“Transparência é o principal ‘driver’ da igualdade salarial”. Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Os portugueses trabalham, em média, 38,4 anos. É esse o valor que dá título a este podcast que se debruça em entrevistas quinzenais sobre os temas mais quentes do mundo do trabalho.

Os salários ainda são um tabu na generalidade das empresas portuguesas, mas a transparência a esse respeito ajuda não só a fidelizar os trabalhadores como a combater as desigualdades. Aliás, a transparência é o “principal driver” da igualdade entre vencimentos, considera Paulo Veiga, CEO da EAD, no novo episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”. Já Nuno Ferreira Morgado, sócio da PLMJ, explica o que vai mudar na lei portuguesa com a nova diretiva europeia da transparência salarial.

Com 400 trabalhadores, a EAD está, desde outubro, a implementar práticas de transparência remuneratória. Por exemplo, nos anúncios de emprego indica a expectativas salariais e divulga internamente as faixas remuneratórias. Paulo Veiga adianta que essa informação facilita a negociação anual dos ordenados, mas avisa que esse nunca é um processo fácil.

Também neste episódio, Nuno Ferreira Morgado, sócio coordenador da área de laboral da PLMJ, explica o que já prevê a lei do trabalho sobre a transparência salarial e o que vai mudar com a diretiva europeia, que tem de ser refletida no enquadramento nacional até 2026. Deixa também recomendações sobre o que podem fazer já os empregadores para se prepararem.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas, à boleia, também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Neste mês de fevereiro, vamos explorar essa questão do ponto da transparência salarial.

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Merlin, Altri e Navigator distinguidas pela Sustainalytics quanto ao risco ESG

A Sustainalytics revelou a listas das melhores classificadas em termos de rating de risco ESG e aquelas que mereceram uma distinção.

seis empresas cotadas na bolsa nacional que mereceram uma distinção quanto ao seu risco ambiental, social e de governança (ESG), por parte da agência de ratings de sustentabilidade Sustainalytics. A Merlin Properties SOCIMI e as papeleiras Altri e Navigator preenchem o pódio entre as portuguesas.

A Sustainalyticsrevelou a lista das empresas que destaca pela positiva quanto ao risco ESG em 2025. Apresentou a lista “Global 50” (Global 50 Top Rated), na qual nenhuma empresa cotada em Portugal figura, mas apresentou também as categorias Regional (Region Top Rated) e Indústria (Industry Top Rated). É nesta última que seis empresas cotadas em Portugal conseguiram destaque. A pertença a esta categoria significa que estas empresas tiveram um desempenho “muito superior”, nas suas respetivas indústrias, tendo em conta o universo analisado. E “muito superior”, esclarece a Sustainalyics, é fazer parte da fatia de 6,7% das empresas com o risco ESG mais baixo do seu grupo, excluindo as empresas com risco “severo”.

A Merlin Properties SOCIMI distingue-se por possuir um risco ESG “negligenciável”, de 8,71, tendo recebido duas distinções: o selo de Industry Top Rated e Region Top Rated. É a única das empresas cotadas na bolsa portuguesa que arrecada mais de uma distinção. Seguem-se a Altri e a The Navigator Company, às quais é atribuído um risco ESG “baixo” de 11,85 e 12,65, respetivamente, e as quais têm por isso direito ao selo Industry Top Rated.

A figurar na lista de empresas cotadas na bolsa de Lisboa e que foram alvo de um selo de distinção pelo baixo risco ESG, no âmbito da sua indústria, estão ainda a própria dona da bolsa, a Euronext (de origem holandesa mas que também tem ações admitidas à cotação em Lisboa), cujo risco ESG se fixa nos 13,37, e também as energéticas EDP Renováveis (14,63) e, finalmente, a REN — Redes Energéticas Nacionais (15,15).

Em declaraçõs ao ECO/Capital Verde, a Merlin Properties afirma que esta distinção é importante para a empresa na medida em que fomenta a confiança junto dos investidores, em particular daqueles que priorizam a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa. Ao mesmo tempo, é espelho de uma “vantagem competitiva” face aos pares, entende a Merlin Properties.

Sobre o futuro, a cotada do setor imobiliário afirma que vai “aprimorar” as práticas ambientais, nomeadamente no que diz respeito à eficiência energética dos seus imóveis e trabalhar para a neutralidade carbónica dos mesmos. Além disso, espera fortalecer a governança corporativa e apostar na inovação ambiental e social para melhorar as suas práticas ESG.

