Três bancos reclamam sete milhões a Manuel Serrão

  • ECO
  • 26 Maio 2025

Os três bancos são também credores no processo de falência da Seletiva Moda, no qual reclamam o pagamento de créditos de mais de 6,6 milhões de euros.

Entre novembro de 2024 e março deste ano, o BCP, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o BPI interpuseram ações executivas contra Manuel Serrão para exigir o pagamento de dívidas no valor total de sete milhões de euros à Seletiva Moda – Associação de Promoção de Salões Internacionais de Moda, da qual o empresário nortenho foi dirigente, avança o Correio da Manhã (acesso pago).

O BCP reclama o pagamento da dívida mais elevada: 4,66 milhões de euros. Para recuperar o crédito concedido à Seletiva Moda, o BCP penhorou o direito de Serrão na herança aberta e indivisa por morte do pai, falecido em 2017. Já o banco público interpôs duas ações contra Serrão num total de 2,12 milhões. Finalmente, a ação do BPI tem o valor mais baixo: 259 mil euros, de acordo com o Portal Citius.

Os três bancos são também credores no processo de falência da Seletiva Moda, no qual reclamam o pagamento de créditos de mais de 6,6 milhões de euros. A Seletiva Moda foi declarada insolvente em setembro de 2024, seis meses depois de o Ministério Público e a Polícia Judiciária terem feito buscas à empresas e aos seus responsáveis, no âmbito da Operação Maestro investiga suspeitas de apropriação indevida de fundos europeus. Desde então o Executivo está a tentar reaver 30 milhões de euros em fundos comunitários pagos indevidamente a Manuel Serrão.

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M80 apresenta-se com imagem renovada. Quer atualizar identidade “sem desvirtuar o seu ADN”

  • + M
  • 26 Maio 2025

A celebrar 18 anos, a rádio do grupo Bauer Media aposta num rebranding, acompanhado por uma campanha que marca presença em televisão, rádio, outdoor, digital e redes sociais. Criatividade é da DJ.

A M80 apresenta-se a partir desta segunda-feira com uma nova identidade. A rádio assinala assim os seus 18 anos com um rebranding que “reforça o papel da estação como marca emocional, transversal a várias gerações, e cada vez mais presente na vida dos ouvintes — dentro e fora da rádio”.

A nova assinatura, “De longe, a música da sua vida”, dá o mote para esta nova fase da rádio, que pretende assumir-se como “uma M80 mais moderna, mas com os pés firmes no ADN que a tornou uma das rádios mais ouvidas em Portugal”. O rebranding “recupera elementos visuais do passado e reinterpreta-os com uma linguagem gráfica mais arrojada e dinâmica, que se estende à antena, redes sociais, digital, eventos e campanhas“, explica-se em nota de imprensa.

A M80 foi sempre uma marca com um pé no passado e outro no presente. Hoje damos um passo importante rumo ao futuro, com uma nova identidade que nos permite continuar a crescer, a emocionar e a acompanhar gerações. Queremos continuar a ser a rádio de quem ama boa música — independentemente da idade”, diz Miguel Cruz, diretor da M80, citado em comunicado.

Já Rita Sobral, VP de revenue growth da Bauer Media Audio Portugal, refere que o rebranding da M80 é “um passo natural na evolução de uma marca com um posicionamento único e consolidado no mercado”.

A nova imagem e assinatura “procuram atualizar a identidade da estação sem desvirtuar o seu ADN, trazendo-lhe maior versatilidade e dinamismo na forma como se apresenta e comunica. Acreditamos que esta transformação vai reforçar a perceção positiva da marca, aumentar o seu potencial de crescimento e gerar impacto junto da nossa audiência, dos nossos clientes e parceiros”, acrescenta.

A nova imagem foi desenvolvida pela agência DJ, tendo o desafio consistido em conseguir criar uma marca gráfica “que preservasse a herança e o posicionamento da M80, enquanto incorporava atributos de maior contemporaneidade”, explica João Pacheco, diretor criativo da DJ.

O objetivo foi garantir que a marca continue a evoluir num cenário cada vez mais digital, onde as estações de rádio deixam de ser apenas uma frequência para se afirmarem, progressivamente, como marcas de áudio fortes e relevantes”, acrescenta o responsável, citado em comunicado.

O rebranding é acompanhado por uma campanha, também com criatividade da DJ, que marca presença em televisão, rádio, outdoor, digital e redes sociais e que contou com o planeamento de meios da Nova Expressão. Com um universo visual e sonoro “unificado, emocional e distintivo”, a campanha “acompanha o novo ciclo da marca e reforça a sua missão de levar todos os dias aos ouvintes a música das suas vidas”.

