Filipe Serrano é o novo CEO da Fidelidade Macau

  • ECO Seguros
  • 1 Abril 2025

O ex-vice-presidente do regulador de seguros assume funções esta terça-feira, substituindo Paulo Barbosa que ocupou o cargo desde 2015.

Filipe Aleman Serrano, ex-vice-presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), foi nomeado CEO da Fidelidade em Macau, cargo que ocupa a partir desta terça-feira, indicou o Grupo Fidelidade ao Eco.

Filipe Serrano será agora administrador da Fidelidade Life e Fidelidade Macau.

O novo CEO substitui Paulo Barbosa que liderou a companhia ao longo de 16 anos, primeiro como General Manager em 2009 e depois como CEO desde 2015. A partir deste mês é diretor não-executivo na Fidelidade Macau e Fidelidade Life que, segundo avançou o Macaubusiness, é uma mudança que o responsável e a companhia têm planeado há algum tempo.

O Conselho de Administração é presidido por André Cardoso e constituído por William Mak, Paulo Barbosa, Ivan Cheung e, claro, por Filipe Serrano.

Nos últimos dois anos antes de assumir a liderança da Fidelidade Life e Fidelidade Macau, Aleman Serrano, ocupou o cargo de administrador executivo da Multicare e não executivo da La Positiva, a seguradora do Grupo Fidelidade no Peru. O responsável já era membro da comissão executiva da Fidelidade em Macau desde janeiro deste ano, refere o jornal.

Serrano juntou-se ao quadro da Fidelidade em 1991 e lá permaneceu até ser nomeado vice-presidente do regulador de seguros português em 2012. Ocupou o cargo de vice-presidente durante uma década e desde a sua saída em 2022 o cargo de vice-presidente da ASF está vazio, tendo sido Rui Baleiras, atual coordenador da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), escolhido para o cargo este ano – o Governo em gestão está a avaliar se ainda tem poderes para o nomear.

Doutorado em Gestão e com um MBA, Aleman Serrano já foi professor na Universidade Nova de Lisboa, na Catolic Business and Economics e no IDEFE e ISEG.

A Fidelidade está presente em Macau desde 1999, operando inicialmente através de duas sucursais: uma dedicada aos seguros de Vida e Gestão de Fundos de Pensões, e outra aos seguros dos Ramos Gerais. ​

Em outubro de 2015, foi constituída a Fidelidade Macau — Companhia de Seguros, S.A., assumindo as operações de seguros não vida anteriormente realizadas pela sucursal correspondente. ​

Posteriormente, em março de 2020, foi criada a Fidelidade Macau Vida — Companhia de Seguros, S.A., uma empresa local dedicada aos seguros de vida e fundos de pensões, reforçando a presença corporativa da Fidelidade na região.

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Turismo de Portugal gasta até 907 mil euros com avaliação da estratégia de media

  • Lusa
  • 1 Abril 2025

O objetivo é "avaliar a eficácia das ações de comunicação e de relações públicas desenvolvidas nos mercados-alvo e, desta forma, otimizar a presença e influência mediática"

O Turismo de Portugal vai avançar com uma avaliação da eficácia do plano de comunicação com os media internacionais, podendo para isso gastar cerca de 900 mil euros, segundo uma portaria publicada em Diário da República.

Para desenvolver esta análise, o Turismo de Portugal vai “iniciar um procedimento pré-contratual de concurso público internacional para a aquisição de serviços de avaliação mediática e digital“, lê-se na portaria, contrato que terá um período de vigência de 36 meses.

O valor global não deverá exceder o montante máximo de 738.000 euros, a que acresce IVA à taxa legal em vigor, perfazendo o montante de 907.740 euros, envolvendo despesa em anos económicos diferentes, de 2025 a 2027.

Estes encargos “são suportados por verbas do Turismo de Portugal, I. P., com financiamento através de receita própria, inscritas e a inscrever no respetivo orçamento”.

A avaliação vai incidir sobre diferentes tipos de media, designadamente televisão, rádio, jornais e revistas impressos e media digitais, incluindo redes sociais e blogs, tendo em vista analisar as referências ao Destino Portugal e/ou à marca VisitPortugal.

O objetivo desta análise da performance da relação com os media é “avaliar a eficácia das ações de comunicação e de relações públicas desenvolvidas nos mercados-alvo e, desta forma, otimizar a presença e influência mediática do destino e da marca VisitPortugal nos referidos mercados”.

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Bruxelas propõe reafetação na coesão para mobilidade militar e habitação acessível

  • Lusa
  • 1 Abril 2025

Comissão Europeia propõe aos Estados-membros que reprogramem "parte dos seus fundos de coesão 2021-2027 para reforçar as capacidades de defesa e financiar a habitação acessível.

A Comissão Europeia propôs esta terça-feira uma reafetação das verbas da Coesão para promover a mobilidade militar e reforçar as capacidades de defesa, bem como para duplicar o financiamento disponível para habitação acessível na União Europeia (UE).

“Hoje, a Comissão Europeia está a rever a política de coesão da UE para apoiar melhor a competitividade e a descarbonização da UE, a defesa e a segurança, as regiões fronteiriças orientais, bem como a habitação a preços acessíveis, a resiliência da água e a transição energética”, anuncia a instituição.

