Secretária de Estado da Energia confirma presença na conferência Energy 2024

  • ECO
  • 26 Agosto 2024

O presidente da ERSE Pedro Verdelho também vai estar presente neste evento que se realiza a 12 de setembro no CCB, em Lisboa.

O futuro do setor da energia enfrenta um conjunto de encruzilhadas a curto e médio prazo considerando o desenho de novas regras, diversificação de investimentos e incorporação de tecnologias mais recentes pelos principais stakeholders.

A aceleração da transição energética é um ponto focal, mas também constituem debates incontornáveis os que se situam em torno da independência energética da Europa ou a participação de Portugal nas redes/interconexões internacionais e na integração de renováveis na rede elétrica.

Para debater estes e outros assuntos, o ECO irá realizar a 12 de setembro, no CCB, a conferência Energy 2024, que já conta com a presença da Secretária de Estado da Energia Maria João Pereira e do presidente da ERSE Pedro Verdelho.

Esta conferência conta com o apoio da EDP, da REN, do Santander e da Helexia.

A entrada é gratuita, mas sujeita a inscrição aqui.

Conferência Energy 2024

 

PROGRAMA:

09h30 Abertura

António Costa Diretor do ECO
Pedro Verdelho Presidente da ERSE

10h00 RoadMap para as Metas da Transição Energética

Luís Pinho CEO da Helexia Portugal
João Galamba Ex-secretário de Estado da Energia
Nuno Ribeiro da Silva Professor Universitário

Moderação: Ana Batalha Oliveira, Diretora Capital Verde

11h00 Coffee-break

11h15 Talk ECO

com Pedro Vasconcelos, Executive Board Member EDP, conduzida por André Veríssimo, subdiretor ECO

11h45 A nova economia – Industrialização Verde

Emanuel Proença CEO da Savannah
Luís Delgado Membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Bondalti
Cristina Melo Antunes Responsável de Negócio ESG e Green Finance, Santander Portugal

Moderação: Mónica Silvares, Editora-executiva ECO

12h30 Encerramento

Maria João Pereira Secretária de Estado da Energia

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Marcelo pede debate sobre prevenção contra sismos na construção de obras públicas

  • ECO
  • 26 Agosto 2024

Terramoto de magnitude 5,3 ocorreu às 5h11 ao largo de Sines. Proteção Civil sem registo de vítimas nem de grandes danos e não há risco de tsunami. Já foram registadas quatro réplicas.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 26 de agosto

  • ECO
  • 26 Agosto 2024

Ao longo desta segunda-feira, 26 de agosto, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Lisboa é das cidades europeias onde ocupação de escritórios mais cresce

Praga, Lisboa e Londres foram as cidades europeias onde ocupação dos escritórios mais cresceu no primeiro semestre deste ano. Setores da banca e seguros dão impulso.

Com o regime híbrido a crescer, a ocupação dos escritórios nas principais cidades europeias está agora a recuperar, depois da quebra acentuada provocada pela pandemia. De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pela Savills, nos primeiros seis meses do ano, esse indicador subiu 5%, em termos homólogos. Lisboa foi uma das cidades europeias onde a ocupação de escritórios mais subiu, face à média dos últimos cinco anos, sendo apenas ultrapassada por Praga.

“A ocupação de escritórios na Europa atingiu 1,6 milhões de metros quadrados no segundo trimestre de 2024, um aumento de 9% face ao mesmo período do ano passado. Tal significa que no primeiro semestre do ano foram ocupados 3,7 milhões de metros quadros em escritórios, uma subida de 5% em comparação com o primeiro semestre de 2023“, lê-se na análise divulgada esta manhã pela referida consultora imobiliária, que estima que 2024 superará, assim, no seu todo os valores registados em 2023.

