Salários diferentes entre homens e mulheres nem sempre são “discriminação”, alerta CIP

  • Lusa
  • 14 Novembro 2024

A confederação realça que é preciso distinguir as situações e em "muitos casos" estão em causa "diferenciações salariais e não a discriminações salariais".

A CIP considera que as desigualdades salariais só podem justificar-se com base “na avaliação que as empresas fazem relativamente às qualificações, competências, mérito e confiança” dos trabalhadores, notando ser necessário “clarificar” a distinção entre diferenciação e discriminação salarial.

“A CIP entende que as diferenças salariais existentes, seja entre homens e mulheres ou dentro do mesmo género, só podem justificar-se na avaliação que as empresas fazem relativamente às qualificações, competências, mérito e confiança quanto aos seus ativos, bem como no valor acrescentado destes para a organização, e não por uma questão de género”, adianta o diretor-geral da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), numa declaração por escrito enviada à agência Lusa, a propósito do Dia Nacional da igualdade salarial, que se assinala esta quinta-feira.

Apesar de sinalizar que a CIP “valoriza a igualdade remuneratória entre homens e mulheres”, bem como “prossecução de políticas pragmáticas e equilibradas destinadas a promover a igualdade de género”, Rafael Rocha defende que é necessário “clarificar conceitos”.

“De facto, na prática, o que se observa é que, quando se identifica uma diferença salarial entre homens e mulheres, com inusitada frequência, inclusivamente por parte de pessoas com responsabilidades, se qualifica a mesma como discriminação”, nota.

E, para a CIP “a qualificação não é, na maioria dos casos, correta”, dado que em “muitos casos” estão em causa “a diferenciações salariais e não a discriminações salariais”.

“São duas realidades muito diferentes”, aponta o diretor-geral da CIP, notando que “pode haver diferenciação sem haver discriminação”. A CIP defende, por isso, que se elabore um estudo, cuja “análise das diferenças salariais cruze entre si as qualificações, as habilitações literárias, o género e a idade, tudo isto com as funções efetivamente exercidas”.

“Só através do cruzamento das variáveis identificadas é que será possível obter um retrato credível do que se passa efetivamente no mercado de trabalho”, remata.

Os dados mais recentes da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), referentes a 2022, indicam que diferença salarial entre mulheres e homens foi de 13,2%, ou seja, “as mulheres ganharam menos 160 euros do que os homens”. Já considerando os prémios e subsídios regulares “essa diferença aumentou para 16%, ou seja, menos 235 euros por mês”.

O fosso salarial entre homens e mulheres não acontece apenas em vida ativa, mas também na aposentação. Uma análise que consta do Livre Verde sobre a Sustentabilidade do Sistema Previdencial, que está em consulta pública, revela que as pensões dos homens correspondem, em média, nos quatro anos analisados, a 73,5% dos últimos salários enquanto nas mulheres essa taxa cai para 58,1%, o que se traduz numa diferença de 15 pontos percentuais.

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Há 14 novos municípios a dar benefícios fiscais às startups. Saiba quais são

Eleva-se para 22 o número de autarquias que fecharam memorando com a Startup Portugal para atribuir benefícios fiscais às startups e scaleups e atrair a sua instalação no concelho.

Coimbra, Braga e Covilhã são três dos 14 novos municípios que vão avançar com benefícios fiscais para as startups que abram atividade no concelho, no âmbito de um memorando de entendimento fechado com a Startup Portugal, juntando-se a oito outros municípios como Porto e Fundão. Eleva-se para 22 o número de municípios a aderir a esta iniciativa.

“Descentralização e coesão territorial” e o facto de os “municípios valorizarem o empreendedorismo como driver de desenvolvimento regional e, com os seus recursos, atraírem empresas inovadoras e talento qualificado” são, no entender de António Dias Martins, dois dos motivos que indiciam a relevância desta iniciativa. Mas não só.

O diretor executivo da Startup Portugal aponta ainda a “⁠concorrência saudável entre regiões que se diferenciam através de políticas públicas ativas em prol da economia local”, destacando ainda que este tipo de protocolos funciona como um ⁠estímulo “à atração e fixação de empreendedores e startups internacionais”, diz ao ECO.

