Oposição francesa ameaça derrubar Governo de Barnier com discussão do orçamento

  • Lusa
  • 30 Novembro 2024

Na segunda-feira, ocorre a votação do orçamento da segurança social e, se o PM Barnier impuser a sua aprovação, os deputados franceses terão 48 horas para apresentar uma moção de censura,

A França, fortemente endividada, pode estar à beira da maior crise política nos últimos 60 anos, com a ameaça do chumbo do orçamento e de uma moção de censura ao governo minoritário de centro-direita de Michel Barnier.

“Nos próximos dias, é possível que se verifique uma conjugação circunstancial de forças na oposição para derrubar um governo minoritário incapaz, nesta fase, de fazer as concessões necessárias”, disse à Lusa Émeric Bréhier, diretor do Observatório da Vida Política da Fundação Jean-Jaurès, acrescentando que a França pode “entrar num momento político que não via desde 1958”.

Segundo o analista, “até à data, o governo de Michel Barnier, que tem uma base parlamentar muito fraca [os três grupos da maioria presidencial têm 164 deputados e a direita republicana tem 47], não conseguiu alargar a sua base de apoio”.

O Governo minoritário formado em 21 de setembro pode ser derrubado por uma moção de censura se o partido de extrema-direita União Nacional (RN, sigla em francês) se unir à oposição de esquerda, assim que o primeiro-ministro francês utilizar o artigo 49.3 (mecanismo constitucional) para aprovar o orçamento sem votação.

Se conseguir ultrapassar esta ameaça de moção de censura, Michel Barnier, o antigo negociador do Brexit para a União Europeia, completará 100 dias da sua tomada de posse do Governo francês no dia 13 de dezembro.

Com 124 deputados, a extrema-direita ofereceu um apoio tático e incerto a Barnier, impondo que este respeite “as suas linhas vermelhas” em matéria de poder de compra, segurança e imigração.

Contudo, o RN está sob “dois tipos de pressão”: o julgamento contra os seus dirigentes, incluindo Marine Le Pen, por desvio de fundos do Parlamento Europeu para pagar a assistentes fictícios, e a pressão de alguns dos seus eleitores, que não compreendem o apoio ao atual Governo, segundo Émeric Bréhier.

O antigo deputado socialista defendeu que Barnier, cuja prioridade é reduzir o défice orçamental, optou assim por ceder na quinta-feira em relação ao orçamento, nomeadamente nas tarifas de eletricidade e pensões, “a fim de conseguir que o RN se abstenha de votar o projeto de lei da segurança social e, em seguida, o projeto de lei das finanças”.

“Com certeza, essa cedência era um dos pedidos de Le Pen”, afirmou Émeric Bréhier, defendendo que o recuo procura persuadir a extrema-direita e impedir uma “tempestade” económica e financeira.

O orçamento, composto por dois projetos de lei (da Segurança Social e do Estado) tem de ser adotado até ao final do ano, incluindo 40 mil milhões de euros em cortes e 20 mil milhões de euros em aumentos de impostos para reduzir o défice do país para 5% do produto interno bruto (PIB), contra 5,5% em 2023 e 6,1% em 2024.

“Nunca é fácil elaborar um orçamento que responda simultaneamente às exigências de controlo do défice e, portanto, da dívida, e que mantenha as políticas essenciais para o futuro. No entanto, conseguir limitar o aumento de 60 mil milhões da despesa pública – já que é esse o objetivo que o Governo se propôs – não parece insuperável”, defendeu o politólogo.

A Comissão Europeia receia que, se não forem tomadas medidas como Barnier propôs, a dívida e o défice da segunda maior economia da Europa continuem a aumentar nos próximos anos, com sanções associadas ao incumprimento dos objetivos.

Segundo o polítologo, é necessário compromissos entre as forças políticas francesas que “não deram qualquer prova” de o quererem, desde a nomeação de conservador Michel Barnier pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, no dia 5 de setembro, após 60 dias de impasse na sequência das eleições legislativas de julho.

Já a coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP), que se uniu para tentar derrubar a extrema-direita, opõe-se a Michel Barnier desde a sua nomeação, por alegar ser vencedora nas legislativas que deram origem a uma Assembleia Nacional muito fragmentada.

