Ações de formação do IEFP chegam a 620 mil pessoas
Cerca de 620 mil pessoas foram abrangidas por ações de formação promovidas pelo IEFP no último ano. É o equivalente a um salto de 24% face ao ano anterior.
Mais de 620 mil pessoas beneficiaram de ações de formação promovidas pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), no último ano. O balanço é feito num novo relatório do Centro de Relações Laborais, que foi apresentado esta terça-feira no Ministério do Trabalho.
“Em 2024, as ações de formação promovidas pelo IEFP abrangeram 620,1 mil pessoas”, explicam os autores desse novo estudo. Em comparação, em 2023, tinham sido 500,8 mil os beneficiários de ações formativas, o que significa que no último ano houve um salto de quase 24%.
Ora, das tais 620,1 mil pessoas abrangidas em 2024, mais de metade (343,6 mil indivíduos) foi abrangida por ações de formação contínua.
Já entre os demais, 9,5% fizeram formação inicial (58,8 mil pessoas), 4,8% formação para a inclusão (29,6 mil pessoas) e 27,8% outras medidas de formação, como o cheque-formação e a formação de formadores (172,4 mil pessoas).
Somam-se ainda 15,6 mil pessoas (2,5% do total) que foram cobertas por outras atividades dos centos de gestão participada, destaca o Centro de Relações Laborais.
Em 2024, os abrangidos pelas medidas de apoio ao emprego promovidas pelo IEFP foram cerca de 77,3 mil.
Por outro lado, o relatório apresentado esta tarde assinala que, no último ano, 77,3 mil pessoas foram abrangidas por medidas de apoio ao emprego promovidas pelo IEFP.
Destes, 31,3% (cerca de 24 mil pessoas) beneficiaram da medida ‘Trabalho Socialmente Necessário’, que prevê a integração de desempregados em atividades que satisfaçam necessidades sociais ou coletivas temporárias (promovidas por entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos).
Outras 26 mil pessoas (34,4%) beneficiaram das medidas de inserção profissional, enquanto cerca de 20 mil (26,3%) foram abrangidas por apoios à contratação. Por fim, cerca de duas mil pessoas beneficiaram (2,5%) de apoios à criação de emprego e empresas.
Emprego desacelera. Lay-off agrava-se
Num ano ainda marcado pela incerteza associada aos conflitos internacionais, mas também pelos ciclos eleitorais que “provocaram mudanças em vários países europeus” e nos Estados Unidos, o mercado de trabalho português registou uma desaceleração do ritmo de crescimento do emprego total (1,3% contra 1,9% em 2023).
O Centro de Relações Laborais detalha que, das pessoas empregas, a maioria (72,3% ou quase 3,7 milhões de indivíduos) trabalhava na área dos serviços. Já a indústria, construção, energia e água empregavam quase 1,3 milhões de pessoas (24,7% do emprego total). Por outro lado, na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca estavam empregadas 133,6 mil pessoas (2,6% do total).
“Em Portugal, em 2024, das 4,3 milhões pessoas que trabalhavam por conta de outrem, 84,1% tinham contratos sem termo, tendo o seu número crescido em cerca de 97,9 mil, relativamente a 2023. Já os trabalhadores por conta de outrem com contratos a termo representavam 13%, tendo decrescido, face ao ano anterior, cerca de 53,4 mil pessoas”, observam ainda os autores do novo relatório.
Em Portugal, em 2024, das 4,3 milhões pessoas que trabalhavam por conta de outrem, 84,1% tinham contratos sem termo, tendo o seu número crescido em cerca de 97,9 mil, relativamente a 2023.
Quanto ao desemprego, 2024 foi sinónimo de estabilidade. A taxa manteve-se em 6,5%, “mas distanciou-se do valor médio da União Europeia, que diminuiu de 6,1% para 5,9%”.
Além disso, o Centro de Relações Laborais realça que o número de empresas a recorrer ao lay-off disparou 22,1% para 1.356 empregadores. Assim, “em 2024, manteve-se a tendência de acréscimo de 2023, ano em que se registou uma subida expressiva no número de entidades nesta situação”, sublinham os autores.
O lay-off é um regime que permite às empresas em crise suspenderem os contratos de trabalho ou reduzirem os horários de trabalho, com os respetivos cortes salariais. Recebem, em paralelo, um apoio da Segurança Social para suportar os vencimentos.
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