Matosinhos, Tomar, Montemor-o-Novo, Alcanena, Penacova, Carregal do Sal, Mangualde, São Pedro do Sul, Sever do Vouga, Arganil, Vila Nova de Paiva, Coimbra, Braga e Covilhã são os novos concelhos a assinar memorandos, prevendo a isenção de derrama municipal para startups e scaleups sediadas nesses municípios, além da criação de outros benefícios fiscais, como a isenção ou redução de taxas a empresas e trabalhadores.

Antes, já oito municípios tinham assinado acordos semelhantes com a Startup Portugal. São João da Madeira foi, em junho do ano passado, o primeiro a aderir à iniciativa, seguido do Fundão, com o concelho da região Centro a implementar medidas como incentivos fiscais relacionados com IMI, IMT e facilitação de acesso à habitação para atrair startups e scaleups a instalar-se.

O município do Porto — que assinou em junho —, Arcos de Valdevez, Barreiro, Monchique, Porto de Mós e Odemira têm igualmente memorandos assinados visando atrair mais empresas deste género para a região.

Impacto dinamizador das startups na economia

Portugal tem 4.719 startups, uma subida de 16% face ao ano anterior, gerando um volume de negócios combinado de 2.602 milhões de euros, segundo dados do relatório “Mapping Portugal’s Startup Landscape 2024”, desenvolvido pela IDC e pela Informa D&B, em parceria com a Startup Portugal, conhecido recentemente.

Lisboa (47%) e Porto (15%) concentram o maior número de startups. A região da capital acolhe 2.195, seguida do distrito do Porto com 719. Em geral, são os distritos do litoral que concentram a grande maioria de startups.

Embora, 89% das mais de 4.000 startups tenham uma micro dimensão, o relatório revela o impacto dinamizador das startups na economia, com um terço a manter negócios com mercados externos, o que representa 58% do total da sua faturação. “Na generalidade do tecido empresarial, existem 11% de exportadoras, com o valor das exportações a representar 20% do seu volume de negócios”, destaca o estudo.

O ritmo de crescimento das startups, quer em volume de negócios, quer em colaboradores, é também mais rápido quando comparado com a totalidade do tecido empresarial. Entre 2020 e 2023, o volume de negócios das startups cresceu, em média composta (CAGR), 30% ao ano, e o emprego 19%. No mesmo período, o crescimento do tecido empresarial foi de 14% e 4%, respetivamente.

Pagam igualmente acima da média nacional. Nas startups, a remuneração média mensal é de cerca de 2 mil euros por empregado, 72% acima da média do total das empresas. Este valor compara com os 1.700 euros registado no ano passado, um crescimento de 17,6% para 2024.

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Web Summit para lá de 2028? “Faremos o possível para expandir potencial do evento”, diz Miranda Sarmento

Até 2028, Web Summit continuará a escolher Portugal como palco principal, mas segundo o ministro das Finanças o Governo fará "o possível" para alargar o contrato para além desse ano.

O ministro das Finanças admite que o Governo vai encetar esforços para alargar o contrato da Web Summit para além de 2028, argumentando que os benefícios do evento nos últimos nove anos têm sido difíceis de ignorar, apesar dos desafios das últimas duas edições.

Temos um contrato até 2028 e faremos o possível para continuar com a Web Summit e a expandir o potencial do evento“, anunciou Joaquim Miranda Sarmento, durante a sua participação esta quinta-feira num painel no evento no qual foram abordados os desafios económicos para Portugal.

A Web Summit tem sido um evento muito importante para o desenvolvimento do país e o número de participantes e empresas tem vindo a crescer, apesar das dificuldades da pandemia e inflação“, acrescentou a governante, fazendo referência às edições que foram adaptadas por causa da Covid-19. “São as provas do sucesso da Web Summit”, frisou.

A nona edição do evento que decorre em Lisboa conta este ano com mais de 71 mil participantes de 153 países, incluindo CEO, startups, investidores e os media, o número mais elevado de sempre.

