Taxas Euribor descem a três meses, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa voltaram a descer esta terça-feira.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, desceram nos principais prazos, isto quando vão a caminho da maior queda mensal em mais de uma década.

  • A taxa Euribor a seis meses, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, desceu para 3,407%, menos 0,001 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, desceu para 3,159%, menos 0,024 pontos, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • A Euribor a três meses desceu para 3,538%, menos 0,013 pontos, depois de ter atingido 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente do BCE, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que, entretanto, forem sendo conhecidos.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Governo cria grupo de trabalho para implementar novos sistemas de controlo de fronteiras

Depois de garantir ter recuperado os atrasos do anterior Governo, Executivo de Montenegro criou um grupo de trabalho que ficará encarregue de implementar os novos sistemas de controlo de fronteiras.

O Governo vai criar um grupo de trabalho que ficará responsável pela implementação dos novos sistemas inteligentes de segurança de controlo de fronteiras a nível europeu. De acordo com o despacho publicado em Diário da República, esta terça-feira, esta equipa será composta por sete membros do Governo e de outras entidades e os trabalhos serão coordenados pelo secretário de Estado de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo.

Em causa está a implementação do novo Sistema de Entradas e Saídas (EES, na sigla em inglês), que está previsto ficar operacional a partir de 6 de outubro na maior parte dos 27 estados membros da União Europeia, e ainda o Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagens (ETIAS, na sigla em inglês) que ficará operacional “cerca de seis meses depois”. Ambos os sistemas visam reforçar a segurança europeia e monitorizar os movimentos de cidadãos não-europeus que entram e saem do Espaço Schengen.

Resumidamente, o EES é um novo sistema eletrónico que substituirá o carimbo físico dos passaportes quando se passa pelo controlo de passaportes à chegada. Todos os Estados-membros da UE — com exceção da Bulgária, Chipre, Irlanda e Roménia onde os passaportes continuarão a ser carimbados manualmente — e os quatro países não pertencentes ao espaço Schengen da UE (Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça) farão parte deste novo sistema.

Assim que entrar em funcionamento, a partir de 6 de outubro, os viajantes que aterrarem noutro país deste bloco passarão a ter de tirar uma fotografia do rosto e digitalizar eletronicamente as suas impressões digitais. Cidadãos da UE ou dos países do espaço Schengen não serão afetados e poderão continuar a viajar livremente em todo o espaço.

Embora esteja prevista a entrada em vigor do EES até 6 de outubro, este não deverá chegar a tempo de dar resposta aos “constrangimentos significativos” verificados este ano no “processamento dos passageiros provenientes de estados terceiros, em particular nas chegadas do Aeroporto Humberto Delgado e do Aeroporto de Faro”, lê-se no despacho. Prevê-se que durante a época alta do verão (entre 31 de março e 26 de outubro), se verifique um “aumento de até 10% dos passageiros“, provenientes de estados terceiros (não-Schengen), nos aeroportos portugueses, face a 2023.

Segundo o despacho, os trabalhos do grupo de trabalho serão coordenados pelo Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, que ficará encarregue de reportar todos os meses, até 30 de abril de 2025, a evolução da implementação dos sistemas aos ministérios da Presidência, Administração Interna e ainda Infraestruturas. Após essa data, o grupo de trabalho entrega ao Governo um relatório final.

A equipa será constituída por um representante do Governo responsável pela área das migrações; um representante do Governo responsável pela área da administração interna e um representante da Unidade de Controlo de Fronteiras Externas do Sistema de Segurança Interna.

Adamais, contará ainda com um representante da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA); um representante da Polícia de Segurança Pública; um representante da Guarda Nacional Republicana e ainda um representante da ANA – Aeroportos de Portugal.

Recorde-se que a implementação destes dois sistemas gerou alguma polémica depois de o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, ter acusado o anterior Governo de ser responsável pelo atraso no cumprimento dos prazos definidos a nível europeu. Na altura, o governante chegou mesmo a alertar que havia o risco de Portugal vir a ser suspenso do Espanço Schengen por incumprimento, mas do lado da Comissão Europeia fonte oficial garantiu ao ECO que tal cenário não estava em cima da mesa. ,tendo o Sistema de Segurança Interna (SSI) assegurado que Portugal já “recuperou os atrasos” relativamente à implementação de sistemas de segurança em causa.