Entre as várias cidades europeias, é Praga que consegue a medalha de ouro, com um crescimento de 45% da ocupação de escritório no primeiro semestre, face à média dos primeiros semestres dos últimos cinco anos. Tal é explicado em grande parte, salienta a Savills, pela nova sede do banco Česká spořitelna, que tomou cerca de 75 mil metros quadrados.

Já a medalha de prata vai para a capital portuguesa, onde a ocupação dos escritórios aumentou 40% nos primeiros seis meses face à média dos primeiros semestres dos últimos cinco anos. A Savills alerta, contudo, que Lisboa beneficiou de um efeito de base, isto é, a média que serve de comparação é “mais fraca”.

A completar o pódio aparece a cidade de Londres, com uma subida de 24% da ocupação de escritórios, em comparação com a média dos últimos cinco anos.

Quanto à distribuição por setores, os dados divulgados esta quinta-feira mostram que foram a banca, os seguros e o setor financeiro os responsáveis pela maior fatia do arrendamento de escritórios registado entre janeiro e abril: 25%. Há um ano, tinham sido responsáveis por 17% do arrendamento deste tipo.

“Alguns dos maiores negócios verificados no primeiro semestre no setor da banca, seguros e finanças são os 31.500 metros quadrados do ING em Amesterdão, os 26.700 metros quadrados da Caixa Geral de Depósitos em Lisboa e a renegociação dos 13.600 metros quadrados do Bank Gospodarstwa Krajowego em Varsóvia”, enumera a Savills.

Quanto ao caso português, e tal como avançou o ECO, em fevereiro a Caixa Geral de Depósitos assinou a escritura para a compra do edifício WellBe, no Parque das Nações, em Lisboa, onde vai instalar a sede em 2026.

Além destes setores, é também de destacar o dos serviços profissionais, que representaram 22% do arrendamento de escritórios de janeiro a junho. E o da tecnologia, informação e comunicação, que foi responsável por 13% dos arrendamentos deste tipo.

Depois de a pandemia ter levado ao fecho temporário de muitos escritórios, a ocupação desses espaços tem vindo a recuperar, à medida que os empregadores têm chamado os seus trabalhadores ao regime presencial. Em Portugal, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, o regime híbrido – que combina alguns dias no escritório, com alguns dias de trabalho remoto – tem ganhado terreno.

Se olharmos apenas para o segundo trimestre, 20,2% da população empregada esteve em teletrabalho. Em causa estão cerca de um milhão de trabalhadores. Destes, quase 403 mil fizeram-no regularmente mediante um sistema que concilia trabalho presencial e em casa.

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Aceleração da economia da Zona Euro adiada para o quarto trimestre

Esperanças de uma rápida recuperação da economia da zona euro no verão são prematuras, segundo os analistas, que identificam aumento dos riscos negativos em torno da atividade económica.

A economia da zona euro deverá manter um ritmo de crescimento tímido no terceiro trimestre deste ano, penalizada por uma indústria a perder gás em diversos países da moeda única. Após um crescimento de 0,3% no segundo trimestre na comparação face ao primeiro trimestre, os analistas apontam agora para um aumento dos riscos negativos nas previsões do Produto Interno Bruto (PIB) em países como a Alemanha.

“Os riscos negativos para muitas das nossas previsões de crescimento do PIB no terceiro trimestre estão a aumentar – especialmente para os 0,1% em termos trimestrais que esperamos para a Alemanha, mas em menor grau também para o resto da Zona Euro“, aponta Salomon Fiedler, economista do Berenberg.

Apesar da Zona Euro ter surpreendido no início do ano, com um crescimento ligeiramente acima do esperado (0,3% em cadeia nos dois primeiros trimestre e 0,6% e 0,5% em termos homólogos no segundo e primeiro trimestre, respetivamente), “as esperanças de uma rápida recuperação parecem prematuras“, considera Bert Colijn, economista sénior do ING.

Um olhar global para a economia da Zona Euro não é à primeira vista totalmente desencorajador. O índice composto de gestores de compras da Zona Euro (PMI, na sigla em inglês), que inclui indústria e serviços, publicado na quinta-feira, subiu para 51,2 em agosto, face a 50,2 em julho, acima do esperado pelos analistas, apontando para uma expansão económica.