Vincando que a ideia é “tornar a política de coesão mais eficaz, incentivando os Estados-membros e as regiões a investir nas prioridades estratégicas europeias”, o executivo comunitário propõe aos Estados-membros que reprogramem “parte dos seus fundos de coesão 2021-2027 para novos investimentos no contexto da atual revisão intercalar da política de coesão”.

No que toca à segurança e defesa, uma das principais prioridades comunitárias, a proposta de hoje visa que os países da UE “utilizem os atuais fundos de coesão para construir infraestruturas resistentes que promovam a mobilidade militar”, permitindo ainda “apoiar as capacidades produtivas das pequenas e grandes empresas” deste setor.

Por outro lado, e quando existe uma crise habitacional no bloco comunitário que afeta principalmente os mais jovens e os mais vulneráveis, a Comissão Europeia sugere “duplicar o montante do financiamento da política de coesão consagrado à habitação a preços acessíveis”.

Além disso, os Estados-membros poderão igualmente mobilizar financiamentos privados e públicos através de um novo instrumento financeiro criado em conjunto com o Banco Europeu de Investimento.

Outras vertentes da reafetação agora sugerida incluem a resiliência dos recursos hídricos, a transição energética e a competitividade e descarbonização.

As alterações às legislações da política de coesão, propostas no contexto da revisão intercalar de 2025, vão ser agora discutidas pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho, sendo que a Comissão quer concluir a reprogramação ainda este ano para que os novos programas possam ser executados a partir do início de 2026.

Os países vão ter de rever os seus planos e Bruxelas terá de dar o seu aval para, idealmente em janeiro de 2026, as mudanças estarem em vigor.

Com um orçamento de 392 mil milhões de euros para o atual período de programação 2021-2027, a política de coesão é a principal política de investimento da UE.

Estima-se que este financiamento da política de coesão em 2021-2027 possibilite a criação de 1,3 milhões de postos de trabalho nos 27 países e o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) da UE em 0,5% em média.

Em Portugal, um dos principais beneficiários destas verbas, os fundos da política de coesão deverão fazer crescer a economia nacional em mais 3% até 2029.

O quadro comunitário em vigor na UE prevê cerca de 23 mil milhões de euros para Portugal executar os programas da coesão.

A proposta de hoje surge depois de, no início de março, Bruxelas ter avançado com um plano de 800 mil milhões de euros para reforçar as capacidades de defesa da UE, que inclui, entre outras medidas, a reafetação de verbas da coesão para investir neste setor.

Pelo peso dos montantes da coesão no país, não é certo que o país vá recorrer a tal vertente do plano.

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Gouveia e Melo diz que “não há opção” alternativa ao gasto em Defesa

  • Lusa
  • 1 Abril 2025

O almirante voltou ainda a referir que há "outra coisa mais inteligente" do que o regresso do Serviço Militar Obrigatório. "É uma reserva das pessoas que passam pelas Forças Armadas", disse.

O ex-chefe do Estado Maior da Armada Henrique Gouveia e Melo considerou esta terça-feira que “não há opção” alternativa ao investimento em Defesa, mas defendeu inteligência tanto para a economia como para a preservação do Estado Social.

Qual é a opção? Há alguma outra opção? A opção é não nos defendermos quando estamos a ser atacados? A opção é não ripostarmos se nos quiserem tirar a liberdade? Não, não há opção”, disse Henrique Gouveia e Melo em Matosinhos (distrito do Porto), onde participou na What’s Next Summit 2025, que decorreu na Porto Business School.

O almirante respondia a uma questão acerca das declarações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que na segunda-feira associou o investimento na indústria de Defesa ao bem-estar no dia-a-dia e liberdade individual dos cidadãos, vincando que “Portugal tem hoje condições excelentes para albergar investimentos” no setor.

“O que temos é de fazer de forma mais inteligente, tentando beneficiar também a economia com tudo o que tiver de ser feito na área da Defesa, e há ou não há essa possibilidade? Eu e outros achamos que há essa possibilidade”, assinalou.

Para Gouveia e Melo, investindo na Defesa pode acabar por resultar em “investir em tecnologia, tecnologia essa que aumenta a produtividade da economia, e aumentando a produtividade da economia, retorna à economia o que foi retirado para investir na Defesa, tendo como coisa subsidiária e complementar” a preparação “para qualquer ameaça”.

Já questionado se o investimento em Defesa não poderia comprometer serviços básicos como a Saúde, Educação ou o Estado Social, Henrique Gouveia e Melo recorreu novamente a inteligência na tomada de decisão. “Temos que ser inteligentes na forma como fazemos esses investimentos, precisamente para tentar preservar ao máximo o Estado Social que todos queremos”, referiu.

O almirante voltou ainda a referir que há “outra coisa mais inteligente” do que o regresso do Serviço Militar Obrigatório. “É uma reserva das pessoas que passam pelas Forças Armadas e podem constituir uma reserva até aos 50 anos se o Estado assim os quiser organizar”, sustentou.

Henrique Gouveia e Melo recusou também responder a questões dos jornalistas sobre a atual situação política ou a uma eventual candidatura sua à Presidência da República.

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Há famílias com menos 800 euros de reembolso no IRS. Outras têm de pagar imposto

"Os contribuintes adiantaram menos imposto ao Estado com a redução das tabelas de retenção, por isso, agora estão a ser confrontados com um reembolso menor", explica a bastonária da OCC, Paula Franco.

