Publicis prepara-se para adquirir Influential

  • + M
  • 30 Julho 2024

A transação, num acordo avaliado em cerca de 500 milhões de euros, ainda está sujeita a aprovações regulatórias, devendo estar concluída no final de agosto.

O Publicis Groupe celebrou um acordo para a aquisição da Influential, a “principal empresa e plataforma de marketing de influencers do mundo”.

O acordo é avaliado em cerca de 500 milhões de euros, segundo pessoas próximas do negócio, refere o The Wall Street Journal.

Segundo refere a Publicis em nota de imprensa, a Influential é a maior empresa de marketing de influência do mundo em termos de receitas, dispondo de uma rede de mais de 3,5 milhões de criadores de conteúdo e de acesso a dados sobre 90% dos influencers com mais de um milhão de seguidores a nível global e às cerca de 300 marcas com quem estes trabalham.

“É um grande prazer receber a Influential na família Publicis. A Influential é, acima de tudo, uma equipa de talentos excecionais, na vanguarda de seu setor. Com a nova economia de criadores, cujo investimento se prevê que ultrapasse no próximo ano aquele que é feito em televisão linear, graças à Influential podemos abraçar totalmente a sua influência descomunal e colocá-la ao serviço de todos os nossos clientes“, diz Arthur Sadoun, CEO do Publicis Groupe, citado em comunicado.

Esta aquisição não significa apenas que vamos assumir a liderança do marketing de influência. Também nos posiciona no centro do novo ecossistema de media. Ao combinar os nossos dados, que nos permitem monitorizar 2,3 mil milhões de pessoas ao redor do mundo, permitimos que os nossos clientes realmente conheçam e entendam melhor os seus clientes e potenciais clientes e se envolvam com eles, tanto online quanto offline. É assim que estamos a colocar o poder de volta nas mãos das marcas num panorama mediático fragmentado e a impulsionar uma transformação do marketing que oferece resultados comerciais reais”, acrescenta.

Já por parte da Influential, o CEO Ryan Detert refere estar entusiasmado com o facto de a Influential se juntar ao Publicis Groupe. “Estamos ansiosos para combinar as nossas capacidades e tecnologias complementares para propormos influencers, criação de conteúdo, amplificação e medição inigualáveis e para definirmos juntos a próxima era do marketing de influência”, afirma.

A transação ainda está sujeita a aprovações regulatórias, devendo estar concluída no final de agosto.

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Budapeste acusa UE de orquestrar bloqueio de petróleo russo através da Ucrânia

  • Lusa
  • 30 Julho 2024

Em junho, o Governo de Kiev aplicou sanções contra a Lukoil que impedem o trânsito de petróleo através do oleoduto Druzhba proveniente da Ucrânia e dirigido à Hungria e Eslováquia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Péter Szijjártó, acusou esta terça-feira a Comissão Europeia de orquestrar a interrupção do fornecimento de petróleo russo para o bloco através da Ucrânia, e alertou que a disputa pode implicar uma crise energética.

Em junho, o Governo de Kiev aplicou sanções contra a Lukoil – a maior empresa petrolífera não estatal – que impedem o trânsito de petróleo através do oleoduto Druzhba (Amizade) proveniente da Ucrânia e dirigido à Hungria e Eslováquia. A Hungria recebe a maioria do seu petróleo da Rússia, cerca de metade proveniente da Lukoil.

A decisão suscitou fortes protestos de responsáveis eslovacos e húngaros, ao alegarem que o bloqueio poderá interferir na sua segurança energética. Os dois países ameaçaram uma ação judicial contra Kiev, caso a Lukoil não seja autorizada a retomar as suas entregas. Na terça-feira, e em mensagem na rede social Facebook, Szijjártó emitiu duras críticas ao órgão executivo da União Europeia (UE), ao considerar que “nada fez” desde que Budapeste a Bratislava pediram que interviesse neste contencioso em torno da entrega de crude.

“Apesar das ameaças à segurança energética de dois Estados-membros da UE … Bruxelas permanece em silêncio”, escreveu Szijjártó, para acrescentar que a Comissão Europeia ou revela demasiada “fraqueza” para proteger os interesses da Eslováquia e Hungria, ou “foi Bruxelas, e não Kiev, quem inventou tudo isto”.

