Fundos de investimento e startups europeias pedem “pausa” ao IA ACT

Cerca de 30 líderes da indústria europeia, entre startups e fundos de investimento, pedem pausa na implementação, receando impacto na competitividade do continente.

Cerca de três dezenas de startups e fundos de investimento europeus estão a pedir que a União Europeia ponha em pausa a implementação do IA ACT. Querem proteger a competitividade das empresas europeias.

“Uma pausa bem calibrada não significa adiar por adiar. Trata-se de entregar um plano de implementação com que se possa trabalhar — e não uma bomba relógio apressada — que reforce a credibilidade e competitividade da Europa a nível global”, pode ler-se na carta, citada pela Sifted (contéudo em inglês, acesso não reservado), uma iniciativa de Johannes Schildt, fundador e antigo CEO da sueca healthtech Kry, e subscrita por cerca de 30 líderes da indústria entre os quais Anton Osika, cofundador da Lovable, ou Harry Stebbings, fundador do fundo 20VC.

Fredrik Hjelm (CEO da Voi); Steffen Tjerrild (COO da Synthesia); Max Junestrand (CEO Legora), Judith Dada (general partner da Visionaries Club) são outros dos subscritores.

“Parece ridículo aprovar uma lei que pode prejudicar a competitividade das empresas europeias na Europa, quanto mais globalmente”, diz Kitty Mayo, CEO do Project Europe, um dos signatários, citada pela Sifted.

Em finais de junho, antes de uma reunião com líderes da UE, o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, referiu que o IA ACT era “confuso”, considerando que a sua implementação levaria a um atraso tecnológico para o continente e com que aplicações específicas não ficassem disponíveis na região, segundo noticia o Politico (conteúdo em inglês, acesso livre).

Na mesma altura, o grupo de lobby CCIA Europe, cujos membros incluem a Alphabet (dona do Google), a Meta (dona do Facebook) e a Apple, urgiram a UE para suspender a implementação do IA ACT.

“Com partes críticas do IA ACT ainda em falta apenas semanas das regras começarem em efeito, precisamos de uma pausa para ter um ACT certo, ou arriscamos a estagnar a inovação”, disse Daniel Friedlaender, senior vice president da CCIA Europe, citado pela Reuters. (conteúdo em inglês, acesso livre).

O IA ACT entrou em vigor em 2024, mas está a ser implementado ao longo de dois anos: regras sobre sobre modelos e IA de finalidade geral (GPAI) deveriam estar a ser implementadas desde 2 de maio, mas estão a ser adiadas. Em maio, a Politico noticiou que a simplificação das regras estava a ser equacionada por Bruxelas. (conteúdo em inglês, acesso não reservado).

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Imobiliária d’Os Mosqueteiros muda sociedade e escolhe Lynx para gerir fundos

  • ECO
  • 1 Julho 2025

Alcapredial, braço imobiliário da dona do Intermarché em Portugal, concluiu o processo de conversão em Sociedade de Investimento Coletivo, que será gerida em exclusivo pela Lynx Asset Managers.

A Alcapredial, braço imobiliário do Grupo Mosqueteiros em Portugal, anunciou esta terça-feira que concluiu o seu processo de conversão em Sociedade de Investimento Coletivo (SIC), um género de organismo de investimento imobiliário que pode ter autogestão (pelos órgãos sociais) e um enquadramento fiscal considerado favorável pelo mercado.

A mudança surge no âmbito da compra de uma participação de 49% pela LeadCrest Capital Partners, noticiada em primeira mão pelo ECO, e pretende reforçar a governação institucional da Alcapredial através de uma gestão “mais profissional” dos seus ativos imobiliários, que estão ao serviço das marcas Intermarché, Bricomarché e Roady no mercado nacional.

A operação foi avaliada em cerca de 500 milhões de euros em dezembro de 2024. O portefólio atual da Alcapredial integra mais de 260 ativos comerciais, entre os quais se incluem supermercados, lojas de bricolage e centros auto, distribuídos por 18 distritos portugueses. Estes ativos representam mais de dois terços da presença imobiliária do Grupo Mosqueteiros em Portugal.

Em simultâneo, a Lynx Asset Managers, sociedade gestora de Organismos de Investimento Coletivo (OIC), assumiu a gestão exclusiva da SIC, após validação da Autoridade da Concorrência. António Aranha, administrador da Lynx, garantiu que a empresa pôs todo o “empenho, conhecimento, dedicação e experiência” nesta parceria com o Grupo Mosqueteiros e a LeadCrest. “Refletem os valores fundamentais da nossa empresa”, assinalou o gestor, citado em comunicado de imprensa.

