Grupo Sonae já fatura 90 milhões de euros com economia circular

Reparação de equipamentos eletrónicos, reciclagem de vestuário e venda de produtos em segunda mão são alguns dos novos modelos de negócio do grupo que detém marcas como Continente ou Worten.

As vendas do grupo Sonae provenientes de produtos e serviços circulares rondaram os 90 milhões de euros em 2023, ano em que a faturação global subiu 9,2% para 8,4 mil milhões. Em causa estão novos modelos de negócio como a reparação de equipamentos eletrónicos, a reciclagem de vestuário e a venda de produtos em segunda mão ou a granel, que “contribuem diretamente para um impacto ambiental e social positivo”.

A contabilização é feita na antecâmara da segunda edição do Innovators Forum, agendada para 27 de novembro no Pátio da Galé (Lisboa), que tem precisamente como tema a “circularidade”. A organização espera 400 participantes no evento, que terá também transmissão online, e conta com especialistas nacionais e internacionais para debater o estado atual da economia circular e “explorar caminhos para a inovação e impacto positivo”.

Além da implementação destes novos produtos e serviços que “reforçam a sustentabilidade do grupo e têm impacto positivo na comunidade a nível ambiental, económico e social”, o conglomerado sediado na Maia e liderado por Cláudia Azevedo salienta ainda que “os negócios de retalho da Sonae conseguiram valorizar 85% dos resíduos e reduzir a utilização de plástico de uso único”.

No final do ano passado, refere numa nota de imprensa divulgada esta sexta-feira, 86% das embalagens plásticas utilizadas nos produtos de marca própria eram recicláveis e as práticas de “desperdício zero” adotadas pela MC (engloba insígnias como Continente, Meu Super, Note, Bagga, Zu ou Wells) já evitaram o desperdício de bens alimentares no valor de 66 milhões de euros.

Entre os oradores confirmados no Innovators Forum’24 destacam-se nomes como Ivone Bojoh, CEO da Circle Economy Foundation, responsável pela edição anual do Circularity Gap Report; Raphaël Masvigner (Circul’R), Gunter Pauli (economista e especialista em sustentabilidade), Marta Brazão (Circular Economy Portugal), Ana Barbosa (IKEA Portugal, Filipa Pantaleão (BCSD Portugal), Bruno Borges (Worten), Anders Åhlén (McKinsey & Co), Carlos Moedas (Câmara de Lisboa) e, pela Sonae, Sónia Cardoso e os irmãos Cláudia e Paulo Azevedo.

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Espanhola Henko compra Balflex

A private equity com sede em Madrid adquiriu à família Alves o controlo da Balflex, fabricante de mangueiras e conexões hidráulicas de alta pressão. Clearwater assessorou a operação.

A espanhola Henko adquiriu uma participação maioritária na Balflex, um dos principais fabricantes de componentes hidráulicos de alta pressão, um negócio assessorado pela Clearwater. A empresa fundada por Basílio Alves opera em mais de 35 países, tem duas fábricas em Pindelo dos Milagres (São Pedro do Sul) e em Curitiba, no Brasil, emprega 200 pessoas e fatura 60 milhões de euros.

“Esta parceria com a Henko permitirá que a Balflex continue na trajetória de crescimento, particularmente expandindo para novas regiões e otimizando as nossas operações”, afirmam os acionistas da portuguesa. “Estamos entusiasmados com o potencial que esta colaboração traz para a nossa equipa, para os nossos clientes e para o futuro da nossa empresa”, realçam Carlos Alves, Francisco Alves e David Coelho, que continuarão como investidores na empresa.

Da esquerda para a direita: David Coelho, Lars Becker, Francisco Alves e Carlos AlvesBalflex

“A Balflex demonstrou um crescimento notável nos últimos anos. Estamos entusiasmados com a parceria com a empresa e em apoiarmos as suas ambições de crescimento”, conta Lars Becker. “A Balflex é uma empresa única, com uma forte herança e estamos ansiosos para construir sobre esta base sólida“, conclui o sócio da Henko Partners. O jornal espanhol Expansión avança que a Henko garantiu o controlo da Balflex por 100 milhões de euros.

A Balflex é uma empresa única, com uma forte herança e estamos ansiosos para construir sobre esta base sólida.