A intenção de alargar o contrato da Web Summit também foi tema abordado pelo CEO da conferência, Paddy Cosgrave, que embora não tenha dado uma resposta clara sobre essa possibilidade, afirmou que é um evento que se “encaixa perfeitamente” com a capital portuguesa.

“Nos últimos nove anos Lisboa transformou-se. Penso que a Web Summit teve algum papel nisso”, afirmou Paddy Cosgrave. “Para mim em anos tech, 2028 é quase o próximo século. Mas a Web Summit encaixa perfeitamente com Lisboa e espero que possamos ficar para sempre”, disse o CEO da Web Summit, esta terça-feira.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h22)

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Vítor Bento lamenta que “Europa não seja dona da tecnologia”

  • BRANDS' ECO
  • 14 Novembro 2024

Antigo CEO da SIBS e atual presidente da Associação Portuguesa de Bancos esteve na Web Summit para defender mais controlo europeu nas soluções de pagamento e maior aposta na interoperabilide.

Mais do que apenas gadgets tecnológicos, a inovação é “sobretudo sobre processos” e, nesse campo, o MB WAY tem conseguido destacar-se como pioneiro na simplificação de processos com bancos, comerciantes e utilizadores. “Acho que foi uma resposta muito inteligente às necessidades do mercado e foi desenvolvido de forma que todos pudessem usar”, recordou Vítor Bento, que esteve envolvido no início do projeto quando era CEO da SIBS.

Hoje como presidente da Associação Portuguesa de Bancos, o responsável continua a acompanhar de perto o desenvolvimento da aplicação, mas também do mercado de pagamentos e transferências imediatas na Europa. “O próximo passo, que é o que está a ser feito, é garantir a interoperabilidade e assegurar que os utilizadores domésticos conseguem usar a aplicação fora do país”, assinalou, em referência à iniciativa que junta o MB WAY, a Bizum e o BANCOMAT para assegurar transferências entre Portugal, Espanha e Itália.

Vítor Bento recusou ainda a ideia de que existe um mercado unificado na Europa. “Há vários mercados. Assim que estas soluções são interoperáveis, depois podemos criar uma marca e unificar. Essa devia ter sido a forma de fazer as coisas há muito tempo”, apontou.

Este passo é importante não apenas para simplificar a circulação de fundos em toda a Europa, acelerando negócios e aumentando a produtividade, mas sobretudo para garantir que a Europa tem soluções de pagamentos que controla e detém. “A Europa está a falhar em assegurar as suas próprias plataformas tecnológicas. Isso é um desafio”, lamentou. Como os europeus não são donos da tecnologia que usam em várias áreas, “isso expõe o continente como um todo a quem controla as plataformas”.

Por tudo isto, Vítor Bento está confiante de que iniciativas de interoperabilidade como o EuroPA – European Payments Alliance fazem parte do “caminho que devemos seguir”.

Continue a acompanhar no ECO a presença e atividade da SIBS na Web Summit 2024.

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Zona Euro cresce 0,9% no 3º trimestre. Portugal é o 5º país da UE com maior subida

A economia portuguesa registou um ganho de 1,9% no terceiro trimestre do ano, ficando apenas atrás de Chipre, Espanha, Lituânia e Bulgária, segundo dados publicados pelo Eurostat.

Portugal foi quinto país que mais cresceu da União Europeia no terceiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período do ano passado. O Eurostat revelou esta quinta-feira que o PIB nacional teve um ganho de 1,9%, entre julho e setembro, ficando apenas atrás do Chipre, que cresceu 3,8%, da Espanha, que registou uma variação de 3,4%, da Lituânia, com 2,3%, e da Bulgária, com 2,2%, tendo em conta os dados disponíveis, uma vez que não há informação para alguns estados-membros, designadamente Holanda, Luxemburgo ou Dinamarca.

O PIB nacional tem registado ganhos consecutivos desde o início do ano, na variação homóloga por trimestre: entre janeiro e março subiu 1,4%, entre abril e junho cresceu 1,6% e entre julho e setembro avançou 1,9%. Contudo, no último trimestre do ano passado, e por comparação com o mesmo período de 2022, a economia lusa estava a crescer mais: 2,1%.