Segundo o responsável por Investimentos no sul da Europa da LeadCrest Capital Partners, a “conversão do portefólio da Alcapredial em SIC, assim como a nomeação da Lynx Asset Managers como futura parceira na gestão dos ativos, representa um marco importante”. Diego Vidal Ponte diz que permite dar continuidade e dinâmica à próxima fase deste “percurso conjunto”.

“A sua experiência financeira no mercado português e o compromisso assumido com o grupo são fundamentais para a expansão da nossa rede em Portugal. A Lynx revela-se um parceiro estratégico, totalmente alinhado com os nossos valores e com as nossas ambições”, referem Pedro Subtil, presidente do conselho de administração da ITMP Portugal, e Romain Bedu, chairman da Immo Mousquetaires.

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Nova autoridade europeia de combate à lavagem de dinheiro inicia operações

  • ECO
  • 1 Julho 2025

Liderada pela italiana Bruna Szego, a nova Autoridade Europeia de Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo iniciou funções esta terça, 1 de julho.

Esta terça-feira marca o início oficial das operações da nova Autoridade Europeia de Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo (AMLA, na sigla em inglês), a partir de Frankfurt.

A AMLA irá coordenar as autoridades nacionais e supervisionar diretamente instituições financeiras internacionais com maior risco. Liderada pela italiana Bruna Szego, que foi nomeada para o cargo em janeiro deste ano, a autoridade contará com um staff de cerca de 400 trabalhadores.

A AMLA está pronta para transformar o combate ao crime financeiro na União Europeia”, referiu a comissária europeia Maria Luís Albuquerque num post partilhado no LinkedIn sobre o início de operações da entidade.

“É o culminar de uma reforma de vários anos concebido para colmatar lacunas na nossa estrutura de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo. O lançamento da AMLA representa um passo concreto para uma supervisão mais forte e unificada em toda a UE e para uma maior integridade do nosso sistema financeiro”, acrescentou a comissária portuguesa com a pasta dos Serviços Financeiros.

No âmbito da Regulação do Combate ao Branqueamento de Capitais, que entrou em vigor há um ano, foi alargado o âmbito da aplicação das regras a novas entidades, incluindo prestadores de serviços de criptoativos, intermediários de crédito e clubes profissionais e agentes de futebol, entre outros.

“Juntos, enviamos um sinal poderoso: a Europa está a elevar os seus padrões — defendendo a nossa economia, protegendo os cidadãos e garantindo que os nossos mercados financeiros continuam a ser referências globais de transparência e confiança”, assinala Maria Luís Albuquerque.

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Regulador considera proposta de investimento da REN “equilibrada”, mas deixa várias recomendações

O regulador deixa, contudo, várias recomendações de melhoria ao operador da rede de transporte, a REN, para que sejam incorporadas na versão final do plano de investimentos.

A ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos avalia o plano de investimento da REN até 2034 como “equilibrado”. O mesmo prevê investimentos de 1.691 milhões de euros, com a maior parte a concretizar-se a partir de 2029.

Em termos globais, a custos totais, a proposta de PDIRT-E 2024 apresenta, para o período de 2025 a 2034, um cenário de investimento com um montante total que ascende a 1.691 milhões de euros, dos quais 705 milhões de euros a concretizar até 2029 e os restantes 987 milhões de euros a concretizar até 2034. Este último valor será “revisitado” e ajustado às necessidades, já que os planos de investimento são atualizados a cada dois anos.

Este investimento representa, no total, um aumento de cerca de 65% face aos montantes aprovados em sede dos anteriores PDIRT-E 2017 e PDIRT-E 2021, de forma a “dar resposta aos desafios impostos à rede de transporte, decorrentes da descarbonização e eletrificação da sociedade”

No parecer emitido na noite de segunda-feira sobre o Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede Nacional de Transporte (RNT) do setor elétrico, para o período 2025-2034 (PDIRT-E 2024), a ERSE considera que, “globalmente”, a proposta é “equilibrada”, “na medida em que procura responder aos crescentes desafios colocados à gestão das redes decorrentes da transformação do setor elétrico”.

Apesar de não colocar em causa a necessidade de concretização destes investimentos, o regulador recomenda que, previamente à sua aprovação, a REN atualize e fundamente a necessidade dos projetos à luz dos desenvolvimentos mais recentes da rede, tendo em conta o ritmo de concretização dos projetos já aprovados em planos anteriores.

