GuestReady compra empresa açoriana de alojamentos turísticos

A gestora de alojamentos locais de origem britânica voltou às compras em Portugal. Azores Casa é a quarta aquisição no país, onde a empresa entrou em 2018.

A empresa britânica GuestReady, que faz gestão de casas para Alojamento Local (AL) na Europa, anunciou esta quarta-feira a aquisição do portefólio e das operações da açoriana Azores Casa. A transação aumenta para quatro o número de compras em Portugal, onde a gestora de estabelecimentos turísticos entrou em 2018.

O valor do negócio não foi tornado público, mas sabe-se que a Azores Casa tem cerca de 60 propriedades para turismo sob gestão em localizações estratégicas da Região Autónoma dos Açores, como as ilhas de São Miguel e Terceira. Outras 41 unidades, que estão a ser finalizadas, também vão fazer parte da carteira da GuestReady e reforçar a sua operação nacional, que ultrapassa as 1600 unidades.

“O arquipélago dos Açores tem um enorme e fantástico potencial que merece ser explorado através do alojamento local, que permite uma vivência local e personalizada”, explica Rui Silva, diretor geral da GuestReady em Portugal. Segundo a gestora de AL, mais do que a expansão geográfica, a operação reforça a abordagem de “colocar a hospitalidade no centro” da atividade, adaptando-se às particularidades de cada região.

“A chegada da GuestReady aos Açores, através da cooperação entre equipas, representa o melhor dos dois mundos: tecnologia e escala internacional sem perder o toque humano e a identidade açoriana. Ganhamos todos — proprietários com um serviço mais robusto e hóspedes com uma experiência de excelência, ambos sem paralelo na região”, comenta João Albergaria, até então manager da Azores Casa e agora business developer da GuestReady.

A GuestReady, cuja sede é na comuna suíça de Trogen, tem uma estratégia de crescimento e entrada nos mercados através de aquisições. Há sete anos, quando entrou em Portugal, fê-lo através da compra da portuense Oporto City Flats. Em 2021, concluiu a aquisição da The Porto Concierge e, logo no ano seguinte, lançou-se à Madeira com a compra do portefólio e operações da AYS Property Management. Com este recém-assinado negócio, o universo de gestão de AL da GuestReady estende-se ao continente e aos dois arquipélagos.

Já no início deste ano a GuestReady tinha dito que o objetivo era entrar nos Açores, inicialmente com a montagem de centro de operações que a auxiliasse a atingir as 200 unidades sob gestão na região num prazo de 12 meses.

Os serviços que a Azores Casa disponibiliza aos proprietários são semelhantes aos dos novos donos. Por exemplo, faz o onboarding com reportagem fotográfica do espaço, criação do anúncio e escolha dos canais especializados onde vai estar disponível para alugar (Booking, Airbnb, VRBO, Holidu…), envia as métricas de performance, gere os pagamentos, o check-in dos hóspedes e temas de hospitalidade (limpeza profissional e reposição de amenities), entre outros.

Os trabalhadores da Azores Casa, que passa a operar com a insígnia GuestReady, são integrados nesta empresa com origem em Londres. Atualmente, a GuestReady dá emprego direto a mais de 100 pessoas em território nacional. Além-fronteiras, tem presença noutros seis países, como Espanha, Emirados Árabes Unidos ou França.

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Enquadramento fiscal dos fundos contribuiu para maior captação de investidores

  • ADVOCATUS
  • 4 Junho 2025

A tax talk, a primeira integrada no âmbito da 8ª edição da Advocatus Summit, contou com a presença de Marco Lebre, líder da Crest Capital Partners e Bárbara Schurmann, sócia da Proença de Carvalho.

Começando por falar sobre a tributação de fundos de investimento, a advogada e sócia de Fiscal da Proença de Carvalho, Bárbara Schurmann, defendeu que “a lógica é de não tributar estes veículos e depois quando são distribuídos os rendimentos, seja por distribuição de rendimentos ou alienação, aí são tributados. Mas são taxas mais baixas. Se for para residentes em Portugal, há uma retenção na fonte de 10% mas se forem não residentes há uma exclusão na tributação”.

Na tax talk, a primeira integrada no âmbito da 8ª edição da Advocatus Summit, contou ainda com a presença de Marco Lebre, líder da Crest Capital Partners.

“O enquadramento fiscal dos fundos tem contribuído para maior captação de investidores. Um investidor individual paga 10%, o que é encorajador, já que estamos a falar de um investimento em que o retorno demora em média 7 a 8 anos e por isso é essencial captar investimento neste tipo de produtos. Temos de eliminar as barreiras que justifiquem um não investimento de um fundo em Portugal. Mas nem sempre é linear provar a não residência, nomeadamente e fundo de pensões que são os típicos investidores deste tipo de investimento. Se houvesse alguma coisa a melhorar, falaria neste campo a melhorar”.

