Habitação, mobilidade e desenvolvimento. Local Summit discute já amanhã o próximo ciclo autárquico

Quando faltam escassos meses para as autárquicas, a realizar em setembro ou outubro, e um ano para o prazo limite de execução do PRR, o ECO realiza a segunda edição do Local Summit, em Lisboa.

Cerca de uma dezena de autarcas do Algarve ao Minho, especialistas em transportes e direito e o Governo central juntam-se em debate na segunda edição do Local Summit, nesta terça-feira. Habitação, mobilidade, planeamento e estratégias de desenvolvimento sobem ao palco no Centro Cultural de Belém.

A um ano do final do prazo de aplicação dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência e a menos de dois meses da data em que se saberá quando decorrerão as eleições autárquicas, o poder local vai fechando dossiers e ultima os planos para o novo ciclo.

Autarcas de Aveiro, Cascais, Coimbra, Faro, Lisboa, Loures, Mondim de Basto, Sintra e Viana do Castelo terão a seu cargo o lançamento das bases para a segunda metade da década, seja enquanto candidatos, ou como os executantes das políticas públicas nos seus concelhos nos últimos 12 anos.

“Estratégias e modelos locais para a habitação” será o tema inicial, logo após a abertura do Local Summit por Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e Habitação. Bruno Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Mondim de Basto, e Ricardo Leão, presidente da Câmara Municipal de Loures, juntam-se a Patrícia Viana, sócia da Abreu Advogados, e Luís Menezes Leitão, presidente da Associação Lisbonense de Proprietários, para a discussão de um dos mais prementes constrangimentos do país, a que as autarquias tentam responder, por vezes com queixas da falta de resposta por parte do Estado central: a habitação.

No segundo painel, Ana Paula Vitorino, presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, e Faustino Gomes, presidente do conselho de administração da Transportes Metropolitanos de Lisboa, debaterão a mobilidade urbana e o planeamento sustentável nas autarquias, tendo a seu lado o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, e o vice-presidente da câmara de Cascais, Nuno Piteira Lopes.

Numa perspetiva mais global, três “veteranos” autárquicos, Basílio Horta, José Ribau Esteves e Rogério Bacalhau, a cumprirem o último de três mandatos em Sintra, Aveiro e Faro, respetivamente, debaterão estratégias de desenvolvimento em conjunto com o presidente da câmara de Coimbra, José Manuel Silva, a cumprir o seu primeiro mandato.

O encerramento estará a cargo de Carlos Moedas, presidente da maior das 308 câmaras, a de Lisboa, responsável pela gestão do município onde reside mais de um quinto da população do país.

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APS lança curso sobre impacto do Pacote Omnibus no setor segurador

  • ECO Seguros
  • 26 Maio 2025

A formação está marcada para dia 4 de junho e pode ser assistida presencialmente, na sede da APS, em Lisboa, ou online.

A Associação Portuguesa de Seguradoras (APS) anunciou o lançamento de um curso sobre o “Pacote Omnibus da União Europeia: Simplificação de Deveres da Sustentabilidade Empresarial”. Segundo avançou em comunicado, o curso dedicar-se-á a analisar as alterações ao quadro legislativo europeu em matéria de sustentabilidade empresarial e nos impactos das alterações no setor segurador.

Serão abordadas as principais propostas legislativas do Pacote Omnibus, com destaque para as alterações às Diretivas CSRD e CSDDD, ao Regulamento da Taxonomia e ao papel do EFRAG na simplificação das normas ESRS. Entre os temas a ser destacado está também a Bússola da Competitividade Europeia, enquanto instrumento estratégico relevante para compreender o enquadramento e os objetivos desta evolução regulatório.

Além de serem analisadas as consequências práticas das alterações nas seguradoras, também será estuda perspetivas de evolução legislativa e recomendações para empresas seguradoras.