No entanto, a esquerda apresenta uma fragilidade com as tensões “muito fortes” entre os deputados socialistas e os deputados da França Insubmissa (LFI), nomeadamente com o projeto de lei que revoga as duas últimas reformas das pensões, incluindo a do Presidente François Hollande (socialista eleito entre 2012–2017).

“A preparação das eleições municipais de março de 2026 e a perspetiva das próximas eleições do Partido Socialista, na primavera do próximo ano, aumentam estas tensões e os grupos de esquerda ainda não demonstraram a sua capacidade de alargar a sua base parlamentar”, defendeu Émeric Bréhier.

Na quarta-feira, a porta-voz do Governo, Maud Bregeon, tentou dissuadir o Partido Socialista de votar uma moção de censura, recordando a “responsabilidade sem precedentes” enquanto partido anteriormente no poder e instando-o a “livrar-se das ligações” ao LFI.

Além disso, Maud Bregeon afirmou que a esquerda e a extrema-direita, ao derrubarem o governo, “terão de assumir a responsabilidade por um enfraquecimento duradouro” da França a nível internacional, prevendo riscos nos mercados financeiros, que afetarão também a estabilidade da zona euro.

Na segunda-feira, ocorre a votação do orçamento da segurança social e se Barnier utilizar o artigo 49.3, os deputados franceses terão 48 horas para apresentar uma moção de censura, que uma vez apresentada deve ser votada no prazo de três dias.

Se a Assembleia Nacional aprovar uma moção de censura (ou seja, se pelo menos 289 dos 577 deputados da Assembleia Nacional votarem a favor), “o primeiro-ministro deverá automaticamente apresentar a sua demissão ao Presidente da República”, disse Émeric Bréhier.

Macron poderá então “optar por reconduzir Michel Barnier” ao cargo, “escolher outra figura política mais suscetível de alargar a base maioritária” ou ainda nomear alguém para chefiar um governo técnico, já que “não pode decidir dissolver a Assembleia Nacional, pelo menos, até julho” de acordo com a Constituição, referiu o politólogo.

Para Émeric Bréhier, o Presidente francês está “singularmente inibido” na crise política, já que muitos dos deputados da sua antiga maioria “não compreenderam a sua decisão de dissolver o governo” e já se preparam para as presidenciais previstas para 2027.

De acordo com uma sondagem do instituto Elabe em novembro, a popularidade de Macron está no nível mais baixo desde a sua eleição em 2017 e 63% dos franceses são a favor da sua demissão se o governo de Barnier cair, embora o Presidente não demonstre essa intenção.

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UE investe 600 milhões para concluir Corredor do Lobito

  • Lusa
  • 30 Novembro 2024

O comboio que liga Angola, Zâmbia e República Democrática do Congo quer aumentar a circulação de bens e promover a circulação de cidadãos.

A União Europeia (UE) classificou o Corredor do Lobito como uma “infraestrutura crucial” e o bloco comunitário investiu cerca de 600 milhões de euros no projeto, disse à Lusa fonte da Comissão Europeia.

O corredor estará recuperado nos primeiros 1.300 km até à Zâmbia. e será explorado por um consórcio que inclui a Mota Engil. Numa segunda fase haverá ligação costa a costa.

“A UE está a apoiar veementemente o Corredor do Lobito, uma infraestrutura crucial que vai melhorar as possibilidades de exportação para a Zâmbia, Angola e República Democrática do Congo, aumentar a circulação de bens e promover a circulação de cidadãos”, disse à Lusa fonte do executivo comunitário.

A mesma fonte acrescentou que a UE investiu “cerca de 600 milhões de euros” neste projeto e que o investimento faz parte da “abordagem 360 graus” da União Europeia.

“Para acelerar o desenvolvimento do Corredor do Lobito, a UE, em conjunto com os países [do bloco comunitário], ao abrigo da Equipa Europa, está a trabalhar para uma abordagem mais abrangente […], que incluiu a valorização das cadeias de valor agrícolas, matérias-primas críticas, produção de energias renováveis e sua transmissão, educação e competências”, acrescentou fonte da Comissão Europeia.

Deste modo, a UE esperar auxiliar os três países de África a “desbloquearem a totalidade do seu potencial”, assim como na “diversificação económica” e a criação de empregos.

A União Europeia estratificou a cooperação neste corredor em três áreas: investimento em infraestruturas de transporte; medidas para facilitar o comércio, desenvolvimento económico e trânsito; apoiar a longo prazo o investimento nestes países para um “crescimento económico sustentável e inclusivo”.

