Dona da Google volta a tentar a sua maior aquisição de sempre

Alphabet regressou à mesa de negociações para comprar a empresa de cibersegurança israelita Wiz por 30 mil milhões de dólares. Acordo estará para breve, após primeira investida falhada em julho.

Oito meses depois de uma tentativa que culminou falhada, a dona da Google voltou à mesa de negociações para comprar a startup israelita Wiz, naquele que virá a ser – se avançar desta vez – o maior negócio da história da empresa norte-americana.

A Alphabet subiu a proposta de valor de 23 mil milhões de dólares (cerca de 21 mil milhões de euros) para 30 mil milhões de dólares (27,4 mil milhões de euros) na esperança de que, à segunda investida, a administração da Wiz aceite o acordo, segundo a notícia avançada pelo Wall Street Journal e confirmada por outras fontes do Financial Times e da Reuters.

As negociações com a empresa de cibersegurança estarão numa fase avançada, de acordo com a imprensa internacional. Ainda assim, a aquisição deverá enfrentar escrutínio da Comissão Federal de Comércio, cujo novo presidente, Andrew Ferguson, decidiu manter normas que dão à agência governamental a capacidade de bloquear grandes negócios dos tempos da antecessora Lina Khan.

No final de julho, a Wiz pôs fim às conversas com a Alphabet para se concentrar numa oferta pública inicial (IPO), como inicialmente tinha previsto, de forma a atingir uma receita recorrente anual de mil milhões de dólares (aproximadamente 915 milhões de euros). A justificação para o abandono das negociações foi dada pelo próprio CEO da Wiz, Assaf Rappaport. No entanto, existiam também preocupações de concorrência por parte de diretores e investidores da Wiz.

A Google tem estado a relançar-se em negócios “antigos”. Na semana passada, a Bloomberg noticiou que a tecnológica estava a insistir no desenvolvimento de óculos inteligentes, depois dos Glass, que foram descontinuados em 2023. A empresa da Alphabet está em negociações finais para comprar a canadiana AdHawk Microsystems por 115 milhões de dólares (cerca de 105 milhões de euros).

A AdHawk Microsystems desenvolve tecnologia de rastreamento ocular. Ou seja, o sistema digital que permite “ler” a direção dos olhos das pessoas e os movimentos neuronais e é instalado em óculos inteligentes ou wearables (acessório como pulseiras, anéis ou relógios digitais). Se for bem-sucedida, esta transação pode ser um ponto de partida para mais concorrência ao modelo de óculos Meta Ray-Ban, que está a ser vendido pela dona do Facebook.

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É altura de mudar? Cinco sinais de que uma marca precisa de um rebranding

  • + M
  • 18 Março 2025

Como saber se é a altura certa para uma marca mudar? Entre falta de reconhecimento ou aposta na internacionalização, conheça os cinco desafios que justificam um rebranding, segundo a VML.

Num mercado cada vez mais dinâmico e em constante evolução, é essencial que as marcas se consigam manter relevantes e competitivas sob pena de perderem clientes e oportunidades. Com a evolução das tendências e intensificação da concorrência, muitas marcas encaram os desafios que surgem no horizonte perguntando se os mesmos exigem um rebranding.

Esta alteração pode ir do logótipo e ajuste de cores até à redefinição da identidade da marca para que esta se alinhe com as novas realidades, expectativas ou objetivos da empresa. Mas um rebranding não é apenas uma questão estética, é antes uma “ferramenta poderosa para reposicionar uma marca, fortalecer a sua presença no mercado e prepará-la para o futuro”.

Os rebrandings reativos, motivados pela tentativa de resolver problemas, são comuns, mas “os mais eficazes serão sempre os proativos, impulsionados por uma nova visão”. “O melhor momento para um rebranding é justamente quando tudo parece estar bem, antecipando futuras necessidades e criando novos motivos de escolha, investindo na marca como um ativo valioso de qualquer negócio“, refere a VML Branding.

Mas como saber então se é a altura certa para mudar? É para responder a esta questão que a agência do grupo WPP, especializada na criação de sistemas de identidade, identifica cinco desafios que justificam um rebranding:

Problemas de perceção, com falta de estima ou reconhecimento

Uma marca ter uma perceção diferente da pretendida pela empresa — seja negativa ou apenas desajustada — é, desde logo, um “forte motivador de mudança”, sendo que uma rutura com os antigos códigos visuais e verbais “sinalizam um reposicionamento mais claro do que apenas uma campanha publicitária ou de marketing”, refere a VML. Um rebranding é, assim, uma “ótima oportunidade” para a marca revisitar o seu posicionamento, propósito, objetivos e público-alvo, além de funcionar como ferramenta para “reforçar a diferenciação da concorrência”.

Expansão e oferta de novos produtos e serviços

Quando as empresas crescem e começam a oferecer novos produtos ou serviços, a sua identidade original pode tornar-se limitada ou desatualizada. Optar por um rebranding permite assim que a marca “acompanhe o crescimento da empresa, criando uma identidade com estratégia e arquitetura que abranja todas as suas áreas de atuação e comunique, de forma clara, o seu propósito alargado”, diz a VML.

Internacionalização e a necessidade de chegar a novos mercados globais

A expansão para mercados internacionais é um marco importante para qualquer empresa, mas traz também desafios ao nível da marca, com o seu nome, logótipo ou valores que podem não ser bem recebidos em outras culturas ou línguas. Neste caso, um rebranding focado na internacionalização pode também ser uma boa opção, uma vez que “ajuda a adaptar a identidade da marca para ser globalmente compreendida e valorizada, mantendo, ao mesmo tempo, a essência que a torna única”.

