Os sete trabalhos de Montenegro para o novo ciclo

O presidente do PSD e primeiro-ministro fechou o congresso do partido com uma nova agenda para um novo ciclo, depois de assegurada a viabilização da proposta de Orçamento para 2025.

O presidente do PSD, Luis Montenegro, à chegada ao encerramento do 42.º Congresso Nacional do PSD realizado em Braga, 20 de outubro de 2024. HUGO DELGADO/LUSA

Depois do anúncio da abstenção do PS na votação da proposta de Orçamento do Estado para 2025, o 42º congresso do PSD, em Braga, mudou de face. Seria um encontro para pressionar Pedro Nuno Santos, passou a ser uma reunião de abertura de um novo ciclo político, a definição do PSD como partido de charneira e uma agenda de sete áreas de intervenção para o Governo, que ultrapassa de forma clara o ciclo da atual legislatura. Sete trabalhos que vão da educação e saúde até à intervenção urbana na área metropolitana de Lisboa, passando pela atração de talento e por mudanças na disciplina de Cidadania, “a libertação de projetos ideológicos”, a que mereceu mais aplausos do congresso.

Montenegro apresentou uma agenda que ocupa vai além da governação ao centro e anuncia medidas mais ao centro direita e direita (também ocupando espaço político que tem sido dominado pelo Chega). Quais são os sete trabalhos para o Governo?

  1. A primeira é a “gestão de um recurso insubstituível como a água”, que passará por um anunciado “acordo histórico” com Espanha e por um programa de infraestruturas da água.
  2. A segunda é “reforçar da proximidade e visibilidade de polícias na rua e no incrementar de sistemas de videovigilância”. O primeiro-ministro e líder do PSD anuncia equipas multiforças que vão integrar PJ, PSP, GNR, ASAE, ACT e AT, para “combater sem tréguas criminalidade violência, tráfico de drogas e imigração ilegal”.
  3. A terceira medida é duplicar valor do apoio para a autonomização das vítimas de violência doméstica e investir mais 25 milhões de euros para apoiar mulheres acolhidas em casas de abrigo.
  4. A quarta área de intervenção passará por um projeto de reabilitação da Área Metropolitana de Lisboa com três pólos que quer aproximar as duas margens do rio Tejo. Vai chamar-se Parque Humberto Delgado.
  5. A educação é a quinta área. Assim, Montenegro promete o “aumento da comparticipação pública por sala” e o teste de novos contratos, com vista a alargar a rede destes estabelecimentos. No ensino básico e secundário, promete a revisão dos currículos, além da citada “libertação da disciplina de cidadania de projetos ideológicos”.
  6. Na saúde, a sexta área de intervenção, Luís Montenegro promete dar a 150 mil doentes a possibilidade de receber os medicamentos na sua farmácia de proximidade”.
  7. A última medida junta a imigração e o talento. Por um lado, anuncia a construção de dois centros de acolhimento, no Porto e em Lisboa, por outro, vai ser lançado um programa para atrair “capital humano qualificado, em ligação à academia e às empresas”.

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Howden e AIG com seguro de projetistas para novo Simplex urbanístico

5 milhões de euros é a cobertura do novo seguro de responsabilidade civil conseguido pelos arquitetos da S+A. Uma resposta às novas regras urbanísticas e a maiores preocupações dos projetistas.

Otimismo num seguro para apoiar a rápida construção de habitações: João Portugal Mendonça, diretor-geral da Howden Portugal, e Miguel Saraiva, do gabinete de Arquitetura S+A.

O gabinete de arquitetura Saraiva + Associados (S+A) conseguiu obter uma apólice de responsabilidade civil até 5 milhões de euros para enfrentar a nova legislação Simplex e a as maiores responsabilidades dos projetistas. Segundo nota da S+A no Linkedin enquanto “o seguro disponibilizado pela Ordem dos Arquitetos à generalidade dos seus membros, é de apenas 50 mil euros, o presente Seguro da S+A possui um valor de 5 milhões de euros, assegurando, de forma única e significativa, o conforto e a segurança dos seus clientes nas diversas geografias de atuação da S+A”.

A S+A revelou que o seguro foi subscrito pela AIG e montado pela corretora Howden. João Portugal Mendonça, diretor geral da Howden Portugal, diz que este contrato “acrescenta bastante ao panorama de seguros para este tipo de risco no setor da arquitetura, uma vez que por um lado a legislação urbanística aprovada no início deste ano veio aumentar significativamente o nível de responsabilidade assumida pelo projetista”.

A nova legislação é o Simplex Urbanístico que entrou em vigor no início deste ano para estimular o acesso à habitação, promovendo a construção de mais imóveis. É composto por um conjunto de 26 medidas que pretendem simplificar, modernizar e inovar os serviços administrativos do Estado, acelerando os licenciamentos e colocando maiores responsabilidades em projetistas e promotores imobiliários.