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Hoje nas notícias: Manuel Serrão, Bolt e regras orçamentais

  • ECO
  • 26 Maio 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O BCP, a CGD e o BPI exigem a Manuel Serrão o pagamento de sete milhões de euros de créditos concedidos à Seletiva Moda, da qual o empresário foi dirigente. A Bolt prepara-se para reintegrar os táxis na sua plataforma. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Três bancos reclamam sete milhões a Manuel Serrão

Entre novembro de 2024 e março deste ano, o BCP, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o BPI interpuseram ações executivas contra Manuel Serrão para exigir o pagamento de dívidas no valor total de sete milhões de euros à Seletiva Moda (SM) – Associação de Promoção de Salões Internacionais de Moda, da qual o empresário nortenho foi dirigente. Os três bancos são também credores no processo de falência da SM, no qual reclamam o pagamento de créditos de mais de 6,6 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Bolt quer juntar os táxis aos TVDE na sua plataforma

A Bolt está a planear reintroduzir os táxis na sua plataforma. “Já o fazemos na Madeira e vamos voltar a tê-los muito em breve” no continente, disse o responsável de ride-hailing da Bolt em Portugal, Mário de Morais, admitindo que a parceria entre táxis e carros descaracterizados é “uma coisa boa” e que permite “aproximar outra vez os táxis ao setor da mobilidade”, o que, no seu entender, “só traz vantagens”. A Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (Antral) não se opõe à integração, mas alerta para a necessidade de as regras serem cumpridas.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Portugal é um dos países onde Bruxelas vê maior desvio às regras europeias

Portugal é o terceiro país na Zona Euro para o qual a Comissão Europeia está a antecipar que ocorra, em 2025 e 2026, um maior desvio relativamente ao compromisso assumido para a variação da despesa primária líquida, o indicador de referência para avaliar o cumprimento das novas regras orçamentais europeias. Esta desconfiança ficou evidente nas Previsões de Primavera divulgadas no início da semana passada pelo Executivo comunitário, em que prevê que a despesa primária líquida registe em Portugal uma variação de 6,1% este ano e de 6,3% em 2026.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Custo com PPP volta a subir ao fim de três anos

A Conta Geral do Estado (CGE) de 2024 indica que o custo líquido final imputado aos contribuintes aumentou 1,9%, para 1,3 mil milhões de euros. Segundo o Ministério das Finanças, esta subida ao fim de três anos deve-se, sobretudo, a duas parcerias público-privadas (PPP) no setor da Saúde: por um lado, ao acréscimo dos pagamentos contratuais efetuados ao parceiro privado da gestão clínica do Hospital de Cascais; por outro, aos pagamentos no âmbito do contrato de concessão do edifício do Hospital de Lisboa Oriental.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Fraudes com cartões estão a tirar mais dinheiro às vítimas

As fraudes nas operações de pagamentos digitais com cartão são cada vez mais elaboradas e conseguem tirar cada vez mais dinheiro às vítimas, segundo concluiu o relatório dos sistemas de pagamentos do Banco de Portugal (BdP). No primeiro semestre de 2024, por cada milhão de euros transacionados com cartões emitidos em Portugal, 161 euros foram parar às mãos erradas através do método de fraude, o que traduz um aumento face aos 137 euros fraudulentos por cada milhão de euros transacionados em igual período de 2023. Em média, cada vítima perdeu 58 euros, mais 11 euros do que na primeira metade do ano anterior.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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Pedro Lancastre: “Nunca pensei ser CEO de alguma coisa”

  • ECO
  • 26 Maio 2025

De homem da banca a líder imobiliário, assim foi o percurso de Pedro Lancastre, CEO da Dils. No 31º episódio do podcast "E Se Corre Bem?", conta como se apaixonou pelo setor e revela outras paixões.

Pedro Lancastre, CEO da Dils, é o 31º convidado do podcast “E Se Corre Bem?”, no qual contou como passou de ser um homem da banca a CEO de uma empresa de imobiliário. “Eu acho que nunca me senti muito um homem da banca. Estive três ou quatro anos nesse setor quando acabei o curso. E saio da banca para o setor imobiliário porque fui fazer uma pós-graduação em imobiliário e decidi que era aqui que queria trabalhar nos próximos anos. Entrei e nunca mais saí“, começou por dizer.

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Apesar de admitir não se ter identificado com a indústria e os produtos da banca, Pedro Lancastre reconheceu que o tempo que passou neste setor durante os primeiros anos do seu percurso profissional foi uma “excelente escola” para o futuro que se avizinhava na sua vida. A mudança foi um risco, mas o CEO da Dils confessou que nunca pensou muito nisso: Claro que tenho medo da mudança, mas sempre tive a coragem para arriscar e mudar”.

Da banca passou para a JLL e confessa que foi só aí que passou “a ir todos os dias feliz para o escritório” porque finalmente tinha encontrado um produto com o qual se identificava. Quando entrou, a empresa tinha 40 pessoas, mas quando saiu, já enquanto CEO da mesma, eram 440. Contudo, apesar dos bons resultados e de ter conseguido chegar a uma “posição muito confortável” na JLL, Pedro Lancastre confessou: “Nunca pensei ser CEO de alguma coisa”.

Contudo, não só se tornou CEO da JLL, como também, depois de ter coragem para mudar novamente, acabou por se tornar CEO da Dils, cargo que ocupa atualmente. “Quando fiz 50 anos senti que tinha um próximo ciclo à minha frente. Eu gostava muito do que fazia, era muito bem tratado, mas sentia vontade de fazer alguma coisa mais minha”, justificou.

A Dils, hoje com 160 pessoas, é um lugar onde Pedro Lancastre se tem sentido surpreendido por um “tipo de liderança completamente diferente” da que tinha antes, mas com um fator que impulsiona o seu espírito de coragem, que é a liberdade que lhe dão para pôr em prática as suas ideias. E exemplo disso foi a compra da Castelhana: “Itália vê Portugal com um entusiasmo gigantesco. Querem replicar o que aconteceu em Portugal noutros países porque, em 6 meses, nós compramos uma empresa com 85 pessoas e conseguimos contratar mais 75 pessoas com um talento inacreditável, com muita experiência neste mercado“.

