Tecnológica cipriota BrainRocket expande escritório em Oeiras e vai contratar mais 150 pessoas

A empresa de software, com sede no Chipre, reforçou a presença no Lagoas Park com a expansão do escritório para mais de 2.800 metros quadrados, o triplo do que tinha no ano passado.

A tecnológica BrainRocket, com sede no Chipre, está a expandir a sua presença em Portugal, onde entrou há menos de um ano. A empresa de desenvolvimento de software abriu um escritório em Oeiras – que caracteriza como “o Silicon Valley português” – em setembro. Esta semana anunciou que aumentou o escritório devido ao crescimento da operação portuguesa.

O plano é recrutar mais 150 profissionais nos próximos meses. Inicialmente, a BrainRocket ocupava um espaço com 750 metros quadrados (m²) no Edifício 6 do Lagoas Park, mas o “alargamento da sua dimensão” levou ao reforço deste mercado, inclusive com a triplicação da sede corporativa em Portugal para 2.800 metros quadrados.

“Esta expansão diz muito sobre o que está a acontecer dentro da BrainRocket. Estamos a crescer rapidamente, a atrair talento de topo e a criar espaço para que as ideias floresçam. O Lagoas Park encaixa-se perfeitamente na nossa forma de trabalhar: pensar grande, agir com rapidez, colaborar melhor e crescer juntos, como equipa e como empresa”, afirmou o business development manager da BrainRocket, Georgy Makarov.

A tecnológica com sede na cidade cipriota de Limassol tem também outro escritório em Malta. Entre a sede, Oeiras e Malta, emprega mais de 1000 pessoas.

A consultora imobiliária CBRE assessorou a Henderson Park, proprietária do Lagoas Park, nesta transação. “A rápida expansão da BrainRocket no Lagoas Park é um excelente exemplo da dinâmica do mercado de escritórios em Portugal, especialmente na região de Oeiras, que se destaca como um polo estratégico para empresas de tecnologia e de serviços”, referiu o diretor de Offices Investor Leasing da CBRE Portugal.

António Almeida Ribeiro considera que o Lagoas Park tem “diversidade de amenities, amplos espaços verdes, serviços de qualidade e uma localização privilegiada, proporcionando as condições ideais para o crescimento da BrainRocket”.

Os donos do parque empresarial – que acolhe multinacionais como Samsung, BMW, SAP, Johnson & Johnson, Sanofi, Oracle, Cisco, Volvo e BP – estão na reta final de um programa de investimento no valor de 25 milhões de euros para modernizar este campus a cerca de 10km da capital.

“À medida que a procura por ambientes de trabalho de excelência aumenta – que combinam inovação, funcionalidade e credenciais de sustentabilidade – a expansão da presença da BrainRocket no Parque representa um forte voto de confiança na qualidade excecional do espaço de trabalho e na comunidade dinâmica, que nos esforçamos por oferecer aos nossos ocupantes”, sublinhou o diretor administrativo de gestão de ativos da Henderson Park, Ronan Webster.

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Bruxelas lança em julho aplicação móvel para verificação da idade nas redes sociais

  • Lusa
  • 5 Junho 2025

Bruxelas pretende que as plataformas digitais adotem medidas para controlo da idade que reduzam os riscos de as crianças serem expostas a pornografia ou a outros conteúdos não adequados à idade.

A Comissão Europeia vai lançar em julho uma nova aplicação móvel para verificação da idade nas plataformas digitais, como redes sociais, para proteger os menores e vedar-lhes o acesso a conteúdos impróprios na Internet.

O anúncio foi feito pelo comissário europeu dos Assuntos Internos e Migrações, Magnus Brunner, em entrevista escrita à agência Lusa.

“Este é um bom exemplo de que não hesitaremos em garantir o cumprimento das regras de proteção dos menores na Internet”, acrescentou.

Apontando que “os menores estão expostos a uma multiplicidade de riscos online, Magnus Brunner vincou que a instituição vai “dar especial atenção a uma melhor proteção contra essas ameaças”, nomeadamente através de medidas para proteger os direitos e a segurança das crianças ao abrigo da nova Lei dos Serviços Digitais e de investigações às plataformas.

Segundo a consulta pública em curso e disponibilizada no site da Comissão Europeia, Bruxelas pretende que as plataformas digitais adotem medidas para controlo da idade que reduzam os riscos de as crianças serem expostas a pornografia ou a outros conteúdos não adequados à idade.

Em orientações preliminares sobre a proteção de menores online ao abrigo da Lei dos Serviços Digitais, a instituição defende também que as plataformas tornem as contas das crianças como privadas por defeito, ajustem os seus sistemas de recomendação para evitar acesso a conteúdos nocivos e que permitam que as crianças bloqueiem e silenciem qualquer utilizador, não podendo ser adicionadas a grupos.

Na mesma informação, é referida esta nova aplicação móvel de verificação da idade, “destinada a fornecer uma solução provisória até que a carteira de identidade digital da UE esteja disponível no final de 2026”.

“Esta aplicação, baseada na mesma tecnologia que a carteira digital da UE, permitirá aos prestadores de serviços online verificar se os utilizadores têm 18 anos ou mais sem comprometer a sua privacidade, reforçando ainda mais a proteção dos menores” na esfera digital, assinala a instituição na consulta pública.

O objetivo é desenvolver uma solução europeia harmonizada de verificação da idade que preserve a privacidade.

A União Europeia (UE) tornou-se, desde final de agosto passado e após um período de adaptação, a primeira jurisdição do mundo com regras para plataformas digitais, que passam a estar obrigadas a remover conteúdos ilegais e nocivos.

A lei foi criada para proteger os direitos fundamentais dos utilizadores online na UE e tornou-se uma legislação inédita para o espaço digital que responsabiliza plataformas por conteúdos prejudiciais.

