Mais de 1.600 enfermeiros saíram de Portugal em 2023

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2024

"A fuga de enfermeiros para o estrangeiro continua, com os números a aumentarem relativamente ao ano passado", destaca a Ordem.

Cerca de 1.600 enfermeiros saíram de Portugal no ano passado, mais 527 do que em 2022, sendo a Suíça o principal país de destino, segundo dados da Ordem dos Enfermeiros, que alertam para a “fuga” destes profissionais. A Ordem dos Enfermeiros (OE) recebeu em 2023 um total de 1.689 pedidos de declaração para efeitos de emigração, número que diz representar cerca de 60% dos 2.916 enfermeiros inscritos este ano.

“A fuga de enfermeiros para o estrangeiro continua, com os números a aumentarem relativamente ao ano passado”, destaca a Ordem, em comunicado divulgado esta segunda-feira. À semelhança do ano passado, a Suíça continua a ser o país que recebe mais enfermeiros portugueses, seguido de Espanha, Bélgica, França e Reino Unido.

Fora da Europa, a Ordem destaca estarem a tornar-se mais atrativos para os profissionais portugueses países como a Arábia Saudita ou os Emirados Árabes Unidos, empregando cada vez mais enfermeiros portugueses.

“Os dados demonstram a continuação da tendência da emigração dos enfermeiros, apesar da carência crónica destes profissionais em Portugal”, destaca, defendendo que este aumento da emigração demonstra que Portugal “continua sem conseguir fixar” enfermeiros que emigram em busca de melhores carreiras e condições de trabalho.

A OE conclui o documento apelando a que os programas eleitorais dos partidos incluam medidas que valorizem os enfermeiros e “travem” a emigração.

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Remessas de emigrantes sobem 2,7% em novembro para 324,6 milhões de euros

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2024

Já os estrangeiros a trabalhar em Portugal enviaram para os seus países de origem 48,2 milhões de euros em novembro do ano passado.

As remessas dos emigrantes subiram 2,7% em novembro face ao período homólogo de 2022, para 324,6 milhões de euros, enquanto as verbas enviadas pelos imigrantes aumentaram 0,8%, para 48,2 milhões de euros, segundo o Banco de Portugal.

De acordo com os dados disponibilizados esta segunda-feira na página do regulador financeiro nacional, os emigrantes enviaram 324,6 milhões de euros em novembro de 2023, o que representa uma subida de 2,7% face aos 316,2 milhões de euros enviados em novembro de 2022.

Em sentido inverso, os estrangeiros a trabalhar em Portugal enviaram para os seus países de origem 48,2 milhões de euros em novembro do ano passado, o que representa uma subida de 0,8% face aos 47,85 milhões de euros enviados em novembro de 2022.

Já as remessas provenientes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) caíram 12,8%, passando de 31,71 milhões de euros, em novembro de 2022, para 27,66 milhões de euros em novembro do ano passado.

Para esta quebra muito contribuiu a forte descida de 14% das remessas provenientes dos emigrantes em Angola, de 31,1 milhões de euros em novembro de 2022, para 26,75 milhões de euros em novembro do ano passado.

Olhando para o total dos 11 meses de 2023, constata-se que os 3.644,27 milhões de euros enviados pelos emigrantes estão 2,5% acima dos 3.555,52 milhões de euros enviados de janeiro a novembro de 2022, o que significa que é muito provável que as remessas, para o conjunto do ano passado, batam o recorde de 3.892,26 alcançado no ano anterior.

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Região de Coimbra integra projeto transfronteiriço para prevenir fogos rurais

Projeto vai identificar zonas estratégias de gestão para intervenção, capacitar técnicos e operacionais, além de permitir a troca de experiências entre os parceiros espanhóis e portugueses.

A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra passou a integrar o projeto FIREPOCTEP+ com vista a reforçar os sistemas de prevenção e extinção de fogos florestais na região transfronteiriça entre Portugal e Espanha. “O projeto visa melhorar a resiliência da paisagem aos grandes incêndios rurais“, afirma esta comunidade que participou esta segunda-feira, na reunião de arranque do programa, em Bruxelas.

No caso do território da CIM Região de Coimbra, descreve a CIM, serão ainda identificadas zonas estratégias de gestão para intervenção, “numa ótica de diminuição da carga de combustível com recurso a fogo controlado”. Este programa vai ainda capacitar técnicos e operacionais, além de permitir a troca de experiências e sinergias entre os parceiros portugueses e espanhóis.