É recomendado ainda que o operador da rede de transporte clarifique quais os indicadores que devem ser objeto de monitorização e quais os critérios que irá adotar para a tomada de decisão sobre a necessidade efetiva de cada um dos investimentos em gestão operacional. A ERSE pede ainda uma “melhor fundamentação das necessidades da atual RNT subjacentes aos projetos agora propostos” e um exercício de balanço de execução dos projetos, designadamente quanto aos impactos decorrentes do atraso na execução.

O regulador apela a que a REN garanta “uma maior aderência aos calendários propostos”, procurando avaliar e incorporar o risco de fatores externos que impactem na concretização de projetos, nomeadamente associados a questões logísticas ou de licenciamento.

É ainda desejável, de acordo com o regulador, que a REN faça uma “caracterização detalhada” de lacunas que a atual RNT apresenta para enfrentar os futuros desafios que lhe serão impostos pela eletrificação, nomeadamente no que respeita à escassez de capacidade de rede para ligação de produtores e consumidores assim como de armazenamento autónomo.

A ERSE recomenda que a versão final da proposta de PDIRT-E 2024 contemple a identificação das zonas na RNT onde a instalação de sistemas de armazenamento autónomo possa constituir uma alternativa mais vantajosa face ao reforço clássico das infraestruturas de rede. Quer ainda a recolha de mais elementos sobre a previsão da evolução do consumo, da penetração dos carros elétricos à geração distribuída.

Em paralelo, pede uma análise das necessidades do sistema em matéria de estabilidade da rede e de gestão de reativa, sendo que o apagão é apontado como um dos eventos determinantes para a avaliação que o regulador faz do plano. Entende ser desejável um levantamento da existência de promotores em mercado disponíveis para fornecer os serviços de estabilidade para o sistema.

Aparece ainda como “fundamental” um reforço da cooperação entre os operadores da rede de distribuição (E-Redes) e transporte (REN), para que realizem estudos conjuntos sobre a real capacidade das suas redes e sobre a hipótese de atribuir capacidade com restrições.

Em relação à ligação à rede de grandes projetos como a linha ferroviária de alta velocidade e a zona livre tecnológica (ZLT) de Viana do Castelo, a ERSE tem uma posição conservadora: “deve ser ponderada a calendarização da realização dos investimentos em causa, e respetiva afetação de recursos limitados, quando existem outros desafios colocados à RNT que necessitam de resposta urgente”.

“Quanto à ambição subjacente ao desenvolvimento da RNT para a próxima década, entende a ERSE que esta ambição deve assentar num maior uso da digitalização e da inteligência artificial, indo além da realização de projetos-piloto de operação dinâmica de redes“, pontua.

O plano poderá ser reformulado pela REN de acordo com o parecer do regulador e outros contributos recebidos em consulta pública. A ERSE aponta ainda que, aquando da versão final da proposta de PDIRT-E 2024, poderão já existir algumas conclusões, ainda que preliminares sobre o apagão, pelo que não deve ser excluída a possibilidade de o operador poder rever as necessidades de rede em matéria de segurança. A luz verde final terá de ser dada pelo Governo, já que o Estado concedeu à REN a concessão da rede elétrica.

Investimentos têm impacto “reduzido” na fatura

Para o cenário de consumo de eletricidade designado “ERSE Central 1”, o investimento a concretizar até 2029 (705 milhões de euros), implicaria um aumento tarifário médio anualizado de +0,1 pontos percentuais (p.p.) nos preços de venda a clientes finais, quando comparado ao “cenário Base de investimento 2”.

“Estas variações nos preços de venda a clientes finais são de valor relativamente reduzido, podendo ainda ser mitigadas se a procura se revelar superior aos cenários adotados até 2029, como seja um ritmo mais acelerado, a médio prazo, da eletrificação da sociedade”, ressalva o regulador.

Em paralelo, a variação apontada não tem em consideração alterações de preços das restantes componentes que compõem o preço final dos clientes. No período em análise, esperam-se descidas nos sobrecustos da produção com remuneração garantida decorrente do término destes contratos, por exemplo.

 

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Ministra da Saúde diz que assume responsabilidades resolvendo problemas e rejeita demissão

  • Lusa
  • 1 Julho 2025

Governante disse que qualquer morte "é sempre muito grave", mas sublinhou que vai aguardar "de forma serena" os resultados das auditorias internas aos hospitais por onde passou a grávida.

A ministra da Saúde disse esta terça-feira, a propósito da grávida que passou por vários hospitais e acabou por perder o bebé após o nascimento, que assume a responsabilidade resolvendo os problemas, e não demitindo-se.

Questionada pelos jornalistas sobre o que iria fazer neste caso, tendo em conta que a sua antecessora no cargo se demitiu na sequência da morte de uma grávida transferida por falta de vagas na neonatologia do Hospital de Santa Maria, Ana Paula Martins respondeu: “a forma como eu vejo o exercício da governação é assumir responsabilidades resolvendo os problemas, e não demitindo-me”.

