Mercado de Lamego acolhe salas e laboratórios do Politécnico de Viseu

  • Lusa
  • 13 Junho 2025

"A ampliação das instalações da ESTGL para o Mercado Municipal permitirá consolidar o ensino superior público em Lamego e dinamizar a atividade económica do centro da cidade", diz autarca de Lamego.

O segundo piso do Mercado Municipal de Lamego, que atualmente se encontra desocupado, vai ser reabilitado para acolher salas de aulas e laboratórios da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTGL), anunciou esta sexta-feira a autarquia.

Segundo a Câmara Municipal de Lamego (distrito de Viseu), já foi publicado em Diário da República o procedimento referente à empreitada, sendo o valor base do concurso público de 2.345.733,56 euros.

O presidente da autarquia, Francisco Lopes, explicou que “a ampliação das instalações da ESTGL para o Mercado Municipal permitirá consolidar o ensino superior público em Lamego e dinamizar a atividade económica do centro da cidade, incluindo os projetos dos bairros comerciais digitais, que impulsionarão a zona comercial de Almacave e da Avenida 5 de Outubro”.

Estamos empenhados em aprofundar a parceria com o Instituto Politécnico de Viseu (IPV), numa estratégia de aproximação traduzida na cedência de instalações, na criação da nova residência universitária na Praça do Comércio e no reforço da incubadora de empresas.

Francisco Lopes

Presidente da Câmara Municipal de Lamego

Estamos empenhados em aprofundar a parceria com o Instituto Politécnico de Viseu (IPV), numa estratégia de aproximação traduzida na cedência de instalações, na criação da nova residência universitária na Praça do Comércio e no reforço da incubadora de empresas”, sublinhou.

Depois de concluídas as obras de adaptação, ficarão no segundo piso do mercado novas salas de aula e laboratórios, que têm “equipamentos com diferenciação tecnológica para dar resposta aos novos cursos da ESTGL e às parcerias tecnológicas que esta instituição tem estabelecido com as empresas Deloitte Technology, Softinsa, Claranet e Orbcom”.

Este projeto — promovido pelo IPV e financiado pelo município e por fundos comunitários — prevê também um auditório e uma cantina, “com o objetivo de reforçar o apoio social escolar e melhorar a atratividade de Lamego como polo de acolhimento de excelência destinado a alunos do ensino superior”, acrescentou a autarquia.

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PCP diz que venda do Novobanco é “assalto” e avança com iniciativa para travar

  • Lusa
  • 13 Junho 2025

O PCP vai avançar com uma iniciativa na Assembleia da República para recuperar o controlo público do Novobanco.

O PCP disse esta sexta-feira que a venda do Novobanco ao grupo francês BPCE é um assalto aos portugueses e anunciou que vai avançar com uma iniciativa legislativa para recuperar o controlo público da instituição.

“A anunciada venda do Novobanco a um grupo francês da banca de investimento é o culminar de um processo que representa um inaceitável assalto aos recursos do povo português“, referiu, em comunicado, o Partido Comunista Português (PCP).

A Lone Star chegou a acordo com o grupo bancário francês BPCE para a venda do Novobanco por um montante equivalente a uma valorização de 6.400 milhões de euros para 100% do capital social.

A conclusão da transação está prevista para o primeiro semestre de 2026.

O PCP insistiu que a história do Banco Espírito Santo (BES) e do Novobanco é de assalto aos recursos nacionais, sublinhando que as opções do Governo PSD/CDS nos tempos da troika foram no sentido de salvaguardar os grandes acionistas do BES/GES, cuja propriedade não foi ameaçada.

Conforme apontou, seguiram-se “opções de abdicação do interesse nacional” por parte dos governos do PS, que decidiram a venda e o acordo de capital contingente, levando à “venda ao desbarato dos ativos”.

Para o PCP, o Governo mentiu sobre o valor da resolução, que não foi realizada por 3.900 milhões de euros, e o acordo de capital contingente constituiu uma garantia para “caucionar negócios obscuros e limpeza de dívidas”.