A administradora da Altri com o pelouro da Sustentabilidade, Risco, Comunicação, Pessoas e Talento, Sofia Jorge, destaca que a Altri foi classificada como empresa de baixo risco, sendo a de menor risco no seu setor, tendo já em outubro de 2024 alcançado a sua melhor classificação no ESG Risk Rating da Sustainalytics.

Da esquerda para a direita: Ismael Clemente, CEO da Merlin Properties SOCIMI, José Soares de Pina, CEO da Altri e António José Pereira Redondo, CEO da The Navigator Company.

Os compromissos de sustentabilidade da Altri estão integrados com uma abordagem da dupla materialidade, que passa pela avaliação por parte da empresa tanto do impacto das suas atividades no meio ambiente e na sociedade, como dos riscos e oportunidades que os fatores ESG representam para o seu desempenho financeiro. “Vamos continuar a trabalhar para reforçar a nossa liderança e reduzir ainda mais o nosso nível de risco ESG”, garante Sofia Jorge.

Já num comunicado dirigido à imprensa, a The Navigator Company atribui a distinção à dedicação de “uma equipa comprometida com a construção de um futuro mais sustentável” e relaciona-a com as iniciativas de redução das emissões de carbono, com a “gestão responsável” das florestas e com o apoio às comunidades onde está inserida.

No que diz respeito à descarbonização, a Navigator assumiu o compromisso de descarbonização dos seus complexos industriais até 2035, antecipando em 15 anos as metas nacionais e europeias. O investimento já alocado ao Roteiro de Descarbonização ascende a 340 milhões de euros, com aplicação entre 2019 e 2028, estando já executados ou em fase de execução 89% desse valor.

A empresa lançou também o Clube Produtores Florestais Navigator, que junta produtores florestais, associações florestais, prestadores de serviços e fornecedores de madeira para a adoção de práticas inovadoras e sustentáveis de produção e gestão florestal, descreve a empresa, partilhando conhecimento, facilitando o acesso a apoios financeiros e conseguindo benefícios de escala.

Os ratings de risco ESG da Sustainalytics, empresa detida pela Morningstar, cobrem mais de 15.000 empresas de 42 indústrias. O objetivo é não só fazer uma avaliação dos riscos ESG aos quais estas empresas estão expostas, mas também a forma como estes são geridos. As empresas distinguidas podem vir a usar o “selo” de qualidade que lhes é atribuído por esta casa de investimento para atividades de angariação de capital e para fins de promoção, lê-se no site da Sustainalytics.

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Hoje nas notícias: Falências, cartel da banca e McDonald’s

  • ECO
  • 12 Fevereiro 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A proposta apresentada pelo consórcio liderado pela Mota-Engil para a construção do segundo troço da linha de alta velocidade foi excluída no relatório preliminar do júri. A decisão do Tribunal da Relação de Lisboa de declarar prescrito o caso do ‘cartel da banca’ não foi unânime, com um dos três juízes que assinam o acórdão a votar vencido. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Prescrição do ‘cartel da banca’ não foi unânime entre juízes

Dos três magistrados que assinam o acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa que anula as coimas de 225 milhões de euros aplicadas a 11 bancos no âmbito do caso do ‘cartel da banca’, dois — Bernardino Tavares e Paulo Abrantes Registo — entenderam que o processo já se encontrava prescrito há pelo menos um ano (desde 11 de fevereiro de 2024) e que, quando a condenação da primeira instância foi decidida, em setembro de 2024, os autos já não podiam estar de pé. Um terceiro juiz, Armando Luz Cordeiro, discordou e votou vencido, considerando que a prescrição só acontece no final deste ano e, no caso de alguns bancos, apenas em meados de 2026.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Gestor da McDonald’s terá sido corrompido com 100 mil euros

O gestor de expansão da McDonald’s Portugal é suspeito de ter sido corrompido, com cerca de 100 mil euros, por um promotor imobiliário que lucrava com a compra e venda de terrenos onde a multinacional tinha projetos para abrir novos restaurantes, no norte do país. Ambos foram constituídos arguidos, bem como o vice-presidente da Câmara de Valongo, Paulo Esteves Ferreira, suspeito de prevaricação por alegadamente ter acelerado o licenciamento de um restaurante da cadeia de restauração.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Tupperware faliu em Portugal com calote de 22 milhões dos EUA

A unidade da Tupperware em Montalvo, no concelho de Constância, abriu insolvência com uma imparidade intragrupo no valor de quase 21,9 milhões de euros. Dos mais de 80 credores da empresa, a que deverão juntar-se os 192 trabalhadores dispensados, destacam-se a Gráfica Ideal de Águeda e o BCP. A fábrica estima em cinco milhões de euros o valor das indemnizações devidas aos 192 trabalhadores.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Falências de empresas em Portugal disparam 23% em janeiro

A falência de empresas em Portugal aumentou 23% em janeiro face ao mesmo mês de 2024. Dados da Iberinform mostram que, no primeiro mês do ano, houve 417 ações de insolvência, mais 77 do que em janeiro do ano passado, com Porto, Lisboa e Braga a serem os distritos mais afetados. As falências atingiram, sobretudo, os setores da indústria transformadora (565), comércio por grosso e retalho e reparação de automóveis e motociclos (404) e construção (279).