Financiado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), no âmbito do Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal (POCTEP) 2021-2027, este programa tem um orçamento total de 3,3 milhões de euros. Segundo a CIM da Região de Coimbra, o programa tem uma duração de três anos e um total de 15 beneficiários entre Portugal e Espanha, além de dois parceiros não financiados.

Liderado pela Universidade de Vigo, este projeto “constitui uma referência de cooperação transfronteiriça empenhada na preservação do ambiente e no crescimento socioeconómico das regiões envolvidas”, assinala ainda a CIM da Região de Coimbra.

Entre os objetivos “ambiciosos” deste projeto constam o desenvolvimento de metodologias e ferramentas inovadoras, a promoção de soluções partilhadas mediante estratégias participativas que envolvem a população rural e o setor produtivo.

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Alta velocidade em bitola ibérica é essencial na ligação a Espanha, afirma Infraestruturas de Portugal

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2024

O vice-presidente da IP, Carlos Fernandes, registou que a rede ferroviária dedicada ao transporte de mercadorias em Espanha utiliza, em grande parte, a bitola ibérica.

O vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP) Carlos Fernandes insistiu esta segunda-feira que a construção da nova linha de alta velocidade em bitola ibérica é essencial na ligação a Espanha e que coincide com a restante rede ferroviária nacional.

Durante uma exposição intitulada “Situação da Ferrovia nos Planos Nacionais de Investimento PNI2020 e PNI2030”, Carlos Fernandes registou que a rede ferroviária dedicada ao transporte de mercadorias em Espanha utiliza, em grande parte, a bitola ibérica, com apenas algumas ligações a França a recorrerem à bitola europeia.

Num “encontro sobre as perspetivas do desenvolvimento da ferrovia nacional – dos planos à concretização”, na Sociedade de Geografia de Lisboa, Carlos Fernandes fez uma contextualização e uma apresentação sobre a situação dos PNI2020 e PNI2030, bem como sobre a previsão da linha de alta velocidade. O vice-presidente da IP defendeu que o planeamento feito por Portugal para a incorporação da linha de alta velocidade “não é nenhuma invenção, é rigorosamente o que existe em todos os países europeus”.

“O Governo português tem dito é que Portugal está disponível para fazer a migração quando duas situações estiverem cumpridas: uma, deixem-nos acabar a linha – ou seja, enquanto só tivemos uma parte da linha, umas fases da linha, não faz sentido mudar, porque depois temos aqui um problema muito complicado de resolver – e dois, quando houver planos oficiais e efetivos de ligar a bitola europeia às nossas fronteiras”, considerou.

Para o vice-presidente da IP, se Portugal fizesse uma ligação entre Porto e Vigo em bitola europeia “chegava à fronteira e não entrava”. Segundo Carlos Fernandes, o Governo espanhol já foi questionado sobre os objetivos de migração e o que foi transmitido a Portugal e Bruxelas “foi que não há condições de migrar o troço entre Vigo e Corunha, porque aquela linha de alta velocidade é utilizada também por muitos tráfegos regionais da Galiza”.

“Ou migrava a rede toda da Galiza – o que não é possível –, ou aquele eixo nunca vai ser migrado, e não vai. Só faz sentido, quando houver, um dia, planos de Espanha para migrar isso, que Portugal migre também”, acrescentou. A nível nacional, defendeu que a criação de uma linha de alta velocidade com bitola ibérica permite que qualquer comboio possa utilizá-la, sem provocar constrangimentos com incompatibilidades e assinalou que qualquer mudança terá de partir, primeiro, de Espanha.

“A bitola europeia está em França e tem de vir de França para Espanha e de Espanha para Portugal, nunca pode ser ao contrário”, apontou, dizendo que estas mudanças estão dependentes de acordos, dando o exemplo da eletrificação da linha da Beira Alta. Por agora, apontou a necessidade de conectar as mercadorias portuguesas a Espanha pela ferrovia, uma vez que 80% do volume é para esse país.

De acordo com Carlos Fernandes, a diferença de custos na aquisição é “absolutamente residual”. “Os mesmos fabricantes que fabricam em bitola europeia fabricam em bitola ibérica”, referiu. Ainda assim, referiu que caso seja preciso alterar a configuração em Portugal não deverá haver problemas. “No dia em que for preciso mudar, isto tem um custo de 100.000 euros por quilometro”, apontou, dizendo que é algo “que tem uma produtividade elevada” e que teria constrangimentos diminuídos.