Atualização dos códigos visuais perante os novos canais e exigências do público

Uma marca que já tenha sido criada há alguns anos pode não estar preparada para se destacar nas plataformas digitais atuais, como redes sociais, canais digitais ou plataformas onde o motion é a técnica privilegiada. Além disso, o seu público-alvo pode também ter mudado, exigindo agora uma abordagem visual mais moderna e apelativa. Atualizar os códigos visuais — como o logótipo, a tipografia, a paleta de cores e o tom de voz — é “essencial para garantir que a marca continua relevante e impactante nos novos contextos e perante diferentes gerações de consumidores ou clientes”.

Concorrência e aposta em branding como diferenciação

Em determinadas categorias mais saturadas e competitivas, os concorrentes optam muitas vezes por investir fortemente em branding para se destacar. Neste sentido, uma marca que pareça “apagada” ou “ultrapassada” arrisca-se a perder clientes e oportunidades, pelo que um rebranding estratégico pode ser a solução para “revitalizar uma identidade e reforçar a sua proposta de valor e vantagem competitiva”, conclui a agência.

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Portugal é o nono país da União Europeia com menos vagas de emprego

Taxa de empregos vagos estabilizou em 2,3% na União Europeia no final de 2024. Em Portugal, recuou para 1,3%, sendo esse o nono valor mais baixo entre os vários países do bloco comunitário.

Só 1,3% dos empregos que compõem o mercado de trabalho português estavam vagos no último trimestre de 2024. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat, a taxa de ofertas de emprego registada em Portugal no fim do ano foi a nona mais baixa entre os vários países da União Europeia.

Entre julho e setembro, 1,4% dos empregos portugueses tinham estado disponíveis, taxa que recuou para 1,3% no final de 2024.

Em comparação, a média da União Europeia e da Zona Euro não mexeu: a taxa de ofertas de trabalho tinha estado, respetivamente, em 2,3% e 2,5% no terceiro trimestre e assim continuou nos últimos três meses do ano.

Já entre os vários Estados-membros, as taxas de ofertas de emprego mais elevadas registadas do quarto trimestre foram registadas na Bélgica e nos Países Baixos (4,1% em ambos os casos), seguindo-se a Áustria (3,6%).

Em contraste, as taxas mais baixas foram observadas na Bulgária, Polónia e Roménia (0,7% em todos os anos), seguindo-se Espanha (0,9%)”, identifica o gabinete de estatísticas numa nota

Ou seja, Portugal — com a referida taxa de 1,3% — ficou mais perto deste segundo grupo do que do primeiro. Os dados do Eurostat mostram que a taxa portuguesa foi mesmo a nona mais baixa do bloco comunitário, como indica o gráfico acima.

Ainda assim, Portugal ficou entre os seis Estados-membros onde a taxa de empregos vagos não sofreu alterações em termos homólogos.

Já a Alemanha, por exemplo, verificou o maior decréscimo da União Europeia: 0,7 pontos percentuais. Destaque também para o recuo registado na Grécia (0,6 pontos pontos percentuais), em França (0,5 pontos percentuais) e na Áustria (0,5 pontos percentuais).

Por outro lado, os maiores aumentos foram registados na Dinamarca, Espanha, Croácia e Malta (0,1 pontos percentuais).

(Notícia atualizada às 11h18)

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Ataques israelitas fazem mais de 300 mortos na Faixa de Gaza. ONU acusa Israel de “crimes de guerra”

  • Lusa
  • 18 Março 2025

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, anunciou que o país "retomou os combates" na Faixa de Gaza até que todos os reféns ainda retidos pelo Hamas sejam libertados.

Mais de 330 pessoas morreram esta terça-feira devido a ataques do exército israelita contra a Faixa de Gaza, disse o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islamita palestiniano Hamas.

Um responsável do ministério, Mohammed Zaqout, disse à agência de notícias France–Presse que foram registados “mais de 330 mortes, a maioria crianças e mulheres palestinianas, e centenas de feridos, dezenas dos quais estão em estado crítico”.

De acordo com a agência de notícias palestiniana Sanad, ligada ao Hamas, dezenas de pessoas foram mortas em ataques na cidade de Khan Yunis, incluindo membros de duas famílias que estavam nas suas casas quando foram bombardeadas pelo exército israelita.

Além dos ataques aéreos, foram também registados disparos de tanques na mesma cidade, no sul da Faixa de Gaza, indica a mesma fonte. Outras áreas visadas pelas tropas israelitas incluem o sul e o leste de Rafah, referiu a Sanad, bem como a Cidade de Gaza, a norte.

Relatos dos meios de comunicação palestinianos mencionam o vice-diretor do Ministério do Interior do Hamas, general Mahmoud Abu Watfa, como uma das vítimas mortais.

Após os ataques, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, anunciou que o país “retomou os combates” na Faixa de Gaza até que todos os reféns ainda retidos pelo Hamas sejam libertados.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que ordenou os ataques devido à falta de progressos nas negociações em curso para prolongar o cessar-fogo.

“Isto aconteceu depois de o Hamas se ter recusado repetidamente a libertar os nossos reféns e ter rejeitado todas as ofertas que recebeu do enviado presidencial dos EUA, Steve Witkoff, e dos mediadores”, afirmou o gabinete de Netanyahu.