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Lusolav excluída do segundo troço da alta velocidade

A proposta apresentada pelo consórcio Lusolav para a construção do segundo troço da linha de alta velocidade Lisboa-Porto, que vai ligar Oiã a Soure, a única a concurso, foi excluída pelo júri no relatório preliminar, por entender que não cumpre o caderno de encargos. Segundo o Jornal de Negócios, o que está em causa é a adaptação da atual estação de Coimbra às necessidades da alta velocidade, que na proposta apresentada pelo consórcio, liderado pela Mota-Engil e que integra ainda a Teixeira Duarte, Casais, Alves Ribeiro, Conduril e Gabriel Couto, não segue globalmente a solução técnica desenhada pela Infraestruturas de Portugal (IP). Agora, tem dez dias para se pronunciar em sede de audiência prévia.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Empresas portuguesas têm mais dificuldades no acesso a financiamento (e acima da média europeia)

Empresas portuguesas identificam desafios regulamentares e financeiros acima da média da União Europeia, mas percentagem de empresas que preveem aumentar o investimento continua estável.

As empresas portuguesas enfrentam atualmente mais dificuldades no acesso ao financiamento, um problema superior ao verificado na média da União Europeia (UE), revela o Banco Europeu de Investimento (BEI). Este organismo indica ainda que o investimento em Portugal mantém-se forte, mas as empresas enfrentam também desafios regulamentares acima dos pares europeus.

Os condicionalismos financeiros estão a aumentar e ultrapassam a média da UE: a percentagem de empresas portuguesas com problemas no acesso a financiamento aumentou significativamente e está agora acima da média da UE“, indica o BEI, em comunicado divulgado esta quarta-feira.

Esta instituição explica que este quadro resulta da rejeição de empréstimos, dificuldades na obtenção de financiamento suficiente e os elevados custos do crédito. Paralelamente, alerta que os desafios regulamentares e logísticos também “afetam significativamente as empresas portuguesas”.

A conformidade com novos regulamentos, normas e certificações, bem como os desafios logísticos, constituem os principais obstáculos à atividade empresarial. Em comparação com outras empresas da UE, as empresas portuguesas mostram-se mais preocupadas com o acesso a matérias-primas e componentes”, aponta.

Para quatro em cada cinco empresas portuguesas os principais obstáculos à expansão passam pela “incerteza quanto ao futuro, a falta de mão-de-obra qualificada, a regulamentação e os custos da energia“. Ainda assim, “a burocracia e a regulamentação da atividade económica continuam a ser desafios que afetam mais Portugal do que o resto da UE”.

Contudo, o BEI realça que o investimento em Portugal continua a crescer, tendo aumentado 13% em relação aos níveis anteriores à pandemia e que a percentagem de empresas que pretendem aumentar o seu investimento permanece estável (20%) e acima da média da UE.

O forte desempenho de Portugal em termos de investimento, não obstante as pressões financeiras e regulamentares, demonstra a resiliência das empresas portuguesa“, afirmou Debora Revoltella, economista-chefe do BEI, citada em comunicado, destacando que “embora os custos da conformidade, a burocracia e as dificuldades financeiras permaneçam desafios importantes, as empresas portuguesas continuam a adaptar-se e a inovar”.

A responsável do BEI salientou que enquanto banco da UE a instituição irá continuar “a apoiar investimentos que melhoram a resiliência, a sustentabilidade e o crescimento de longo prazo”.

Empresas portuguesas mais integradas no comércio global

As empresas portuguesas estão mais integradas no comércio mundial do que as empresas da União Europeia (77% vs 63%), de acordo com a análise do BEI, que assinala que as preocupações sobre algumas interrupções na cadeia de abastecimento diminuíram ligeiramente face ao ano passado.

Em resposta aos choques comerciais, “as empresas portuguesas são mais propensas do que as empresas da UE a diversificar ou aumentar o número de países de onde importam (31% vs. 19% para as empresas da UE) e menos propensas a aumentar stocks e inventários (16% vs. 20% das empresas da UE)”.

