Moção de confiança ao PM seria uma “provocação a todos os partidos”, diz Pedro Nuno

  • Lusa
  • 1 Março 2025

O líder do PS lamenta que o primeiro-ministro não tenha tido coragem para assumir o comunicado emitido esta tarde, em que foram divulgados clientes da da empresa da família de Luís Montenegro.

O líder do PS disse esta sexta-feira à noite, em Mirandela, que lamenta que o primeiro-ministro não tenha tido coragem para assumir o comunicado emitido esta tarde, em que foram divulgados clientes da empresa da família de Luís Montenegro.

“Não foi conhecida a lista dos clientes, foram conhecidos alguns. É como que se estivéssemos a conta-gotas. (…) Não sabemos, sobretudo, aquilo que foi feito e o que é feito para justificar as avenças (…)”, começou por considerar Pedro Nuno Santos aos jornalistas à chegada para visitar a Feira da Alheira no distrito de Bragança.

“(…) Tivemos um comunicado que é também, na minha opinião, uma peça lamentável. Porque, na realidade, esperaria coragem da parte do senhor primeiro-ministro para assumir aquele comunicado”, afirmou.

Para o secretário-geral do PS, quem angariou as empresas clientes foi Luís Montenegro, “e não nenhum dos seus familiares, nem nenhum jovem jurista, nem nenhuma jovem advogada” e é por causa do primeiro-ministro que elas mantêm o vínculo laboral.

A Spinumviva, empresa detida pela mulher e pelos filhos do primeiro-ministro, divulgou os nomes dos seus clientes, os ramos de atividade e os nomes dos seus trabalhadores.

“As empresas que mantêm um vínculo permanente com a consultora Spinumviva, Lda, na área da implementação e desenvolvimento de planos de ação no âmbito da aplicação do Regulamento Geral de Proteção de Dados são: Lopes Barata, Consultoria e Gestão, Lda; CLIP – Colégio Luso Internacional do Porto, SA; FERPINTA, SA; Solverde, SA; Radio Popular, SA.”, lê-se num comunicado enviado à agência Lusa.

No dia em que o semanário Expresso noticiou a ligação da Solverde, que gere os casinos de Espinho, à empresa que foi detida pelo primeiro-ministro, a Spinumviva justifica a divulgação das suas relações comerciais e ramos de atividade com a “defesa do seu bom nome e, sobretudo, de todos os seus clientes”.

Através “colaboradores qualificados”, a empresa indica os 25 ramos de atividade em que prestou serviços e divulga os nomes dos seus dois colaboradores, a advogada Inês Patrícia e o jurista André Costa, são ambos licenciados em Direito e colaboram com a Spinumviva desde 2022.

Perguntado pelos jornalistas sobre qual seria o sentido de voto numa eventual apresentação de proposta junto do Parlamento de uma moção de confiança a Luís Montenegro, Pedro Nuno Santos considerou que tal seria uma “provocação a todos os partidos”.

“Quanto muito, uma moção de confiança junto do próprio Partido Social-Democrata (PSD)”, considerou o secretário-geral do PS.

“Disse no parlamento que, se este Governo apresentasse uma moção de confiança, obviamente que seria chumbada pelo PS. E não só por causa deste caso, que é suficientemente grave. Temos neste momento falhas gravíssimas numa das áreas mais importantes da nossa vida, que é a saúde”, rematou o dirigente.

O primeiro-ministro anunciou na sexta-feira ter convocado um Conselho de Ministros extraordinário para sábado e uma comunicação ao país sobre decisões pessoais e políticas acerca da empresa detida atualmente pela sua mulher e os seus filhos.

“Amanhã [sábado] às 20:00 horas comunicarei ao país as minhas decisões pessoais e políticas sobre esta matéria para que o Governo possa governar, concentrar toda a sua atenção, toda a sua disponibilidade, a servir o interesse do país e dos portugueses”, referiu no Porto.

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Zelensky está em Londres e vai reunir-se com primeiro-ministro

  • Lusa e ECO
  • 1 Março 2025

Zelensky pediu que "ninguém se esqueça" do seu país, que enfrenta um conflito armado com a Rússia, após a discussão pública durante um encontro com Donald Trump, na Casa Branca.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky está este sábado em Londres e vai reunir-se, durante a tarde, com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer. A informação foi avançada pela cadeia Sky News, que cita fontes de Downing Street.