Um dirigente do Hamas disse que a decisão do primeiro-ministro israelita equivale a uma “sentença de morte” para os restantes reféns. Izzat al-Risheq acusou ainda Netanyahu de lançar os ataques para tentar salvar a coligação governamental de extrema-direita e apelou aos mediadores para “revelarem os factos” sobre quem quebrou a trégua.

“Netanyahu decidiu retomar a guerra de extermínio, que vê como uma tábua de salvação para as crises internas” que Israel atravessa, disse al-Rishq.

No domingo, o procurador-geral israelita, Gali Baharav-Miara, rejeitou a decisão, tomada por Netanyahu, de demitir o diretor dos serviços secretos internos (Shin Bet), Ronen Bar.

Isto três semanas depois de a Procuradoria israelita ter ordenado ao Shin Bet que investigasse alegadas ligações entre vários funcionários do gabinete do primeiro-ministro e autoridades do Qatar, num escândalo conhecido como “Qatargate”.

ONU acusa Israel de crimes de guerra e exige fim da colonização na Cisjordânia ocupada

Também esta terça-feira, o alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, acusou Israel de cometer “crimes de guerra” e exigiu o fim imediato da colonização na Cisjordânia ocupada e a retirada de todos os colonos. “A transferência por Israel de partes da sua própria população civil para o território que ocupa constitui um crime de guerra”, acusou, em comunicado.

“Israel deve respeitar a decisão do Tribunal Internacional de Justiça e cessar imediatamente todas as novas atividades de colonização, retirar todos os colonos do território palestiniano ocupado e reparar os danos causados por décadas de atividades ilegais de colonização”, acrescentou Volker Turk.

A Cisjordânia é um território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.

O responsável da ONU falava a propósito da publicação de um novo relatório dos seus serviços dedicado as atividades na Cisjordânia ocupada e Jerusalém Oriental no período de 31 de outubro de 2023 a 01 de novembro de 2024.

Desde então, e com o estabelecimento de uma trégua na guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas, a 19 de janeiro, o exército israelita lançou uma grande operação na Cisjordânia, onde a violência aumentou consideravelmente desde 07 de outubro – data do ataque do movimento palestiniano ao território israelita, que deu origem à guerra – maioritariamente perpetrada por colonos, por vezes auxiliados pelas forças de segurança israelitas.

Segundo uma contagem do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, morreram 612 palestinianos durante o ano abrangido pelo relatório às mãos das forças de segurança e de colonos, um número muito superior aos 24 israelitas mortos registados no mesmo período.

“A política de colonatos de Israel, os seus atos de anexação e a legislação e medidas discriminatórias envolvidas no processo violam o direito internacional, tal como confirmado pelo Tribunal Internacional de Justiça, e minam o direito palestiniano à autodeterminação”, sublinhou Turk.

De acordo com o relatório, os 12 meses em análise marcam “uma expansão significativa dos colonatos israelitas na Cisjordânia ocupada, incluindo em Jerusalém Oriental”.

Citando organizações não-governamentais (ONG) israelitas, o alto-comissário estima que foram tomadas medidas para implementar a construção de mais de 20.000 unidades habitacionais em colonatos israelitas novos só em Jerusalém Oriental, enquanto 214 propriedades e estruturas palestinianas foram demolidas naquela parte da cidade.

Estão a ser planeadas mais de 10.300 unidades habitacionais dentro de colonatos israelitas existentes no resto da Cisjordânia e estabelecidos 49 novos postos avançados israelitas, “um número sem precedentes”, sublinha ainda a ONU.

“A linha entre a violência dos colonos e a violência do Estado tornou-se ténue, permitindo um aumento da violência e da impunidade”, acusa ainda o relatório, enfatizando os esforços de Israel para militarizar ainda mais o movimento dos colonos.

Entre 31 de outubro de 2023 e 01 de novembro de 2024, o Alto Comissariado contabilizou 1.779 estruturas palestinianas demolidas na Cisjordânia “por falta de licenças de construção, que são quase impossíveis de obter pelos palestinianos”, resultando na deslocação forçada de 4.527 pessoas.

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“A saúde e o bem-estar dos colaboradores são essenciais e as empresas sabem”

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  • 18 Março 2025

Filipa Almeida, diretora de Vida, Saúde e Benefícios da SABSEG, afirma que a proteção dos colaboradores ajuda as empresas na retenção de talento. Assista ao segundo episódio do Empresas Protegidas.

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A tendência acentuou-se com a pandemia: a subscrição de seguros de saúde não para de aumentar, com mais de 3,7 milhões de pessoas seguradas em Portugal no final do ano passado. Os dados da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), que apontam para um crescimento de 3,3% face a 2023, confirmam a análise de Filipa Almeida. “A pandemia impulsionou bastante [a subscrição de seguros de saúde]”, considera a diretora de Vida, Saúde e Benefícios da SABSEG.

Filipa Almeida, Diretora da área Saúde, Vida e Benefícios, da SABSEG, é a segunda convidada do podcast Empresas Protegidas

A responsável foi convidada do segundo episódio do podcast Empresas Protegidas, do ECO com apoio da SABSEG, dedicado ao tema dos benefícios que as organizações podem oferecer aos seus colaboradores. Entre eles, os seguros de saúde e de vida que começaram a ser vistos pelas empresas como fatores importantes para o bem-estar das equipas.

“Obviamente, a saúde e o bem-estar dos colaboradores é algo muito importante. Hoje, todas as empresas se preocupam imenso com isso”, assegura. Além da transformação da cultura de trabalho ao longo das décadas, a responsabilidade das organizações em matéria de critérios ESG favorece, também, o crescimento do mercado no país.