A conclusão do Corredor do Lobito também vai possibilitar as trocas comerciais entre a Europa, Ásia e o resto de África, admitiu fonte da Comissão Europeia.

Em maio de 2023, a Comissão Europeia assinou um acordo de cooperação com os três países (Angola, Zâmbia e República Democrática do Congo) para auxiliar o investimento e desenvolvimento do Corredor do Lobito, que conecta Kabwe, na Zâmbia, a Lobito, em Angola.

O corredor deverá passar por um total de 16 localidades, entre os três países.

O Corredor do Lobito é o primeiro corredor económico estratégico lançado sob a égide da Parceria para as Infraestruturas e Investimento Global do G7 (PGI), em maio de 2023, a que se seguiu a assinatura de uma declaração conjunta entre a União Europeia e os Estados Unidos, à margem da Cimeira do G20 de setembro de 2023 em Nova Deli, de apoio ao desenvolvimento da infraestrutura.

Já em setembro deste ano foi assinado um acordo colocando a AFC como promotora principal do projeto que vai ligar os três países africanos.

Prevê-se que a linha férrea a recuperar e prolongar crie benefícios económicos de aproximadamente três mil milhões de dólares (cerca de 2,7 mil milhões de euros) para os países e crie mais de 1.250 postos de trabalho durante a sua construção e as operações.

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Volkswagen diz que plano para fechar fábricas na Alemanha não afeta Autoeuropa

  • Lusa
  • 30 Novembro 2024

Fonte do construtor alemão afirma que a redução de atividade não vai afetar a Autoeuropa que se prepara para fabricar o novo T-Roc.

A fábrica de automóveis da Autoeuropa, em Palmela, não deverá ser afetada pela redução de postos de trabalho e encerramento de algumas fábricas da Volkswagen na Alemanha, afirmou este sábado uma fonte oficial do grupo alemão do setor automóvel.

O T-ROC da VW vai continuar a sair da fábrica de Palmela. Estão a fabricar 1.005 veículos por dia.

“Os planos de cortar empregos e fechar fábricas dizem respeito apenas à Alemanha. No momento, não há impacto na nossa fábrica em Palmela”, disse o responsável de comunicação corporativa da Volkswagen em Wolfsburg, na Alemanha, em resposta a perguntas da agência Lusa.

A administração da Autoeuropa não se quis pronunciar, remetendo qualquer esclarecimento sobre a matéria para a casa mãe do grupo Volkswagen na Alemanha, mas a Comissão de Trabalhadores acredita que a fábrica de automóveis de Palmela, no distrito de Setúbal, poderá continuar a laborar normalmente nos próximos tempos.

“À data de hoje, não existe nenhum indicador que nos leve a pensar que a situação que se passa nas fábricas da Volkswagen na Alemanha tenha algum impacto, quer na produção prevista, quer também no que diz respeito ao futuro da Autoeuropa”, disse à agência Lusa o coordenador da Comissão de Trabalhadores, Rogério Nogueira.

O representante dos trabalhadores lembrou ainda que a Autoeuropa “está em fase de lançamento do novo T-Roc” e “tem em curso um conjunto de investimentos, que a breve prazo, deverão permitir também a produção de veículos elétricos na fábrica de Palmela”.

No que respeita à situação nas fábricas da Volkswagen na Alemanha, Rogério Nogueira disse que a CT da Autoeuropa “mantém um contacto diário com os colegas da Alemanha e continua solidária com a sua luta, acreditando que se irá alcançar um acordo que garanta os postos de trabalho”.

A fábrica da Autoeuropa, que no ano passado produziu um total de 220.100 automóveis, mais 14% do que em 2022, está a produzir 1.005 veículos por dia do modelo T-ROC, que tem sido um dos mais vendidos em toda a Europa.

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ECO Quiz. Galp, empresas do Estado e MB Way

  • Tiago Lopes
  • 30 Novembro 2024

Agora que termina mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. Está a par de tudo o que se passou durante a semana?

A semana que agora termina ficou marcada por várias notícias, entre elas a decisão da Galp em relação ao projeto Aurora, a refinaria de lítio que previa instalar em Setúbal através de uma parceria com a Northvolt.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou um investimento no reforço de veículos para PSP e a GNR, no mesmo dia em que esteve reunido com as ministras da Justiça e da Administração Interna e com as chefias da PJ, PSP e GNR.

