Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot aumenta para 137 milhões de euros

  • ECO
  • 12 Novembro 2024

O jackpot desta terça-feira ronda os 137 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 137 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 12 de novembro :

Números: 10, 11, 12, 22 e 50

Estrelas: 1 e 10

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Sindicato e APROSE acordam atualização dos salários nos seguros

Ficam oficiais as novas tabelas e condições salariais dos trabalhadores de agentes e corretores de seguros, sócios ou não da APROSE. Veja aqui o que mudou.

O STAS – Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora, liderado por Patrícia Caixinha, anunciou a publicação da Portaria de Extensão (PE) das alterações ao Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) da APROSE – Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros, referentes, nomeadamente, à atualização da tabela salarial para 2024, do valor do subsídio de refeição e das restantes cláusulas de expressão pecuniária.

Acordo renovado: David Pereira, presidente da APROSE, e Patrícia Caixinha, presidente do STAS.

A Portaria de Extensão foi publicada esta segunda-feira no Diário da República, (Portaria n.º 249/2024/1), entrando em vigor no 5º dia posterior à sua publicação, mas a partir de 1 de julho de 2024 no que respeita à tabela salarial e cláusulas de expressão pecuniária.

O CCT celebrado entre o STAS e a APROSE abrange as relações de trabalho entre Empregadores que, no território nacional, se dediquem à atividade de mediação de seguros e resseguros, e que estejam inscritos oficialmente com as categorias de agente de seguros, corretor de seguros e mediadores de resseguros, e Trabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias previstas no referido CCT.

A PE agora publicada tem como consequência a aplicação da referida atualização salarial a todo o setor, independentemente da filiação daqueles empregadores na APROSE, ou seja, passam a ser extensíveis a todos os trabalhadores.

Aplicação da nova Tabela Salarial reflete os seguintes aumentos em 2024:

  • Banda Salarial A: 4,52%, com um valor mínimo de 2.409,5€;
  • Banda Salarial B: 4,52%, com um valor mínimo de 1.667€;
  • Banda Salarial C: 4,51%, com um valor mínimo de 1.271€;
  • Banda Salarial D: 4,77%, com um valor mínimo de 1.130€;
  • Banda salarial E: 4,99%, com um valor mínimo de 1.100€;
  • Banda Salarial F: 7,44 %com um valor mínimo de 870,2€;
  • Banda Salarial G: 7,43%, com um valor mínimo de 830€.

Quanto ao Subsídio de Refeição e Cláusulas de Expressão Pecuniária, os novos valores em 2024 são os seguintes:

  • Subsídio de Almoço passa a 9,15€ por dia;
  • Atualização dos valores das despesas de deslocação em serviço;
  • Valor do Km atualizado para 0,44€.

Segundo o STAS, os efeitos desta portaria são estendidos a todo o território continental. Já foi efetuada na RA da Madeira tendo a Secretaria Regional de Inclusão Trabalho e Juventude da Região Autónoma da Madeira, publicado a sua extensão através da portaria n.º 33/2024 de 26 de julho de 2024. Quanto ao Governo Regional dos Açores, é aguardada a publicação da respetiva portaria de extensão aplicável na região.

O STAS nasceu em 28 de fevereiro de 1934 e foi um dos fundadores da UGT em 1978, sendo o sindicato com maior representatividade no setor segurador com acordos de empresas estabelecidos com dezenas de seguradoras, bem como com a APROSE.

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Maior sindicato da PSP apresenta propostas à tutela para processo negocial de janeiro

  • Lusa
  • 12 Novembro 2024

Associação Sindical dos Profissionais da Polícia quer que o Governo tenha "uma noção clara" da parte financeira "para salvar a PSP", uma vez que "cada dia que passa existem dificuldades crescentes".

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) entregou esta terça-feira à ministra da Administração Interna três documentos com propostas e reflexões políticas e orçamentais para as negociações que terão início a 6 de janeiro de 2025.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos, afirmou que o sindicato fez este “trabalho de casa” com bastante esforço e reflexão, no sentido de facilitar à tutela a abordagem, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado, de procedimentos que têm a ver sobretudo com as tabelas remuneratórias, suplementos remuneratórios e alterações ao Estatuto Profissional.

O dirigente sindical adiantou que estas propostas surgem com base nos acordos assinados com o Ministério da Administração Interna (MAI) em julho passado e para que o Governo tenha “uma noção clara” da parte financeira “para salvar a PSP”, uma vez que “cada dia que passa existem dificuldades crescentes” na instituição.