Outro fator motivador referido pela Howden é o facto de os seguros de responsabilidade civil profissional dos arquitetos terem tradicionalmente coberturas muito contidas quer em amplitude de garantia, quer em limite de indemnização, opinião corroborada pela S+A. O seguro de responsabilidade civil atualmente oferecido pela Ordem dos Arquitetos, mediado pela corretora Secose, duplicou a cobertura para 50 mil euros em 2023, mas ainda assim ficou longe dos 5 milhões de euros agora assinados.

A AIG, seguradora principal subscritora desta apólice conta com larga experiência no mercado internacional especializado neste tipo de riscos, tendo validado o processo de avaliação e negociação conduzido pela Howden. “Dessa validação resultou a garantia de uma proteção abrangente dirigida ao compromisso de Saraiva + Associados com a qualidade e segurança em cada projeto”, afirma João Mendonça. Segundo o diretor-geral foi desenvolvido “um profundo processo de análise e avaliação da exposição de risco – na qual a qualificação e experiência dos Segurados tem um papel decisivo para merecer a confiança dos Seguradores – bem como a negociação de termos com o mercado segurador”.

O S+A, liderado por Miguel Saraiva, conta com mais de 100 arquitetos, tem sede em Lisboa e escritórios no Funchal, Argélia, Brasil, Colômbia, Cazaquistão, Singapura, Suíça, Vietname e em Los Angeles, nos Estados Unidos da América.

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Montenegro encerra congresso a falar para o país

  • Lusa
  • 20 Outubro 2024

O presidente do PSD, Luís Montenegro, encerra o 42.º Congresso do partido com um discurso virado "para o país e para o futuro", depois de no sábado ter feito uma intervenção de marcação ao PS.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, encerra este domingo o 42.º Congresso do partido com um discurso virado “para o país e para o futuro”, depois de no sábado ter feito uma intervenção centrada na demarcação do PS.

A eleição dos órgãos nacionais decorre entre as 09h00 e as 11h00, numa votação na qual não participará Montenegro, que não está inscrito como delegado ao Congresso.

O presidente do PSD apresentou uma lista totalmente paritária à Comissão Política Nacional (CPN), tendo mantido apenas uma das atuais seis vice-presidentes, Inês Palma Ramalho, e anunciado como surpresa a antiga ministra da Saúde de Cavaco Silva Leonor Beleza. As restantes vice-presidências serão ocupadas pelo antigo eurodeputado Carlos Coelho, pelo ex-líder da JSD Alexandre Poço, o antigo líder da distrital de Leiria Rui Rocha e Lucinda Dâmaso, presidente da UGT.

Da Comissão Permanente, núcleo duro da direção, saem todos os ministros: Paulo Rangel, Miguel Pinto Luz, Margarida Balseiro Lopes e António Leitão Amaro, que passam a vogais da CPN, onde também passam a ter assento os ministros Joaquim Miranda Sarmento e Pedro Reis. “Como se percebe, é a minha decisão não ter membros do Governo na Comissão Permanente. Creio que não há vantagem em duplicar o núcleo político do Governo no núcleo político do partido”, justificou.

Hugo Soares mantém-se como secretário-geral do PSD, Carlos Moedas como “número um” da lista da direção ao Conselho Nacional (órgão a que concorrem outras três listas) e a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, encabeça a lista de Montenegro ao Conselho Nacional de Jurisdição (ao chamado tribunal do partido há uma lista alternativa).

O presidente do PSD reconduziu igualmente o líder do PSD-Madeira, Miguel Albuquerque (arguido num processo que envolve suspeitas de corrupção), como presidente da Mesa do Congresso, e o líder do PSD-Açores, José Manuel Bolieiro, como “vice”, num dia em que ambos manifestaram divergências quanto à atual versão do Orçamento do Governo PSD/CDS-PP, exigindo mudanças na especialidade.

O presidente do PSD reconduziu igualmente o líder do PSD-Madeira, Miguel Albuquerque (arguido num processo que envolve suspeitas de corrupção), como presidente da Mesa do Congresso, e o líder do PSD-Açores, José Manuel Bolieiro, como “vice”, num dia em que ambos manifestaram divergências quanto à atual versão do Orçamento do Governo PSD/CDS-PP, exigindo mudanças na especialidade.

À sessão de encerramento, prevista para as 13h00, vai assistir o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, segunda figura da hierarquia do Estado Português e antigo ministro da Justiça e da Defesa de executivos sociais-democratas.

Todos os partidos com assento parlamentar vão estar no encerramento do 42.º Congresso do PSD, com exceção do Bloco de Esquerda, e o CDS-PP — parceiro de coligação do PSD no Governo — a ser o único representado pelo líder, Nuno Melo.

A delegação do PS será encabeçada pela líder parlamentar Alexandra Leitão, a do Chega pelo deputado e presidente da distrital de Braga Filipe Melo, e a da IL pela eurodeputada e vice-presidente do partido, Ana Martins.