O partido disse que o interesse nacional não foi tido em conta em nenhuma fase do processo e acrescentou que o atual Governo PSD/CDS limitou-se a observar a entrega do Novobanco a um grupo estrangeiro, tornando-se “cúmplice deste assalto aos recursos nacionais”.

O PCP vai assim avançar com uma iniciativa na Assembleia da República para recuperar o controlo público do Novobanco.

O Governo vai vender ao BPCE o capital do Novobanco controlado diretamente pelo Ministério das Finanças, acompanhando a alienação dos 75% da Lone Star, num negócio que valoriza o banco em 6.400 milhões de euros.

“Esta venda, associada à distribuição de dividendos do Novobanco que ocorreu este ano, permite ao Estado recuperar quase 2.000 milhões de euros dos fundos públicos injetados na instituição”, salientou, em comunicado.

O Ministério das Finanças controla diretamente 11,46% do capital do Novobanco, através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, estando os restantes 13,54% nas mãos do Fundo de Resolução.

O Fundo de Resolução anunciou já, em comunicado, que a venda da sua participação de 13,54% lhe permitirá um encaixe bruto de cerca de 866 milhões de euros.

Este valor, referiu o Fundo, acresce às verbas já recebidas do Novobanco a título de distribuição de dividendos relativos aos resultados de 2024 (valor bruto: 30 milhões de euros) e no âmbito da redução de capital realizada já em 2025 (149 milhões de euros)”.

Quanto à posição no Novobanco detida pela Direção-Geral do Tesouro, deverá render cerca de 733 milhões de euros.

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Greve parcial na Airbus Atlantic Portugal com 80% de adesão

  • Lusa
  • 13 Junho 2025

Sindicato adianta que em causa está "um aumento de 150 euros, negociável, para todos os trabalhadores”.

A greve parcial dos trabalhadores da fábrica da Airbus Atlantic Portugal, em Santo Tirso, no distrito do Porto, contou esta sexta-feira com uma adesão “de cerca de 80%”, avançou à Lusa o SITE Norte.

“Podemos considerar uma adesão de perto de 80% em termos de chão de fábrica, isto numa empresa com cerca de 270 trabalhadores, muitos quadros administrativos (…). As linhas de produção estão praticamente paradas”, disse Miguel Ângelo Pinto, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE Norte).

À Lusa, cerca das 14:00, enquanto decorria um desfile de trabalhadores nas redondezas da fabricante de aviões instalada na Zona Industrial da Ermida, Miguel Ângelo Pinto apontou que “as principais reivindicações passam pelo aumento do salário e uma negociação efetiva do Caderno Reivindicativo.

“Reivindicamos um aumento de 150 euros, negociável, para todos os trabalhadores”, resumiu, admitindo que os responsáveis da empresa “chegaram a reunir com os trabalhadores nos primeiros tempos”.

“Mas falta assumir um compromisso”, disse.

Segundo o responsável do SITE Norte, os trabalhadores também exigem um subsídio de deslocação.

“Estamos a falar de uma empresa que realmente tem um transporte aqui, mas que poucos trabalhadores usam. É um caderno reivindicativo composto por várias matérias”, concluiu.

Esta paralisação decorre em dois turnos, o primeiro das 11:00 às 15:00 e o segundo das 15:00 às 19:00, e no pré-aviso de greve aparece como tendo “horário central” das 13:00 às 17:00, prolonga-se no sábado com greve todo o dia ao trabalho extraordinário.

A agência Lusa contactou a empresa que, por email, garantiu que “tem mantido um diálogo aberto e construtivo com os representantes dos trabalhadores e reúne com estes representantes regularmente e quando solicitado”.

“A prioridade da Airbus Atlantic Portugal é garantir um ambiente de trabalho justo, seguro e de respeito para todos os seus colaboradores. Continuaremos a acompanhar a situação e tomaremos as medidas necessárias para minimizar quaisquer perturbações operacionais, num contexto de entendimento entre todas as partes envolvidas”, lê-se na resposta ao pedido de esclarecimento.

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Ganhos da Galp e do BCP impedem queda mais expressiva da bolsa

Praça portuguesa acompanhou as descidas das congéneres europeias, numa sessão marcada pelos ataques israelitas ao Irão, que estão a pressionar a negociação.