Por outro lado, a oferta de benefícios – que Filipa Almeida reconhece ser uma prática generalizada em setores como o das tecnologias de informação – é também uma ferramenta de retenção de talento. “A saúde e o bem-estar dos colaboradores são essenciais e as empresas sabem que podem reduzir significativamente a rotação de funcionários ao oferecerem um seguro de saúde”, exemplifica.

Esta não é, ainda, uma realidade transversal ao tecido económico nacional, mas a influência e concorrência de outros mercados tem influenciado as empresas portuguesas a olharem, cada vez mais, para este tipo de benefícios.

A abrangência dos seguros de saúde, por exemplo, é outro ponto relevante. Muitas empresas ainda limitam a cobertura apenas ao colaborador, mas Filipa Almeida diz existir uma tendência crescente no alargamento dos benefícios ao agregado familiar. “Quando uma empresa consegue incluir os agregados familiares nos seguros, é um grande atrativo para os trabalhadores,” afirma. “É um fator que pode fazer a diferença na escolha de um emprego”, sublinha.

Além dos seguros de saúde e vida, a SABSEG tem vindo a expandir a oferta de benefícios através de uma plataforma de benefícios flexíveis. Entre eles, apoio para creches, subsídios de transporte ou vales de educação, tudo ajustável à medida de cada colaborador. “Hoje, as empresas devem pensar num plano de benefícios abrangente, que vá além dos seguros tradicionais e responda às necessidades dos trabalhadores em diferentes fases da vida”, sugere Filipa Almeida.

No encerramento da conversa, a especialista deixou um conselho às empresas: devem adotar uma abordagem estratégica na construção de benefícios para as equipas, começando pelo essencial e evoluindo gradualmente. “O importante é definir um caminho e construir um pacote de benefícios que vá ao encontro das expectativas dos trabalhadores, garantindo que se sentem valorizados e protegidos”, remata.

Assista, no vídeo abaixo, ao segundo episódio do podcast Empresas Protegidas para saber como pode garantir o bem-estar da sua equipa e aumentar a retenção de talento.

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Governo reforça ‘cheques’ para bicicletas e motas elétricas. Carros grandes até 55 mil euros abrangidos pelo apoio

  • ECO
  • 18 Março 2025

Governo reviu em alta os apoios a atribuir à compra de motas e bicicletas elétricas e convencionais, assim como nos carros com mais de cinco lugares. Mantém a obrigação de entregar veículo para abate.

O Governo vai lançar esta semana o aviso para o incentivo à introdução no consumo de veículos de emissões nulas. Enquanto nos carros 100% elétricos a principal novidade é no valor do “cheque” para os veículos com mais de cinco lugares, o transporte a duas rodas vai ter mesmo um reforço dos apoios.

Segundo o Jornal de Negócios, nas bicicletas convencionais, o valor do “cheque” mais do que triplica este ano, passando de um máximo de 150 euros para até 500 euros. Já as bicicletas elétricas terão um incentivo igualmente de 50% do valor de aquisição, até 750 euros, o que se traduz num aumento de 50% do máximo do apoio.

Por outro lado, nas motas elétricas mantém-se a atribuição de um incentivo a 50% do valor de aquisição do veículo, tal como na edição passada desta iniciativa. No entanto, desta vez o valor máximo do apoio é multiplicado por três: em vez de 500 euros, o Fundo Ambiental vai pagar até 1.500 euros.

Quanto aos carros elétricos, o valor do “cheque” sobe para os 55 mil euros no caso de automóveis ligeiros de passageiros com mais de cinco lugares, noticia o mesmo jornal. Os tradicionais carros de cinco lugares mantêm o limite de 38.500 euros (incluindo IVA e despesas associadas).

Como os 10 milhões definidos para este apoio no ano passado não esgotaram devido à insuficiência de candidaturas, as verbas que ficaram por utilizar foram transferidas para este ano, aumentando a dotação global para os 13,5 milhões de euros. Não obstante, mantém-se o critério de ter de entregar para abate um veículo usado com uma idade superior a 10 anos.

As candidaturas abrem até ao final deste mês e estendem-se até 30 de novembro ou até esgotar a dotação. “Este é um investimento essencial para a descarbonização, a melhoria da qualidade do ar e a redução do ruído nas nossas cidades. Estamos comprometidos em garantir que os apoios cheguem de forma transparente e eficiente aos beneficiários”, refere a ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, citada pelo Correio da Manhã.

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Um milhão de dólares não chega para comprar 100 metros quadrados em Lisboa

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 18 Março 2025

Quantos metros quadrados compra um milhão de dólares? No principado do Mónaco 19 e, em Lisboa, 92 (menos 51% do que há uma década). São conclusões do The Wealth Report, da Knight Frank.

Os preços do imobiliário de luxo continuam a crescer a nível global, e Lisboa surge, sem surpresa, como um dos mercados com maior valorização na última década. De acordo com o The Wealth Report, o principal relatório da consultora Knight Frank, a capital portuguesa regista uma das maiores reduções na quantidade de metros quadrados que um milhão de dólares pode comprar. Em 2014, esse valor permitia adquirir 187 metros quadrados em Lisboa; em 2024, apenas 92 metros quadrados – uma redução de 51%.