No final de maio, e ao abrigo desta Lei dos Serviços Digitais, a Comissão Europeia anunciou uma investigação a quatro plataformas digitais de conteúdo pornográfico — Pornhub, Stripchat, XNXX e XVideos — pela falta de proteção eficaz dos menores, especialmente no que se refere à ausência de sistemas de verificação da idade.

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Portugal com 2.ª maior quebra da UE dos preços na produção industrial

  • Lusa
  • 5 Junho 2025

Dados do Eurostat mostram que os preços na produção industrial aumentaram, em abril, 0,7% na zona euro e 0,6% na União Europeia (UE).

Os preços na produção industrial aumentaram, em abril, 0,7% na zona euro e 0,6% na União Europeia (UE), com Portugal a registar a segunda maior quebra (-2,4%), na comparação homóloga, divulgou esta quinta-feira o Eurostat.

Na comparação com março, os preços na produção industrial desceram 2,2% na área do euro e 2,1% no conjunto dos 27 Estados-membros.

Segundo o serviço estatístico europeu, entre os Estados-membros, as maiores subidas homólogas do indicador registaram-se na Bulgária (17,0%), Irlanda (5,4%) e Grécia (5,3%) e os principais recuos na Lituânia (-3,4%), Portugal (-2,4%) e República Checa (-1,4%).

Face a março, Bulgária (-4,9%), França (-4,3%) e a Irlanda (-4,0%) registaram os maiores recuos na produção industrial enquanto Chipre (0,3%), Malta e Eslovénia (0,2% cada), Lituânia e Luxemburgo (0,1% cada) apresentaram os principais avanços.

Em Portugal, o indicador recuou 1,6% de março para abril.

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Luís Simões ‘transporta’ vendas de 300 milhões de euros com 2.500 trabalhadores

Operadora logística fundada em Loures em 1948 soma frota com 1.145 veículos e rede de 33 centros logísticos e de transporte na Península Ibérica, com bebidas e alimentação à frente no negócio.

A Luís Simões registou um aumento de 7,8% no volume de negócios em 2024, atingindo um total de 298,7 milhões de euros. Com um total de 2.520 trabalhadores diretos, a operadora logística fundada em Loures em 1948 soma uma frota com 1.145 veículos e uma rede de 33 centros logísticos e de transporte na Península Ibérica.

Em 2024, o grupo percorreu quase 87,4 milhões de quilómetros, distribuiu 7 milhões de toneladas de produtos e geriu diariamente mais de 14.541 expedições e 6.760 guias de e-commerce. Segundo um balanço feito pela empresa, em média, os seus condutores totalizaram 1.791 rotas por dia.

Por setores, lidera a divisão de bebidas, que representa agora 28% do negócio, seguida da alimentação (19%), papel & pasta e embalagem (13%), saúde e cuidados pessoais (10%), automotive (7%), eletrónica de consumo (6%) e moda (5%), de acordo com um comunicado enviado às redações com os resultados do ano passado.

Reclamando o estatuto de líder no mercado de fluxos rodoviários entre os dois países da Península Ibérica – está presente no mercado espanhola há mais de três décadas -, o grupo liderado por José Luís Simões presta serviços integrados de logística em armazéns com uma capacidade instalada superior a 403 mil metros quadrados numa dezena de regiões no espaço ibérico.

O novo contexto obriga-nos a acelerar a transformação das nossas operações e a redobrar os esforços de digitalização e descarbonização.

José Luís Simões

Presidente do conselho de administração do grupo Luís Simões

Em matéria de sustentabilidade, a empresa portuguesa diz que está a apostar na utilização de biocombustíveis, como o HVO (Hydrotreated Vegetable Oil), e a renovar a frota com veículos de alta capacidade, dispondo atualmente de sete duotrailers e 18 gigaliners, o que lhe permite “otimizar os fluxos logísticos e reduzir o número de viagens”.

“Este último ano foi um ponto de viragem. (…) O novo contexto obriga-nos a acelerar a transformação das nossas operações e a redobrar os esforços de digitalização e descarbonização, sem perdermos de vista o papel fundamental das pessoas e de toda a cadeia de valor”, resume o presidente José Luís Simões, citado na mesma nota.

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Apesar da IA o pensamento estratégico “continua a ser essencial”

A ideia foi defendida numa mesa redonda do Better Marketing, conferência organizada pela Associação Portuguesa de Anunciantes, onde a inteligência artificial foi um tema sempre presente.

Philippe Infante (managing director da JCDecaux Portugal), Francisco Teixeira (CEO da WPP Media Portugal), Francisco Pedro Balsemão (CEO da Impresa) e Teresa Burnay (business unit & media director da Unilever FIMA).

 

Embora a inteligência artificial (IA) signifique uma “nova era” — por acarretar uma mudança global, que impacta tudo e todos e que vem para ficar — a estratégia e o pensamento estratégico “continua a ser essencial”. “Ter alguém que consiga sentir e ver a marca, receber tudo e digerir. A definição do destino não muda e temos pessoas que trabalham isso independentemente da IA”, defendeu Francisco Teixeira, country manager da WPP e CEO da WPP Media Portugal, numa mesa redonda do Better Marketing, conferência organizada pela Associação Portuguesa de Anunciantes — APAN.

Francisco Teixeira também defendeu que, embora a IA dê um grande suporte à criatividade, a “centralidade da ideia continua a ser brutal” e “muito diferenciadora”, apontando ainda que o dinheiro aparece sempre quando uma ideia é boa. “Sobre isto também não tenho nenhuma dúvida. [Uma boa ideia] pode não vender à primeira, pode não vender à segunda, mas o dinheiro aparece“, disse na mesa redonda “O que vai mudar na indústria”, que teve como moderadora Teresa Burnay, business unit & media director da Unilever FIMA.