A forma como eu vejo o exercício da governação é assumir responsabilidades resolvendo os problemas, e não demitindo-me.

Ana Paula Martins

Ministra da Saúde

A governante, que falava em Lisboa, à margem da apresentação dos resultados do índice de Sustentabilidade da Saúde, desenvolvido pela NOVA Information Management School (NOVA-IMS), disse que qualquer morte “é sempre muito grave”, mas sublinhou que vai aguardar “de forma serena” os resultados das auditorias internas aos hospitais por onde passou a grávida.

“A Direção Executiva está, com os hospitais que receberam esta senhora – ela foi vista em vários hospitais – a fazer uma avaliação cuidada e auditorias internas em cada um dos hospitais”, disse a ministra, acrescentando: “Temos que aguardar de uma maneira serena os resultados, que vão ser rápidos, para perceber o que se passou efetivamente”.

Em causa está o caso de uma mulher que terá sido atendida em cinco unidades hospitalares em 13 dias, referindo queixas de dores, tendo o parto sido realizado na Unidade Local de Saúde (ULS) de Santa Maria, em Lisboa, em 22 junho, onde, “pouco tempo depois, a recém-nascida morreu”.

A propósito dos constrangimentos sentidos nas urgências de obstetrícia, que têm funcionado de forma intermitente ao fim de semana na região de Lisboa, a ministra disse que “muito proximamente” avançarão as urgências regionais nesta zona do país.

“O diretor executivo está a trabalhar neste plano e, muito brevemente, ele será apresentado ao Governo”, disse Ana Paula Martins, reconhecendo que “é preciso reorganizar os serviços de urgência”.

“É, aliás, algo que estava no plano de emergência e que está no programa do Governo”, acrescentou.

Ministra Saúde, Ana Paula MartinsLusa

No domingo, o Correio da Manhã adiantou que em 10 de junho a mulher foi encaminhada pelo SNS24 para a urgência de ginecologia e obstetrícia do Hospital de Setúbal, onde terão garantido que o bebé se encontrava bem.

Seis dias depois, a grávida, de 37 anos, voltou a sentir dores e foi atendida no Hospital do Barreiro, no distrito de Setúbal, onde terá recebido indicação para ir para casa.

A grávida voltou a sentir-se mal, três dias depois, e deslocou-se ao Hospital Garcia de Orta, em Almada (Setúbal), onde não foi detetado qualquer problema.

Passadas 48 horas, a Linha SNS 24 terá encaminhado a mulher para o Hospital de Cascais, onde lhe terá sido dito não haver vaga para internamento.

Recusando regressar a casa, a mulher foi transportada de ambulância para a ULS Santa Maria, onde foi feita uma cesariana de emergência.

A recém-nascida nasceu com 4,5 quilogramas, com batimentos cardíacos fracos e sinais de sofrimento fetal. A bebé, apesar das manobras de reanimação, não resistiu.

Na segunda-feira, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou que vai acompanhar a avaliação dos cinco hospitais envolvidos na assistência prestada à grávida, acrescentando que as unidades hospitalares “estão a avaliar a situação, no âmbito das competências dos respetivos órgãos de gestão”.

A IGAS “acompanhará essa avaliação, até à sua conclusão, embora sem proceder à instauração de uma ação inspetiva”, refere a nota divulgada pela inspeção-geral, que disse ainda disponibilizar aos hospitais o apoio “necessário na realização das avaliações internas”.

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Antiga fábrica da Bosch em Ovar já é Keenfinity no portefólio da private equity Triton

Antigo negócio da Bosch passa a ser operado por empresa independente, a Keenfinity que soma quatro fábricas, mais de 4.200 colaboradores e receitas de mil milhões de euros.

A private equity germano-sueca Triton concluiu a 30 de junho a aquisição do negócio de produtos de tecnologia de segurança e comunicação da Bosch, que passa a ser operado por uma nova empresa independente, a Keenfinity.

De um universo de mais de 1.200 trabalhadores da antiga Bosch em Ovar, 1.100 foram assumidos pelo comprador e os restantes 140 continuam no grupo Bosch, disse ao ECO fonte oficial da Keenfinity.

A Keenfinity passa a ter quatro unidades de produção e centros de distribuição adjacentes, localizados em Straubing (Alemanha), Ovar (Portugal), Hermosillo (México) e Zhuhai (China) que “garantem flexibilidade de produção global na Europa, Américas e China”.