Este sonho Dils foi possível porque eu apaixonei-me pelo projeto e pela junção dele com os meus partners – o Fernando Ferreira e a Patrícia Barão. As pessoas têm uma confiança desmedida no Fernando e na Patrícia. São gigantescos ímanes de talento, pessoas que sabem fazer bem o seu trabalho e dão-me uma segurança gigantesca”, disse.

Mas, além do “sonho Dils”, Pedro Lancastre tem ainda outra grande paixão: o Sporting. Enquanto vice-presidente do clube, garante que cada vez que vai a caminho do estádio, vai “como uma criança que vai para a Disneylândia”, isto porque, apesar de sempre ter adorado o clube, também nunca tinha pensado conseguir chegar a esta posição: “É muito diferente do setor imobiliário, mas a indústria das pessoas no futebol eu consigo rever no imobiliário de há 20 anos atrás”.

Imobiliário e futebol são, por isso, duas grandes paixões, mas ainda há um terceiro projeto que lhe traz muita alegria – a Bolsa Martim Lancastre, que nasce em homenagem ao seu filho Martim Lencastre, que faleceu em 2021. “O Martim tinha 17 anos quando partiu. Tinha o sonho de ir para o Instituto Superior Técnico, para engenharia mecânica, e houve um primo da mãe do Martim que teve esta ideia brutal de pensar que já que o Martim não podia ir para o Técnico, então que pudesse ajudar pessoas carenciadas financeiramente para poderem ter uma vida melhor enquanto estudam lá“, explicou.

Foi assim que surgiu a Bolsa Martim Lancastre, implementada no Instituto Superior Técnico. Ao todo, já foi entregue a cinco estudantes e um deles já a renovou quatro vezes, o que deixa Pedro Lencastre muito realizado: “O dia da entrega das bolsas é das melhores alegrias que tenho durante o ano. E é uma forma de o Martim estar presente. É a pessoa que está mais presente na minha vida, mas de outra forma”.

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, em que Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Pode assistir ao episódio aqui:

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Combustíveis 100% renováveis – A solução imediata para descarbonização nos transportes

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  • 26 Maio 2025

Em setores do transporte onde a eletrificação não é uma opção viável, os combustíveis renováveis são a solução imediata - sem necessidade de alterar veículos ou infraestruturas já existentes.

Começa hoje a Semana da Energia no ECO, em parceria com a Repsol. Ao longo dos próximos dias, vamos publicar um conteúdo por dia dedicado a temas-chave como a descarbonização, as energias renováveis e a mobilidade elétrica. Este é o primeiro artigo. Acompanhe tudo sobre a Semana da Energia no ECO.

Peça central no caminho para a transição energética, os combustíveis renováveis são uma solução inovadora que representa uma alternativa imediata para a descarbonização nos transportes. Esses biocombustíveis são fabricados a partir de resíduos orgânicos proporcionando uma redução de emissões de CO2 de até 90% em comparação com combustíveis de origem fóssil equivalentes.

A grande aposta da Repsol

Os combustíveis renováveis são uma das principais apostas da estratégia da Repsol para acelerar a descarbonização de todos os setores do transporte. Foi assim que em 2023, a Repsol passou a produzir o Diesel Nexa 100% renovável – (HVO – Óleo Vegetal Hidrotratado), utilizando resíduos agroflorestais, agroalimentares, óleo de cozinha usado e até a fração orgânica de resíduos sólidos urbanos, como matéria-prima.

Uma alternativa à eletrificação

Desde cedo no processo de comercialização que o Diesel Nexa 100% renovável se destacou e estabeleceu o seu espaço no mercado como alternativa especialmente relevante em setores do transporte onde a eletrificação não é uma opção viável, como no transporte marítimo ou pesado, e sem necessidade de alterar veículos ou infraestruturas já existentes.

Aumento da capacidade de produção

O ano passado a Repsol inaugurou a primeira unidade da Península Ibérica dedicada exclusivamente à produção de combustíveis 100% renováveis e já tem mais uma a caminho.

Tem de saber

Os combustíveis renováveis já são uma realidade no nosso dia a dia, uma vez que a lei exige que todos os combustíveis líquidos contenham 10% de componente renovável. A Repsol foi pioneira ao disponibilizar o Diesel Nexa 100% renovável no mercado português, hoje comercializado em mais de 60 estações de serviço de todo o país.

Com propriedades similares às dos combustíveis convencionais, este biocombustível pode ser utilizado em todos os veículos atuais sem necessidade de qualquer modificação nos motores. O Diesel Nexa 100% renovável da Repsol possui o controlo de qualidade e padrão de excelência da Repsol, e por isso, garante um ótimo rendimento e a máxima qualidade do motor.

O Diesel Nexa prova que a transição gradual de combustíveis fósseis para alternativas 100% renováveis não tem de começar do zero. As vantagens são claras: redução substancial das emissões de CO2, aproveitamento de resíduos que seriam depositados em aterros e distribuição totalmente compatível com a rede de infraestruturas atual. O uso dos combustíveis renováveis permitirá ampliar a gama de tecnologias para reduzir as emissões de CO2 no setor dos transportes, de forma que os condutores possam escolher a solução que melhor se adapte às suas necessidades.