O Conselho de Finanças Públicas divulgou o relatório sobre o desempenho do setor público empresarial em 2023. As empresas não financeiras do Estado registaram uma melhoria na maioria dos indicadores económicos e financeiros, beneficiando do crescimento da economia. Ainda assim, estas empresas “continuam a demonstrar um desequilíbrio com um resultado líquido agregado negativo de 790 milhões de euros em 2023”.

O ECO publica todas as semanas um quiz que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento.

 

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Santarém aprova orçamento de 89,3 Milhões para 2025

  • Lusa
  • 30 Novembro 2024

O presidente da município garante que o orçamento para a próximo ano reflete mais investimento, menos impostos e menos dívida.

O orçamento da Câmara de Santarém para 2025 será de 89,3 milhões de euros, mais 4 milhões face a 2024, num documento que “garante mais investimento, menos impostos e menos dívida”, disse o presidente da autarquia à Lusa.

João Teixeira Leite, presidente da Câmara, fixou uma taxa de 0,01% do pagamento da Derrama para as empresas com um volume de negócios inferior a 150 mil euros, fixando em 0,92% a taxa a pagar por aquelas que apresentam um volume de negócios superior.

“É um orçamento de concretização, ação e com dinâmica. Nós tivemos em foco as linhas de financiamento que já estavam garantidas pelo município, nomeadamente o Portugal 2030, o PRR e os financiamentos bancários que fomos aprovando ao longo de 2024 (…) É um documento ambicioso que garante mais investimento, menos impostos e menos dívida”, afirmou João Leite.

Segundo o autarca, este orçamento contempla o maior investimento de sempre em infraestruturas desportivas, com a construção da academia de futebol e com a requalificação de várias infraestruturas que vão “dotar o concelho de equipamentos desportivos de excelência”.

Assim, estão previstas várias intervenções como a colocação de relvado natural na Escola Superior da Agrária, a requalificação do campo da Ribeira de Santarém e a requalificação do campo de rugby.

Na regeneração urbana e espaço público, que segundo João Leite, é uma área “determinante para o orçamento de 2025″, está contemplada a requalificação da frente ribeirinha, com o objetivo de “rentabilizar o rio Tejo”, e a requalificação da Avenida Sá Carneiro, “projetos há muito aguardados e que pretendemos executar”.

Na saúde, o orçamento contempla 1,8 milhões de euros para a requalificação de 11 centros de saúde em várias freguesias, um investimento financiado pelo PRR que “vai dotar o território de excelentes condições para o serviço prestado na área da saúde”.

Na educação, cujo investimento é “contínuo e estratégico”, o orçamento prevê a requalificação de várias escolas, entre elas a escola básica de S. Bento, a escola básica de S. Salvador, a escola secundária Dr. Ginestal Machado e a escola E.B. 2,3 de Alcanede.

O orçamento também procura “reforçar a atração do investimento privado”, pelo que pretende “aprofundar a política de promoção do território, através da fixação de novas empresas”.

“Queremos manter o caminho da concretização da estratégia de crescimento económico e social sustentado que temos vindo a desenvolver, através da criação de condições de atratividade de investimento para o nosso concelho”, disse o autarca.

O orçamento contempla ainda aumentos em várias áreas, nomeadamente na cultura (mais 2,5% face a 2024) e na proteção civil (mais 9,1%).

Em 2025, a Câmara vai fixar uma taxa de 0,01% do pagamento da Derrama para as empresas com um volume de negócios inferior a 150 mil euros, fixando em 0,92% a taxa a pagar por aquelas que apresentam um volume de negócios superior, refletindo, desta forma, uma diminuição face à taxa praticada no presente ano (-0,03%).

O IRS mantém-se nos 4,5%, a mesma taxa que já vinha sendo cobrada.

Segundo o presidente, João Leite, a autarquia tem vindo a praticar uma política “de taxas mínimas que permite às famílias e empresas poupanças na ordem dos três milhões de euros”.

O orçamento foi aprovado por maioria, com os votos favoráveis do presidente e dos três vereadores do PSD, que governa a Câmara, e dos quatro vereadores do PS, com os quais os social-democratas firmaram um acordo pós eleitoral, e com o voto contra da vereadora do Chega.