O aumento dos preços de habitação de luxo tem sido uma tendência consistente, com um crescimento de 3,6% em 2024, ligeiramente acima dos 3,3% registados em 2023. A análise da Knight Frank compara ainda o poder de compra nos principais mercados imobiliários de luxo do mundo. No Principado do Mónaco, por exemplo, um milhão de dólares permite adquirir apenas 19 metros quadrados, enquanto em Hong Kong esse valor equivale a 22 metros quadrados e, em Singapura, a 32 metros quadrados.

 

Lisboa está entre as cidades onde o valor por metro quadrado mais valorizou na última década, apenas ultrapassada por Miami e Dubai. Em Miami, a mesma quantia que em 2014 permitia comprar 126 metros quadrados, hoje equivale a apenas 58 metros quadrados. No Dubai, o decréscimo foi de 188 para 78 metros quadrados.

Liam Bailey, diretor mundial de investigação da Knight Frank, diz que esta ano a consultora forneceu “uma visão das mudanças no poder de compra ao longo da última década, mostrando até onde o mesmo orçamento teria chegado em 2014, bem como atualmente. A principal conclusão é o impacto do aumento de preços em mercados como Miami, Dubai e Lisboa e o impacto das correções de preços e das alterações cambiais em Londres, no Mónaco e em Nova Iorque.”

Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela e Penalva, destaca que as localizações prime na cidade de Lisboa continuam a apresentar potencial de valorização para os próximos anos. “Lisboa, Estoril e Comporta tornaram-se destinos apetecíveis, com um lifestyle vibrante, onde investidores ou pessoas com segunda ou terceira habitação encontram um porto seguro, dado o contexto político-económico e geoestratégico mundial.”

A valorização acelerada do mercado imobiliário de luxo em Lisboa reflete uma tendência global de escassez de oferta e aumento da procura em localizações privilegiadas. Com uma economia estável, uma qualidade de vida elevada e um crescente interesse por parte de investidores internacionais, a capital portuguesa continua a afirmar-se como um destino de topo para o imobiliário de luxo.

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Empresa de vinhos do grupo Mello investe 15 milhões em centro logístico e de engarrafamento em Vendas Novas

O novo espaço da Winestone em Vendas Novas arranca atividade no início do próximo ano. O objetivo é apoiar o plano estratégico de crescimento da empresa liderada por Pedro Pereira Gonçalves.

A Winestone, sociedade do grupo José de Mello dedicada ao setor dos vinhos, vai fazer um investimento de 15 milhões de euros até 2030 no novo centro logístico e de engarrafamento em Vendas Novas, no âmbito do plano de crescimento para os próximos cinco anos.

Em causa está um espaço com uma área inicial coberta de 21 mil metros quadrados (m2) e uma área total de mais de 55 mil m2 localizado no Parque Industrial de Vendas Novas. O objetivo é expandir as operações e capacidades de armazenamento e finalização da produção da Winestone, nomeadamente instalar novas linhas de enchimento com alta tecnologia e foco na sustentabilidade através de soluções logísticas mais eficientes e práticas de engarrafamento que minimizam o desperdício e reduzem a pegada de carbono.

A partir do início de 2026, quando este polo logístico iniciará a sua atividade, a WineStone prevê acelerar a estratégia de expansão no mercado nacional e nas exportações, e investir no aumento da capacidade produtiva.

Pedro Pereira Gonçalves, CEO da Winestone

A Winestone garante que este processo de investimento “garante a manutenção e valorização de todos os colaboradores do grupo, ao mesmo tempo que se traduz num incentivo à economia local através da criação de novos postos de trabalho”, embora não detalhe quantos empregos irá criar.

“Com este investimento estratégico, concretizamos mais uma etapa decisiva do nosso plano e prosseguimos no cumprimento do nosso propósito, que é o de levar as marcas mais admiradas dos consumidores, de Portugal para o mundo”, começa por dizer o CEO da Winestone, num comunicado enviado esta terça-feira à imprensa.

Pedro Pereira Gonçalves acrescenta que “este polo da Winestone, que se diferencia pela tecnologia avançada implementada e pela excelência operacional, será fundamental para, por um lado, “responder de forma mais eficiente às necessidades dos parceiros e clientes nacionais e, por outro, expandir a capacidade de forma sustentável, garantindo uma presença consistente e eficiente nos mercados internacionais”.

Plano para exportar acima de 60%

O plano da subsidiária da José de Mello tem um plano estratégico até 2030 que prevê atingir um volume de exportações superior a 60%. Há cerca de um ano, adquiriu a Quinta de Pancas para entrar na região de Lisboa, depois da chegada às regiões do Douro e dos Vinhos Verdes em outubro de 2024.

Entre os ativos desta holding estão a Ravasqueira – na esfera da família Mello há 80 anos, no Alentejo – e as Quintas do Côtto, do Retiro Novo e de Paço de Teixeiró, bem como a marca Krohn, conhecida pelos vinhos do Porto. Atualmente, está no Alentejo, Lisboa, Douro e região dos Vinhos Verdes.

“Ao longo de 2024, consolidámos a integração dos nossos ativos, reformulámos o portefólio de marcas e aprofundámos relações com os mercados em que estamos presentes”, recorda ainda Pedro Pereira Gonçalves, CEO da Winestone.

A distribuição das garrafas de Quinta do Côtto, Ravasqueira e Paço de Teixeiró é realizada pela empresa José Maria da Fonseca Distribuição (JMFD).