Lars Becker

Sócio da Henko Partners

Fundada em 1963 por Basílio Alves, a Balflex tem centros de distribuição em seis grandes mercados – Portugal, EUA, Alemanha, Brasil, Chile e Peru, emprega 200 pessoas, exporta 96% da produção e fatura 60 milhões de euros, confirmou ao ECO fonte oficial da empresa. Em 2022, inaugurou uma nova unidade fabril em São Pedro do Sul, que segundo a empresa familiar é “a única fábrica de mangueiras hidráulicas de alta pressão da Península Ibérica”.

Com sede em Madrid, a Henko Partners é um fundo ibérico de private equity especializado no apoio a pequenas e médias empresas de excelência, em Portugal e Espanha, e no apoio a empresas de média dimensão em mercados com tendências de crescimento a longo prazo. Com a aquisição da tecnológica Link Consulting e 49,5% da empresa de engenharia Quadrante, esta é a terceira aquisição do grupo espanhol em Portugal.

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China alarga isenção de visto de 30 dias para dezenas de países, incluindo Portugal

  • Lusa
  • 22 Novembro 2024

A China anunciou a extensão de 15 para 30 dias do período de estadia sem visto para cidadãos de países com isenção de visto em vigor, uma lista na qual Portugal foi recentemente integrado.

A China anunciou a extensão de 15 para 30 dias do período de estadia sem visto para cidadãos de países com isenção de visto em vigor, uma lista na qual Portugal foi recentemente integrado.

A medida, que visa impulsionar o intercâmbio cultural e económico, segundo as autoridades chinesas, vai ser aplicada a partir de 30 de novembro de 2024 e estará em vigor até 31 de dezembro de 2025.

O ministério dos Negócios Estrangeiros informou ainda que a lista de países com esta isenção de 15 dias, que até agora contava com 29 Estados, será alargada para incluir a Bulgária, Roménia, Croácia, Montenegro, Macedónia do Norte, Malta, Estónia, Letónia e Japão.

“A fim de facilitar ainda mais os intercâmbios com outros países, a China decidiu alargar a lista de países elegíveis para a política de isenção de vistos”, declarou hoje o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, em conferência de imprensa.

Com esta extensão, os cidadãos de um total de 38 países poderão entrar na China para negócios, turismo, visitas familiares, intercâmbios ou trânsito sem visto e com um período de permanência mais longo.

Tong Xuejun, diretor do Departamento Consular do ministério dos Negócios Estrangeiros, salientou hoje também, durante uma conferência de imprensa do Conselho de Estado (Executivo), que a China assinou acordos mútuos de isenção de vistos com seis países no ano passado, incluindo Singapura, Tailândia, Cazaquistão, Antígua e Barbuda, Geórgia e Ilhas Salomão. Atualmente, o país tem acordos completos de isenção de vistos com 25 nações.

Além disso, informou que, até à data, a China assinou acordos mútuos de isenção de vistos com 157 países e regiões, abrangendo vários tipos de passaportes.

Em novembro de 2023, a China anunciou que os nacionais de França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha e Malásia beneficiariam de uma isenção de visto unilateral até dezembro de 2024, depois prorrogada até ao final de 2025, uma lista à qual as autoridades acrescentaram gradualmente mais países. Portugal passou a fazer parte desta lista em outubro passado.

Nos últimos meses, o país asiático adotou uma série de medidas para ajudar os viajantes internacionais, incluindo a disponibilização dos serviços de pagamento eletrónico WeChat Pay e Alipay aos utilizadores estrangeiros que visitam a China.

No primeiro semestre deste ano, os visitantes estrangeiros mais do que duplicaram para 14,64 milhões. Segundo dados da Administração Nacional de Imigração, as entradas sem visto ultrapassaram 8,5 milhões, equivalendo a 58% das viagens, que, ainda assim, estão ainda abaixo do nível pré-pandemia.

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Rolex adere à economia circular e vende relógios usados

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 22 Novembro 2024

Quando a procura supera a oferta, entra-se em escassez e os preços sobem. Acontece com alguns modelos Rolex, em que a lista de espera pode atingir meses ou anos. Solução? Investir num modelo usado.

É um balde de água fria. Fazer planos para levar para casa o Daytona dos nossos sonhos e, puf!, está indisponível e a espera pode demorar anos. Mas não será caso para desesperar: pode sempre comprar o modelo em segunda mão. Calma. Nada a temer. Falamos de um serviço oficial da Rolex, Certified Pre-Owned (CPO), que acaba de entrar no negócio dos relógios usados. E, tal como o nome indica, tratam-se de relógios certificados, o que afasta de vez o risco de estarmos a comprar uma falsificação manhosa que não vamos querer ter.