Paulo Santos adiantou que informou a ministra de que o processo negocial a partir de 6 de janeiro só terá início “após todas as matérias já negociadas ficarem resolvidas, entre elas a colocação do pessoal nos índices remuneratórios por avaliação de serviço e a alteração de três para dois anos da mudança de nível remuneratório, assim como a necessidade de, uma vez que já se está em novembro, de emanar o despacho de pré-aposentação para este ano e os serviços remuneratórios que se encontram por pagar”.

Paulo Santos disse ainda que a estrutura sindical receia que o executivo não “tenha condições políticas e financeiras” para as negociações de janeiro, salientando que a ministra se mostrou “sensível e atenta” a todas as questões apresentadas, mas que “é preciso dar passos efetivos”.

Em julho, quatro sindicatos da PSP e o Ministério da Administração Interna alcançaram um acordo quanto à atribuição de um suplemento de risco, que se traduziu num aumento faseado de 300 euros até 2026, e à negociação a partir de janeiro de 2025 sobre outros assuntos relacionados com questões remuneratórias dos polícias.

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Conselho Económico e Social pede avaliação do “sucesso” do novo IRS Jovem

Conselho Económico e Social recomenda estudo sobre o impacto do IRS Jovem para a retenção no país. Mostra-se "preocupado" com acesso à habitação, impostos e as cativações.

O Conselho Económico e Social (CES) instou o Governo a fazer uma avaliação do sucesso das alterações ao IRS Jovem após a medida ser implementada, particularmente sobre o impacto para a retenção dos jovens no país. A recomendação consta do parecer ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) aprovado esta terça-feira, no qual alerta também para o impacto das cativações.

No parecer às Grandes Opções do Plano para 2024-2028, o CES tinha manifestado reticências face à proposta que previa a redução do IRS Jovem para uma taxa máxima de 15% a todos os jovens até aos 35 anos, com a exceção do último escalão de rendimentos. A medida entretanto foi revista e o organismo que junta as confederações empresariais e sindicatos dá nota disso.

O CES destaca que o alargamento do IRS Jovem é apresentado no OE2025 como “uma medida que permitirá o aumento dos salários líquidos dos jovens e que poderá contribuir para a sua retenção em Portugal”. Contudo, sublinha “que deve haver um acompanhamento e ser realizada uma avaliação do sucesso da medida introduzida, nomeadamente quanto ao impacto da mesma para a retenção de jovens” em Portugal.

“Tal como salientado no Parecer sobre as Grandes Opções para 2024-2028, o CES considera positivas medidas que contribuam para a retenção e regresso de jovens a Portugal, incluindo o desagravamento fiscal para os jovens, desde que sejam construídas com base em princípios de equidade, justiça social e solidariedade“, refere.

O CES regista ainda “o facto de a aplicação do IRS Jovem não depender do grau de escolaridade e das habilitações académicas e destaca ainda a necessidade de políticas que prossigam tais objetivos de forma transversal e integrada, não se esgotando na área fiscal”.

Destaca ainda a proposta de atualização dos limites dos escalões de IRS à taxa de 4,6%, que considera a evolução dos preços e o crescimento da produtividade do trabalho, uma décima abaixo do referencial de valorização de 4,7% do salário médio previsto no Acordo Tripartido sobre Valorização Salarial e Crescimento Económico 2025-2028.

Embora sublinhe que a atualização não está “perfeitamente alinhada” com a valorização acordada para o salário médio, “traduz-se numa maior justiça fiscal face às atualizações ocorridas nos últimos três anos, dado que em 2022 e 2023 as atualizações ficaram aquém da taxa de inflação (…) e em 2024 a atualização se fixou apenas 0,7 pontos percentuais acima da taxa de inflação”.

Sublinha ainda a “preocupação” com o aumento dos impostos indiretos em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), justificando “que, pela forma como são aplicados, são socialmente mais injustos”.

O CES considera, pois, que o OE2025 está “ainda está longe de refletir uma alteração na política fiscal suficientemente ambiciosa face ao imperativo de promover uma justa tributação dos rendimentos e melhorar a atratividade do investimento (interno e externo), promovendo uma melhor distribuição da riqueza e contribuindo para a transformação do perfil de crescimento económico de Portugal”.