Com receitas de cerca de um mil milhão de euros e mais de 4.200 colaboradores, a Keenfinity passa a ser a referência por detrás de marcas reconhecidas mundialmente, onde estão incluídos sistemas de vídeo inteligentes de última geração, tecnologia avançada de controlo de acessos e alarmes de intrusão, bem como sistemas de comunicação de marcas como a Bosch, Electro-Voice, Dynacord, RTS e Telex.

Todo o negócio de produtos da Bosch Building Technologies tinha sido colocado à venda em outubro de 2023, acabado por ser vendido à sociedade de private equity Triton Partners em dezembro do ano passado, como o ECO noticiou.

“Estamos entusiasmados com o nosso futuro como empresa autónoma e convencidos de que a parceria com a Triton nos oferece a oportunidade de concretizar todo o nosso potencial”, afirma o CEO da Keenfinity, citado em comunicado. “As nossas marcas de renome exemplificam o nosso compromisso com a qualidade, fiabilidade e inovação, estabelecendo uma base sólida para o crescimento futuro”, diz Peter Loeffler.

O consultor de investimento na Triton destaca que “a Keenfinity está no centro da estratégia de investimento para desenvolver ainda mais empresas líderes de mercado”.

“Vemos um potencial significativo por explorar e queremos apoiar através do investimento nas marcas da empresa, na tecnologia, na força de vendas e nas estratégias de entrada no mercado, fornecendo o nosso ‘know-how’ adquirido com o desenvolvimento bem-sucedido de outras empresas nas áreas da segurança e das tecnologias de edifícios”, conclui Sachin Jivanji.

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Grupo Névoa compra negócio da SCG Car em Setúbal

Ativos adquiridos pela empresa de Domingos Névoa incluem a concessão da marca Ford em Palmela, bem como a "universalidade de bens do estabelecimento comercial” na Quinta Tomé Dias em Miraventos.

O grupo Névoa, liderado pelo empresário bracarense Domingos Névoa, comprou mais uma unidade de negócio da SCG Car, segundo uma notificação de concentração recebida pela Autoridade da Concorrência (AdC) e divulgada esta terça-feira nos meios de comunicação social.

Em causa está a aquisição à SGS Car – Sociedade de Comércio de Automóveis da “universalidade de bens do estabelecimento comercial” que está localizado na Quinta Tomé Dias em Miraventos, no concelho de Palmela, pertencente ao distrito de Setúbal.

Os ativos incluem a concessão da marca Ford, “com base na qual se comercializa automóveis novos ligeiros, seminovos/usados e peças e acessórios para os mesmos e se presta serviços de reparação e manutenção de automóveis”.

Há ainda mudanças na representação de várias insígnias na área dos motores a partir deste 1 de julho de 2025. As marcas de automóveis Abarth, Alfa Romeo, Fiat, Isuzu, Kia, KGM, Mitsubishi, Mazda e Maxus, que até agora eram representadas pela SGSCar no distrito de Setúbal, passam a ser integradas na estrutura da empresa Motorpor, que representa a Renault e Dacia na região.

“Esta transição será feita em total continuidade — com as mesmas instalações, colaboradores e qualidade de serviço que sempre distinguimos”, informa a sociedade sadina através de uma publicação na rede social Linkedin.

“Já no setor dos semi-novos e usados, a SGS Car reforça a sua aposta com uma área de exposição alargada para 5.000 m² e mais de 200 viaturas em stock. Este mercado, que vale o dobro do mercado de novos, representa o nosso foco para o futuro — mais marcas, mais variedade, mais flexibilidade para os nossos clientes”, acrescenta o stand criado em 1991.

O grupo Névoa dedica-se à comercialização de veículos ligeiros e pesados novos ou usados, venda de peças e acessórios para automóveis, bem como à prestação de serviços de reparação e manutenção de carros e camiões a partir das suas oficinas em Barcelos, Braga, Famalicão, Guimarães, Viana do Castelo, Lisboa, Beja, Évora, Faro, Portimão, Oeiras, Almada e Setúbal. Na área da distribuição automóvel, conta com concessionários da Mercedes-Benz, Smart, Jaguar, Land Rover, Ford e XEV.

A atividade da holding do empresário minhoto Domingos Névoa não se circunscreve à mobilidade. Opera também na promoção imobiliária, construção civil, gestão e propriedade de centros comerciais, tratamento de águas e resíduos urbanos, exploração de parques de estacionamento, hotelaria e até planeamento de serviços de marketing para empresas.

