Governo funde serviços para garantir poupanças no Estado

A compra centralizada de combustíveis, gás e vigilância vai poupar, no próximo ano, 31,5 milhões de euros, revelou o ministro da presidência, António Leitão Amaro.

O Governo extinguiu e fundiu a secretaria-geral da presidência do Conselho de Ministros e o Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (Ceger) que assegura os serviços informáticos de apoio ao Governo, na nova secretaria-geral do Governo. No Conselho de Ministros desta terça-feira foram ainda aprovados os estatutos da ESPAP, a nova entidade que vai gerir os serviços partilhados: compras, pagamento de salários, aquisição material informático. O ministro da presidência revelou que a compra centralizada de combustíveis, gás e vigilância vai poupar, para o próximo ano, 31,5 milhões de euros.

Naquela que é a prossecução da reforma da Administração Pública, Leitão Amaro explicou que o objetivo do Governo é cada vez mais caminhar para um modelo de compras centralizadas no Estado. “A semana passada foi ao nível da eletricidade e esta semana gás, combustíveis e vigilância que geraram uma poupança de 31,5 milhões de euros”, explicou.

Para a realização destas compras foram aprovadas duas Resoluções do Conselho de Ministros que “autorizam a assunção de encargos orçamentais e a realização das despesas inerentes ao fornecimento de gás natural e para os combustíveis rodoviários, para um conjunto de entidades da Administração Pública, para o ano de 2025”. “Esta aquisição centralizada gera uma poupança superior a seis milhões de euros no próximo ano, já realizada através da ESPAP e do Sistema Nacional de Compras Pública”, detalha o comunicado do Conselho de Ministros.

Mas haverá mais poupanças, seja ao nível dos dirigentes – “a partir do momento em que os respetivos diplomas sejam aprovados” –, ou através da libertação de 27 edifícios públicos, cujos serviços e ministérios serão concentrados na sede da Caixa Geral de Depósitos e que serão imediatamente alocados a projetos de habitação ou rentabilizados, sendo o rendimento dessa alienação alocado às despesas com habitação pública, “com custos que a classe média e famílias mais carenciadas possam suportar”.

Leitão Amaro prometeu mais fusões, “ao logo das próximas semanas”, o âmbito da reforma do Estado, que se iniciou em junho com a fusão de oito das secretarias-gerais de ministérios numa única secretaria-geral do Governo. O ministro revelou que ainda não foi escolhida a pessoa que irá dirigir esta nova secretaria-geral. Mas o modelo será semelhante ao utilizado para secretário-geral do sistema de informação da República, ou seja, a escolha recai sobre o primeiro-ministro Luís Montenegro.

Segundo o Governo, esta reforma permitirá uma poupança de 23 milhões de euros por ano, sendo que era essencial para o país poder pedir a Bruxelas o quinto cheque do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). No total, pretende reduzir em 25% os cargos de dirigentes, passando de 315 para 236, o que implica uma quebra de quatro milhões de euros nos gastos com vencimento.

No diploma que determina a extinção por fusão, da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros (SGPCM) é estabelecido também “o procedimento de integração dos trabalhadores da SGPCM, definindo os critérios de seleção dos recursos humanos a reafetar a cada um dos serviços e entidades que lhes sucedem nas competências e atribuições transferidas”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

No Conselho de Ministros desta terça-feira foi ainda aprovada a tutela partilhada das CCDR entre o ministro da Coesão e da Agricultura, que passa a ter a responsabilidade de nomear um vice-presidente nas várias CCDR. Esta foi a solução encontrada pelo primeiro-ministro para satisfazer as exigências da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) para assinar o acordo de concertação social. A decisão tinha sido anunciada por Montenegro no debate quinzenal no início de outubro.

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Portugal “não pode desperdiçar a última oportunidade” nos fundos europeus

AEP diz que "as associações empresariais não têm sido consideradas e valorizadas no desempenho futuro da economia nacional" e o Estado deve delegar nestas entidades competências de gestão operacional.

Luís Miguel Ribeiro, presidente do Conselho de Administração da AEP, no discurso de abertura do II Congresso Portugal EmpresarialRicardo Castelo/ECO

Os fundos europeus “assumiram um papel decisivo ao longo dos últimos anos” no desenvolvimento e reforço da competitividade e produtividade das empresas. Com Portugal praticamente a meio do atual período de programação dos fundos estruturais, o presidente do Conselho de Administração da AEP, Luís Miguel Ribeiro, alerta que o país não pode “desperdiçar a última oportunidade” nos fundos europeus. E diz que as associações empresariais devem ser valorizadas, atribuindo-lhes “competências de gestão e execução operacional”.

“Portugal já está praticamente a meio do atual período de programação dos fundos estruturais, que devia ser gerador de múltiplas oportunidades para a economia portuguesa”, referiu Luís Miguel Ribeiro, no discurso de abertura do II Congresso Portugal Empresarial, organizado pela AEP sob o tema “Escalar as Empresas, Fazer Crescer o País”, que está a decorrer esta tarde na Exponor e que conta com a presença do secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, do economista-chefe da OCDE, Álvaro Santos Pereira, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O presidente da AEP defende que as empresas portuguesas precisam continuar a ganhar escala, para reforçar a sua produtividade e competitividade, e os fundos europeus desempenham um papel crucial neste caminho, uma oportunidade que o país não pode perder.

A frase ‘não podemos desperdiçar esta oportunidade’ é um lugar-comum, mas é uma realidade incontornável. Provavelmente, esta poderá ser mesmo a última oportunidade para Portugal, atendendo aos novos reptos a que o orçamento europeu terá de dar resposta, alguns dos quais decorrentes do contexto geopolítico adverso”, avisa.