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EDP vende totalidade da central a carvão de Pecém no Brasil

Primeiro foram 80% vendidos em 2023 e agora os restantes 20%. EDP vai encaixar 31,15 milhões de euros com a operação que marca a saída da elétrica portuguesa do negócio do carvão no Brasil.

A EDP vendeu à Diamante Geração de Energia a participação de 20% que ainda detinha na central a carvão de Pecém, no Estado do Ceará, por 31,15 milhões de euros, uma operação que marca a a saída total da EDP do negócio do carvão no Brasil.

A EDP, S.A., através da sua subsidiária EDP – Energias do Brasil S.A., integralmente detida, celebrou um contrato de compra e venda com a Diamante Geração de Energia Ltda. para a venda da participação de 20% que detém na sociedade Pecém Geração de Energia S.A.”, lê-se na nota ao mercado publicada esta segunda-feira.

A venda foi realizada por “0,20 mil milhões de reais” que à taxa de cambio desta segunda-feira, equivale a 31,15 milhões de euros. No entanto, esta contrapartida está ainda “sujeita à verificação, até à data de conclusão da transação, de condições suspensivas regulatórias e outras condições habituais para uma operação desta natureza”, explica o mesmo comunicado.

“Após esta alienação, a EDP deixará de deter qualquer participação em Pecém”, acrescenta ainda a elétrica liderada por Miguel Stilwell.

A EDP começou por vender 80% da central a carvão de Pecém a um grupo de investidores brasileiros, a 20 de setembro de 2023, sendo que o acordo tinha prevista a ainda a opção de venda dos restantes 20% até ao final do contrato de longo prazo para o fornecimento de energia (powerpurchase agreement, ou PPA), ou seja até 2027.

A central a carvão, avaliada em 366 milhões de euros (1,9 mil milhões de reais), está localizada no porto de Pecém no estado do Ceará, no Brasil, e tem uma capacidade de 720 megawatts (MW). “Desempenha um papel importante no apoio à segurança do fornecimento de eletricidade à região Nordeste do Brasil”, explicava a EDP na nota ao mercado quando vendeu 80% da central. Acrescentando que naquela região “o consumo de eletricidade e a capacidade de produção de energia renovável “têm vindo a crescer de forma constante”.

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Presente e futuro da cardiologia espanhola encontram-se esta semana na Fundación Jiménez Díaz

  • Servimedia
  • 26 Maio 2025

A Fundación Jiménez Díaz organiza esta quarta-feira, às 9h00, na Aula Magna do hospital, uma nova sessão do seu ciclo de conferências para celebrar o 90º aniversário do centro.

Nesta ocasião, o evento contará com a presença de duas das figuras mais importantes da cardiologia espanhola: o Professor Valentín Fuster e o Dr. Borja Ibáñez.

Valentín Fuster, diretor-geral do Centro Nacional de Investigação Cardiovascular (CNIC) e diretor médico do Hospital Mount Sinai de Nova Iorque, apresentará o seu livro “Valentín Fuster, siempre adelante”, num evento que será moderado pelo Dr. Borja Ibáñez, cardiologista de intervenção do Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz e diretor científico do CNIC.

O evento permitirá conhecer as tão aguardadas memórias de Fuster, descrito por Luis Rojas Marcos como “o médico mais importante dos últimos cem anos e o cientista e investigador espanhol mais citado de todos os tempos”. Na sua obra, Fuster partilha reflexões pessoais e profissionais, desde a sua carreira como líder mundial em saúde cardiovascular até às experiências de vida que marcaram a sua carreira.

Borja Ibáñez, que será o moderador da conferência, é também uma figura-chave no presente e no futuro da investigação cardiovascular em Espanha. Recentemente, liderou avanços de grande impacto internacional, como a demonstração de que um fármaco utilizado na diabetes melhora o prognóstico dos doentes submetidos a intervenções coronárias, e o desenvolvimento do projeto europeu SGLT2-Hype, centrado na redução dos danos cardíacos após um ataque cardíaco.

A conferência é aberta ao público e faz parte do extenso programa de eventos comemorativos do 90º aniversário do Instituto de Investigaciones Clínicas y Médicas e do 70º aniversário da Clínica de la Concepción, precursora da atual Fundación Jiménez Díaz.

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ISDIN oferece um serviço de dermatologia aos tenistas de Roland Garros pela primeira vez num Grand Slam

  • Servimedia
  • 26 Maio 2025

Mirra Andreeva, embaixadora da ISDIN, apoia o projeto dando uma aula magistral sobre ténis e fotoproteção aos Ballkids presentes no torneio.

A ISDIN lança um serviço dermatológico com a tecnologia “mais avançada” para os tenistas de Roland Garros, que se realiza em Paris até 8 de junho. O torneio francês torna-se o primeiro Grand Slam a oferecer este nível de cuidados para a saúde da pele, graças à parceria com a ISDIN como fotoprotetor oficial da competição pelo segundo ano consecutivo.

As estrelas do ténis mundial têm à sua disposição uma equipa de especialistas que analisará a sua pele utilizando o Total Body Mapping (TBM) e a dermatoscopia digital assistida por IA para promover a deteção precoce e o acompanhamento proativo da saúde da pele. Com um enfoque na prevenção, educação e proteção dos participantes, são realizados check-ups personalizados durante a competição e, posteriormente, são elaborados relatórios detalhados e recomendações preventivas por dermatologistas.