O Banco de Portugal reviu em baixa a previsão de crescimento da economia para 1,6% este ano e 2,1% em 2025, mas prevê um aumento significativo do contributo do investimento nos próximos dois anos. No Boletim Económico de outubro, a instituição liderada por Mário Centeno alerta que a política orçamental irá ter de ser ajustada numa fase de menor expansão económica, pelo que o compromisso com a redução do rácio da dívida pública deve manter-se.

A nova previsão do Banco de Portugal torna-se mais pessimista para este ano do que a do Governo, que sinalizou aos partidos políticos esperar uma evolução do PIB em torno dos 2%, e alinha com a da Organização para a Cooperação Económica (OCDE). Já a Comissão Europeia prevê uma expansão de 1,7%, o Conselho das Finanças Públicas de 1,8% e o Fundo Monetário Internacional de 1,9%.

Na área do Euro, o PIB aumentou 0,9% e, na União Europeia, evoluiu 1%, entre julho e setembro, na variação homóloga, depois de os dois espaços económicos terem registado um crescimento de 0,6% e de 0,8%, respetivamente, no segundo trimestre, indica o instituto europeu de estatísticas. Na variação em cadeia, isto é, face ao trimestre anterior, a economia do Euro subiu 0,4% e o PIB da UE registou uma variação positiva de 0,3%.

O Eurostat tem ainda dados para o PIB dos Estados Unidos, que aumentou 0,7%, entre julho e setembro, em comparação com o trimestre anterior (após +0,7% no segundo trimestre). Comparativamente com o mesmo trimestre do ano anterior, a economia norte-americana cresceu 2,7%, depois de ter registado uma variação positiva de 3% no trimestre anterior, na comparação homóloga.

Quanto à evolução do mercado de trabalho, verificou-se um aumento do emprego de 1%, no espaço da moeda única, e de 0,8%, na UE, no terceiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Na evolução trimestral, o número de trabalhadores subiu 0,2% na área do Euro e 0,1% na UE.

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Siemens atinge lucro recorde e prevê continuar a apostar em aquisições

Resultados beneficiaram com a elevada procura no mercado da eletrificação, nos transportes e com as ofertas no mercado de software industrial. Empresa diz que vai continuar a investir em aquisições.

A multinacional alemã Siemens fechou o ano fiscal de 2024, terminado em setembro, com um resultado líquido recorde de nove mil milhões de euros, acima dos 8,5 mil milhões de euros registados no período homólogo. A empresa prevê um crescimento das receitas entre 3% e 7% e antecipa que vai continuar a apostar em aquisições para alavancar o seu crescimento.

“Em mais um ano fiscal bem-sucedido, obtivemos lucros recorde e executámos com rigor a nossa estratégia”, refere Roland Busch, presidente e CEO da Siemens AG, acrescentando que a empresa continuou “a beneficiar da elevada procura no mercado da eletrificação, dos transportes e pelas nossas ofertas no mercado de software industrial”, citado em comunicado.

Já no que diz respeito ao setor da automação industrial, o líder da empresa, cuja atividade em Portugal é liderada por Fernando Silva, que vai acumular a liderança do negócio espanhol, “manteve-se desafiante”.

Vamos continuar a investir na área de investigação e desenvolvimento (R&D) e em fusões e aquisições (M&A) para assegurar um crescimento mais rápido tirando partido das nossas vantagens tecnológicas e da nossa capacidade de expansão em todas as indústrias.

Roland Busch

Presidente e CEO da Siemens AG

Olhando para o ano fiscal de 2025, que arranca no quarto trimestre de 2024, o CEO da companhia germânica diz que a multinacional vai “continuar a investir na área de investigação e desenvolvimento (R&D) e em fusões e aquisições (M&A) para assegurar um crescimento mais rápido tirando partido das nossas vantagens tecnológicas e da nossa capacidade de expansão em todas as indústrias.”