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AdC sem oposição à compra da Carnes Campicarn pela Growth Partners e Campicarn

  • Lusa
  • 30 Novembro 2024

A compra da Campicarn integra um grupo de operações a que a Autoridade da Concorrência (AdC) decidiu não se opor.

A Autoridade da Concorrência (AdC) decidiu não se opor à compra do controlo conjunto sobre a Carnes Campicarn pela Growth Partners e Campicarn, foi hoje anunciado.

“[…] O Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência […] delibera adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração”, lê-se na informação divulgada esta sexta-feira pela AdC.

Na base desta decisão está o facto de a operação em causa não ser suscetível de criar entraves significativos à concorrência no mercado.

No início de novembro, a Growth Partners e a Campicarn notificaram a Autoridade da Concorrência (AdC) da compra do controlo conjunto sobre a Carnes Campicarn.

A Growth Partners realiza investimentos e gere fundos de capital de risco e a Campicarn é uma empresa portuguesa que produz carne e prepara, fabrica e acondiciona produtos à base de carne.

Esta autoridade pronunciou-se ainda sobre um conjunto de outras operações, decidindo também não se opor à concretização das mesmas.

Entre estas operações está a compra pela Sudarshan Chemical Industries, fornecedora de pigmentos, do controlo exclusivo do Heubach Group, incluindo ativos, empresas associadas e subsidiárias e aquisição pela Global Martilu da Babel Tenedora De Participaciones.

Deu também ‘luz verde’ à compra do controlo exclusivo sobre o negócio Bebegel, atualmente detido pela Cooper Consumer Health, pela Uriach, bem como à aquisição pela Diaverum — Investimentos e Serviços da Nefropinhal — Clínica privada da Sertã.

Também hoje, a Concorrência foi notificada da compra pelo Explorer Hospitality Fund I da J.A.S.E. — Joaquim Afonso & Salvador — Empreendimentos Turísticos e, indiretamente, do Douro Royal Valley Hotel & Spa e do Douro Palace Hotel Resort & SPA, através de uma sociedade veículo.

O Explorer Hospitality é um fundo de capital de risco criado para investimentos no setor da hospitalidade em Portugal.

Este fundo é gerido pela Explorer Investments.

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“Perdemos todos demasiado tempo a discutir garotices”, diz Miranda Sarmento

O ministro das Finanças defende que se perde demasiado tempo a "discutir garotices", referindo-se ao protesto realizado esta sexta-feira no Parlamento pelo Chega.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, defende que se perde demasiado tempo a “discutir garotices”, referindo-se ao protesto realizado esta sexta-feira no Parlamento pelo Chega. Em entrevista à Sic Notícias, considera que se todos os partidos fizessem o mesmo, o Parlamento passava a ser uma espécie de Benetton com “não sei quantas cores”.

“Fui deputado na anterior legislatura e líder parlamentar, acho sinceramente que perdemos todos demasiado tempo, e o tempo é o recurso mais escasso que temos, a discutir garotices. […] Todos – os agentes políticos, comunicação social e comentadores –, perdemos demasiado tempo e fazemos o jogo daqueles que, não defendendo o Parlamento, usam o Parlamento para os seus ganhos políticos“, disse.

Sobre o Orçamento do Estado para 2025, que foi aprovado esta sexta-feira em votação final global, defende que “continua a ser um bom orçamento”, mas que é um orçamento que corresponsabiliza os dois maiores partidos da oposição: Partido Socialista e Chega.

“O País continua a ter um bom orçamento. Continua em grande medida a ser o orçamento do Governo, embora mil milhões de margem foram condicionados pela atuação da oposição. Porque, infelizmente, o PS com o apoio do Chega parecem, em muitos casos, parecer governar a partir do parlamento”, sublinhou.

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Marcelo homenageia Eanes “um sábio atento ao presente e ao futuro”

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

O general Ramalho Eanes "denuncia o que se passa de errado, de frágil, de débil, no mundo, como em Portugal, na política, como nas Forças Armadas", mas num "apelo à esperança", diz Marcelo.

O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, prestou esta sexta-feira homenagem a Ramalho Eanes, primeiro Presidente da República eleito em democracia, que qualificou como “um sábio atento ao presente e ao futuro”.