Zelensky pediu este sábado que “ninguém se esqueça” do seu país, que enfrenta um conflito armado com a Rússia, após a discussão pública durante um encontro com Donald Trump, na Casa Branca. “Para nós é muito importante que a Ucrânia seja ouvida e que ninguém se esqueça dela, nem durante a guerra nem depois”, escreveu Zelensky numa mensagem publicada na sua conta no Telegram.

“É importante que o povo ucraniano saiba que não está sozinho, que os seus interesses estão representados em todos os países, em todos os cantos do mundo”, acrescentou Zelensky, que esta sexta-feira esteve reunido com a comunidade ucraniana na capital dos Estados Unidos.

O Presidente ucraniano também aproveitou para reiterar o seu agradecimento ao apoio recebido, sem mencionar de forma direta o incidente com Trump, que resultou numa inédita e tensa discussão pública. “Obrigado pelo vosso apoio durante este momento difícil, por todos os vossos esforços pela Ucrânia e pelos ucranianos, e pela vossa ajuda, não apenas diplomática e financeira, mas também política, e pelas vossas orações”, acrescentou.

Zelensky e a comitiva ucraniana acabaram por abandonar prematuramente o encontro na Casa Branca após a referida troca de palavras, durante a qual Trump acusou o líder da Ucrânia de estar a “brincar com a terceira guerra mundial”. A reunião acabou também sem a assinatura do acordo sobre minerais que tinha levado Zelensky a Washington.

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Família de Montenegro paga duas casas a pronto por 715 mil euros

“A origem do meu património foi o trabalho. Não existem dados ou meios ocultos”, diz Luís Montenegro. Um apartamento pertence ao casal e o outro apartamento é propriedade dos filhos.

A família do primeiro-ministro gastou mais de 715 mil euros na compra de duas casas, em Lisboa, pagas a pronto. Segundo o Correio da Manhã, Os dois apartamentos são em frente ao edifício onde vive Cavaco Silva, ex-Presidente da República, na Travessa do Possolo, em Lisboa.

Na compra de um desses apartamentos, há um valor de cerca de 230 mil cuja origem não é possível apurar através da análise das declarações de rendimentos que entregou à Entidade para a Transparência (EpT). Em resposta às questões do CM, o primeiro-ministro, tendo em conta os dados declarados à EpT, não esclareceu a origem desse dinheiro. Montenegro limitou-se a afirmar o seguinte: “A origem do meu património foi o trabalho. Não existem dados ou meios ocultos”.

Um apartamento pertence a Luís Montenegro e à mulher e o outro apartamento é propriedade dos filhos. Os imóveis são ambos T1. Na compra da casa e impostos, Montenegro pagou 401 269 euros e os filhos pagaram 313 854 euros, no total de 715 123 euros.

Luís Montenegro garantiu que os filhos “utilizaram património próprio e dos pais” para pagarem a casa e os respetivos impostos. “No mais, posso garantir que todos os valores remanescentes saíram das contas tituladas pelos compradores, concentrados num único cheque bancário. Não há, portanto, outra origem que não o nosso património financeiro”, afirmou. Disse que os filhos “não utilizaram nenhum dinheiro de nenhuma empresa” da família.

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Quem são os advogados da empresa de Luís Montenegro?

Inês Patrícia é, afinal, Inês Varajão Borges, inscrita na Ordem dos Advogados desde 2018 e com domicílio profissional, em Braga. É casada com o candidato à Câmara de Braga pelo PSD.

Na sexta-feira, Montenegro decidiu convocar o Conselho de Ministros para este sábado, depois de o jornal Expresso ter noticiado que o grupo de casinos e hotéis Solverde, sediado em Espinho, paga à empresa detida pela sua mulher e os filhos, a Spinumviva, uma avença mensal de 4.500 euros desde julho de 2021, por “serviços especializados de ‘compliance’ e definição de procedimentos no domínio da proteção de dados pessoais”. Em reação à notícia, Montenegro disse aos jornalistas, no Porto, que iria fazer “uma avaliação profunda” das suas condições pessoais, familiares e políticas e anunciaria uma decisão aos portugueses sábado à noite, “para encerrar este assunto de vez”.

Horas depois de Luís Montenegro dizer que deviam ser os clientes a revelar a ligação à consultora ou dar autorização para isso, a Spinumviva emitiu um comunicado com a lista de empresas – não completa – com as quais mantém avenças e assumiu o nome dos dois colaboradores externos – um jurista e uma advogada – que prestam serviços de consultadoria.