Contudo, este aumento deve-se sobretudo à ajuda dos Jogos Olímpicos em Paris, que impulsionou o aumento da atividade em França, o que os analistas apontam como sendo temporário. “À primeira vista, isto parece uma surpresa agradável: a atividade na zona euro aumentou em agosto. Mas um olhar mais atento as números revela que os fundamentos subjacentes podem ser mais instáveis ​do que parecem”, destaca Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank, na nota divulgada na quinta-feira.

O PMI francês registou em agosto o primeiro aumento desde abril, para 52,7 pontos, o maior nível em 17 meses, refletindo uma forte recuperação na atividade dos serviços. O PMI desta atividade subiu para 55 pontos em agosto face a 50,1 em julho, mas parte dessa recuperação “pode ser revertida nos próximos meses”, segundo Salomon Fiedler.

O economista destaca que os detalhes apontam para uma economia francesa “muito mais frágil“, como a produção industrial a cair ao ritmo mais rápido desde janeiro, com as encomendas às fábricas a caírem ao ritmo mais rápido em quatro anos e o emprego no setor privado a diminuir pela primeira vez desde janeiro. “Na verdade, para além da melhoria do índice principal, os dados do PMI de agosto destacaram a fragilidade em toda a economia francesa”, considera.

Os dados dos inquéritos recentes da zona euro “têm estado em linha com a desaceleração do crescimento e, fora o salto nos serviços franceses, o PMI” da Zona Euro “não dá muitas razões para pensar que esteja a ocorrer uma aceleração do crescimento“, considera Bert Colijn.

Os dados dos inquéritos recentes da zona euro “têm estado em linha com a desaceleração do crescimento e, fora o salto nos serviços franceses, o PMI” da zona euro “não dá muitas razões para pensar que esteja a ocorrer uma aceleração do crescimento”, considera Bert Colijn.

Os dados do PMI da Zona Euro apontam, assim, para duas realidades distintas. Ao contrário da aceleração nos serviços, a indústria está em contração, com as empresas a reduzirem novamente as compras de fatores de produção em agosto como resposta à fraqueza da procura. Com menos novas encomendas, os stocks de compras caíram, bem como os de produtos acabados.

Este quadro coincide “com uma diminuição da confiança relativamente às perspetivas futuras para a produção”, segundo a nota da S&P Global em parceria com o Hamburg Commercial Bank, que destaca que “o sentimento caiu para o nível mais baixo em 2024 até agora e ficou abaixo da média da série”, existindo uma redução generalizada do otimismo, com a confiança a cair na Alemanha, França e no resto dos países da moeda única.

Bert Colijn sublinha que relativamente “às expectativas de inflação, o PMI sinalizou um aumento nos preços de venda comunicados pelas empresas, mas também foi reportada uma queda contínua nos preços dos fatores de produção”.

“Isto significa que as pressões inflacionistas em curso estão a enfraquecer, o que é importante para o Banco Central Europeu (BCE), na medida em que define a política a médio prazo”, assinala. Com a reunião de setembro a aproximar-se, grande parte atenção está centrada nos dados mais recentes. O BCE anunciou que o aumento dos salários na zona euro foi de 3,55% no segundo trimestre, face ao período homólogo, o mais baixo desde o último trimestre de 2022, após a subida de 4,74% no primeiro trimestre.

O economista do ING considera que segundo os dados “há poucos motivos para que os falcões se oponham a um corte [das taxas de juro] em setembro”, até porque do lado das ‘pombas’ do BCE não há dúvidas. O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, salientou na sexta-feira passada que “a economia da zona euro não está a crescer” e que a reunião de setembro será “fácil“.