A alternativa caso a infraestrutura incorporasse características da bitola europeia será a instalação de cambiadores, “que custam 10 ou 15 milhões de euros”. A linha de alta velocidade deverá ligar as duas principais cidades do país em cerca de uma hora e 15 minutos, com paragens possíveis em Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria.

A primeira fase (Porto – Soure) deverá estar pronta em 2030, com possibilidade de ligação à Linha do Norte e encurtando de imediato o tempo de viagem, estando previsto que a segunda fase (Soure – Carregado) se complete em 2032, com ligação a Lisboa posteriormente, mas assegurada via quadruplicação da Linha do Norte. Prevê-se a realização de 60 serviços por dia e por sentido, dos quais 17 serão diretos, nove com paragens nas cidades intermédias (Leiria, Coimbra, Aveiro e Gaia), e 34 serviços mistos (com ligação à rede convencional).

O projeto prevê transportar 16 milhões de passageiros por ano na nova linha e na Linha do Norte, dos quais cerca de um milhão que atualmente fazem aquela viagem de avião. Paralelamente, está também a ser projetada a ligação do Porto a Vigo, na Galiza (Espanha), com estações no aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga e Valença (distrito de Viana do Castelo).

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ISAG procura ideias de negócio inovadoras entre os alunos do secundário

As três equipas mais bem classificadas no concurso de ideias ISAG Changing Ideas: The Game vão participar em projetos de I&D do ISAG-EBS no Comic Con, Primavera Sound Porto ou North Festival.

Distinguir as ideias de negócio mais inovadoras que resultem de trabalho de pesquisa e investigação, conhecimento científico e/ou tecnológico dos estudantes do Ensino Secundário é o grande objetivo do concurso de ideias ISAG Changing Ideas: The Game. Os interessados têm até 16 de fevereiro para se inscreverem.

Lançado pelo ISAG – European Business School (ISAG-EBS), instalado no Porto, vai premiar ideias inovadoras ao nível digital nas áreas da sustentabilidade, da globalização e comunicação, refere a instituição de ensino em comunicado. As ideias a concurso devem ainda destacar a promoção do bem-estar e da felicidade nas organizações ou na sociedade em geral.

“Criar novos processos, produtos, serviços ou negócios ou introduzam alterações profundas em processos, produtos, serviços e negócios já existentes” é outro dos critérios de participação nesta iniciativa que tem em curso a segunda fase de inscrições para equipas com três a cinco elementos, cada.

Os alunos participantes devem frequentar “cursos científico-humanísticos, profissionais, artísticos especializados e cursos com planos próprios”, ainda segundo o ISAG.

ISAG – European Business School (ISAG-EBS), no Porto

O desafio disputa-se ao longo de seis etapas, a última das quais decorre a 30 de abril, no campus do ISAG-EBS, onde as equipas finalistas apresentarão a sua ideia de negócio num pitch com a duração máxima de 15 minutos. Entre os critérios a avaliar pelo júri estão o grau de inovação (30%), o impacto na sociedade, designadamente em termos económicos, sociais, ambientais ou culturais (30%), a viabilidade do negócio (20%) e a qualidade da apresentação (20%).

As três equipas mais bem classificadas participarão durante este ano em projetos de Investigação & Desenvolvimento (I&D) do ISAG-EBS em eventos como o Comic Con, o Primavera Sound Porto ou o North Festival.

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Trabalhadores da Hutchinson avançam para greve no dia 31

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2024

Na fábrica que produz borrachas, em Campo Maior, trabalham cerca de 525 pessoas (efetivos), mais cerca de 200 trabalhadores em regime de trabalho temporário.

Os trabalhadores da fábrica Hutchinson, em Campo Maior (Portalegre), que produz borrachas para a indústria automóvel, vão iniciar uma greve de 24 horas, no dia 31 deste mês, para reivindicar aumentos salariais, revelou esta segunda-feira fonte sindical.

Eduardo Florindo, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul), explicou à agência Lusa que a greve dos trabalhadores daquela unidade fabril vai começar às 22:00 do dia 31. Em plenário, “os trabalhadores decidiram avançar com essa forma de luta porque a empresa, até ao presente, ainda não respondeu às propostas do caderno reivindicativo que foi apresentado, nomeadamente o aumento do salário”, disse.