Mas, ao contrário do que se poderia imaginar, o valor destes relógios não baixa por serem em segunda mão. Pelo contrário: aumenta em mais de 50%. A explicação é simples: são os técnicos da Rolex quem avalia a autenticidade de cada relógio, e isso tem custos que se refletem no preço final. Mas, para os clientes desta marca que produz aqueles que são, provavelmente, os relógios mais desejados do mundo, vale a pena. Estão a comprar a uma fonte confiável, beneficiando da qualidade e da excelência da marca, que lhes garante que o produto é genuíno sem terem de entrar na lista de espera.

Para a Rolex, este passo na direção da legitimação do mercado secundário dos seus relógios é inteligente, embora radical para uma empresa tão tradicional. Este programa CPO dá à relojoeira suíça acesso direto a um mercado estimado em perto de 18 mil milhões de euros (que, até 2023, deve crescer para mais de 31,4 mil milhões, de acordo com as previsões da Deloitte). Além disso, com a faturação do mercado de relógios de luxo a cair – fruto do abrandamento do consumo chinês –, este mercado de usados representa um fluxo de receita extra que é muito bem-vindo.

A Rolex, que produz mais de 1 milhão de peças por ano, é a maior marca de relógios suíça. No mercado secundário é ainda mais dominante, sendo a marca mais transacionada (logo seguida pela Patek Philippe e pela Audemars Piguet). A economia circular continua a dar cartas, sobretudo para as gerações mais jovens, para quem a sustentabilidade é um princípio muito valorizado. Uma tendência que, certamente, vamos ver aplicada a outras marcas de luxo.

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OE2025: PS muda sentido de voto e trava aumento dos preços dos medicamentos genéricos

Contratações para o INEM, prémios para funcionários públicos que poupem recursos ou comparticipação de medicamentos para a menopausa foram algumas das propostas aprovadas no primeiro dia de votações.

Arrancou esta sexta-feira, na Assembleia da República, a maratona de votações do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) na especialidade. A manhã ficou marcada pelo debate entre o Governo e os partidos e esta tarde decorreu o primeiro de cinco dias de votação das propostas de alteração ao OE. Ao todo, são mais de 2.100 iniciativas. Contratação de 400 técnicos para o INEM, prémios para funcionários públicos que poupem recursos, corte nos órgãos consultivos do Estado ou comparticipação de medicamentos para mulheres na menopausa foram algumas das propostas aprovadas neste primeiro dia de votações.

O Parlamento confirmou, com a abstenção do PS e Chega, o novo IRS Jovem dirigido a trabalhadores até aos 35 anos e que alarga o benefício de cinco para 10 anos e deixa cair a exigência de uma licenciatura para aceder ao regime. Do mesmo modo foi viabilizada a atualização dos escalões do IRS em 4,6%, como previsto no OE.

A maratona parlamentar que prolonga-se até 29 de novembro, dia em que o plenário deverá confirmar a lei orçamental do ano que vem.

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Espanha multa cinco companhias “low cost” em 179 milhões de euros por cobrarem bagagem de mão

  • Lusa
  • 22 Novembro 2024

Ryanair, easyJet, Vueling, Volotea e Norwegian foram multadas por exigirem que passageiros pagassem por transporte de bagagem de mão e serviços como a escolha de lugares contíguos.

O Governo de Espanha confirmou esta sexta-feira uma multa de cerca de 179 milhões de euros a cinco companhias aéreas low cost por fazerem os clientes pagar a bagagem de mão ou serviços como a escolha de lugares contíguos.

As cinco empresas multadas são Ryanair (107,7 milhões de euros), Vueling (39,2 milhões de euros), easyJet (29 milhões de euros), Norgewian (1,6 milhões de euros) e Volotea (1,1 milhões de euros), revelou o Governo espanhol, num comunicado do Ministério de Direitos Sociais e Consumo.

As autoridades espanholas já haviam anunciado multas a pelo menos quatro low cost em maio passado e, após um período de recurso das empresas, foram confirmadas as sanções esta sexta-feira.

Segundo o comunicado do Governo espanhol, a aplicação das multas fecha uma investigação iniciada em 2023 pela Direção Geral do Consumo de Espanha relacionada com práticas das companhias aéreas “que foram qualificadas como infrações muito graves” da Lei Geral de Defesa dos Consumidores e Utilizadores.