O Inquérito ao Investimento do Grupo BEI (EIBIS) é um relatório anual, baseado numa sondagem realizada junto de cerca de 13 mil empresas de todos os Estados-Membros da União Europeia, com uma amostra adicional oriunda dos Estados Unidos.

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EUA adiaram anúncio de novas tarifas previsto para esta semana, segundo assessor de Trump

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2025

Assessor para o Comércio e a Indústria dos EUA, Peter Navarro, informou que a ameaça Trump de aplicar taxas alfandegárias recíprocas a parceiros comerciais não vai ser detalhada esta semana.

O assessor presidencial para o Comércio e a Indústria dos EUA, Peter Navarro, informou que a ameaça, feita por Donald Trump, de aplicar taxas alfandegárias recíprocas a parceiros comerciais não vai ser detalhada esta semana.

Antes, o que vai ser feito, adiantou na estação televisiva CNN, é um estudo pelos departamentos do Tesouro e do Comércio do que existe em termos de taxas alfandegárias e outras barreiras ao comércio internacional.

“Em todo o caso, não vai haver taxas alfandegárias recíprocas. Não nos apressemos. O que se vai passar é vamos analisar todos os nossos parceiros comerciais, a começar pelos que temos défices mais elevados. Vamos ver se estão a enganar o povo norte-americano e, se o estiverem, vamos tomar medidas”, adiantou.

O assessor presidencial para o Comércio e a Indústria dos EUA, Peter NavarroVictoria Pickering via Flickr

Em 7 de fevereiro, em declarações à comunicação social na Sala Oval, ao lado do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, Trump disse que esta semana ia anunciar essas taxas recíprocas, para que os EUA fossem tratados em igualdade de condições.

Desde que chegou à Casa Branca que Trump tem utilizado as taxas alfandegárias como forma de pressão, apesar de os economistas avisarem que este tipo de medidas pode causar uma subida de preços nos EUA.

Trump já anunciou taxas alfandegárias de 25% a aplicar às importações vindas de México e Canadá, os principais parceiros comerciais dos EUA, a partir de 4 de fevereiro, mas adiou o seu início para dentro de um mês, depois de estes Estados terem decidido aumentar o controlo fronteiriço, para procurarem reduzir o tráfico de fentanil e a entrada de pessoas sem documentos nos EUA.

O que Trump já cumpriu foi a aplicação de taxas alfandegárias às importações vindas da China, o que levou o Estado asiático a retaliar com agravamentos similares.

Na segunda-feira, assinou duas ordens executivas para impor taxas alfandegárias de 25% a todas as importações de aço e alumínio, a vigorar a partir de 12 de março. “Não nos podemos permitir não ter indústrias fortes de aço e alumínio”, disse Navarro.

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Japão pede a Trump isenção de tarifas de 25% sobre alumínio e aço

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2025

Embaixada japonesa nos EUA formalizou junto da Administração Trump um pedido de isenção das tarifas de 25% às importações de alumínio e aço que irão entrar em vigor em 12 de março.

O Japão solicitou aos Estados Unidos uma isenção das tarifas de 25% às importações de alumínio e aço que irão entrar em vigor em 12 de março, avançou esta quarta-feira um porta-voz do Governo nipónico.

O novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na segunda-feira dois decretos em Washington que estabelecem taxas alfandegárias de 25% sobre o aço e o alumínio, “sem exceção ou isenção”.

As novas regras vão afetar o aço e o alumínio, independentemente da sua origem, incluindo os parceiros económicos que anteriormente beneficiavam de isenções (Argentina, Austrália, Canadá, México, União Europeia e Reino Unido).

O Japão poderá perder a isenção de que beneficia para o aço e derivados. Em 2022, o país obteve uma quota para 1,25 milhões de toneladas de aço por ano destinadas aos Estados Unidos. Em relação ao alumínio, o Japão está atualmente sujeito a taxas alfandegárias de 10%.

“Estamos cientes da emissão do decreto presidencial sobre taxas alfandegárias adicionais sobre o aço e o alumínio (…). Solicitámos ao Governo norte-americano que exclua o nosso país destas medidas”, disse Yoshimasa Hayashi aos jornalistas. O pedido foi feito pela embaixada japonesa nos Estados Unidos, disse o porta-voz.

“O Japão estudará cuidadosamente o conteúdo das medidas e o seu impacto no nosso país e tomará as medidas necessárias”, acrescentou Hayashi.