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Municípios investem em parcerias com privados para prestar cuidados de saúde

  • Lusa
  • 18 Março 2025

Numa tentativa de compensar a falta de resposta no Serviço Nacional de Saúde (SNS), vários municípios, sobretudo na região Centro, articulam-se com entidades privadas para garantir cuidados de saúde.

Vários municípios, sobretudo na região Centro do país, estão a investir em parcerias com entidades privadas para prestar cuidados de saúde aos seus habitantes, numa tentativa de compensar a falta de resposta no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A Câmara de Porto de Mós, no distrito de Leiria, disponibiliza desde julho de 2022 um plano de saúde aos munícipes, em parceria com uma empresa da especialidade, ao qual já aderiram mais de metade dos habitantes do concelho.

Dois anos e meio após a entrada em funcionamento do plano, em 31 de janeiro passado, 14.298 munícipes tinham já aderido ao plano, num concelho com cerca de 23.200 habitantes, distribuídos por 10 freguesias.

O presidente da Câmara, Jorge Vala, explicou que a iniciativa não visa substituir o SNS, mas é “um complemento importante aos cuidados de saúde primários, nomeadamente ao nível da resposta de algumas especialidades a que habitualmente o SNS responde muito tardiamente, e que permite às pessoas, a um custo relativamente baixo, poderem ter acesso a estes serviços”.

Em Óbidos, também no distrito de Leiria, a Câmara tem em vigor, desde 2024, um plano de saúde gratuito para os habitantes do concelho, onde cerca de 82% da população não tem médico de família.

O “Óbidos + Saúde” dá acesso a uma rede de mais de 35 mil prestadores de cuidados de saúde, exames complementares de diagnóstico a preços convencionados, cuidados médicos durante cinco horas por dia em quatro dias da semana e 40 horas semanais de serviços de enfermagem. No ano passado, 5.931 habitantes beneficiaram do programa, que a autarquia prevê alargar este ano a cerca de sete mil pessoas.

No Bombarral, concelho do mesmo distrito, o município firmou um acordo com a Santa Casa da Misericórdia local, envolvendo também a Unidade Local de Saúde do Oeste, para garantir consultas médicas. O presidente da Câmara, Ricardo Fernandes, disse à Lusa que a autarquia assegura despesas sobretudo com deslocações e alojamento dos médicos.

Em Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda, foi adjudicado em janeiro um seguro municipal de saúde, prevendo-se que os serviços sejam prestados pela Casa de Saúde de São Mateus, sediada em Viseu.

em Penela, no distrito de Coimbra, a Câmara contratou um plano de saúde para que, a partir deste ano, os 5.400 habitantes do concelho tenham descontos no acesso a serviços complementares ao SNS.

Em Penamacor, no distrito de Castelo Branco, a população começa este mês a beneficiar de um serviço municipal com um médico e um enfermeiro, em permanência, através de uma empresa privada.

Um pouco mais a sul, em Mafra, no distrito de Lisboa, uma parceria da Unidade Local de Saúde de Santa Maria e do município com a Santa Casa da Misericórdia da Venda do Pinheiro permite garantir o funcionamento do Serviço de Atendimento Permanente e reforçar as consultas médicas a utentes sem médico de família no Centro de Saúde de Mafra. A autarquia comparticipa parte dos custos, segundo o protocolo, a que a Lusa teve acesso.

No Alentejo, a Câmara de Nisa, no distrito de Portalegre, tem em curso desde 2023 um seguro de saúde municipal denominado “éNisa Saúde”, que permite aos munícipes o acesso a consultas, tratamentos e análises clínicas, entre outras áreas. Este seguro é destinado a residentes no concelho, recenseados, à data da proposta de adesão, há pelo menos dois anos na região, e com uma idade igual ou superior a 18 anos.

Na Madeira, a Câmara Municipal de Santa Cruz dispõe de três programas de apoio aos munícipes na área da saúde, nos quais já investiu mais de um milhão de euros, abrangendo um total de 3.534 utentes carenciados. O município criou, em 2018, o programa de Apoio à Medicação e em 2019 avançou com o programa de Apoio à Realização de Pequenas Cirurgias e com o Banco de Local de Ajudas Técnicas.

Até dezembro de 2024, 230 munícipes beneficiaram do Apoio às Pequenas Cirurgias, um programa único ao nível das autarquias da região autónoma. Um total de 2.860 utentes tiveram acesso ao Apoio à Medicação e 444 beneficiaram de Ajudas Técnicas no setor.

Na região Norte, o município de Miranda do Douro, no distrito de Bragança, implementou um seguro municipal de saúde há cerca de um ano meio, ao qual já aderiram 2.197 munícipes que procuram, assim, um complemento ao SNS.

Até agora, foram efetuadas ao abrigo do seguro 1.154 consultas de clínica geral e familiar no Serviço Municipal de Saúde e 191 ecografias, entre outras valências medicas, números que a presidente da autarquia, Helena Barril, vê como positivos.

“Vai ser feita uma análise profunda aos números, analisando quais as melhorias que podem ser efetuadas, podendo manter este serviço a toda a população, aumentando as valências, as especialidades, bem como a possibilidade de realização de consultas de especialidades num consultório em Miranda do Douro”, indicou.

Em Mondim de Basto, no distrito de Vila Real, a Câmara criou o serviço “Transporte Social Médico”, que assegura aos utentes do SNS e residentes no concelho o transporte para consultas, exames, tratamentos e outros atos médicos nos estabelecimentos de saúde para os quais estão referenciados, nos distritos de Vila Real, Porto, Braga e Viseu.