Roland Busch realça ainda que “a planeada aquisição da Altair [anunciada no final de outubro por 10,6 mil milhões de dólares] reforça a nossa liderança no mercado de software industrial e da inteligência artificial. A nossa capacidade de combinar o mundo real e digital é incomparável”, rematou presidente e CEO da Siemens AG.

Apesar do aumento das receitas, as encomendas diminuíram 4% numa base comparável para 84,1 mil milhões. Ainda assim, a Siemens destaca que o rácio de encomendas recebidas e faturação (book-to-bill) manteve-se num nível sólido, com um rácio de 1,11.

Já o lucro do negócio Industrial subiu 1% para 11,4 mil milhões de euros. “Com uma
margem de lucro de 15,5%, alcançámos o nível muito forte registado no ano fiscal de 2023”, aponta a empresa em comunicado.

“Com 9,5 mil milhões de euros em free cash-flow voltamos a atingir um valor excelente no ano fiscal de 2024. Além disso, estamos comprometidos em manter a nossa trajetória de alocação rigorosa de capital, utilizando o nosso sólido balanço como base para continuarmos os nossos investimentos orientados para o crescimento rentável, ao mesmo tempo que continuamos a criar retorno atrativo para os acionistas da nossa empresa”, explicou o CFO Ralf P. Thomas.

Crescimento das receitas entre 3% e 7%

A multinacional alemã, que vai distribuir um dividendo para 5,20 euros, que corresponde a um retorno de dividendo de 2,9%, prevê que as receitas registem um crescimento entre os 3% e os 7% e obter um rácio de encomendas recebidas e faturação acima de 1%, no ano fiscal que agora arranca.

A companhia acrescenta que as perspetivas para o próximo ano têm como pressuposto um crescimento macroeconómico moderado no ano fiscal de 2025, devido, em parte, à contínua incerteza geopolítica, incluindo conflitos comerciais, e também aos desafios persistentes no setor da indústria transformadora, resultado de um excesso de produção e fraca procura.

“Ao mesmo tempo, o mercado das infraestruturas, particularmente a eletrificação e a mobilidade, vai manter-se robusto”, antecipa.

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CReSAP já abriu concurso para novo presidente do INEM

  • Joana Abrantes Gomes e Lusa
  • 14 Novembro 2024

Abertura do concurso coincide com polémica a envolver o INEM devido à recente greve dos técnicos às horas extraordinárias, com 11 mortes alegadamente associadas a atrasos no atendimento.

O aviso de abertura do concurso para presidente do conselho diretivo do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi publicado esta quinta-feira em Diário da República, assim como outro para o cargo de vogal.

Segundo os avisos publicados no Diário da República, os concursos irão decorrer “pelo prazo de dez dias úteis” a contar do dia em que forem publicados no site da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP). Para já, ambos os procedimentos constam ainda na lista de concursos a abrir em breve, e não na lista de concursos abertos publicitada pelo organismo.

A abertura do concurso para a nova liderança do INEM surge 58 dias depois de ter terminado o prazo do regime de substituição do atual presidente Sérgio Dias Janeiro, que assumiu o cargo em 19 de julho após a demissão de Luís Meira e a recusa de Vítor Almeida.

Os 60 dias previstos no regime de substituição terminaram em 17 de setembro. Dias antes, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse que tinha solicitado a abertura do concurso e que Sérgio Dias Janeiro iria manter-se em funções até que este fosse aberto.

A publicação destes avisos surge numa altura marcada pela polémica na sequência da greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar às horas extraordinárias, que teve início em 30 de outubro e foi suspensa apenas a 7 de novembro. Nos nove dias de paralisação, 11 pessoas morreram alegadamente devido a falhas no atendimento.

Esta situação motivou entretanto a abertura de sete inquéritos no Ministério Público, um dos quais já arquivado, e um inquérito da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

A oposição tem responsabilizado a ministra da Saúde pelas falhas no INEM, sobretudo depois de uma notícia do semanário Expresso dar conta de que o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar enviou um aviso prévio da greve à tutela no dia 10 de outubro, em que dava dez dias para iniciar negociações e evitar a paralisação. No entanto, o apelo da estrutura sindical foi ignorado.