“A Comissão Europeia, e a presidente Ursula von der Leyen pessoalmente, devem clarificar de imediato: Bruxelas pediu a Kiev para proibir os fornecimentos de petróleo?”, assinalou ainda Szijjártó. “Se não foi, por que motivo a Comissão Europeia não adotou qualquer medida em mais de uma semana?”.

Previamente, o chefe da diplomacia húngara também tinha admitido que o bloqueio das transferências da Lukoil através da Ucrânia constituíam uma “chantagem” devido às posições da Hungria, que defende um cessar-fogo imediato e conversações de paz entre Moscovo e Kiev, uma posição criticada por diversos líderes da UE e da NATO, que a classificaram de estratégia de apaziguamento face à Rússia, apesar da sua invasão militar.

O Governo soberanista conservador da Hungria, liderado pelo primeiro-ministro Viktor Orbán, é considerado o parceiro da UE mais próximo do Kremlin e tem-se recusado a fornecer armamento a Kiev na sequência da invasão militar russa em larga escala em fevereiro de 2022, mantendo um delicado jogo de equilíbrio com Bruxelas. Em 2022, a UE impôs sanções à importação de petróleo russo para o bloco comunitário na sequência da invasão militar, mas concedeu uma exceção à Hungria, Eslováquia e República Checa, até garantirem novas fontes de importação.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014. Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

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Macron formaliza recandidatura de Thierry Breton para a Comissão Europeia

  • Lusa
  • 30 Julho 2024

Em carta a von der Leyen, o presidente francês considera que Thierry Breton poderá, "em virtude das suas qualidades", "continuar a exercer de forma independente as importantes responsabilidades".

O Presidente francês, Emmanuel Macron, propôs formalmente à presidente da Comissão Europeia a recandidatura de Thierry Breton ao cargo de comissário europeu em representação de França, elogiando a “competência”, a “experiência” e o “empenhamento europeu” do político.

Numa carta dirigida a Ursula von der Leyen, datada de 25 de julho e tornada hoje pública, o chefe de Estado francês considera que Thierry Breton poderá, “em virtude das suas qualidades”, “continuar a exercer de forma independente as importantes responsabilidades” que lhe serão confiadas.

Thierry Breton ocupa desde 2019 o cargo de Comissário para o Mercado Interno, uma vasta pasta que inclui o digital e a indústria, tendo-se estabelecido como uma figura-chave na Comissão ao combater o abuso de poder dos gigantes do setor tecnológico. À margem da última cimeira europeia em Bruxelas, no final de junho, após as eleições europeias, Emmanuel Macron anunciou a sua intenção de renomear Thierry Breton para o cargo, sem chegar a designá-lo formalmente.

Na altura, França estava em campanha para as eleições legislativas antecipadas e o partido de extrema-direita, União Nacional (Rassemblement National, RN na sigla em francês), que surgia então como favorito nas sondagens, contestou a prerrogativa de Macron de nomear o comissário europeu, argumentando que deveria caber ao primeiro-ministro eleito nas urnas.

No final, o RN não ganhou as eleições, mas não surgiu uma maioria clara, pelo que o Presidente francês ainda não nomeou um governo para substituir o executivo demissionário do primeiro-ministro Gabriel Attal, que ficou a tratar dos assuntos correntes pelo menos até ao fim dos Jogos Olímpicos de Paris, que terminam em 11 de agosto.

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Federações sindicais elogiam reforma da Administração Pública, mas avisam que é preciso valorizar salários

Depois de reunir com o Governo, sindicatos elogiaram reforma do Estado, mas avisam que esta tem que ser "feita com racionalidade" não esquecendo a "valorização remuneratória" dos trabalhadores.

As federações sindicais elogiaram esta segunda-feira o plano delineado pelo Governo para a reforma da Administração Pública, mas avisam que esta tem que ser “feita com racionalidade” não esquecendo a valorização remuneratória” dos trabalhadores.

“Dissemos ao Governo que a reforma é importante”, mas que “não basta anunciar. É preciso fazer e, por isso, ficou o compromisso de novos encontros”, disse o secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesap), no final da reunião com o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e com o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, para apresentação da 1.ª fase da Reforma da Administração Pública, que está prevista arrancar em novembro.