O CEO em Portugal do grupo que passou na última semana de GroupM para WPP Media observou ainda que se está a assistir a uma “enorme concentração” de investimento em digital. “Os quatro maiores players — as grandes plataformas — têm praticamente 60% do investimento no mundo. Se em cima disto virmos que os verticais que mais crescem têm sempre um contexto digital, acreditamos que 85% do investimento no mundo tenha alguma forma de adressability e de targetização de audiências. E vemos como a IA e muitas destas ferramentas estão de facto a transformar por completo a forma como nós trabalhamos”, não só em termos de escala como também de velocidade, defendeu o CEO.

No entanto, a velocidade e a dimensão do conhecimento, que são muito grandes, não tiram a centralidade às pessoas, que são quem “faz a diferença”. Embora se possa ter alguma ferramenta de IA que permita que uma empresa se diferencie, “vamos entrar numa fase em que a colaboração não é tudo, mas ajuda muito“, defendeu.

Quem não souber trabalhar em equipa, no nosso negócio, com ou sem IA, não vai funcionar. Há uma coisa boa na IA, que é valorizar o essencial da nossa indústria: a estratégia, a parceria, a proximidade, a criatividade. Todos nós nos arrepiamos quando vemos uma campanha muito bem pensada”, disse, acrescentando que com a IA se valoriza mais a medição de resultados, mas que também “é preciso dar valor a coisas que se calhar não pagam no imediato, mas que pagam um pouco mais tarde, e muito bem“.

Perante os novos desafios que se levantam na atualidade para os media, Francisco Pedro Balsemão, CEO do Grupo Impresa, sublinhou desde logo a importância da credibilidade e de um eventual selo de qualidade. “Não é de agora que existe desconfiança pelo que é dito por quem trabalha na comunicação social”, sendo algo que já acontece “há décadas” e por “várias razões”, começou por enquadrar. Isto acontece tanto por erros dos media (embora “não se deve tomar a parte pelo todo”), como também por “pessoas que entram na área do media pelos piores motivos, para ter uma agenda de controlo e influência e depois todos são associados a isso”, dá como exemplos.

“Com a proliferação que existe hoje em dia de redes sociais e de plataformas tecnológicas de inteligência artificial, este tema da credibilidade, ou da falta dela, é muito mais urgente”, disse o líder do grupo dono da SIC. Mas “não depende só de nós. Já não estamos do alto de um poleiro a falar para as pessoas. Há aqui um diálogo e interatividade que torna isto muito mais interessante. Temos de ter todos os cuidados para não haver erros e termos a maior credibilidade possível, mas também tem de se perceber que estamos a investir em conteúdos, em profissionais e em meios, e é importante que isso seja valorizado. Cada vez mais vai ser o emissor que vai fazer a diferença“.

“O Expresso é diferente de um youtuber ou de um vlogger, e há muita gente que não percebe isso e muita gente que também não quer que seja percebida essa diferença. Mas um [bom] emissor vai ter de ser reconhecido, seja através de um selo de qualidade seja do que for, porque aquilo que nós investimos, não só da parte financeira mas também da parte deontológica, é muito importante”, disse ainda, acrescentando que os diferentes stakeholders, onde se incluem os anunciantes, também têm de reconhecer a diferença entre um conteúdo produzido de forma profissional e com qualidade e os conteúdos que não são produzidos dessa forma.

Francisco Pedro Balsemão apontou ainda para a necessidade de um equilíbrio no que diz respeito à regulação da inteligência artificial e de a Europa conseguir que os investidores a vejam como um “porto de abrigo e de estabilidade” nesta matéria. Tal, no entanto, é “algo que não está a acontecer”, sendo que os media, “pela segunda vez na história” estão a ver os seus conteúdos a serem roubados para proveito, primeiro das big techs, e agora das plataformas de IA. “Ou há sanções ou acordos prévios“, disse, mencionando o acordo celebrado entre o New York Times e a Amazon.

No que diz respeito à relação com os anunciantes nesta matéria, Balsemão defendeu uma relação de “partilha” de boas práticas e observou que os fatores que diferenciam os players nacionais não devem ser descurados, como a produção de conteúdos locais. Esta “nunca deve ser desprezada”, sob pena de “o negócio passar cada vez mais para fora“, algo que não seria positivo não só do ponto de vista económico como também cultural, de identidade nacional e até democrático.

No entanto, “a inovação é fundamental“, disse o líder da dona da SIC, exemplificando com o lançamento dos “breaks curtos”, um novo formato de publicidade do canal da Imprensa que tem tido “bons resultados” junto das audiências e que tem captado anunciantes. Estes intervalos reduzidos a um máximo de dois minutos, possibilitam uma “redução muito forte da presença publicitária”, o que “elevará com significado a qualidade da atenção dos espectadores às mensagens publicitárias”, explicou-se na altura do lançamento desta solução, em fevereiro.

Em relação à conjugação da inteligência artificial com o segmento out of home, Philippe Infante, managing director da JCDecaux Portugal, referiu que esta tecnologia veio dotar o setor de ferramentas que ajudam a melhorar a criatividade e que permitem, em conjunto com as agências criativas, melhorar o impacto das campanhas. Mas esta tecnologia ajuda ainda em termos de gestão, como seja da luminosidade e de gasto de eletricidade dos suportes publicitários ou na otimização da instalação e manutenção dos equipamentos em todo o país, apontou.

A IA é uma realidade e está-nos a ajudar a cumprir melhor a nossa missão, ao proporcionar campanhas mais eficazes e sustentáveis aos anunciantes“, disse, acrescentando que esta tecnologia veio impactar o setor em três vertentes principais, nomeadamente no planeamento, na criatividade e na medição de resultados e obtenção de insights.