Desde que entrou em vigor, em abril de 2023, o programa assegurou 1.521 pedidos. Em 2024 foram assegurados 916 pedidos, o que representou, nesse ano, um investimento de 33 mil euros para o município.

“O Transporte Social Médico tem vindo a desempenhar um papel crucial na garantia do acesso de pacientes a serviços de saúde, especialmente para aqueles em situações de vulnerabilidade”, realçou o presidente da autarquia, Bruno Ferreira.

O serviço apoia idosos em situação de carência económica comprovada ou sem retaguarda familiar, utentes portadores de deficiência, doença crónica ou mobilidade reduzida comprovada por relatório médico e ainda doentes oncológicos.

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Hoje nas notícias: carros elétricos, bazuca e coima à EDP

  • ECO
  • 18 Março 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O valor do apoio do Fundo Ambiental para a compra de carros elétricos com mais de cinco lugares sobe para 55 mil euros. O Governo garante que o PRR e o PT 2030 avançam como se não houvesse crise política, mas com “foco nas subvenções” e não nos empréstimos. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Governo dá cheque para carros elétricos até 55 mil euros

O aviso para o incentivo à introdução no consumo de veículos de emissões nulas vai ser lançado até ao final da semana. O valor do “cheque” mantém-se, mas passam a ser elegíveis automóveis ligeiros de passageiros com um valor até aos 55.000 euros, mais IVA, mas só se adquiridos por famílias que necessitem de mais lugares do que o habitual — ou seja, só para carros que tenham seis, sete, oito e até nove lugares.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Governo garante PRR até às eleições, mas empréstimos podem cair

Apesar de o país ir novamente a eleições em breve, o Governo demissionário vai continuar a gerir o Plano de Recuperação e Resiliência PRR), bem como a reprogramação do Portugal 2030, cuja proposta tem de ser entregue pelo país até ao final de março. “Nós iremos assinar todos os contratos e iremos lançar todos os concursos que sejam necessários e adequados, independentemente da dissolução do Parlamento. Não deixaremos nenhum contrato por assinar, nenhum concurso por lançar por causa da situação política”, afirmou o ministro Manuel Castro Almeida. O foco, porém, é nas subvenções. “Não executar empréstimos não traria prejuízo” ao país, acrescenta o governante.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

EDP perde recurso em que pedia prescrição da condenação a coima de 40 milhões

Num acórdão datado de 12 de março, o Tribunal da Relação de Lisboa julgou improcedente o recurso apresentado pela EDP Produção, em que a elétrica pedia a anulação de uma coima histórica de 40 milhões de euros da Autoridade da Concorrência (AdC), por prescrição. Em causa está a prática de atos que, segundo a AdC, configuraram um abuso de posição dominante por parte da EDP entre 2009 e 2013 no mercado de serviços de sistema, tendo a elétrica sido acusada de beneficiar do facto de ter as suas centrais hidroelétricas cobertas pelo regime CMEC – Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual, para limitar a oferta dos seus ativos nos serviços de sistema.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Solverde recorre ao Tribunal Constitucional para receber 15 milhões do Estado

A Solverde recorreu aos juízes do palácio Ratton para anular a decisão do Supremo Tribunal Administrativo (STA), que em janeiro tinha anulado uma decisão arbitral que condenava o Estado a pagar 15,5 milhões de euros – que subiria a 18 milhões com juros – à concessionária de casinos no Algarve. O recurso foi apresentado a 3 de março, já depois de ser pública a avença de 4.500 euros por mês que a empresa familiar de Luís Montenegro, a Spinumviva, recebia do grupo. Montenegro tem mesmo usado esta decisão do STA para defender a sua independência.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Médicos dizem que fecho de urgências vai “piorar mais” no final de março

O encerramento de serviços de urgência já começou a piorar neste fim de semana, com um total de 13, e ao longo desta semana serão 16. Mas a tendência “é para piorar” quando março terminar, segundo o Movimento dos Médicos em Luta (MML) e os dois sindicatos da classe. Mais médicos a saírem do Serviço Nacional de Saúde e o limite das horas-extra a ser atingido são as razões apontadas.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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Preço de residências sénior sobe para valor médio de 1.675 euros em quarto individual

  • Lusa
  • 18 Março 2025

Pressão da procura reflete-se num aumento generalizado dos preços, com mais de 25% das residências seniores a reportarem subidas superiores a 5%", aponta estudo sobre o setor em Portugal.

Os preços nas residências sénior em Portugal têm vindo a aumentar, com médias mensais entre 1.315 euros e 1.675 euros, devido sobretudo à falta de oferta, de acordo com um estudo divulgado esta terça-feira.

Assim, o 3.º Retrato das Residências Sénior em Portugal, realizado pela plataforma sobre esta oferta, Via Sénior, e pela BA&N Research Unit, concluiu que “a pressão da procura se reflete num aumento generalizado dos preços, com mais de 25% das residências a reportarem subidas superiores a 5%”.

De acordo com um comunicado, que dá conta das conclusões do estudo, “em dezembro de 2024, apenas 11% das residências sénior em Portugal tinham vagas disponíveis para receber novos utentes”, indicando que as taxas de ocupação de 100% estendem-se “a mais de 67% das unidades existentes em Portugal”.

Segundo o estudo, que pretende traçar um retrato do setor, que abrange 2.700 infraestruturas que representam mais de 105 mil camas, “o número de camas em residências sénior em Portugal está muito aquém das necessidades”, sendo que “em dezembro de 2024 cerca de 70% das instituições apresentavam taxas de ocupação de 100%, 22,2% tinham taxas de ocupação entre os 91% e os 99% e apenas 11,1% reportaram vagas, com a generalidade da ocupação a situar-se nos 80%”, indicou.