A frase ‘não podemos desperdiçar esta oportunidade’ é um lugar-comum, mas é uma realidade incontornável. Provavelmente, esta poderá ser mesmo a última oportunidade para Portugal, atendendo aos novos reptos a que o orçamento europeu terá de dar resposta.

Luís Miguel Ribeiro

Presidente do CA da AEP

Numa menção a medidas concretas que o Executivo pode adotar para acelerar a concretização dos fundos, a AEP realça que “os avisos em contínuo são um importante contributo para a execução rápida, desburocratizada e eficaz, dos fundos europeus.”

Luís Miguel Ribeiro destacou ainda que “as associações empresariais não têm sido consideradas e valorizadas no desempenho futuro da economia nacional”. “Continuamos a defender que o Estado deve concentrar-se nas suas funções de regulador e delegar ao tecido institucional associativo, de base empresarial organizada e qualificada, que é representativo e próximo das empresas, competências de gestão e execução operacional de políticas coletivamente definidas, onde se incluem programas de formação, mas também outras políticas de desenvolvimento e de incentivo ao investimento empresarial”, defendeu.

O responsável reforçou aquele que tem sido o papel das associações junto das empresas, ajudando-as a ultrapassar desafios e a defender os seus interesses. “O movimento associativo empresarial liderou grandes campanhas de promoção, contribuindo para que as empresas pudessem alcançar importantes ganhos de quota nos mercados internacionais e elevar a intensidade exportadora do país num curto prazo”, salvaguardou.

O movimento associativo empresarial liderou grandes campanhas de promoção, contribuindo para que as empresas pudessem alcançar importantes ganhos de quota nos mercados internacionais e elevar a intensidade exportadora do país num curto prazo.

Luís Miguel Ribeiro

Presidente do CA da AEP

A AEP defende, assim, que “a descentralização de competências deve colocar no âmbito de atuação da esfera privada um conjunto de ações que as entidades privadas têm vindo a demonstrar que desempenham com mais eficácia, eficiência e a mais baixo custo.”

“A AEP continuará empenhada em defender o interesse das empresas, batalhando por uma redução progressiva de todos os custos de contexto, nomeadamente, através de uma fiscalidade mais amiga do investimento e com previsibilidade, mas não só”, acrescentou.

Para Luís Miguel Ribeiro um dos principais problemas das empresas portuguesas continua a ser a falta de escala, lembrando que “o segmento das microempresas representa mais de 96% do número de empresas, contribuindo para uma proporção significativa do emprego. Porém, a sua representatividade é bem menor quando analisamos o seu peso relativo no VAB (que não atinge 30%) e no investimento (inferior a 40%).”

“Estes números refletem de forma muito objetiva que os ganhos de escala empresarial são fundamentais, rumo à melhoria da produtividade“, conclui.

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CEO da ANA admite que existam trabalhadores a dormir no Humberto Delgado. Garante que aeroportos são seguros

O presidente executivo da ANA disse no Parlamento que trabalhadores em causa não são da concessionária. Garantiu que os aeroportos portugueses são seguros e regularmente auditados.

O presidente da Comissão Executiva da ANA Aeroportos, Thierry Ligonniére, admitiu esta terça-feira no Parlamento que existam casos de trabalhadores da atividade de handling a dormir no aeroporto. Apontou como justificação a falta de transporte público adequado aos horários de trabalho. Caso está a ser analisado para encontrar soluções.

Thierry Ligonniére diz que soube através do requerimento do Chega que existirão trabalhadores a pernoitar no aeroporto. O presidente executivo da concessionária diz que a situação está a ser analisada e que “os casos que terão acontecido estarão relacionados com a falta de transporte público para o aeroporto“, afirmou na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, onde está a ser ouvido por requerimento do Chega.

O responsável garantiu que não se tratam de trabalhadores nem da ANA, nem da Portway, a empresa de handling detida pela concessionária. Os casos envolvem funcionários da Menzies Aviation, a antiga Groundforce, segundo foi noticiado pela RTP em julho.

“É uma atividade que começa muito cedo e acaba muito tarde. Vão para o aeroporto na véspera e dormem umas horas no aeroporto antes de começarem a trabalhar”, explicou. “A ANA está a analisar com as empresas e comunidade aeroportuária uma forma de chegarem ao aeroporto e terem condições dignas“, afirmou.

A questão foi levantada por Filipe Melo, deputado do Chega, que disse ter “conhecimento de que há trabalhadores da Menzies e da Portway, estrangeiros, que não falam uma palavra em português, que comem e dormem dentro do aeroporto“. E questionou as implicações destes casos na segurança aeroportuária.

Os nossos aeroportos em Portugal são seguros. É um setor muito escrutinado pelas autoridades e é constantemente auditado.

Thierry Ligonniére

Presidente do conselho de administração da ANA

O presidente executivo da ANA garantiu que “todo o sistema da aviação civil coloca em primeiro lugar a questão da segurança”. Explicou que “há manuais de operações, que integram a formação de cada uma das pessoas que têm de realizar atividades à volta dos aviões”. A formação “é sancionada por um teste, em língua portuguesa. Todas as pessoas deveriam ter um conhecimento da língua portuguesa, senão seria difícil passarem o teste“.

Thierry Ligonniére deixou a garantia de que a segurança é a prioridade de todas as entidades da aviação civil. “Os nossos aeroportos em Portugal são seguros. É um setor muito escrutinado pelas autoridades e é constantemente auditado“, afirmou o presidente executivo da ANA. Acrescentou ainda que para receberem o cartão que permite o acesso ao lado Ar, os trabalhadores têm de apresentar o registo criminal e uma declaração da PSP.