Nesta fábrica, segundo o dirigente sindical, trabalham cerca de 525 pessoas (efetivos), mais cerca de 200 trabalhadores em regime de trabalho temporário. Além de reivindicarem o aumento salarial, os trabalhadores reclama a atualização do subsídio de refeição, aplicação de diuturnidades, pagamento das horas efetuadas aos sábados e dias feriados como trabalho suplementar e a atribuição do dia de aniversário.

O dirigente do SITE Sul recordou que esta é a “primeira vez” na história daquela unidade que os trabalhadores decidiram avançar com uma greve. “Há uma outra questão que está a indignar os trabalhadores. A empresa marca faltas injustificadas por tudo e por nada, até mesmo quando estão de baixa”, argumentou o dirigente sindical.

De acordo com Eduardo Florindo, “o trabalhador está de baixa, vai ao médico, não comunica à empresa que vai renovar a baixa, envia só depois de o médico ter passado [o documento] e a empresa marca falta injustificada”. A Lusa contactou a administração da empresa para obter uma reação sobre esta tomada de posição dos trabalhadores, mas a mesma escusou-se a prestar esclarecimentos.

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Movimento de Miranda apela a municípios que impeçam avaliação de barragens

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2024

“Dada a urgência, devem os municípios ponderar a adoção de providências cautelares junto dos tribunais”, diz o Movimento de Miranda.

O Movimento Cultural Terra de Miranda (MCTM) apelou, esta segunda-feira, a todos os municípios com barragens que impeçam as suas avaliações antes de serem eliminadas o que dizem ser “graves e grosseiras ilegalidades contidas nas instruções da diretora-geral da Autoridade Tributária”. “Dada a urgência, devem os municípios ponderar a adoção de providências cautelares junto dos tribunais”, sublinha este movimento cívico do Planalto Mirandês.

Em comunicado enviado à Lusa, o MCTM indica estar agendada, para os dias 30 e 31, a segunda avaliação das barragens da Terra de Miranda e que, “por imposição da hierarquia da Autoridade Tributária (AT), o valor dos equipamentos não vai ser considerado”.

“O que irá ser avaliado não são os ‘centros eletroprodutores’, como a lei estabelece, mas meras estruturas de cimento e alvenaria, incapazes de produzir energia e, por isso, insuscetíveis de serem sujeitas ao IMI”, acrescenta.

Defendendo que “as instruções da AT são ilegais, e isso foi admitido pela própria direção da AT”, considera o Movimento que “as avaliações e as liquidações do IMI também o serão”, tal como “as instruções de avaliação dadas pela Diretora-geral da AT” que “conduzirão à invalidade das avaliações e à consequente anulação da liquidação do IMI sobre estas barragens”.

“É seguro que, desta forma, as concessionárias vão continuar a não pagar o IMI devido, durante muitos anos. Se tudo isto não é um plano bem urdido para fugir ao Fisco e para enganar as populações e o país, pelo menos parece”, indica o Movimento.

O MCTM apela, por isso, aos municípios de Miranda do Douro e Mogadouro, no distrito de Bragança, bem como a todos os municípios do país com energias renováveis, “que impeçam que estas avaliações sejam feitas sem que antes se eliminem as graves e grosseiras ilegalidades contidas nas instruções da diretora-geral da AT”.

Este movimento cívico defende ainda “que o Governo tem o dever de pôr cobro imediato a este comportamento consciente da diretora-geral da AT”.

É seguro que, desta forma, as concessionárias vão continuar a não pagar o IMI devido, durante muitos anos. Se tudo isto não é um plano bem urdido para fugir ao Fisco e para enganar as populações e o país, pelo menos parece.

Movimento Cultural Terra de Miranda (MCTM)

“O Governo, que tutela a AT, não pode tolerar mais esta ilegalidade. É seu dever fazer prevalecer o Direito, ouvindo os municípios, correspondendo a solicitações já feitas por alguns deles e pela Associação Nacional de Municípios Portugueses [ANMP] e, até agora, sem qualquer resposta”, vinca.

Em 12 de dezembro de 2023, a ANMP exigiu a revisão das instruções da Autoridade Tributária em relação às áreas de produção de energias renováveis, como as barragens, realçando que a atual circular levaria à isenção de IMI daqueles equipamentos.