O objetivo do serviço dermatológico que o ISDIN oferece aos tenistas é “conhecer os riscos da exposição solar, sensibilizar e detetar lesões potencialmente suspeitas que devem ser acompanhadas”, explica Monica Foyaca, Diretora de I&D do ISDIN. É muito importante cuidar e proteger a nossa pele para podermos desfrutar do desporto e do sol em segurança”, acrescenta. No caso dos tenistas profissionais e de todos aqueles que praticam regularmente um desporto com muitas horas de exposição solar, é essencial ter rotinas personalizadas de fotoproteção e de cuidados dermatológicos”.

O ISDIN é o organizador da iniciativa, trabalhando com a FotoFinder Systems como fornecedor de tecnologia e com a Federação Francesa de Ténis e os organizadores de Roland-Garros para a logística e participação. Os dermatologistas e os técnicos médicos efetuam as avaliações e a Escola Internacional de Dermatologia atua como parceiro de conhecimento científico.

A ação resulta da aliança entre Roland-Garros e a ISDIN para sensibilizar para a importância da fotoproteção, tanto nos desportos ao ar livre como na vida quotidiana. “Colaborar pelo segundo ano consecutivo com um torneio de classe mundial como o Roland-Garros permite-nos ampliar o nosso trabalho de sensibilização para a importância da fotoproteção e reforça o nosso compromisso de inspirar um futuro sem cancro da pele”, explica Juan Naya, CEO da ISDIN.

A diretora de Roland-Garros e tenista, Amélie Mauresmo, sublinha que “é uma mais-valia ter um serviço dermatológico como o oferecido pela ISDIN para sensibilizar os tenistas que participam no torneio, mas também os mais jovens”.

Outra das atividades mais marcantes organizadas pela ISDIN durante a competição é a masterclass de ténis e fotoproteção para os Ballkids do torneio com a embaixadora da marca, Mirra Andreeva, que mostrará aos jovens as suas dicas com a raquete mas também como se protegerem do sol. Carlos Alcaraz, atual número 3 do ranking ATP e embaixador da ISDIN, está a ajudar a sensibilizar para a utilização de protetor solar para prevenir o cancro da pele.

A campanha de sensibilização da ISDIN no mundo do ténis remonta a 2015, quando o laboratório começou a colaborar com o Barcelona Open Banc Sabadell Trofeo Conde de Godó para promover os cuidados com a saúde da pele. Esta ligação com os desportos ao ar livre, e com este desporto em particular, levou a ISDIN a ser também o fotoprotetor oficial de outras competições de renome internacional, como o Torneio ATP de Buenos Aires, o Abierto Mexicano de Tenis, o Chile Open, o Rio Open, o Millenium Estoril Open, o Mutua Madrid Open, o Argentina Open WTA 125, o Guadalajara Open Akron WTA 500, ou o Bogotá Copa Colsanitas WTA 250.

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Uma equipa capitaneada pelo atual campeão individual, Ton Cortés, representará a Espanha na Taça do Mundo de Panettone

  • Servimedia
  • 26 Maio 2025

A segunda edição do Panettone Team World Cup terá lugar em Verona e Milão, Itália, de 13 a 18 de outubro.

Num evento realizado no centro de inovação CEREAL da Europastry, um dos principais patrocinadores da equipa, foi apresentada a equipa que representará a Espanha na segunda edição do Panettone Team World Cup.

A equipa é composta por Ton Cortés, capitão e atual campeão do mundo individual; Viena Campos, da Padaria CEREAL; Miguel Castro, da Marea Bread, e Ayose Valiente, da Panes Creativos. Para além disso, o reconhecido padeiro Daniel Jordà participará como treinador, juntamente com o mestre padeiro Jesús Machi. Carlos Mariel, presidente do Club Richemont España, também fará parte da equipa como gestor de equipa.

Durante o torneio, competirão 12 equipas de 12 países, com o objetivo de dar a conhecer internacionalmente esta sobremesa feita com massa fermentada. O campeonato consistirá em várias provas em que os membros da equipa terão de preparar três tipos de panetone: o clássico italiano, o de chocolate e uma versão com produtos locais de cada país, que deve ser acompanhada de gelado. Além disso, a equipa trará de Espanha quatro panetones já preparados, que terão de decorar e apresentar ao júri.

Nas palavras de Ton Cortés, “estamos a preparar-nos muito intensamente. O nosso objetivo é fazer um bom panetone italiano, de acordo com as regras e a tradição do país, e mostrar ao mundo que a Espanha é o segundo país líder nesta sobremesa”.

Nos últimos anos, o consumo de panetone em Espanha aumentou 25%, atraindo novos perfis de consumidores e ocupando um lugar de destaque nas vitrinas de pastelaria fina durante todo o ano, de acordo com dados da Europastry. A sua popularidade, explica o padeiro Daniel Jordà, deve-se ao facto de que “ao contrário de outras sobremesas mais clássicas, como o nougat, o panetone é um produto leve e arejado, que não produz essa sensação de peso”.

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Duas mil startups candidatam-se a 30 milhões de vouchers do PRR

Das duas tranches anteriores do programa "Vouchers para Startups", 22,5 milhões de euros já foram transferidos para o ecossistema de empreendedorismo.