Do PCP, estará presente o membro da Comissão Política Belmiro Magalhães e, pelo Livre, marcarão presença os dirigentes do núcleo do Porto Hélder Sousa e Gisela Leal. Já o PAN far-se-á representar pelos membros da Comissão Política Nacional Sandra Pimenta e Hugo Alexandre Trindade.

O primeiro dia de trabalhos ficou marcado pela primeira intervenção de Luís Montenegro, centrada na demarcação face aos executivos socialistas, e em que não abordou as negociações para o Orçamento do Estado para 2025.

No Fórum Braga, discursaram no sábado vários ministros do XXIV Governo Constitucional e marcaram presença os antigos presidentes do PSD Marques Mendes e Pedro Santana Lopes, num dia em que Montenegro anunciou que Sebastião Bugalho, que encabeçou a lista da AD às últimas europeias como independente, se tornou militante social-democrata.

A moção de estratégia global de Luís Montenegro foi aprovada por unanimidade e todas as 12 propostas temáticas foram também aprovadas na reta final do primeiro dia de trabalhos.

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Sem desequilibrar as contas públicas, PS vai a jogo na especialidade. O que pode estar em causa?

Partido deverá recuperar para a especialidade do Orçamento do Estado para 2025 as medidas levadas às negociações com o Governo no que toca ao SNS, habitação e pensões.

O frenesim sobre uma eventual crise política chegou ao fim com o anúncio do PS de viabilização do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). A aprovação está garantida quer na votação na generalidade, quer na votação final global, mas pelo meio existe a fase da especialidade, onde os socialistas garantem que, sem pôr em causa as contas públicas, irão apresentar algumas propostas de alteração. A ser estudadas estão matérias relacionadas com saúde, segurança social e habitação.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, anunciou na quinta-feira que irá propor à Comissão Política do partido – que reúne na segunda-feira – a abstenção na votação da proposta orçamental. “Este voto aplica-se na generalidade e na votação final global, mas partimos para a especialidade com toda a liberdade, mas também com a premissa de não haver um desequilíbrio das contas públicas”, esclareceu.

Este voto aplica-se na generalidade e na votação final global, mas partimos para a especialidade com toda a liberdade, mas também com a premissa de não haver um desequilíbrio das contas públicas.

Pedro Nuno Santos

Secretário-geral do PS

O compromisso com a apresentação de propostas que não coloquem em causa as contas públicas já tinha sido transmitido em outras ocasiões pelo líder socialista. Ainda durante as negociações com o Governo, com o qual não chegou a acordou, Pedro Nuno assumiu “o direito” de “recuperar algumas propostas” que não estivessem “de forma clara, objetiva, inequívoca, apresentadas pelo Governo“, mas sem “criar um desequilíbrio orçamental”.

“O que quer dizer que nós, na especialidade, reservamos também o direito do PS para podermos apresentar algumas propostas neste sentido, mas sempre com um grande sentido de responsabilidade no processo da especialidade”, disse aquando da apresentação da contraproposta ao Governo sobre o IRS Jovem e o IRC.

Depois de desfeito o impasse sobre o sentido de voto, os socialistas começam agora a centrar atenções na apreciação da proposta na fase da especialidade, que decorre entre 4 de novembro e 29 de novembro. Em 4 de outubro, Pedro Delgado Alves, vice-presidente da bancada do PS, em entrevista ao Observador, assinalava: “Quando chegarmos à especialidade, evidentemente, veremos. Há muito trabalho de debate e discussão, de pormenor, que teremos nessa fase. E é natural que aconteça. Em todos os orçamentos do tempo da geringonça nunca isso significou que depois não pudessem colocar-se e haver debate na fase seguinte da especialidade“, disse.

Em causa está desde logo a recuperação de três medidas levadas às negociações com o Governo e que o PS considera não terem sido satisfeitas, tal como Pedro Nuno Santos acentuou na quinta-feira.

  • dotação anual de 500 milhões de euros para a construção ou reabilitação de casas para os jovens da classe média e alojamento estudantil: os socialistas propuseram ao Governo que esta verba acrescesse às linhas de apoio já definidas, nomeadamente no Plano de Recuperação e Resiliência. A execução do investimento ficaria a cargo dos municípios no caso das casas – destinadas à venda ou ao arrendamento – e das instituições de ensino superior no caso das residências estudantis, mediante a apresentação de candidaturas ao Governo.
  • regime de exclusividade no SNS, de adesão voluntária, suficientemente “generoso”: um regime de adesão voluntária em simultâneo com a “redução gradual e acentuada do recurso à contratação de médicos em regime de prestação de serviços”. Para isso defendia um reforço de 200 milhões de euros em complemento ao montante previsto pelo governo no âmbito das negociações com as organizações representativas da classe.
  • aumento permanente das pensões acima do que a lei de atualização das pensões: um aumento extraordinário de pensões de 1,25 pontos percentuais até ao valor correspondente a três vezes o Indexante de Apoios Sociais (IAS), abrangendo pensões até aproximadamente 1.565 euros, a acrescentar ao aumento que decorrerá da aplicação da lei de atualização das pensões, sendo refletido no valor das pensões para efeitos de futuras atualizações anuais.