Estado deve pagar indemnizações se mortes tiverem relação com atrasos do INEM

A provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, considera urgente analisar o que está a correr mal no sistema de socorro e pede que se apure o que aconteceu quanto aos atrasos do INEM para que, se for o caso, o Estado pagar indemnizações.

Em entrevista à Antena 1, Maria Lúcia Amaral diz que se deve apurar em cada um dos casos o que realmente aconteceu para efeitos de responsabilização: “Estas coisas não dependem das emoções do momento, dependem do que a lei diz”.

O que a lei diz é que, se em cada caso, em processo em tribunal (…), se se chegar à conclusão que os pressupostos definidos pela lei estão cumpridos, então sim, nos termos da lei, o Estado deve compensar”, afirmou, referindo-se aos casos das mortes alegadamente relacionadas com os atrasos no socorro no período de greve dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, sobretudo no dia em que esta coincidiu com a greve na função pública, a 4 de novembro.

A provedora lembrou os alertas deixados há duas semanas pela Liga dos Bombeiros sobre a dificuldade de articulação que têm com o INEM e os hospitais de destino dos utentes quando fazem transporte urgente de doentes e o “disfuncionamento do sistema” de socorro. “O que a Liga nos pediu foi que tivéssemos presente o quão grave a situação poderia ser”, contou, dizendo que, na altura, falou imediatamente com o Ministério da Saúde.

Por isso, Maria Lúcia Amaral sublinhou também a necessidade de melhorar a articulação entre todas as entidades envolvidas no sistema de socorro: “Ou a articulação entre todas as entidades melhora ou entramos a falhar e o Estado falha em situações absolutamente definitivas, em que está em causa a vida das pessoas”.

As entidades envolvidas têm de se sentar à mesa, têm de conscientemente analisar por que motivo tudo está a funcionar tão mal e evitá-lo sob a égide de quem decide, que é o poder político governativo”, acrescentou.

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Entrevista rápida: Jorge Paulo, Director of Product Management da SIBS

  • BRANDS' ECO
  • 14 Novembro 2024

“A biometria é fundamental. Apesar de, neste momento, parecer um pouco difícil de usar, vai evoluir e estar totalmente integrada na nossa jornada de pagamento”, diz Jorge Paulo.

A SIBS marca presença na Web Summit 2024 com um stand que exibe as suas mais recentes inovações, juntamente com soluções desenvolvidas em colaboração com parceiros nacionais e internacionais para simplificar o dia a dia das empresas e dos consumidores.

Durante os três dias do evento, o espaço da SIBS promove ainda talks com convidados nacionais e internacionais, centradas no mercado de pagamentos, explorando as tendências e o futuro das transações digitais.

Questionado sobre quais são as tendências mais interessantes para o setor dos pagamentos digitais, Jorge Paulo, Director of Product Management da SIBS, referiu as smart cities e alguns temas subjacentes a este modelo de cidade, como os carregamentos elétricos. Jorge Paulo mencionou ainda a importância da biometria. “A biometria é fundamental. Apesar de, neste momento, parecer um pouco difícil de usar, vai evoluir e estar totalmente integrada na nossa jornada de pagamento”, explica.

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CES alerta para eventual perda de poder de compra dos pensionistas no próximo ano

Conselho Económico e Social considera que não há garantia de que a atualização regular das pensões não leve à perda de poder de compra.

O Conselho Económico e Social (CES) alertou esta quinta-feira que os pensionistas poderão perder poder de compra no próximo ano com a atualização regular da atualização das pensões prevista na lei, bem como as famílias devido ao impacto das taxas de juro.

A posição foi transmitida numa audição parlamentar no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) pelo relator do parecer do CES à proposta, João Carlos Aguiar Teixeira, que acompanhou o presidente da instituição, Luís Pais Antunes.

João Carlos Aguiar Teixeira destacou que o OE2025 prevê atualização das pensões segundo as regras em vigor, “mas não haverá garantia de que as mesmas não continuarão a perder poder de compra”.