O Pacote Omnibus da UE, também conhecido como Pacote de Simplificação da União Europeia, é um conjunto de propostas da Comissão Europeia com o objetivo de simplificar e harmonizar as regras e regulamentos europeus, especialmente em matéria de sustentabilidade, com o objetivo de reduzir a burocracia e os custos para as empresas e assim reforçar a competitividade da região.

A formação será conduzida por Paulo Câmara, professor na Universidade Católica Portuguesa e especialista em ESG e Corporate Governance. Paulo Câmara quer “proporcionar uma compreensão clara das alterações legislativas e dos seus impactos práticos no setor segurador, facilitando a preparação de estratégias eficazes face aos desafios da sustentabilidade empresarial”, indica a APS.

A formação está marcada para dia 4 de junho entre as 9h30 e 12h30 e pode ser assistida presencialmente na sede da APS, em Lisboa, ou online.

Para inscrições e mais informações, aqui.

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Zurich Portugal nomeia Maria Paula Monroy como chief risk officer

  • ECO Seguros
  • 26 Maio 2025

Há mais de uma década no grupo segurador, a executiva exercia a mesma função na Zurich Colômbia desde 2019 e, anteriormente, foi risk manager na Zurich Brasil.

A Zurich Portugal anunciou a nomeação de Maria Paula Monroy para o cargo de chief risk officer (CRO). Com mais de dez anos de experiência no Zurich Insurance Group, a executiva exercia a mesma função na Zurich Colômbia desde 2019 e, anteriormente, foi risk manager na Zurich Brasil. A gestora muda-se agora para Portugal, para liderar a área de gestão de risco da Zurich.

Maria Paula Monroy nova chief risk officer da Zurich Portugal: “Ao fortalecer a nossa capacidade de resposta aos desenvolvimentos e dinâmicas de um mercado em mudança, garantimos que estamos sempre um passo à frente no serviço que providenciamos aos nossos clientes e parceiros de negócio”.

Com uma abordagem muldisciplinar, vamos gerir com as várias equipas, de forma ativa e contínua, os riscos financeiros e não financeiros, para contribuir com a execução da nossa estratégia de negócio, permitindo que a organização encontre oportunidades de criação de valor sem ser exposta a riscos excessivos“, afirmou Maria Paula Monroy, no comunicado que oficializa a sua entrada.

Ao fortalecer a nossa capacidade de resposta aos desenvolvimentos e dinâmicas de um mercado em mudança, garantimos que estamos sempre um passo à frente no serviço que providenciamos aos nossos clientes e parceiros de negócio”, acrescenta a nova CRO.

Formada em Economia pela Universidade de los Andes (Colômbia), a nova CRO iniciou a carreira como senior financial economist na ASOFONDOS – Associação Colombiana de Administradores de Fundos de Pensões e Desemprego – antes de ingressar no Zurich Insurance Group.

A nomeação mereceu elogios de Helene Westerlind, CEO da Zurich Portugal: “A sua década de experiência no Zurich Insurance Group, em várias funções e países, combinada com a sua formação diversificada e liderança, vão contribuir para o sucesso do nosso negócio local.

Zurich está presente em Portugal há 106 anos, conta com mais de 550 colaboradores e uma rede de distribuição superior a 1.800 agentes de seguros, corretores, bancos e parcerias, servindo mais de 830 mil clientes em todo o país.

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Ordem económica global “está a fragmentar-se”, diz Lagarde

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

Presidente do BCE disse que aumentar a importância internacional do euro "permitiria que governos e empresas da União Europeia tomassem empréstimos a um custo menor".

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) alertou esta segunda-feira que a ordem económica global “está a fragmentar-se”, defendendo, por isso, que “aumentar a importância internacional do euro pode ter implicações positivas para a zona do euro”.

Christine Lagarde discursava numa conferência, em Berlim, apontando a guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos como a justificação. “A economia global prosperou com base na abertura e no multilateralismo, apoiados pela liderança americana”, apontou, acrescentando que “esta ordem mundial provou ser extremamente benéfica para a União Europeia […] mas hoje está a fraturar-se”.