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Moradores e comerciantes de Sintra exigem medidas contra caos do turismo em excesso

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

Moradores e comerciantes de Sintra estão descontentes com o turismo descontrolado e exigem medidas contra o excesso de visitantes, que acusam de causar o caos no trânsito.

Para exigir medidas “sustentáveis” da Câmara Municipal de Sintra, no distrito de Lisboa, a associação QSintra iniciou um protesto com cartazes que os moradores e comerciantes estão a colocar nos edifícios, principalmente nas zonas que são ponto de passagem para os turistas que diariamente se deslocam para o centro histórico.

Nesta manifestação visual lê-se que “a lotação está esgotada” em Sintra, que “não é a Disneylândia”, nem um “parque de diversões”, mas uma vila com um património classificado pela UNESCO, onde o excesso de turismo está a causar o caos nas ruas, prejudicando “residentes e visitantes” e que pode, em caso de acidente, por “em risco pessoas e bens”.

Madalena Martins, moradora e responsável pela associação QSintra, diz que o trânsito, que bloqueia as vias de acesso ao centro da vila “durante a maior parte do dia”, é apenas a questão “mais visível” de um problema “mais vasto” e sistémico “de falta de planeamento e de falta de competência na gestão do território e da falta de controlo dos recursos turísticos“.

“É evidente que o turismo é muito importante para Sintra. Ninguém pode negar isso. Agora, tem de ser um turismo que seja um fator de desenvolvimento e que seja benéfico para o sítio, enquanto património vivo e habitado, e não um turismo que, pelo excesso e pelo descontrolo, acabe por destruir aquilo que quer explorar”, afirma, salientando que o caos acaba por causar também uma experiência negativa nos visitantes.

A responsável realça que os residentes estão a ser desistir de viver neste “inferno” diário, em que quem precisa do carro para ir às compras, ao médico ou trabalhar fica “bloqueado” à ida e à vinda.

Sinto-me mais confinado do que durante o confinamento da [pandemia da] Covid-19. Tinha mais facilidade nessa altura em sair de casa do que neste momento.

Martinho Pimentel

Morador em Sintra

“E o despovoamento leva à descaracterização, não é? E a descaracterização, a prazo, também leva à desvalorização dos sítios enquanto destinos turísticos de qualidade. E é isso que está a acontecer em Sintra. E só não vê quem não quer”, considera.

Na Rua do Roseiral, Martinho Pimentel, morador em Sintra há 23 anos, já sabe que o seu acesso à rua está dificultado entre as 10h00 as 16h00. É a esta hora da manhã que chega à estação da Portela de Sintra o primeiro comboio com turistas, que depois se deslocam numa agitação de TVDE e ‘tuk tuk’ por ali acima em direção ao Palácio da Pena e à Quinta da Regaleira, porque “é mais barato ir de TVDE do que de transportes públicos”, até que a via acaba por ficar entupida pelas viaturas, em passo de caracol.

Sinto-me mais confinado do que durante o confinamento da [pandemia da] Covid-19. Tinha mais facilidade nessa altura em sair de casa do que neste momento. […] E isto é constante para todos os moradores e comerciantes”, afirma.

Martinho Pimentel sublinha que os comerciantes que estão mesmo no centro da vila, onde os turistas passam a pé e sempre compram qualquer coisa, não se queixam, mas “todos os que já se afastam um bocadinho daquele centro” são prejudicados.

O comércio tradicional desapareceu praticamente daqui. Não resta praticamente nada; resta uma papelaria e uma mercearia. De resto, nem farmácia”, alerta.

Castelo da Pena, Sintra, PortugalPixabay

Isabel Pinto Coelho, que há 15 anos tem o restaurante São Pedro 26, a caminho do centro, confirma que o excesso de turistas é mau para o seu negócio. Muitos dos clientes habituais, aqueles que sustentam o restaurante o ano inteiro, acabam por desistir quando o trânsito não lhes permite chegarem à hora da reserva.

Foi o pior ano que eu tive de verão aqui, o pior ano de todos a nível de clientes, porque não é um sítio em que passem turistas a pé para ficarem. Portanto, é francamente mau para mim, a todos os níveis. E depois acho que é horrível uma pessoa ter uma esplanada linda e ter de comer com poluição”, nota.

