Cuatrecasas assessora LCN Capital Partners na venda de portefólio de 12 imóveis

A equipa da Cuatrecasas foi liderada pela sócia Sofia Gomes da Costa, da área de Imobiliário e Urbanismo.

A Cuatrecasas assessorou juridicamente a LCN Capital Partners na venda à Slate Asset Management de um portefólio de 12 imóveis em Portugal, com um valor global de aproximadamente 150 milhões de euros.

O portefólio tinha sido adquirido pela LCN Capital Partners, um fundo de private equity norte-americano, em 2015, ao Grupo Sonae numa operação de sale & leaseback. O conjunto de doze ativos, localizados em diversas zonas urbanas, com predominância para as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, encontra-se arrendado ao Continente e Modelo Continente.

A equipa da Cuatrecasas foi liderada pela sócia Sofia Gomes da Costa, da área de Imobiliário e Urbanismo, a qual já tinha assessorado a LCN Capital Partners na aquisição em 2015.

A LCN gere atualmente sete mil milhões de dólares em ativos imobiliários na América do Norte e Europa, tendo efetuado importantes operações na Península Ibérica, como seja a aquisição em 2023 de 49 ativos de retalho, incluindo 44 supermercados Pingo Doce, sitos em várias zonas do país, naquela que se tratou da maior transação de supermercados já registada em Portugal, igualmente assessorada por Sofia Gomes da Costa.

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UE está a falhar na adaptação ao clima. Perdas podem chegar aos 175 mil milhões, alerta TCE

As perdas económicas resultantes das alterações climáticas podem alargar e colocar-se no intervalo entre os 42 mil milhões e os 175 mil milhões de euros anuais.

Apesar de ter destinado um investimento de 34 mil milhões de euros para o combate às alterações climáticas entre 2014 e 2027, o risco da política da União Europeia (UE) não acompanhar o ritmo destas alterações “é bastante real”, alerta o Tribunal Europeu de Contas (TCE), no seu último relatório. Há “problemas” na execução das políticas e as perdas económicas podem chegar aos 175 mil milhões de euros.

Pelo menos 8 mil milhões de euros foram destinados às alterações climáticas entre 2014 e 2020, aos quais se somam os 26 mil milhões previstos para o período 2021-2027, num total de cerca de 34 mil milhões de euros. Este investimento confronta-se com os 26 mil milhões de euros em prejuízos económicos que a UE enfrentou numa base anual, ao longo da última década.

As perdas económicas resultantes das alterações climáticas podem, contudo, alargar, e colocar-se no intervalo entre os 42 e 175 mil milhões de euros anuais, num cenário em que a economia atual fica exposta a um aquecimento global de 1,5 °C a 3 °C acima dos níveis pré-industriais, estima o TCE. A mesma entidade regista “um aumento pronunciado do número de catástrofes na UE nas últimas duas décadas e dos danos daí resultantes”.

"Descobrimos problemas na forma como as políticas são postas em prática. Se as medidas não forem mais bem aplicadas, há o risco de as ambições da UE para a adaptação não acompanharem o ritmo das alterações climáticas.”

Klaus-Heiner Lehne

Membro do TCE

“Descobrimos problemas na forma como as políticas são postas em prática. Se as medidas não forem melhor aplicadas, há o risco de as ambições da UE para a transição não acompanharem o ritmo das alterações climáticas”, avisa Klaus-Heiner Lehne, membro do TCE responsável pela auditoria.

De acordo com o relatório, a maioria dos projetos de adaptação analisados aumentou a capacidade de adaptação, “mas perto de 40% tiveram pouco ou nenhum efeito”. O TCE analisou as políticas de adaptação em França, na Estónia, na Áustria e na Polónia. Dos 36 projetos escrutinados, embora mais de metade (19) tenha dado uma resposta eficaz aos riscos climáticos, o Tribunal constatou que 13 tiveram pouco ou nenhum impacto no aumento da capacidade de adaptação, e dois podem mesmo levar a uma situação de má adaptação.

Entre os maus exemplos, o tribunal exemplifica com a promoção da rega de uma superfície maior em vez da transição para culturas com utilização menos intensiva de água; a construção de diques em vez de relocalizar os habitantes de zonas costeiras em risco de cheia ou erosão e o investimento em equipamentos de fabrico de neve artificial em vez de se incidir no turismo ao longo de todo o ano.

Além desta análise, o TCE fez um inquérito a 400 municípios e descobriu que, geralmente, não tinham conhecimento das estratégias e dos planos de adaptação para as alterações climáticas, nem utilizavam os instrumentos de adaptação da UE. Isto, num cenário em que o bloco europeu considera que é ao nível local que está a base da adaptação às alterações climáticas.

Por fim, o tribunal afere que a comunicação de informações sobre a adaptação às alterações climáticas também tem de melhorar. Segundo o TCE, atualmente os dados não permitem avaliar os avanços nesta área nos países, pois são apenas descrições, sem apresentar números.