André Costa e Inês Patrícia são apresentados com uma nota curricular com as competências respetivas na área da proteção de dados. Mas o nome profissional da advogada é, afinal, Inês Varajão Borges, inscrita na Ordem dos Advogados desde 23 de fevereiro de 2018 e com domicílio profissional na Avenida da Liberdade, em Braga. Essa morada corresponde ao domicílio profissional do marido, sócio fundador da HMR, sociedade de advogados de Hugo Soares, secretário-geral do PSD, segundo avança o Observador. O marido, João Rodrigues, é o candidato do PSD à Câmara de Braga. Ao mesmo jornal, Inês Borges – que, tal como André Costa, deixou de ter página acessível na rede social Linkedin – diz que não tem participação em nenhuma sociedade de advogados, nem nenhum vínculo com a HMR.. Sobre a coincidência de domicílio profissional com a HMR explica que “a morada da HMR surge pelo simples facto de o meu marido ter sido sócio da sociedade (já não tem qualquer vínculo) e eu dei essa morada porque, para a Ordem dos Advogados, tenho de ter um domicílio profissional.”

A advogada foi também presidente do Conselho de Jurisdição Nacional da JSD durante a liderança de Alexandre Poço. João Rodrigues tem a inscrição na Ordem dos Advogados suspensa desde que é vereador em Braga e segundo o seu perfil do Linkedin deixou de ser sócio da HMR no mês passado.

Na nota curricular enviada pela Spinumviva, Inês Patrícia é licenciada em Direito e Pós-Graduada em Direitos Humanos. Bem como pós-Graduada em Direito e Tecnologia, desde novembro de 2021. E advogada em processos judiciais de inúmeras áreas jurídicas e consultora jurídica de organizações e empresas, desde 2018. Colabora com a Spinumviva desde 2022. “Em todas estas empresas tem o papel de assessorar os vários departamentos com questões jurídicas de todo o tipo, tendo ajudado na construção de soluções organizativas e jurídicas que permitiram às empresas efetivamente fazer crescer o seu negócio, tendo
sempre presente o equilíbrio entre as questões específicas do negócio em si e o cumprimento da legislação nacional e internacional”.

Já André Costa é referido apenas como “jurista” e não tem inscrição aberta na Ordem dos Advogados. Pelo menos com esse nome. Licenciado em Direito, concluiu o ano curricular do Mestrado em Direito e Informática em 2016. Consultor na área do Direito e Informática, tem desenvolvido a sua atividade na área de Privacidade e Proteção de Dados, nomeadamente em projetos de Compliance que vão desde a avaliação e diagnóstico inicial às empresas, passando pela definição de planos de intervenção, pela revisão de procedimentos de tratamento de dados pessoais e pela implementação de medidas de mitigação dos riscos.
Colabora, enquanto prestador de serviços, com a Spinumviva desde 2022, atuando como consultor nas matérias de proteção de dados pessoais, com especial destaque para projetos de análise de conformidade com a legislação em vigor. Presta serviços de consultoria na área de proteção de dados noutras entidades, apoiando, neste âmbito, as entidades responsáveis pelo tratamento na definição de estratégias de proteção de dados pessoais. Presta, igualmente, serviços de Encarregado da Proteção de Dados (DPO). Ambos ganharam pouco mais de 66 mil euros em 2023, ano em que a empresa faturou 235 216,00 euros, e cerca de 68 mil euros em 2022, quando a empresa faturou 415 100 euros.

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Líderes europeus (e não só) solidários com Zelensky após tensão com Trump

  • Lusa
  • 1 Março 2025

As mensagens foram publicadas pouco depois de Zelensky abandonar prematuramente a Casa Branca, após uma reunião com Trump que se tornou num confronto verbal sem precedentes.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu trabalhar com o Presidente da Ucrânia para uma “paz justa e duradoura” neste país, após uma discussão pública de Volodymyr Zelensky, em Washington com o anfitrião Donald Trump.

Numa mensagem na rede social X idêntica às publicadas pelos presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, Von der Leyen afirmou que Zelensky “nunca está só”, recomendando-lhe que “seja forte, corajoso, destemido”. “Continuaremos a trabalhar consigo para uma paz justa e duradoura”, publicou Von der Leyen. “A vossa dignidade honra a bravura do povo ucraniano”, adiantou.