As sanções agora confirmadas incluem, além das multas, “a proibição expressa de continuar com as práticas” consideradas infrações, sublinhou o Governo.

Essas práticas são a exigência de pagamento pelo transporte de bagagem de mão e de suplementos para reservar lugares contíguos nos aviões para acompanhamento de menores e pessoas dependentes.

Foi ainda sancionada a falta de transparência e omissões na informação sobre o preço final dos serviços, a impossibilidade de pagar em dinheiro suplementos cobrados nos aeroportos ou obrigar a pagar a impressão de documentos de viagem.

O cálculo do valor das multas levou em conta “o lucro ilícito obtido” pelas empresas com estas práticas.

As empresas podem agora recorrer desta decisão nos tribunais, no prazo de dois meses. Se não o fizerem, terão de pagar as multas.

A investigação às low cost pelas autoridades espanholas teve na origem queixas de associações de defesa do consumidor.

Em maio, quando foi conhecida a decisão de aplicar as sanções, a Associação de Linhas Aéreas (ALA), que representa empresas que asseguram 85% do tráfego aéreo em Espanha, disse num comunicado que as companhias iriam recorrer junto do Ministério do Consumo e, se necessário, também na justiça.

Para a ALA, a decisão do Governo espanhol — que implica a proibição de cobrar por bagagem de mão aos passageiros — prejudica os consumidores, por “suprimir a opção de contratarem exatamente aquilo de que precisam”.

Segundo a associação, os milhões de passageiros que só viajam com bagagens e objetos que colocam debaixo do assento no avião (sem mala de cabine ou de porão) deixariam de beneficiar de preços mais baixos e de pagar só por serviços indispensáveis, porque seriam “obrigados a contratar serviços que não usam”.

A associação de defesa dos consumidores espanhola Facua, por seu turno, elogiou a decisão do Governo e lembrou que os clientes das companhias aéreas têm direito de reclamar a devolução dos suplementos que lhes foram cobrados.

Também a associação de defesa de consumidores OCU sublinhou que tem defendido, em sucessivas queixas e denúncias, que a bagagem de mão nos aviões deve ser considerada indispensável e, portanto, não pode ser alvo de um suplemento em relação ao preço do bilhete da viagem.

A associação de consumidores Asufín disse esperar que a multa acabe com “a impunidade” de companhias aéreas que violam os direitos dos clientes.

Num comunicado, a Organização Europeia de Consumidores (BEUC, na siga em inglês) congratulou-se com o “sinal forte e bem-vindo das autoridades espanholas”, considerando que “é necessário pôr termo às políticas injustas das companhias aéreas em matéria de bagagem de mão”.

São necessárias normas a nível da UE para as políticas de bagagem de mão, a fim de harmonizar as exigências das companhias aéreas aos consumidores e facilitar a experiência dos passageiros aéreos“, lê-se no comunicado da BEUC de maio.

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Costa promete garantir “unidade entre todos” na presidência do Conselho Europeu

  • Lusa
  • 22 Novembro 2024

O presidente eleito do Conselho Europeu prometeu esta sexta-feira garantir a "unidade entre todos" os líderes da União Europeia quando assumir os comandos da instituição.

O presidente eleito do Conselho Europeu, António Costa, que inicia funções a 1 de dezembro, promete trabalhar pela “unidade entre todos” os líderes da União Europeia quando assumir os comandos da instituição, defendendo que não se “perca tempo” com conclusões escritas.

“A minha principal missão é garantir a unidade entre todos… E isso significa estar em contacto permanente”, declarou António Costa, falando com meios internacionais em Bruxelas, citado pelo Politico.

“Mesmo nos momentos mais críticos — como os que vivemos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia — o Conselho [Europeu] conseguiu sempre tomar decisões. […] Por vezes, foi necessário realizar outra cimeira, mas foi sempre possível chegar a um acordo”, exemplificou.

Vincando que pretende alcançar esta unidade, António Costa defendeu, contudo, discussões mais eficazes ao nível do Conselho Europeu, razão pela qual se tem vindo a reunir com os líderes da União Europeia (UE) nas capitais comunitárias, para se preparar para a sua primeira cimeira europeia, marcada para 19 e 20 de dezembro.