Por exemplo, o grupo Névoa tem um portefólio composto pelos seguintes shoppings: Shopping Cidade do Porto, Braga Retail Cente, Mira Maia Shopping, Darque Retail Park, Beja Retail Park, Campera Outlet Shopping e Ferrara Plaza, sendo que estes dois últimos espaços foram adquiridos ao Novobanco.

No início deste ano, a Carclasse – uma das empresas, como a Expofor e a Stern – Rent-a-Car, através das quais o grupo Névoa opera no ramo automóvel – adquiriu a SGS Car em Setúbal e tornou-se representante da marca Volvo na região.

A AdC está a receber observações sobre esta nova transação ao longo dos próximos 10 dias úteis através de correio eletrónico. “Devem identificar o interessado e indicar o respetivo endereço postal, email e número de telefone. Se aplicável, as observações devem ser acompanhadas de uma versão não confidencial, bem como da fundamentação do seu caráter confidencial, sob pena de serem tornadas públicas”, esclarece a autoridade liderada por Nuno Cunha Rodrigues sobre os comentários que solicita.

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Sindicato dos juízes impugna movimento de magistrados dos tribunais administrativos no Supremo

Em causa está o movimento ordinário de magistrados aprovado pelo Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF) e publicado em Diário da República a 26 de maio.

A Associação sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) já entregou no Supremo Tribunal Administrativo (STA) a impugnação do movimento de juízes dos tribunais administrativos. O ECO/Advocatus sabe que a ação judicial de impugnação, acompanhada de uma providência cautelar para exigir a suspensão de eficácia do movimento, foi entregue esta segunda-feira.

Em causa está o movimento ordinário de magistrados aprovado pelo Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF) e publicado em Diário da República a 26 de maio, no qual se determina que apenas se podem candidatar magistrados com pelo menos dois anos de colocação no lugar que ocupam atualmente, mesmo que a vaga a que se queiram candidatar neste concurso corresponda a um lugar novo.

A regra de pelo menos dois anos de colocação é o procedimento habitual, previsto nos estatutos dos tribunais administrativos e fiscais e no próprio estatuto dos magistrados judiciais, mas há exceções, e uma delas é precisamente quando o lugar aberto corresponde a lugar novo.

O CSTAF entendeu neste movimento aplicar a regra a todos os lugares disponíveis. “Entendemos que essa interpretação é uma interpretação ilegal, portanto, viola a lei. (…) Vamos impugnar o movimento em defesa da legalidade”, disse à Lusa o presidente da ASJP, o desembargador da Relação de Lisboa, Nuno Matos.

A ação judicial de impugnação, acompanhada de uma providência cautelar para exigir a suspensão de eficácia do movimento, ou seja, com o objetivo de impedir que se mantenha em vigor o movimento será decidida pelo Supremo Tribunal Administrativo, uma vez que sendo uma contestação a uma decisão do Conselho só o tribunal superior se pode pronunciar sobre ela, explicou Nuno Matos.

O presidente da associação sindical dos juízes explicou que o recurso à Justiça ocorre depois de um diálogo com o CSTAF, no qual foram apresentadas justificações jurídicas pelo Conselho para a decisão tomada para este movimento, com as quais a ASJP não concorda, tendo decidido avançar com a impugnação.

Em comunicado sobre a impugnação do movimento, a ASJP defendeu que “a dignidade do poder judicial exige que todas as decisões com impacto na organização e funcionamento da magistratura estejam em estrita conformidade com a lei”, acrescentando que “a normalização de atos ilegais compromete esse princípio e corrói a confiança nas instituições”.

Defendeu ainda que a “omissão face a uma deliberação ilegal seria, ela própria, uma forma de conivência” e que são responsabilidade do CSTAF quaisquer “eventuais efeitos” desta ação e “adotar as medidas necessárias para reparar a situação criada”.

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Britânica Zango AI levanta 4,1 milhões e aponta mira a Portugal

"Estamos muito empenhados em construir uma presença no mercado português, tanto em termos de clientes como recrutamento", diz cofundador. Em Portugal, o Novobanco já usa solução da startup.

Ritesh Singhani e Shashank Agarwal, cofundadores da Zango AI.

A britânica Zango AI acaba de levantar 4,1 milhões de euros e está apostada em fazer crescer a sua presença no mercado português, onde o Novobanco já usa os seus serviços de compliance financeira com agentes de IA. Liderada pela Nexus Venture Partners, a ronda seed contou ainda com a participação da portuguesa Start Ventures.

“Estamos muito empenhados em construir uma presença no mercado português, tanto em termos de clientes como recrutamento. Estamos em conversações com três dos seis maiores bancos em Portugal, depois do sucesso com o Novobanco. Iremos contratar profissionais de legal e compliance de Portugal que nos possam ajudar a treinar a IA com as regulações locais”, diz Ritesh Singhania, cofundador da startup, ao ECO.