Como o ECO escreveu esta semana, os socialistas começam assim agora a estudar que mais alterações irão propor às medidas introduzidas no Orçamento do Estado pelo Governo, designadamente em matérias relacionadas com o SNS, a Segurança Social, isenções em IRS e Taxa Social Única (TSU) nos prémios de produtividade ou as contribuições para fundos privados de pensões.

A inspiração poderá vir do programa eleitoral ou resultar da afinação de algumas das medidas propostas pelo Executivo. Na área da saúde, o PS propunha nas legislativas, por exemplo, “definir e atribuir incentivos especiais aos profissionais que trabalhem em territórios menos atrativos, através de apoios ao alojamento e às famílias, assegurando o seu desenvolvimento profissional e o acesso à telemedicina e a pertença a equipas multidisciplinares”.

No caso da habitação, os socialistas tinham a proposta de “rever a fórmula de cálculo para atualização de rendas, incluindo a evolução dos salários nos critérios de atualização em anos com inflação superior a 2%“. Recorde-se que o PS já fez aprovar no Parlamento, à revelia do Governo, uma outra proposta eleitoral nesta matéria: o aumento da dedução das despesas com rendas no IRS para um valor máximo de 800 euros em 2028, com um aumento gradual ao longo deste período.

Do lado do Governo vão-se fazendo contas, até porque o passado recente – caso da atualização do IRS este ano e do fim das portagens nas antigas SCUT – mostra que, mesmo contra a vontade do Governo, basta que o Chega viabilize as propostas socialistas para que estas vejam a ‘luz do dia’. Por isso, as mensagens vão começando a ecoar.

Esta sexta-feira o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, manifestou-se “absolutamente convencido” de que a responsabilidade demonstrada pelo PS ao viabilizar o Orçamento “vai ficar patente” na discussão do documento na especialidade.

Estou perfeitamente tranquilo quanto ao trabalho na especialidade e estou absolutamente convencido de que a responsabilidade que o Partido Socialista ontem demonstrou vai ficar também patente na discussão na especialidade”, considerou Hugo Soares, em declarações aos jornalistas, no Parlamento, citado pela Lusa.

O debate e votação do OE2025 estão marcados para dia 30 e 31 de outubro, mas antes o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria da Palma Ramalho, irão ao Parlamento defender a proposta. A votação final global terá lugar a 29 de novembro.

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Leonor Beleza será vice-presidente do PSD

  • Lusa
  • 19 Outubro 2024

Hugo Soares mantém-se como secretário-geral do PSD, anunciou Montenegro. Da comissão permanente, núcleo duro da direção, saem todos os ministros

O presidente do PSD, Luís Montenegro, anunciou este sábado ao fim da tarde que a antiga ministra Leonor Beleza será a primeira vice-presidente do partido, numa direção totalmente paritária.

Da comissão permanente, núcleo duro da direção, saem todos os ministros: Paulo Rangel, Miguel Pinto Luz, Margarida Balseiro Lopes e António Leitão Amaro, que passam a vogais, segundo anunciou no 42.º Congresso do PSD.

O presidente do PSD mantém apenas um dos atuais vice-presidentes — Inês Palma Ramalho –, a quem se juntam, além de Leonor Beleza, Rui Rocha, Lucinda Dâmaso, Alexandre Poço e Carlos Coelho.

Hugo Soares mantém-se como secretário-geral do partido. O líder do PSD anunciou também que vai propor a recondução do chefe do governo da Madeira, Miguel Albuquerque, como presidente da mesa do congresso do partido.

Na segunda vez que subiu ao palco do 42.º congresso do PSD, que decorre em Braga até domingo, Montenegro desvendou que manterá também o líder do executivo dos Açores, José Manuel Bolieiro, como vice-presidente da mesa do congresso.

Segundo o líder do PSD, Albuquerque e Bolieiro demonstraram “especial vocação nestes dois anos” de mandato para conduzir o congresso e do Conselho Nacional, dando uma “eficiência grande” aos trabalhos.

Montenegro disse ainda que a manutenção de Albuquerque e Bolieiro significa a manutenção de “um dos maiores pecúlios” do PSD e da política portuguesa, que é aprofundar a autonomia regional e “garantir aos açorianos e madeirenses mais igualdade de oportunidades”.

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Castro Almeida vinca ambição de vencer presidenciais e afasta PSD de imagem de cortes

  • Lusa
  • 19 Outubro 2024

Manuel Castro Almeida foi o primeiro destacado dirigente do PSD a abordar o tema das presidenciais e, sem dizer nomes, defendeu o perfil que expresso na moção do líder.

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial vincou este sábado a ambição do partido de vencer as autárquicas, destacando o Porto, e as presidenciais e procurou distanciar o PSD da imagem que “lhe tentaram colar” do partido “dos cortes” de 2011.