Marcelo Rebelo de Sousa falava na Culturgest, em Lisboa, na sessão de apresentação do livro “Ramalho Eanes – Palavra que conta”, da jornalista Fátima Campos Ferreira, editado pela Porto Editora, com prefácio da sua autoria. “Esta palavra conta, conta muito, porque vem de um sábio, de um sábio atento ao presente e ao futuro, que viveu aquilo de que fala e que continua a servir o país”, afirmou.

O chefe de Estado acrescentou que esta cerimónia acabou por ser “um agradecimento ao Presidente Ramalho Eanes, uma homenagem” ao general, assinalando que contou com as presenças de “outro antigo Presidente”, Aníbal Cavaco Silva, e de “responsáveis políticos atuais, e depois com muitas e muitos portugueses, que lhe estão muitíssimo gratos”.

Segundo o Presidente da República, na entrevista que serviu de base ao livro e posteriores conversas com Fátima Campos Ferreira, o general Ramalho Eanes “denuncia o que se passa de errado, de frágil, de débil, no mundo, como em Portugal, na política, como nas Forças Armadas”, mas num “apelo à esperança”.

“Foi esse sempre também o caminho que escolheu: oferecer aos portugueses, sempre, uma palavra de esperança. Mas a nossa História é isso, nós perdemos a independência, recuperámos, errámos, falhámos, e depois superámos. Que bom, senhor Presidente, termos a sua palavra que conta, a sua palavra realista, de denúncia, mas de esperança. Assim é mais fácil acreditar em Portugal”, considerou.

Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que António Ramalho Eanes será homenageado “de forma muito intensa já no próximo mês de janeiro”, por ocasião do seu 90.º aniversário. Nesta sessão, que terminou com uma intervenção de Ramalho Eanes, estiveram presentes o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo.

Além do antigo chefe de Estado Aníbal Cavaco Silva, marcaram também presença, entre outros, o antigo presidente da Assembleia da República Eduardo Ferro Rodrigues, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

Nascido em Alcains, Castelo Branco, em 25 de janeiro de 1935, o general Ramalho Eanes foi o primeiro Presidente da República eleito por sufrágio universal em democracia, nas presidenciais de 1976, e cumpriu dois mandatos na chefia do Estado, até 1986. Como militar, participou na Guerra Colonial. Depois do 25 de Abril de 1974, foi o comandante operacional do 25 de Novembro de 1975, que marcou o fim do chamado Período Revolucionário em Curso (PREC), e chefiou o Estado-Maior do Exército.

Depois de deixar a Presidência da República, veio a liderar o Partido Renovador Democrático (PRD), força política que nasceu quando estava a terminar o seu segundo mandato, inspirada na sua figura, e que foi a terceira mais votada nas legislativas antecipadas de 1985.

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Fundo da Explorer notifica Concorrência sobre compra de hotéis no Douro

O fundo Explorer Hospitality Fund I, gerido pela Explorer Investments, notificou a Concorrência sobre a compra de dois hotéis no Douro: o Douro Palace e o Douro Royal Valley.

O Explorer Hospitality Fund I, um fundo de capital de risco criado para investimentos no setor da hospitalidade em Portugal gerido pela Explorer Investments, comprou dois hotéis no Douro – o Douro Palace e o Douro Royal Valley – detidos pela Joaquim, Afonso & Salvador – Empreendimentos Turísticos Lda.

“A operação notificada consiste na aquisição, pelo Explorer Hospitality Fund I, do controlo exclusivo da J. A. S. E. – Joaquim, Afonso & Salvador – Empreendimentos Turísticos Lda e, indiretamente, do “Douro Royal Valley Hotel & Spa” e do “Douro Palace Hotel Resort & SPA”, através de uma sociedade-veículo”, lê-se no site da Autoridade da Concorrência.

A sociedade Explorer Investments gere, segundo a sua página online, fundos com ativos líquidos na ordem 1.700 milhões de euros divididos em duas áreas de negócio: private equity e turismo.

Fundada em 2003, a sociedade é presidida por Elizabeth Rothfield depois da morte do outro fundador Rodrigo Guimarães.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 17 milhões de euros

  • ECO
  • 29 Novembro 2024

O prémio desta sexta-feira ronda os 17 milhões de euros, depois de ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Esta sexta-feira decorreu mais um sorteio do Euromilhões, com um primeiro prémio no valor de 17 milhões de euros. O valor do jackpot desceu depois de ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 29 de novembro :

Números: 8, 17, 18, 29 e 43

Estrelas: 5 e 9

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PS pede ao Governo que reconheça Palestina de imediato

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

O projeto de resolução do PS é entregue no parlamento precisamente no Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, sendo o primeiro subscritor o deputado e líder do PS.