O Canadá e a União Europeia denunciaram a imposição das taxas alfandegárias na terça-feira, enquanto a Coreia do Sul e o Reino Unido enfatizaram a disponibilidade para cooperar com Washington.

O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, por sua vez, garantiu que Donald Trump “concordou que fosse considerada uma isenção” para o seu país.

O México, por seu turno, apelou ao Presidente norte-americano para não destruir os equilíbrios comerciais e de crescimento da América do Norte.

Já o ministro das Relações Institucionais do Brasil disse que o país não tem intenções de entrar “numa guerra comercial” com os Estados Unidos. “O Brasil não estimula e não entrará em nenhuma guerra comercial, somos sempre a favor do fortalecimento do livre comércio”, disse Alexandre Padilha aos jornalistas. Com 4,08 milhões de toneladas de aço exportadas para os Estados Unidos em 2024, o Brasil é o segundo maior fornecedor norte-americano, a seguir ao Canadá.

Durante o primeiro mandato (2017-2021), o líder norte-americano impôs tarifas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio, mas depois concedeu quotas isentas de impostos a vários parceiros comerciais, incluindo Canadá, México, Austrália e Brasil.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 12 de fevereiro

  • ECO
  • 12 Fevereiro 2025

Ao longo desta quarta-feira, 12 de fevereiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Plano para levar metro às praias da Caparica e cais da Trafaria em consulta pública. Veja aqui as imagens

Projeto apresentado nesta segunda-feira em Almada aponta para uma ligação entre a estação ferroviária do Pragal e a Costa da Caparica em apenas 14 minutos.

O projeto de extensão do Metro do Sul do Tejo da Faculdade de Ciências e Tecnologia até ao terminal fluvial da Trafaria foi apresentado esta segunda-feira, dando início ao processo de consulta pública.

O traçado da linha 3 terá uma extensão de 7,2 quilómetros e inclui uma dezena de estações: Pêra, Várzea de Pêra (com ligação ao Funchalinho), Centro da Costa da Caparica, Parque Urbano da Costa da Caparica, Santo António, São João, São Pedro, Madame Faber/Matas Nacionais, Bombeiros Voluntários da Trafaria e Estação Fluvial da Trafaria.

Com início em Cacilhas e passagem na estação ferroviária do Pragal, onde faz ligação com os comboios da Fertagus e da CP, a linha 3 termina atualmente na universidade.

Quando a linha estiver concluída, o metro demorará 14 minutos entre o Pragal e a Costa da Caparica, e mais 13 minutos para chegar ao novo interface de transportes no cais fluvial da Trafaria.

Para a comunidade académica, o cais fluvial que permite a ligação a Belém, em Lisboa, na margem direita do Tejo, ficará a 20 minutos, apenas um minuto a mais do que a atual conexão entre a universidade e o serviço fluvial em Cacilhas.

Veja aqui as imagens.

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Famílias portuguesas lideram no aumento do poder de compra na Zona Euro nos últimos três anos

Portugal é país da Zona Euro com o maior crescimento do rendimento disponível real das famílias nos últimos 3 anos, ao mesmo tempo que apresenta a sua taxa de poupança mais elevada desde 2021.

O rendimento disponível real das famílias portuguesas tem apresentado um crescimento significativo nos últimos anos, destacando-se como um dos mais expressivos na União Europeia.

Nos últimos três anos, o aumento acumulado do rendimento disponível real das famílias atingiu 7,2%, colocando Portugal na liderança da Zona Euro e em segundo lugar na União Europeia, apenas atrás da Hungria, segundo dados divulgados esta terça-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Esta tendência positiva é espelhada particularmente no último ano, com o rendimento disponível real (descontado pela inflação) das famílias portuguesas a aumentar 6,06% entre o terceiro trimestre de 2023 e o mesmo período de 2024. Mais uma vez, Portugal ficou em segundo lugar na União Europeia, ligeiramente atrás da Hungria, que apresentou um crescimento de 6,12% neste período.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Os dados da OCDE revelam também que o crescimento do rendimento disponível tem sido acompanhado por um aumento significativo da taxa de poupança bruta das famílias. No terceiro trimestre de 2024 esta taxa atingiu 10,88%, um valor consideravelmente superior aos 8,38% registados há um ano e aos 9,87% observados há três anos. Este aumento da poupança sugere uma maior prudência financeira por parte das famílias portuguesas, possivelmente em resposta à incerteza económica global.