Fundada no ano passado por Ritesh Singhani (ex-ClearGlass, plataforma de compliance em pensões), e Shashank Agarwal (ex-Third Watch, startup de deteção de fraude com IA, adquirida pela Razorpay), a empresa opera globalmente, com escritórios em Londres, São Francisco e Bangalore, sendo que a sua solução de compliance regulatório, já está a ser usada por neobancos, como o Monzo e o Juni.

“Estamos focados em serviços financeiros, usando Agentes IA para automatizar worflows manuais em compliance, libertando as equipas de compliance para trabalhar em projetos estratégicos”, diz Ritesh Singhania, ao ECO.

Em Portugal, trabalham com o Novobanco. Mas há planos para fazer crescer a carteira de clientes para outros setores. “Estamos a falar com outros grandes bancos e seguradoras. Um dos nossos investidores institucionais, a Start Ventures (apoiada pela Fidelidade e Banco de Investimento) também é portuguesa”, diz ainda.

A Start Ventures é uma das participantes da ronda seed, liderada pela Nexus Venture Partners, sociedade de capital de risco com mais de 2,3 mil milhões de euros sob gestão, que contou ainda com a South Park Commons, Richard Davies, CEO do Allica Bank, Alan Morgan, ex-diretor de Serviços Financeiros da McKinsey (EMEA), Mark Ransford, a Notion Capital e a No Label Ventures.

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Multinacional Infineon está a recrutar no Porto e dá prémio a empregados que ajudem

Infineon quer recrutar 200 trabalhadores, no conjunto de 2025, e tem estado a procurar profissionais de forma faseada. Hoje já tem 800 empregados, no seu escritório no Porto.

A alemã Infineon está a recrutar para o seu escritório no Porto e os empregados que ajudem nesse processo vão receber prémios, em função do perfil, da experiência e da senioridade dos candidatos sugeridos. Em conversa com o ECO, Andreia Figueiredo, responsável pelos recursos humanos do braço europeu desta multinacional, explica que essa é uma das estratégias para encontrar o melhor talento.

“A Infineon tem crescido para se tornar mais um centro de competências do que um centro de serviços partilhados que providencia suporte a nível global. Neste momento, temos imensas oportunidades na área de procurement, recursos humanos, finanças, e IT. Temos também outras áreas que estão em crescimento, como a sustentabilidade, cibersegurança, vendas e marketing, e comunicação“, avança ao ECO a responsável de RH.

No conjunto deste ano, a Infineon — que já tem 800 trabalhadores em Portugal — quer recrutar 200 profissionais, o que está a fazer de forma faseada, “para não saturar o mercado“, realça Andreia Figueiredo.

Para atrair esses talentos, a multinacional tem apostado em estratégias para se dar a conhecer no mercado e para fortalecer a sua marca empregadora. Mas também está a contar com a ajuda de um programa de referenciação interno, o “Hire for Infineon”.

“Neste âmbito, damos a oportunidade de os trabalhadores participarem ativamente na sugestão de candidatos“, assinala a head of HR, que indica que estão previstos alguns prémios, consoante o perfil, a experiência e a senioridade dos candidatos sugeridos.

Salário importa, mas não basta

Infineon tem um escritório no Porto, e não tem planos para expansão de novos espaços em Portugal.

Num mercado de trabalho marcado pela escassez de talentos, Andreia Figueiredo explica que o salário ainda é importante na atração de talento, mas não basta para atrair candidatos. “Cada vez mais tanto os candidatos, como os nossos trabalhadores dão cada vez mais importância ao equilíbrio entre a vida pessoal e profissional“, sublinha.

Para garantir essa conciliação das várias esferas da vida dos trabalhadores, a Infineon tem apostado, por exemplo, em horários flexíveis e num regime híbrido, mas também na possibilidade de licenças sabáticas.

A responsável destaca ainda o programa de mentoria reserva, ao abrigo do qual os membros mais jovens da equipa aconselham os membros mais sénior, “para que estes continuem a perceber o que se passa no ground floor“.

Questionada sobre a potencial expansão da Infineon em Portugal, com a abertura de novos escritórios em outras zonas do país, Andreia Figueiredo revela que, para já, não há planos nesse sentido. “O nosso foco continua a ser o Porto“, remata.

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Microsoft garante ter sistema de IA mais eficaz que médicos em diagnósticos complexos

  • Lusa
  • 1 Julho 2025

A gigante da tecnologia garante que a utilização destes modelos é uma opção mais barata do que recorrer a um médico, embora desvalorize as implicações do sistema do mercado de trabalho.