Segundo a comerciante, a situação está a fazer desistir também os residentes estrangeiros, que compraram casa para terem ali qualidade de vida, mas descobriram que a vila idílica não é como imaginaram. “Ninguém aguenta isto“, afirma, enquanto aponta para as casas de vizinhos estrangeiros que deixaram de morar ali.

Outro dos grandes receios é a segurança, visto que as ruas estreitas e preenchidas de carros dificultam o acesso dos meios de socorro. “Nem ambulâncias, nem carros de bombeiros passam. E há já exemplos disso: acidentes que acontecem e as pessoas estão uma hora ou mais à espera de serem socorridas”, diz Madalena Martins.

Foi o pior ano que eu tive de verão aqui, o pior ano de todos a nível de clientes, porque não é um sítio em que passem turistas a pé para ficarem.

Isabel Pinto Coelho

Comerciante

Isabel Pinto Coelho defende que deveriam ser construídos mais parques de estacionamento fora da vila, com autocarros elétricos, mais pequenos, a transportarem as pessoas para o centro.

Já Martinho Pimentel considera que, além da gestão pontual de fluxos e direções de trânsito, seria ideal que as camionetas de transporte público passassem a ser tendencialmente gratuitas para acesso aos monumentos.

“Há maneiras de se conseguir dinheiro para isso. O número de visitantes é tão grande em Sintra que se os palácios tiverem uma taxa do tipo taxa turística facilmente conseguirão financiar uma coisa dessas”, sugere. “E basta que não seja mais caro ir de transporte público do que de TVDE para já haver pessoas a tomarem essa decisão. Mas, neste momento a decisão racional é ir de carro para cima”, completa.

Madalena Martins sublinha ainda que há “vários fatores que até podiam ser facilmente controlados”, nomeadamente um, que “parece evidente”, que é informar melhor os visitantes. “Não há informação, nem nas aplicações de turismo, nem em lado nenhum, nem na IC19 [Itinerário Complementar 19]. Não há nenhuma informação sobre o trânsito em Sintra, sobre como é que as pessoas devem vir, onde é que as pessoas podem parar, se é que podem. […] Portanto, a incompetência da câmara é, a todos os títulos, gritante”, refere.

O que também tentamos fazer é alertar todas as entidades que são responsáveis, de qualquer maneira, pela gestão deste território, para a situação em que aqui se vive.

Madalena Martins

Responsável pela associação QSintra

A associação espera que “toda esta expressão de protesto e de preocupação” manifestada pela campanha dos cartazes nas fachadas “tenha algum reflexo” nas políticas da Câmara Municipal de Sintra.

“O que também tentamos fazer é alertar todas as entidades que são responsáveis, de qualquer maneira, pela gestão deste território, para a situação em que aqui se vive. E falo do Turismo de Portugal, do Ministério da Cultura, do ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas], da Agência Portuguesa do Ambiente. Todos esses organismos têm aqui responsabilidades e têm que se articular com a Câmara para encontrar soluções sustentáveis“, afirma.

Madalena Martins destacou ainda um relatório do ICOMOS (uma organização não governamental constituída por especialistas e associada à UNESCO), que considerou Sintra como sendo um local que tem “património em risco”. “Acreditamos que, se viesse cá uma missão da Unesco, com certeza que encontraria muitas, muitas razões para, pelo menos, alertar as autoridades e ameaçar com a desclassificação“, diz.

Sobre este assunto, a câmara de Sintra remeteu a Lusa para um comunicado divulgado anteriormente, no qual assegurou que tem procurado adotar medidas de “equilíbrio” entre os benefícios do turismo e o seu impacto no centro histórico.

A autarquia recordou ainda que, além do condicionamento do trânsito no centro histórico, construiu um parque de estacionamento periférico com 550 lugares junto à estação da Portela de Sintra e está a construir outros dois no Ramalhão, junto à principal entrada na vila, um dos quais com 500 lugares e outro para viaturas e autocaravanas.

Em 2023, os Postos de Turismo de Sintra atenderam 522.176 turistas.