“Nunca estará sozinho, caro Presidente Zelensky. Continuaremos a trabalhar consigo para uma paz justa e sustentável”, escreveu António Costa na rede social X. “A sua dignidade honra a bravura do povo ucraniano. Seja forte, seja corajoso, seja destemido”, acrescenta o presidente do Conselho Europeu, no rescaldo do encontro tenso na Casa Branca entre Zelensky, Trump e o vice-presidente dos EUA JD Vance.

“A Ucrânia pode sempre contar com Portugal”, pode ler-se num mensagem publicada nas redes sociais de Luís Montenegro, escrita em português e em inglês, e na qual o primeiro-ministro português identifica Volodymyr Zelensky.

As mensagens foram publicadas pouco depois de Zelensky abandonar prematuramente a Casa Branca, após uma reunião com Trump na Sala Oval, perante a comunicação social, que se tornou num confronto verbal sem precedentes. Trump, erguendo a voz, ameaçou o seu convidado de “abandonar” a Ucrânia se este não fizer concessões à Rússia. “Ele pode voltar quando estiver pronto para a paz”, disse Donald Trump numa mensagem na sua rede social, Truth Social, logo a seguir à sua partida precipitada.

A assinatura de um acordo sobre os minerais, hidrocarbonetos e infraestruturas ucranianas, para a qual o chefe de Estado da Ucrânia se tinha deslocado a Washington, não se realizou, nem a conferência de imprensa conjunta que estava prevista no final do encontro.

Donald Trump e Volodymyr ZelenskyLusa

Depois desta visita, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu que os ucranianos são os primeiros a querer acabar com a guerra, mas recusou conversações de paz com a Rússia sem garantias de segurança contra uma nova ofensiva. “Ninguém quer acabar com a guerra mais do que nós”, sublinhou Zelensky numa entrevista à Fox News na conclusão de uma visita a Washington marcada por um confronto verbal na Casa Branca com o Presidente norte-americano.

Horas depois de Donald Trump ter ameaçado “abandonar” a Ucrânia se esta não assinasse um acordo de cessar-fogo já, Zelensky frisou que Kiev “não quer perder” o apoio de Washington, maior contribuidor para o esforço militar contra o invasor russo desde a invasão em 2022. Ao sair da Casa Branca para um fim de semana na sua residência da Florida, usando o seu típico boné vermelho “Make America Great Again” (“Tornar a América Grande Novamente”) o Presidente americano disse à imprensa que Zelensky tinha “sobrestimado o seu poder negocial” e criticou a alegada oposição deste a um cessar-fogo com a Rússia.

As redes sociais de Volodymyr Zelensky estão repletas de mensagens de apoio. “Obrigado pelo seu apoio”. Nas últimas horas, Zelensky já agradeceu, por exemplo, à Presidente da Eslovénia, Natasa Pirc Musar, que declarou que o que foi visto “na Sala Oval mina os valores e as fundações da diplomacia”.

“Caro Zelensky, a Dinamarca está orgulhosamente ao lado da Ucrânia e do povo ucraniano”, afirmou Mette Frederiksen, a primeira-ministra da Dinamarca. Mas também há mensagens de líderes além da Europa — Justin Trudeau, do Canadá, ou Anthony Albanese, o primeiro-ministro da Austrália — deixaram mensagens públicas de apoio ao Presidente da Ucrânia.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni defendeu que a Itália irá propor aos seus parceiros uma cúpula imediata envolvendo os Estados Unidos, nações europeias e aliados para discutir formas de “lidar com os grandes desafios de hoje, começando pela Ucrânia. Toda divisão do Ocidente nos torna mais fracos e favorece aqueles que gostariam de ver o declínio da nossa civilização”, disse Meloni em uma declaração, após uma reunião entre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente dos EUA, Donald Trump.

Justin Trudeau, do Canadá, ou Anthony Albanese, o primeiro-ministro da Austrália — deixaram igualmente mensagens públicas de apoio ao Presidente da Ucrânia.

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Rubio exige desculpas a Zelensky após confronto verbal com Trump

  • Lusa
  • 1 Março 2025

O chefe da diplomacia dos EU, Marco Rubio, apelou a Zelensky que peça desculpas após um confronto verbal com o homólogo norte-americano, Donald Trump na Casa Branca.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, apelou ao Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que peça desculpas após um confronto verbal com o homólogo norte-americano, Donald Trump na Casa Branca.

O líder ucraniano devia “pedir desculpa por estar a desperdiçar o nosso tempo com uma reunião que terminou assim”, disse na sexta-feira o secretário de Estado dos EUA.