A minha principal missão é garantir a unidade entre todos… E isso significa estar em contacto permanente.

António Costa

Presidente eleito do Conselho Europeu

Em declarações ao Financial Times, o antigo primeiro-ministro português vincou ser “unânime esta visão [de que] ninguém quer perder tempo a redigir” conclusões escritas.

“O que nós queremos é ter conclusões mais curtas, porque não precisamos que cada Conselho [Europeu] discuta mais uma vez todos os problemas do mundo. Precisamos de concentrar cada Conselho [Europeu] numa mensagem política”, salientou, numa alusão às várias horas de reuniões de alto nível em Bruxelas, defendendo ainda “colmatar o fosso entre os cidadãos europeus e as instituições da UE”.

Costa disse ainda ao Financial Times ter “uma relação pessoal e política muito boa” com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao contrário do seu antecessor, Charles Michel, o que vai permitir “dividir responsabilidades e evitar conflitos”.

Há duas semanas, o presidente cessante do Conselho Europeu, Charles Michel, disse precisamente confiar que o antigo primeiro-ministro português seja “guardião da unidade” entre os Estados-membros, quando a União Europeia enfrenta desafios económicos e geopolíticos.

António Costa, que fez parte do Conselho Europeu em representação de Portugal durante oito anos (período em que foi primeiro-ministro), conhece já alguns dos líderes da União Europeia (UE), mas pretende, no seu mandato de dois anos e meio à frente da instituição, encontrar pontos de convergência para compromissos entre os 27.

Por essa razão, antes de iniciar funções, realizou no verão e início do outono um roteiro pelas capitais europeias para se encontrar presencialmente com os chefes de Governo e de Estado da UE para conhecer melhor as suas perspetivas e prioridades para o próximo ciclo institucional no espaço comunitário.

Em junho, Costa foi eleito pelos chefes de Estado e de Governo da UE como presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio a partir de 1 dezembro de 2024, sendo o primeiro português e o primeiro socialista à frente da instituição.

Sucede no cargo ao belga Charles Michel, em funções desde 2019. Antigo primeiro-ministro belga, o político liberal Charles Michel, de 48 anos, preside ao Conselho Europeu até 30 de novembro de 2024, num período marcado por crises como a saída do Reino Unido da União Europeia, a pandemia de Covid-19, a invasão russa da Ucrânia e, mais recentemente, o reacender das tensões no Médio Oriente.

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Brindar com vintage num tributo a Jean-Michel Basquiat

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 22 Novembro 2024

Dom Pérignon lançou uma edição especial do seu Vintage 2015, em colaboração com o espólio do artista Jean-Michel Basquiat. O resultado são três garrafas tão criativas que nem dá vontade de oferecer.

A famosa maison de champanhe gosta de fazer parcerias. Nos últimos 30 anos, foram vários os nomes de artistas e criativos revolucionários, entre eles Karl Lagerfeld, Andy Warhol, Jeff Koons e Lenny Kravitz, que se juntaram à Dom Pérignon para criar algo inovador.

Dom Pérignon e Jean-Michel Basquiat são duas lendas separadas pelo tempo e pelo espaço. Cada um, à sua maneira, marcou a cultura da sua época e ajudou a moldar o futuro. Com esta edição especial, a marca de champanhe celebra a arte da montagem (tradução livre de “the art of assemblage”), que une ambos os mundos, o da arte e o da produção de vinho.

Na obra do irreverente Basquiat, tal como na visão de Dom Pérignon, a montagem é um elemento-chave que dá maior intensidade à experiência estética. Para a Edição Especial Vintage 2015, foi escolhida a obra-prima de Basquiat, “In Italian”, datada de 1983. Os símbolos identitários de cada um – o escudo da casa de champanhes e a coroa do artista americano – fundiram-se e deram lugar, no rótulo da garrafa, a uma coroa que une as duas histórias. Três diferentes caixas, pensadas para serem de oferta, inspiraram-se nesta fusão e revelam, cada uma, um segmento da pintura. Juntas, colocadas lado a lado, formam o quadro completo. E um escudo, que ornamenta cada caixa e rótulo, destaca, sem contemplações, este vintage 2015.

Vincent Chaperon, o cellar-master da Dom Pérignon, explicou, no evento de lançamento deste vintage, em Nova Iorque, de que forma esta parceria faz sentido: “tal como Basquiat colocou símbolos, cores e texto em camadas para criar uma arte vibrante e com significado, nós combinamos elementos de diferentes parcelas de vinhas e castas para criar profundidade e complexidade nos nossos vinhos”.