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Lusíadas Saúde tem abertas vagas de emprego para novo hospital

Novo hospital abre no final deste ano, pelo que o Grupo Lusíadas está agora a recrutar. Tem vagas abertas para vários perfis, de rececionistas a enfermeiros, passando por técnicos superiores.

O Grupo Lusíadas está à procura de profissionais de saúde — de enfermeiros a técnicos superiores de diagnóstico — para exercerem funções num novo hospital em Paços de Ferreira, cuja abertura está prevista para o último trimestre deste ano.

“A Lusíadas Saúde está a contratar vários perfis de profissionais de saúde para o Hospital Lusíadas Paços de Ferreira, uma nova unidade do grupo com abertura prevista ainda em 2024″, foi anunciado esta terça-feira, numa nota enviada às redações.

Em concreto, estão abertas vagas para técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica (das áreas de cardiopneumologia, ortóptica e imagiologia), e para enfermeiros (para as áreas de internamento médico-cirúrgico, obstetrícia e pediatria), bem como para auxiliares de ação médica de consulta externa, assistentes de dentária, e até administrativos de frontoffice e backoffice.

Para todas estas vagas, o grupo está à procura de profissionais com experiência e disponibilidade imediata. Quanto ao que é oferecido aos candidatos, há informação disponível na plataforma de recrutamento de recursos humanos Clan (através da qual também é possível avançar com a candidatura).

Por exemplo, no caso dos enfermeiros de ambulatório e cuidados gerais, o grupo promete um contrato de trabalho e um “pacote salarial competitivo com subsídio de alimentação pago em cartão de refeição). Ou seja, para já, não se detalha a remuneração que está em cima da mesa (nem no caso dos enfermeiros, nem nas demais vagas).

Ainda assim, a a nota enviada esta manhã às redações sublinha que o novo hospital estará localizado no centro comercial Ferraza Plaza, “e terá um bloco operatório com duas salas cirúrgicas, 25 consultórios, sete salas de exames especiais e uma sala de imagiologia”.

O Lusíadas Saúde conta, neste momento, com mais de sete mil trabalhadores em Portugal, de norte a sul, sendo um dos maiores grupos do setor.

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Atividade económica desacelera em junho e clima económico diminuiu em julho

Indicador de atividade económica registou variações homólogas positivas entre setembro e junho, tendo desacelerado nos últimos dois meses. Clima económico caiu em junho e julho.

O indicador de clima económico diminuiu em julho, enquanto o indicador de atividade económica desacelerou em junho, de acordo com a análise publicada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com a síntese económica de conjuntura, o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, diminuiu em junho e julho, após ter aumentado em maio. Já o indicador de atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, registou variações homólogas positivas entre setembro e junho, tendo desacelerado nos últimos dois meses.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Os indicadores de curto prazo relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para junho, apontam, em termos homólogos, para uma diminuição em volume na indústria, uma aceleração em volume na construção e nominal nos serviços e para um aumento nominal na indústria.

A conjuntura reflete, por exemplo, a queda de 3% em junho do Índice de Produção Industrial (ajustado de efeitos de calendário e de sazonalidade), após ter subido 11% no mês anterior. Descontando a energia, verificou-se uma diminuição de 1,9% na indústria (variação de -0,8% no mês anterior). Olhando para o segundo trimestre de 2024, o índice agregado aumentou 1,2%.

Os dados do organismo de estatística nacional indicam ainda que, em termos nominais, o índice de volume de negócios na indústria (ajustado de efeitos de calendário e de sazonalidade) aumentou 1,7% em junho (diminuição de 2,7% no mês anterior). Excluindo a energia, o volume de negócios diminuiu 0,5%. No segundo trimestre de 2024, as vendas na indústria diminuíram 0,4% (taxa de -3,7% no trimestre precedente).

Por seu lado, o índice de volume de negócios nos serviços apresentou uma variação homóloga de 4,4% em junho (2,9% no mês anterior) e o índice de produção na construção acelerou para uma variação homóloga de 2,1% em junho, após ter aumentado 0,6% no mês precedente.

Paralelamente, o INE recorda que o indicador de confiança dos consumidores aumentou em junho e julho, após ter diminuído em maio, superando pela primeira vez o valor registado em fevereiro de 2022, antes da queda abrupta verificada em março do mesmo ano.