A bolsa portuguesa encerrou a sessão desta sexta-feira no vermelho, a acompanhar o sentimento negativo que marcou a negociação nas praças do Velho Continente, após os ataques israelitas no Irão. As subidas da Galp e do BCP estiveram a impedir uma descida mais pronunciada do índice de referência nacional.

O índice PSI terminou o dia a desvalorizar 0,69% para 7.475,67 pontos, com 11 títulos em alta e quatro em queda. Na Europa, o dia também foi de perdas. As principais praças fecharam com quedas acima de 1%, com os investidores a temerem uma escalada do conflito no Médio Oriente, após o exército de Israel atacou esta sexta-feira Teerão, tendo como alvo instalações nucleares e militares.

A pressionar a sessão em Lisboa estiveram as quedas da EDP Renováveis. A empresa caiu 2,31% para 9,50 euros, enquanto a casa-mãe cedeu 0,61% para 3,609 euros.

Com quedas acima de 2% fecharam ainda a Mota-Engil e os CTT, a desvalorizarem 2,54% para 4,072 euros e 2,29% para 7,26 euros, respetivamente.

Em sentido oposto, a petrolífera Galp subiu 0,54% para 15,78 euros, com a empresa a beneficiar com a escalada dos preços do petróleo esta sexta. A matéria-prima segue a disparar perto de 7% para negociar em máximos de quase cinco meses.

Já o BCP subiu 0,45% para 67,44 cêntimos, no dia em que foi anunciada a venda do Novobanco aos franceses do grupo BPCE, num negócio de 6,4 mil milhões de euros.

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DBRS: Venda do Novobanco aos franceses do BPCE traz “menos obstáculos” e menos implicações na banca nacional

Agência de rating considera que o acordo da Lone Star com o grupo francês revelou-se a melhor solução, em alternativa à venda a outro banco português ou aos espanhóis do CaixaBank.

A agência de notação financeira DBRS considera que a venda do Novo Banco aos franceses do Groupe BPCE, por 6,4 mil milhões de euros, é a solução que tem implicações “mais limitadas” para o sistema bancário português e a que enfrenta “menos obstáculos”, face às alternativas que existiam quer de outros bancos na país, quer de concorrentes espanhóis.

“As implicações para o sistema bancário português com este acordo são mais limitadas do que com resultados alternativos, incluindo a perspetiva de concorrentes nacionais ou espanhóis adquirirem o Novobanco“, considera a DBRS, num primeiro comentário à venda do Novobanco aos franceses do BPCE.

A Lone Star informou esta sexta-feira que assinou um Memorando de Entendimento para vender o Novobanco ao franceses do Groupe BPCE numa transação que avalia 100% do banco em 6,4 mil milhões de euros, confirmando a notícia avançada pelo ECO em primeira mão.

Num comentário ao negócio, a agência de notação financeira realça que “o setor bancário português já é muito competitivo e não necessitava urgentemente de consolidação doméstica adicional, e a perspetiva de os bancos espanhóis fazerem novas incursões no mercado português parecia complicada devido à política em toda a Península Ibérica“.

Esperamos que a penetração do BPCE no mercado português enfrente menos obstáculos”, realça a DBRS, destacando que o interesse demonstrado por vários grupos nacionais e estrangeiros no Novobanco mostra “a confiança renovada no sistema bancário português“.

A DBRS realça ainda que esta transação marca “o culminar de uma transformação plurianual do Novobanco e representativa da mudança estrutural do setor bancário português em geral”, recordando que o banco surgiu do colapso do BES, no verão de 2014.

Os especialistas elogiam ainda a evolução registada pelo Novobanco nos últimos anos, referindo que o Novobanco se tornou um dos bancos “mais eficientes e rentáveis na Europa”, apresentando-se hoje com ativos com maior qualidade e menos risco. Já os créditos não produtivos — Non-Performing Loan (NPL) — caíram para 3,3% no final de 2024, abaixo dos 12,8% em 2019, aponta.

A DBRS considera, por isso, que, para o BPCE, a aquisição do Novobanco, “uma marca altamente rentável num mercado estável e em crescimento” contribui para o plano estratégico do grupo francês para diversificar as operações fora do seu mercado doméstico.