A Microsoft afirma estar a desenvolver um sistema de Inteligência Artificial (IA) que é melhor do que os médicos a fazer diagnósticos complexos de doenças, numa opção mais barata e que aposta na “superinteligência médica”, avança o The Guardian.

Ao jornal britânico, a empresa explicou que esta tecnologia imita um painel de especialistas em casos “intelectualmente exigentes”, pelo que o modelo vai sucessivamente tomando medidas a partir das perguntas que faz para chegar ao diagnóstico final.

Uma das experiências desenvolvidas pela Microsoft revelou que este sistema de IA conseguiu resolver “mais de oito em cada dez casos de estudo”, sendo que, quando estes casos foram analisados pelos clínicos (sem ter acesso a livros, à Internet ou à ajuda de outros médicos) apenas dois em cada dez médicos conseguiram resolvê-los.

A Microsoft reutilizou ferramentas de IA já existentes no mercado, como o ChatGPT ou o Gemini, para a partir destes criar um novo sistema de IA personalizado chamado “orquestrador de diagnósticos”, capaz de saber que teste de diagnósticos pedir e qual poderia ser o resultado adequado para cada caso.

“Este nível de raciocínio tem o potencial de transformar os cuidados de saúde. A IA poderá dar aos doentes a possibilidade de se autogerirem em aspetos de rotina e equipar os médicos com apoio avançado à decisão para casos complexos”, afirmou a Microsoft, citada pelo jornal.

Apesar de tudo, a empresa refere que o sistema de IA ainda não está pronto a ser usado em contexto clínico, sendo necessário a realização de mais testes.

A gigante da tecnologia garante ainda que a utilização destes modelos é uma opção mais barata do que recorrer a um médico, embora desvalorize as implicações do sistema do mercado de trabalho, afirmando que este não vem tirar empregos os médicos, mas ajudar a complementar o seu trabalho.

Recentemente, o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, afirmou que a IA não pode substituir um médico, alertando que ferramentas como o ChatGPT não estão habilitadas a fazer diagnósticos médicos.

“É fundamental afirmar que a IA não é, nem pode ser, um substituto do julgamento clínico, da experiência médica nem do contacto humano. O diagnóstico é parte essencial do ato médico, que envolve não apenas dados objetivos, mas também interpretação contextual, escuta ativa e empatia”, afirmou Carlos Cortes, em declarações à agência Lusa.

O bastonário acrescentou que a IA deve ser encarada como uma ferramenta de apoio à decisão clínica e não como agente autónomo de diagnóstico.

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Abreu Advogados assessora a Lyft na compra de 100% das ações da Intelligent Apps GmbH

A equipa da Abreu que assessorou a Lyft foi liderada pelos sócios César Bessa Monteiro, jr. e Ana Sofia Batista, e pela sócia contratada Cláudia Santos Malaquias.

A Abreu Advogados assessorou a Lyft na aquisição de 100% das ações da Intelligent Apps GmbH (Target), a empresa responsável pelas operações da FreeNow, uma plataforma de reserva de táxis e TVDE com sede na Alemanha. O valor da operação ascendeu aos 175 milhões de euros.

Esta transação, liderada pela Baker & McKenzie, contou com o apoio da Abreu Advogados, que prestou assessoria em todos os aspetos jurídicos relacionados com a due diligence em diversas áreas, incluindo direito societário, fusões e aquisições, contratos de financiamento, propriedade intelectual, tecnologia da informação (proteção de dados), contratos comerciais, questões laborais, contencioso, imobiliário, compliance, bem como assessoria no contrato de compra e venda de ações”, refere a firma em comunicado

A equipa da Abreu foi liderada pelos sócios César Bessa Monteiro, jr. e Ana Sofia Batista, e pela sócia contratada Cláudia Santos Malaquias, contando ainda com o apoio do sócio Ricardo Henriques, das sócias contratadas Patrícia Perestrelo e Sónia Gemas Donário, do advogado principal José Maria Alves Pereira, das associadas sénior Inês Cortez Elói e Marta Castro Henriques, e da estagiária Catarina Rodrigues Rocha.

A Lyft é uma plataforma norte-americana de transporte privado. Com esta operação, entra no mercado europeu, uma vez que a FreeNow já está presente na Alemanha, Reino Unido, Irlanda, Áustria, França, Itália, Grécia, Polónia e Espanha. As empresas afirmam em comunicado que esta é a “expansão mais significativa da Lyft fora da América do Norte, quase duplicando o mercado para mais de 300 mil milhões de viagens em veículos particulares por ano”.

 

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