Duas mil startups candidataram-se à terceira tranche de 30 milhões de euros do programa “Vouchers para Startups”, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) num total de 90 milhões. Das duas tranches anteriores, 22,5 milhões de euros já foram transferidos para o ecossistema de empreendedorismo.

Em meados de março, abriram as candidaturas à terceira tranche de 30 milhões dos vouchers para startups, tendo sido eliminada a obrigatoriedade da componente verde, ampliando as “oportunidades de acesso a financiamento”. A nova tranche estipulava ainda uma “dotação prioritária” para projetos agrotech ou com contributos positivos para a transição climática.

“Foram recebidas um total de 2.000 candidaturas divididas da seguinte forma: Agrotech, com 154 candidaturas; contributo positivo para a transição climática (componente verde), 473 candidaturas, e geral, 1.374 candidaturas“, adianta fonte oficial da Startup Portugal ao ECO. “O maior volume de candidaturas ocorreu na dotação geral, que era a dotação onde era possível efetuar o alargamento da medida”, refere ainda.

Do total de 30 milhões, a maior fatia, um total de 23 milhões, será assim afeta “preferencialmente para apoiar startups com projetos de modelos de negócio, produtos ou serviços com forte componente digital ou tecnológica, bem como com potencial de escalabilidade“, estando ainda previstos três milhões para projetos agrotech e quatro milhões para “projetos que contribuam positivamente para a transição climática“.

Os projetos que virem a sua candidatura aprovada terão até ao final de 2025 para a sua execução.

Mais de 22 milhões já canalizados para o ecossistema

Anunciado pelo antigo ministro da Economia António Costa Silva durante a Web Summit de 2022, o programa “Vouchers para Startups” tem uma dotação total de 90 milhões de euros, mas duas tranches e quase três anos depois, apenas uma parte desse montante chegou efetivamente ao ecossistema de startups e incubadoras.

No que concerne à execução orçamental dos dois avisos da medida Vouchers para Startups – Novos Produtos verdes e digitais, informamos que o mesmo se encontra em 22,5 milhões de euros que foram transferidos para o ecossistema.

Startup Portugal

“No que concerne à execução orçamental dos dois avisos da medida Vouchers para Startups – Novos Produtos verdes e digitais, informamos que o mesmo se encontra em 22,5 milhões de euros que foram transferidos para o ecossistema”, adianta fonte oficial da Startup Portugal, entidade que recebe as candidaturas e faz a sua análise.

O valor é acima dos 10,98 milhões entregues às empresas até fevereiro, segundo dados adiantados pela Startup Portugal ao ECO. Das cinco mil candidaturas recebidas nas duas tranches, 21% foram aprovadas, correspondendo a um incentivo de 31,5 milhões de euros.

Um número indeterminado de candidaturas recebidas levantou suspeitas de fraude junto da Startup Portugal, que alertou o IAPMEI, tendo as mesmas sido reencaminhadas para o Ministério Público.

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Regras para créditos de carbono florestais aplaudidas, mas bolsa de garantia e dados são criticados

A metodologia que define as regras para a emissão de créditos dos carbono associados a projetos florestais é bem recebida na generalidade, apesar de alvo de algumas críticas.

O mercado de carbono em Portugal tem vindo a avançar desde o início de 2024. O último passo foi a consulta pública da primeira metodologia que irá servir de base a projetos de compensação de emissões no âmbito do mercado.

A metodologia, referente a projetos florestais, é bem recebida pelos intervenientes do setor consultados pelo ECO/Capital Verde, apesar de alguns reparos quanto ao funcionamento da bolsa de garantia e aos dados utilizados.

Esta metodologia estabelece os requisitos e as orientações para quantificar os benefícios climáticos líquidos das atividades que sequestram carbono pela criação de novas florestas em Portugal“, indica o documento que esteve em consulta pública até ao passado dia 25 de abril.

O facto de já ter sido submetida a consulta pública uma primeira metodologia é tido por Angela Lucas, cofundadora do fundo LAND – Life and Nature Development, como “muito positivo”, já que permite aos agentes do mercado perceberem aspetos a endereçar por futuras metodologias. Serve, a seu ver, como “uma minuta” para aquelas que se seguem.

Lucas assinala que o decreto-lei que criou o mercado de carbono possibilita que sejam apresentadas propostas de metodologias para tipologias de projetos que ainda não possuam uma metodologia aprovada, abrindo a porta à iniciativa tanto de entidades públicas como privadas.

A WWF sublinha que o investimento em créditos de carbono deve ser “apenas e claramente complementar” ao esforço principal de reduzir as emissões, nunca um substituto.

Com esta ressalva, o consultor de Carbono Azul e Florestas da WWF Portugal, Raul Xavier, entende que a Metodologia Floresta MVC1 “mostra-se tecnicamente robusta no que diz respeito à integridade dos créditos de carbono”, ao cumprir critérios como adicionalidade, mensurabilidade, verificação, mecanismos de permanência, além de evitar impactos negativos diretos.

O foco, no entender da associação ambientalista, deve estar em investimentos que promovam múltiplos serviços de ecossistemas e benefícios para as comunidades locais, e não em práticas tradicionais de compensação.