Filipe Melo criticou ainda a existência de remunerações muito próximas do salário mínimo entre os trabalhadores do handling. “É uma atividade com poucas margens, salários baixos, muita concorrência. Estas empresas tentam fazer o melhor para assegurar as melhores condições tendo em conta os constrangimentos económicos”, explicou Thierry Ligonniére.

O gestor responsável pela Menzies Aviation Portugal também já foi chamado à Comissão, mas a audição só acontecerá em dezembro, após a aprovação do Orçamento do Estado.

(Última atualização às 16h59)

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Alentejo 2030 abre candidaturas para apoio a investimentos em proteção civil e gestão de riscos

  • Lusa
  • 29 Outubro 2024

Serão apoiadas ações em áreas como o investimento em infraestruturas e meios para prevenção e combate a incêndios rurais, o desenvolvimento de planos de prevenção e gestão de riscos.

O programa Alentejo 2030 abriu candidaturas ao aviso do concurso Apoio a Investimentos em Proteção Civil e Gestão Integrada de Riscos, com uma dotação total de 7,5 milhões de euros, para fortalecer as capacidades operacionais, foi esta terça-feira divulgado.

De acordo com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, em comunicado, os 7,5 milhões de euros são financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) a uma taxa máxima de cofinanciamento de 85%.

O programa “foca-se em investimentos que promovam a adaptação às mudanças climáticas e a resiliência perante desastres naturais, incluindo eventos como erosão, galgamento, inundações, secas e incêndios rurais”, explicou a CCDR do Alentejo.

“A meta é fortalecer as capacidades operacionais, incluindo antecipação, reação e recuperação em face de tais eventos, alinhando-se com a Estratégia Nacional para uma Proteção Civil Preventiva 2030”, esclareceu.

Segundo a CCDR, este aviso “contribui para o objetivo do Alentejo mais Verde, uma das prioridades do programa” Alentejo 2030.

Neste âmbito, acrescentou, serão apoiadas ações em áreas como o investimento em infraestruturas e meios para prevenção e combate a incêndios rurais, o desenvolvimento de planos de prevenção e gestão de riscos e de implementação de sistemas de monitorização, o planeamento e alerta em proteção civil.

O processo de candidaturas decorrerá em nove fases, entre 29 de novembro de 2024 e 05 de setembro de 2025 (datas de encerramento) e as dotações financeiras serão atribuídas e distribuídas entre as cinco Comissões Intermunicipais do Alentejo (CIM).

A dotação financeira da CIM Alto Alentejo será de 1,5 milhões de euros, a CIM Alentejo Central ficará com 1,6 milhões de euros, a CIM Alentejo Litoral com 821 mil euros, a CIM Baixo Alentejo com 1,3 milhões de euros, e a CIM Lezíria do Tejo com 2,1 milhões de euros.

De acordo com a CCDR, podem candidatar-se ao financiamento entidades públicas e associações com projetos de proteção civil enquadrados nos Planos de Ação dos Investimentos Territoriais Integrados das Comunidades Intermunicipais da região Alentejo.

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PSI passa a integrar 15 títulos depois da exclusão da Greenvolt

  • Lusa
  • 29 Outubro 2024

Depois da OPA bem sucedida da KKR, a Greenvolt foi agora excluída do principal índice acionista português.

A Greenvolt foi esta terça-feira excluída do PSI, principal índice de referência do mercado de capitais português, que assim passa a ter apenas 15 empresas, confirmou fonte da Euronext à Lusa.

As ações da Greenvolt continuam cotadas “mas já foram excluídas do índice”, precisou a fonte.

A Greenvolt liderada por Manso Neto estreou-se no então PSI-20 em 20 de setembro de 2021, dois meses depois de ter entrado para a bolsa de Lisboa.

O PSI (Portuguese Stock Index) é o índice que agrega as maiores empresas cotadas na Euronext Lisboa que tenham mais de 1.000 milhões de euros de capitalização.

Na sexta-feira, a Euronext anunciou em comunicado que os norte-americanos da Kohlberg Kravis Roberts (KKR) conseguiram adquirir 97,64% da Greenvolt depois de lançarem uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) geral e obrigatória sobre a empresa liderada por Manso Neto.

De acordo com a informação divulgada na sexta-feira, o grupo, que lançou a oferta através da sociedade GVK Omega, detém 159.389.340 ações, que correspondem a 97,64% do capital social e direitos de voto da Greenvolt, sendo que o objeto desta oferta foi de 33,37%, correspondendo a títulos ainda não detidos pela americana.

A KKR pode agora avançar, como tinha previsto, com o direito de aquisição potestativa, por ter ficado com uma posição de 90% ou superior, “o que resultará na exclusão das ações da admissão à negociação no Euronext Lisbon“, lembrou.

O comunicado detalhou que o grupo adquiriu, através da oferente (GVK Omega) por outras participadas KKR em bolsa e fora de bolsa durante o período da oferta, 18,93% do capital da Greenvolt.

Já o total “adquirido pela oferente em resultado da oferta através do serviço de centralização de bolsa” foi de 12,08%.

No final de 2023, a KKR lançou uma oferta voluntária sobre a Greenvolt, que acabou por se converter em obrigatória. Em 03 de junho, a KKR revelou que iria, através da sociedade GV Investor Bidco, converter as obrigações em ações, ficando nessa altura com uma posição de 82% na empresa.