O líder da JCDecaux Portugal observou também que o out of home, o “media mais velho do mundo”, está a sofrer uma “revolução como nunca antes” com o digital, que é incontornável e que está a ser assumida pela empresa em Portugal, que dispõe de um departamento de 60 pessoas que desenvolve ferramentas para segmentar e entender melhor os padrões e os perfis dos consumidores, exemplificou.

O nosso objetivo é muito claro: é aproveitar o melhor dos dois lados, continuando a ser um media de grande dimensão e credibilidade e aproveitando a digitalização e as novas tecnologias para conseguir uma maior segmentação“, afirmou.

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Quais são as Melhores Empresas de TI em 2025?

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  • 5 Junho 2025

JTA, Swiss Post IT Campus e Noesis lideram o ranking dos Best Workplaces™ em Tecnologias de Informação em Portugal.

A Great Place To Work® acaba de lançar a sua mais recente lista de empresas que, segundo os seus colaboradores, são os Melhores Lugares Para Trabalhar em Tecnologias de Informação em 2025.

É o segundo ano consecutivo desta iniciativa, que reconhece as 25 empresas do setor com os mais altos Índices de Confiança. Estes Best Workplaces™ em TI registam um impressionante índice de confiança médio de 90%.

Os ambientes de trabalho são marcados pela confiança na liderança (95%), autonomia (91%), liberdade para flexibilizar o horário (96%) e uma prática comum de teletrabalho são a base destas organizações. Os colaboradores, em retorno, demonstram uma elevada motivação (89%), excelência no serviço ao cliente (94%) e são genuínos embaixadores da marca (93%).

Melhor desempenho financeiro

As 25 empresas reconhecidas registaram um crescimento de receita superior ao ranking anterior e +6 pontos percentuais acima da média do setor. Além disso, quando analisada a métrica de receita por colaborador, o valor nestas empresas é 3,5 vezes superior à média do mercado.

Este desempenho reflete-se diretamente nos elevados níveis de motivação dos colaboradores, impulsionados pelas práticas transparentes de liderança, benefícios ajustados e ferramentas eficazes.

As empresas têm mais sucesso quando ouvem as suas equipas

A capacidade de resposta e a adaptabilidade são cruciais para as empresas se manterem competitivas. Os Best IT, com um gap significativo em relação à média nacional na procura ativa e na resposta aos contributos dos colaboradores, estas empresas fomentam uma cultura de inovação e de feedback. Esta comunicação aberta não só alimenta a criatividade, como também reduz a resistência à mudança e facilita o lidar com os desafios que surgem com as rápidas mudanças no mercado.

Empresas mais ágeis e inovadoras

Estas empresas destacam-se, também, pela resposta ativa ao feedback dos colaboradores e pela promoção de uma cultura de inovação contínua.

Comparando com a média nacional, os Best Workplaces™ em TI mostram:

· +10pp na adaptação rápida às mudanças

· +12pp em incentivo à inovação

· +15pp no reconhecimento dos erros como parte natural do negócio

Ambientes onde há confiança e abertura geram mais ideias, de maior qualidade, e promovem a inovação constante.

Melhores Lugares Para Trabalhar em Tecnologias da Informação

Pequenas empresas

  1. JTA – The Data Scientists
  2. Peaceful Evolution
  3. Wire IT
  4. AdvanceWorks
  5. WireMaze
  6. AmeXio
  7. Vopak IT
  8. LS Retail
  9. Normática
  10. Westcon-Comstor

Médias Empresas

  1. Swiss Post IT Campus
  2. Crossjoin Solutions
  3. Salesforce
  4. Innotech
  5. Mind Source
  6. Stellaxius
  7. ICT Strypes
  8. Salsify
  9. Oddsgate
  10. Logicalis

Grandes Empresas

  1. Noesis
  2. Synopsys Inc.
  3. Cisco
  4. Olisipo
  5. Softinsa

Este ranking mostra que ouvir os colaboradores, promover a confiança e apostar na inovação são fatores determinantes para o sucesso no setor tecnológico.

Clique aqui, para aceder ao ranking completo com as informações das empresas e consultar o relatório do estudo.

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Leitão Amaro fica com tutela da comunicação social

  • Lusa e + M
  • 5 Junho 2025

Carlos Abreu Amorim, que substitui Pedro Duarte nos Assuntos Parlamentares, não vai tutelar a área da comunicação social no próximo Governo, que toma posse esta tarde no Palácio de Belém.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, vai tutelar a comunicação social no XXV Governo Constitucional, que toma posse esta quinta-feira às 18h, disse à Lusa fonte do executivo.

No XXIV Governo, que agora cessa funções, essa pasta estava nos Assuntos Parlamentares, que passam a ser liderados por Carlos Abreu Amorim, em substituição de Pedro Duarte, que saiu do executivo para se candidatar à Câmara Municipal do Porto.

Em anteriores executivos do PSD/CDS-PP a comunicação social já esteve na Presidência ou, em governos liderados pelo PS, na Cultura.

Vice-Presidente do PSD até outubro de 2024, António Leitão Amaro foi Secretário de Estado da Administração Local no Governo de Pedro Passos Coelho, deputado à Assembleia da República (XI, XII e XIII Legislaturas), vice-presidente da bancada parlamentar laranja e secretário-geral da JSD. Tem um Mestrado em Direito (LL.M) pela Harvard Law School da Universidad de Harvard, uma Licenciatura em Direito pela Universidade de Lisboa e Pós-Graduações em Economia pela Universidade de Lisboa, e em Regulação e Concorrência pela Universidade de Coimbra.