O sócio contratado da Abreu Advogados, Guilherme Mata da Silva, salienta como “positivo” que a metodologia se debruce apenas sobre atividades de criação de nova floresta, evitando-se desta forma riscos associados a projetos de gestão da floresta existente. Isto porque é mais complexo, do ponto de vista técnico, demonstrar que um projeto de prevenção da desflorestação conduz a reduções reais de emissões, ou a um aumento real do sequestro de carbono, em oposição ao que acontece na análise dos efeitos de uma nova floresta.

Contudo, a cofundadora do LAND aplaude que tenha sido referida a “promoção e aproveitamento de regeneração natural”, além da florestação propriamente dita, no sentido de plantação. O facto de o promotor poder optar, ou não, por contabilizar o carbono sequestrado no solo é também visto pela mesma como um ponto a favor, já que a respetiva monitorização “é complexa e dispendiosa”.

Além disso, Mata da Silva vê como “salutar” que determinados projetos sejam considerados inelegíveis, “nomeadamente quando recorrem a espécies invasoras ou quando são de realização obrigatória”.

Por fim, é tido como positiva a aceitação de informação recolhida e auditada no âmbito de diferentes sistemas de certificação de Gestão Florestal Sustentável, evitando a duplicação de informação e trabalho.

Para Raul Xavier, outro destaque é o mecanismo ‘Carbono+’, que incentiva projetos a gerar benefícios ambientais e sociais mais amplos. Também a Abreu saúda o alinhamento da metodologia com os objetivos do Regulamento de Restauro da Natureza, ao premiar projetos que apliquem pelo menos três das medidas de restauro previstas no regulamento.

Este tipo de projetos podem assim beneficiar dos chamados créditos de Carbono+ (CC+), os quais podem ser alvo de uma maior valorização já que, além do sequestro de carbono em si, incorporam benefícios adicionais ao nível da biodiversidade e do capital natural.

Bolsa de créditos, comunidades e dados: os ‘defeitos’ da metodologia

Angela Lucas concorda que os CC+ são positivos. Contudo, critica que não esteja prevista a possibilidade de emissão de Créditos de Carbono Futuros (CCF) classificados como “Créditos de Carbono+ (CC+). Os autores da metodologia consideram “muito difícil garantir ex-ante que estes valores ambientais a acrescidos se irão materializar” no futuro.

Lucas alerta, no entanto, para um impacto negativo desta decisão a capacidade dos promotores financiarem o respetivo projeto. Isto porque espera-se que o financiamento inicial (ou parte dele) possa ser obtido através da venda antecipada de até 20% dos Créditos de Carbono Futuros. Se estes créditos não puderem ser de maior qualidade, o projeto poderá perder o valor adicional associado aos mesmos.

Por seu lado, Raul Xavier nota fragilidades no nível de detalhe que existe sobre mecanismos de empoderamento das comunidades locais e a partilha equitativa de benefícios, que “fica aquém” dos padrões da WWF na recente metodologia.

A associação ambiental considera “essencial” a definição de mecanismos que garantam o envolvimento e participação das comunidades tanto ao longo da elaboração como da implementação dos projetos. O mesmo responsável critica a falta de uma fonte de dados espaciais mais atualizada do que o sexto inventário florestal, que data de 2019 e bebe de dados recolhidos em 2015.

Em paralelo, o funcionamento da bolsa de garantia do mercado é tido por Lucas como “incoerente”. Esta bolsa serve para armazenar de 10% a 20% dos créditos associados a um projeto, servindo de garantia caso exista uma reversão não intencional das emissões sequestradas ao longo da duração do projeto.

No entanto, de acordo com a metodologia, caso não exista qualquer reversão de emissões, só 30% a 40% desses créditos é que serão devolvidos no final da vida definida para aquele projeto, e são devolvidos faseadamente, em três fatias iguais, ao longo dos 15 anos subsequentes ao projeto.

Isto significa que é exigido ao promotor o compromisso de manter o projeto por, pelo menos, mais 15 anos além da “vida” do seu projeto, para poder receber os 30% ou 40% dos 20% de créditos de carbono que ficaram retidos em bolsa”, resume Angela Lucas, que defende que o período de retenção se limite à vigência do projeto e que os créditos sejam devolvidos na sua totalidade.

Além disto, Angela Lucas considera essencial clarificar como funcionará o registo e as transações dos créditos de carbono gerados no âmbito do MVC português, tanto no âmbito desta metodologia como de outras que venham a surgir.

Daqui para a frente, é importante perceber de que forma esta metodologia (uma vez aprovada) se articulará com uma eventual metodologia de florestação ou regeneração natural que venha a ser aprovada ao abrigo de um regulamento europeu.

“As metodologias nacionais e europeias deveriam ser compatíveis, permitindo que um crédito certificado segundo a metodologia “portuguesa” possa ser diretamente registado na plataforma europeia”, pontua a cofundadora do LAND.

Mercado de pé até ao fim de 2025

Na avaliação da WWF, “o desenvolvimento do Mercado Voluntário de Carbono (MVC) em Portugal tem avançado a um ritmo bastante positivo”, já que o decreto-lei que o institui foi publicado apenas em janeiro de 2024.

Desde esse momento já foram dados outros passos para a sua concretização, como a designação da Comissão Técnica de Acompanhamento e respetivos membros, a fixação dos requisitos da plataforma eletrónica, a definição das regras para a qualificação dos verificadores independentes e a recentemente concluída consulta pública da primeira metodologia.