O PS entregou esta sexta-feira no parlamento um projeto que pede ao Governo português que reconheça de imediato o Estado da Palestina para dar “um sinal claro” à comunidade internacional da urgência da solução de dois Estados.

O projeto de resolução do PS (sem força de lei), a que a agência Lusa teve acesso, é entregue no parlamento precisamente no Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, que se assinala esta sexta, sendo o primeiro subscritor o deputado e líder do PS, Pedro Nuno Santos.

No texto da recomendação ao Governo liderado por Luís Montenegro para que “reconheça, de forma imediata, o Estado da Palestina”, o PS apontou que “ao longo da tragédia humanitária que ocorre desde 7 de outubro de 2023”, tornaram-se evidentes as “insanáveis divergências entre Estados Membros da União Europeia”, inviabilizando assim “uma posição comum”.

Este é, pois, o momento para que a República Portuguesa envie um sinal claro e inequívoco à comunidade internacional sobre a urgência da concretização plena da solução de dois Estados, reconhecendo a soberania e independência do Estado da Palestina, deixando de protelar a decisão quando já se verificou a impossibilidade de uma posição conjunta e consensual da União Europeia sobre esta matéria”, defenderam os socialistas.

O PS referiu que a Palestina é atualmente reconhecida “por 145 dos 193 países com lugar nas Nações Unidas”, entre os quais vários países da Europa e da União Europeia, destacando “a recente posição assumida pela Espanha, Noruega, Irlanda e Eslovénia”. “Este facto, a par com a evolução da trágica situação que se vive atualmente na Faixa de Gaza, cria um contexto para o reconhecimento imediato do Estado da Palestina, na lógica da solução dos dois estados”, justificou no mesmo texto.

Os socialistas recomendam assim ao executivo que “reconheça, de forma imediata, o Estado da Palestina, nas fronteiras anteriores a 1967”, um reconhecimento “em conformidade com as resoluções relevantes adotadas pela Organização das Nações Unidas e a Autoridade Palestiniana como a legítima representante do Estado Palestiniano e a única entidade política interlocutora para as negociações”.

O PS quer ainda que o Governo aprofunde as relações diplomáticas com o Estado da Palestina, “mantendo como legítimo interlocutor a Autoridade Palestiniana e conferindo à Missão Diplomática da Palestina em Lisboa o estatuto de Embaixada”.

Em 4 de junho, no arranque de um comício em Guimarães para as eleições europeias, Pedro Nuno Santos tinha defendido que estava na altura de Portugal reconhecer “de imediato” o Estado da Palestina, considerando então que seria um “sinal político importante” e um contributo para a paz no Médio Oriente.

O Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano é assinalado no dia 29 de novembro desde 1977. O dia foi definido assim porque nessa data, em 1947, foi aprovada a resolução 181, conhecida como a “resolução da partilha”.

Esta resolução previa a criação do Estado de Israel e do Estado da Palestina, com Jerusalém como “corpus separatum”, pelo que o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano é utilizado para recordar que a questão da Palestina continua por resolver, sem que se vislumbre uma solução política para resolver o conflito de acordo com a solução de dois Estados.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo extremista palestiniano Hamas em Israel que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas. Após o ataque do Hamas, ocorrido a 7 de outubro de 2023, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 44 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

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Zelensky aceitaria terminar guerra em troca de adesão à NATO

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

O Presidente ucraniano está pronto para pôr fim à "fase quente da guerra" se o país aderisse à NATO mesmo que a Rússia não devolva imediatamente os territórios ocupados.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que está preparado para terminar a guerra na Ucrânia em troca da adesão à NATO, mesmo que a Rússia não devolva imediatamente os territórios apreendidos.

Em entrevista à estação televisiva britânica Sky News, o Presidente ucraniano explicou que a adesão à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) teria de ser oferecida às partes não-ocupadas do país para pôr fim à “fase quente da guerra”, desde que o próprio convite da NATO reconhecesse as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia.

Zelensky sugeriu que seria possível alcançar um acordo de cessar-fogo se o território ucraniano que Kiev controla fosse colocado “sob a alçada da NATO”, o que lhe permitiria negociar a devolução do restante território posteriormente, “de forma diplomática”.

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