(Notícia atualizada às 17:33)

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MNE iraniano considera o ataque de Israel “uma declaração de guerra”

  • Lusa
  • 13 Junho 2025

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano reafirma o direito do Irão à autodefesa que responderá "com firmeza e de forma proporcional" ao ataque israelita.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano considerou o ataque de Israel na madrugada desta sexta-feirauma declaração de guerra contra a República Islâmica do Irão” por parte do “regime mais terrorista do mundo”, que já ultrapassou “todas as linhas vermelhas”.

“Estas ações coordenadas equivalem a uma declaração de guerra contra a República Islâmica do Irão e fazem parte de um padrão de comportamento ilegal e desestabilizador por parte de Israel na região, que representa uma grave ameaça à paz e à segurança internacionais”, afirmou Abbas Araqchi, num comunicado sobre as ações de Israel.

Araqchi advertiu que o Irão reafirma o seu direito inerente à autodefesa e responderá “com firmeza e de forma proporcional” ao ataque israelita.

O exército israelita atacou esta sexta-feira de madrugada cerca de 100 alvos no Irão, incluindo altos comandos militares e cientistas nucleares, mas também instalações sensíveis como a principal central de enriquecimento de urânio em Natanz, no meio da controvérsia sobre o programa nuclear iraniano.

Este “ato de agressão ilegal e hostil”, segundo Araqchi, “deliberadamente e de forma imprudente, agrava uma crise que viola de forma flagrante a Carta das Nações Unidas e as normas mais fundamentais do direito internacional”.

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Só Lisboa, Aveiro e Porto estão acima da média nacional no índice de competitividade

As regiões com maior competitividade do país situam-se no Litoral: Lisboa, Porto e Aveiro. O Alentejo Litoral mantém o quarto lugar de 2021.

A Grande Lisboa, a Região de Aveiro e a Área Metropolitana do Porto (AMP) foram as únicas sub-regiões do país que ficaram acima da média nacional no índice de competitividade em 2023, com a capital a manter uma grande distância para as restantes. Já o Alentejo Litoral permanece na quarta posição conquistada na análise de 2021 entre as 26 sub-regiões existentes, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As sub-regiões NUTS III [Nomenclatura de Unidade Territorial] com um índice de competitividade mais elevado concentram-se no Litoral do Continente. “No índice de competitividade, apenas três sub-regiões superavam a média nacional: a Grande Lisboa (116,30), com posição destacada, a Região de Aveiro (107,18) e a Área Metropolitana do Porto (106,60)”, avança o gabinete de estatística nacional. “A competitividade apresentava a maior disparidade regional entre as três dimensões de desenvolvimento regional”, detalha.

O interior continental apresentava um índice de competitividade menor quando comparado com o litoral continental.

Fonte INE13 junho, 2025

No que diz respeito ao desenvolvimento regional, o número de sub-regiões NUTS III, que corresponde a regiões intermunicipais e áreas metropolitanas, já sobe para cinco a superar a média nacional: a Grande Lisboa (107,77), a AMP (103,33), a Região de Aveiro (101,51), a Região de Coimbra (100,97) e o Alto Minho (100,61), segundo o Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR). Este índice é calculado anualmente para as regiões NUTS III do país e tem em conta três dimensões: competitividade, coesão e qualidade ambiental. Os resultados do ISDR estão de acordo com a nova Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins estatísticos.

No que concerne ao índice de coesão, já sobem para nove as regiões NUTS III, ainda que com maior incidência no Litoral do Continente, a superarem a média nacional. Apesar de refletir um retrato territorial mais equilibrado do que o constatado nos níveis de competitividade, são a Grande Lisboa (108,84), a Região de Coimbra (106,09) e o Cávado (104,89) que apresentam os índices de coesão mais elevados. Seguem-se a AMP (102,21), Alto Minho (101,66), a Região de Coimbra (106,09), a Região de Leiria (101,94), o Médio Tejo (101,00) e a Região de Aveiro (100,90), o Alentejo Central (102,17).