José Abraão admite que é necessário uma “mudança”, mas alerta que para levar a cabo esta reforma são precisas medidas concretas e não apenas “um conjunto de anúncios”. “Pode mudar a gestão, organização, a motivação dos trabalhadores e dos seus dirigentes. Pode haver serviços comuns e mais transparência. Pode haver o número de trabalhadores suficientes para responder” às necessidades, precisou, dando como exemplo a área da justiça e a AIMA.

Mas, segundo o responsável, para levar a bom porto é necessário valorizar os trabalhadores da Função Pública. “Foi-nos dito que o Governo conta com os trabalhadores para que esta reforma se faça. Mas dissemos claramente que se não houver melhores salários, mais incentivos e o respeito por quem trabalha na Administração Pública” a reforma não terá os efeitos desejados.

Também a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) elogiou a intenção de reforma, nomeadamente no que concerne à “preocupação com a acessibilidade dos serviços”, tendo em vista uma “melhor organização dos serviços públicos e melhor servir os cidadãos”, indicando que do Governo ficou a garantia de que “cada matéria irá ser negociada passo a passo” com as organizações sindicais.

Maria Helena Rodrigues avisa, no entanto, que a reforma tem de ser feita “com racionalidade, não descurando aquilo que é a valorização remuneratória” dos trabalhadores.

Mais crítico foi o coordenador da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (Frente Comum), que aponta que este encontro com o Executivo “foi um momento de apresentação da reforma, mas com uma grande falta de conteúdo concreto”. “Os traços gerais não são difíceis de concordar: queremos todos melhorar os serviços da Admiração Pública” e ter “uma boa imagem” da Administração Pública”, mas “vamos com certeza discordar na concretização”, elencou Sebastião Santana.

Tal como a Fesap e com o STE, a Frente Comum diz que é “essencial” valorizar os funcionários públicos, que “têm carreiras frágeis, salários baixos e muito pouca progressão”. “Vamos ver em que medida é que este conjunto de intenções que nos foi apresentado se traduz, na prática em objetiva melhoria dos serviços públicos e das condições de vida e de trabalho dos trabalhadores”, rematou.

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Caso BES. Há 30 crimes que vão prescrever antes do julgamento

  • ADVOCATUS
  • 30 Julho 2024

O julgamento do BES ainda não arrancou mas, de acordo com o Ministério Público até ao final de março do próximo ano vão prescrever mais de 30 crimes.

O julgamento do BES ainda não arrancou – não tem sequer data definitiva para começar -, mas, de acordo com o Ministério Público até ao final de março do próximo ano vão prescrever mais de 30 crimes (de um total de mais de 300). E, de acordo com o Público, parte deles vai prescrever antes da data prevista para o início do julgamento, previsto para 15 de outubro.

A primeira audiência vai decorrer mais de 10 anos após a queda do Banco Espírito Santo, cuja resolução foi decretada pelo Banco de Portugal a 3 de agosto de 2014. A juíza Helena Susano deverá arrancar com o julgamento em outubro, a um ritmo de quatro sessões por semana, intercalada por uma semana com apenas uma audiência – há 93 sessões marcadas até 9 de julho do próximo ano.

Os crimes em risco de prescrever – um já prescreveu em abril último, de acordo com o Ministério Público – são todos de falsificação de documento e de infidelidade, punidos com um máximo de pena de prisão até três anos, o que coloca prazos de prescrição mais curtos. Em causa está a falsificação das contas da Espírito Santo Internacional (ESI), a holding de topo do Grupo Espírito Santo, que reunia a parte financeira e não financeira.

Em janeiro de 2022, o Ministério Público alertou para o perigo de alguns ilícitos poderem prescrever: foi apresentada uma lista de 38 crimes, relativos a 13 arguidos, assim como a data que considerou que tal ocorreria – ao antigo banqueiro Ricardo Salgado, estavam em causa 13 crimes, nove de falsificação de documento e quatro de infidelidade, num total de 65 crimes de que foi acusado.