A campanha para a entrega da declaração do IRS arrancou esta terça-feira, dia 1, e muitas famílias estão a ser confrontadas com um reembolso menor. Outras até vão ter de pagar imposto, pela primeira vez. “Isto acontece porque os contribuintes adiantaram menos imposto ao Estado com a dupla redução das tabelas de retenção, no ano passado”, esclarece a bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), Paula Franco, em declarações ao ECO. O alerta já tinha sido dado no ano passado, aquando da descida extraordinária dos descontos.

No entanto, sinaliza Paula Franco, “os contribuintes não estão a ser prejudicados, porque o imposto efetivamente baixou e por duas vezes, no âmbito do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) e depois com a aprovação de um novo alívio fiscal, proposto pelo PS e aprovado a meio do ano, com efeitos a 1 de janeiro. “O que acontece é que os contribuintes ficaram com mais dinheiro no bolso ao longo do ano e agora têm de fazer o acerto de contas”, salienta a bastonária.

Simulações realizadas pela OCC mostram que um trabalhador solteiro e sem filhos, com um salário de mil euros mensais brutos, teve um reembolso de 439,97 euros, no ano passado. E, agora, vai receber 243,39 euros, ou seja, menos 196,58 euros. Esta variação decorre igualmente de uma redução da retenção na fonte em 466 euros, que passou de 1.432 euros para 966 euros. Mas o imposto global também baixou, de 992,03 para 722,61 euros. Nestas contas, foram consideradas deduções à coleta com despesas gerais e familiares, saúde e educação de 600 euros, assinala a Ordem dos Contabilistas.

No caso de um trabalhador com um ordenado de 2.300 euros mensais ilíquidos, o reembolso vai encolher 794,76 euros, passando de 913,60 euros para 118,84 euros. Mais uma vez, esta diferença reflete a descida dos descontos: em 2023, este contribuinte reteve 7.410 euros e, no ano passado, adiantou apenas 5.560 euros, isto é, menos 1.850 euros. De salientar que, apesar da descida do reembolso, o imposto recuou 1.055,24 euros: a coleta final líquida era de 6.496,40 euros e passou para 5.441,16 euros.

Noutra situação, a OCC nota que um solteiro sem dependente a ganhar 2.500 euros por mês estava habituado a um reembolso de 907,60 euros e, agora, vai receber apenas 70,84 euros. São menos 836,76 euros. De igual modo, esta descida é uma consequência das tabelas de retenção na fonte. Este trabalhador descontou, no passado, 6.506 euros, menos 1.934 euros face aos 8.440 euros que reteve em 2023. Também neste caso o IRS a liquidar diminuiu de 7.532,40 euros para 6.435,16 euros.

No ano passado, foram aprovadas duas descidas do IRS, uma por via do OE2024, que atualizou os escalões me 3% e reduziu as taxas entre 1,25 pontos percentuais (p.p.) e 3,5 p.p. até ao quinto patamar de tributação. Depois, o PS conseguiu aprovar um novo alívio fiscal, com ajuda do Chega, e à revelia de PSD, e CDS, os partidos que suportam o Governo da Aliança Democrática (AD) de Luís Montenegro. Esta nova alteração levou a uma descida das taxas entre 0,25 e 1,5 pontos até ao 6.º escalão do IRS com efeitos a 1 de janeiro de 2024.

Para fazer refletir retroativamente a redução do imposto nas tabelas de retenção na fonte, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, decidiu baixar significativamente os descontos nos meses de setembro e outubro do ano passado. Até então, ordenados até 934 euros mensais brutos, no caso de um solteiro sem filhos, não descontava IRS. Com o mecanismo extraordinário criado para aqueles dois meses, salários até 1.175 euros não tiveram de adiantar imposto ao Estado, durante aqueles dois meses.

Nas pensões, não houve lugar a retenção na fonte até aos 1.202 euros para um solteiro, divorciado, viúvo ou casado (dois titulares), quando este reformado costumava descontar a partir dos 838 euros mensais.

“Como consequência, se os contribuintes descontaram muito menos, agora têm de fazer um acerto de contas com o Estado, podendo ter reembolsos menores ou até ter de pagar imposto”, aponta Paula Franco.

Beneficiários do IRS Jovem saem a ganhar

Em sentido inverso, “os contribuintes que beneficiem do IRS Jovem vão ter um reembolso muito maior”, assinala a bastonária da Ordem dos Contabilistas. Em causa está o regime anterior, criado pelo Governo de António Costa, que dá uma isenção faseada, entre 100% e 25%, a jovens com 26 ou 30 anos com licenciatura ou doutoramento, respetivamente, durante cinco anos.

O novo mecanismo, aprovado pelo Executivo de Luís Montenegro, que alarga o benefício a dez anos e aos 35 anos de idade, independentemente das habilitações literárias, e isenta uma fatia mais considerável de rendimentos, só começou a ser aplicado aos rendimentos deste ano. Logo, só pode ser acionado na declaração de 2025.

“O benefício para os trabalhadores com IRS Jovem será muito melhor por via da atualização do Indexante dos Apoios Sociais (IAS). Por isso, estes contribuintes vão ter um reembolso maior”, sinaliza Paula Franco.