Nesta oferta, a KKR pagou 8,3107 euros por cada ação, “o que equivale ao montante global da oferta de 452.683.371,9 euros”, de acordo com um prospeto.

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Banco de horas, período experimental e teletrabalho em cima da mesa na revisão da lei do trabalho

Depois do ministro das Finanças, foi a vez da ministra do Trabalho defender a proposta de Orçamento do Estado para 2025 perante os deputados. Sinalizou também o que será discutido na lei do trabalho.

A ministra do Trabalho reiterou, esta terça-feira, que as alterações à lei do trabalho feitas pelo Governo anterior vão ser revisitadas, tendo adiantado aos deputados que vai estar em cima da mesa a revisão, por exemplo, das regras do teletrabalho, do banco de horas e do período experimental. Sobre as pensões, Maria do Rosário Palma Ramalho deixou a porta aberta a “aumentos estruturais”, se houver folga orçamental para tal.

No que diz respeito à lei do trabalho, o Governo, no seu programa, já tinha sinalizado a intenção de revisitar a chamada Agenda do Trabalho Digno e a ministra Palma Ramalho tem dito que a discussão será feita em breve (a partir de novembro) na Concertação Social.

Já esta terça-feira, numa audição parlamentar sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2025, adiantou os temas que estarão em cima da mesa, por proposta dos parceiros: a presunção do contrato de trabalho e o trabalho nas plataformas digitais, o período experimental, a remissão abdicativa dos créditos laborais, a suspensão dos despedimentos pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), o outsourcing, o banco de horas, e o teletrabalho.

Na segunda ronda, Palma Ramalho ressalvou que esta lista não é o que o Governo pretende mudar na legislação, mas as matérias que os parceiros sociais levantaram como “matérias suscetíveis” de serem revisitadas.

Por outro lado, quanto às pensões, em linha com o que já tinha dito o ministro das Finanças, a ministra do Trabalho sinalizou que o Governo admite dar um novo suplemento extraordinários aos pensionistas, visto os baixos valores de reformas praticados em Portugal. Mas há uma condição: haver margem orçamental para isso, daí que Joaquim Miranda Sarmento tenha remetido a decisão para o verão, altura em que já haverá dados sobre a execução das contas.

O Governo também estará disponível para um aumento estrutural das pensões, mas estamos aqui há seis meses. O nosso programa é para quatro anos.

Maria do Rosário Palma Ramalho

Ministra do Trabalho

O Governo também estará disponível para um aumento estrutural das pensões, mas estamos aqui há seis meses. O nosso programa é para quatro anos”, atirou a mesma governante. “Este Orçamento é prudente. Se for possível aumentar em termos estruturais, estaremos abertos. Não colocamos neste orçamento, porque a incerteza ainda é grande“, explicou aos deputados.

Quanto ao Orçamento do Estado para o próximo ano, a ministra explicou que esse plano “é desenhado para inverter a preocupante trajetória que o país tomou nos últimos anos“, nomeadamente o aumento das pessoas em situação de sem abrigo e os elevados níveis de desemprego jovens.

Recorde abaixo os principais momentos desta audição parlamentar.

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Cruzeiros em Lisboa geram impacto de 800 milhões, quase tanto quanto o excedente previsto para 2025

Cada navio atracado no terminal de cruzeiros de Santa Apolónia representa 2,29 milhões de euros, 910 mil euros de impostos e 59 empregos, mostra o estudo da Nova SBE apresentado esta terça-feira.

Os passageiros dos paquetes que atracam no terminal de cruzeiros de Lisboa deram, em 2023, um contributo médio de 159 euros per capita para a economia nacional, representando, no total das despesas efetuadas, 0,3% do Produto Interno Bruto do país (PIB). Os dados constam do estudo “A Indústria dos Cruzeiros em Lisboa – Avaliação de Impacto Económico”, feito pela Nova SBE para o Porto de Lisboa, que nesta terça-feira assinalou o seu 137.º aniversário. Estes 0,3% do PIB são praticamente o dobro dos 0,16% verificados em 2019, ano a que se reportava a edição anterior do estudo da universidade de economia.

Os quase 160 euros por passageiro, valor fortemente influenciado pela circunstância de o mapa da viagem incluir o início ou final da viagem na capital portuguesa, representam um crescimento de quase 100% face aos 82 euros registados em 2022.

A dimensão do ganho para a cidade, cujo presidente, Carlos Moedas, já se manifestou publicamente contra o terminal de cruzeiros, difere consideravelmente consoante se trate de uma simples escala, em que tipicamente os passageiros dormem e tomam pelo menos uma refeição a bordo, ou do chamado turnaround. Nesta situação, a viagem implica que os passageiros fiquem mais um, ou vários dias, na capital ou nos arredores, para iniciar ou finalizar o roteiro em Lisboa.

Quando se considera apenas o turnaround, mostram os dados da Nova SBE, cada passageiro deixa na Área Metropolitana de Lisboa 573 euros (dos quais 288 euros se referem a alojamento). Refira-se que, em 2022, a despesa por pessoa não ia além dos 367 euros. Esta subida é explicada pelo economista Pedro Brinca, que apresentou o estudo, como resultado do aumento da inflação (somatório de 10% em apenas dois anos) e pela maior presença de viajantes norte-americanos.

Caso muito distinto ocorre quando apenas existe uma escala, o designado passageiro em trânsito, situação em que cada viajante aporta à economia, em média, apenas 39 euros.

Individualizando o tráfego de 360 navios que tocaram a margem do Tejo em 2023, cada um destes gigantes aportou ao país 2,29 milhões de euros, gerou 59 empregos e ofereceu 910 mil euros ao Fisco.