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Comissão Europeia propõe taxa de 9% sobre automóveis da Tesla importados da China

A Comissão Europeia vai mesmo avançar com impostos sobre os veículos elétricos importados da China. Aos modelos da BYD, a tarifa ascende aos 17%, enquanto os Teslas pagarão uma taxa de 9%.

A Comissão Europeia anunciou esta terça-feira que tenciona aplicar uma taxa de 9% sobre todos os carros elétricos da Tesla importados da China. A medida surge no âmbito da decisão de Bruxelas impor taxas provisórias sobre as importações de veículos elétricos chineses, já este ano. A taxa mais elevada, de 36,3%, será aplicada aos veículos produzidos pela SAIC Motor Corp.

De acordo com o comunicado divulgado esta terça-feira, o anúncio surge na sequência da investigação aos subsídios à produção de carros elétricos chineses lançada pelo executivo comunitário no ano passado. Em julho, a Comissão Europeia anunciou que iria aplicar uma taxa de até 38% sobre elétricos chineses, mas esta terça-feira apresentou alguns “ajustes” às taxas que pretende implementar. Estes valores podem, no entanto, sofrer alterações face às eventuais observações que a Comissão Europeia receberá tanto das partes visadas como dos Estados-membros.

Depois de a Comissão ter analisado todas as observações das partes interessadas e de os Estados-Membros terem dado o seu parecer, nos próximos 10 dias, a decisão final será publicada no Jornal Oficial da União Europeia.

Segundo a nota, “todas as empresas que não colaborarem” com a investigação em curso estarão sujeitas a uma taxa de 36,3%, valor semelhante que será aplicado às importações dos veículos elétricos produzidos pela SAIC Motor Corp. Já às empresas que colaborarem na investigação que decorre a nível europeu será aplicada uma taxa de 21,3%.

O executivo de Von der Leyen detalha ainda que os carros elétricos da BYD ficarão sujeitos a um imposto de 17%, ligeiramente abaixo dos 17,4% inicialmente previstos, enquanto para os veículos da marca Geely a taxa aduaneira será de 19,3%.

Ao ECO, fonte oficial da Salvador Caetano, empresa responsável pela importação dos veículos BYD em Portugal, não faz comentários sobre a decisão vinda de Bruxelas, no entanto garante ao ECO que se mantém “empenha na expansão e consolidação da operação” a nível nacional, bem como “confiantes” nos projetos e produtos.

Os veículos produzidos pela empresa de Elon Musk e importados da China, embora não escapem às novas tarifas da Comissão Europeia, recebem, no entanto, uma penalização mais leve. Segundo a nota, a taxa de 9% aplicada às importações chinesas dos carros dessa marca prende-se com o facto de “Pequim parecer conceder menos subsídios às empresas estrangeiras” face às nacionais. Recorde-se que apesar das taxas visarem as importações chinesas destes veículos, a Tesla tem na Alemanha a sua maior fábrica de baterias elétricas na Europa.

“Quaisquer diferenças nos níveis de taxas refletem os diferentes níveis de subvenção entre os diferentes regimes, que foram afetados por vários elementos, tais como o nível de cooperação e as diferentes estruturas organizacionais em áreas como o financiamento”, lê-se no comunicado da Comissão Europeia.

Recorde-se que além dos impostos agora anunciados, a Comissão Europeia já tem em vigor uma taxa de 10% aplicada aos carros elétricos vindos da China. Estes novos impostos aduaneiros não terão efeitos retroativos uma vez que o executivo comunitário considera que não foram “reunidas condições” para tal.

Depois de a proposta ser analisada pelas partes visadas, a Comissão Europeia irá apresentar a decisão final aos Estados-Membros, que terão de a votar. Para ser aprovada e adotada com efeitos vinculativos, será necessário a votação favorável de uma maioria qualificada.

Uma vez aprovada, e publicada no Jornal Oficial, os Estados-membros terão até quatro meses para adotar as novas taxas. As eventuais medidas estarão em vigor durante 5 anos, prorrogáveis mediante pedido fundamentado e reexame subsequente.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h00 com as declarações de fonte oficial da Salvador Caetano)

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Taxas do crédito da casa em mínimo de nove meses. Prestação média sobe

A taxa de juro implícita no crédito à habitação manteve a tendência de queda verificada nos últimos meses. Já a prestação média subiu um euro, fixando-se em 405 euros.