O relator do parecer do CES defendeu a “valorização de todas as pensões”, alertado que o atual sistema atualização penaliza alguns pensionistas, “nomeadamente os que têm maiores valores de pensão e que geralmente têm maior carreira contributiva”.

Alertou ainda que “apesar da recuperação de poder de compra” das famílias ainda “haverá alguns problemas para as famílias e para as empresas devido às taxas de juros“.

Numa audição em que os representantes do CES praticamente se limitaram a reproduzir o que consta do parecer da instituição que junta as confederações patronais e os sindicatos, o relator assinalou ainda que a atual definição de programas orçamentais “não é a mais adequada para a transparência e escrutínio do exercício orçamental, dado que não permite a identificação da despesa pela classificação orgânica e que só aquando da discussão na especialidade os diversos ministros detalham a informação orçamental relevante”.

Neste sentido, apontou como exemplo o Programa Orçamental da Saúde, que de acordo com o parecer “não permite perspetivar quais as dotações e a evolução da conta do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

O parecer do CES foi aprovado esta semana em plenário do organismo, com o voto contra da CGTP.

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Regime sancionatório da “lei das quotas” nas empresas precisa de melhorias, conclui estudo

Estudo conclui que regime instituído em 2017 tem contribuído para maior equilíbrio de géneros nas empresas públicas e na bolsa. No entanto, sanções precisam de maior clareza.

A lei das quotas, que prevê uma proporção mínima de 33,3% de pessoas de cada sexo na administração e fiscalização das empresas públicas, levou a avanços significativos no equilíbrio de género, mas ainda há caminho a percorrer, nomeadamente no que toca ao regime sancionatório. A conclusão é de um estudo do Centro de Planeamento e Avaliação de Políticas Públicas (PLANAPP) divulgado esta quinta-feira.

De acordo com a análise, “embora algumas empresas ainda não cumpram os limiares mínimos e a obrigatoriedade de submeter um Plano para a Igualdade, o número de situações de não conformidade tem diminuído, o que se tem traduzido num aumento do número de mulheres em órgãos de administração e de fiscalização, tanto em termos absolutos como relativos“.

Em causa está o regime de representação equilibrada entre mulheres e homens nos órgãos de administração e de fiscalização das entidades do setor público empresarial e das empresas cotadas em bolsa, instituído em 2017. A lei estipulou uma proporção mínima de 33,3% de pessoas de cada sexo, a partir de janeiro de 2018 e, em cada órgão das empresas cotadas em bolsa, uma proporção mínima 20% de pessoas de cada sexo a partir de janeiro de 2018 e de 33,3% a partir de janeiro de 2020, bem como a elaboração anual de planos para a igualdade.

O estudo estima que a lei tenha contribuído diretamente para um aumento de 12 pontos percentuais na proporção de mulheres que ocupam cargos de administração. No entanto, adverte que a leitura desta informação deve ser feita com cautela, uma vez que a análise partiu de um conjunto limitado de dados.

Alerta também que, de acordo com as entidades entrevistadas, existem “algumas incongruências e imprecisões que, em certa medida, comprometem a efetividade da lei”.

Especialmente no que respeita do regime sancionatório, existe uma aparente unanimidade quanto à falta de clareza nas sanções a aplicar às empresas em incumprimento, à inexistente diferenciação ou gradação entre as sanções e à complexidade e conflitualidade entre normas, particularmente no que diz respeito à autoridade e atribuições jurídicas da entidade responsável pela aplicação das sanções”, refere.

Indica também que a fragmentação da informação por diferentes entidades, a par da fragilidade dos sistemas para o seu reporte, “tem dificultado a capacidade de recolha de dados essenciais a uma monitorização mais detalhada da implementação da lei e dos seus efeitos“.

O PLANAPP recomenda assim que se aumente o conhecimento sobre o impacto da lei, mas também que se altere certos aspetos, entre os quais “o aparente conflito entre a inerência de cargos no setor empresarial local e a inexistência de limiares de representação entre os mandatos autárquicos“. Propõe também “a melhoria dos procedimentos de reporte das empresas e de tratamento da informação por parte da Administração Pública”, a revisão dos prazos, o aumento da transparência e melhoria da comunicação dos resultados, bem como a revisão dos Planos para a Igualdade.