Garantia pública pode ser “insuficiente”

O CES alerta que a garantia pública no crédito à habitação para jovens pode ser “insuficiente”, devido aos “baixos rendimentos, em média, e ao elevado custo da habitação” e defende a prorrogação da medida de isenção do pagamento da comissão por amortização antecipada de crédito da casa com taxa variável.

Considera também que a promoção da dedução de juros do crédito em sede de IRS “é ainda uma medida importante que beneficiaria em geral as famílias que têm crédito à habitação, com impacto positivo a médio e longo prazo”, assinalando a ausência de medidas de revisão dos requisitos, e respetivos valores, para benefício de isenção automática de IMI.

Alerta ainda para “a importância de promover a oferta habitacional no mercado de arrendamento, garantindo previsibilidade e estabilidade a senhorios/as” e apela a “medidas de proteção dos arrendatários mais vulneráveis”.

Preocupação com cativações do OE2025

O organismo manifesta ainda “preocupação” com a política de cativações inscrita no OE2025 e “reitera a posição assumida em anteriores pareceres de que o recurso a cativações significativas tem um impacto negativo no normal funcionamento dos serviços públicos”.

Segundo o parecer, esta política “pode desvirtuar o Orçamento do Estado, tal como aprovado pela Assembleia da República”.

Paralelamente, o CES considera que poderia existir “maior ambição na poupança anual” com a revisão de despesa, para a qual o Ministério das Finanças prevê uma poupança de 84,7 milhões de euros.

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APIN com o pior resultado financeiro entre empresas municipais e intermunicipais

  • Lusa
  • 12 Novembro 2024

Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior voltou a registar o pior resultado financeiro entre empresas municipais e intermunicipais, com 2,5 milhões de euros de resultado negativo.

A APIN – Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal, que integra municípios do interior dos distritos de Leiria e de Coimbra, voltou a liderar a lista de piores resultados financeiros entre empresas municipais e intermunicipais, a nível nacional, em 2023, segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, da responsabilidade do Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (CICF/IPCA) e com o apoio da Ordem dos Contabilistas Certificados e do Tribunal de Contas, que foi esta terça-feira divulgado.

De acordo com o documento consultado pela agência Lusa, a empresa, que opera na área do saneamento e abastecimento de água, registou 2,5 milhões de euros de resultado negativo em 2023, depois de também ter liderado a lista em 2022, com um resultado negativo de cerca de 1,7 milhões de euros.

No mesmo anuário, a APIN também surge em lugar destacado no que toca ao passivo exigível (dívidas a pagar), em que aquela empresa, criada em 2019, fica em 7.º lugar, com 36,6 milhões de euros de passivo, valor que tem vindo a aumentar substancialmente desde a sua criação (em 2022, era de 22 milhões).

Questionado pela Lusa, o presidente da APIN, João Miguel Henriques, referiu que os resultados negativos “só podem ser compensados através de uma atualização tarifária, que compense os custos operacionais da empresa”.

“Nós não temos podido realizar essa atualização porque a APIN sofreu uma alteração relativamente à sua constituição. Os pressupostos de uma empresa com 11 municípios foram alterados com a saída de Penacova”, esclareceu.

Segundo João Miguel Henriques, há “uma necessidade de reajustar o plano de investimentos da empresa e regime tarifário“, mas tal só será possível quando a questão da saída da câmara de Penacova do sistema fique “completamente resolvida” (o município tem contestado o valor de indemnização a pagar pela saída).

Com a saída de Penacova, que era um dos maiores municípios e contribuidores do sistema, o próprio estudo de viabilidade económico-financeira terá de ser alterado, notou.

O presidente da APIN, que é também o presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares, referiu ainda que está a ser procurada uma “solução para o futuro” da empresa, mas escusou-se a adiantar que solução será essa. “A solução tem de ser garantida no próximo ano”, vincou, recordando que a empresa não pode estar mais de três anos consecutivos com resultados líquidos negativos.

Com a saída de Penacova, a APIN passou a integrar os municípios de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande (distrito de Leiria), Góis, Lousã, Pampilhosa da Serra, Penela e Vila Nova de Poiares (distrito de Coimbra).

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Autarca de Sintra defende investimento e revisão da Lei das Finanças Locais “da ‘troika'”

  • Lusa
  • 12 Novembro 2024

O autarca diz que esta não é a primeira vez que Sintra é considerado o número um em eficiência financeira, "umas vezes nos grandes concelhos, outras vezes a nível nacional".