“Detalhámos muito claramente qual é o nosso plano, que é levar os russos à mesa das negociações”, disse Rubio, em entrevista à televisão norte-americana CNN. Mas “durante dez dias, em todos os compromissos que tivemos com os ucranianos, houve complicações, incluindo as declarações públicas do Presidente Zelensky”, disse Rubio, questionando a disponibilidade do Presidente ucraniano “para atingir a paz”.

“Talvez ele não queira um acordo de paz. Diz que quer um, mas talvez não queira”, disse o diplomata, acrescentando que “este enfraquecimento dos esforços para alcançar a paz é muito frustrante”.

Numa entrevista à televisão norte-americana Fox News depois do confronto, Zelensky rejeitou dever um pedido de desculpas a Trump. “Penso que temos de ser muito abertos e honestos, e não tenho a certeza de que tenhamos feito algo de errado”, disse o Presidente ucraniano. “Respeito o Presidente [Trump] e respeito o povo americano”, disse Zelensky.

Estas declarações surgiram horas depois de um confronto verbal na Casa Branca, durante o qual Trump, erguendo a voz, ameaçou abandonar a Ucrânia se Zelensky não fizer concessões à Rússia.

“Ele pode voltar quando estiver pronto para a paz”, disse Trump numa mensagem na sua rede social, Truth Social.

A assinatura de um acordo sobre os minerais, hidrocarbonetos e infraestruturas ucranianas, para a qual o chefe de Estado da Ucrânia se tinha deslocado a Washington, não se realizou.

Trump acusou também o homólogo ucraniano de ter “faltado ao respeito aos Estados Unidos” na Sala Oval, sublinhando que Washington deu à Ucrânia muito dinheiro e que ele “devia estar mais grato”.

Na sequência da altercação, os líderes da União Europeia, Canadá e numerosos países declararam publicamente apoio a Zelensky e a uma paz “justa e duradoura” com a Rússia.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, garantiu a Kiev o seu “apoio inabalável”, sublinhando que já falou com Trump e Zelensky. Já este sábado, o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, disse que o país “apoiará a Ucrânia” durante o tempo que for necessário.

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, declarou na sexta-feira ao homólogo da Ucrânia, Andrii Sybiha, que o país “pode contar com Portugal”.

Pouco antes, o primeiro-ministro português disse que “a Ucrânia pode sempre contar com Portugal”, numa mensagem publicada nas redes sociais, escrita em português e em inglês, e na qual Luís Montenegro identifica Volodymyr Zelensky.

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Entre a espada e a parede, Montenegro ou desfaz-se da empresa ou pede a demissão, defendem politólogos

O chefe do Executivo "está muito fragilizado" e só terá condições para continuar a governar se abandonar a atividade empresarial e pedir desculpas ao país, concluem vários politólogos.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, está “muito fragilizado” e só tem condições para continuar a governar se abandonar a atividade empresarial, prestar todos os esclarecimentos sobre os clientes e negócios da Spinumviva, detida pela sua família, e pedir desculpa aos portugueses. Caso contrário, terá de pedir a demissão, defendem os politólogos consultados pelo ECO. E há mesmo quem sugira a apresentação de uma moção de confiança a submeter ao Parlamento.

O chefe do Executivo agendou para este sábado um Conselho de Ministros extraordinário e às 20h comunica a sua decisão ao país, depois de “uma avaliação da situação pessoal, familiar e política”, anunciou esta sexta-feira depois de o Expresso ter noticiado que a sua empresa familiar recebe uma avença mensal de 4.500 euros pela prestação de serviços ao grupo Solverde. Entre 2018 e 2022, Montenegro liderou as negociações com o anterior Governo que permitiam estender o contrato de concessão dos casinos de Espinho e do Algarve.

“Não é possível o primeiro-ministro acumular as funções numa atividade privada. O primeiro-ministro tem de escolher: ou cessa imediatamente a atividade ou demite-se, mas isso não basta. Tem ainda de prestar esclarecimentos urgentes sobre todos os clientes e negócios e pedir desculpa aos portugueses”, conclui André Azevedo Alves, professor de Ciência Política da Universidade Católica Portuguesa.

Na mesma senda, Paula Espírito Santo, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universidade de Lisboa, salienta que “Luís Montenegro, enquanto primeiro-ministro não pode ter uma empresa que possa conflituar com a sua ação”. “Ou demite-se ou cessa a sua atividade empresarial, mas não vai apagar a mancha sobre a sua credibilidade”, reconhece a politóloga.