A imagem que nos quiseram colar de um partido que é insensível aos mais pobres é a imagem errada (…) A nossa marca é tratar dos mais pobres, essa é a imagem de um governo social-democrata, de um governo como o de Cavaco Silva quando criou o 14.º mês para os reformados ou quando erradicou as barracas”, afirmou Manuel Castro Almeida, numa intervenção no 42.º Congresso do PSD.

Do lado da oposição, sobretudo à esquerda, o ministro Adjunto lamentou que tenham tentado colar ao PSD a imagem de “2011, 2012, 2013, dos cortes, da recessão, da austeridade que nos obrigaram a fazer com a ‘troika’”, referindo-se ao período da governação de Passos Coelho.

Manuel Castro Almeida foi o primeiro destacado dirigente do PSD a abordar o tema das presidenciais e, sem dizer nomes, defendeu o perfil que está expresso na moção do líder Luís Montenegro, que já admitiu que o antigo presidente do partido Luís Marques Mendes é um dos que “encaixa melhor” nessas linhas.

Temos de apoiar e fazer ganhar um candidato do PSD que tenha grande experiência política, grande maturidade política e grande capacidade de unir o país e grande capacidade de isenção e que seja capaz de mobilizar Portugal”, afirmou.

Sobre as autárquicas, defendeu igualmente a ambição de vencer: “Depois da grande vitória de Carlos Moedas (em Lisboa), falta-nos agora ganhar o Porto e muito mais capitais de distrito”, disse.

Sobre o recente processo de negociação do Orçamento do Estado para 2025, defendeu que o Governo teve a postura correta e é hoje “o principal referencial da estabilidade” em Portugal.

Não há quem não pense que, se houvesse eleições, o PSD seria o partido mais beneficiado, mas apesar disso a nossa opção foi por defender o interesse nacional em vez do interesse partidário”, afirmou.

Pelo contrário, acusou a oposição de taticismo: “Um dia a querer uma coisa, noutro dia o seu contrário sempre a desconsiderar a estabilidade de que o pais precisa”, afirmou.

O ministro Adjunto deixou ainda um elogio ao novo militante do PSD, o eurodeputado Sebastião Bugalho, que tinha discursado minutos antes.

Se este congresso não servisse para mais nada, e serve, serviria para termos Sebastião Bugalho como militante do PSD. A política não é uma coisa para velhos, interessa a todos, sobretudo aos jovens”, afirmou.

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O que diz o médico que acompanha Ricardo Salgado há três anos?

Ricardo Salgado está em condições de ser julgado, ou até de cumprir pena de prisão? O médico que acompanha o ex-líder do BES respondeu a algumas das quetsões, em entrevista à SIC Notícias.

O médico neurologista que acompanha há três anos Ricardo Salgado, Joaquim Ferreira, afirmou que “a doença foi mais forte do que qualquer dúvida” quando questionado sobre o estado de saúde do ex-banqueiro, um dos principais arguidos do caso BES/GES, cujo julgamento começou na segunda-feira, dez anos após a queda do BES. Na segunda-feira, na primeira sessão do julgamento que coloca o ex-líder do BES no banco dos arguidos, Salgado apareceu, perante as câmaras de televisão e o país inteiro e demonstrou uma fragilidade e debilidade flagrante.

“Em parte, sou responsável pela aparição dele nesta sessão. Como médico, autorizei que acontecesse, [porém] podia passar um atestado médico. (…) Mas, se eu achasse que essa aparição viesse a gravar a doença, obviamente, eu não autorizaria isto”, começou por explicar o neurologista de Ricardo Salgado e autor de alguns dos relatórios médicos que foram usados pela defesa de Ricardo Salgado nos últimos meses, em entrevista na sexta-feira à noite, à SIC Notícias.

Por outro lado, à questão ‘se Salgado está em condições de ser julgado’, o especialista garantiu que nesta fase da doença, o antigo banqueiro “não vai trazer para o julgamento nenhuma informação válida, [dado que] não está capaz de emitir informação competente e informada”.

Impressionante é o facto de há dois ou três dias se questionava a veracidade de uma doença; como é que alguém que tem uma demência num estado avançado é obrigado a comparecer numa sessão judicial? Dois dias depois, questiona-se a adequação dessa pessoa que tem um quadro demencial ter entrado no trobunal pela porta e não pela garagem. A mudança de atitude da opinião pública foi notável”.

Joaquim Ferreira

Neurologista de Ricardo Salgado

“Havia um risco, tal como aconteceu em audições anteriores, de haver desconforto. E quando há uma situação que gera desconforto, há um agravamento dos sintomas”, alertou o neurologista. Se alguém vai cumprir pena na prisão é para ser “penalizado” e “regenerado”, então “qual é o sentido de alguém que tem uma demência grave ser detido?”, perguntou o médico, respondendo logo de seguida que “não faz qualquer sentido”.