Em causa está o modelo de isenções previsto no IRS Jovem que é guiado pelo IAS. Em 2024, aquele referencial subiu 6%, passando de 480,43 euros para 509,26 euros. Assim, no primeiro ano do regime, a isenção de 100% abrange rendimentos até 40xIAS. Ou seja, o limite deu um salto de 1.158,4 euros, passando de 19.212 euros para 20.370,4 euros anuais.

No segundo ano, o teto de 30xIAS, subiu de 14.412,9 euros para 15.277,8 euros; no terceiro e quarto anos, o limite de 20xIAS avançou de 9.608,6 euros para 10.185,2 euros; e, no último e quinto ano, os rendimentos alvo do benefício (10xIAS) passaram de 4.804,3 euros para 5.092,6 euros.

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Telles reforça equipa de Imobiliário, Construção e Urbanismo

Gonçalo Dias é o novo associado da Telles. O advogado vai integrar a equipa da área de Imobiliário, Construção e Urbanismo.

A sociedade de advogados Telles reforçou a equipa de Imobiliário, Construção e Urbanismo com a integração de Gonçalo Dias, na qualidade de associado.

Gonçalo Dias possui uma vasta experiência em Direito do Urbanismo e Ordenamento do Território, tendo desenvolvido a sua atividade no aconselhamento jurídico e na elaboração de pareceres em matérias de urbanismo, como obras de edificação e demolição, obras de urbanização e operações de loteamento, expropriações, unidades de execução, e classificação e qualificação do solo no quadro de planos diretores municipais ou de planos de urbanização.

O novo reforço da Telles é licenciado em Direito pela Universidade Lusíada do Porto, e pós-graduado em Direito Administrativo, pela Universidade do Minho, e em Direito do Urbanismo e do Ambiente, pela Universidade de Coimbra.

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Sky Portugal aposta na “televisão do futuro” a partir de Aveiro

Hub tecnológico especializado em streaming, a Sky Portugal tem novas instalações em Aveiro. Conta ainda com escritórios em Lisboa e no Funchal, num total de 500 colaboradores no país.

Responsável pelo desenvolvimento de plataformas de streaming como a Peacock (EUA), SkyShowtime (Europa) e Showmax (África), a Sky Portugal inaugura esta terça-feira as novas instalações em Aveiro, onde já opera há alguns anos. O objetivo é “consolidar a cidade como um hub tecnológico essencial para o grupo Sky e NBCUniversal, e reforçar a estratégia de expansão” da empresa na região, começa por explicar Marina Magro, diretora-geral da empresa em Portugal, ao ECO/Local Online.

Considerada um hub especializado em streaming, a Sky desenvolve tecnologia made in Portugal. Tem escritórios em Lisboa, Aveiro e Funchal, contando atualmente com 500 colaboradores. “Todos os dias, as nossas equipas trabalham na construção do futuro da televisão, desenvolvendo soluções tecnológicas que estão presentes em plataformas de streaming em todo o mundo”, nota Marina Magro, sem adiantar o valor do investimento nas novas instalações de Aveiro.

Fomos parte essencial no lançamento do Peacock nos Estados Unidos em 2020 e liderámos a criação da plataforma tecnológica do SkyShowtime, disponível em 22 países europeus, incluindo Portugal.

Marina Magro

Diretora-geral da Sky Portugal

Segundo Marina Magro, “Portugal tem uma importância estratégica crescente para a Sky”, nomeadamente devido à qualidade de talento existente nas áreas de engenharia e tecnologia. Na prática, realça, “a televisão do futuro é made in Portugal”. “A inovação que nasce na Sky Portugal está a transformar a experiência de milhões de utilizadores, tornando o streaming mais acessível, intuitivo e flexível”, salienta.

O grande salto deu-se em 2018 quando a Comcast adquiriu o grupo Sky. A Sky Portugal transformou-se num hub tecnológico com o objetivo de desenvolver uma plataforma de streaming de excelência preparada para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, cujos direitos pertenciam à Comcast.

“Desde que nos juntámos ao grupo Comcast em 2018, a Sky Portugal tem estado na linha da frente do desenvolvimento tecnológico global”, assinala. “Fomos parte essencial no lançamento do Peacock nos Estados Unidos em 2020, liderámos a criação da plataforma tecnológica do SkyShowtime, disponível em 22 países europeus, incluindo Portugal, e no ano passado lançámos a nova aplicação Showmax em mais de 40 países africanos“, exemplifica.

Para a diretora-geral da Sky Portugal, “o streaming veio revolucionar a forma como se consume conteúdos, seja ver uma série no SkyShowtime como Yellowstone ou 1923, um blockbuster como Oppenheimer, ou um dos favoritos dos mais novos, como o Patrulha Pata, tudo está disponível 24/7, e cada utilizador decide quando e onde quer ver”.

Nos próximos anos, a Sky Portugal tenciona consolidar-se como um centro de excelência tecnológica dentro do grupo Sky e NBC Universal, “impulsionando a inovação e expandindo de forma sustentável as equipas”, refere a responsável, em declarações ao ECO/Local Online. Reforçar a posição da Sky no desenvolvimento de soluções tecnológicas para o setor do streaming também faz parte dos objetivos da empresa.