Lagarde defendeu que o euro é, atualmente, a segunda maior moeda global, correspondendo a 20% das reservas cambiais, em comparação com 58% do dólar, existindo hoje uma incerteza sobre se o dólar manterá o papel dominante no sistema financeiro e comercial internacional.

Aumentar a importância internacional do euro “permitiria que governos e empresas da União Europeia tomassem empréstimos a um custo menor e ajudaria a impulsionar a procura interna num momento em que a procura externa está a tornar-se menos segura” e protegeria a zona do euro das flutuações da taxa de câmbio, acrescentou Lagarde, numa discussão sobre o euro num mundo fragmentado.

Isso “protegeria a Europa de sanções ou outras medidas coercitivas”, afirmou Lagarde num evento organizado pelo Centro Jacques Delors na Escola Hertie, em Berlim.

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“Quem está seguro de si, está seguro connosco”, diz Cofidis em campanha protagonizada por Catarina Furtado

  • + M
  • 26 Maio 2025

Catarina Furtado, rosto da marca desde 2024, é a protagonista da nova campanha da Cofidis, que pretende transmitir uma mensagem de confiança. A criatividade é da Judas e a produção da Krypton.

Com o intuito de reforçar o posicionamento da sua marca como um “parceiro financeiro próximo, humano e responsável”, a Cofidis lançou uma nova campanha multimeios que “aposta numa mensagem de confiança, segurança e apoio aos projetos de vida dos portugueses”.

Sob o mote “Quem está seguro de si, está seguro connosco”, a campanha faz da construção de uma ponte a metáfora para simbolizar, visualmente, “a relação de compromisso, solidez e empatia que a Cofidis estabelece com clientes e parceiros”.

Este conceito é traduzido em três filmes, um institucional, centrado na missão da marca, outro de crédito, com foco nas soluções de financiamento, e um focado nos seguros, que destaca a importância da proteção financeira. Catarina Furtado, rosto da marca desde 2024, é a protagonista do filme institucional.

Esta campanha é um reflexo da forma como queremos estar presentes na vida das pessoas: com proximidade, responsabilidade e confiança. Acreditamos que cada passo em direção a um sonho precisa de bases sólidas — e é isso que oferecemos. Na Cofidis, empoderamos as pessoas a concretizar os seus projetos e a proteger as suas conquistas, com soluções simples e seguras”, diz Martta Oliveira, da direção de inovação e criação de valor da Cofidis, citada em comunicado.

Já Catarina Furtado, refere que a confiança se constrói “com tempo, com gestos que revelam cuidado, com uma escuta ativa das necessidades das pessoas e com a coerência das palavras e das ações”. “E é isso que reconheço na relação com a Cofidis porque o pude constatar: o compromisso com quem precisa de segurança para seguir em frente. Esta campanha fala de responsabilidade, de presença e de humanidade — e são esses os princípios que me movem também”, acrescenta a apresentadora.

A campanha marca presença em televisão, exterior, plataformas digitais e redes sociais, “mantendo a consistência visual e emocional que tem distinguido a comunicação da Cofidis nos últimos anos”. A criatividade é da Judas e a produção da Krypton.

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Lúcia Cavaleiro deixa Tabaqueira e assume direção de Comunicação e Imagem da Infraestruturas de Portugal

A até agora manager communications and digital da Philip Morris International vai liderar uma equipa de 19 profissionais e assume a comunicação externa, interna, institucional, eventos e digital.

Lúcia Cavaleiro é a nova diretora de Comunicação e Imagem da Infraestruturas de Portugal (IP). A informação foi confirmada ao +M pela até agora manager communications and digital da Philip Morris International, função que desempenhou nos últimos dois anos.