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FMI defende maior coordenação entre bancos centrais na luta contra a inflação

O FMI sugere também uma revisão dos modelos económicos dos bancos centrais para capturarem as ligações setoriais e a heterogeneidade na economia e assim tornar as políticas monetárias mais eficazes.

O recente ambiente inflacionista global, desencadeado pela pandemia de Covid-19 e exacerbado pela guerra na Ucrânia, ofereceu uma série de lições valiosas para os bancos centrais em todo o mundo, incluindo o Banco Central Europeu (BCE).

No capítulo 2 do World Economic Outlook (WEO) de outubro, publicado esta quarta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) detalha estas aprendizagens sugerindo, desde logo, uma estreita comunicação e coordenação entre as autoridades monetárias na abordagem das suas políticas.

“As economias abertas podem beneficiar de spillovers positivos do aperto da política de outros bancos centrais através de preços mais baixos de bens transacionáveis”, observa o documento elaborado por uma equipa de especialistas liderada por Jorge Alvarez. Segundo o FMI, essas repercussões podem ser particularmente importantes para os países que estão muito expostos a esses preços – por exemplo, os dos produtos alimentares e da energia – e que têm uma margem de manobra limitada para lhes dar resposta, como sucede com os países de baixo rendimento com regimes de taxa de câmbio fixa.

Para a autoridade monetária da Zona Euro liderada por Christine Lagarde, esta lição traduz-se na importância de o BCE manter uma estreita comunicação e coordenação com outros grandes bancos centrais, como a Reserva Federal dos EUA, o Banco de Inglaterra e o Banco do Japão, por forma a tornar mais eficaz as suas políticas monetárias.

O documento do FMI revela também que uma característica definidora do recente episódio inflacionista foi “a proeminência de mudanças setoriais num contexto de estímulo político e de restrições de capacidade, em parte decorrentes de perturbações na cadeia de abastecimento.” Esta dinâmica única levou a uma série de desafios para os bancos centrais, que tiveram de navegar por águas desconhecidas enquanto tentavam conter a inflação sem prejudicar a recuperação económica.

Uma das principais lições identificadas deste episódio pelos especialistas do FMI é a necessidade de os bancos centrais desenvolverem modelos mais sofisticados que capturem as ligações setoriais e a heterogeneidade na economia. O relatório sugere que “investir em modelos aprimorados e recolha de dados ao longo do tempo seria um investimento valioso”.

Para o BCE, isto significa que a autoridade monetária da Zona Euro deve considerar a revisão e atualização dos seus modelos económicos para melhor refletir as complexidades da economia moderna e assim tomar decisões mais eficazes de política monetária. Entre as medidas que se devem promover está a incorporação de análises mais detalhadas das dinâmicas setoriais e das cadeias de abastecimento nas suas projeções e decisões de política monetária.

Outra lição crucial apontada pela equipa Jorge Alvarez é a importância de os bancos centrais diferenciarem nas suas análises os efeitos imediatos e transitórios das restrições setoriais e o seu impacto mais persistente quando combinados com pressões de procura.

Para o BCE, isto implica a necessidade de uma abordagem mais matizada na avaliação das pressões inflacionistas. Segundo os especialistas do FMI, esta abordagem consiste em estar preparado para agir de forma mais agressiva quando as restrições de oferta são generalizadas e interagem com uma forte procura, mas manter uma postura mais paciente quando as restrições estão confinadas a setores específicos.

À medida que o BCE e outros bancos centrais dão continuidade a um novo ciclo de política monetária, estas lições identificadas pelo FMI do período de elevada inflação dos últimos anos podem ter algum relevo nas suas considerações.

Ao incorporar estas aprendizagens, o FMI acredita que o BCE e restantes bancos centrais podem estar mais bem preparados para enfrentar futuros desafios inflacionistas e salvaguardar a estabilidade de preços. Para a autoridade monetária do espaço do euro, o primeiro teste será já esta quinta-feira, com a realização da penúltima reunião do ano do Conselho do BCE, com o mercado a antecipar o terceiro corte das taxas diretoras desde junho, como resultado de um abrandamento progressivo da inflação.

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Campanha “É uma menina”, do BPI, vence Grande Prémio dos APPM Marketing Awards

  • + M
  • 16 Outubro 2024

António Fuzeta da Ponte recebeu o prémio de Marketer do Ano pelo seu papel na marca Worten e Ricardo Malaquias, da Betclic, o de Marketer Revelação do Ano. A McDonald’s é a Marca do Ano.

O Grande Prémio APPM deste ano foi entregue à marca BPI pela campanha “É uma menina”, desenvolvida pelas agências Densu Creative, Mindshare, Tinkle e Comon. Recorde-se que esta campanha esteve na origem de uma polémica que levou à retirada de todas as inscrições da Dentsu Creative no Festival CCP.