Para a Abreu, era contudo “desejável” que já existissem metodologias aprovadas a título definitivo, que já houvesse verificadores independentes qualificados, e que o desenvolvimento da plataforma eletrónica que irá registar todas as emissões e cancelamentos de créditos no âmbito deste mercado se encontrasse mais avançado ou mesmo concluído.

Em paralelo, a WWF espera que os ecossistemas costeiros e marinhos também possam “receber a devida atenção” e ver desenvolvida uma metodologia própria. Até porque o carbono azul consta da versão final do decreto-lei que criou o mercado.

Ainda assim, olhando ao lado positivo, Raul Xavier observa que os avanços foram conseguidos num contexto de instabilidade política e de mudanças sucessivas de governo, e entende que a equipa técnica tem mantido “a consistência e a capacidade de concretização”. Neste sentido, aponta como importante que o processo não venha a ser comprometido por mudanças nas atribuições institucionais.

O próximo passo, apontado por Angela Lucas, é arrancar com as restantes metodologias e com a plataforma eletrónica de registo de projetos, de créditos de carbono e de emissão assim como o registo de transação dos créditos, a qual está a ser desenvolvida pela ADENE – Agência para a Energia, entidade que ficará responsável pela respetiva gestão.

A plataforma estará, de acordo com as informações públicas, em funcionamento no “segundo semestre” do ano, pelo que Lucas dá alguma margem e aponta, “à cautela”, para um lançamento no final de 2025, de forma a ter o mercado a arrancar no final do ano, e operacional o mais tardar até ao fim do primeiro trimestre de 2026, já com “arestas limadas”.

A Abreu assinala que “já existe um interesse das empresas portuguesas em projetos de carbono, sobretudo para compensação das suas emissões”, em particular aquelas associadas à desflorestação e degradação florestal em países em desenvolvimento.

Apesar de estes serem projetos de muito grande dimensão e que dificilmente poderiam ser replicados em Portugal, “o mercado voluntário de carbono português será um instrumento importante para valorizar áreas do território com reduzido potencial de aproveitamento económico ou com baixos rendimentos”, conclui a Abreu.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 26 Maio 2025

Os ministros europeus responsáveis pela agricultura vão debater a visão para o setor e Lagarde discursa sobre "Papel da Europa num mundo fragmentado". Os combustíveis ficam mais baratos.

Esta segunda-feira arranca com a oitava edição da “Money Conference” coloca em debate esta segunda-feira os desafios do setor financeiro e com um discurso da presidente do Banco Central Europeu sobre “Papel da Europa num mundo fragmentado”. Por seu turno, o Banco de Portugal divulga o Relatório da Implementação da Política Monetária, referente ao ano passado e os ministros europeus responsáveis pela agricultura vão debater a visão para a agricultura e a alimentação. A semana fica também desde logo marcada pela descida do preço dos combustíveis.

Money Conference reúne CEO dos bancos

A oitava edição da “Money Conference” coloca em debate esta segunda-feira os desafios do setor financeiro, sob o tema “A Banca e o Sector Financeiro na Era da Incerteza”, juntando os líderes de alguns dos principais bancos em Portugal. Em debate estarão temas como as oportunidades e os desafios da inteligência artificial, a cibersegurança, as criptomoedas ou o papel da banca no financiamento das empresas.

Lagarde discursa sobre “Papel da Europa num mundo fragmentado”

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) discursa esta tarde sobre “Papel da Europa num mundo fragmentado”, que poderá lançar alguma luz sobre as incertezas do futuro, em particular no contexto europeu, sobretudo depois de Donald Trump ter recomendado tarifas de 50% sobre os produtos da União Europeia. Em abril, Lagarde alertou que o protecionismo é um caminho perigoso para famílias e empresas.

Ministros europeus debatem agricultura

Os ministros dos Estados-membros da União Europeia (UE) responsáveis pela Agricultura e pelas Pescas, reúnem-se com os comissários europeus Christophe Hansen (Agricultura e Alimentação), Jessika Roswall (Ambiente, Resiliência Hídrica e Economia Circular Competitiva) e Olivér Várhelyi (Saúde, Bem-Estar Animal) para debater a visão para a agricultura e a alimentação, publicada pela Comissão Europeia em 19 de fevereiro. Vão ainda discutir a política agrícola comum e a situação do mercado dos produtos agrícolas e dos produtos de base, com a participação de Vitaliy Koval, ministro da Política Agrária e da Alimentação ucraniano. Portugal está representado pelo ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes.

Banco de Portugal divulga Relatório da Implementação da Política Monetária

O Banco de Portugal (BdP) divulga esta segunda-feira o Relatório da Implementação da Política Monetária, referente a 2024. No relatório divulgado no ano passado, o BdP comprou 3,6 mil milhões de euros em títulos de dívida pública em 2023, mas, apesar dessas compras, a carteira de obrigações públicas portuguesa do banco central encolheu 3,7 mil milhões.

Combustíveis ficam mais baratos

Esta semana o preço dos combustíveis fica mais barato. Enquanto o gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, desce 1,5 cêntimos, a gasolina fica um cêntimo mais barato. Quando for abastecer, deverá assim pagar 1,516 euros por litro de gasóleo simples e 1,681 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

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