“Esta mudança surge como um alinhamento natural com aquilo que me motiva profissionalmente: contribuir para projetos com impacto real na vida das pessoas e no desenvolvimento do país. A missão da Infraestruturas de Portugal, enquanto entidade responsável por gerir e desenvolver infraestruturas essenciais à mobilidade e à coesão territorial, está profundamente ligada a esse propósito. A comunicação nas áreas da mobilidade, sustentabilidade e investimento público tem um papel decisivo na forma como a sociedade reconhece o valor das grandes infraestruturas e é precisamente nesse ponto que vejo uma oportunidade de gerar valor acrescentado“, justifica a cronista residente do +M.

Na IP, Lúcia Cavaleiro lidera uma equipa de 19 profissionais. “O que mais me atraiu neste desafio foi a possibilidade de liderar uma equipa multidisciplinar dentro da IP, com o objetivo de alinhar estrategicamente todas as vertentes da comunicação – externa, interna, institucional, eventos e digital – ao serviço da missão da empresa”, comenta.

O grande desafio, aponta ao +M, “está em garantir uma narrativa coerente, próxima e relevante, que reflita o papel estratégico da IP na transformação do território e na vida das pessoas. Fazer isso num ambiente técnico, exigente e em constante evolução é tão desafiante quanto inspirador”.

A IP não trabalha com agência, sendo a comunicação assegurada por uma equipa multidisciplinar interna que desempenha funções nas áreas da assessoria de imprensa, comunicação de marca e campanhas, comunicação interna, gestão digital e eventos, descreve a também diretora na APCE — Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa.

Lúcia Cavaleiro vai substituir Rosario Rocio, que liderou a comunicação e imagem da IP nos últimos 12 anos e assume agora outras funções dentro da estrutura.

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Ferreira Leite apoia Marques Mendes que vê como “candidato natural do PSD”

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

Marques Mendes "pela sua história, surge como candidato natural do PSD", diz a antiga presidente do PSD, cujo apoio não é " por amizade ou disciplina partidária, mas por convicção".

A antiga presidente do PSD Manuela Ferreira Leite manifestou esta segunda-feira o seu apoio à candidatura de Luís Marques Mendes a Belém, que classificou como “o candidato natural do PSD”.

Num depoimento a que a Lusa teve acesso, a antiga líder do PSD entre 2008 e 2010 refere conhecer Marques Mendes “há muitos anos”, tendo trabalhado com o agora candidato presidencial “numa mesma equipa, em múltiplas circunstâncias”.

“Testemunhei a sua inesgotável dedicação à causa pública, quer como membro do Governo, líder parlamentar ou simplesmente militante do PSD e verifiquei que sempre foi uma voz cuja opinião poucos prescindiam de ouvir”, sublinha.

Para a antiga ministra das Finanças, Marques Mendes “pela sua história, surge como candidato natural do PSD à Presidência da República”, dizendo associar-se a esta iniciativa “não por amizade ou disciplina partidária, mas por convicção”. Este apoio surge dias antes da reunião do Conselho Nacional do PSD que irá votar na quinta-feira formalmente o apoio do partido à candidatura presidencial de Luís Marques Mendes.

Apesar de a convocatória não referir qualquer nome, vários dirigentes do PSD, incluindo o presidente Luís Montenegro, já deixaram claro que irão propor ao partido o apoio ao seu antigo líder Luís Marques Mendes, que apresentou a candidatura no início de fevereiro para as eleições presidenciais de janeiro do próximo ano.

O Conselho Nacional do PSD, marcado para as 21:00 num hotel em Lisboa, vai realizar-se poucas horas depois de o almirante Henrique Gouveia e Melo apresentar oficialmente a sua candidatura à Presidência da República, iniciativa marcada para as 19:00 em Lisboa na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa.

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“Vamos duplicar o Banco de Fomento este trimestre”, diz Gonçalo Regalado

Linha para os exportadores no valor de 3,5 mil milhões ainda aguarda luz verde de Bruxelas. Gonçalo Regalado reclama maior influência de Portugal nas instâncias europeias.