Entre os vencedores dos prémios da Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing, que foram conhecidos na noite de terça-feira no Clube Ferroviário, em Lisboa, a Ajuda de Berço foi distinguida com o Grande Prémio Solidário pela campanha “Quando for grande quero ser contabilista”, das agências Stream and Tough Guy, Arena Media, Corpcom e NEI. Já a McDonald’s foi eleita como Marca do Ano.

António Fuzeta da Ponte, atualmente diretor de marca e comunicação da Nos, recebeu o prémio de Marketer do Ano, pelo seu papel na marca Worten, e Ricardo Malaquias, campaign & creative manager da Betclic, foi o galardoado com o prémio Marketer Revelação do Ano, distinção entregue pela primeira vez nos APPM Marketing Awards que visa destacar um talento emergente no setor.

o Prémio Carreira APPM foi atribuído a Nuno Pinto Magalhães, chairman da Central de Cervejas e Bebidas.

Entre as agências, a OMD conquistou o troféu de Agência de Meios do Ano, enquanto a LPM foi eleita Agência de Comunicação e RP do Ano. A Uzina recebeu o galardão de Agência de Publicidade do Ano.

A edição deste ano contou com 223 candidaturas, sendo que 140 destas chegaram à shortlist. A lista completa de vencedores pode ser vista aqui.

“Os APPM Marketing Awards são importantes para reconhecer e valorizar o talento que impulsionar o marketing em Portugal. É com grande satisfação que celebramos estes profissionais e projetos que estão a moldar o futuro do marketing no nosso país. Agradeço a todos os jurados, que de forma isenta e profissional, dedicaram muitas horas do seu tempo a avaliar e discutir todas as candidaturas”, diz Sandra Alvarez, diretora da APPM e presidente do júri, citada em comunicado.

À também diretora-geral da PHD juntaram-se António Fuzeta da Ponte (Nos), Mónica Nogueira de Sousa (Ikea), Sebastião da Cunha (Minipreço), Inês Condeço (Fnac), Constança Macedo (BPI), Diogo Sousa (Galp), Catarina Tomaz (Via Outlets), Ricardo Domingues (Betclic), Felipa Nascimento (CTT), Filipa Pinto Coelho (Café Joyeux), Sandra Loureiro (Staples), Sofia Marta (Google Cloud), Gil Moreira (Sapo), Rita Amzalak (Havas Media), Maria Carvalho (Publicis), Alexandra Navarro (Samy Alliance), José Bourbon Ribeiro (Hill & Knowlton), Catarina Vasconcelos (LPM), Susana Albuquerque (Uzina) e João Ribeiro (Stream and Tough Guy) enquanto responsáveis pela avaliação dos trabalhos.

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Perto de sete mil professores com acerto salarial em outubro pelo tempo de serviço

  • Lusa
  • 16 Outubro 2024

“Sobe para 12.890 o número de professores que, até ao momento, progridem na carreira pela recuperação do tempo de serviço congelado”, refere a tutela.

Perto de sete mil professores dos ensinos básico e secundário vão receber este mês o acerto salarial pela recuperação do tempo de serviço congelado, que já permitiu a 12.890 docentes progredirem na carreira. De acordo com um balanço feito esta quarta-feira pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), 6.966 docentes terão aumentos salariais no vencimento de outubro com efeitos retroativos a setembro, quando 5.924 professores viram os seus processos concluídos.

Sobe para 12.890 o número de professores que, até ao momento, progridem na carreira pela recuperação do tempo de serviço congelado”, refere a tutela em comunicado. Os termos da recuperação do tempo de serviço congelado durante o período de intervenção da ‘troika’ foram aprovados em julho, depois de terem sido negociados com os representantes dos professores.

O diploma prevê a recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias a uma média anual de 25% entre 2024 e 2027. Além dos mais de 12.800 docentes que já começaram a sentir os efeitos da medida, o MECI acrescenta que há ainda 5.621 processos lançados pelas escolas a aguardar validação por parte dos professores e outros 1.153 processos que, após essa validação, estão agora a aguardar confirmação da escola.

“No caso dos processos que venham a ser concluídos posteriormente, os docentes receberão pelo novo escalão no mês seguinte à conclusão de todos os procedimentos, estando garantido o pagamento de retroativos com efeitos ao mês de setembro”, acrescenta o comunicado.

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Presidente do Instituto de Informática da Segurança Social pede a demissão “com efeitos imediatos”

  • Lusa
  • 16 Outubro 2024

"Por razões pessoais e inadiáveis, apresentei sexta-feira passada a minha demissão de Presidente do Instituto de Informática", escreve Sérgio Bruno Carvalho na rede LinkedIn.