O vinho, por sua vez, só podia ter um caráter complexo – à semelhança da obra de Basquiat. 2015 foi um ano de produção de uva excecional, o que permitiu aos enólogos da maison criar um champanhe com tensão e caráter. “Este Vintage tem notas cítricas vibrantes, sublinhadas por frutos de caroço, com uma mineralidade precisa que lhe dá estrutura”, define ainda Chaperon. Este tributo a Basquiat pode ser seu por 1650€ (275 euros cada garrafa) e desafiamo-lo a conseguir separar-se dele.

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Trump escolhe Pam Bondi para procuradora-geral dos EUA após retirada de Gaetz

  • Lusa
  • 22 Novembro 2024

O presidente eleito nomeou a ex-procuradora-geral da Florida, Pam Bondi, para procuradora-geral dos EUA, poucas horas depois da sua primeira escolha, Matt Gaetz, se ter retirado do processo.

O Presidente eleito Donald Trump nomeou na quinta-feira a ex-procuradora-geral da Florida, Pam Bondi, para procuradora-geral dos Estados Unidos, poucas horas depois da sua primeira escolha, Matt Gaetz, se ter retirado do processo de nomeação.

Bondi é uma aliada de longa data de Trump e foi uma das suas advogadas durante o seu primeiro julgamento de impeachment (destituição), quando o republicano foi acusado, sem ser condenado, de abusar do seu poder ao tentar condicionar os EUA assistência militar à Ucrânia naquele país que investiga o então ex-vice-presidente Joe Biden.

A ex-procuradora-geral da Florida estava entre um grupo de republicanos que compareceram para apoiar Trump no seu julgamento criminal em Nova Iorque, que terminou em maio com uma condenação por 34 acusações criminais.

Foi presidente do America First Policy Institute, um grupo de reflexão criado por antigos funcionários da administração Trump.

Pam Bondi já foi advogada de Trump e ex-procuradora-geral da FloridaLusa

“Durante muito tempo, o Departamento de Justiça (DOJ, em inglês) partidário foi usado como arma contra mim e contra outros republicanos – não mais”, frisou Trump, numa publicação nas redes sociais. “Pam irá redirecionar o DOJ para o propósito pretendido de combater o crime e tornar a América segura novamente”, acrescentou.

O filho de Trump, Donald Trump Jr. tinha dito à Fox Business no domingo que a equipa de transição tinha reforços em mente para os seus controversos nomeados, caso não fossem confirmados.

A rápida seleção de Bondi ocorreu cerca de seis horas depois da retirada de Gaetz. Gaetz afastou-se num momento em que é alvo de suspeitas numa investigação federal sobre tráfico sexual.

“Embora o ímpeto fosse forte, é claro que a minha confirmação estava injustamente a tornar-se uma distração para o trabalho crítico da transição Trump/Vance”, escreveu Gaetz na rede social X, referindo-se à nova administração do presidente eleito e do seu vice-presidente.

Trump frisou, também nas redes sociais, que respeitava a decisão de Gaetz: “Matt tem um futuro incrível e estou ansioso para ver todas as grandes coisas que ele vai fazer.”

Na semana passada, Trump nomeou os advogados pessoais Todd Blanche, Emil Bove e D. John Sauer para cargos de topo no departamento. Outro possível candidato a procurador-geral, Matt Whitaker, foi anunciado na quarta-feira como o embaixador dos EUA na NATO.

Caso a sua nomeação seja confirmada no Senado (câmara alta do Congresso), Bondi tornar-se-á instantaneamente num dos membros mais observados da administração de Trump, dada a ameaça de o republicano avançar com a retribuição contra adversários e a preocupação entre os democratas de que tentará submeter o DOJ à sua vontade.

Um parecer recente do Supremo Tribunal não só conferiu uma ampla imunidade aos antigos presidentes, como também afirmou a autoridade exclusiva de um presidente sobre as funções de investigação do Departamento de Justiça.

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Novidades na Sala de Corte: Cecina de Wagyu e Tufa Branca

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 22 Novembro 2024

A carta da Sala de Corte conta com dois novos ingredientes: a Cecina de Wagyu e a Trufa Branca de Alba. Uma como entrada, a outra como extra em qualquer dos pratos desta Steakhouse lisboeta.