O CEO do Banco Português de Fomento (BPF), Gonçalo Regalado, acredita que vai conseguir “duplicar” o tamanho do banco durante este trimestre. “Quando recebemos o banco tínhamos cerca de três mil milhões de euros de garantias outstanding. Acredito que as vamos ampliar este trimestre, e que vamos estar muito próximos de duplicar de balanço este trimestre”, revelou Gonçalo Regalado na Money Conference, organizada pelo Diário de Notícias. O gestor chegou ao Banco de Fomento em janeiro.

Sobre a linha para os exportadores anunciada pelo Governo para ajudar as empresas a enfrentar a turbulência causada pelas tarifas, Gonçalo Regalado sublinhou a necessidade de ter esse apoio disponível no imediato – apesar de ainda aguardar aprovação da Comissão Europeia.

É já que ela tem de chegar ao mercado. Na sexta tínhamos uma ameaça de 50% sobre todos os produtos europeus e hoje sabemos que o que mudou foi o dia 1 de junho, agora é no dia 9 de julho. Mas não sabemos como vai ser no dia 15 de junho, sabemos que estamos sob ameaça”, referiu o líder do Banco de Fomento.

Nesse sentido, reclamou que Portugal deve trabalhar no sentido de reforçar a sua presença nas instâncias europeias, porque França, exemplificou, conseguiu disponibilizar uma linha para o setor dos vinhos e espumantes mais rapidamente porque “tem influência, poder e gestão direta na Comissão”.

“Vejam o número de franceses que estão ao serviço na Comissão e têm influência. Nós não temos isso e isso é uma falha de Portugal grave. É preciso ter influência nos organismos europeus e ter capacidade em Portugal de dizermos ‘fazemos tudo desde que” e não fazermos tudo ‘e mais o que’”, afirmou.

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Indemnização a recibo verde e trabalhador dependente sujeita a IRS

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

Compensação por acordo judicial a recibo verde paga imposto e a indemnização a um trabalhadores por conta de outrem tem de fazer retenção na fonte, entende o Fisco.

Uma indemnização a um trabalhador independente por cessação da prestação de serviços não está isenta de IRS e uma compensação a um trabalhador dependente na sequência de um litígio laboral tem de fazer retenção na fonte, esclarece o Fisco.

Estas situações constam de duas informações vinculativas publicadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) relativamente ao tratamento fiscal de dois casos distintos que, em comum, têm o facto de ambos terem sido determinados por acordo judicial.

No caso que envolve o trabalhador a recibo verde, a indemnização foi atribuída a título de danos não patrimoniais por cessação do contrato de prestação de serviços, querendo o contribuinte saber o enquadramento fiscal (em termos de IRS) do valor recebido.

E a conclusão da Autoridade Tributária (AT) é de que se trata de um rendimento de categoria B, estando sujeito a tributação em sede de IRS, já que a lei determina que se consideram rendimentos profissionais “as importâncias auferidas, a título de indemnização, conexas com a atividade exercida, nomeadamente a sua redução, suspensão e cessação, assim como pela mudança do local do respetivo exercício”.

Já a situação que envolve o trabalhador dependente tem a ver com o pagamento de uma compensação global determinada por decisão judicial, paga ao longo de vários meses e com início em 2022, com a entidade empregadora a questionar o Fisco sobre se a mesma está ou não sujeita a retenção na fonte.

Ainda que esta compensação global resulte da soma de várias parcelas (como a nulidade do processo disciplinar e o pagamento das diferenças remuneratórias entre os valores que tinham sido pagos e os devidos em função da concreta categoria profissional, prémio de funções, subsídio de turno ou de alimentação), a AT assinala que os valores pagos são ilíquidos e sujeitos a retenção na fonte de acordo com as tabelas em vigor em 2022.