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Durante duas manhãs, reunimos alguns dos principais nomes da advocacia de negócios em Portugal para debater os grandes temas que moldam a prática jurídica: Fiscalidade, governance e compliance, investimento em Portugal, Cibersegurança e IA, Concorrência e direitos do consumidor, Agribusiness, smart cities e o papel do advogado em projetos cross-border.

O principal evento que liga a advocacia aos agentes empresariais e da economia é uma iniciativa ECO e ADVOCATUS que contou com o apoio de: Abreu Advogados, CMS Portugal, CS’Associados, Deloitte Legal, EY Law, Morais Leitão, Pérez-Llorca, PLMJ, PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, Proença de Carvalho, PwC Portugal, Sérvulo & Associados, SRS Legal, TELLES e Vieira de Almeida.

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Greenvolt vende portefólio eólico e solar em Espanha por 195 milhões de euros

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

Envolvendo 28 projetos no país vizinho, o acordo foi efetuado através da parceria com a Green Mind Ventures e alcançado com a Transiziona, uma entidade da White Summit Capital.

O Grupo Grenvolt acordou a venda de um portefólio solar e eólico de 231 megawatt (MW), localizado em Espanha num valor que deverá ascender os 195 milhões de euros, anunciou hoje a empresa.

Em comunicado, o Grupo Greenvolt adianta que o acordo efetuado através da sua parceria com a Green Mind Ventures foi alcançado com a Transiziona, uma entidade da White Summit Capital.

A transação contempla 28 projetos e inclui a venda futura até à entrada em operação comercial de projetos com uma capacidade total de 145 MW e uma plataforma com um portefólio greenfield, com uma capacidade adicional de 86 MW.

João Manso Neto, CEO da Greenvolt

O grupo refere também que este acordo surgiu na sequência de um conjunto de transações recentemente anunciadas pelo Grupo Greenvolt no segmento de Utility-Scale, com um valor total de aproximadamente 530 milhões de euros.

O Grupo Greenvolt, empresa líder no setor das energias renováveis e parte do portfólio da KKR, acordou vender um conjunto de projetos renováveis – eólicos e solares – em Espanha com uma capacidade total de 231 MW.

Com esta última transação em Espanha, as vendas totais de ativos do Grupo, no decurso do ano 2025, atingiram aproximadamente os 530 milhões de euros.

“Esta transação em Espanha, que se segue às recentes vendas de ativos na Polónia, demonstra claramente a capacidade da Greenvolt em desenvolver projetos renováveis de grande escala em várias fases e com diferentes tecnologias”, disse CEO do Grupo Greenvolt, João Manso Neto, citado no comunicado.

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Inovação e Re-industrialização: O Imperativo Estratégico para Portugal

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  • 4 Junho 2025

Portugal enfrenta um paradoxo: vantagens de custo, mas falta de investimento em inovação. A inovação é essencial para transformar estas vantagens em competitividade.

A indústria europeia está em transformação devido a fatores geopolíticos e económicos. O modelo tradicional perdeu competitividade, com custos de energia elevados e menor investimento em I&D. A Alemanha, por exemplo, viu um aumento significativo nos pedidos de falência, registou 5.209 pedidos de falência nos primeiros três meses de 2024, um aumento de 19,5% no último trimestre de 2024 face ao período homólogo, o maior desde 2009, e um deslocamento de investimentos industriais para fora do país.

Esta dinâmica, juntamente com medidas da UE como o CBAM (Mecanismo de Ajuste de Carbono nas Fronteiras) e o Chips Act (reforço da produção de semicondutores), aponta para uma reorganização industrial que favorece a periferia europeia. Portugal, com custos de eletricidade baixos, energia verde abundante e mão de obra altamente qualificada, está bem posicionado para atrair investimentos. No entanto, o investimento em I&D é crucial para desenvolver uma indústria de alto valor acrescentado. Em 2022, Portugal investiu 1,7% do PIB em I&D, abaixo da média da UE e da OCDE, com uma produtividade industrial inferior.

Portugal enfrenta um paradoxo: vantagens de custo, mas falta de investimento em inovação. A inovação é essencial para transformar estas vantagens em competitividade. Sem uma aposta robusta na inovação, Portugal corre o risco de se tornar apenas um local de produção de baixo custo.