Por oposição, a Região Autónoma dos Açores, o Douro, o Baixo Alentejo, o Alentejo Litoral, o Alto Tâmega e Barroso e a Beira Baixa apresentam os índices de coesão mais baixos.

Fonte INE

Na dimensão de qualidade ambiental surgem logo à cabeça as sub-regiões do Interior do Continente e as Regiões Autónomas, precisamente o oposto do índice de competitividade liderado por três regiões do Litoral do país. “A média nacional era superada por 14 sub-regiões NUTS III, verificando-se uma disparidade regional menor do que a observada para a competitividade e a coesão”. Terras de Trás-os-Montes (112,68) era a sub-região com maior índice de qualidade ambiental, seguida da Região Autónoma dos Açores e do Alto Alentejo.

Entre as 12 sub-regiões com índices de qualidade ambiental abaixo da média nacional, constam seis das 10 mais competitivas: Grande Lisboa, Região de Aveiro, Alentejo Litoral, Cávado, Península de Setúbal e Região de Leiria.

Fonte INE13 junho, 2025

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Venda do Novobanco aos franceses com via aberta em Lisboa e Frankfurt

O francês Groupe BPCE comprou o Nobobanco por 6,4 mil milhões de euros. O negócio ainda terá de ser aprovado pelas autoridades, mas não se antecipam entraves.

A venda do Novobanco aos franceses do Groupe BPCE não deverá levantar muitos obstáculos em Lisboa e Frankfurt, onde este negócio de 6,4 mil milhões de euros ainda deverá ter de ser examinado e aprovado pelas autoridades antes de ser concretizado.

O fundo americano anunciou esta sexta-feira que assinou um acordo para a venda do Novobanco com o grupo bancário francês (confirmando uma notícia avançada pelo ECO em primeira mão) que já tem uma forte presença em Portugal, através do centro de desenvolvimento tecnológico do Natixis, localizado no Porto, e que emprega perto de 3.000 trabalhadores.

Os reguladores financeiros – incluindo Banco de Portugal e Banco Central Europeu (BCE) — terão de analisar a transação. Mas aqui não se esperam que sejam levantados entraves. Pelo contrário.

Em conferência de imprensa após o anúncio da transação, Nicolas Namias, CEO do BPCE, abordou a questão. “Sim, é claro que falámos com o Banco Central Europeu. Não vou comentar a minha discussão bilateral com o BCE, mas o que penso é que a aquisição está totalmente em linha com o que o BCE defende, que é a consolidação bancária europeia”.

“Por isso, penso que, do ponto de vista dos princípios, o projeto se enquadra perfeitamente nas expectativas do BCE”, adiantou.

O BPCE já opera no mercado europeu e é inclusivamente supervisionado pelo Mecanismo Único de Supervisão. Ou seja, não há dúvidas sobre a idoneidade e capacidade do comprador.

Por outro lado, o BCE (e a Comissão Europeia) tem incentivado este tipo de operações transfronteiriças no sentido de criar bancos maiores na região do euro e com escala para competirem com os grandes bancos americanos.

Na apresentação aos jornalistas, Namias disse que o Group BPCE espera assinar os documentos jurídicos no terceiro trimestre deste ano e completar a compra na primeira metade de 2026.

Nicolas Namias

 

Concorrência também não levantará problemas

A Lone Star prepara-se para vender a sua participação de 75% que comprou no Novobanco em 2017 por mil milhões de euros, mas não vai sozinho. Vai “arrastar” para o negócio os outros dois acionistas do banco — Fundo de Resolução e Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), que detêm em conjunto 25% — ao abrigo de um acordo celebrado em dezembro passado aquando do fim do mecanismo de capital contingente.

O chamado ‘side agreement’ inclui uma ‘drag option’ que dá à Lone Star a prerrogativa de obrigar os outros dois acionistas a participarem na operação.

Em contrapartida, ao abrigo deste acordo, Fundo de Resolução e Estado asseguraram que vendem as suas participações nos mesmos termos do acionista principal, nomeadamente o preço (mecanismo tag along). Confirmando-se o valor de sete mil milhões, poderão arrecadar 975 milhões de euros e 825 milhões, respetivamente.