As taxas de juro implícitas do crédito à habitação voltaram a recuar em julho, para os 4,487%, o valor mais baixo desde outubro de 2023, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Já a prestação média paga à banca subiu um euro, para 405 euros, por efeito dos novos empréstimos.

A queda de 2,6 pontos base face a junho marca a sexta descida consecutiva das taxas implícitas, refletindo a redução do valor do indexante, as Euribor. Uma evolução que se verifica também nos novos empréstimos, com a taxa dos contratos celebrados nos últimos três meses a descer para 3,713%.

A tendência de queda das taxas de juro deverá manter-se. Como noticia esta terça-feira o ECO, as Euribor vão, em agosto, a caminho da maior queda mensal em mais de uma década, na ressaca do mini crash nas bolsas registado no início do mês e perante a expectativa de cortes nas taxas de juro dos bancos centrais.

A prestação média aumentou em julho para 405 euros, mais um euro que no mês passado e 35 euros do que no mesmo mês do ano passado, indica o INE. Uma evolução condicionada pelos contratos celebrados nos últimos três meses, onde o valor médio da prestação aumentou 1,2% face ao mês anterior, para 611 euros, refletindo um montante mais elevado dos empréstimos contraídos.

O capital médio em dívida, considerando a totalidade dos contratos, subiu 250 euros face ao mês anterior, para 66.529 euros. “Para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, o montante médio em
dívida foi 127.541 euros, mais 1.599 euros que em junho“, assinala o instituto de estatística.

(Notícia atualizada às 11h40)

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Inflação na UE sobe para 2,8%, mas em Portugal abranda para 2,7%

O índice de preços registado em julho na União Europeia avançou dois pontos e na Zona Euro aumentou um ponto para 2,6%. Já a economia lusa sentiu um alívio de 0,4 pontos face ao mês anterior.

A inflação média anual da União Europeia (UE) subiu dois pontos percentuais (p.p.) para 2,8%, em julho, na comparação com o mês anterior (2,6%). Na Zona Euro, o índice de preços avançou um ponto, de 2,5% para 2,6%, segundo o relatório publicado esta terça-feira pelo Eurostat. Já Portugal viu o indicador cair 0,4 pontos, de 3,1% para 2,7%, ficando em linha com a UE e o espaço da moeda única, tal como já tinha avançado o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Um ano antes, a taxa de inflação na UE era de 6,1% e, na Zona Euro, o índice de preços estava a subir 5,3%, o que traduz descidas de 3,3 pontos e de 2,7 pontos respetivamente. Em Portugal, o indicador batia nos 4,3%, de acordo com o INE.

As taxas anuais mais baixas foram registadas na Finlândia (0,5%), Letónia (0,8%) e Dinamarca (1%). E as mais elevadas verificaram-se na Roménia (5,8%), Bélgica (5,4%) e Hungria (4,1%). Em comparação com o mês anterior, a inflação homóloga de julho caiu em nove estados-membros, entre os quais Portugal, manteve-se estável em quatro e aumentou em 14 países, observa o gabinete de estatísticas da UE.

O maior contributo para a subida da inflação homóloga, na área do Euro, veio dos serviços, cujos preços agravaram-se em 1,82 p.p., seguidos dos produtos alimentares, álcool e tabaco (+0,45 p.p.), bens industriais não energéticos (+0,19 p.p.) e energia (+0,12 p.p.).

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David Carvalho Martins nomeado para integrar lista de árbitros presidentes do CES

O managing partner da DCM | Littler David Carvalho Martins foi nomeado para integrar a lista de árbitros presidentes do Conselho Económico e Social para as matérias previstas no Código do Trabalho.

O managing partner da DCM | Littler David Carvalho Martins foi nomeado para integrar a lista de árbitros presidentes do Conselho Económico e Social (CES) para as matérias previstas no Código do Trabalho.

Foi com muita honra e responsabilidade que aceitei este novo desafio profissional. Pretendo cumprir as funções que vierem a ser depositadas com a maior dedicação e forte empenho para ajudar a cumprir os tradicionais e novos desígnios do Direito do trabalho”, referiu em comunicado David Carvalho Martins.