O presidente do Instituto de Informática da Segurança Social, Sérgio Carvalho, pediu a demissão do cargo, invocando “razões pessoais”, tendo já sido aceite pela tutela, confirmou à Lusa fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

“O Presidente do Conselho Diretivo do Instituto de Informática, I.P., Sérgio Bruno Alambre de Carvalho, solicitou à senhora Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social a cessação do seu mandato, por motivos pessoais, pedindo que fosse com efeitos imediatos”, confirma fonte oficial da tutela, em resposta à agência Lusa, indicando ainda que “Rosário Palma Ramalho agradeceu a competência, visão, empenho e profissionalismo demonstrados por Sérgio Bruno Carvalho durante a vigência do seu mandato como Presidente do Instituto de Informática”.

A notícia foi avançada inicialmente pelo Observador e comunicada pelo próprio numa publicação no LinkedIn. “Por razões pessoais e inadiáveis, apresentei sexta-feira passada a minha demissão de Presidente do Instituto de Informática (I.I.) à Srª ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que a aceitou no início da semana”, lê-se na publicação.

Sérgio Carvalho manifesta-se ainda “profundamente grato” a Maria do Rosário Palma Ramalho, “pela confiança” em si depositada para desempenhar o cargo e agradece “à excelente equipa de funcionários públicos” que encontrou no instituto, no ministério e “em outros organismos de outros ministérios” com quem trabalhou.

“Há servidores públicos extraordinários, ao nível dos melhores profissionais com que já trabalhei, que tentam fazer maratonas com os pés amarrados, e sem sapatilhas”, acrescenta, indicando que o seu percurso no Instituto da Segurança Social foi marcado por “meses intensos, muito bonitos e de grande aprendizagem”. E reconhece que “ser gestor público é bastante diferente de ser gestor privado”.

Sérgio Carvalho foi nomeado em julho pelo atual Governo para presidente do Instituto de Informática da Segurança Social, depois de Paula Barrocas Salgado ter sido afastada do cargo, a fim de garantir o normal e eficaz funcionamento do serviço”, segundo o despacho publicado em Diário da República, aquando da nomeação.

Licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico e com uma pós-graduação em Gestão na Nova School of Business and Economics, Sérgio de Carvalho, de 59 anos, conta com um vasto percurso no setor privado. Desempenhou vários cargos na Portugal Telecom, foi CEO na MegaGroup e até ingressar no Instituto de Informática da Segurança Social era ‘associate partner’ na Deloitte Technology.

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Auchan abre caça a investidores para alargar rede Minipreço em regime de franchising

Cerca de 250 lojas Minipreço funcionam em franchising, sendo a rede nacional mais antiga no setor alimentar. Nova dona francesa apresenta “visão de futuro” a potenciais investidores e empreendedores.

Das mais de 480 lojas Minipreço compradas pela Auchan, mais de 50% operam em regime de franchising. Com a aquisição da Dia Portugal, fechado por 155 milhões de euros no final de abril, assumiu a gestão da mais antiga e uma das maiores redes nacionais de franquia alimentar, o que “traduz um novo foco estratégico” para o grupo de origem francesa.

Para “apresentar a todos os potenciais investidores, e empreendedores nacionais, a sua visão de futuro”, assim como os “pilares de intervenção” na área da franquia, pela primeira vez desde que reforçou a posição neste mercado de proximidade, a Auchan Retail Portugal vai marcar presença na Expo Franchise, a maior feira de franchising da Península Ibérica, agendada para os dias 18 e 19 de outubro no Pátio da Galé, em Lisboa.

“Atualmente, a rede de franquia da Auchan é um dos maiores ativos da nossa operação em Portugal, onde queremos fomentar o empreendedorismo através de parcerias sustentáveis e colocar os parceiros no centro das nossas ações. Vivemos um momento único no qual depositamos muita confiança nos nossos parceiros de negócio”, frisa Pierre Olivier Delpierre, diretor de Franchising e Conceitos Comerciais da Auchan Retail Portugal.

Em comunicado, o grupo de distribuição que conta agora em Portugal com 583 lojas físicas, 30 gasolineiras, quatro armazéns e duas lojas digitais, empregando mais de 11.000 pessoas no país, elenca os principais pilares da rede para a nova marca: “O empreendedorismo, através da fomentação e apoio no desenvolvimento de perfis e de projetos empresariais, a sustentabilidade e a proximidade, assente numa relação empática, transparente e de respeito mútuo”.

Recusa responsabilidades no fecho de Minipreços em franchising

A participação na Expo Franchise acontece numa altura em que, como o ECO noticiou na semana passada, a Auchan está a ser criticada pelo encerramento de dois supermercados Minipreço no Porto e em Matosinhos por parte de franqueados da marca, com o Sindicato dos Trabalhadores das Grandes Superfícies, Armazéns e Serviços de Portugal (STGSSP) a acusar a nova dona desta rede retalhista de ter “absorvido o inventário e mobiliário” dessas lojas, enquanto “descarta responsabilidades sociais” para com os trabalhadores.