Ricardo Rosado, Diretor Inovação, EY

Para impulsionar a inovação, existe um vasto ecossistema de apoio. O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) aloca €763 milhões para a componente “Empresas 4.0” e €930 milhões em incentivos não reembolsáveis para as “Agendas para a Inovação Empresarial”. O Portugal 2030 mobiliza €23 mil milhões em fundos europeus, com o COMPETE 2030 a destinar €3.905 milhões à “Inovação e Transição Digital”.

Para que a re-industrialização seja abrangente, é crucial que este capital seja captável e se criem exemplos de modelos replicáveis, de forma a criar um ecossistema de apoio eficaz.

Mas não devemos continuar a investir os recursos disponíveis apenas na aceleração dos modelos de negócio existentes. É crucial identificar novos espaços de oportunidade e desenvolver novos modelos de negócio que aproveitem as disrupções criadas pelas tecnológicas emergentes. Somente assim poderemos garantir um futuro sustentável e competitivo para a nossa indústria.

Acredito que Portugal tem uma oportunidade única para se posicionar na vanguarda da nova era industrial europeia. As vantagens estratégicas são inegáveis, mas é imperativo intensificar o investimento em inovação e I&D. A aposta na digitalização e na Indústria 4.0, aliada à colaboração entre o setor público e privado, é a chave para superar as fragilidades estruturais.

Porque, no século XXI, quem não inova… depende. E quem depende, enfraquece. Portugal têm talento e todas as condições para ser um HUB de Inovação de referência numa Europa em transformação. É tempo de agir com determinação, transformando desafios em oportunidades e consolidando o papel de Portugal no novo mapa industrial europeu.

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Revolut estreia caixas ATM e lança sucursal em Portugal este verão

  • Lusa e ECO
  • 4 Junho 2025

As 50 primeiras caixas automáticas (ATM’s) com a marca Revolut serão lançadas nas próximas semanas em Madrid e Barcelona. Expansão para Portugal, Itália e Alemanha prevista para 2026.

A Revolut vai lançar a sucursal portuguesa durante este verão e pretende afirmar-se como “banco principal” dos clientes nacionais, disse à Lusa o diretor de crescimento para o sul da Europa, Ignacio Zunzunegui. A fintech vai ainda estrear caixas ATM em Espanha este ano e em Portugal em 2026.

A Revolut vai passar a ter caixas ATM, com as primeiras 50 a serem instaladas nas próximas semanas em Espanha, a que se seguirá a expansão para Portugal, Itália e Alemanha em 2026, anunciou esta quarta-feira o banco.

As primeiras caixas ATM da Revolut estarão em teste e disponíveis já nos próximos dias, entre 4 e 8 de junho, no recinto do festival Primavera Sound, que decorre em Barcelona.

Depois, nas semanas seguintes, serão instaladas 50 ATM nas cidades de Madrid e Barcelona, segundo informação divulgada pelo banco.

Após esta primeira fase, outros 150 terminais para levantamento de dinheiro e outros serviços serão instalados em Espanha, com o objetivo de chegar a um total de 200 ATM no país, em Madrid, Barcelona, Valência e Málaga.

A expansão para outros três países está prevista para 2026, nomeadamente, Portugal, Itália e Alemanha.

A Revolut fez “uma análise dos países em que o dinheiro [vivo] tem mais penetração” para definir estes mercados iniciais de instalação de ATM, explicou o diretor de crescimento para o sul da Europa do banco, Ignacio Zunzunegui.

Espanha, com cinco milhões de clientes da Revolut (é o segundo mercado europeu do banco, a seguir a França) e com 60% das transações no país a serem feitas em dinheiro, foi considerado como “mercado piloto ideal” para as caixas ATM, o primeiro grande serviço físico do banco.

“Identificámos também a Alemanha como outro mercado importante de cash [dinheiro vivo], assim como Portugal e Itália”, disse Ignacio Zunzunegui, que explicou que “há duas componentes” para a definição desta estratégia para a instalação e expansão dos ATM da marca: “a penetração de ‘cash'” e “a penetração da Revolut no mercado”.

“Portugal é um dos mercados em que temos maior penetração, cerca de 16 a 17% da população total. Se pensarmos em termos de adultos, é ainda maior. Portanto, é um dos seguintes mercados óbvios para lançar este negócio”, acrescentou, em declarações à Lusa na terça-feira, em Barcelona.

A intenção é que “ao longo de 2026” os ATM Revolut cheguem a Portugal, em princípio, a Lisboa e ao Porto, as cidades com maior presença de clientes do banco e também com grande movimento de turistas.