Para além disso, a especialista em Ciências Políticas sublinha que “Luís Montenegro já deveria ter noção de um potencial conflito de interesses, uma vez que passou quota que detinha na Spinumviva à mulher e aos filhos” quando assumiu a presidência do PSD. Mas, como está casado em regime de comunhão de adquiridos, na prática a empresa continua a pertencer-lhe.

Para Bruno Costa, da Universidade da Beira Interior, não basta abandonar a atividade empresarial e dar explicações: “Existem poucas condições para o primeiro-ministro não apresentar uma moção de confiança no Parlamento. É uma questão de ação ética e é a defesa do primeiro-ministro”.

Montenegro está entre a espada e a parede, mas a situação foi criada pelo próprio primeiro-ministro quando cometeu um “enorme erro estratégico”. O chefe do Executivo decidiu “adiar o máximo possível os esclarecimentos” sobre a empresa familiar, o que “aumentou as dúvidas sobre o caso e valorizou a moção de censura” do Chega, segundo a análise do politólogo.

Sobre a concessão da atividade de jogos de casino ao grupo Solverde, Luís Montenegro afastou esta sexta-feira um eventual conflito de interesses: “Se houver colisão de algum interesse particular, eu eximir-me-ei de intervir”. Uma ideia que já tinha defendido no debate da moção de censura.

Mas, para Bruno Costa, essa escusa não é assim tão clara: “O primeiro-ministro não pode dizer que não terá parte ativa na atribuição da concessão porque a decisão é sempre do Conselho de Ministros e tem sempre o aval do primeiro-ministro”. Do mesmo modo, André Azevedo Alves considera que “o primeiro-ministro não poderia continuar com a atividade, porque o risco de conflito de interesses com o grupo Solverde já existe devido à relação passada”.

Entre 2018 e 2022, Montenegro foi o representante do grupo nas negociações com o Estado que resultaram numa prorrogação do contrato de concessão dos casinos de Espinho e do Algarve. Esse contrato termina no final deste ano e, como tal, o Governo de Luís Montenegro, terá de decidir o que fazer.

Por isso, “se não esclarecer os clientes e negócios, não se desfizer da empresa e não apresentar uma moção de confiança, Luís Montenegro arrisca levar com uma nova moção de censura”, sinaliza Bruno Costa.

Recentemente “o PS não quis alinhar com o Chega”, votando contra a moção de censura ao Governo, “mas agora deve avaliar essa possibilidade”, defende André Azevedo Alves. Já Paula Espírito Santo acha “difícil” que os socialistas optem por essa via. No entanto, e “mesmo que não haja uma moção de censura, o escrutínio na praça pública está a descredibilizar a figura de Luís Montenegro”, destacou.

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Macron acredita que se existe “alguém a jogar” à terceira guerra mundial é Putin

"Se alguém está a jogar à terceira guerra mundial chama-se Vladimir Putin. Foi ele que lançou a guerra já há três anos. Fez vir 10 mil soldados norte-coreanos para solo europeu", disse Macron.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu esta sexta-feira que se existe alguém a “jogar” à terceira guerra mundial é Vladimir Putin e que a maior ameaça para a Europa é a Rússia. Macron responde assim ao presidente norte-americano que, esta sexta-feira na Sala Oval, acusou o homólogo ucraniano de estar a “brincar com uma terceira guerra mundial”.

Se alguém está a jogar à terceira guerra mundial chama-se Vladimir Putin. Foi ele que lançou a guerra já há três anos. Fez vir 10 mil soldados norte-coreanos para solo europeu. Ajudou os iranianos com os programas nucleares para lutarem contra os europeus”, disse em entrevista à RTP.

Sobre a reunião do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, o chefe de Estado francês sublinha que a Ucrânia tem razão uma vez que foi violada a soberania de um país. “Por isso todos nós também sofremos com isso”, disse.

Apesar da conversa tensa desta sexta-feira entre Trump e Zelensky, Macron reconheceu o empenho dos americanos desde o primeiro dia da guerra. “Desejo que os Estados Unidos continuem a estar do lado da história e dos seus princípios. Mudaram as suas prioridades e é legítimo”, notou.

O chefe de Estado francês sublinha que os Estados Unidos estão do lado da liberdade e dos princípios do direito internacional e o dever dos europeus não é esperar pela próxima declaração e comentá-la, mas antes agir e dar uma resposta à Ucrânia. “A Europa tem de ter uma resposta para a paz”, referiu.

