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