Banco Revolut lança sucursal em Portugal este verão

A Revolut anunciou ainda que vai lançar a sucursal portuguesa durante este verão e pretende afirmar-se como “banco principal” dos clientes nacionais.

Ao longo do verão lançamos a licença bancária e, depois disso, a nossa intenção é lançar também a integração com a rede Multibanco e, ao longo de 2026, outros produtos mais tradicionais que um cliente espera de um banco, com o objetivo de passarmos a ser o banco principal [dos clientes]”, disse Ignacio Zunzunegui, em declarações à Lusa, em Barcelona.

A Revolut, um banco online (fintech), anunciou em 19 de maio que vai criar em França uma sede para os mercados da Europa Ocidental e será a essa sede que pertencerá a futura sucursal do banco em Portugal.

A sucursal portuguesa da Revolut está anunciada desde março do ano passado e o atraso em relação à intenção inicial não se deveu às entidades de regulação portuguesas, com quem o banco tem “uma relação e uma colaboração muito boa”, mas “a uma questão de prioridades internas”, segundo Ignacio Zunzunegui.

Estamos em mais de 39 países e queremos lançar uma licença bancária em todos os principais mercados e isso implica mover ou atrasar [lançamentos] em alguns países, atendendo a diversas necessidades”, afirmou.

Além da licença bancária em Portugal, com a qual os clientes do banco passarão a poder ter um IBAN português, a Revolut pretende “ter um produto mais local“, adaptado ao consumidor nacional, nomeadamente, a integração na rede Multibanco e na rede MBWay.

“E depois iremos trabalhando para lançar produtos mais convencionais num banco”, disse Ignacio Zunzunegui, que referiu mais produtos de crédito ou novos produtos de poupança.

Pretende ainda que o mercado nacional se torne no de maior penetração de contas com domiciliação de ordenados do banco, assim que forem superadas duas “barreiras muito grandes” com o lançamento da sucursal: a não integração na rede Multibanco e a inexistência de um IBAN local.

Pensamos que superando estas barreiras temos muitos argumentos para passarmos a ser a conta principal dos clientes. Para mim, Portugal é, a par da Irlanda e mais um ou dois países, o país que tem maior potencial para demonstrar que a Revolut pode ser uma das ‘top 3’ entidades financeiras do mercado”, afirmou Ignacio Zunzunegui, que disse falar em termos de número de clientes e num prazo de três a quatro anos. “Mas também ao nível de depósitos iremos trabalhando nesse sentido”, acrescentou.

Portugal é, a par da Irlanda e mais um ou dois países, o país que tem maior potencial para demonstrar que a Revolut pode ser uma das top 3 entidades financeiras do mercado.

Ignacio Zunzunegui

Diretor de crescimento para o sul da Europa

 

A Revolut não revelou valores de investimento estimados para Portugal, nem previsões para novos postos de trabalho no país. Opera atualmente em Portugal através da sucursal da Lituânia, ao abrigo do regime de livre prestação de serviços.

Segundo explicou a Revolut em 19 de maio, a sucursal portuguesa ficará inicialmente dependente do Revolut Bank UAB (o banco da Revolut na Lituânia), mas o objetivo é que passe a ficar dependente do banco francês quando este estiver operacional.

Além de Portugal, também os mercados de Itália, Espanha, Irlanda e Alemanha ficarão dependentes do banco francês.

Os depósitos de clientes residentes em Portugal na Revolut são atualmente cobertos pelo fundo de garantia de depósitos lituano e o mesmo se continuará a passar quando a Revolut abrir a sucursal de Portugal e esta estiver dependente do Revolut Bank UAB, disse à Lusa, em maio, fonte oficial da entidade financeira.

O grupo Revolut teve lucros de 934 milhões de euros em 2024, mais do dobro face aos 395 milhões de euros de 2023.

Segundo a informação divulgada em abril, as receitas mundiais da instituição financeira digital aumentaram para 3.700 milhões de euros em 2024, acima dos 2.100 milhões de euros de 2023, devido ao crescimento das receitas de todas as áreas de negócio.

A nível global, a Revolut tem 55 milhões de clientes e o objetivo é ultrapassar os 100 milhões nos próximos anos.

Em Portugal, o banco, especializado no segmento de viagens, tem mais de 1,5 milhões de clientes.

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Nunca houve tantas exportadoras em Portugal. Mais de 40% das empresas do Norte vendem lá fora

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

Portugal atingiu um marco histórico com 41.359 exportadoras. Grandes empresas asseguraram mais de metade (58%) do valor total vendido ao exterior em 2023, mostra estudo da consultora Informa D&B.