No início de janeiro, a Sic Notícias avançou que a AT tinha deixado caducar o direito à liquidação do IMI, de 2019, relativo a mais de 160 barragens em todo o país, entre as quais o relativo ao negócio da venda, pela EDP, por 2,2 mil milhões de euros, das seis barragens transmontanas (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua).

A 11 de janeiro, a diretora-geral da AT, Helena Borges, disse que não afastava a possibilidade de continuar a liquidar o IMI das barragens relativo a 2019, baseando essa possibilidade numa lei de 2020, aprovada no âmbito da pandemia da Covid-19, que suspende os prazos de caducidade da liquidação dos impostos.

Nesse dia o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, revelou, que a AT tinha concluído a avaliação de 83 barragens no país, tendo sido feita a liquidação de IMI de 32.

O município de Miranda do Douro apresentou, a 5 de janeiro, uma queixa-crime contra “pessoas singulares desconhecidas” na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Lisboa, por anulação de matrizes de IMI das barragens desde 2007.

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Trabalhadores da Silopor avançam com greve a 31 de janeiro

A paralisação total, a primeira desde 2009, não deverá causar ruturas de produção. No entanto, o sindicato não descarta outras greves no futuro caso as reivindicações não sejam atendidas.

Os trabalhadores da Silopor, que tem silos portuários na Trafaria (Almada), no Beato (Lisboa) e em Vale Figueira (Santarém) e é responsável pelo armazenamento de mais de metade dos cereais consumidos no país, vão avançar para greve no próximo dia 31 de janeiro. De acordo com o sindicato, não estão afastadas outras paralisações, caso as reivindicações não sejam atendidas.

Na base da decisão, noticiada pelo Jornal de Negócios e confirmada pelo ECO, e que foi aprovada esta segunda-feira, estão três reivindicações que não têm sido atendidas pela comissão liquidatária detida a 100% pelo Estado: integração de trabalhadores temporários nos quadros, a atualização salarial e a progressão na carreira.

Segundo adiantou Célia Lopes, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), os trabalhadores vão fazer um “paralisação total a 31 de janeiro”, concentrando-se, primeiro, no terminal da Trafaria, em Almada, e partindo depois para o Ministério das Finanças. Esta ação não deverá causar ruturas na produção, no entanto Célia Lopes garante que neste dia “não haverá nem descargas de navios, nem abastecimento de camiões”.

A principal reivindicação dos trabalhadores, que não fazem uma paralisação total desde 2009, tem que ver com as limitações da comissão liquidatária aos aumentos salariais, que não pode ir além de 5%. Tal como noticiou o ECO este mês, a administração da Silopor está autorizada a subir a massa salarial dos trabalhadores até 5%, tal como as restantes empresas públicas, assegurou o Ministério das Finanças. O CESP, afeto à CGTP, tinha denunciado ao ECO que o Governo tinha excluído a empresa desta orientação pelo facto de se encontrar em processo de encerramento.

Segundo Célia Lopes, apesar do Governo ter permitido à comissão liquidatária a negociação da revisão salarial, as limitações de 5%, que incluem promoções automáticas e outros prémios, “vai limitar a possibilidade de aumentos salariais”.

De acordo com a estimativa do sindicato, há cerca de 30% de trabalhadores em situação de progressão automática, o que significa “que quem vai pagar são as promoções”, prevendo-se que a comissão liquidatária não consiga “aumentos além de 52 euros por trabalhador”, refere Célia Lopes.

Outra das reivindicações dos trabalhadores tem que ver com a integração na Silopor dos trabalhadores temporários. “Os trabalhadores são uma massa significativa. Há 83 trabalhadores no quadro e mais 25 ou 26 que são contratados”, realça Célia Lopes. Trata-se de 30% da força de trabalho, sendo que muitos destes estão em função de prestação de serviços para a Silopor desde 2019, num desrespeito pelas leis laborais, denuncia o sindicato.

Por fim, os trabalhadores querem proceder a uma revisão das carreiras. Atualmente, o acordo de empresa prevê carreiras “muito longas”. “Há trabalhadores que chegam a levar seis anos para poder progredir“, adianta a mesma responsável.