O anterior Governo AD, com a pasta da comunicação social tutelada pelo agora candidato a presidente da Câmara Municipal do Porto, apresentou em outubro um pacote de 30 medidas para a comunicação social, com o fim da publicidade na RTP1 à cabeça. Esta acabou por cair em sede de Orçamento de Estado, mas a revisão do contrato de concessão da RTP era outra das medidas e avançou, bem como a oferta de assinaturas digitais a estudantes, implementada recentemente.

Agora, no programa eleitoral da nova AD — Coligação PSD /CDS, “concluir a implementação do Plano de Ação para os média” é uma das 10 medidas apresentadas, surgindo também reforçadas algumas das intenções que fazem parte do pacote das 30 medidas.

O XXV Governo Constitucional, liderado por Luís Montenegro, toma posse numa cerimónia no Palácio da Ajuda, marcado para as 18h.

 

(Notícia atualizada às 10h50)

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Bondalti “empresta” tecnologia a dessalinizadora saudita de 650 milhões

A Bondalti Water vai fornecer soluções especializadas a uma dessalinizadora que será construída na Arábia Saudita e que comporta um investimento de quase 650 milhões de euros.

A Bondalti Water, empresa especializada no tratamento de águas da Bondalti, foi escolhida para fornecer soluções especializadas ao projeto Rabigh 4 Independent Water Plant (Rabigh 4), uma dessalinizadora que será construída na costa oeste da Arábia Saudita, junto ao Mar Vermelho, que comporta um investimento de quase 650 milhões de euros, informa a Bondalti, através de um comunicado.

Com um investimento total estimado em cerca de 647 milhões de euros, o Rabigh 4 terá capacidade de tratamento de 600.000 metros cúbicos por dia, e um reservatório de armazenamento de 1.200.000 metros cúbicos de água, estando previsto o início das operações comerciais no primeiro trimestre de 2026. A água produzida abastecerá as regiões de Meca e Medina, “contribuindo para a segurança hídrica de milhões de pessoas”, lê-se na nota dirigida à imprensa.

O complexo incluirá a dessalinizadora e todas as infraestruturas associadas, como captação de água do mar, redes de bombeamento e sistemas de tratamento prévio e pós-tratamento. A Bondalti Water fornecerá agitadores especiais destinados à preparação de soluções químicas e preparadores de floculante em contentores, equipados com sistemas de dosagem automática.

Este contrato reafirma a projeção internacional da tecnologia da BondaltiWater”, destaca o administrador comercial da empresa, António Alonso.

O projeto será desenvolvido por um consórcio liderado pela Acwa Power, empresa saudita na área de energia e dessalinização, em parceria com a Haji Abdullah Alireza & Co (HAACO), especialista em operação e manutenção de estações dessalinizadoras de água do mar, e o grupo Almoayyed Contracting, do Bahrain.

A participação da Bondalti Water reforça a sua penetração no mercado saudita onde a empresa já havia fornecido equipamentos e tecnologias para o projeto Shuaiba 5, uma estação de osmose inversa com capacidade de 600.000 metros cúbicos diários, desenvolvida pela Saline Water Conversion Corporation (SWCC).

Desde então, a Bondalti Water ampliou seu portfólio no segmento, investindo em soluções para todo o ciclo integral da água e consolidando-se como parceira em projetos de grande escala.

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Compliance deve ser uma “prioridade estratégica” das empresas

Duarte Santana Lopes, sócio da Morais Leitão, considera que sem governance as empresas não funcionam e que existem ainda muitas organizações que “olham” para o compliance como uma “carga burocrática”.

O governance e o compliance são dois conceitos que, segundo o sócio da Morais Leitão Duarte Santana Lopes, devem andar de “mãos dadas”, ainda que sejam distintos. O advogado sublinhou também que sem governance as empresas não funcionam e que existem ainda muitas organizações que “olham” para o compliance como uma “carga burocrática”.

Temos hoje em dia uma carga regulatória muitíssimo exigente. Terá começado, essencialmente, com a legislação de prevenção de branqueamento de capitais, hoje em dia com o regime geral de prevenção da corrupção, normas sobre sanções internacionais, o que ainda está para vir, não sabemos bem se vem ou não em relação ao ESG e, portanto, de facto, existe uma carga regulatória muito grande sobre as empresas”, considera o sócio na 8.ª edição da Advocatus Summit, alertando que o compliance é “absolutamente essencial” e deve ser uma prioridade estratégica para as empresas.

Duarte Santana Lopes sublinhou ainda que as exigências de formação têm sido “essenciais” para moldar a mentalidade dos principais responsáveis pelo tecido empresarial em Portugal.

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Sobre os mecanismos internos de compliance, o sócio explica que têm como objetivo prevenir ou “evitar que algo falhe”, mas alerta: “é impossível garantir que nada vai falhar, que aquele resultado que nós queremos evitar não vai acontecer, que um colaborador nosso não vai praticar um ilícito”. “Quando algo corre mal, não quer necessariamente dizer que os mecanismos internos de controlo falharam”, acrescenta.

A head of compliance da Navigator, Ana Ribeiro Marques, partilhou as práticas de compliance da empresa e recordou que a organização já instituiu há muito tempo essas práticas por operarem num setor “altamente regulado”.

Ana Ribeiro Marques, heaad of compliance da NavigatorHugo Amaral/ECO

“Tenho essa sorte, felizmente, em estar numa empresa cuja cultura de compliance já existia quando comecei a desempenhar estas funções. É muito natural esta implementação. Só precisamos é de assegurar que não há desvios e estar lá para relembrar as pessoas, para trazer consciência para aquilo que estão a fazer”, refere, revelando que o dia-a-dia passa por estar sempre a comunicar com as pessoas, no sentido de as consciencializar sobre o tema do compliance, e depois fazer avaliações sobre os riscos que têm nas operações e o que podem fazer para os mitigar.