“A quantia a pagar pela requerente à trabalhadora a título de compensação global é uma quantia ilíquida, sobre ela recaindo a retenção na fonte do IRS”, refere o Fisco, acrescentado que neste caso as regras do Código do IRS que permitem a autonomização, para efeitos de retenção na fonte, dos rendimentos relativos a anos anteriores àquele em que são pagos ou colocados à disposição, não são suscetíveis de aplicação ao presente caso”.

Desta forma, a compensação global atribuída “terá de considerar-se um rendimento do ano em que vai ser paga pois […] não houve na sua determinação especificação sobre que parte do pedido a mesma se destinou a ressarcir”.

Tendo sido acordado que o valor em causa é pago em prestações mensais a partir de janeiro de 2022, “devem estes montantes ser acrescidos à remuneração de cada um dos meses em que forem pagos, para efeitos de cálculo da taxa a aplicar de acordo com a Tabela de Retenções na fonte da Categoria A para o ano de 2022”, conclui.

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Portugal recusa “fundo único” na agricultura

  • Lusa
  • 26 Maio 2025

"Um fundo único é a destruição da PAC", defende o ministro da Agricultura, que continua a defender dois pilares na próxima PAC – ajudas diretas aos agricultores e os auxílios ao desenvolvimento.

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, rejeitou esta segunda-feira a possibilidade de reunir num só fundo os dois pilares de ajuda aos agricultores sustentando que esta opção “é a destruição” da Política Agrícola Comum (PAC).

“Não concordo com um fundo único”, respondeu o ministro aos jornalistas, em declarações à margem da reunião com os seus homólogos da União Europeia (UE), sublinhando que “um fundo único é a destruição da PAC”. Admitindo haver margem para a melhorar, José Manuel Fernandes referiu que “destruir a PAC ou tentar renacionalizá-la é um desastre que não deve ocorrer a quem quer segurança alimentar e, em simultâneo, defesa”.

O ministro salientou a importância de se manterem os dois pilares na próxima PAC (2028-2034) – ajudas diretas aos agricultores e os auxílios ao desenvolvimento rural – e com um financiamento que deve ser atualizado num mínimo de 2% ao ano, face ao último orçamento.

Portugal não quer um fundo único, quer dois pilares, reiterou, defendendo que o pilar do desenvolvimento rural pode ter sinergias com os fundos da Coesão. A Comissão Europeia apresenta um projeto de orçamento plurianual que é, em seguida, negociado e aprovado pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho.

O ministro da Agricultura recomendou ainda calma e união ao bloco europeu nas negociações das tarifas com os Estados Unidos. “É importante que a UE não fique nervosa ou perca a calma por causa de estratégias de pressão do senhor presidente dos Estados Unidos”, Donald Trump.

Em declarações aos jornalistas à margem do Conselho de ministros da Agricultura da União Europeia (UE), José Manuel Fernandes referiu que “a união é vital, essencial”.

“Se nos dividirmos, se abrirmos brechas, será preocupante para todos os países”, declarou. Nestas negociações, como na de outros grandes acordos económicos – como o assinado em dezembro com os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) – “não há países grandes”, salientando que é a união que dá força ao bloco comunitário, com 450 milhões de habitantes.

As relações comerciais entre a UE e os EUA estão marcadas por tensões devidas aos anúncios de Trump de imposição de taxas, com novas tarifas de 50% às importações da UE anunciados na sexta-feira e suspensos até 09 de julho no domingo.

Washington tinha já imposto taxas aduaneiras de 25% para o aço, o alumínio e os automóveis europeus e de 20% em tarifas recíprocas ao bloco comunitário, estas últimas, entretanto, suspensas por 90 dias. A UE que suspendeu, durante o mesmo período e até meados de julho, as tarifas de 25% a produtos norte-americanos em resposta às aplicadas pelos Estados Unidos ao aço e alumínio europeus.