Portugal atingiu um marco histórico com 41.359 empresas exportadoras e o Norte afirma-se novamente como a região mais exportadora, de acordo com um estudo da Informa D&B divulgado hoje.

A região Norte realiza cerca de 35% do valor total das exportações portuguesas sendo que 42% das empresas sediadas na região são exportadoras.

Já a Grande Lisboa cresceu 1,8 pontos percentuais (p.p) desde 2019 em número de exportadoras sendo que 32% das suas empresas já exportam.

Segundo o estudo “As Empresas Exportadoras em Portugal” da Informa D&B que analisou dados até 2023, a dimensão das empresas está relacionada com a sua capacidade exportadora. Entre as microempresas, que constituem 94% do tecido empresarial, apenas 9% são exportadoras.

Por outro lado, e representando apenas 0,3% do tecido empresarial, 56% das grandes empresas são exportadoras, assegurando também mais de metade (58%) do valor total das exportações.

Porto de LeixõesAPDL

As exportações portuguesas estão concentradas nas indústrias, serviços empresariais e grossistas, que em conjunto reúnem 56% das empresas exportadoras.

Porém o setor das Tecnologias de Informação e Comunicação voltou a registar a maior subida em número de exportadoras, representando agora 12% do total.

Lê-se no documento que o número de exportadoras está a crescer há mais de uma década, tendo acelerado nos últimos anos, com mais de 5.000 novas exportadoras a surgir entre 2020 e 2023.

Esta evolução, e apesar da sua queda no período da pandemia, trouxe às exportações um peso cada vez maior na produção de riqueza sendo que em 2023 as exportações corresponderam a cerca de metade do PIB nacional, quase o dobro do registado há 20 anos.

Em 2023 registou-se, no entanto, uma travagem no negócio das exportadoras, devido ao recuo nas exportações de bens, já que os serviços registaram crescimento em 2023.

Quase três quartos das exportações são de bens (72%), embora a maioria das empresas exportadoras (56%) assente o seu negócio na venda de serviços.

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Hugo Soares pressiona PS a aprovar dois primeiros Orçamentos, mas bloco central é “ideia morta”

  • ECO
  • 4 Junho 2025

Líder parlamentar do PSD frisa a necessidade de entendimentos com o PS em “matérias essenciais” e começa a pressionar os socialistas para a aprovação do Orçamento do Estado para… 2027.

A ideia de um bloco central entre PSD e PS é uma “ideia morta” no entendimento do líder parlamentar social-democrata, Hugo Soares. Em entrevista à Antena 1, sublinha, no entanto, que “outra coisa (…) é os dois partidos entenderem-se em matérias essenciais”.

Hugo Soares salientou que “não é possível” avançar com reformas estruturais sem pactos com os restantes partidos, a começar pelos socialistas. Assim, o Governo está disponível para conversar com o futuro líder do PS, José Luís Carneiro, mas também com o Chega em determinadas matérias, que “é um partido como os outros”, embora acuse André Ventura de ser um “catavento”.

Quanto à aprovação do próximo Orçamento do Estado, Hugo Soares, que é também secretário-geral do PSD, defende que a inviabilização “seria, mais uma vez, uma espécie de haraquiri da oposição”, numa referência ao ritual suicida japonês.

“Não concebo sequer a hipótese de este Orçamento não ser viabilizado no Parlamento, mas quero dizer mais: eu não concebo a hipótese do Orçamento do próximo ano [para 2027] também não ser”, advertiu o parlamentar laranja em declarações ao podcast Política com Assinatura, emitido pela rádio pública.

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Hoje nas notícias: corrupção, saúde e pobreza

  • ECO
  • 4 Junho 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A esmagadora maioria dos crimes por suspeitas de corrupção são investigados durante 2,6 anos e depois arquivados. O SNS teria de admitir mais 14 mil para dispensar trabalho complementar. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Crimes de corrupção levam 2,6 anos a investigar

O relatório anual da Mecanismo Nacional Anticorrupção (Menac) mostra que a esmagadora maioria dos crimes por suspeitas de corrupção são investigados durante 2,6 anos. Depois desse tempo, os processos são arquivados devido à dificuldade em recolher elementos de prova da prática desse crime.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

SNS teria de admitir mais 14 mil para dispensar trabalho complementar

Entre 2018 e 2022, as horas extraordinárias e as horas em prestação de serviço feitas no SNS aumentaram 38,9%, ou seja, o trabalho complementar passou de cerca de 18,3 milhões de horas para 25,5 milhões, de acordo com o relatório do Centro de Planeamento e de Avaliação de Políticas Públicas (Planapp). Para dispensar este trabalho complementar, “identificou-se que, para 2022, seriam necessários 14.286 profissionais adicionais” no equivalente a tempo completo (ETC) – “cerca de 10% da força de trabalho do SNS” naquele ano.