Em reação, a Auchan diz ter encerrado apenas uma loja própria Minipreço, em “resultado da obrigatoriedade imposta pela Autoridade da Concorrência”, recusando responsabilidades no fecho destas lojas franqueados. João Diogo, chief integration officer, justificou ao ECO que “no âmbito do modelo de franquia, a gestão das lojas e dos seus colaboradores é da responsabilidade do franqueado – a todos os níveis”. E diz que essas unidades “encerraram por inviabilidade do respetivo franqueado”. Por outro lado, sendo “naturalmente” intenção da Auchan aumentar a rede de franquia, “só haverá anulação de contratos no pior cenário possível”.

“O propósito inicial desta aquisição mantém-se: gerar valor para todas as partes. A Auchan não comprou lojas com o objetivo de as encerrar e/ou despedir pessoas. O modelo futuro ainda está a ser definido, mas será assente nos mesmos princípios que motivaram este projeto”, responde João Diogo, esclarecendo que este processo de reestruturação ficará concluído até 2026.

Quando oficializou a compra do Minipreço, após receber o parecer de não oposição da Autoridade da Concorrência, a Auchan calculou um investimento de 100 milhões de euros no desenvolvimento e modernização das lojas Minipreço num prazo de três anos. Questionado sobre o andamento deste processo, o gestor desta área da integração de negócios avança que “a execução terá início no segundo trimestre de 2025, estando de momento numa fase de planeamento e testes iniciais”.

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Alenquer promove rastreio junto de 45 mil habitantes com alunos de medicina

  • ECO
  • 16 Outubro 2024

O Med on Tour chega este fim-de-semana a 11 freguesias de Alenquer. A iniciativa focada na saúde pública é gratuita e abrange um território com 45 mil habitantes.

O programa Med on Tour vai passar por 11 freguesias do município de Alenquer no sábado e domingo. A iniciativa pretende fazer uma monitorização do estado de saúde da população deste território onde vivem 45 mil pessoas.

A iniciativa será executada por cerca de 30 alunos do curso de mestrado de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade NOVA Medical School. Os cidadãos poderão ficar a saber, de forma gratuita, o seu índice de massa corporal, a pressão arterial e o nível de glicémia.

Um dos objetivos expressos é o de estimar o bem-estar e a saúde dos munícipes, alertando para a importância de fazer exercício físico regularmente e ter uma alimentação equilibrada e saudável. Nos tipos de rastreio, para além dos alunos de medicina, um médico profissional vai acompanhar e supervisionar os procedimentos.

A iniciativa vai passar pelas freguesias de Abrigada, Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha, Alenquer, Carnota, Carregado e Cadafais, Meca, Olhalvo, Ota, Ribafria e Pereiro de Palhacana, Vila Verde dos Francos e Ventosa.

Na edição anterior no município da Alenquer, a atividade realizou 520 rastreios, 34 prescrições de medicamentos e 11 pedidos de consultas médicas.

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Governo quer “Segurança Social sustentável, mas com pensões justas”

Lei laboral, formação, sustentabilidade da Segurança Social, modernização administrativa, segurança no trabalho e benefícios fiscais. Secretário de Estado indica prioridades dos próximos meses.

O secretário de Estado do Trabalho adiantou esta quarta-feira que o Governo não quer que a sustentabilidade da Segurança Social seja feita à custa das pensões, sinalizando que este será um dos temas que serão debatidos, nos próximos meses, na Concertação Social. Na Conferência Anual do Trabalho, promovida pelo ECO, Adriano Rafael Moreira revelou que em cima da mesa estarão também, nomeadamente, mudanças na formação profissional (para dar resposta aos “números preocupantes” de desemprego jovem) e à lei do trabalho.

O secretário de Estado do Trabalho, Adriano Rafael Moreira, intervém na Conferência Anual do Trabalho by ECO.

“É fácil ser sustentável se as pensões começarem a evoluir, cada vez mais, para a irrelevância. Não é esse o modelo que queremos. Pretendemos um modelo de Segurança Social sustentável, mas com pensões justas e adequadas às necessidades dos idosos“, sublinhou o responsável, no arranque da referida conferência.

E insistiu: “Não queremos um modelo que assegura a sustentabilidade do sistema pela redução permanente das pensões”. Estas declarações do secretário do Estado do Trabalho são feitas no dia em que está marcada uma reunião do grupo de trabalho que, no âmbito da Concertação Social, irá estudar e debater sobre as recomendações do livro verde sobre este tema.

Aliás, na conferência do ECO, Adriano Rafael Moreira deixou claro que a sustentabilidade da Segurança Social é um dos seis grandes temas prioritários, que serão discutidos nos próximos meses entre o Governo, as confederações empresariais e as centrais sindicais.