Ana Ribeiro Marques sublinhou a importância das formações e que devem ser contínuas, uma vez que as pessoas que hoje estão na organização não são aquelas que estão amanhã ou daqui a uma semana. “Nós temos assistido a uma evolução do aumento do número de denúncias, o que nos deixa satisfeitos, apesar de normalmente associarmos isto a uma coisa negativa, nós não associamos”, refere, partilhando que receberam 38 denúncias em 2024.

Duarte Santana Lopes, sócio da Morais LeitãoHugo Amaral/ECO

Duarte Santana Lopes considera também que os canais de denúncias são a principal mudança nas empresas em termos de compliance e que é uma ferramenta “absolutamente essencial” no contexto dos programas de cumprimento normativo. “Do que tenho visto, acho que é, por um lado, o ponto com o qual as empresas se preocupam mais e que implementam de forma mais eficaz. E, por outro lado, acho que é aquilo que está a ter mais impacto junto das pessoas, ainda que possa, de facto, ter essa desvantagem de haver algumas denúncias banais”, assume.

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Portugal avisa governo de Sánchez e CaixaBank que não vê com bons olhos ‘Novobanco espanhol’

  • ECO
  • 5 Junho 2025

Embaixada em Madrid adveriu o Executivo espanhol, liderado por Pedro Sánchez, e o CEO do CaixaBank, Gonzalo Gortázar, de que não vê com bons olhos uma possível aquisição do Novobanco pelo dono do BPI.

Através da embaixada em Madrid, Portugal já avisou o governo espanhol liderado por Pedro Sánchez e também o CEO do CaixaBank, Gonzalo Gortázar, de que não vê com bons olhos uma possível aquisição do Novobanco por parte do dono do BPI, avança o Diário de Notícias (acesso pago) junto de fontes conhecedoras do processo.

A mensagem do Governo português, que se segue às declarações do ministro Joaquim Miranda Sarmento, foi entregue ao gestor do banco catalão. Informa que não haverá um impedimento desse eventual negócio – até porque a lei europeia não o permite – mas não há “boa vontade” sobre o mesmo, dadas as medidas que teriam de ser tomadas no âmbito da fusão do Novobanco com o BPI.

Além de, no final de maio, a diplomacia portuguesa ter pedido uma reunião com Gonzalo Gortázar, para aferir sobre o real interesse da instituição financeira no Novobanco e deixar esclarecida a opinião de Lisboa, a posição do Governo português foi também comunicada ao ministro da Economia, Comércio e Empresas de Espanha, Carlos Cuerpo Caballero.

Apesar da compra/venda estar em cima da mesa, os acionistas do Novobanco aprovaram esta quarta-feira, em assembleia geral extraordinária, a proposta que permite ao banco entrar na bolsa de Lisboa. Com isto, a Lone Star já pode avançar com o IPO (initial public offering), embora o fundo americano explore outras opções.

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Porto Tech Hub Conference celebra 10 anos na Alfândega do Porto

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  • 5 Junho 2025

O evento, organizado pela Porto Tech Hub, reunirá o ecossistema tecnológico internacional no dia 7 de outubro e promete ser a maior edição de sempre, com mais de 1600 participantes esperados.

A cidade do Porto continua a afirmar-se como um centro tecnológico de referência com o regresso da Porto Tech Hub Conference à Alfândega do Porto. O evento organizado pela Porto Tech Hub, que celebra este ano a sua 10.ª edição, reunirá o ecossistema tecnológico internacional no dia 7 de outubro e promete ser a maior edição de sempre, com mais de 1600 participantes esperados.

Após o sucesso do ano anterior – que registou um recorde de mais de 1.400 participantes -, a nova edição será marcada por uma programação que, em linha com as anteriores, privilegia a inovação. Estão já confirmadas presenças de oradores como Katie Gamanji, Senior Field Engineer na Apple, Venkat Subramaniam, fundador do Agile Developer, Inc e Mete Atamel, Software Engineer na Google, que falarão sobre temas relacionados com o futuro do setor tecnológico.

A conferência contará com a participação de mais de 40 empresas e mais de 30 sessões dedicadas às tendências que estão a moldar o futuro do setor, desde desenvolvimento de software, front-end e cloud até Inteligência Artificial generativa, blockchain e cibersegurança. Entre as novidades deste ano, destaca-se também a criação de um espaço exclusivo para colaboração entre comunidades tecnológicas, uma área de restauração renovada e um novo lounge criado para promover discussões mais informais e networking.

Samuel Santos, vice-presidente da Porto Tech Hub.

“Celebrar 10 anos da Porto Tech Hub Conference e 10 anos enquanto associação é também celebrar uma década de inovação, colaboração e crescimento do ecossistema tecnológico do Norte. Este ano, mais do que nunca, queremos proporcionar uma experiência vibrante e transformadora para todos os que fazem parte do universo tecnológico”, refere Samuel Santos, vice-presidente da Porto Tech Hub.

Os interessados em adquirir bilhetes para a Conferência deste ano, podem fazê-lo através do site da Porto Tech Hub. A venda dos bilhetes early bird, terá início em junho.

Desde 2015, a Porto Tech Hub Conference já reuniu mais de 6.000 participantes e 100 oradores, contando com a presença de empresas como Amazon, Cisco, eBay, Facebook, Spotify, Microsoft e Netflix. A consistência na qualidade do evento consolidou a conferência como um dos pontos de encontro obrigatórios para profissionais, empresas e entusiastas do universo tecnológico, dentro e fora de Portugal.