Leia a notícia completa no Público (acesso livre)

Fabricante dos F-35 procura fornecedores portugueses

A gigante de defesa norte-americana, Lockheed Martin, assinou um memorando de entendimento com a AED Cluster Portugal com o objetivo de identificar potenciais empresas portuguesas para “integrar futuras atividades industriais” ligadas ao caça de quinta geração F-35. Caso a Força Aérea portuguesa compre as aeronaves, as empresas nacionais poderão ajudar na produção de componentes, investigação e desenvolvimento, bem como na manutenção e formação.

Leia a notícia completa na CNN (acesso livre)

Quem ganha menos de 746 euros na Grande Lisboa fica abaixo do limiar de pobreza

O limiar da pobreza a nível nacional está nos 632 euros líquidos mensais, mas o limar varia conforme a localização geográfica. A título de exemplo, na Grande Lisboa e na península de Setúbal o limiar da pobreza está acima da média nacional, o que significa que quem reside nestas regiões tem que ter um rendimento mínimo mensal acima de, respetivamente, 746 euros e 657 euros, para não estar em risco de pobreza.

Leia a notícia completa no Público (acesso livre)

Agressões a médicos e enfermeiros estão a aumentar

Os profissionais de saúde e polícias garantem que a violência voltou a aumentar o ano passado. Embora os dados de 2024 ainda não tenham sido revelados, os núme­ros anun­ci­a­dos pela PSP no iní­cio de abril mostram que em 2023, num uni­verso de 148 mil pro­fis­si­o­nais de saúde, foram regis­ta­das “2359 situ­a­ções de vio­lên­cia, o que cor­res­ponde a um aumento de 539 regis­tos (mais 30%) face a 2022”. Médicos e enfermeiros exigem medidas para travar aumento das agressões

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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Feira do Livro de Lisboa abre hoje com 350 pavilhões

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

A 95.ª Feira do Livro de Lisboa conta com 350 pavilhões e 963 marcas editoriais. Estão previstos mais de 3.000 eventos, dos quais 1.200 com a presença de autores.

A 95.ª Feira do Livro de Lisboa abre esta quarta-feira, às 12:00, para mais uma edição que, até ao dia 22 de junho, enche o Parque Eduardo VII com lançamentos de livros, autógrafos, debates e outros eventos literários.

A feira regressa mais uma vez àquele jardim de Lisboa, que já atingiu o “limite de espaço físico”, e que este ano, além de contar com 350 pavilhões e 963 marcas editoriais, apresenta uma iniciativa verde inédita, que permitirá plantar milhares de árvores, num investimento de 135 mil euros.

A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) espera ultrapassar o ano passado em número de iniciativas culturais, estando previstos mais de 3.000 eventos, dos quais 1.200 com a presença de autores.

Uma das grandes novidades deste ano é o projeto sustentável “Vamos plantar livros”, em parceria com a The Navigator Company, que associa a venda de livros à plantação de árvores, sendo que, por cada 100 livros vendidos, será plantada uma árvore, estimando-se um total de cerca de 8.000 novas árvores a serem plantadas em Portugal.

Este ano inaugura-se uma nova praça, haverá mais rampas portáteis e cadeiras de rodas, disponibilizadas pela Santa Casa da Misericórdia, para pessoas com mobilidade reduzida.

Os eventos com língua gestual portuguesa e a existência de um alfabeto de cores para daltónicos, que, entre outras coisas, ajuda as pessoas a orientarem-se nas praças, definidas por cores, também estão de regresso nesta edição.

A programação infantil foi reforçada, com oficinas, leituras encenadas e o regresso do “Acampar com Histórias” na Estufa Fria.

Entre os serviços disponíveis, regressam o bengaleiro, que disponibiliza o envio postal de livros e o armazenamento temporário de objetos, uma área de restauração ampliada e campanhas de doação e reciclagem de livros.

Quanto aos horários da feira, nos dias úteis, de segunda a quinta-feira, funcionará entre as 12:00 e as 22:00, ao passo que às sextas-feiras e vésperas de feriado (dias 09, 12 e 18 de junho), o horário estende-se até às 23:00.

Nos sábados, o certame abre às 10:00 e fecha às 23:00, enquanto nos domingos e feriados (dias 10, 13 e 19), os pavilhões podem também ser visitados a partir das 10:00, mas encerram às 22:00.