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Banco de Portugal comprou 1,4 mil milhões de dívida pública portuguesa em 2024

No último ano em que foi ao mercado comprar dívida portuguesa ao abrigo do PEPP, supervisor comprou menos títulos. Bancos tinham 34 mil milhões aplicados em depósitos junto do banco central.

O Banco de Portugal comprou, em termos brutos, 1,4 mil milhões de euros de títulos de dívida pública portuguesa em 2024, muito abaixo dos 3,6 mil milhões adquiridos em 2023. Apesar destas transações, este foi o último ano, num horizonte próximo, em que a instituição liderada por Mário Centeno foi ao mercado para adquirir estas obrigações ao abrigo de programas de compras de ativos.

Os dados constam do relatório de implementação de política monetária divulgado esta segunda-feira pela instituição liderada por Mário Centeno, no qual sobressai que, tal como esperado, as compras dos programas de ativos foram progressivamente diminuindo. Ainda assim, 2024 ainda foi um ano em que o BdP esteve bastante ativo no mercado.

“O Banco de Portugal esteve ativo na compra de títulos de dívida pública portuguesa para o PEPP [sigla em inglês, programa de compras de emergência pandémica] ao longo do ano, tendo sido realizadas 198 transações com 17 instituições financeiras e adquiridos, em termos brutos, 1,4 mil milhões de euros de títulos de dívida pública portuguesa“, explícita o Banco de Portugal.

Fonte: Relatório de Implementação de Política Monetária de 2024, Banco de Portugal

O supervisor bancário detalha ainda que, ao abrigo do programa regular de compra de dívida pública (Public Sector Purchase Programme, PSPP na sigla em inglês), efetuaram-se algumas transações de venda de títulos para reposição de limites por emissão, na sequência de operações de recompra e de troca de dívida pelo IGCP.

No final do ano, o prazo de vencimento médio ponderado da carteira de dívida pública portuguesa situou-se em 6,8 e 7 anos no PSPP e no PEPP, respetivamente.

No final do ano passado, os títulos adquiridos para fins de política monetária representavam 75 mil milhões de euros do balanço do Banco de Portugal, ou 39%, uma redução de 5,5 mil milhões de euros face ao ano anterior. Do total, 74,2 mil milhões de euros correspondiam a títulos de dívida pública e supranacional e 0,8 mil milhões de euros a títulos de dívida privada.

Metade dos títulos vence nos próximos cinco anos

Os reinvestimentos do PEPP chegaram ao fim em dezembro de 2024, como era esperado, encerrando mais um capítulo das medidas de política monetária não-convencionais. De acordo com o relatório, o balanço do Banco de Portugal teve um crescimento proporcional ao do Eurosistema, sendo que, no final de 2024, os títulos detidos para fins de política monetária representavam 39% do balanço e tinham um prazo de vencimento médio de 7,1 anos.

Apesar do fim das compras, “os programas deixam uma herança não negligenciável no balanço do Eurosistema, que se espera perdurar por muitos anos e que, no caso do Banco de Portugal, deverá subsistir até 2054“. Segundo a instituição, cerca de 50% desses títulos atingirá o vencimento nos próximos cinco anos e quase 25% permanecerá em balanço pelo menos mais dez anos, sendo esperado que todos os títulos cheguem ao fim da sua maturidade.

Fonte: Relatório de Implementação de Política Monetária de 2024, Banco de Portugal

 

O Banco de Portugal destaca o diferencial de duração entre os ativos e passivos do banco central e que pode afetar significativamente os seus resultados financeiros. “A sua magnitude nos resultados dos próximos anos é incerta e dependerá, em grande parte, da evolução futura das taxas de juro diretoras do BCE, da dimensão do balanço e da sua composição“, alerta.

Depósitos no BdP renderam 1,6 mil milhões à banca

A instituição liderada por Mário Centeno pagou no ano passado 1.604 milhões de euros aos bancos referentes a juros de depósitos, um montante acima dos 1.274 milhões de euros pagos em 2023.