“Considerando os cerca de 2,5 milhões de residentes em Portugal com mais de 65 anos, a cobertura é pouco superior a 4%, subindo para 8,7% se considerarmos a população idosa com mais de 75 anos”, referem.

De acordo com o estudo, “a pressão da procura reflete-se num aumento generalizado dos preços com mais de 25% das residências a reportarem subidas superiores a 5%”, sendo que “o preço médio ponderado de alojamento em quarto individual ronda os 1.675 euros, enquanto um quarto duplo custa 1.375 euros e um triplo 1.315 euros”.

Segundo o mesmo comunicado,” incapaz de responder ao aumento da procura devido à evolução demográfica e à crescente esperança média de vida, o setor continua sob forte pressão com os valores de alojamento a refletirem também os investimentos associados à melhoria dos serviços prestados aos idosos”.

O estudo lembrou que “a população europeia continua a envelhecer a um ritmo acelerado”, destacando que, segundo os dados do Eurostat em janeiro de 2025, mais de um quinto da população europeia (21,6%) tinham 65 anos ou mais e Portugal ocupa o terceiro lugar no ‘ranking’ da União Europeia em termos da proporção de pessoas com mais de 80 anos, apenas atrás de Itália e Alemanha.

O Retrato das Residências Sénior em Portugal foi realizado através de um inquérito online, sendo que este ano, o universo é representado por cerca de 2.700 Residências Sénior que, no global, são responsáveis por mais de 105.000 camas. Foi realizado entre 01 de dezembro de 2024 e 15 de janeiro de 2025.

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PRR

Governo garante atingir até abril todas as metas relativas ao 7º pagamento do PRR

  • Lusa
  • 18 Março 2025

Ministro da Coesão Territorial assegura que os marcos e as metas relativos ao sétimo pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) se encontram “numa fase avançada”.

O Governo anunciou que deve cumprir no mês de abril todas as metas relativas ao sétimo pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que incluem o lançamento de concursos e a celebração de contratos ainda pendentes.

Num comunicado, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Castro Almeida, sublinha que o governo mantém o compromisso de execução das subvenções do PRR até 31 de dezembro de 2026, em consonância com o pedido de reprogramação da Comissão Europeia, acrescentando que os marcos e metas relativos ao sétimo pedido de pagamento se encontram “numa fase avançada”.

Segundo as projeções do governo, nessa altura, Portugal atingirá uma execução de 46% do PRR. Castro Almeida adianta que o governo colocou o “PRR português num caminho consistente de recuperação de atrasos” e que “seria uma perda para o país que este caminho fosse interrompido”.

No que diz respeito aos projetos que deixaram de contar com o financiamento do PRR, o Governo assegura que “nenhuma das obras que deixaram de ser financiadas pelo PRR deixará de ser realizada, mudando apenas a origem do seu financiamento, o que passará a ser as verbas europeias do Portugal 2030 e o Orçamento do Estado”.

De acordo com o ministro, o Governo conseguiu “ultrapassar burocracias” e até “antecipar prazos”, fazendo de Portugal o “segundo Estado-Membro a submeter o 6º pedido de pagamento”.

“Seria uma perda para o país que este caminho fosse interrompido”, acrescenta Castro Almeida, num comunicado em que assegura o cumprimento destes prazos apesar da dissolução do Parlamento. “É prioridade do Governo garantir que a sua execução decorre sem interrupções, cumprindo os objetivos estabelecidos e maximizando o impacto dos investimentos”, acrescenta Castro Almeida.

Segundo dados do último relatório de monitorização, publicado a 12 de março, o PRR pagou 100 milhões de euros na última semana e aprovou 1.778 candidaturas. O total de pagamentos ascende a 6.863 milhões de euros, o equivalente a 31% da dotação e do valor contratado e a 33% do aprovado.

Com os maiores valores recebidos até quarta-feira aparecem as empresas (2.419 milhões de euros) e as entidades públicas (1.559 milhões de euros). Seguem-se as autarquias e áreas metropolitanas (837 milhões de euros), as empresas públicas (698 milhões de euros), as escolas (499 milhões de euros) e as instituições do ensino superior (256 milhões de euros).

No fundo da tabela estão as famílias (219 milhões de euros), as instituições da economia solidária e social (202 milhões de euros) e as instituições do sistema científico e tecnológico (174 milhões de euros).

Por sua vez, as aprovações de projetos totalizaram 21.070 milhões de euros, mais 12 milhões de euros relativamente à semana anterior. Destacam-se as empresas (5.980 milhões de euros), as entidades públicas (4.950 milhões de euros) e as autarquias e áreas metropolitanas (4.038 milhões de euros). As empresas públicas (2.886 milhões de euros) e as escolas (1.026 milhões de euros) completam o ‘top’ cinco.

Depois surgem as instituições de ensino superior (804 milhões de euros), as instituições da economia solidária e social (591 milhões de euros), as instituições do sistema científico e tecnológico (536 milhões de euros) e, por último, as famílias (258 milhões de euros).

Dos 463 marcos e metas acordados com Bruxelas, Portugal cumpriu 147, enquanto 30 estão em avaliação e 13 em fase de apresentação à Comissão Europeia.

Portugal recebeu da União Europeia (UE) 51% do PRR nacional, ou seja, 11.396 milhões de euros.

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