O presidente da câmara de Sintra considerou, esta terça-feira, que uma boa eficiência financeira municipal passa pelo controlo da despesa e aumento do investimento, mas defendeu a necessidade da urgente revisão da Lei das Finanças Locais do “tempo da ‘troika'”.

“O grande princípio, nós somos fiéis depositários do dinheiro dos outros [e temos de], primeiro, controlar a despesa; segundo, aumentar o investimento; terceiro, diminuir os impostos. É isso que a gente fez”, explicou Basílio Horta (PS).

O também presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa falava à Lusa após a divulgação do Anuário Financeiro dos Municípios, segundo o qual as câmaras de Sintra, Abrantes e Grândola obtiveram as melhores pontuações nos respetivos ‘rankings’ dos concelhos de grande, média e pequena dimensão com melhor eficiência financeira em 2023.

O autarca salientou que esta não é a primeira vez que Sintra é considerado o número um em eficiência financeira, “umas vezes nos grandes concelhos, outras vezes a nível nacional”, mas que isso “é natural” quando se gere as taxas e os impostos que os “contribuintes pagam”.

“Essas verbas não são nossas, temos que ser, como é que eu hei de dizer, muito exigentes na despesa corrente, temos que ser muito exigentes nos investimentos que fazemos, porque estamos a fazê-lo em nome de terceiros, […] que pagaram os seus impostos e assim foi”, frisou.

Basílio Horta recuou ao seu primeiro mandato, quando teve de fechar empresas municipais que davam prejuízo. “Libertamo-nos da dívida ao longo do tempo, encerrámos as empresas municipais, portanto, o serviço da dívida de quatro milhões passou para investimento”, explicou, com prioridade para a área da saúde, que se encontrava “num estado lastimável” e “estava abandonada”.

Além da reformulação de centros de saúde, decidiu “que era necessário fazer um hospital”, que alivie o Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) da “enorme pressão” de uma unidade construída para servir 200 mil pessoas e serve 500 mil dos dois concelhos.

“O hospital está feito e agora vai começar a funcionar logo que as reuniões, logo que as condições de segurança estejam completadas e o hospital possa abrir em plena segurança”, adiantou, destacando ainda o investimento na área social, no espaço público, nas escolas, sem deixar de baixar “os impostos” aos municípios.

Obviamente que a câmara precisa de alteração da Lei das Finanças Locais.

Basílio Horta

Presidente da Câmara Municipal de Sintra

Em relação à descentralização de competências, Basílio Horta admitiu que o município não tem dificuldades, mas no futuro pode “vir a ter”.

“Não temos dificuldades, neste momento, porque temos uma almofada financeira, enfim bastante confortável. Agora é evidente que temos muitos investimentos programados, temos investimentos programados da ordem dos 170 milhões de euros“, estimou o autarca, avisando que a situação pode modificar-se “se a Lei das Finanças Locais não for alterada” para serem “compensados dos défices” resultantes da transferência de competências da administração central.

Enquanto no caso da educação, o défice é de cinco milhões de euros, na saúde ainda não aceitou competências “porque os meios não são suficientes”.

Na estratégia local de habitação, nós temos cerca de 400 milhões de euros, dos quais uma parte a 100% do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], há outra parte que é a 85%, e há uma parte” que “a câmara vai ter que, se quiser continuar com a estratégia”, desembolsar na “ordem dos 50 milhões” de euros.

“Neste momento, se não houvesse a almofada financeira que temos, as receitas cobrem a despesa, porque os investimentos que temos vindo a fazer são muitos” e “cobrem praticamente a 100%, até fica um bocadinho de fora”, que se vai buscar “a saldos transitados”, reconheceu.

Por isso, o presidente da autarquia defendeu que a revisão da Lei das Finanças locais “é fundamental”. “É uma lei que está datada, está antiquada, nunca foi revista, ainda está influenciada pela ‘troika’; ainda está influenciada por aquela ideia de que as câmaras municipais é que eram a origem da dívida, um disparate completo, como se vê agora, a dívida tem sido paga em larga medida pelas câmaras”, salientou.

Nesse sentido, Basílio Horta reforçou que na gestão municipal “é necessário ver, no futuro, a curto e médio prazo” e, assim, “obviamente que a câmara precisa de alteração da Lei das Finanças Locais.