Partindo do trânsito de passageiros em 2023, das despesas manifestadas pelos passageiros durante os inquéritos efetuados já em 2024 e do cruzamento com dados de fornecedores do setor dos cruzeiros, a Nova SBE conclui que os impactos diretos, indiretos e induzidos (o valor que é obtido em resultado dos cruzeiros e depois é reinvestido na economia nacional) representam 1.934 milhões de euros de atividade económica. Deste bolo, uma fatia de 542 milhões de euros é produção direta para a economia, distribuídos em metade deste valor pelo alojamento (142,2 milhões de euros) e agências de viagens (113 milhões de euros). Abaixo, vendas a retalho, restaurantes e bares e transporte terrestre.

No balanço final, a economia nacional regista 794 milhões de euros de valor acrescentado, referente ao que, efetivamente, fica alocado ao país. Ou seja, distingue-se aqui a aquisição de um perfume fabricado em França de uma garrafa de vinho nacional. Os quase 800 milhões de euros equivalem ao “excedente do Orçamento do Estado de 2025, ou 0,3% do PIB”, como notou Pedro Brinca na apresentação do documento. Deste montante, 288 milhões são obtidos de forma direta.

No que toca a impostos, o país arrecadou 317 milhões de euros só com a atividade do terminal de cruzeiros de Lisboa. A empregabilidade supera os 20 mil postos de trabalho, dos quais 8.390 gerados diretamente pela atividade.

A dar peso à dimensão dos benefícios económicos dos cruzeiros para o país, Pedro Brinca destacou os multiplicadores, efeito de geração de receita a partir de cada euro gasto. Assim, uma moeda de um passageiro de cruzeiro representa mais em receitas para o país do que um estrangeiro que venha ao país e aplique essa moeda em hotéis, alojamento local, bares e restaurantes. Nos exemplos deixados pela Nova SBE, apenas a receita gerada pelas agências de viagens tem um multiplicador superior.

Individualizando o tráfego de 360 navios que tocaram a margem do Tejo em 2023, cada um destes gigantes aportou ao país 2,29 milhões de euros, gerou 59 empregos e ofereceu 910 mil euros ao Fisco.

Depois do recorde de 2023, a “consolidação”

Apesar dos ventos favoráveis para o porto de cruzeiros de Lisboa, a perspetiva de trânsito de passageiros na capital aponta para uma queda dos 758.328 em 2023 para 740.125 durante este ano, ainda que o número de escalas saia reforçado, de 347 para 360. Pelos números do ano passado, Lisboa foi o sexto porto mais movimentado por paquetes, próximo das 360 escalas de Cádis e acima de Málaga (301), Funchal (273), Valência (269) e Açores (180).

Do ponto de vista da receita, o turnaround (porto de início ou final de cruzeiro, quando os passageiros mais gastam, de acordo com o estudo da Nova SBE), acaba por cair cerca de 20%, para cerca de 185 mil pessoas, ao passo que aqueles que apenas fazem escala, e menos contribuem para receitas e PIB, subiram ligeiramente para 555.594.

Referindo-se a 2024 como “o ano da consolidação”, após o recorde verificado em 2023, o economista da Nova SBE salientou uma vertente que vai além da folha de Excel do impacto económico para o país e para a cidade: ao registar o seu pico de passageiros antes e depois do verão, com uma curva descendente precisamente nos meses em que a cidade está pejada de turistas chegados sobretudo pelo aeroporto Humberto Delgado, o turismo de cruzeiros é um fator de combate à sazonalidade, ajudando a manter operacional a cadeia de fornecimento de serviços turísticos na capital.

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Exportação de Recondicionados: GreenFever na Europa

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  • 29 Outubro 2024

Exportação de Recondicionados para a Europa. A GreenFever marcou presença como expositora e patrocinadora na maior feira europeia de brokers.

A GreenFever marcou presença como expositora e patrocinadora na maior feira europeia de brokers tecnológicos, reforçando o seu papel no mercado de exportação de recondicionados. Este evento, que aconteceu no Chipre, contou com mais de mil participantes, incluindo profissionais e empresas do setor. A feira foi uma oportunidade para a GreenFever promover o nome de Portugal e demonstrar a sua experiência, sustentabilidade e inovação.

A importância da feira para a exportação de recondicionados

Participar neste evento estratégico foi essencial para consolidar a posição da GreenFever no mercado europeu. Esta feira, sendo a maior da Europa em equipamentos recondicionados, permite o intercâmbio de ideias e tendências. Para a GreenFever, foi mais que um espaço de exposição: foi uma oportunidade para fortalecer parcerias e expandir a rede de contactos. Além disso, demonstrou o compromisso da empresa com a exportação de recondicionados como uma solução sustentável.

Tiago Moreira, CEO, afirmou: “Queremos mostrar ao público europeu que Portugal tem uma marca dedicada à qualidade e sustentabilidade. O nosso objetivo é ser o fornecedor de recondicionados de referência, oferecendo produtos que cumprem e superam as expectativas dos clientes.”

Um evento estratégico para fornecedores de recondicionados e parcerias internacionais

Consolidação de parcerias e expansão da exportação de recondicionados

Para a GreenFever, esta feira foi uma oportunidade para fortalecer parcerias e explorar novos mercados. Ao participar como patrocinadora e expositora, a empresa reforçou a sua visibilidade e compromisso com a qualidade dos produtos. A estratégia de internacionalização da GreenFever passa por expandir a exportação de recondicionados, alcançando mais países europeus.