Os dados revelados pela OCDE vão ao encontro do otimismo do Banco de Portugal que, no Boletim Económico de março do ano passado, projetava um crescimento de 4% do rendimento disponível real das famílias em 2024, depois de no ano anterior ter-se assistido a um aumento de 1,9%. “Estes ganhos estão associados à descida da inflação e à dinâmica dos salários e das prestações sociais”, referem os especialistas do Banco de Portugal, notando ainda que “a redução dos impostos diretos contribuirá também para o aumento do rendimento disponível em 2024–25.”

A redução da inflação desempenhou um papel crucial neste processo dado que, segundo dados do Instituo Nacional de Estatística, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou uma taxa de variação média anual de 2,4% face aos 4,3% registados em 2023. Esta desaceleração da inflação contribuiu significativamente para o aumento do poder de compra das famílias.

Porém, isto não significa que não continue a haver muitas famílias com dificuldades em responder ao custo de vida. No final do ano passado, o Gabinete de Proteção Financeira da Deco revelou à Lusa que notou um “aumento significativo” de pedidos de ajuda ao longo do ano, com a maioria a chegarem de pessoas que trabalham, mas cujo rendimento não chega para pagar a casa (prestação ou renda, a conta do supermercado e dos serviços essenciais).

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Contração do poder de compra no terceiro trimestre de 2024

Apesar do cenário globalmente positivo, os dados mais recentes da OCDE apontam para uma correção de 1% do rendimento disponível real das famílias portuguesas no terceiro trimestre de 2024, apenas superado pela correção de 1,8% das famílias dinamarquesas entre os países da OCDE.

Esta evolução contrasta com a tendência geral observada das famílias dos países OCDE, onde a maioria dos países registou aumentos no rendimento disponível real das famílias.

A correção registada em Portugal entre julho e setembro de 2024 foi também acompanhada por uma redução na taxa de poupança das famílias, que passou de 12,59% no segundo trimestre para 10,88% no terceiro trimestre de 2024. Esta queda na poupança pode indicar que as famílias estão a recorrer às suas reservas financeiras para manter os níveis de consumo face à redução do rendimento disponível.

Apesar desta correção recente, Portugal tem consistentemente superado a média da União Europeia em termos de crescimento do rendimento disponível real das famílias ao longo dos últimos três e cinco anos.

Entre os países que registaram aumentos no rendimento disponível real mais expressivos no terceiro trimestre do ano, a OCDE destaca “Espanha com o maior aumento no rendimento disponível real per capita no terceiro trimestre de 2024 (2,2%), impulsionado em parte por fortes aumentos na renda de propriedade, enquanto o PIB real per capita aumentou mais modestamente (0,6%)”, lê-se no documento.

É importante notar que, apesar desta correção recente, o desempenho global de Portugal nos últimos anos continua a ser significativo. O país tem consistentemente superado a média da União Europeia em termos de crescimento do rendimento disponível real das famílias, refletindo melhorias nas condições económicas e no nível de vida dos portugueses.

No entanto, a recente correção serve como um lembrete da volatilidade e incerteza que caracterizam o ambiente económico atual. As famílias portuguesas, apesar dos ganhos significativos nos últimos anos, podem enfrentar desafios à medida que a economia global continua a navegar por águas turbulentas.

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Revolut tenta lançar IBAN português há dois anos e justifica atraso com “reorganização de prioridades”

A fintech britânica garante que o objetivo de criar um número de conta internacional e uma sucursal se mantém e será concluído em 2025.

 


O Dia dos Namorados em 2023 foi a data escolhida pela Revolut para ‘namorar’ Portugal e anunciar que iria lançar um IBAN português e uma sucursal no país mas, dois anos volvidos, os planos continuam por avançar. A fintech britânica tem vindo a derrapar esses projetos e recusa apresentar nova data oficial de lançamento.

O atraso deveu-se apenas a uma reorganização interna das prioridades a nível de mercados. Isto não quer dizer que Portugal não fosse uma prioridade para a Revolut, mas preferimos focar-nos em 2024 em produtos locais que fazem também uma diferença na vida dos nossos clientes, como a oferta de crédito pessoal”, explicou fonte oficial da Revolut ao ECO.

A Revolut garante que mantém o objetivo de querer lançar um IBAN e a sucursal portuguesa este ano, porque pretende “consolidar ainda mais o crescimento em Portugal, aumentar a base de utilizadores e o catálogo de produtos e, acima de tudo, aumentar a recorrência e tornarmo-nos o principal banco para os nossos utilizadores”. Atualmente, o IBAN é da Lituânia (LT), até porque o Revolut Bank UAB, licenciado pelo BCE, é regulado pelo Banco da Lituânia.