O CES tem um papel relevante por atuar como órgão auxiliar no desenvolvimento de políticas económica e social, tanto internamente como nas instâncias europeias, incluindo a utilização dos fundos europeus. Pode, igualmente, dar parecer sobre as propostas de planeamento setorial e espacial e políticas de desenvolvimento socioeconómico que o Governo lhe submeta e apreciar a situação económica do país. Exerce também uma atividade promocional da concertação entre os parceiros sociais.

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Número de desempregados inscritos no IEFP sobe mais de 7% em julho

Número de desempregados inscritos no IEFP aumentou 7,3% face a julho de 2023, ultrapassando a fasquia dos 305 mil indivíduos. Em cadeia também houve uma subida, mas muito ligeira.

O número de desempregados inscritos nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) voltou a crescer em termos homólogos. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira, julho foi sinónimo de uma subida de 7,3% face ao registado no mesmo mês de 2023. Estão inscritos, por isso, neste momento, cerca de 305 mil desempregados.

“No fim do mês de julho de 2024, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 305.139 indivíduos desempregados. O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2023 (+20.809; +7,3%)“, informa o IEFP numa nota publicada esta manhã.

Também face a junho houve um aumento, mas muito ligeiro: 0,1%. Ainda assim, é de notar que há vários meses que o desemprego registado estava a recuar em cadeia, pelo que tal subida, embora pequena, vem interromper a trajetória descendente, como mostra o gráfico abaixo.

Importa destacar também que nem todas as regiões do país estão a ver o mercado de trabalho evoluir da mesma forma. Nos Açores e na Madeira, julho trouxe recuos homólogos do desemprego registado (9,9% e 11,3%, respetivamente), enquanto nas demais regiões a tendência foi a inversa, com o Algarve a liderar os aumentos (17,1%).

Já em cadeia o Algarve destacou-me como a exceção à regra, isto é, foi a única região onde o número de desempregados inscritos no IEFP recuo (7%) entre junho e julho.

Quanto às diferenças entre setores, os dados agora divulgados permitem perceber que em julho o desemprego registado aumentou, em termos homólogos, 6,5% na agricultura, 12,3% no setor secundário e 7,5% no setor terciário.

Ou seja, a indústria liderou os aumentos, o que não espanta, tendo em conta que tem sido dos setores mais afetados pelo abrandamento das economias, o que prejudica as exportações. Também por essa razão este tem sido o setor mais afetado por despedimentos coletivos, conforme escreveu recentemente o ECO.

Por fim, destaque para as ofertas de emprego por satisfazer: em julho totalizavam 12.178, menos 26,5% do que há um ano e menos 5,9% do que no mês anterior.

(Notícia atualizada às 10h56)

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Incêndio na Madeira tem cinco frentes ativas de fraca intensidade em três concelhos

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

O incêndio que deflagrou na quarta-feira na zona oeste da Madeira mantém cinco frentes ativas em aéreas de difícil acesso, em três concelhos, mas as chamas lavram com fraca intensidade.

O incêndio que deflagrou na quarta-feira na zona oeste da Madeira mantém esta terça-feira cinco frentes ativas em aéreas de difícil acesso, em três concelhos, mas as chamas lavram com fraca intensidade, indicou o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil.

Em declarações à agência Lusa, António Nunes disse que os meios estão concentrados nos concelhos da Ribeira Brava, onde estão ativas duas frentes (Furna e Encumeada); Ponta do Sol, também com duas frentes (Lombada e Canhas); e Câmara de Lobos, onde o fogo lavra numa zona inacessível no sítio do Pico Furão.

Às 09h00, o combate envolvia, no total, 74 bombeiros e 21 veículos.

O presidente do Serviço Regional de Proteção Civil explicou que nos concelhos da Ribeira Brava e Ponta do Sol o fogo lavra com “fraca intensidade” em áreas de “difícil acesso”, onde não se consegue facilmente entrar com meios apeados ou com meios mecânicos. Nesta zona, o fogo está a ser combatido por 55 operacionais e 14 meios.