O Banco de Portugal destaca ainda que “o ambiente de significativo excesso de liquidez e o contexto de taxas de juro positivas promoveram o recurso à facilidade de depósito pelas contrapartes portuguesas e da restante área do euro”.

No final de 2024, num cenário de ainda excesso de liquidez, os bancos portugueses tinham aplicados na facilidade de depósito 34 mil milhões de euros — ao longo de 2024, esta facilidade registou um valor médio diário de aproximadamente 42 mil milhões de euros, enquanto a facilidade de cedência foi utilizada uma vez, contra seis vezes em 2023. Após a taxa de juro da facilidade de depósito ter subido para valores positivos, em setembro de 2022, verificou-se um aumento significativo do recurso a esta facilidade, por contrapartida da redução das reservas excedentárias, cuja remuneração é 0%, recorda o Banco de Portugal.

O relatório detalha que, com o vencimento das TLTRO III, operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas criadas para apoiar a concessão de crédito à economia, em dezembro do ano passado, os bancos portugueses deixaram de ter operações vivas de cedência de liquidez de política monetária. No entanto, mantiveram volumes significativos de ativos de garantia mobilizados, permitindo a sua capacidade de participação em operações de cedência liquidez caso seja necessário.

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CoRe Capital e Atena Equity Partners partilham produtora de plásticos da Trofa

  • ECO e Lusa
  • 26 Maio 2025

Sediada na freguesia de Bougado, no concelho da Trofa, onde tem uma fábrica com 20 mil metros quadrados, a empresa industrial fundada em 1981 exporta para mais de uma dezena de países.

As sociedades de capital de risco CoRe Capital e Atena Equity Partners notificaram a Autoridade da Concorrência (AdC) sobre a aquisição da Plastrofa, especializada no fabrico e comercialização de filmes técnicos e embalagens plásticas flexíveis.

Sediada na freguesia de Bougado, no concelho da Trofa, onde tem uma fábrica com 20 mil metros quadrados e emprega cerca de 70 pessoas, a empresa fundada em 1981 exporta para mais de uma dezena de países, como Espanha, França, Alemanha e Bélgica.

Numa nota publicada esta segunda-feira, a AdC indica que recebeu “em 16 de maio de 2025, com produção de efeitos a 22 de maio, uma notificação prévia” que consiste na “aquisição de controlo conjunto” da Plastrofa por parte da CoRe Capital e da Atena Equity Partners.

Esta notificação acontece dois anos depois desta empresa familiar ter sido comprada pela Atena Equity Partners, através do fundo Atena II. O negócio, cujo valor não foi divulgado em maio de 2023, foi nessa altura justificado pela sucessão empresarial, “tendo os acionistas reconhecido o valor acrescentado da opção pela alienação” a esta sociedade de capital de risco.

A AdC detalha que a CoRe Capital tem atualmente sob gestão três fundos, o Fundo CoRe Restart I, o Fundo CoRe Consolida e o Fundo CoRe Restart II, que detêm participações em empresas com atividade operacional nos setores agroalimentar, residências assistidas, paletes de madeira e sacos de papel.

Também a Atena Equity Partners tem atualmente sob gestão três fundos, o Fundo Atena I, o Fundo Atena II e o Fundo Atena III, com participações em empresas com atividade nos setores “industrial (moldes técnicos para injeção de plásticos, têxtil e tableware), saúde (unidades hospitalares privadas e medicina dentária), indústria farmacêutica, brinquedos, cibersegurança, corretagem de seguros e embalagens flexíveis de plástico por via da participação na Plastrofa”, destacou.

Por fim, a Plastrofa é uma empresa detida pela Globalflex, que, por sua vez, “é detida pelo Fundo Atena II, ativa na produção e comercialização de embalagens flexíveis de plástico”, segundo a AdC.

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