Em 2024, a Revolut ganhou mais 500 mil clientes em Portugal e elevou o ritmo de crescimento de utilizadores do neobanco em 65%. As transações aumentaram 71% e o volume das mesmas 81%, quando comparados com o ano anterior. Estes números e as ambições em torno da sucursal e do IBAN português, para 2025, alimentam o objetivo da empresa de atingir os dois milhões de clientes no país.

O IBAN – International Bank Account Number é uma estrutura normalizada de número de conta de pagamento que, com a referência nacional PT50, permitirá conquistar a confiança dos cidadãos do país menos aptos a depositar ou investir em instituições financeiras digitais e estrangeiras, crê a Revolut.

Já o recurso a produtos de investimento através desta aplicação financeira mais que duplicou no ano passado. O crescimento da utilização destas ferramentas foi de 135% em 2024. Por exemplo, nos fundos monetários flexíveis, que são alternativas às contas poupança tradicionais, os portugueses já investiram mais de 155 milhões de euros.
Ao nível da aplicação, há mais funcionalidades a chegar no segundo semestre, como a consolidação de dívidas e cartão de crédito. O plano passa ainda por assinar mais parcerias para quem paga subscrição na Revolut (as mensalidades acima do Standard) de forma a incentivar mais assinaturas.

“Um exemplo disso é a oferta da subscrição da Uber One nos planos pagos da Revolut. Não queremos ficar por aqui e queremos replicar o modelo que temos em Espanha, que conta nas suas vantagens com subscrições dos maiores jornais do país”, exemplifica a empresa liderada por Nikolay Storonsky.

A Revolut deverá apresentar os resultados financeiros de 2024 no início do segundo trimestre. Em 2023 – terceiro ano seguido de contas no verde – os lucros subiram para 344 milhões de libras esterlinas (414 milhões de euros à cotação atual), o que representou um disparo em relação ao resultado líquido de seis milhões de libras (ou sete milhões de euros) registado em 2022.

A Revolut está avaliada em mais de 45 mil milhões de dólares (44 mil milhões de euros) e emprega cerca de 1.300 trabalhadores em Portugal.

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Governo alinha com a TAP no diferendo sobre empréstimo da Azul

Ministério das Infraestruturas considera que empréstimo da companhia brasileira é um suprimento, o que é contestado pela Azul. Governo espera entendimento entre as empresas.

O Executivo português considera, tal como é defendido pela TAP, que o empréstimo obrigacionista concedido à companhia aérea portuguesa pela Azul é um suprimento, pelo que esta não pode ser considerada um credor privilegiado. Disputa, que já está nos tribunais, deve ser resolvida pelas duas transportadoras, entende Ministério das Infraestruturas.

O caso remonta a 2016, quando a Azul, então detida maioritariamente por David Neeleman, subscreveu uma emissão de obrigações convertíveis de 90 milhões de euros da TAP SGPS, quando o empresário era, com Humberto Pedrosa, também o maior acionista da companhia portuguesa. A Parpública acompanhou a transportadora aérea brasileira com a subscrição de 30 milhões de euros.

A Azul abordou no verão do ano passado a TAP propondo um reembolso antecipado do empréstimo que vence em 2026, tendo a companhia aérea respondido que as garantias reclamadas pela transportadora brasileira não eram válidas, por se tratar de “um empréstimo acionista subordinado”, como avançou o ECO. Ou seja, é equivalente a um suprimento do acionista.

Um entendimento que o Ministério das Infraestruturas e da Habitação subscreve em resposta a uma questão do deputado comunista, António Filipe, acrescentando que cabe às duas companhias chegarem a um acordo.

“O Governo entende que a procura de um acordo entre a SIAVILO SGPS (antiga TAP SGPS) e a Azul, relativamente ao empréstimo obrigacionista que se assume como sendo um suprimento, é da competência das próprias empresas, que têm encetado negociações”, diz a resposta enviada ao Parlamento. “O Governo, preocupando-se com a proteção do superior interesse do Estado, tem acompanhado o tema, respeitando o processo legal”, acrescenta.

A Azul discorda que se trate de um empréstimo subordinado e rejeita que as garantias não sejam válidas.

O diferendo entre a TAP e a Azul já chegou aos tribunais, com a companhia aérea portuguesa a dar entrada de um processo contra a congénere brasileira, em novembro, como noticiou o Expresso.