Célia Lopes realça que apesar do Governo estar demissionário, a comissão liquidatária, cujo mandato foi renovado até junho de 2025, tem condições para tomar decisões e fazer cumprir a lei. Questionada sobre futuras ações de greve, refere que “os trabalhadores a cada momento decidirão”. Para já, esta paralisação de 24 horas “é um sinal que os trabalhadores darão que não aceitam que não haja uma resposta às suas reivindicações”.

(Notícia atualizada às 14h40)

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Dean português lidera expansão do campus do INSEAD com empréstimo de 60 milhões do BEI

  • Joana Abrantes Gomes
  • 22 Janeiro 2024

Reitor da instituição desde setembro de 2023, Francisco Veloso vai agora comandar a expansão do campus da escola de negócios na cidade francesa de Fontainebleau.

A escola de negócios INSEAD, liderada pelo português Francisco Veloso há quatro meses, garantiu um empréstimo de 60 milhões de euros junto do Banco Europeu de Investimento (BEI) para financiar a modernização e a expansão do seu campus em Fontainebleau, anunciou esta segunda-feira a instituição financeira.

O plano da instituição de origem francesa, que além de França tem escolas em Singapura, Abu Dhabi e São Francisco, abrange seis fases entre 2024 a 2033. O objetivo passa por integrar espaços físicos e digitais com construção sustentável e recorrer a energias renováveis, incluindo instalações geotérmicas e solares, segundo aponta o BEI, em comunicado.

“As infraestruturas educativas e a inovação figuram entre as prioridades do BEI e esta operação contribuirá para reforçar a competitividade europeia nestes domínios”, assinala o Banco Europeu de Investimento, acrescentando que o projeto “está em consonância com a Agenda de Competências para a Europa”.

Citado na mesma nota, o dean Francisco Veloso, que lidera a escola desde setembro do ano passado, sublinha que este empréstimo do BEI é um “passo fundamental” para a reimaginação do campus da INSEAD na Europa, permitindo “prosseguir os seus objetivos estratégicos e competir no topo do mundo académico”.

Já o vice-presidente do BEI Ambroise Fayolle realça que a operação é “um exemplo concreto do apoio do BEI à educação e inovação”. “Este investimento também irá melhorar significativamente a pegada de carbono do campus do INSEAD, ajudando assim a combater as alterações climáticas”, acrescentou.

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Under Blue de Penafiel “veste” novas lojas na zona Centro e aposta internacional

Empresa de vestuário nortenha, que emprega 160 pessoas e soma 17 lojas próprias em Portugal e uma em franchising em Angola, está a avaliar parceiros no Reino Unido, Nigéria e Emirados Árabes Unidos.

Fundada em 2005 pelo casal Filipe e Gi Magalhães, natural de Penafiel e proveniente de uma família com experiência na indústria têxtil, a Under Blue abriu a primeira loja própria em Lousada, depois de o negócio arrancar com o fabrico e a distribuição de fatos de homem através de lojas multimarcas. Ao final do primeiro ano começou a expandir em Portugal e Espanha, com lojas em Lisboa e Madrid.

Atualmente, a marca portuguesa emprega 160 pessoas e soma 17 lojas de Norte a Sul do país, detendo ainda uma loja franchising em Luanda (Angola). No ano passado, o casal inaugurou duas novas lojas em Paços de Ferreira e Guimarães, e para este ano prevê a abertura de mais espaços comerciais na zona Centro do país e reforçar a aposta na internacionalização.

“Para o ano de 2024, a Under Blue tem planos ambiciosos, apesar do contexto económico e empresarial em Portugal, que refletem a nossa determinação em prosseguir numa trajetória de crescimento e excelência (…) Estamos empenhados em consolidar e aprimorar a posição da nossa marca, implementando estratégias que reforcem a nossa presença no mercado português e além-fronteiras“, indica Daniel Magalhães, COO da empresa.

Daniel Magalhães, que pertence à segunda geração da família dos fundadores, revela ainda que está nos planos da empresa apostar na internacionalização da marca através do franchising, adiantando ao ECO/Local Online que tem estado reunido com parceiros do Reino Unido, Nigéria e Emirados Árabes Unidos.

A Under Blue é patrocinadora do Vitória Sport Clube desde a época de 2021/2022, e é também parceiro oficial da Liga Portugal. “Ser patrocinador do Vitória Sport Clube reforça o nosso compromisso em apoiar o desporto e a comunidade desportiva”, diz o COO da empresa.