Para levar esta missão bom porto, a empresa quer atrair e reter ainda mais talento, além de aprofundar parcerias estratégicas com universidades, como o Instituto Superior Técnico, a Universidade de Aveiro e a Universidade da Madeira. “Investimos ativamente na formação e no desenvolvimento de jovens engenheiros, garantindo que o país continua a ser um polo de inovação tecnológica”, sustenta.

Marina Magro, diretora-geral da Sky Portugal01 abril, 2025

Mas a empresa tem alguns trunfos na manga a partir de Portugal para reforçar o seu posicionamento no mapa mundial. “No plano tecnológico, estamos focados em lançar novas funcionalidades que melhorem a experiência do utilizador e consolidem a nossa liderança no streaming de desportos em direto em grande escala“, adianta Marina Magro.

Para isso, a Sky Portugal já está a trabalhar na uniformização da plataforma tecnológica. “Estamos a consolidar todos os serviços de streaming do grupo numa única estrutura de software desenvolvida por nós, o que permitirá acelerar a inovação em todos os territórios.”

Ainda de olhos postos na inovação, um dos focos estratégicos passa pela redefinição da experiência de consumo de vídeo em dispositivos móveis. “A forma como interagimos com conteúdos está a mudar, esbatendo as fronteiras entre entretenimento, redes sociais e gaming. Já não se trata apenas de assistir, mas de viver experiências interativas e personalizadas”, salienta.

Atualmente, a Sky Portugal encontra-se a testar funcionalidades inovadoras, como vídeos verticais e minijogos dentro da aplicação móvel. “Estas experiências permitem-nos analisar diferentes padrões de interação e afinar continuamente a oferta de conteúdos para maximizar o engagement com o utilizador”, detalha.

A empresa vai, em breve, abrir candidaturas para o programa anual de estágios de verão, que chegará à 8.ª edição.

Novas instalações da Sky Portugal em Aveiro1 abril, 2025

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+M

Descubra as 23 marcas com reputação de excelência em Portugal

  • + M
  • 1 Abril 2025

A Delta é líder entre as marcas com maior relevância e reputação no país. L'Oreal, Gresso, Dodot, Lego, Oceanário de Lisboa, Disney e Jardim Zoológico de Lisboa alcançam este ano o estatuto.

São 23 as marcas que alcançaram o estatuto de “reputação de excelência”, ou seja, que conseguiram mais de 80 pontos no RepScore, estudo elaborado pela consultora OnStrategy que analisa a relevância e reputação emocional das marcas junto dos portugueses. Este ano há mais uma marca em relação ao ranking do ano passado.

A Delta é líder entre as marcas com maior relevância e reputação no país, registando 84,2 pontos — mais um ponto que no ano passado, em que a marca também foi líder do ranking. Segue-se a Nestlé (83,7 pontos), a Olá (83,4), a Nestum (83,3) e a Compal (82,5), no top cinco.

Água das Pedras (81,9), Luso (81,8), Nivea (81,2), Cerelac (81,1), Colgate (81,1), L’Oreal (80,9), Gillette (80,8), Gresso (80,8), Terra Nostra (80,8), Dodot (80,7), Gallo (80,5), Lego (80,4), Sumol (80,3), Oceanário de Lisboa (80,2), Disney (80,1), Vitalis (80,1), Danone (80) e Jardim Zoológico de Lisboa (80) completam a lista de 23 marcas que se destacam como excelentes, ao terem uma avaliação acima de 80 pontos.

L’Oreal, Gresso, Dodot, Lego, Oceanário de Lisboa, Disney e Jardim Zoológico de Lisboa alcançam este ano o estatuto de “reputação de excelência”. Em sentido contrário, Multibanco, Google, Microsoft, Oliveira da Serra, Delta Q e Farmácias Portuguesas, deixam o topo da tabela.

O RepScore analisa também as marcas com maior reputação por setor. No da banca, por exemplo, a Caixa Geral de Depósitos é líder (66,9), embora seguida de perto pelo BPI (66,5) e pelo Millennium BCP (66,2). Já nos seguros, a primeira posição é ocupada pela Fidelidade (66,7), a segunda pela Generali Tranquilidade (66,3) e a terceira pela Ageas (65,7). A Meo (77,4) lidera o ranking de marcas de telecomunicações, seguindo-se a Vodafone (77,2) e a Nos (76,8).

Em análise estiveram também as celebridades e influenciadores com maior reputação, destacando-se Cristiano Ronaldo (77,4) na primeira posição, com Vasco Palmeirim (74,2) e Ricardo Araújo Pereira (74) a ocuparem as duas posições seguintes.

Já entre os líderes empresariais lidera o presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo (72,6), seguindo-se o CEO da Delta, Rui Miguel Nabeiro (72,7) e o CEO da EDP, Miguel Stilwell de Andrade (68,4).

Os rankings completos podem ser consultados aqui.

O estudo é elaborado tendo por base um trabalho de campo que decorre durante todo o ano junto de uma amostra de cerca de 50 mil pessoas e em conformidade com a certificação das normas ISO20671 (avaliação de estratégia e força) e ISO10668 (avaliação financeira), analisando os atributos associados à notoriedade, relevância, consideração, confiança, admiração, preferência, recomendação, qualidade de produtos e serviços, inovação, cidadania, ambiente, ambiente de trabalho, governo, liderança e saúde financeira.