Os ‘rankings’ do Anuário Financeiro foram elaborados com base na pontuação obtida pelos municípios em 10 indicadores, para um máximo de 1.900 pontos, relativos a eficiência e eficácia financeira, como a liquidez, o peso do passivo exigível no ativo, o passivo por habitante e os impostos diretos por habitante.

Segundo o Anuário, a pontuação máxima em 2023 foi obtida por grandes municípios, com a melhor pontuação a ser alcançada pela Câmara de Sintra (distrito de Lisboa), com 1.675 pontos, seguida dos municípios de Maia (distrito do Porto), com 1.592 pontos, e de Santa Maria da Feira (distrito de Aveiro), com 1.583.

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5ª Conferência ECOseguros: A IA já está em toda a cadeia de valor dos seguros

  • ECO Seguros
  • 12 Novembro 2024

A Inteligência Artificial foi objeto de debate entre protagonistas de diversos setores da cadeia de valor dos seguros. Uma moderação especializada do consultor João Veiga permitiu avaliar a situação.

A situação da IA na cadeia de valor dos seguros foi debatida por João Araújo, Diretor de Plataformas e Canais Digitais NacionalGest, João Pedro Borges, Presidente do Conselho de Administração Executivo da CA Seguros, José Lino Ferreira, Marketing & Commercial Operations da MPM e Pedro Mata, Administrador da Caravela, sob a moderação conhecedora de João Veiga, Fundador e CEO da Elysian Consulting.

João Veiga, Fundador e CEO da Elysian Consulting, foi moderador ativo no debate “Tecnologia: Impacto da inteligência artificial na cadeia de valor do setor segurador” que contou com as participações de João Araújo, Diretor de Plataformas e Canais Digitais NacionalGest, de João Pedro Borges, Presidente do Conselho de Administração Executivo da CA Seguros, de José Lino Ferreira, Marketing & Commercial Operations da MPM e de Pedro Mata, Administrador da Caravela.

No painel, João Veiga destacou a diversidade dos intervenientes na cadeia de valor dos seguros e pretendeu alertar para até que ponto o que se designa Inteligência Artificial realmente o é. Daí que a abordagem foi também especializada, João Araújo, Diretor de Plataformas e Canais Digitais da NacionalGest, destacou a necessidade da partilha de dados de riscos entre os parceiros do setor para proteger melhor os clientes.

Quanto ao uso de IA nas operações internas, João Pedro Borges, presidente da CA Seguros, mencionou que a empresa está a formar os seus dirigentes em IA e pretende que a formação chegue a todos os colaboradores. Também indicou que a companhia já usa modelos de linguagem para transcrever chamadas na área de sinistros, o que ajuda a entender quais são as dúvidas mais frequentes dos clientes, para arranjar métodos de transmitir melhor esses tópicos aos consumidores.

José Lino Ferreira, da MPM, apontou que a IA pode otimizar a gestão de sinistros, permitindo que as empresas automatizem tarefas rotineiras e se concentrem nas questões mais críticas. Segundo Lino Ferreira, essa tecnologia ajuda as equipas a focarem-se no que é realmente importante.

Veja ou reveja o painel aqui:

A 5ª Conferência ECOseguros com o tema geral “Os seguros como parceiros do crescimento económico e da proteção social” teve lugar a 30 de outubro em Lisboa, no Centro Cultural de Belém (CCB).

Empresas que viabilizaram a Conferência

A 5ª Conferência ECOseguros foi possível devido ao apoio recebido de importantes protagonistas do setor segurador, permitindo o acesso gratuito aos profissionais inscritos. As companhias de seguros apoiantes foram a Ageas Seguros, Allianz, Azuaga, BPI Vida e Pensões, Caravela, CA Seguros, Fidelidade, GamaLife, Generali Tranquilidade, Mgen, Mútua Saúde, Prévoir e Real Vida.

Entre as corretoras e mediadoras de seguros, apoiaram a 5.ª Conferência a Innovarisk Seguros, MDS, NacionalGest e Universalis/Acrisure.

Entre as tecnológicas estiveram Cleva, lluni, MPM e RandTech Computing.

Entre protagonistas especiais na área dos seguros estiveram presentes a Broseta – Advogados, EY, Future HealthCare e NTT Data.