“Seria ótimo que fosse possível regenerar alguém com um quadro demencial grave. Significaria que a medicina tinha tido um enorme avanço”, sublinhou Joaquim Ferreira. Até que alguém que tenha um quadro da doença como tem Ricardo Salgado, precisa de cuidados redobrados, e na prisão não seria exceção. “Nesta fase, precisa de um cuidador de 24 horas por dia durante o dia e noite. Não tem autonomia para as atividades básicas da vida diária”, exemplificou o médico.

Joaquim Ferreira diz que nem se precisa de ir tão longe, basta perceber que “aquela pessoa [não] está habilitada a responder a perguntas minimamente complexas de forma competente”. O neurologista disse que Ricardo Salgado não está a exagerar nos sintomas do Alzheimer, garantindo que “ao fim de três anos, a doença agravou”.

TIAGO PETINGA/LUSATIAGO PETINGA/LUSA

“As pessoas com demência ficam mais esquecidas, baralham-se, fazem confusões, passam a andar de forma diferente, caem e têm alterações de comportamento”, referiu. Recorde-se que o Ministério Público pediu, esta sexta-feira, o estatuto de maior acompanhado para Ricardo Salgado. O pedido vai ser decidido pela juíza.

“É impressionante como é que há dois ou três dias se questionava a veracidade de uma doença; como é que alguém que tem uma demência num estado avançado é obrigado a comparecer numa sessão judicial? Dois dias depois questiona-se a adequação dessa pessoa que tem um quadro demencial a entrar pela porta”, declarou o neurologista que apontou que “a mudança de atitude foi notável”. O médico sublinhou ainda que este “não está capaz de emitir informação competente”.

O Ministério Público “reconheceu a situação” de incapacidade de Ricardo Salgado e requereu o regime de acompanhamento para o ex-líder do BES, no âmbito do julgamento do processo do BES/GES, que decorre. O regime do acompanhamento tem como objetivo “garantir o bem-estar, a recuperação, o pleno exercício dos seus direitos e a observância dos deveres do adulto, focando-se na pessoa e não apenas no seu património”. “Este regime limita-se ao mínimo necessário para que a autodeterminação e capacidades do beneficiário possam, dentro dos circunstancialismos, ser asseguradas; não haverá lugar a acompanhamento se os deveres de assistência e cooperação bastarem para a proteção da pessoa“, lê-se no site oficial do Ministério Público. Apenas por decisão judicial é que o acompanhamento cessa ou é alterado.

Ricardo Salgado está acusado de 62 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014, incluindo associação criminosa, corrupção ativa no setor privado, burla qualificada, infidelidade, manipulação de mercado, branqueamento de capitais e falsificação. A queda do GES causou prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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Procuradoria-Geral da República diz que processo contra Salgado não será suspenso nem extinto

Este esclarecimento decorre pós divergências entre especialistas jurídicos sobre a instauração do processo de maior acompanhado, pedida esta sexta-feira pelo Ministério Púbico (MP).

Ricardo Salgado vai continuar a ser julgado no âmbito do processo do BES/GES e este não será suspenso ou extinto.

“A anomalia psíquica superveniente não é, na ordem jurídica portuguesa, fundamento para a extinção do procedimento criminal. Igualmente não é causa de suspensão. As que existem são taxativas e a anomalia psíquica não está entre elas. Essa foi a posição defendida pelo MP no julgamento e o Tribunal acolheu-a e indeferiu o requerido pelo arguido, razão pela qual deu início ao julgamento”, esclareceu por escrito fonte oficial da PGR, avança o Observador.

Em causa a “anomalia psíquica” que afeta Ricardo Salgado neste momento em que decorre o julgamento do processo BES – na sequência da doença de Alzheimer que lhe foi diagnosticada – cujo julgamento arrancou esta semana, dez anos depois da queda do banco, vai continuar a ser julgado.

Este esclarecimento decorre pós divergências entre especialistas jurídicos sobre a instauração do processo de maior acompanhado, pedida esta sexta-feira pelo Ministério Púbico (MP).

Ministério Público “reconheceu a situação” de incapacidade de Ricardo Salgado e requereu o regime de acompanhamento para o ex-líder do BES, no âmbito do julgamento do processo do BES/GES, que decorre. Ainda assim, o advogado do ex-líder do BES não considera que o estatuto de maior acompanhado resolva o problema. O regime do acompanhamento tem como objetivo “garantir o bem-estar, a recuperação, o pleno exercício dos seus direitos e a observância dos deveres do adulto, focando-se na pessoa e não apenas no seu património”.

ANDRÉ KOSTERS/LUSAANDRÉ KOSTERS/LUSA

“Este regime limita-se ao mínimo necessário para que a autodeterminação e capacidades do beneficiário possam, dentro dos circunstancialismos, ser asseguradas; não haverá lugar a acompanhamento se os deveres de assistência e cooperação bastarem para a proteção da pessoa“, lê-se no site oficial do Ministério Público. Apenas por decisão judicial é que o acompanhamento cessa ou é alterado.