Por outro lado, o negócio com os franceses dissipa o risco de aumento da influência espanhola na banca portuguesa, como aconteceria caso o Novobanco fosse vendido ao Caixabank. Esse era um receio que o Governo português já tinha sinalizado através do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

Do ponto de vista da concorrência, a operação também não deverá levantar problemas junto da Autoridade da Concorrência. O BPCE não tem atividade de banca de retalho em Portugal. Pelo que não existe o risco de concentração de mercado que poderia haver caso o Novobanco passasse para as mãos da Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP ou Santander.

Atualmente, o mercado português está concentrado nos cinco principais bancos. O Novobanco é o quarto maior, atrás da CGD, BCP e Santander, com uma quota de mercado de 10%.

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União Europeia já doou quase 150 mil milhões de euros à Ucrânia desde o início da guerra

  • Lusa
  • 13 Junho 2025

Comissão Europeia desembolsou esta sexta-feira a quinta parcela do seu empréstimo excecional de assistência macrofinanceira à Ucrânia, no valor de mil milhões de euros.

A Comissão Europeia anunciou esta sexta-feira uma nova parcela de assistência macrofinanceira à Ucrânia no valor de mil milhões de euros, com as doações ao país, desde a invasão russa, a ascenderem a quase 150 mil milhões.

“A Comissão Europeia desembolsou hoje a quinta parcela do seu empréstimo excecional de assistência macrofinanceira à Ucrânia, no valor de mil milhões de euros, reforçando ainda mais o papel da UE como o maior doador da Ucrânia desde o início da guerra de agressão da Rússia, com um apoio global que se aproxima dos 150 mil milhões de euros”, indicou a instituição, em comunicado.

Estes mil milhões de euros agora mobilizados fazem parte de um bolo de 18,1 mil milhões de euros, que representa a contribuição da UE para a iniciativa de empréstimos liderada pelo G7 que, no conjunto, visa conceder cerca de 45 mil milhões de euros de apoio financeiro à Ucrânia.

Estes empréstimos deverão ser reembolsados utilizando as receitas provenientes dos bens imobilizados do Estado russo detidos na UE.

Estes ativos congelados, que incluem reservas do banco central russo e outros ativos financeiros, totalizam cerca de 200 mil milhões de euros, sendo que a maioria encontra-se depositada em instituições financeiras europeias, sobretudo na Bélgica.

Com este último pagamento agora realizado, o total de empréstimos concedidos pela Comissão Europeia à Ucrânia ao abrigo desta assistência macrofinanceira atinge sete mil milhões de euros desde o início de 2025.

Desde o início da invasão russa em 2022, a União Europeia tem prestado um apoio significativo à Ucrânia, tanto ao nível humanitário como económico e militar. Este apoio visa reforçar a resiliência ucraniana face à agressão e apoiar a sua integração progressiva nas estruturas europeias.

Paralelamente, o G7 anunciou recentemente um empréstimo substancial à Ucrânia, no valor de cerca de 50 mil milhões de dólares (mais de 45 mil milhões de euros). Esta medida representa um compromisso sólido das principais economias mundiais para com a recuperação e estabilidade da Ucrânia a longo prazo, reforçando a solidariedade internacional contra a violação da soberania territorial.

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Antigo Hotel Bragança reabilitado por 3 milhões de euros em Coimbra. Abre no verão de 2026

A família Madeira, dona do Hotel Oslo, em Coimbra, vai assumir a reabilitação do antigo Hotel Bragança com um investimento a rondar os três milhões de euros.

Num investimento de três milhões de euros, o antigo Hotel Bragança, na zona universitária de Coimbra, vai ser requalificado com vista à sua modernização e reabilitação da fachada do edificado. A obra deverá estar concluída em meados de 2026.

Situada na zona de proteção à área classificada da Unesco da Universidade de Coimbra, a unidade hoteleira é propriedade da família Madeira, dona do Hotel Oslo, situado nas imediações, que entregou a obra à construtora de Guimarães, Cari.

O Hotel Bragança deverá estar a funcionar com a classificação de quatro estrelas, no verão de 2026.