Para a escala de 100 pontos foram auditadas mais de duas mil marcas (associadas a mais de 50 setores de atividade).

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Donos da MasOrange exploram IPO da maior operadora espanhola de telecomunicações

Fundos de private equity KKR, Cinven e Providence Equity Partner pretendem avançar com uma oferta pública inicial da empresa no próximo ano, avança o Financial Times.

Os fundos que detém a operadora de telecomunicações MasOrange estão a explorar a colocação da empresa em bolsa. As sociedades de investimento KKR, Cinven and Providence Equity Partner pretendem avançar com uma oferta pública inicial (IPO – Initial Public Offering) da empresa no próximo ano, avança esta terça-feira o jornal Financial Times.

A transação é possível porque o acordo assinado com os donos internacionais prevê que qualquer uma das partes possa avançar com um IPO após um período de transição que expira em abril de 2026. É essa cláusula que o trio de fundos pretende acionar, pelo que se encontra em discussões preliminares, de acordo com fontes do jornal britânico.

Contactada pela mesma publicação, a MasOrange disse que o acordo com os acionistas estabelece o direito de iniciar um IPO após abril de 2026 “se as condições fossem adequadas”.

A maior telco espanhola nasceu de uma fusão entre a MásMovil e a Orange España avaliada em aproximadamente 20 mil milhões de euros, em 2022. Dois anos antes, a MásMovil – à data na quarta posição do ranking em quota de mercado em Espanha – havia sido comprada pelas firmas de private equity KKR, Cinven e Providence por cerca de cinco mil milhões de euros.

Há outros negócios desta operadora a caminho, que envolvem a Vodafone do país vizinho. No início deste ano, a MasOrange e a Vodafone Espanha – detida pela Zegona – anunciaram a criação de uma sociedade conjunta para prestação de serviços de fibra ao domicílio a mais de 4,5 milhões de clientes através de 12 milhões de estruturas de rede.

Até ao final deste primeiro semestre, a MasOrange está a tentar vender uma participação nessa joint venture chamada FibreCo para que fique com ‘apenas’ 50% da empresa, a Vodafone Espanha com uma posição de 10% e outro investidor financeiro com os restantes 40%, à semelhança do que tem estado a acontecer com outras empresas do setor, como com a Telefónica.

O objetivo é tornar esta empresa de fibra na “maior e mais desenvolvida” da Europa e com maior bagagem financeira para investir nas tecnologias mais modernas disponíveis no mercado da fibra, como por exemplo a XGS-PON. Por enquanto, a empresa está avaliada entre os 9 mil e os 10 mil milhões de euros, segundo o jornal espanhol El Economista.

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Exportações de carros da União Europeia para os EUA valem 39 mil milhões

Estados Unidos são o maior mercado de exportação do setor automóvel para o bloco europeu. Em 2024 foram vendidos um total de 5,4 milhões de carros, no valor de 165,2 mil milhões de euros.

As exportações de carros da União Europeia para os Estados Unidos valeram 38,9 mil milhões de euros em 2024, revelou o Eurostat, um dia antes de entrarem em vigor nos EUA tarifas de 25% sobre todas as importações de automóveis, uma medida que vai afetar diretamente a indústria automóvel europeia. No total, o bloco europeu vendeu 5,4 milhões de veículos, no valor de 165,2 mil milhões de euros.

Segundo o gabinete de estatística europeu, os EUA são o maior destino das exportações de automóveis da UE, cujo valor das exportações subiu de 28,7 mil milhões de euros em 2019 para 38,9 mil milhões em 2024.

O setor automóvel vai ser o segundo setor alvo das taxas aduaneiras de Donald Trump, depois de terem sido implementadas taxas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, ainda no mês de março.

No mesmo dia em que a Administração norte-americana adiciona o setor automóvel à lista de produtos alvo de tarifas, Donald Trump deverá anunciar novas taxas aduaneiras sobre outros setores, assim como os detalhes das chamadas tarifas recíprocas, que vão atingir todos os países.

Na lista dos maiores mercados de exportação do setor automóvel europeu segue-se o Reino Unido e a China, com exportações de 34,3 e 14,5 mil milhões de euros.

Entre 2019 e 2024, a UE registou o maior aumento nas exportações de automóveis para a Turquia, com um aumento de 364,1%. Em contrapartida, as exportações para a China registaram a maior queda, diminuindo 22,3%.

Relativamente às importações de automóveis para a UE, a China e o Japão foram os maiores fornecedores, com 12,7 mil milhões de euros e 12,3 mil milhões de euros, respetivamente. O Reino Unido ficou em terceiro lugar com 11 mil milhões de euros, seguido pela Turquia com 9,1 mil milhões de euros e pelos Estados Unidos com 8,4 mil milhões de euros.

De 2019 a 2024, a UE registou o aumento mais significativo nas importações de automóveis provenientes da China, com um aumento de 1.591,3%, refere o Eurostat.

UE aumenta excedente no comércio de carros

Os 27 da UE exportaram 5,4 milhões de carros e importaram quatro milhões em 2024. Face a 2019, o ano anterior à pandemia de Covid-19, o número de carros exportados caiu 13,2%, enquanto as importações baixaram 3%.