Para beneficiar deste regime basta ser maior de idade, impossibilitado, quer por razões de saúde, deficiência ou pelo seu comportamento, de exercer os seus direitos, de forma “plena pessoal e consciente ou cumprir os seus deveres”.

Cabe ao tribunal decidir se é adequado o acompanhamento ou não, podendo ser requerido, independentemente de autorização, pelo Ministério Público, mas também pelo próprio ou, mediante autorização deste, pelo cônjuge, pelo unido de facto ou por qualquer parente sucessível. Mas a autorização do beneficiário pode ser retirada pelo tribunal.

Ricardo Salgado está acusado de 62 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014, incluindo associação criminosa, corrupção ativa no setor privado, burla qualificada, infidelidade, manipulação de mercado, branqueamento de capitais e falsificação. A queda do GES causou prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

Para o advogado Francisco Proença de Carvalho, este estatuto “não altera nada”. Apesar de o Ministério Público ter proposto o estatuto de maior acompanhado para Ricardo Salgado, este “já tem a sua cuidadora informal”, que é a mulher, Maria João Salgado, a qual “é uma pessoa absolutamente essencial” para o seu cliente, disse.

A defesa admitiu que “não estava a contar” com esta iniciativa do Ministério Público, da qual ainda não foi notificado, mas disse que, com este requerimento, “finalmente, o Ministério Público reconhece a situação” de incapacidade de Ricardo Salgado, ou seja “aquilo que a defesa anda a dizer há três anos”.

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📹 O sino da Comissão Europeia

  • ECO
  • 19 Outubro 2024

Este sino toca há 60 anos em Bruxelas e, em setembro, soou pela 2.500ª vez. Repousado sobre a mesa da presidente da Comissão, este sino já testemunhou tomadas decisões cruciais na UE.

É um sino que toca há 60 anos em Bruxelas e que tem um único propósito: dar início às reuniões semanais do colégio comissários da Comissão Europeia. Este ano, em setembro, tocou pela 2.500ª vez.

Embora possa passar despercebido, este pequeno sino repousa sobre a secretária da presidente do executivo comunitário — atualmente, Ursula von der Leyen, — onde são tomadas decisões cruciais da União Europeia e que afetam os milhões de cidadãos residentes nos 27 Estados-membros. Veja o vídeo.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o vídeo.

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Ministro das Finanças defende que governação atual “é virtuosa e totalmente diferente” da do PS

  • Lusa
  • 19 Outubro 2024

"Nos próximos quatro anos, vamos continuar com todas as reformas estruturais de que o país precisa", afirma Joaquim Miranda Sarmento.

O ministro de Estado e das Finanças classificou este sábado a governação PSD/CDS-PP como “virtuosa e totalmente diferente” da do PS nos últimos oito anos, assegurando que o crescimento económico se mantém como “ponto central” do programa da AD.

Numa intervenção no 42.º Congresso do PSD, que decorre em Braga até domingo, Joaquim Miranda Sarmento disse que não falaria do Orçamento do Estado para 2025 porque este é apenas “um instrumento das políticas económicas do Governo”.

Quando nos perguntam que governação é esta, é de facto uma governação totalmente diferente da que assistimos nos últimos oito anos: é uma governação virtuosa que melhora a vida das pessoas, facilita a vida das empresas, melhora o Estado social e os serviços públicos, aumenta o investimento, mantendo o equilíbrio das contas públicas e a trajetória da redução da dívida pública“, considerou.

O ministro enumerou alguns dos programas anunciados pelo Governo nos primeiros seis meses, considerando que demonstram “uma inequívoca capacidade de reforma e de transformação da economia portuguesa“.

Em seis meses, mostrámos como um Governo pode e deve fazer diferente (…) O ponto central do nosso programa é o crescimento económico, a transformação e reformas estruturais da economia portuguesa“, frisou, defendendo que só o crescimento permitirá pagar melhores salários.

E deixou uma garantia: “Nos próximos quatro anos, vamos continuar com todas as reformas estruturais de que o país precisa”, assegurou, citando o mote do Congresso no palco atrás de si “Portugal no bom caminho”.

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Encerrado tempo do Orçamento o que “falta é pôr economia a crescer”, diz Pedro Reis

  • Lusa
  • 19 Outubro 2024

"Falta pôr a economia a crescer, acreditem que estamos profundamente focados nesta agenda e neste objetivo de gerar crescimento económico sustentável por todos e para todos", afirmou Pedro Reis.

O ministro da Economia, Pedro Reis, defendeu este sábado que, quando estiver encerrado o tempo do Orçamento do Estado, faltará “pôr a economia a crescer”, garantindo que o Governo está “profundamente focado” nesse objetivo.

Na primeira intervenção de um ministro do Governo PSD/CDS-PP no 42.º Congresso do PSD, Pedro Reis sustentou que a economia portuguesa não precisa “de instabilidade” ou de “calendários para votar”.