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Governo deveria ter “evitado a tempo” greve do INEM, diz Pedro Nuno Santos

  • Lusa
  • 12 Novembro 2024

"Governar não é fazer jogos de comunicação ou distribuir excedentes orçamentais. É enfrentar problemas com competência e empatia", afirmou Pedro Nuno Santos, sobre a greve do INEM.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, responsabilizou esta terça-feira o primeiro-ministro e a ministra da Saúde pelos efeitos da greve do INEM, considerando que só o Governo podia e devia ter evitado esta paralisação a tempo.

Se a gestão de uma greve que afeta os serviços de emergência não é responsabilidade deste Governo, então de quem é? Devia ser ainda o PS, em novembro de 2024, a ter de andar atrás dos pré-avisos de greve que os sindicatos enviam para os e-mails dos membros do Governo da AD?“, questionou Pedro Nuno Santos numa publicação nas redes sociais.

Na opinião do líder do PS, “a responsabilidade pelos efeitos da greve do INEM é deste Governo, deste primeiro-ministro e desta ministra” da Saúde. “Só eles poderiam – e deveriam – tê-la evitado a tempo”, defendeu. Pedro Nuno Santos acusou o Governo liderado por Montenegro de continuar “a confundir governação com encenação mediática”.

“Mas governar não é fazer jogos de comunicação ou distribuir excedentes orçamentais. É enfrentar problemas com competência e empatia”, disse. Para o líder do PS, “a falta de competência e de empatia não se resolve contratando agências de comunicação”.

Nesta publicação, Pedro Nuno Santos partilha duas notícias, a primeira das quais com o título “INEM não definiu serviços mínimos no dia em que greves causaram caos no socorro” e uma outra, de julho, que referia que “Presidente demissionário do INEM acusa ministério de negligência no processo dos helicópteros”.

A ministra da Saúde anunciou esta terça que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) passou a estar na sua dependência direta, alegando que o instituto assume uma “prioridade enorme” devido ao alarme social dos últimos dias. As mortes de 11 pessoas alegadamente associadas a falhas no atendimento do INEM motivaram a abertura de sete inquéritos pelo Ministério Público (MP), um dos quais já arquivado. Há ainda um inquérito em curso da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

A demora na resposta às chamadas de emergência agravou-se durante a greve de uma semana às horas extraordinárias dos técnicos de emergência pré-hospitalar, que reclamam a revisão da carreira e melhores condições salariais. A greve foi suspensa após a assinatura de um protocolo negocial entre o Governo e o sindicato do setor.

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Governo já fez proposta para atingir 100% do capital da Lusa e não vai “regatear”

  • Lusa
  • 12 Novembro 2024

"O Estado não está disponível para regatear ou negociar, é um valor que foi encontrado e daí não sairemos", afirmou o ministro dos Assuntos Parlamentares.

O Governo fez uma proposta para adquirir o restante do capital social da Lusa que ainda não detém, por um valor correspondente à avaliação da agência no âmbito das outras aquisições, e não vai “regatear”. A informação foi avançada esta terça-feira pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, na audição no parlamento no âmbito do Orçamento do Estado para 2025, onde adiantou que já foi feita uma proposta e o Governo está a aguardar.

“Temos hoje em dia uma maioria muito significativa, há uma oferta para se poder adquirir o restante, por razões essencialmente de benefício em atos de gestão”, começou por explicar Pedro Duarte. O governante adiantou que já foi feita uma proposta que “é exatamente no mesmo valor que foi feita a avaliação da empresa a propósito das outras aquisições” e não vai mudar a esse respeito.

“O Estado não está disponível para regatear ou negociar, é um valor que foi encontrado e daí não sairemos”, afirmou o ministro dos Assuntos Parlamentares.

Já sobre a ideia da criação de um Conselho de Supervisão na agência de notícias, disse que o Governo vai “conversar sobre isso com órgãos próprios da Lusa”. “O interesse é que haja um conselho que aumente a independência da Lusa face ao poder político e ao Governo e a composição do conselho de supervisão será encontrada, mas promoveremos entidades e não personalidades para dar mais força e não termos personalidades que vão com cunho mais partidário”, sinalizou o ministro.

O ministro já tinha apontado o desejo do Governo de “clarificar a estrutura acionista [da Lusa]”, no início de outubro, recordando que desde final de julho o Estado passou a deter 95,86% do capital da agência noticiosa portuguesa. No dia 31 de julho, o Estado comprou os 45,71% da participação da Global Media e da Páginas Civilizadas na Lusa por 2,49 milhões de euros, passando a deter 95,86%.