Vazia, Entrecôte, Lombo, Chateaubriand, Lomo Bajo, T-Bone, Chuletón, Chuletón Super Premium, Rib Eye Wagyu e Rib Eye Kobe. Estes são os 10 cortes disponíveis na carta daquela que foi eleita a 53ª Melhor Steakhouse do Mundo, no ranking anual da World’s Best Steak Restaurants. A qualquer um deles já tinha a possibilidade de juntar carabineiro, enquanto opção de surf & turf (por mais 35€). Agora, e enquanto houver, pode adicionar a Trufa Branca de Alba (14€/g), que está disponível não só como complemento nas mencionadas opções de cortes, mas também em qualquer um dos outros pratos presentes no menu da Sala de Corte.

Quanto à Cecina de Wagyu, se ainda não conhece, o chef Luís Gaspar (que comanda a Sala de Corte desde a sua abertura em 2015) explica: “a desidratação lenta é responsável pelo aroma e sabor característicos desta carne curada, que é fumada suavemente com madeira de carvalho ou azinheira. As peças são provenientes de gado japonês Wagyu, que apresenta um elevado nível de infiltração e consequentemente uma textura extremamente macia, tornando-a ideal para curar”.

A chegada à carta desta tão especial Cecina e da Trufa Branca de Alba dá continuidade às propostas de ingredientes diferenciados que têm sido apostas ganhas da steakhouse, tais como o Wagyu do Japão, o Kobe ou a carne maturada proveniente de raças autóctones portuguesas, apresentadas quinzenalmente.

Sala de Corte

Praça D. Luis I, nº7 – Lisboa
Tel: 21 346 00 30
https://saladecorte.pt/

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Hoje nas notícias: Futebol, Águas de Portugal e UTAO

  • ECO
  • 22 Novembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A transmissão de jogos de futebol em sinal aberto deverá levar a uma guerra entre as operadoras televisivas. O Governo está a negociar a compra da participação de 19% que a CGD detém na Águas de Portugal. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Governo força futebol na TV em sinal aberto

A decisão do Governo que obriga à transmissão, a partir de janeiro, em sinal aberto, de eventos desportivos considerados de interesse público, como alguns jogos das competições da UEFA, pode levar a uma guerra entre operadoras, visto que, no ano passado, só os jogos de futebol estavam entre os 20 programas mais vistos em Portugal. Ao Jornal de Notícias, o Executivo explicou que “os operadores que emitam em regime de acesso condicionado e que adquiram os direitos exclusivos para a transmissão de acontecimentos de interesse generalizado do público ficam obrigados a facultar, com as condições normais do mercado, o acesso a outros operadores”. Caso não cheguem a acordo, caberá à Entidade Reguladora para a Comunicação Social tomar uma decisão vinculativa.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Governo ultima compra de 19% da Águas de Portugal detidos pela CGD

O Governo está em negociações com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) para finalizar a aquisição da participação de 19% detida pelo banco no grupo Águas de Portugal (AdP). A CGD confirmou que “tem mantido contactos” com o Executivo nesse sentido, assinalando que faz parte do processo de “alienar todas as suas participações em empresas não financeiras não core“. O Ministério das Finanças, por sua vez, está a analisar a melhor forma de acomodar esta participação sem beliscar as contas públicas. Segundo o Expresso, a participação deverá ficar nas mãos da Parpública, que já detém os restantes 81% da Águas de Portugal.

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UTAO recomenda limitar número de propostas dos partidos no OE

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) publicou recentemente 11 recomendações em resposta ao repto, lançado pelo ministro das Finanças durante a apresentação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), para rever o atual modelo da discussão orçamental. Entre as sugestões da unidade consta limitar drasticamente os “cavaleiros orçamentais”, sendo que só este ano deram entrada na Assembleia da República 2.161 propostas de alteração ao OE2025. Para o coordenador da UTAO, Rui Baleiras, é um número “excessivo” que impossibilita um “escrutínio rigoroso”, uma dificuldade que aumenta com mais partidos no Parlamento.

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Milhares de vagas de emprego à solta para a Black Friday e Natal

São precisas “mais 5.000 a 6.000 pessoas” para reforçar o comércio nos últimos dois meses do ano. Os cálculos são do diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Gonçalo Lobo Xavier, alimentando a expectativa de um impulso nas vendas no último trimestre, numa altura em que as promoções da Black Friday abrem o apetite dos consumidores para o “pico” que se atinge na época natalícia. Só entre as empresas de recrutamento ou de recursos humano, a Adecco conta com perto de mil vagas sazonais e a Randstad contabiliza mais de 400.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (ligação indisponível).