Sou testemunha do trabalho, empenho e espírito de sacrifício dos meus pais ao longo destes 18 anos. Por isso, estou entusiasmado com esta oportunidade e determinado a honrar o legado familiar e empresarial.

Daniel Magalhães

COO da Under Blue

Comprometido em levar a marca mais além, Daniel Magalhães afirma que está empenhado em “contribuir para o crescimento sustentável da Under Blue, trazendo uma perspetiva jovem e única”.

“Cresci no mundo Under Blue, sou testemunha do trabalho, empenho e espírito de sacrifício dos meus pais ao longo destes 18 anos. Por isso, estou entusiasmado com esta oportunidade e determinado a honrar o legado familiar e empresarial”, resume o jovem empresário.

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Sindicato francês das empresas de assistência passa a associação

  • ECO Seguros
  • 22 Janeiro 2024

São 9 empresas de assistência em França que também dão resposta aos sinistros dos clientes das seguradoras em todo o mundo. Algumas estão diretamente a trabalhar em Portugal.

O Syndicat national des sociétés d’assistance (SNSA), que agrupa as maiores empresas francesas de assistência, passou a designar-se Union des Assisteurs.

Jean-Matthieu Biseau, é presidente e director Général do groupo Opteven e está à frente da associação.

A associação foi criada em 1981 e junta a Acta Assistance, Allianz Partners/Mondial Assistance, AXA Partners, Europ Assistance (proprietária da AdvanceCare), Fidelia Assistance, Filassistance e o Groupe IMA (Inter Mutuelles Assistance), que participa em Portugal no Toolto/Mobility 24.

Em conjunto, as empresas empregam 10.400 pessoas e faturaram 4,24 mil milhões de euros em França e 12 mil milhões em todo o mundo em 2022, representando 96% do negócio do setor no país.

A assistência automóvel representou 62% em dos cerca de 12 milhões de ocorrências em 2022 em todo o mundo, as viagens 3%, habitação 11%. Também são relevantes a saúde/assistência pessoal e outros serviços como conciergerie gama alta, aconselhamento jurídico e gestão de informação.

Jean-Matthieu Biseau, est Président Directeur Général du groupe Opteven.

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DECO lança simulador que promete poupanças em seguros

  • ECO Seguros
  • 22 Janeiro 2024

A plataforma disponibiliza recomendações para poupar em seguros multirrisco. A análise é feita mediante as informações que o utilizador disponibiliza no formulário.

A DECO PROteste lançou esta segunda-feira a plataforma Saber Poupar, um simulador que calcula como e quanto pode poupar em seguros multirriscos e em despesas relacionadas com a habitação, combustíveis, energia, telecomunicações e custos bancários. Segundo a organização de defesa dos consumidores, as simulações podem ajudar os consumidores a poupar mais de mil euros por ano.

Através do preenchimento de um formulário, onde o utilizador disponibiliza algumas informações sobre as diferentes áreas mencionadas, é possível “verificar que poupanças são previsíveis”, refere a DECO no comunicado.

“Os utilizadores podem selecionar as áreas de interesse, inserir dados para caracterizar o seu perfil e aceder a soluções personalizadas. Em poucos passos de preenchimento, o consumidor fica a saber o valor global que poupa por ano, podendo saber o valor de poupança em cada uma das áreas selecionadas por si e as respetivas recomendações. A plataforma fornece ainda informações sobre tarifários vantajosos, contas bancárias, crédito à habitação, seguros e descontos exclusivos, como os oferecidos na CEPSA, através do Cartão DECO PROteste Descontos.”, dá conta a DECO.

Após o preenchimento do formulário, são disponibilizados resultados das simulações para o seguro multirriscos-habitação. Aí irá estar descrito a marca de seguros recomendada pela DECO, o seu prémio anual e o montante que pode economizar, comparando com a apólice que tem contratualizada. Se a proposta for conveniente, o utilizador pode pedir uma proposta, mas também podem ser exploradas outras opções através do simulador da DECO dedicado aos seguros multirriscos-habitação.

Sob o morte “Saber é Poder”, a iniciativa visa potenciar escolhas informadas dos consumidores para que tomem melhores decisões. A DECO acredita que a poupança é fomentada pelo conhecimento, sendo o agregador uma das ferramentas usadas para uma escolha informada.

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