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Quase 750 detidos nos protestos contra reeleição de Maduro na Venezuela

  • Lusa
  • 30 Julho 2024

A maioria foi acusada de "resistência à autoridade" e "em casos mais graves, de terrorismo". Pelo menos três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos protestos.

Cerca de 750 pessoas foram detidas na Venezuela nos protestos contra a reeleição do Presidente Nicolás Maduro, anunciou esta terça-feira o procurador-geral, que afirmou que “o número pode aumentar”.

“Um número preliminar de 749 delinquentes detidos”, disse Tarek William Saab em declarações à imprensa, acrescentando que a maioria foi acusada de “resistência à autoridade” e “em casos mais graves, de terrorismo”. Pelo menos três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos protestos em várias cidades da Venezuela, segundo as autoridades.

O candidato da oposição venezuelana, Edmundo Gonzalez Urrutia, apelou ao Exército para não “reprimir o povo”, na sequência dos protestos contra os resultados eleitorais. “Senhores do Exército (…) não há razão para reprimir o povo da Venezuela, não há razão para perseguir tanto”, realçou durante um comício com a presença de milhares de pessoas e na sequência dos distúrbios que se registam desde segunda-feira no país contra a reeleição do Presidente Nicolás Maduro, considerada fraudulenta pela oposição.

A líder anti-chavista Maria Corina Machado, que não pôde ser candidata por ter sido declarada inelegível, também insistiu no mesmo apelo: “Os cidadãos militares viram com os seus próprios olhos o triunfo de um país sobre a tirania e vamos enviar esta mensagem: o seu dever é defender soberania popular e proteger o povo venezuelano”. Dirigindo-se à multidão a partir de um camião, Machado acrescentou que não aceitava “a chantagem” daqueles que estão no poder, que acreditam que “defender a verdade é violência”.

O ministro da Defesa venezuelano, general Vladimir Padrino, reafirmou de manhã a “lealdade absoluta” das Forças Armadas a Nicolás Maduro. Especificou ainda que o Exército agiria “com força” para “preservar a ordem interna”.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) concedeu a vitória ao Presidente Maduro com pouco mais de 51% dos votos, à frente do principal candidato da oposição, Edmundo González, que terá obtido 44% dos votos. A oposição e parte da comunidade internacional duvidam destes resultados e exigem mais transparência e uma análise das atas eleitorais.

As forças de segurança do Governo venezuelano detiveram nas últimas horas pelos menos quatro elementos da oposição, três deles figuras de destaque e um cuja identidade não foi revelada, segundo a imprensa local. Vários canais de televisão, entre eles a VPI TV, transmitiram através do Youtube os momentos das detenções, mostrando alegados funcionários das forças de segurança, vestidos de preto e sem identificação visível, a intercetarem e prenderem os opositores, depois levados em viaturas.

Um dos detidos foi, em Caracas, o dirigente do partido Vontade Popular e coordenador do movimento opositor Com a Venezuela, Freddy Superlano. Ainda na capital venezuelana, foi também detido o coordenador juvenil do partido Causa R, Rafael Sivira, e uma outra pessoa da oposição cuja identidade não foi revelada. Na ilha venezuelana de Margarita, foi detido o ex-presidente da Câmara Municipal de Marcano, José Ramón Díaz, quando chegava à sua residência na cidade de Juan Griego.

A detenção de Díaz teve lugar depois de uma noite de protestos com participação de um número expressivo de pessoas, segundo vídeos partilhados nas redes sociais, tendo o político sido levado para a sede local do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC, antiga Polícia Técnica Judiciária). Não há informação oficial sobre os motivos das detenções destas pessoas.

Esta segunda-feira, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou a reeleição de Nicolás Maduro para um terceiro mandato (2025-2031) consecutivo, com 51,2% dos votos. O principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, obteve 44,2%, de acordo com os dados oficiais divulgados pelo CNE.

A oposição venezuelana reivindica a vitória nas presidenciais de domingo, com 70% dos votos para González Urrutia, afirmou a líder opositora María Corina Machado, recusando reconhecer os resultados proclamados pelo CNE. Esta terça, a oposição prevê realizar uma manifestação de protesto nas principais cidades do país, no mesmo dia em que, em Caracas, as forças que apoiam o Presidente Nicolás Maduro, vão sair às ruas da capital em defesa dos resultados divulgados pelo CNE.