Com esta decisão, o Estado tornou-se detentor de 95,86% do capital da agência noticiosa portuguesa, que tem as participações minoritárias da NP – Notícias de Portugal (2,72%), Público (1,38%), RTP (0,03%) e a Empresa do Diário do Minho, Lda, cada um 0,01%.

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Lloyd’s e ABI ensinam a avaliar acidentes cibernéticos

  • ECO Seguros
  • 12 Novembro 2024

O documento surge por ainda não existirem eventos cibernéticos suficientes que as seguradoras possam considerar quando tentam estabelecer definições claras e redigir apólices.

A Associação Britânica de Seguradores (ABI, sigla inglesa) e a Lloyd’s of London criaram um guia para as seguradoras e resseguradoras sobre as formas de definir de um grande evento cibernético.

O objetivo é estabelecer os fatores que as empresas devem considerar, e fornece um quadro a seguir, para definir o que constitui um grande sinistro cibernético que permita quantificar os riscos e desenvolver estratégias de mitigação dos mesmos, anunciaram em comunicado.

O documento “Componentes de um grande evento cibernético: uma abordagem de (res)seguro” surge por este ser um dos riscos sistémicos e emergentes mais proeminentes e ainda não existirem eventos cibernéticos suficientes que as seguradoras possam considerar quando tentam estabelecer definições claras e redigir apólices.

Define que as etapas que devem ser consideradas para definir um sinistro cibernético de grande dimensão são:

  • Quem foi responsável pelo acontecimento e se as suas intenções eram maliciosas ou não?”
  • Qual foi a causa do sinistro?”
  • Onde ocorreu geograficamente, no ecossistema digital e na população segurada?”
  • Quando é que o evento começou e quanto tempo durou?”
  • Como é que o evento cibernético se propagou – foi manual ou automático?”
  • Por que ocorreu o evento, o motivo foi um ganho financeiro ou político?”
  • Impacto quantificado em perdas monetárias”

A definição de cada produtor pode variar em função das suas abordagens comerciais. No entanto, “o quadro ajuda a simplificar este processo, agrupando, categorizando e analisando sistematicamente os incidentes cibernéticos para vários fins, como a avaliação e a agregação de riscos”, refere o comunicado.

O diretor das políticas de seguros gerais da ABI considera que ainda que os riscos sejam emergentes e complexos e ainda não hajam dados para construir uma “definição única de um grande evento cibernético”, o setor segurador “distingue-se por se antecipar a estas ameaças e compreender o risco que elas representam”. “Ao colaborar com o Lloyd’s, conseguimos desenvolver um quadro e um conjunto coerente de componentes que as empresas devem ter em conta quando tentam criar as suas próprias definições”, disse Mervyn Skeet.

Quadro que “acabará por aumentar a resiliência do setor dos seguros face às crescentes ameaças cibernéticas”, assinalou Rachel Turk, Chief Underwriting Officer do Lloyd’s.

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Jean-Jacques Henchoz não renova contrato com Hannover Re. Clemens Jungsthöfel será o novo CEO

  • ECO Seguros
  • 12 Novembro 2024

Henchoz continuará a prestar serviços em funções não executivas e de consultoria. Resseguradora considera que Jungsthöfel “provou a sua experiência excecional" para o cargo.

O diretor-executivo da Hannover Re, Jean-Jacques Henchoz, não vai renovar o contrato com resseguradora e Clemens Jungsthöfel foi nomeado para o substituir a partir de 1 de abril do próximo ano, segundo comunicado da empresa.

Jean-Jacques Henchoz, diretor-executivo cessante da Hannover Re e Clemens Jungsthöfel atual CFO assumirá funções de CEO a 1 de abril.

Há cinco anos na empresa, Henchoz vai abandonar a direção executiva a 31 de março de 2025, mas continuará a prestar serviços à empresa em funções não executivas e de consultoria.

No período em que Jean-Jacques Henchoz liderou a Hannover Re a capitalização de mercado da resseguradora quase duplicou para cerca de 29 mil milhões de euros, e, nos últimos seis anos, o retorno sobre o capital próprio foi em média de 14,7%.