Encerrado que esteja o tempo do Orçamento do Estado, o país vai perguntar: com o Orçamento aprovado, com negociações em sede de concertação social e classes sócio profissionais bem encerradas, com o PRR e o PT2030 a entrar nos eixos, o que é que falta fazer?“, questionou.

E deu a resposta, que considerou claríssima: “Falta pôr a economia a crescer, acreditem que estamos profundamente focados nesta agenda e neste objetivo de gerar crescimento económico sustentável por todos e para todos”.

O ministro apontou como desafios essenciais “ter uma fiscalidade mais competitiva, licenciamento mais ágil e abastecimento energético mais robusto e mais talento“. “Num país de diagnósticos e de palavras, chegou momento de ação (…) O momento não podia ser mais crítico para a economia portuguesa”, defendeu.

Antes, o antigo secretário de Estado e atual coordenador das Relações Internacionais do PSD Luís Campos Ferreira considerou que este congresso servirá para “fazer a história de uma governação competente”.

Luís Montenegro fez mais em seis meses do que o PS em oito anos e vai fazer mais em quatro anos do que o PS fez em 18 anos neste século“, disse.

O antigo deputado deixou ainda um conselho ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que anunciou na quinta-feira que irá propor à sua Comissão Política Nacional a abstenção do partido na votação do Orçamento do Estado para 2025.

Não se canse tanto dr. Pedro Nuno Santos, não se esfalfe tanto a dizer que este Orçamento não é do PS, não há um português que se engane. Este é um bom orçamento, se fosse do PS não era“, criticou.

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Mini Countryman SE ALL4 : Um kart elétrico para crescidos

Com 306 cavalos e um interior que grita "diversão", o novo Countryman elétrico carrega o espírito divertido da marca, mas torna-se apenas num sonho para a maioria das carteiras.

Esqueçam aquela ideia do Mini original, pequenino e apertadinho. O Countryman SE ALL4 equipado com o pack John Cooper Works é o Mini que comeu a sopa toda e cresceu para acomodar confortavelmente uma família inteira. Mas não se enganem, este “grandalhão” não perdeu nada da diversão que caracteriza a marca desde que Alec Issigonis começou a pensar nos primeiros modelos desta icônica marca britânica — que desde os anos 2000 faz parte do grupo BMW.

Com dois motores elétricos que debitam uns impressionantes 306 cavalos e um binário de 494 Nm, o Countryman acelera dos 0 aos 100 km/h em apenas 5,4 segundos, fazendo-nos sentir como se estivéssemos numa montanha-russa, mas com ar condicionado e um volante nas mãos.

A parceria entre a MINI e a John Cooper Works é como um casamento feliz entre um engenheiro excêntrico e um piloto de corridas. John Cooper, o lendário engenheiro e fabricante de carros de corrida britânico que transformou o Mini original num monstro de ralis nos anos da década de 1960, estaria certamente a sorrir ao ver o desempenho deste Countryman no asfalto.

O interior grita “John Cooper Works” por todos os cantos, com bancos desportivos que nos abraçam a cada curva e com pequenos apontamentos vermelhos por todos os lados, como o tecido no volante, nos bancos e no tablier. No entanto, o design está longe de agradar a toda a gente.

Com um preço final que chega quase aos 70 mil euros, dificilmente se pode considerar um brinquedo económico, tornando-o num kart elétrico demasiado caro para a maioria das carteiras, mesmo para aquelas que gostam de fazer viagens com emoção e alguma adrenalina.

Conduzi-lo é como brincar com um kart elétrico, mas com a vantagem de não termos de nos preocupar que gritem o nosso nome no sistema de som da pista informando-nos que o nosso tempo de corrida já terminou. A direção é precisa, a suspensão firme, e as curvas? Bem, digamos que este Mini as contorna como se tivesse cola nos pneus. Mas como em qualquer relação, há sempre alguns pontos de discórdia.

A autonomia de 400 quilómetros pode deixar-nos um pouco ansiosos em viagens mais longas. E aquele som futurista que o carro emite? Pode ser divertido ao início, mas após algumas horas pode fazer-nos sentir como se estivéssemos presos num jogo de arcade da década de 1980.

Com um preço final que chega quase aos 70 mil euros, dificilmente se pode considerar um brinquedo económico, tornando-o num kart elétrico demasiado caro para a maioria das carteiras, mesmo para aquelas que gostam de fazer viagens com emoção e alguma adrenalina.

O Mini Countryman SE ALL4 com a versão John Cooper Works é o carro para quem quer sentir-se jovem novamente, mas sem ter de desistir do conforto e do espaço. É o equivalente a usar ténis de corrida com um fato de executivo – um pouco excêntrico, mas incrivelmente cool.

Portanto, se procura um carro elétrico que o faça sorrir cada vez que carrega no acelerador e se a carteira não vos odiar após o comprarem, o MINI Countryman SE ALL4 John Cooper Works pode ser o seu próximo melhor amigo sobre rodas. Afinal, quem disse que crescer significa deixar de se divertir?

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