“Queremos estar cada vez mais presentes no mercado europeu. Este evento mostrou-nos que a procura por fornecedores de recondicionados confiáveis é crescente. A nossa aposta em qualidade e sustentabilidade permite-nos responder a essa procura de forma diferenciada“, sublinhou o CEO. Assim, o stand da GreenFever foi um ponto de encontro para potenciais clientes e parceiros que valorizam produtos de durabilidade elevada e processos éticos de recondicionamento.

A GreenFever como marca portuguesa de referência na exportação de recondicionados

Representar Portugal na maior feira europeia reforça a posição da GreenFever como fornecedor de recondicionados. Mostra também o país como um líder em equipamentos recondicionados de qualidade. Com foco na sustentabilidade e economia circular, a GreenFever demonstra que é possível oferecer soluções tecnológicas com impacto ambiental reduzido.

Para Tiago Moreira, “esta feira foi uma oportunidade para elevar o nome de Portugal, mostrando o que fazemos no setor de recondicionados. O nosso compromisso com a exportação de recondicionados de qualidade é um diferencial e também uma responsabilidade para com o ambiente.”

Resultados da participação da GreenFever e perspetivas para a exportação de recondicionados

Impacto positivo e novas parcerias estratégicas

A participação da GreenFever trouxe resultados positivos. Na feira, a empresa firmou novas parcerias estratégicas que apoiarão o crescimento no mercado europeu. Estas colaborações são fundamentais para ampliar a rede de distribuição e consolidar a GreenFever como fornecedor de recondicionados confiável e competitivo.

O CEO da GreenFever destacou que “o networking foi essencial. Este tipo de evento fortalece parcerias e cria novas oportunidades. Queremos consolidar a nossa posição como líderes na exportação de recondicionados e, com estas novas parcerias, vamos conseguir chegar a mercados diversos.”

Desafios da internacionalização e da exportação de recondicionados

Expandir para o mercado europeu traz desafios, especialmente num setor competitivo. Contudo, a GreenFever tem uma estratégia sólida. Esta foca-se na inovação e adapta-se às necessidades dos mercados locais. Com a sua experiência, a empresa está preparada para esses desafios e para se manter um fornecedor de recondicionados confiável.

Para Tiago Moreira, “a internacionalização exige atenção às necessidades do mercado e às expectativas dos clientes. A nossa experiência permite-nos adaptar e inovar, assegurando sempre a máxima qualidade. Sabemos que a exportação de recondicionados é o futuro, e estamos prontos para responder a essa procura com durabilidade e sustentabilidade.”

GreenFever e a visão de crescimento na exportação de recondicionados

A presença da GreenFever na maior feira de brokers tecnológicos foi um marco no crescimento da empresa. A marca consolidou-se como líder na exportação de recondicionados e como fornecedor de recondicionados sustentável de Portugal. Este evento reforçou o compromisso com qualidade e sustentabilidade, valores essenciais que guiam a GreenFever.

Com uma visão de expansão clara, a GreenFever prepara-se para liderar na exportação de recondicionados, elevando o nome de Portugal e fortalecendo a sua posição no mercado europeu. A experiência na feira confirmou o potencial da GreenFever como parceiro confiável, levando equipamentos recondicionados de qualidade para toda a Europa.

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Repensar as Renovações: Um novo olhar, melhor proteção

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  • 29 Outubro 2024

Eduardo Félix, Responsável de Subscrição de Responsabilidades & Specialties, explica a importância da revisão e consulta das apólices antes de se renovarem os contratos.

Com a aproximação do final do ano, chega também a altura de maior atividade no mercado segurador, com a maioria das apólices existentes a renovarem-se para mais um ano de vigência e o início de novos contratos alinhado com o início do ano civil.

Para além dos pedidos de renovação nos mesmos termos e condições já em curso, frequentemente surge a notícia de que algumas apólices em vigor serão expostas à concorrência de mercado, com o legítimo intuito de procurar novas e melhores condições de cobertura. Na subscrição, procuramos então “defender” a apólice em vigor através da revisão das condições atuais, antecipando eventuais propostas de mercado que sejam mais vantajosas para o nosso segurado.

É a economia de mercado a funcionar para o setor segurador, e, como em outros setores, será um método eficiente: ou o cliente obtém melhores condições junto do segurador atual ou de outro, ou o cliente mantém a cobertura com a garantia de que já obteve as melhores condições disponíveis no mercado para o seu risco. Contudo, este método poderá não ser o mais eficaz para responder às necessidades do cliente, uma vez que o primeiro objetivo desta consulta ao mercado (muitas vezes o único) será a redução do prémio atual. Embora isso possa resultar em poupanças de custo, poderá também ser prejudicial para o cliente.

Quando o pedido de novas condições se limita à busca do melhor prémio para as coberturas predefinidas, todos os concorrentes tendem a reduzir o prémio, por via de maiores descontos para a mesma cobertura ou mesmo cortes em coberturas que não sejam essenciais para o cliente. Ano após ano, este processo traz um risco acrescido para o cliente, que poderá ficar com um seguro inadequado em relação à sua atividade atual ou a riscos emergentes que não existiam ou que não eram significativos no momento da primeira contratação de cobertura.

Eduardo Félix, Responsável de Subscrição de Responsabilidades & Specialties

Antes de lançar uma nova consulta ao mercado, é essencial identificar esses novos riscos e alterações para que sejam incluídos na cobertura pós-renovação, seja na apólice vigente ou em outra. Mesmo que isso implique um prémio superior, poderá também significar que o cliente obtém um produto mais adequado em relação ao prémio que paga e ao risco decorrente da sua atividade.