Henchoz afirmou que vai assegurar “uma transferência ordenada para Clemens Jungsthöfel”que é atualmente Chief Financial Officer (CFO) da resseguradora e que considera ser “a escolha perfeita” para a sua sucessão. Diz que “provou a sua experiência excecional” nos últimos tempos como CFO da resseguradora e da seguradora de empresas e especialidades HDI Global.

Já a substituir Jungsthöfel como CFO será Christian Hermelingmeier, que é CFO da HDI Global SE desde setembro de 2020. Este é também presidente do Conselho de Administração da HDI Reinsurance Ireland SE. Durante o seu mandato como CFO da HDI Global SE, a quota internacional do negócio da seguradora aumentou de 50% para 75% dos prémios, indica o comunicado.

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Êxito da COP29 depende de metas ambiciosas para travar aquecimento, diz Moreira da Silva

  • Lusa
  • 12 Novembro 2024

Esta é uma COP "cujo êxito depende única e exclusivamente em saber se temos uma meta ambiciosa ou não para ajuda pública", disse o português Jorge Moreira da Silva.

O diretor-executivo da agência da ONU para as infraestruturas e gestão de projetos, Jorge Moreira da Silva, afirmou esta terça-feira que o êxito da COP29 dependerá da definição de uma meta ambiciosa para financiamento da descarbonização e do compromisso de ajuda pública dos Estados do Norte aos Estados do Sul.

Esta é uma COP (Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas) “cujo êxito depende única e exclusivamente em saber se temos uma meta ambiciosa ou não para ajuda pública”, disse o português Jorge Moreira da Silva, considerando “essencial a ajuda dos Estados do Norte aos Estados do Sul” para travar o aquecimento global.

O diretor-executivo da agência da ONU para as infraestruturas e gestão de projetos alertou, na 29.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP29), em Baku, que esta “não pode de maneira nenhuma ser desvalorizada em relação à sua ambição”, já que se daqui não saírem “novas metas de descarbonização” não será possível “alcançar um bom acordo no Brasil (onde em 2025 decorrerá a COP 30) que nos coloque na linha do limite do aumento da temperatura para 1,5 graus em vez dos 2,6 ou 2,8 de que hoje, infelizmente, já se fala”.

Aludindo a “um gap de financiamento enorme no apoio à descarbonização”, Moreira da Silva afirmou que, ainda que a COP29 decorra sem a presença de alguns líderes políticos de vários países, o mundo “não de pode dar ao luxo de ter um fracasso” na conferência que decorre em Baku, capital do Azerbaijão, até ao dia 22 de novembro.

Vincando que só se conseguirá “preservar o equilíbrio planetário” se se conseguir limitar o aumento da temperatura a valor, Jorge Moreira da Silva alertou para um cenário em que existirão “quase 1.000 milhões de pessoas no mundo a viver em zonas desertificadas ou com stress hídrico”.

O português considerou que, independentemente do número de Chefes de Estado e de Governo, a participar na cimeira “nada poderá servir de desculpa para não se atingir um resultado o mais ambicioso possível”. Ou seja, rever a meta de 100 milhões de euros por ano, estabelecida há duas décadas, e “mudar a escala dos bilion dólares para os trillion dólares”.

Os governos “podem fazer conversas sobre limites políticos, mas nenhum limite político responderá ao problema do limite físico” que obriga a atingir a neutralidade carbónica em 2050, o que implica “uma redução de 42% de redução das emissões até 2030” e “seis trillion dólares de investimento por ano”.

O antigo ministro do Ambiente avisa que se podem fazer “discursos muito bonitos a favor da descarbonização, da promoção das renováveis, das tecnologias limpas” mas, “se na hora da verdade os países do Norte, que são ricos, não apoiaram os países do Sul na descarbonização, não vai funcionar”.

Os países do Sul “enfrentam ainda pobreza e desigualdades: 700 milhões de pessoas não têm eletricidade, dois mil milhões de pessoas não têm forma de cozinhar de forma limpa, como ainda por cima são os países que para superarem a pobreza vão produzir mais emissões”. Portanto, conclui, “isto não é caridade, é solidariedade e, mais do que isso, é um investimento” na ação climática global.

À margem da conferência, Jorge Moreira da Silva lançou ainda o desafio às empresas e aos países para que “não se limitem a descarbonizar” e para que avancem com “parcerias verdadeiras” entre Norte e Sul para que ambos os lados do mundo fiquem mais verdes. A COP29 decorre em Baku, capital do Azerbaijão, até ao dia 22 de novembro.

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