Os outros cinco são a segurança e saúde no trabalho (sobre o qual também existe um livro verde a estudar, conforme já avançou o ECO), a modernização administrativa, o estatuto dos benefícios fiscais – que hoje reúne “centenas de benefícios que estão desorganizados e são opacos”, criticou o responsável –, a lei do trabalho e a formação profissional, que será uma das ferramentas para resolver o problema do desemprego jovem em Portugal, de acordo com o secretário de Estado.

Governo aberto a melhorar acordo de salários

O novo acordo tripartido sobre valorização salarial e crescimento económico foi um dos temas da conferência promovida esta quarta-feira pelo ECO, e o secretário de Estado do Trabalho também aproveitou para deixar algumas notas sobre o assunto.

É obra porque teve o envolvimento de todos, de todas as confederações representativas dos trabalhadores e das empresas, que participaram ativamente na negociação. Como sabem, falhou a assinatura de um representante dos trabalhadores, mas que também esteve ativamente e com o mesmo papel na construção do documento”, começou por salientar Adriano Rafael Moreira.

E apesar de o entendimento já estar assinado, o responsável admitiu que será possível ir melhorando o seu conteúdo. “Está prevista a obrigatoriedade de uma revisão anual. O acordo foi pensado para um ciclo político de quatro anos, mas ele próprio prevê a necessidade da sua adaptação à conjuntura anual. Portanto, em 2025, o documento terá de ser revisitado e aprofundado. Temos aqui uma obra para melhoria em contínuo“, assinalou o secretário de Estado do Trabalho.

Sobre as medidas que estão hoje no acordo, o responsável destacou, nomeadamente, o alívio progressivo do IRC, a subida do salário mínimo, os referenciais para os aumentos do ordenado médio e os apoios à capitalização das empresas.

No fundo, há uma mensagem: o país precisa de criar riqueza e com isso temos a parte que tem de ser uma consequência natural: a valorização dos salários.

Adriano Rafael Moreira

Secretário de Estado do Trabalho

“Uma mensagem que é dada no sentido da capitalização das empresas, para que as empresas capitalizadas possam pagar melhores salários, aumentar a produtividade, continuar a desenvolver-se“, afirmou. “No fundo, há uma mensagem: o país precisa de criar riqueza e com isso temos a parte que tem de ser uma consequência natural: a valorização dos salários“, acrescentou.

Especificamente no que diz respeito aos salários, Adriano Rafael Moreira realçou que o acordo já prevê que aumentos serão feitos ao salário mínimo até 2028, o que dá estabilidade a empregadores e trabalhadores. “Um investidor externo ou uma empresa pode programar, neste momento, o seu cenário de custos nesta matéria a quatro anos“, declarou.

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Corte de publicidade de sete milhões de euros por ano “fragiliza a RTP”, diz Nicolau Santos

  • Lusa
  • 16 Outubro 2024

O presidente da RTP admitiu também que com o corte de publicidade de sete milhões de euros por ano "não é seguro" que a empresa "não entre no ‘vermelho’", depois de 14 anos com resultados positivos.

O presidente da RTP afirmou esta quarta-feira que o corte de publicidade de sete milhões de euros por ano “fragiliza” o grupo de media estatal e alertou que esta situação pode pôr em causa a paz social da empresa.

Nicolau Santos falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no âmbito dos requerimentos dos grupos parlamentares do Bloco de Esquerda (BE), PCP, PS, Chega e Livre para ouvir o Conselho de Administração da RTP no âmbito do Plano de Ação para a Comunicação Social do Governo, o qual prevê o fim da publicidade em 2027.

Em resposta ao PSD, Nicolau Santos disse que, relativamente ao corte de cerca de sete milhões de euros por ano, segundo a análise que a administração fez, “isto fragiliza a RTP”.

O presidente da RTP advertiu ainda que esta situação pode pôr “em causa” a “paz social” que a empresa tem tido nos últimos tempos e “criar ondas de choque”.

O fim da publicidade na RTP será gradual nos próximos três anos, com redução de dois minutos/hora em 2025 e 2026, com um custo estimado total de 20 milhões de euros e o impacto da redução de receita de cerca de 6,6 milhões de euros por ano.

Na audição, Nicolau Santos disse que, perante a intenção do Governo em cortar a publicidade, o Conselho de Administração “propôs uma alternativa” que incluía uma diminuição da mesma, “mas não o desaparecimento total”.

Disse ainda que a administração colocou um conjunto de questões que são importantes para amortizar a quebra das receitas, onde está incluída a atualização da Contribuição para o Audiovisual (CAV) pela taxa de inflação e a situação da dívida do Estado para com a empresa de cerca de 14,29 milhões de euros.