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Portugal é principal destino para emigrantes de seis países da OCDE

  • Lusa
  • 14 Novembro 2024

Nacionais da Suíça, Países Baixos, Bélgica, Itália, Espanha e França escolheram Portugal como um dos principais destinos para emigrar, segundo o relatório de 2024 sobre Migração Internacional.

Portugal está entre os principais destinos de emigração de seis países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), segundo um relatório publicado esta quinta-feira.

Portugal é dos principais destinos de emigração para os nacionais da Suíça (4.º lugar), Países Baixos (5.º), Bélgica (6.º), Itália (6.º), Espanha (7.º) e França (8.º), segundo o relatório de 2024 sobre Migração Internacional, no qual a OCDE analisa os dados da imigração de cada país-membro, de acordo com os dados das respetivas autoridades nacionais.

O relatório faz uma análise cruzada das migrações dos 38 países-membros da organização.

Em Portugal, no que diz respeito à população nascida fora do país, além dos países lusófonos, com Brasil e Angola no topo da lista — com 271,3 mil pessoas e 157 mil, respetivamente), destaca-se a França, com 103,3 mil, um país onde existem muitos lusodescendentes.

No que diz respeito às nacionalidades estrangeiras em Portugal, o Brasil segue destacado, com 226,9 mil pessoas, seguindo-se o Reino Unido (44,6 mil) Itália (22,8 mil), Índia (33,6 mil) Cabo verde (32,7 mil) Angola (29,8 mil) e França (27,1 mil).

De acordo com os dados oficiais, Portugal tem 10,8% da população nascida no estrangeiro, em linha com a média da OCDE, que é de 11%.

No que diz respeito à taxa de desemprego, entre os portugueses é de 6,3% (acima da média da OCDE, 5,2%) e entre os estrangeiros é de 8,3% (um ponto percentual acima da OCDE).

Em 2023, o número de primeiros requerentes de asilo aumentou 31%, atingindo cerca de 2.600. Das 440 decisões tomadas em 2023, 71% foram positivas.

Refletindo a situação internacional, países como a Venezuela, Índia, Gâmbia, Afeganistão, Israel ou Argélia que não tinham pedidos de asilo em 2012 ou 2013 passaram a estar entre as 15 nacionalidades que mais requereram este tipo de proteção em 2022.

No que diz respeito à emigração de portugueses para países da OCDE, houve um aumento de 15% em 2022, para 59.000, com cerca de um quinto (19%) a optarem por Espanha, seguindo-se França (17%) e Suíça (16%).

No relatório, a OCDE destaca a criação em 2023 da Agência para a Integração, a Migração e o Asilo (AIMA) e “os esforços para aumentar a digitalização dos processos”, as “alterações às regras do programa de residência por investimento (Golden Visa)”, o novo Plano de Ação para a Migrações, o acordo de mobilidade dentro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

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Entrevista rápida: Gonçalo Campos Alves, Diretor da SIBS Cartões

  • BRANDS' ECO
  • 14 Novembro 2024

"Hoje em dia temos players que são puramente digitais e o cartão continua a ser a forma desses players digitais estarem corporizados no mundo físico", diz Gonçalo Campos Alves.

A SIBS marca presença na Web Summit 2024 com um stand que exibe as suas mais recentes inovações, juntamente com soluções desenvolvidas em colaboração com parceiros nacionais e internacionais para simplificar o dia a dia das empresas e dos consumidores.

Durante os três dias do evento, o espaço da SIBS promove ainda talks com convidados nacionais e internacionais, centradas no mercado de pagamentos, explorando as tendências e o futuro das transações digitais.

Em conversa com o ECO, Gonçalo Campos Alves, Diretor da SIBS Cartões, partilha a sua opinião sobre o futuro da empresa. “Eu acho que a SIBS Cartões daqui a 10 anos continuará a fazer cartões. Hoje em dia temos players que são puramente digitais e o cartão continua a ser a forma desses players digitais estarem corporizados no mundo físico”, explica.

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