Portugal perde 2,5 mil milhões de euros por ano com offshores

Um relatório da Tax Justice Network, uma organização não-governamental, estima que Portugal está a perder mais de 2,5 mil milhões de euros por ano em “abusos fiscais” nas transferências para offshores. Este montante corresponde a quase 1% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e a 10% das despesas de saúde em 2023. A nível mundial, o valor chega a 469 mil milhões de euros anuais, dos quais 202,1 mil milhões são responsabilidade de apenas oito países — EUA, Reino Unido, Israel, Austrália, Coreia do Sul, Japão, Canadá e Nova Zelândia.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

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175 anos de Viúva Lamego leva artistas contemporâneos ao Museu do Azulejo

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 22 Novembro 2024

No ano em que se assinalam 175 anos de história da Viúva Lamego, o Museu do Azulejo tem patente a exposição “Uma Perspetiva do Presente, Uma Visão do Futuro”, com trabalhos de vários artistas.

Ao longo de cinco séculos, o azulejo tem vindo a ser usado como forma de expressão nos mais variados contextos. Mais do que uma opção estética, o azulejo português é o reflexo de influências culturais, sociais e económicas inseparáveis da história do país. Ciente deste facto, e em ano de celebração, o Museu do Azulejo convida todos os visitantes a mergulharem nesta exposição, que reflete sobre o presente e futuro daquela que é uma das mais importantes fábricas de azulejo em Portugal, com um papel fundamental na história da azulejaria nacional.

“Uma Perspetiva do Presente, Uma Visão do Futuro” tem a curadoria dos investigadores Rosário Salema de Carvalho e Francisco Queiroz e traz a público peças de 17 autores, incluindo nove obras inéditas e outras que já integram o portfólio artístico dos autores. Juntas ajudam a contar a história e a assinalar o legado de uma casa centenária.

Começando por Bela Silva, com a peça Batucada de Cor, e pelo francês Hervé Di Rosa, com Subaquática, dois nomes que representam os artistas atualmente residentes, herdeiros dos famosos casulos (nome das residências artísticas desenvolvidas na Viúva Lamego a partir da década de 1930). A artista brasileira Adriana Varejão, que tem usado o azulejo como referência, abraça agora este material em Azulejão. Autores como Vhils e Add Fuel trazem para o azulejo a cultura urbana contemporânea. Já o suíço Noël Fischer explora um caminho artístico iniciado nas peças Rede, enquanto Manuela Pimentel explora um jogo ilusório de múltiplas dimensões. Quanto a Rita João/Estúdio Pedrita, recupera a azulejaria industrial da segunda metade do século XX.

Ainda entre os artistas com obra consolidada, e que mais recentemente trabalham com a Viúva Lamego, encontram-se a ilustradora francesa Henriette Arcelin, o designer francês Noé Duchaufour-Lawrance e o coletivo Oficina Marques, da dupla de criativos Gezo Marques e José Aparício Gonçalves. De referir ainda as artistas visuais, também com referências à arte urbana, Kruella d’Enfer e Tamara Alves, que desenvolveram residências artísticas em 2024, bem como André Trafic, Rico Kiyosu e Klasja Habjan, finalistas do concurso dirigido a novos artistas, lançado no âmbito das comemorações dos 175 anos da Viúva Lamego.

“A exposição que ajuda a revisitar o legado da Viúva Lamego, fundada em 1849, dá a merecida ênfase à ligação umbilical que a fábrica-atelier tem com os artistas, arquitetos, designers e artesãos, a qual permanece imutável com o passar das décadas. Ter semelhante mostra presente no Museu Nacional do Azulejo é um motivo de muito orgulho, servindo esta casa de palco para dar relevo ao património de uma marca centenária e à sua projeção e importância na cultura da cerâmica portuguesa”, salienta Gonçalo Conceição, CEO da Viúva Lamego.

“Uma Perspetiva do Presente, Uma Visão do Futuro”

Museu Nacional do Azulejo – Rua Madre Deus nº4, Lisboa
Horário: terça a domingo, das 10h00 às 18h00
Preço: 8 euros
Até 29 de Dezembro

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