A Azul decidiu recorrer ao agente fiduciário do contrato de subscrição das obrigações, a Bondholders, uma sociedade com sede em Valência, Espanha, de forma a dirimir o conflito, segundo avançou o Diário de Notícias. As preocupações da companhia brasileira agravaram-se com a venda das participações da TAP SGPS na Portugália, Cateringpor e Cuidados Integrados de Saúde, deixando a TAP SGPS, cujo nome foi alterado para SIAVILO, praticamente sem ativos.

O empréstimo obrigacionista subscrito pela TAP tem um juro elevado, de 7,5%, que, além disso, é composto. A fatura para a TAP SGPS já ia em 165,7 milhões, no ano passado.

O CEO da Azul mostrou-se otimista em relação a um entendimento. John Rodgerson disse, em entrevista à Lusa por telefone, estar confiante de que o processo “vai ser resolvido, porque ninguém questiona que a Azul deu dinheiro para a TAP”. Afirmou também que o tema deve ser resolvido antes da privatização da transportadora portuguesa.

O Governo brasileiro também está a par do conflito entre as duas companhias. O tema esteve na agenda do encontro, em outubro, entre o ministro dos Portos e Aeroportos do Brasil, Sílvio Costa Filho, e o ministro das Infraestruturas de Portugal, Miguel Pinto Luz. Em entrevista à Lusa defendeu que um acordo “é muito importante para as duas companhias”, mas não pode haver “uma ingerência” dos governos nas questões entre ambas.

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Petrogal mantém liderança nas exportações portuguesas. Pfizer tira Faurécia do ranking

Há duas novas entradas na lista das dez principais empresas exportadoras de Portugal em 2024: a Pfizer e a Exolum Aviação. De fora ficaram a Faurécia – Sistemas de Escape Portugal e a Purem Tondela.

A lista das seis principais empresas exportadoras em Portugal manteve-se inalterada em 2024, com a liderança a continuar a caber à Petrogal, detida pela Galp. No entanto, no restante ‘top 10’ há duas entradas — a Pfizer e a Exolum Aviação –, que ditaram a saída da Faurécia e da Purem Tondela, de acordo com os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE) cedidos ao ECO.

Olhando para o ranking das principais empresas exportadoras no ano de 2024, a Petrogal é líder pelo quarto ano consecutivo. Tal como nos dois últimos anos, seguem-se a Volkswagen Autoeuropa e a The Navigator Company. Os lugares seguintes são ocupados por empresas fornecedoras da indústria automóvel: a Continental Mabor (pneus), a Bosch Car Multimedia (soluções de multimédia e sensores) e a Aptivport Services (equipamento elétrico e eletrónico).

É chegados ao sétimo lugar que se registam novidades, com a Pfizer a entrar para o lugar que em 2023 era ocupado pela farmacêutica norte-americana Eli Lilly Export, que desce um lugar em 2024 para o 8º. Em nono lugar, há uma outra entrada: a Exolum Aviação, enquanto a Visteon Electronics Corporation cai para o 10º lugar.

De fora, ficaram a Faurécia – Sistemas de Escape Portugal e a Purem Tondela, duas fornecedoras da indústria automóvel que está a passar por dificuldades.

Veja o top 10 das principais exportadoras em Portugal

  1. Petrogal
  2. Volkswagen Autoeuropa
  3. The Navigator Company
  4. Continental Mabor – Indústria de Pneus
  5. Bosch Car Multimedia Portugal
  6. Aptivport Services
  7. Pfizer
  8. Eli Lilly Export
  9. Exolum Aviação
  10. Visteon Electronics Corporation

Já do lado das maiores importadoras, a Petrogal mantém a liderança, seguida pela Autoeuropa. O principal negócio da alemã Bosch em Portugal sobe do 7º lugar em 2023 para o terceiro lugar, enquanto o Pingo Doce, a Eli Lilly e o Lidl ocupam, respetivamente, o quarto, quinto e sexto lugar.

Já a Itx, do grupo de vestuário Inditex, que detém marcas como a Zara, sobe do nono lugar em 2023 para o sétimo lugar em 2024. A estreia no ‘top 10’ cabe ao Irmãdona Supermercados (Mercadona), enquanto a Siva cai para o nono lugar e a Mercedes-Benz Portugal fica em décimo.

Veja o top 10 de importadoras em Portugal

  1. Petrogal
  2. Volkswagen Autoeuropa
  3. Bosch Car Multimedia Portugal
  4. Pingo Doce
  5. Eli Lilly Export
  6. Lidl
  7. Itx Portugal
  8. Irmãdona Supermercados
  9. Siva – Sociedade de Importação de Veículos Automóveis
  10. Mercedes-Benz Portugal

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