“Na zona de Câmara de Lobos, mais concretamente no Curral das Freiras, nós temos o reacendimento [durante a noite] no Pico Furão. O fogo está a progredir de forma ascendente em direção ao Pico do Areeiro e Torrinha”, disse António Nunes, sublinhando que ocorre também numa área de difícil acesso.

“Não temos qualquer possibilidade de lá chegar, isto é, de forma apeada não conseguimos fazer qualquer intervenção. De forma aérea também temos de aguardar que o incêndio chegue a uma cota que permita a intervenção do helicóptero, porque nós não podemos andar a voar dentro destes vales encaixados”, explicou.

No Curral das Freiras, estão posicionados sete meios e 19 operacionais.

“Apesar de o fogo ter algum desenvolvimento descendente, não existe qualquer habitação em perigo neste momento e nós temos os meios posicionados para responder se assim for necessário”, esclareceu.

O sítio da Fajã dos Cardos é a área habitada mais próxima de chamas, mas nenhuma casa foi afetada.

De acordo com o representante, desde que o fogo deflagrou não há registo de qualquer habitação danificada nem de feridos nos três concelhos afetados.

O incêndio rural na Madeira teve início na quarta-feira nas serras da Ribeira Brava, propagando-se no dia seguinte ao concelho de Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol, através do Paul da Serra.

Até domingo, 160 pessoas foram retiradas das suas habitações por precaução e transportadas para equipamentos públicos, mas muitos moradores já regressaram ou estão a regressar a casa, à exceção da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.

Ao início da noite de segunda-feira, o fogo mantinha duas frentes ativas, na Encumeada (Ribeira Brava) e no Paul da Serra (Ponta do Sol), o que levou à retirada de alguns habitantes da Furna (Ribeira Brava), que foram transportados para o pavilhão desportivo do município.

O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas e infraestruturas essenciais. Uma bombeira recebeu assistência hospitalar por exaustão.

Projeções do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para sete mil hectares ardidos desde o início do incêndio.

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Kamala Harris propõe aumentar taxa de IRC dos EUA para 28%

Enquanto Donald Trump pretende descer os impostos cobrados às empresas, a democrata Kamala Harris pretende fazer o oposto, elevando a taxa de IRC dos EUA de 21% para 28%.

Se vencer as eleições Presidenciais norte-americanas em novembro, a candidata democrata Kamala Harris, atual vice-presidente dos EUA, propõe aumentar a taxa de IRC paga pelas empresas para 28%, em comparação com os atuais 21%.

A informação está a ser avançada pela imprensa internacional, que cita fonte oficial da campanha de Harris, no rescaldo do início da convenção do Partido Democrata, em Chicago, que decorre até 22 de agosto.

Segundo disse um porta-voz da campanha de Harris, citado pela Reuters, a proposta para subir o imposto cobrado às empresas na maior economia do mundo é uma forma “orçamentalmente responsável de colocar dinheiro de volta no bolso da classe trabalhadora e garantir que os multimilionários e as grandes empresas pagam a sua justa parte” de impostos.

Esta medida tinha sido originalmente avançada pelo atual Presidente dos EUA, Joe Biden, que entretanto desistiu da corrida presidencial, com Harris a assumir o seu lugar nas eleições. De acordo com uma análise do Comité para um Orçamento Federal Responsável, citada pela agência, este aumento de impostos poderia reduzir o défice norte-americano em um bilião de dólares ao longo de uma década.

Porém, a medida deverá ser alvo de críticas dos empresários, pois, nos 28%, o IRC dos EUA passaria a ser um dos mais elevados do mundo, acima até dos 25% cobrados no Reino Unido (para comparação, em Portugal, a taxa normal de IRC é de 21% no continente), segundo o Financial Times.

A proposta de Kamala Harris não podia contrastar mais com a política defendida pelo seu adversário republicano. O ex-Presidente Donald Trump quer, pelo contrário, descer a taxa de IRC para os 15%.

Quando era Presidente, Trump desceu a taxa cobrada às empresas de 35% para 21% e implementou várias isenções fiscais que irão expirar no ano que vem. O atual candidato também quer tornar essas isenções permanentes, segundo a Reuters.

A agência recorda, porém, que as alterações ao código tributário dos EUA têm de ser aprovadas pelo Congresso, sendo incerto o equilíbrio de forças que irá resultar das eleições do próximo dia 5 de novembro.

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