Em termos de valores, a UE exportou 165,2 mil milhões de euros em carros e importou 75,9 mil milhões, o que resulta num saldo da balança comercial positivo de 89,3 mil milhões. Apesar da quebra no número de automóveis vendidos, o valor das exportações cresceu 17,7% (24,8 mil milhões de euros), face a 2019, enquanto as importações aumentaram 20%, ou 12,7 mil milhões.

Segundo o Eurostat, este aumento no valor das exportações é explicado pela subida dos preços.

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Inspetores do Fisco vão ter aumentos salariais intercalares de 105 euros

Atualizações produzem efeitos a 1 de abril. Em contrapartida, os trabalhadores perdem os pontos de avaliação, mas é garantida a progressão a quem reúna as condições para tal no final de 2026.

Os inspetores da Autoridade Tributária (AT) vão ter aumentos salariais intercalares de cerca de 105 mensais brutos com efeitos a 1 de abril, segundo o decreto-lei, publicado esta terça-feira em Diário da República, que procede à valorização das carreiras especiais de gestão e inspeção tributária e aduaneira e de inspeção e auditoria tributária e aduaneira.

O salário de entrada salta para 1.653,10 euros e o ordenado de topo atinge os 4.029,25 euros. Em contrapartida, os trabalhadores perdem os pontos de avaliação, mas é garantida a progressão a quem reúna as condições para dar um salto remuneratório, em dezembro de 2026, segundo o mesmo diploma.

“Tendo em conta a estratégia de valorização dos trabalhadores da Administração Pública, são valorizadas as carreiras especiais inspetivas desta Autoridade, reforçando a sua competitividade na atração e retenção de profissionais qualificados“, lê-se no preâmbulo do decreto, assinado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

Neste contexto, o Governo considera que “a valorização remuneratória dos trabalhadores das carreiras especiais da AT traduz-se no reconhecimento do valor profissional destes trabalhadores, da importância da sua função e da dedicação e do compromisso com o interesse público que vêm demonstrando”.

A valorização das carreiras especiais da AT surge na sequência da reforma orgânica do Ministério das Finanças e na senda da criação de três novas autoridades: Entidade Orçamental, Entidade do Tesouro e Finanças e Centro de Pessoas da Administração Pública.

Salário de entrada salta para 1.653,10 euros e ordenado de topo atinge 4.029,25 euros

A revisão da estrutura remuneratória dos trabalhadores do Fisco resulta das negociações encetadas com os sindicatos representativos dos trabalhadores do Estado. Assim, o salário de entrada destes trabalhadores sobe 105,27 euros, passando de 1.547,83 euros mensais ilíquidos, que corresponde ao nível 18 da Tabela Remuneratória Única (TRU), para 1.653,10 euros (nível 20).

As restantes restantes posições, até à oitava, dão igualmente um salto de dois níveis, o que se traduz em mais cerca de 105 a 110 euros por mês. Por exemplo, um inspetor na sétima posição vai ganhar 2.956,03 euros, quando, neste momento, aufere 2.843,05 euros. Trata-se de um aumento de 112,98 euros.

A partir do nono patamar e até ao 12.º, as posições saltam entre três a seis níveis, o que significa a um incremento remuneratório entre 225,92 e 338,94 euros, respetivamente. À nona posição, por exemplo, corresponde, atualmente, um vencimento de 3.181,95 euros (nível 48 da TRU), que vai subir 225,92 euros para 3.3351,42 euros (nível 51).

O 11.º degrau desta carreira dá direito a um salário de 3.520,87 euros (nível 54), que irá evoluir para 3.803,29 euros (nível 59), um aumento de cinco níveis ou de 282,42 euros. A última posição vai passar do nível 57, com um ordenado de 3.690,31 euros, para o 63, com um vencimento de 4.029,25 euros. Trata-se de um salto de seis níveis remuneratórios, que se traduz num avanço de 338,94 euros.

Contudo, há uma cláusula de salvaguarda no decreto que determina que todos os trabalhadores que transitem para as carreiras especiais ou que sejam reposicionados não podem ter aumentos superiores a dois níveis remuneratórios. Ou seja, mesmo os inspetores que se encontram no topo da profissão e que, por via da atualização da estrutura remuneratória, poderiam ter direito a um incremento no salário de mais de 300 euros, apenas serão aumentados em cerca de 105 euros, o equivalente a dois níveis remuneratórios. “Desta forma é garantida a igualdade de tratamento a todos os trabalhadores”, salienta o secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), José Abraão, em declarações ao ECO.

“Os trabalhadores que se encontram posicionados em posições remuneratórias das tabelas remuneratórias da carreira de gestão e inspeção tributária e aduaneira e inspeção e auditoria tributária e aduaneira, não pode resultar, da alteração das referidas tabelas remuneratórias das carreiras […], um acréscimo remuneratório superior a dois níveis remuneratórios da tabela remuneratória única, face ao nível remuneratório a que correspondem as posições remuneratórias detidas pelos trabalhadores à data da produção de efeitos do presente decreto-lei”, segundo o diploma.

“Isto significa que os trabalhadores que estão do topo da carreira, entre a nona e a 12.º posições, serão colocados em posições virtuais, uma vez que não podem transitar logo para os novo níveis remuneratórios sob pena de serem aumentados mais do que os outros”, esclarece o dirigente sindical.