O ministro da tutela, Pedro Duarte, afirmou na semana passada que a CAV não iria ser atualizada, uma vez que esta tem vindo a aumentar com o número de clientes de eletricidade (esta contribuição vem na fatura).

Já sobre o plano de saídas voluntárias, “é um plano acordado, em que o Governo nos propôs que se quiséssemos fizéssemos um plano atingindo mais pessoas e é isso que está em cima da mesa”, afirmou.

Por sua vez, o administrador da RTP Hugo Figueiredo respondeu à questão do serviço público e das audiências. “Não são as audiências que nos movem, mas um serviço público sem audiência não tem relevância“, sublinhou o administrador.

O serviço público “tem que ter público”, defendeu Hugo Figueiredo, adiantando que as receitas comerciais são importantes para a empresa porque “elas, muitas vezes, ajudam a financiar” determinados eventos.

Por exemplo, os grandes eventos desportivos são dos mais caros e dos preferidos do portugueses e a “ausência de receitas comerciais vai tornar muito mais difícil a nossa aquisição”, prosseguiu. “Recordo que no passado a RTP tinha a Liga dos Campeões”, mas pelos custos que foi tendo decidiu-se deixar de ter, lembrou.

Assim, “a Liga dos Campeões deixou de dar na RTP1, passou para os privados e agora não dá em lado nenhum (…), não se consegue ver um jogo de um clube português (…) que não seja através de uma assinatura”, rematou.

Corte da publicidade na RTP pode colocar empresa no ‘vermelho’ após 14 anos de lucros

O presidente da RTP admitiu também que com o corte de publicidade de sete milhões de euros por ano “não é seguro” que a empresa “não entre no ‘vermelho’”, depois de 14 anos com resultados positivos.

“A RTP não é, neste momento, (…) uma empresa que cause problemas, nem preocupações ao Estado”, afirmou o presidente do Conselho de Administração. “Há 14 anos que a RTP tem resultados positivos e devo acrescentar agora, a partir deste momento, com um corte de sete milhões [de euros] por ano, não é seguro que a RTP não entre no ‘vermelho’”, admitiu Nicolau Santos.

No ano passado, “houve três grupos de media em Portugal que tiveram resultados positivos. Provavelmente, se se concretizar esta medida, no próximo ano só haverá dois grupos” de media com resultados positivos “porque a RTP entrará no vermelho”, rematou.

Durante a sua intervenção, o presidente da RTP salientou que da parte do ministro da tutela Pedro Duarte tem havido “disponibilidade total” para ir buscar fundos europeus que possam apoiar a modernização da empresa.

Administração da RTP espera reunir-se com ministro a “muito curto prazo”

A administração da RTP espera mesmo reunir-se “a muito curto prazo” com o ministro dos Assuntos Parlamentares para debater “as alternativas ao financiamento” do grupo de rádio e televisão, disse Nicolau Santos.

“Temos tido abertura da parte do ministro Pedro Duarte para debatermos os assuntos, para propormos diversos aspetos relativamente à proposta do Governo”, afirmou o gestor. “Esperamos a muito curto prazo voltarmos” a reunir com o ministro da tutela “para debatermos precisamente as alternativas ao financiamento”, prosseguiu.

Durante a audição, Nicolau Santos recordou também que recentemente foi decidido que a estação pública espanhola RTVE deixaria de ter publicidade. “Nós também não nos importaríamos de não ter publicidade se tivéssemos qualquer coisa em matéria de financiamento público como a RTVE, que é 1.100 milhões de euros”, apontou Nicolau Santos.

Por exemplo, comparando países que são muito próximos de Portugal, em termos de dimensão e de mercado, “a televisão pública grega recebe 300 milhões [de euros]”. E a televisão belga “recebe 900 milhões e não tem delegações fora da Bélgica”, como é o caso da RTP. Agora, “nós recebemos à volta de 180 milhões, podemos equacionar deixar de ter financiamento através de publicidade”, mas seria preciso uma compensação, considerou.

Referindo-se às declarações do comentador e político Luís Marques Mendes na SIC, no passado domingo, Nicolau Santos salientou que a RTP África e a RTP Internacional prestam missões que são do interesse estratégico do Estado português e que estas “poderiam ser suportadas por indemnização compensatória à semelhança do que existe relativamente ao que a BBC faz para a Commonwealth e que é apoiado precisamente pelo erário público inglês”.

Nicolau Santos recordou ainda declarações desta semana do diretor-geral da BBC, Tim Davie, que disse que a China e a Federação Russa “estão a ganhar” com os cortes orçamentais que obrigaram o grupo de media britânico a reduzir o seu serviço internacional, para avançarem com uma “propaganda incontestada”.

O gestor disse ainda que a RTP recorreu ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para melhorar a eficiência energética e tem processos em curso nesta área no Centro de Produção do Norte e em Lisboa. Os projetos PRR são no valor de 7,3 milhões de euros, concluiu.