“Não pode haver negociação sobre um cessar-fogo se não houver a presença da Ucrânia. As pessoas podem falar da Rússia e da Ucrânia o que quiserem, mas não podem fazer a paz no lugar destes dois países. A paz só pode ser efetiva se a Ucrânia tiver nas mesas das negociações”, considera Macron, que adiantou que se esperam decisões fortes no próximo Conselho Europeu.

O chefe de Estado francês alerta ainda que a Europa tem de gastar mais para ser autónoma e só depois será um “ator credível sentado à mesa com a Rússia”.

De uma coisa não tem dúvidas, a Rússia é a maior ameaça para a Europa. “Continua a armar-se fortemente, investe 10% do PIB na defesa e todos os dias ataca através de ataques de cibersegurança, manipula processos eleitorais, engendra atos terroristas e tem uma agressividade quer terrestre quer aérea”, refere.

Sobre a China, apesar de não partilhar dos mesmos valores da Europa, não considera uma ameaça, mas antes um parceiro. “Precisamos da China nas questões ambientais”, acrescenta.

Relembrou que a Europa não pode depender dos Estados Unidos e que tem de criar uma indústria de defesa. “Temos que ajudar a crescer os campeões de armamento na Europa e as categorias de armamento que precisamos. E vamos chegar a um ponto que não serão menos bons que os americanos”, referiu.

Sobre Portugal, elogia, dizendo que é reconhecido pelas suas capacidades de manufaturas, o que pode ser útil no desenvolvimento do armamento. “Há bom engenheiros e uma boa competitividade. É possível que partes das cadeias de valor estejam aqui localizadas”, disse.

Em Portugal, numa visita oficial de dois dias, Macron agradeceu aos portugueses sublinhando que foi um “momento importante”. “Assinámos um tratado de amizade entre dois países que se apreciam e se conhecem tão bem. Assinámos vários acordos e chegamos a uma grande convergência política”, notou.

Emmanuel Macron iniciou na quinta-feira a primeira visita oficial de um presidente francês a Portugal em 26 anos. A passagem de Macron pelo país foi marcada pela assinatura de vários acordos, que visam reforçar a cooperação em áreas chave como a defesa, energia, tecnologia e transportes.

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S&P sobe rating de Portugal para A, com perspetiva positiva

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2025

Um ano depois, a agência norte-americana volta a subir a notação da dívida soberana. "Eleições antecipadas parecem improváveis em 2025", acredita a S&P.

A agência Standard & Poor’s decidiu esta sexta-feira subir o rating de Portugal de A- para A, com perspetiva positiva. Quase um ano depois de aumentar a notação da dívida soberana para o patamar A, a S&P admite uma nova subida “nos próximos 24 meses”.

A decisão é justificada, em nota de imprensa, com os “pequenos excedentes orçamentais” que Portugal deve atingir entre 2025 e 2028 e, assim, baixar a dívida “mais rapidamente que a maioria dos outros países europeus”. A agência estima que o excedente tenha sido de 0,5% do PIB em 2024 e prevê 0,2% até 2026-7. Já a dívida deve descer para 84% do PIB até 2028, em comparação com os 96% em 2024.

Num ambiente geopolítico incerto, a S&P acredita também na redução dos riscos para a posição externa do país. Mesmo com as tarifas que administração Trump ameaça aprovar, a qualquer momento, “Portugal deverá registar excedentes moderados na balança corrente”, nota a agência.

Num cenário de guerra comercial, o principal risco para a economia portuguesa seria “secundário, através dos laços com as economias mais afetadas, como a Alemanha”. A pressão para o aumento da despesa militar, por outro lado, não deixa reservas na S&P, que afirma estar “tranquila” com o histórico político de Portugal em manter uma “trajetória descendente da dívida pública e desalavancagem externa”.

A S&P prevê também um crescimento real do PIB de cerca de 2% entre 2025 e 2028, superior à estimativa de 1,2% para a zona euro, graças a uma execução mais acelerada do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Ainda assim, salienta a nota, “a absorção total até 2026” dos fundos do PRR é “improvável e a margem para uma extensão é limitada” dadas as novas prioridades da União Europeia em matéria defesa e comércio.

Na frente política, a agência considera “improvável” a convocação de eleições antecipadas antes de julho de 2025, o último mês em que Marcelo Rebelo Sousa pode dissolver o Parlamento, devido à proximidade das presidenciais de 2026. “A implementação de políticas-chave será provavelmente tranquila, pelo menos até 2026”, indica a S&P.