Vários países já felicitaram Maduro pela vitória, como Rússia, Nicarágua, Cuba, China e Irão, mas outros Estados da comunidade internacional, reconhecidos como democráticos, demonstraram grande preocupação com a transparência das eleições na Venezuela, caso de Portugal, Espanha ou Estados Unidos.

Nove países latino-americanos – Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai – pediram uma “revisão completa” dos resultados eleitorais na Venezuela, país que conta com uma significativa comunidade de portugueses e de lusodescendentes.

(Notícia atualizada às 20h49 com mais informação)

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Pessoal de terra da SATA em greve entre fim de agosto e início de setembro

  • Lusa
  • 30 Julho 2024

Os trabalhadores de terra da SATA associados do SINTAC já estavam, desde 24 de julho, em greve ao trabalho suplementar, contra o “tratamento discriminatório".

Os trabalhadores de terra da SATA associados do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) realizam uma greve a tempo inteiro “entre fim de agosto e início de setembro”, devido à “incapacidade negocial” da empresa. O vice-presidente do SINTAC, Filipe Rocha, adiantou à agência Lusa que “não há evolução negocial do lado da empresa” de aviação açoriana.

Os trabalhadores de terra da SATA associados do SINTAC já estavam, desde 24 de julho, em greve ao trabalho suplementar (paralisação a decorrer até 31 de dezembro), contra o “tratamento discriminatório” da empresa, considerando o sindicato inaceitável que a revisão salarial não seja equitativamente distribuída por todos os trabalhadores.

A estrutura sindical alega não subscrever, nem concordar com “a aplicação aos associados do SINTAC de um acordo feito com outro sindicato”, porque “é injusto quando comparado com outros”. Filipe Rocha revelou à Lusa que “foi realizada hoje uma reunião com o conselho de administração” da SATA, mas “a empresa mantém a proposta que terá assinado com outro sindicato de pessoal de terra”, mas que “é substancialmente inferior à pretensão dos associados” do SINTAC.

Segundo o vice-presidente do SINTAC, a proposta da empresa “valoriza parcelas variáveis do vencimento, em vez do vencimento base”. “Já temos desenhado uma greve, a tempo inteiro, entre o fim de agosto e o início de setembro. A greve já está decidida pelos trabalhadores, é o último recurso e não queríamos chegar a essa situação, mas não há evolução negocial do lado da empresa”, justificou Filipe Rocha.

O SINTAC espera ainda “alguma intervenção dos agentes políticos” para que possa ser “sanado o conflito”. Por outro lado, vai manter-se a greve ao trabalho extraordinário, que segundo indicou o dirigente sindical tem provocado “alguns constrangimentos, atrasos e alguns cancelamentos ao final do dia”.

O SINTAC tem alertado também para “as condições precárias” em que muitos trabalhadores exercem a atividade, com recurso sistemático ao trabalho suplementar, o que “esgota os recursos humanos física e psicologicamente” e provoca um “sentimento de injustiça”.

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Lucro da EDP dispara 75% para 762 milhões no primeiro semestre

A EDP apresenta um resultado líquido de 762 milhões, depois de ter divulgado que a subsidiária EDP Renováveis disparou os lucros em 163% também até junho.

A EDP lucrou 762 milhões de euros nos seis meses terminados em junho, divulgou esta terça-feira a empresa, num comunicado publicado na página do regulador dos mercados, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Este resultado líquido compara com os 437 milhões de euros obtidos no primeiro semestre do ano passado, num salto de 75% face a este período. Em termos recorrentes, o lucro obtido nos primeiros seis meses de 2024 foi de 775 milhões de euros, e teria sido de 591 milhões de euros sem os ganhos com a rotação de ativos.

Tendo em conta os resultados até junho, “a EDP espera atingir em 2024 um EBITDA recorrente de cerca de 5 mil milhões de euros, um resultado líquido recorrente de aproximadamente 1,3 mil milhões de euros, em linha com os objetivos financeiros apresentados em maio”, lê-se no comunicado.