Sobre a Porto Tech Hub

A Porto Tech Hub (PTH) é uma associação empresarial sem fins lucrativos que visa promover e desenvolver o Porto como um centro tecnológico global de excelência. Criada em 2015 pelas tecnológicas Blip, Critical Software e Farfetch, conta hoje com mais de 30 empresas associadas. A associação promove uma variedade de iniciativas e eventos ao longo do ano, concebidos para promover a comunidade tecnológica no Porto, incluindo empresas, profissionais e grupos. Em destaque no seu calendário está a conferência tecnológica atual, Porto Tech Hub Conference. Mais informações: https://portotechhub.com

 

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Portugal acelera no crescimento, mas continua preso na baixa produtividade, alerta Comissão Europeia

Portugal deverá continuar a crescer acima da média europeia, mas Bruxelas alerta que a produtividade estagnada e sem reformas rápidas, o país envelhece, perde talento e afunda-se na burocracia.

A Comissão Europeia voltou a reconhecer a resiliência da economia portuguesa, mas alerta que Portugal precisa de acelerar um conjunto de reformas se quiser enfrentar os desafios do envelhecimento populacional e aumentar a sua competitividade.

No relatório de país divulgado na quarta-feira no âmbito do “Pacote da Primavera do Semestre Europeu”, Bruxelas elogia o crescimento acima da média europeia, mas identifica lacunas críticas que podem comprometer o futuro económico do país.

O documento, que acompanha as recomendações para as políticas económicas, sociais e orçamentais de Portugal, os técnicos da Comissão Europeia são particularmente duros numa área: o sistema de pensões. “O envelhecimento populacional, juntamente com uma população ativa em declínio, coloca o sistema de pensões de repartição de Portugal sob pressão”, alerta a Comissão Europeia, que prevê que “os custos das pensões aumentem três pontos percentuais do PIB até 2046 em comparação com 2022”.

O cenário demográfico não poderia ser mais desafiante. Enquanto em 2025 existem quase dois contribuintes por cada pensionista, “estima-se que em 2046 haverá apenas cerca de um contribuinte” para sustentar cada reformado. Esta realidade obrigará Portugal a recorrer cada vez mais às transferências do Orçamento do Estado e ao fundo de reserva da Segurança Social para colmatar os défices do sistema, salienta o relatório.

A Comissão Europeia prevê que Portugal mantenha uma trajetória de crescimento acima da média da União Europeia nos próximos anos, apontando para uma expansão do PIB de 1,8% em 2025 e de 2,2% em 2026. O motor deste crescimento da economia continuará a ser a procura interna, “impulsionada pelo crescimento do emprego e dos rendimentos das famílias”, enquanto os investimentos beneficiam “do pico projetado no ciclo do plano de recuperação e resiliência”, notam os técnicos da Comissão Europeia.

Mas o cenário da produtividade continua a preocupar Bruxelas. “Apesar de algumas melhoras, em 2023 os níveis de produtividade laboral de Portugal eram ainda apenas 80,5% da média da União Europeia”, sublinha o relatório.

Entre as causas identificadas para este atraso, a Comissão Europeia aponta para o facto de “o tecido empresarial de Portugal ser dominado por pequenas e médias empresas com potencial limitado de crescimento ou inovação”, assim como “a dependência relativamente elevada do país de setores intensivos em mão de obra, como o turismo” e ainda a existência de “barreiras estruturais à capacidade das empresas de crescer e inovar”.

A Comissão Europeia considera as empresas continuam a enfrentar obstáculos burocráticos significativos ao investimento, referindo que os “procedimentos de licenciamento e autorização longos continuam a ser um problema maior”.

A Comissão Europeia sublinha que Portugal continua a arrastar os pés neste campo. Apesar de reconhecer algumas melhorias recentes — a produtividade por hora aumentou 4,5% entre 2019 e 2023, ficando acima dos 2,7% da União Europeia –, salienta que o problema tem raízes estruturais profundas.

Um desses “espinhos” está na inovação que, segundo Bruxelas, avança a um ritmo insuficiente. Os gastos em Investigação e Desenvolvimento (I&D) aumentaram de 1,3% do PIB em 2017 para 1,7% em 2023, mas permanecem “bem abaixo da média da União Europeia de 2,22%”, destacam os técnicos da Comissão Europeia, notando que, “apesar do progresso feito ao longo dos últimos anos, Portugal ainda se classifica como um inovador moderado”.

O relatório sublinha ainda que o acesso ao financiamento para inovação continua a ser um forte obstáculo, notando que o capital de risco representa apenas 0,02% do PIB, comparado com uma média da União Europeia de 0,08% em 2023, e “está concentrado em start-ups”. Esta carência é particularmente sentida nas fases posteriores de desenvolvimento empresarial, onde apenas 9,4% do financiamento português se destina a empresas em expansão, contra 48,7% na União Europeia.

No mercado de trabalho, são também apontados alguns pontos de alerta. Apesar de reconhecer que o quadro laboral se mantém resiliente, com “tanto a oferta de mão-de-obra como o emprego a continuarem a aumentar a um ritmo acelerado, apoiados pelo saldo migratório”, Bruxelas salienta que o desemprego jovem permanece “elevado, com uma taxa de 21,6% em 2024, acima dos 20,5% de 2023 e muito acima da média da União Europeia”. Esta situação é particularmente preocupante nas regiões autónomas, onde os indicadores são “particularmente elevados na Madeira e nos Açores”, destaca o relatório.

Fontes de bloqueio ao tecido empresarial

Bruxelas considera que as empresas continuam a enfrentar obstáculos burocráticos significativos ao investimento. Segundo o relatório, “48,8% das empresas portuguesas reportaram a regulamentação empresarial como uma barreira fundamental ao investimento, comparado com 32% das empresas da União Europeia”, referem os técnicos da Comissão Europeia citando o inquérito do Banco Europeu de Investimento de 2024.