Nos anos em que não há essa consulta, surge também uma boa oportunidade para rever propostas alternativas de cobertura, promovendo um trabalho conjunto entre cliente, mediador e subscritor para identificar as necessidades de revisão mais imediata e para manter o produto adequado à atividade a garantir. Dependendo do histórico de sinistralidade, esta revisão poderá mesmo não acarretar um prémio adicional, oferecendo apenas benefícios de cobertura ao cliente sem aumentar o custo.

Ao juntar as duas formas de revisão da apólice é possível aumentar a eficácia do produto, através da atualização das suas coberturas, ao mesmo tempo que se aumenta a eficiência nos processos de renovação. Há uma complementaridade entre a revisão interna e a consulta ao mercado que oferece benefícios que não poderão existir apenas com uma delas. A revisão proporciona várias perspetivas sobre o risco (provenientes de quem melhor o conhece), para colmatar eventuais lacunas de cobertura e corrigir pontos com cobertura deficitária. Ao mesmo tempo, a consulta garante o melhor prémio do mercado. Em conjunto, ambas tornam o processo de renovação mais eficiente para todas as partes e também mais vantajoso para o cliente, que beneficia da melhor cobertura no momento do seu sinistro e do controlo de custos até esse momento chegar.

Eduardo Félix, Responsável de Subscrição de Responsabilidades & Specialties

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AIMA concluiu 250 mil processos administrativos num ano

  • Lusa
  • 29 Outubro 2024

A AIMA, criada a 29 de outubro de 2023, na sequência da extinção do SEF e Alto Comissariado para as Migrações (ACM), tem tido um “trabalho difícil”, diz o presidente da agência.

A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) concluiu num ano 250 mil processos administrativos relacionados com vistos de residência, reagrupamentos familiares ou autorizações de residência para investimento (ARI), anunciou esta terça-feira o presidente da organização.

Numa sessão para assinalar o ano de existência da agência, Pedro Portugal Gaspar explicou que a “AIMA, neste ano, emitiu 250 mil atos administrativos, títulos de residência, apoio a proteções internacionais, regulamentos familiares ou ARI”. Neste ano, a AIMA “atendeu mais de 560 mil chamadas telefónicas” e realizou “atendimento presencial a mais de 230 mil pessoas”, disse.

A AIMA, criada a 29 de outubro de 2023, na sequência da extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e Alto Comissariado para as Migrações (ACM), tem tido um “trabalho difícil” ao longo deste ano, admitiu Pedro Portugal Gaspar.

“Os trabalhadores merecem uma palavra de apreço, porque realmente têm tido um esforço muito grande para cumprir a sua missão”, afirmou, salientando que decidiu assinalar o primeiro ano de existência com uma feira de empreendedorismo e um protocolo que autoriza a entrada em Portugal de 600 refugiados.

“Foram umas comemorações familiares ou simbólicas”, explicou Pedro Portugal Gaspar, que elogiou o trabalho da estrutura de missão para recuperar os 400 mil processos pendentes de imigrantes à espera de regularização.

“O que se pode dizer desde já é que o atendimento, hoje, em termos diários, entre a AIMA e a estrutura de missão tem três mil pessoas atendidas”, explicou, salientando que a estrutura de missão está a chamar os imigrantes “a um ritmo muito elevado” e depois vai iniciar a fase da instrução para a conclusão desses processos.

Este trabalho de recuperação já permitiu à AIMA “dedicar-se ao tema do reagrupamento familiar”, e num ano, foram concluídos mais de 26 mil processos deste tipo.

A AIMA vai estar presente num encontro do Governo com associações e estruturas públicas sobre as questões de exclusão social nos bairros da grande Lisboa, e Pedro Portugal Gaspar salientou que uma das “missões fundamentais da agência é obviamente a questão da integração”.

Além da “dimensão burocrática” dos processos, deve existir uma “legalização humana no sentido de uma integração mais da dimensão humana”, explicou o dirigente.

A AIMA comemorou hoje o seu primeiro aniversário com uma iniciativa de promoção do empreendedorismo migrante no Mercado de Cultura do Mercado do Forno do Tijolo, em Lisboa, que inclui uma Pop Up Store com projetos do programa Promoção do Empreendedorismo Imigrante (PEI).

Logo pela manhã, a AIMA celebrou um acordo de reinstalação com a Organização Internacional para as Migrações (OIM) Portugal, para receber 600 refugiados, vindos da Turquia e Egito.

O acordo com a OIM concretiza “uma orientação que já havia do Governo com vista à operacionalização do processo de proteção Internacional e de asilo” de uma “quota de 600 refugiados, 300 que virão via Turquia e os outros 300 via Egito”, disse.

Depois, explicou Pedro Portugal Gaspar, este protocolo será, “naturalmente, canalizado com os parceiros nacionais que dão enquadramento ao às questões de proteção internacional”.

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Estamo recebe verbas do PRR para criar plataforma para inventariar o património do Estado

"Em apenas seis meses, foi possível operacionalizar a nova aplicação que permitiu inventariar e cadastrar mais de dois mil imóveis do Estado" por parte da Estamo, avançam as Finanças.

O Governo assinou esta terça-feira um contrato para financiar com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) a criação de uma plataforma para inventariar o património imobiliário público.

Sem divulgar o valor do investimento, as Finanças avançam que, “em apenas seis meses, foi possível operacionalizar a nova aplicação que permitiu inventariar e cadastrar mais de dois mil imóveis do Estado” pela Estamo, que passou a ter competências legais em matéria de gestão do património imobiliário público.