A “Hora H” está de regresso, na última hora da feira, mas apenas de segunda a quinta-feira, permitindo aos visitantes comprarem livros nos pavilhões aderentes com descontos mínimos de 50% em títulos selecionados, no entanto, na primeira semana (hoje e quinta-feira) não haverá “Hora H”.

A cerimónia de inauguração terá lugar no Auditório Sul, pelas 12:00, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.

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Novo apoio de 315 milhões a empresas avança com ‘sobras’ do PRR e gestão do Banco de Fomento

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

Novo instrumento terá gestão do Banco de Fomento e foco na adoção industrial de tecnologias como a inteligência artificial e no reforço da base industrial e tecnológica nacional de defesa e segurança.

O Governo lança esta quarta-feira um instrumento financeiro destinado a investimentos inovadores em empresas, com uma dotação inicial de 315 milhões de euros através de verbas sobrantes de outros programas financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Este instrumento tem uma dotação inicial de 315 milhões de euros, vai ser gerido pelo Banco Portugal de Fomento (BPF) e receberá as verbas sobrantes de outros programas financiados com as subvenções do PRR, para serem aplicadas em investimentos inovadores em empresas”, revelou hoje, em comunicado, o gabinete do ministro Adjunto e da Coesão Territorial.

De acordo com o ministério, o BPF prevê que, até 2026, o novo mecanismo “induza um investimento total de mais de 800 milhões de euros em inovação empresarial, através da canalização de apoio financeiro para a reindustrialização do tecido empresarial num ambiente mais favorável à inovação”.

A prioridade deste “Instrumento Financeiro para a Inovação e Competitividade” será dada “ao desenvolvimento e à adoção industrial de tecnologias emergentes como a inteligência artificial e o reforço a base industrial e tecnológica nacional de defesa e segurança”.

“O Governo tomou a opção política de fazer reverter para o tecido empresarial, PME e grandes empresas, as verbas sobrantes dos outros programas e medidas do PRR, quer resultem de poupanças ou de dificuldades ou atrasos de execução”, frisou o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.

Gonçalo Regalado, presidente do Banco de Fomento, em entrevista ao programa/podcast “O Mistério das Finanças”Henrique Casinhas/ECO

O ministro sublinhou que, desta forma, são garantidos dois objetivos: “Apoiar mais investimentos inovadores que aumentem a competitividade das empresas portuguesas; e assegurar que, no final de 2026, não haverá qualquer montante por aplicar das subvenções que a Comissão Europeia disponibilizou a Portugal”.

O BPF irá adotar uma “metodologia de execução flexível, tendo como objetivos incentivar o investimento privado e melhorar o acesso ao financiamento para as empresas poderem desenvolver projetos inovadores”, sublinhou ainda o ministério.

“Por se tratar de um instrumento financeiro gerido por um banco promocional, o BPF, a sua execução será mais flexível em termos de ritmos e prazos de execução”, apontou o ministro da Economia, Pedro Reis, citado na mesma nota de imprensa.

O Governo sublinhou ainda que esta nova medida “tem uma forte ligação às necessidades elencadas no Relatório Draghi” e no quadro estratégico “Bússola para a competitividade” da Comissão Europeia.

“O objetivo é contribuir para reposicionar a Europa e diminuir drasticamente o seu défice de inovação face a países como os Estados Unidos da América e a China, bem como a dependência de fornecedores externos, mantendo a dupla aposta nas transições climática e digital”, pode ler-se ainda.

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Universidade Alfonso X el Sabio antecipa as novas profissões e competências que as empresas vão exigir

  • Servimedia
  • 4 Junho 2025

A Universidade Alfonso X el Sabio (UAX) publicou o relatório “Como a tecnologia continua a transformar as profissões. A perspetiva do mundo do trabalho e do mundo académico”.

Um estudo elaborado em colaboração com o MIT Technology Review em espanhol que analisa as profundas mudanças que a tecnologia está a provocar no mercado de trabalho para antecipar o que será o futuro do trabalho e como os planos de formação terão de evoluir para responder a esta nova configuração, tornando-se também uma alavanca para a empregabilidade.

Dentro do mix de profissões antecipadas pelo estudo, são particularmente fortes os perfis ligados à implementação da IA, como Formador de IA, Gestor de Implementação de IA, Auditor de Algoritmos ou Formadores especializados em IA. A estes perfis juntam-se o Data Scientist e o Especialista em Cibersegurança, duas áreas tecnológicas que já estão a desempenhar um papel importante no desenvolvimento das economias nacionais e cuja criticidade aumentará com a chegada de tecnologias como a computação quântica.