A EDP justifica o desempenho do semestre com o “bom resultado dos ganhos com a rotação de ativos de transmissão de eletricidade no Brasil e ativos de produção de energia eólica e solar em Itália, EUA e Canadá”. A 17 de julho ocorreu o encaixe da transação de rotação de ativos em Itália de cerca de 0,4 mil milhões de euros, “e estão previstas transações adicionais na segunda metade do ano”, indica a elétrica, no mesmo comunicado.

O aumento de 20% da produção de energias renováveis, sobretudo energia hidroelétrica em Portugal (+69%) e eólica e solar nos EUA (+13%) compensou a queda de preços grossistas de eletricidade na Europa e a forte redução da produção de eletricidade com base em combustíveis fosseis, acrescenta a elétrica.

O EBITDA recorrente aumentou 8% para os 2.670 milhões de euros. A produção eólica e solar cresceu 5% e o preço médio de venda manteve-se estável, beneficiando de subida de preços nos EUA e com a queda de preços na Europa a ser parcialmente compensada por estratégias de cobertura.

Em junho de 2024, a dívida líquida totalizava 17,4 mil milhões de euros, mais 14% face a dezembro de 2023, “refletindo a aceleração do investimento em energias renováveis e redes de eletricidade”, o pagamento de dividendos no segundo trimestre e o aumento de 0,4 mil milhões do ativo regulatório em Portugal.

Já no final da semana passada, a EDP comunicou que a subsidiária de energias limpas, a EDP Renováveis, apresentou um crescimento de 163% nos lucros neste mesmo período, face aos primeiros seis meses do ano passado. Atingiu os 210 milhões de euros, suportada pela recuperação do desempenho operacional e os ganhos de rotação de ativos, apesar da subida de 64 milhões de euros dos custos financeiros.

(Artigo atualizado às 17h05 com mais informação)

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Mercado aéreo ‘África-Ásia’ foi a rota comercial com maior desempenho em junho

  • Lusa
  • 30 Julho 2024

Em junho, a procura no mercado África-Ásia aumentou 37,5% em comparação com junho de 2023, o desempenho mais forte de todas as rotas comerciais [do mundo]", declarou a IATA.

As companhias aéreas africanas registaram, em junho, um aumento da procura de 37,5% no mercado com o continente asiático, comparativamente ao mês homólogo de 2023, anunciou esta terça-feira a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA).

Em junho, a procura no mercado África-Ásia aumentou 37,5% em comparação com junho de 2023, o desempenho mais forte de todas as rotas comerciais [do mundo]”, declarou a IATA, num comunicado de imprensa onde anuncia que publicou a sua análise anual de junho de 2024 do mercado da carga aérea com base na capacidade [oferta] e no tráfego [procura].

O continente africano representa 2% do mercado mundial de carga área, mas, durante o mês de junho deste ano, registou-se um “crescimento anual de 11,8% na procura de carga aérea” e a sua capacidade “aumentou 23,8% em termos anuais”, salientou a entidade. “Em comparação, a indústria aérea global registou um aumento de 14,1% na procura de transporte de carga aérea em comparação com os níveis de junho de 2023”, indicou.

Os dados relativos aos mercados globais de carga aérea de junho mostram um forte crescimento anual contínuo da procura. “Isso contribuiu para um desempenho excecional no primeiro semestre do ano para a carga aérea, com volumes superiores a 2023, 2022 e até mesmo os níveis recordes de 2021”, concluiu.

 

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Ministério da Cultura designa Rui Machado e Nuno Sena para direção da Cinemateca

  • Lusa
  • 30 Julho 2024

Rui Machado foi designado para diretor da Cinemateca Portuguesa, uma posição que já ocupava em regime de substituição, e Nuno Sena para subdiretor.

O Ministério da Cultura designou Rui Machado para o cargo de diretor da Cinemateca Portuguesa, confirmando assim a posição que já ocupava em regime de substituição, e Nuno Sena para subdiretor.

Em comunicado, o Ministério da Cultura dá conta de que as nomeações acontecem “na sequência dos procedimentos concursais abertos para o efeito e considerando as propostas de designação do júri da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública”, acrescentando que os despachos produzem efeito a partir de dia 16 de agosto.