Uma das funções da Estamo é “a realização do inventário e cadastro do património imobiliário (administração direta e indireta do Estado e setor empresarial)”.

Os dois mil imóveis do Estado foram “devidamente identificados ao nível do registo predial e matricial, incluindo a sua geolocalização, imagem e limites geométricos”, especifica o comunicado do Ministério das Finanças.

Este investimento faz parte de de um investimento mais vasto que passa pela criação de sistemas de informação sobre a gestão das finanças públicas. Este é composto “por subinvestimentos complementares que, em conjugação, deverão contribuir para a gestão integrada das receitas e despesas públicas”. Entre eles, preveem-se “melhorias suplementares nos sistemas de informação para contratação pública centralizada, bem como na gestão dos veículos e imóveis do Estado”. Como um todo o investimento concluído até junho de 2026.

A Estamos prevê que, até ao final de 2026, todo o património do Estado estará “inventariado, cadastrado e geolocalizado, num número total a rondar os 60.000 imóveis, acolhendo as Recomendações do Tribunal de Contas, com ferramentas adicionais que permitirão a sua permanente atualização e gestão global, de forma mais eficaz”.

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Governo não mexe na proposta salarial para a Função Pública em 2025. “Descontentamento vai ver-se nas ruas”

  • Lusa
  • 29 Outubro 2024

Executivo manteve a proposta apresentada na última reunião, que prevê um aumento de 55,26 euros (o equivalente a um nível remuneratório da Tabela Remuneratória Única) ou um mínimo de 2,1% para 2025.

A Frente Comum lamenta que o Governo não tenha melhorado a proposta de atualização geral dos salários da Função Pública para 2025, acusando o executivo de “falta de vontade política”, e avisa que a contestação social pode aumentar.

“A proposta do Governo não alterou uma única casa decimal da última reunião para hoje”, afirmou o coordenador da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (Frente Comum), indicando que a “única exceção é para 2028”, com o Governo a propor agora um aumento de 60 euros ou um mínimo de 2,3%.

“Este Governo não tem vontade nenhuma de valorizar os serviços públicos e usa os trabalhadores da Administração Pública como instrumento para os degradar“, afirmou Sebastião Santana, à saída da reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, em Lisboa.

Sebastião Santana, coordenador da Frente ComumLusa

O coordenador da Frente Comum criticou ainda que aquilo que considera ser a pouca evolução que o Governo fez na atualização salarial para o próximo o ano face ao que está previsto no acordo assinado com o anterior executivo. “Passou de 2% para 2,1%, o que levou a Frente Comum a propor que deixasse de ser 15% e passasse a ser 14,9%”, ironizou.

De recordar que o Governo propõe um aumento de 55,26 euros (o equivalente a um nível remuneratório da Tabela Remuneratória Única) ou um mínimo de 2,1% para 2025.

“O problema aqui não é dinheiro é falta de vontade política”, defendeu Sebastião Santana, apontando que a contestação social pode aumentar. “É natural que o descontentamento se intensifique e que isso se veja nas ruas”, sublinhou, antecipando que “uma grande parte dos trabalhadores da Administração Pública” estará no próximo dia 9 de novembro na manifestação convocada pela CGTP.

Segundo o coordenador da Frente Comum, na reunião desta terça-feira, o Governo disse ainda “que se propunha a equacionar” nos próximos anos a “alteração do subsídio de refeição, ajudas de custo e abono para falhas”, não antecipando, no entanto, uma data concreta para eventuais mexidas.

A Frente Comum, afeta à CGTP, diz que vai agora avaliar se avança ou não com um pedido de reunião suplementar.

STE vai pedir reunião suplementar

Na ronda negocial desta terça-feira, o STE foi o primeiro a ser recebido. À saída, a líder deste sindicato indicou que não chegou a acordo com o Governo e disse acreditar que a proposta de atualização geral dos salários da Função Pública “pode ser melhorada”, pelo que vai avançar com um pedido de reunião suplementar.

“Não chegámos a acordo ainda. Acreditamos que a proposta que o Governo apresentou pode ser melhorada e, portanto, vamos requerer negociação suplementar”, afirmou a presidente do STE, que lidera a Frente Sindical, à saída da reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, hoje em Lisboa.

O STE, afetado à UGT, acredita que o Governo “tem margem” para melhorar esta proposta, com o sindicato a defender agora um aumento salarial de 2,5% para todos os trabalhadores. “Já descemos de 2,75% para 2,5%”, precisou, sublinhando que a proposta do Governo não cobre a inflação prevista para o próximo ano (2,3%).

“Não podemos perder o conjunto”, afirma Maria Helena Rodrigues, lembrando que há carreiras na Administração Pública que já foram revistas este ano e que “vão ter também a atualização” e outras “que não tiveram nada e vão apenas ter a atualização”.

Acreditamos que a proposta que o Governo apresentou pode ser melhorada e, portanto, vamos requerer negociação suplementar.

Maria Helena Rodrigues

Presidente do STE

À saída da reunião, a líder do STE disse ainda que “há um conjunto de matérias que o Governo não esclareceu completamente”, nomeadamente no que toca à atualização do subsídio de refeição e das ajudas de custo.

Segundo Maria Helena Rodrigues, o STE tem agora “cinco dias” para requerer ao Governo a reunião suplementar, sendo que a líder do sindicato acredita que o encontro deve acontecer depois da votação da proposta de Orçamento do Estado para 2025, na generalidade, marcada para quinta-feira.

A secretária de Estado da Administração Pública vai ainda reunir-se esta terça-feira com o secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesap).

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