Para além das profissões mais tecnológicas, o relatório aponta para a chegada de novos perfis noutros domínios concebidos como mais tradicionais. É o caso do Direito, onde será necessário ter Juristas especializados em novas tecnologias; da Energia, que necessitará de Investigadores em energias renováveis; ou da Saúde, onde será cada vez mais necessário incorporar Engenheiros em robótica ou Biotecnólogos, para explorar todo o potencial de domínios como a genómica.

Também neste grupo de profissões reinventadas encontramos os Linguistas, para o processamento da linguagem natural, e os Eticistas, profissionais da filosofia, da ética, dos recursos humanos ou da sociologia que ajudarão a garantir que a adoção tecnológica seja feita numa perspetiva humanista.

O relatório afirma que a rutura tecnológica está a conduzir a uma transformação das competências necessárias aos profissionais que, por vezes, atinge quase todos os setores. O relatório refere ainda que um dos grandes riscos desta transformação profunda e acelerada é o surgimento de desigualdades no ritmo de adoção e implementação da tecnologia, o que pode ter um impacto negativo em grupos como os trabalhadores seniores. E lembre-se que tanto os jovens talentos, que oferecem afinidade digital, como os perfis seniores, que fornecem experiência, são essenciais no processo de adoção tecnológica.

Para enfrentar este novo paradigma, as empresas estão empenhadas em formar e educar o talento que já possuem, bem como em procurar novos perfis profissionais. Neste sentido, as estratégias de upskilling e reskilling são combinadas com metodologias de learning by doing para ganhar agilidade.

Assim, a colaboração com as empresas ajuda a alinhar a formação que os futuros profissionais recebem na universidade com as competências de que irão necessitar. No entanto, as instituições de ensino enfrentam desafios para responder a este novo contexto laboral. Em particular, o relatório identifica entre os seus desafios a assimetria na adoção de tecnologias entre professores e alunos. Um facto que o primeiro relatório do Observatório do Impacto da Tecnologia nas Profissões sobre a IA, que confirmou que 75% dos estudantes universitários utilizam esta tecnologia, em comparação com 36% dos professores, já assinalava. No entanto, o relatório também alerta para os riscos associados à tecnologia, como a batota, que devem ser orientados para o desenvolvimento ético do estudante.

A elaboração desta análise contou com a participação de um painel de especialistas composto por representantes de setores que estão a liderar a mudança: Isabel Fernández, Diretora de Dados e IA da Babel e ex-reitora da UAX; Ignasi Belda, Diretor Geral da Agência Espanhola de Supervisão da Inteligência Artificial (AESIA); Antonio Herrero, Diretor de IA e Big Data Analytics da Quirónsalud; Guillermo Lorbada, Chefe de Novas Formas de Trabalho da Repsol, e Carles Aldeguer, Diretor de Engenharia de Processos do CaixaBank. A sua visão conjunta permite-nos traçar um mapa multissetorial, atualizado e realista das necessidades e expectativas das empresas em termos de atração de talentos, dos desafios que a digitalização acarreta e das respostas que podem ser oferecidas pelas diferentes indústrias.

À medida que surgem novas tecnologias, é necessário dispor de profissionais formados para as integrar da forma mais adequada nas empresas. Ao mesmo tempo, estes profissionais irão impulsionar novas aplicações que farão mover a roda da inovação para despoletar a chegada de outras tecnologias mais avançadas.

Esta mudança constante no mercado de trabalho está atualmente a ser impulsionada por tecnologias disruptivas como a IA, enquanto outras que podem não ser novas, mas que estão a encontrar novas aplicações que acentuam as mudanças nos ambientes de trabalho, continuam a ser fundamentais. É o caso de tecnologias como a Nuvem ou as ferramentas de fluxo de trabalho para a automatização de processos. A par destas, o relatório centra-se na Computação Quântica pelo seu potencial disruptivo à medida que se vai integrando nas empresas.

O estudo salienta ainda que existem competências técnicas, como a programação ao nível do utilizador ou o prompting, que são essenciais para os futuros profissionais e identifica as competências interpessoais, motivacionais, atitudinais e comportamentais (soft skills) de que necessitam para a sua entrada no mercado de trabalho. Estas incluem o pensamento crítico, o empenhamento, a curiosidade, a adaptabilidade e a inteligência emocional.

Durante o evento, o Presidente da Câmara Municipal de Madrid, José Luis Martínez-Almeida, visitou o Campus Chamberí da UAX Madrid, um centro de inovação onde convivem empresas, startups e estudantes.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 4 de junho

  • ECO
  • 4 Junho 2025

Ao longo desta quarta-feira, 4 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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