Nascido em 1970, Rui Machado começou a trabalhar na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, em 1990, como técnico de conservação em part-time, enquanto terminava a licenciatura em Economia, passando depois a tempo inteiro, de acordo com a nota curricular que acompanha o despacho. Dez anos depois, assumiu a coordenação da área técnica do Arquivo Nacional das Imagens em Movimento (ANIM), sendo nomeado, em 2006, pelo então diretor da Cinemateca, João Bénard da Costa, chefe interino do Departamento ANIM, que assumiu formalmente em 2009.

Rui Machado passou a subdiretor da Cinemateca em 2014, tendo exercido as funções de diretor desde 07 de fevereiro deste ano, “por ter sido atingido o limite máximo de duração da comissão de serviço do técnico superior José Manuel Correia Costa no cargo”. Desde maio que ocupava o cargo em regime de substituição.

Quanto a Nuno Sena, é assessor da direção da Cinemateca nas áreas de programação, parcerias, edições e formações de públicos desde 2019, tendo dirigido, entre 1998 e 2003, o Departamento de Exposição Permanente da instituição. De acordo com a nota biográfica disponibilizada pelo ministério, este cofundador do IndieLisboa foi ainda assistente de direção do então Instituto Português da Arte Cinematográfica e Audiovisual, hoje Instituto do Cinema e do Audiovisual.

O concurso para a direção da Cinemateca foi aberto no final do ano passado, tendo a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública não encontrado “três candidatos aptos a integrar uma proposta de designação”.

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Banco de Portugal instaurou 97 processos e aplicou coimas de 862 mil euros no segundo trimestre

  • Lusa
  • 30 Julho 2024

Dos 93 processos concluídos, 49 respeitaram a infrações de natureza comportamental, 33 de natureza prudencial.

O Banco de Portugal (BdP) instaurou 97 processos de contraordenação e concluiu 93 no segundo trimestre deste ano, aplicando coimas no valor de 862 mil euros, anunciou esta terça-feira o regulador bancário.

De acordo com a síntese da atividade sancionatória do BdP relativa ao período entre abril e junho deste ano, dos 93 processos concluídos, 49 respeitaram a infrações de natureza comportamental, 33 de natureza prudencial, seis infrações sobre deveres relativos a prevenção do branqueamento de capitais e do terrorismo, quatro a atividade financeira ilícita e uma a matéria de recirculação de numerário.

Quanto aos processos instaurados, 40 dos 97 “respeitam a infrações a deveres relativos à prevenção de branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo”, enquanto 32 dizem respeito a infrações em matéria de recirculação de numerário.

Entre os 97 instaurados, 13 estavam relacionados com infrações de natureza prudencial, 10 com atividade financeira ilícita, um de natureza comportamental e um com sistemas de pagamento.

No âmbito das decisões proferidas, o Banco de Portugal aplicou coimas num total de 862 mil euros, sendo que 33 mil euros estão suspensos na sua execução.

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Concorrência dá luz verde à compra da One Clinics pela Ageas Portugal

  • Lusa
  • 30 Julho 2024

O regulador analisou os negócios dos dois grupos e concluiu que a “operação notificada não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva em Portugal”.

A Autoridade da Concorrência (AdC) deliberou não se opor à aquisição do Grupo One Clinics pela seguradora Ageas Portugal, adiantou o regulador, num comunicado divulgado esta terça-feira.

Assim, o Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência deliberou “adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração”, uma vez que “a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no território nacional ou numa parte substancial deste”, lê-se no documento.

A AdC lembrou que a Ageas Portugal integra o Grupo Ageas, “que tem como atividade principal a prestação de seguros e resseguros de vida e não vida, na Europa e na Ásia”, sendo que, no mercado nacional, “dedica-se principalmente à prestação de seguros de vida e não vida e de serviços de cuidados de saúde”.

Já o Grupo One Clinics atua “na prestação de serviços de medicina física e de reabilitação através de 14 clínicas próprias na Área Metropolitana de Lisboa (Cascais, Parede, Oeiras, Sintra-Este, Queluz, Mafra, Telheiras, Sacavém, Laranjeiro, Barreiro, Miraflores e Av.ª EUA) e no Alentejo (Beja e Évora)”.

Na sua decisão, a AdC analisou os negócios dos dois grupos e concluiu que a “operação notificada não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva em Portugal”.

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