Este projeto contempla a reabilitação da fachada original e a construção de mais 88 quartos, alguns deles com minicozinha incorporada, uma zona de restauração no último piso, dotada de rooftop com vista para o rio, duas salas de trabalho. O programa arquitetónico inclui ainda uma zona de lazer com piscina, balneário, ginásio e sauna no piso -1. Está prevista a instalação de painéis fotovoltaicos na cobertura.

Antigo Hotel Bragança, em Coimbra13 junho, 2026

“A reabilitação do Hotel Bragança irá proporcionar um maior conforto, sensação e experiência ao turismo”, assinala João Rodrigues, da direção de obra da Cari Construtores. Considera mesmo que esta empreitada “tem uma enorme importância ao nível da cidade e da zona ribeirinha, oferecendo uma maior oferta turística”.

Entretanto, a família Madeira também comprou o prédio da antiga loja Feira Móveis, na Rua António Gran­jo, para transformar num espaço dedicado a escritórios, segundo avança o jornal Diário de Coimbra.

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Marinha assina acordo com gigante sul-coreana para desenvolver novos submarinos

Grupo sul-coreano HD Hyundai Heavy Industries e Marinha Portuguesa planeiam desenvolver em conjunto um modelo de submarino de pequeno porte.

A Marinha Portuguesa e a HD Hyundai Heavy Industries assinaram um memorando de entendimento (MoU) para estabelecer uma “parceria estratégica” no desenvolvimento de novos submarinos. O acordo foi rubricado durante a exposição de Defesa Marítima 2025 (MADEX), em Busan, na Coreia do Sul. Em causa estão submarinos de pequeno porte.

​O acordo visa promover a colaboração entre as duas entidades na partilha de informação nas áreas de interesse mútuo, nomeadamente, no desenvolvimento de conceitos técnicos relacionados com a construção e reparação naval”, resume a Marinha Portuguesa numa publicação do Linkedin.

Por sua vez, em comunicado, os sul-coreanos afirmam que “com base na confiança mútua estabelecida por meio desta parceria estratégica, a HD Hyundai e a Marinha Portuguesa planeiam desenvolver em conjunto um pequeno modelo de submarino no futuro“.

Ju Won-ho (chefe de negócios de navios especiais da HD Hyundai Heavy Industries) e Fernando Pires (chefe do Estado-Maior da Armada)

A empresa sul-coreana apresentou três tipos de submarinos para exportação na MADEX25 em Busan, um com 2.300 toneladas, o segundo com 1.500 e um terceiro com 800.

A Marinha Portuguesa tem dois submarinos da Classe Tridente (NRP Arpão e o NRP Tridente), mas ambos estão parados nos estaleiros.

Tanto o anterior Chefe do Estado-Maior, Henrique Gouveia e Melo, que se vai candidatar à Presidência da República, como o atual ocupante do cargo (Almirante Jorge Nobre de Sousa) têm vindo a apelar à aquisição de mais dois submarinos, admitindo que poderiam ser do mesmo tamanho ou menores que o Tridente, numa altura em Portugal é o quinto país da UE que menos gasta do PIB para defesa.

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Euribor sobe a três e a seis meses e desce no prazo mais longo

  • Lusa
  • 13 Junho 2025

Esta sexta-feira, as taxas Euribor subiram a três e a seis meses para 2,004% e 2,056%, respetivamente. No prazo mais longo (12 meses), caíram para 2,084%.

A Euribor subiu esta sexta-feira a três e a seis meses, voltando a superar os 2% no prazo mais curto, e desceu a 12 meses em relação a quinta-feira. Com estas alterações, a taxa a três meses, que aumentou para 2,004%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,056%) e a 12 meses (2,084%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu 0,004 pontos, para 2,056%.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor baixou 0,006 pontos face a quinta-feira, para 2,084%.
  • Quanto à Euribor a três meses, que estava abaixo de 2% desde 30 de maio, voltou a superar este nível, subindo para 2,004%, um aumento de 0,029 pontos face ao dia anterior e após ter batido na quarta-feira um novo mínimo desde 25 de novembro de 2022.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.

O Banco Central Europeu (BCE) reuniu-se na semana passada em Frankfurt, Alemanha, e desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%. Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano. A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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