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Benfica SAD afirma que acusação de corrupção e fraude é “infundada”

  • Lusa
  • 16 Outubro 2024

A Benfica SAD "considera infundada a referida acusação, pelo que tomará oportunamente posição processual, exercendo o seu direito de defesa de acordo com a tramitação legal".

A SAD do Benfica voltou esta quarta-feira a defender, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que é infundada a acusação de vários crimes contra si e o antigo presidente Luís Filipe Vieira.

A Sociedade considera infundada a referida acusação, pelo que tomará oportunamente posição processual, exercendo o seu direito de defesa de acordo com a tramitação legal”, lê-se no comunicado da SAD das ‘águias’.

De acordo com um despacho do Ministério Público (MP), a que agência Lusa teve acesso na terça-feira, a Benfica SAD e o antigo presidente Luís Filipe Vieira foram acusados de vários crimes, entre os quais corrupção ativa e fraude fiscal, com a sociedade a recordar hoje que “nenhum outro dos anteriores ou atuais membros do Conselho de Administração da Sociedade, incluindo o seu presidente, foi acusado no âmbito deste processo”.

Além da SAD, e de Luís Filipe Vieira, o despacho que iliba o atual presidente ‘encarnado’, Rui Costa, envolve também o antigo assessor jurídico do clube, Paulo Gonçalves, e a SAD do Vitória de Setúbal. Em causa está, segundo a acusação, um alegado esquema que teve como mentor Luís Filipe Vieira e que teria como objetivo a subversão da verdade desportiva pelo controlo de outros clubes para facilitarem ao Benfica nos jogos de confronto direto.

A investigação da Polícia Judiciária, realizada entre 2016 e 2019, também se debruçou sobre a atuação da equipa do Vitória em jogos contra o Benfica, tendo concluído que o clube da Luz foi beneficiado pela má atuação em campo, alegadamente propositada, de alguns atletas adversários.

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Com 79 milhões de euros de dívidas, Lisgráfica abre falência. 110 pessoas ficam sem emprego

  • + M
  • 16 Outubro 2024

A gráfica responsável pela impressão de jornais como o Expresso e de revistas como a Visão abriu falência e fechou portas. Mais de uma centena de pessoas perdem o emprego.

A Lisgráfica abriu falência e deixou de laborar. A já frágil situação financeira da empresa viu-se agravada pela não homologação do seu plano de recuperação por parte do tribunal de Sintra, o que levou ao fecho das portas da gráfica que imprime publicações como o Expresso ou a Visão.

O administrador de insolvência da empresa, Nuno Lemos, confirmou que a atividade da Lisgráfica “foi suspensa, pois foi cortado o fornecimento de energia ao edifício, não existindo liquidez na tesouraria para pagar as faturas em dívida”, refere o Jornal de Negócios.

A já conhecida decisão judicial de não homologação do plano de recuperação, aliada ao corte do fornecimento de energia, “levou, naturalmente, à preocupação dos clientes que retiraram os títulos de produção, pelo que a Lisgráfica parou a atividade“, explicou ainda Nuno Lemos.

Sem posto de trabalho ficam 110 pessoas, sendo que alguns trabalhadores já contavam com dois e três meses de salários em atraso, conforme noticiou o +M. A dívida total da empresa — que imprime outras publicações como a TV 7 Dias, TV Guia, TV Mais, Avante ou Fugas — ronda os 78,7 milhões de euros.

Com o fim das operações, e de acordo com o Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas (CIRE), segue-se o encerramento formal da Lisgráfica e da sua atividade, a cessação dos contratos de trabalho e a liquidação do ativo do ativo da empresa.

Foi no final da semana passada que se soube que o plano de recuperação da Lisgráfica não tinha sido homologado. “O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, Juízo de Comércio de Sintra – juiz 6 de Sintra, decidiu não homologar o plano de recuperação”, informava a gráfica à CMVM na sexta-feira.

A empresa tinha apresentado em fevereiro deste ano um plano de recuperação ao Juízo do Comércio de Sintra no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, depois de em dezembro ter apresentado insolvência.

A Lisgráfica registou prejuízos líquidos de 571 mil euros na primeira metade de 2023, inferiores aos de 1,20 milhões de euros verificados no mesmo período do ano passado, segundo anunciou em setembro.

A 21 de junho anunciou que o seu plano de insolvência e recuperação tinha sido aprovado por 62,3% dos credores. O plano previa o pagamento integral dos créditos laborais, dos créditos da Autoridade Tributária e da Segurança Social em planos prestacionais a contratar nos termos da lei, o perdão de 95% dos créditos comuns e um perdão de 100% dos créditos subordinados.

No início de setembro, José Brás Monteiro apresentou a sua renúncia ao cargo de administrador da Lisgráfica, tendo cessado funções no final desse mês.

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