Assim, “os trabalhadores que se encontram integrados em posições remuneratórias virtuais automaticamente criadas, têm um acréscimo remuneratório correspondente a dois níveis remuneratórios da tabela remuneratória única”, estabelece o decreto-lei.

Perda de pontos e norma que permite progredir

A valorização da carreira implica a perda de pontos de avaliação. No entanto, e face às críticas dos sindicatos, foi criada uma norma transitória que permite dar um salto remuneratório aos trabalhadores que, até ao final de 2026, reúnam os pontos necessários para progredir.

“Os trabalhadores que, até 31 de dezembro de 2026, perfizessem as condições para alteração do posicionamento remuneratório se não tivessem beneficiado da valorização prevista […], pode resultar uma nova valorização remuneratória para o nível remuneratório correspondente à posição seguinte àquela em que se encontravam integrados, tendo por referência a tabela remuneratória vigente até à data da entrada em vigor do presente diploma, numa posição virtual automaticamente criada, salvaguardando as suas expectativas de evolução remuneratória”, estabelece o mesmo diploma.

O decreto-lei procede ainda à extinção das categorias de investigador tributário economista e investigador tributário jurista, profissões que são integradas na carreira especial de gestão e inspeção tributária e aduaneira.

Cargos de chefia também são aumentados

Também os cargos de chefia vão ter direito a um aumento salarial de cerca de 105 euros, com a valorização da carreira, que salta dois níveis remuneratórios. Por exemplo, o chefe de serviço de finanças de nível i e o chefe de delegação aduaneira de nível i, que auferiam 2.843,05 euros brutos mês (nível 42 da TRU) vão ganhar 2.956,03 euros (nível 44), ou seja, mais 112,98 euros.

O chefe de serviço de finanças-adjunto de nível i, o chefe de serviço de finanças de nível ii e o chefe de delegação aduaneira de nível ii terão um incremento remuneratório de 109,34 euros. A partir de abril, o vencimento vai saltar de 2.622,59 euros (nível 38) para 2.731,93 euros (nível 40).

Finalmente, o chefe de serviço de finanças-adjunto de nível ii terá um aumento de 108,42 euros, passando a auferir 2.514,15 euros, quando atualmente a folha de vencimento está nos 2.405,73 euros.

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Tesla perde um quarto das vendas em Portugal nos primeiros três meses do ano

Veículos elétricos de Elon Musk sofrem a maior queda entre as principais marcas à venda em Portugal, num movimento que tem sido verificado por toda a Europa.

A Tesla é a grande derrotada na luta de vendas de carros em Portugal, nos primeiros três meses do ano. De acordo com dados divulgados esta terça-feira pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), os veículos da empresa fundada por Elon Musk sofreram a maior queda entre as marcas mais vendidas no nosso país.

Entre janeiro e março, foram matriculados em Portugal 2.145 ligeiros da marca Tesla, uma quebra de 25,7% face ao registado no mesmo período do ano anterior. Como um todo, este mercado encolheu, no primeiro trimestre de 2025, 0,8%. Porém, a quebra das vendas da Tesla são mais impressionantes se olharmos apenas para o segmento dos carros elétricos. As vendas deste mercado voltaram a crescer, a um ritmo de 27,1%, sendo que, entre os mais populares, ninguém caiu mais que a marca norte-americana.

Ainda assim, no segmento elétrico, a Tesla continua a ser marca mais vendida por cá, mas essa vantagem está a ficar mais curta, devido ao aumento da concorrência, de fabricantes chineses mas não só. As maiores subidas pertenceram à Peugeot, que mais do que duplicou vendas e está na segunda posição; e à chinesa BYD, que também mais que duplicou as matrículas e chegou à quarta posição.

Na tabela geral de veículos matriculados, a Tesla foi a 13º marca mais vendida, num ranking que tem no topo a Peugeot, a Renault, a Mercedes e a Dacia nos postos cimeiros.

O efeito Musk?

Tanto as vendas como a cotação da Tesla têm estado sob forte pressão nos últimos meses, devido a um apelo a um boicote à empresa depois de o seu fundador e principal acionista Elon Musk, ter tomado um cargo na estrutura do governo de Donald Trump. Depois de ter sido um dos seus maiores apoiantes na campanha para a presidência, Musk assumiu a liderança do departamento de eficiência governamental, o DOGE, que se tem destacado por estar a fazer cortes enormes no funcionalismo público e em muitos programas sociais dos Estados Unidos da América.

Na Europa, a tendência de quebra de vendas tem sido até mais intensa do que em Portugal. O movimento anti-Tesla levou Musk a queixar-se publicamente do “ódio” à sua empresa e Donald Trump chegou a aconselhar todos os americanos a comprarem Teslas, enquanto montou uma espécie de stand Tesla no relvado da Casa Branca.

De acordo com dados conhecidos hoje, e divulgados pela Reuters, as vendas da Tesla caíram no primeiro trimestre também em França, na Holanda, na Suécia, na Noruega e na Dinamarca. Em alguns destes mercados, as quedas rondam os 50%, no trimestre e por comparação homóloga.

Estará a chegar ao mercado a nova versão do Tesla Model Y, o grande campeão de vendas da marca, o que poderá explicar em parte estas descidas, com os interessados a preferirem esperar para comprar o modelo atualizado.

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