Portugal ocupa o nono pior lugar entre 38 países da OCDE nos indicadores de regulamentação do mercado de produtos para 2023 e 2024. “Procedimentos de licenciamento e autorização longos continuam a ser um problema maior”, critica Bruxelas, apontando para “dificuldades na implementação dos novos procedimentos” pelas autoridades locais, com “práticas que diferem significativamente entre regiões e municípios”

O sistema judicial também precisa de afinação, refere Bruxelas. Apesar de progressos na redução do acumular de processos, “os tribunais ainda enfrentam atrasos e os procedimentos demoram muito tempo (267 dias para casos cíveis e comerciais de primeira instância em 2023)”.

O ensino superior e a formação profissional não estão totalmente alinhados com as necessidades do mercado de trabalho, o que conduz a uma inadequação das competências.

Comissão Europeia

Relatório sobre Portugal no âmbito do Pacote da Primavera do Semestre Europeu

A burocracia é também apontada como um travão ao desenvolvimento dos projetos de energias renováveis, onde Portugal continua a destacar-se no quadro europeu, com 88% da eletricidade gerada no país a ser gerada por fontes renováveis no ano passado, bem acima dos 47,4% ao nível da União Europeia.

“As ambições de energia renovável de Portugal são prejudicadas por um processo de licenciamento complexo e demorado”, referem os técnicos da Comissão Europeia, apontando o dedo à complexidade da legislação de ordenamento territorial a nível nacional, regional e local.

As comunidades energéticas enfrentam “estrangulamentos de implementação”, com apenas uma em cada dez comunidades energéticas registadas a conseguir uma licença de funcionamento, destaca o relatório, sublinhando ainda que as “entidades públicas enfrentam dificuldades em tornarem-se membros de comunidades energéticas devido a requisitos obrigatórios”.

Além disso, é também referido que a rede elétrica também mostra limitações. “A capacidade da rede nacional enfrenta limitações, tornando difícil ligar novos projetos de energia renovável”, particularmente em áreas com crescimento significativo de projetos renováveis como Sines.

Jovens sem futuro e casas fora do orçamento

O desajuste entre as competências disponíveis da mão-de-obra e as necessidades do mercado continua a ser um dos calcanhares de Aquiles da economia portuguesa, salienta a Comissão Europeia.

O ensino superior e a formação profissional não estão totalmente alinhados com as necessidades do mercado de trabalho, o que conduz a uma inadequação das competências”, aponta o relatório, que considera que a situação é ainda agravada por três fatores críticos: o declínio da participação de adultos na aprendizagem ao longo da vida, uma proporção elevada de alunos com baixo desempenho em matemática, ciências e leitura na escola, e mais jovens a abandonar precocemente a escola e a formação.

Este desajuste tem consequências diretas no desemprego jovem estruturalmente elevado. “As vagas existentes frequentemente não se alinham com as competências dos jovens trabalhadores disponíveis e dos jovens desempregados”. A situação é particularmente grave porque “uma grande proporção de jovens desempregados tem níveis de competências baixos”.

Bruxelas recomenda apostar no “investimento em investigação e inovação que melhore a produtividade” e “removendo barreiras e desincentivos à expansão e crescimento das empresas”.

O setor público não escapa aos problemas de escassez de mão de obra. Na saúde, “o país enfrenta uma emigração pesada de enfermeiros”, destaca Bruxelas, sublinhando que, por exemplo, “em 2023, 60% dos graduados que se registaram na associação profissional de enfermeiros pretendiam emigrar”. Na educação, a situação não é melhor, com “metade dos professores atuais acima dos 50 anos e com apenas uma pequena fração abaixo dos 30”.

Igualmente preocupante é o quadro da habitação, com o mercado habitacional a tornar-se numa fonte crescente de pressão social e económica. “Entre 2015 e 2023, os preços da habitação em Portugal aumentaram 105,8%”, mais do dobro do crescimento de 48,1% registado na União Europeia.

“A procura habitacional mais elevada nas grandes cidades e áreas turísticas populares agrava a escassez de habitação acessível e prejudica a coesão social”, referem os técnicos da Comissão Europeia, destacando que a subida dos preços das casas está a afetar particularmente “jovens, famílias de rendimentos baixos e médios e pessoas desfavorecidas”.

Mas a escalada dos preços tem impactos que vão além do social. “Isto impacta na disponibilidade de mão-de-obra e afeta negativamente a competitividade, uma vez que custos habitacionais mais elevados limitam as possibilidades das empresas e organismos públicos atraírem e reterem trabalhadores qualificados”, alerta Bruxelas. Além disso, “custos habitacionais mais elevados pesam nos orçamentos das famílias, poupanças e na sua capacidade de investir”.

Na área social, as recomendações centram-se em “abordar os desajustes de competências investindo no desenvolvimento de competências e na aprendizagem ao longo da vida”.

Face a este diagnóstico, a Comissão Europeia traça um roteiro amplo e ambicioso para Portugal. As prioridades passam por “acelerar a implementação do PRR, incluindo o capítulo REPowerEU” e “implementar rapidamente a política de coesão, aproveitando as oportunidades da revisão intercalar”.

No domínio empresarial, Bruxelas recomenda “fomentar um ambiente empresarial que seja conducente ao crescimento de empresas inovadoras e disruptivas”, apostando no “investimento em investigação e inovação que melhore a produtividade” e “removendo barreiras e desincentivos à expansão e crescimento das empresas”.

A agenda ambiental exige “fazer mais progressos rumo à descarbonização”, nomeadamente através da “implementação das renováveis, simplificando o processo de licenciamento” e “dando passos concretos para eliminar gradualmente os subsídios aos combustíveis fósseis”.

Na área social, as recomendações centram-se em “abordar os desajustes de competências investindo no desenvolvimento de competências e na aprendizagem ao longo da vida” e “melhorar a acessibilidade e acessibilidade habitacional visando edifícios vagos e degradados em áreas de alta procura”.

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