Já o mercado do trabalho continua “robusto”, com a taxa de desemprego a dever-se manter “baixa”, numa média de 6,3% entre 2025 e 2028.

Para este ano, a S&P projeta ainda uma rentabilidade sólida para os bancos portugueses, ainda que “inferior a 2023-2024”.

Em agosto do ano passado, a S&P tinha mantido a notação da dívida soberana em A-, com perspetiva positiva. Mas em março de 2024, a S&P subiu a classificação de Portugal de BBB+ para A- e marcou o regresso do país, treze anos depois, ao patamar ‘A’ em todas principais agências.

A agência canadiana DBRS foi a primeira do ano a avaliar Portugal, ao subir o rating do país para A (elevado), com perspetiva estável, a 17 de janeiro. A Fitch tem previsto decidir a 14 de março e a Moody’s a 16 de maio.

 

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 52 milhões de euros

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2025

O jackpot desta sexta-feira é de 52 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 52 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 28 de fevereiro:

Números: 7, 16, 31, 43 e 46

Estrelas: 5 e 9

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Air France-KLM “está pronta para apresentar projeto para a TAP”, diz CEO

O CEO do grupo franco-neerlandês assume o compromisso de manter a marca e o hub da TAP no aeroporto de Lisboa.

Com a aprovação do decreto de privatização da TAP a aproximar-se, os interessados na companhia aérea jogam as suas cartadas para conseguir apoios. O CEO da Air France-KLM, Ben Smith, que acompanhou o Presidente francês na viagem oficial a Portugal, enviou uma declaração às redações onde elogia a transportada portuguesa e diz que está pronto para a venda, quando ela arrancar.

A Air France-KLM está pronta para apresentar o seu projeto no âmbito do processo de privatização da TAP, que estamos a acompanhar há bastante tempo”, afirma Ben Smith. “Portugal é um grande país e um mercado estratégico para a Air France-KLM. A TAP Air Portugal é uma companhia aérea emblemática que construiu um hub poderoso em Lisboa, aberto ao mundo”, acrescenta.

O CEO do grupo franco-neerlandês compromete-se também a manter a marca e o hub no aeroporto de Lisboa. “Temos grandes ambições em Portugal: queremos reforçar a conectividade de todo o país, não só em Lisboa, e investir de forma sustentável na economia local. Queremos manter e desenvolver a imponente marca TAP e o seu hub altamente valioso, respeitando e valorizando o conhecimento e experiência dos seus trabalhadores”.

A visita do Presidente francês foi aproveitada para uma ação de charme junto do Governo português. “Queremos que a Air France e a TAP encontrem uma forma inovadora de casamento”, afirmou Emmanuel Macron, no Fórum Económico Luso-Francês, que decorreu esta sexta-feira no Palácio da Bolsa, no Porto, onde esteve acompanhado de Luís Montenegro.

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Tribunal suspende concurso da construção de nova ponte na Figueira da Foz

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2025

“É muito frustrante. Íamos assinar o contrato na quarta-feira para submeter para o Tribunal de Contas e vivemos nisto”, lamentou o autarca Pedro Santana Lopes.

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra suspendeu o concurso público da construção da ponte Eurovelo sobre o rio Mondego na Figueira da Foz, distrito de Coimbra, devido à queixa de um concorrente.

O presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes, revelou, na reunião da Assembleia Municipal, na tarde desta sexta-feira, que a decisão foi recebida a seguir ao almoço. “É muito frustrante. Íamos assinar o contrato na quarta-feira para submeter para o Tribunal de Contas e vivemos nisto”, lamentou o autarca.

Após cinco concursos públicos, a proposta de adjudicação da empreitada tinha sido aprovada na reunião de Câmara de 07 de fevereiro, por unanimidade, pelo valor de 7,6 milhões de euros (com IVA), a que devem acrescer posteriormente mais 2,5 milhões de euros para a construção dos acessos à nova ponte.

Após a consignação, a construção da ponte tem um prazo de execução de 18 meses. A infraestrutura, que esteve para não avançar por falta de condições financeiras do município, vai ser totalmente suportada pelo Fundo Ambiental, após a Comissão Europeia ter chumbado o financiamento no âmbito da reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A ponte vai ser construída a leste da Figueira da Foz, entre as freguesias de Vila Verde, na margem direita, e Alqueidão, na margem esquerda do rio Mondego. A nova travessia integra-se na rota europeia da Costa Atlântica Eurovelo 1 e prevê uma faixa de rodagem para automóveis e uma via ciclável e pedonal.

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