Alemanha em “apuros”

A recuperação prevista para a economia alemã no segundo semestre do ano ainda não começou a ganhar forma e os sinais não são promissores. “Havia boas razões para ter esperança – a inflação mais baixa e os salários mais altos pareciam a receita perfeita para o aumento do consumo”, destaca Cyrus de la Rubia.

Contudo, “parece que a incerteza em torno da política económica colocou um freio nos gastos dos consumidores”, enquanto a recuperação da produção global azedou antes que as empresas alemãs pudessem sentir o impulso. “Em vez disso, as probabilidades de um segundo trimestre consecutivo de crescimento negativo aumentaram”, antevê.

O PMI composto da Alemanha caiu para 48,5 pontos, o nível mais baixo em cinco meses, sinalizando assim uma contração, com a atividade empresarial a cair em agosto pelo segundo mês abaixo dos 50 pontos.

“O país provavelmente permanecerá quase estagnado até pelo menos ao inverno”, considera Salomon Fiedler, considerando que a economia alemã está “em apuros”. Neste sentido, alerta que “devido a graves problemas estruturais (escassez de trabalhadores qualificados, investimento insuficiente na capacidade produtiva, elevados custos de energia, tributação e regulamentação excessivas, etc.), o crescimento potencial do PIB é baixo na Alemanha”.

A nota do PMI deste país, divulgada pela S&P Global, realça que a produção industrial continuou a cair acentuadamente, embora a uma taxa ligeiramente mais lenta do que no mês anterior (índice de 42,9). Paralelamente, o crescimento da atividade empresarial do setor de serviços diminuiu pelo terceiro mês consecutivo para um ritmo modesto, o mais fraco desde março.

Cyrus de la Rubia realça que “as novas encomendas diminuíram mais acentuadamente do que no mês passado, principalmente devido a uma queda significativa na procura externa, sinalizando mais problemas pela frente“, pelo que considera que “não surpreende que as empresas estejam a aumentar os cortes de pessoal” e a reduzir os stocks de forma “ainda mais agressiva”.

Perante este quadro, as empresas expressaram menos otimismo em relação às perspetivas de crescimento no próximo ano.

Confiança dos consumidores cai em agosto

Em agosto, a confiança dos consumidores caiu ligeiramente na Zona Euro para -13,4 pontos (-0,4 pontos percentuais abaixo do mês anterior), situando-se abaixo da média de longo prazo, de acordo com os dados divulgados na quinta-feira pela União Europeia.

Por outro lado, manteve-se globalmente estável na União Europeia (-0,1 pontos percentuais em comparação com julho), situando-se em -12,3.

Já o indicador de sentimento económico manteve-se relativamente estável em junho, tanto na zona euro (0,1 pontos para 95,8), como na União Europeia (mais um ponto para 96,4), e o indicador de expetativas de emprego da Zona Euro caiu 1,8 pontos para 97,8 e da União Europeia 1,6 pontos para 98,7.

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#22 As férias de António Portela. “Oportunidade imensa” na rentrée

CEO da Bial leva três livros e quatro séries na bagagem para estas férias, contando “fazer um reset” para “voltar com as energias totalmente carregadas”.

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

Para António Portela, “fazer um ‘reset’ é fundamental para voltar com as energias totalmente carregadas”. Mas “sem a pressão do dia a dia”, o CEO da Bial vai aproveitar as férias para “refletir sobre os próximos grandes passos, seja a nível profissional, seja pessoal”. No regresso, o gestor já sabe que terá a cabeça ocupada com a revisão da legislação europeia da indústria farmacêutica e com a “oportunidade imensa” de captar uma fatia maior do investimento em I&D para o setor em Portugal.

Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?

Levo o “Grande Livro do Adolescente” do Mário Cordeiro, “A Era da Incerteza” do Tobias Hürter” e o “Vaticanum” do José Rodrigues dos Santos. Nas séries, marquei o “Explained”, “Berlin”, “Live to 100: secrets of the blue zones” e “Gentlemen”. Nos podcasts apenas levo alguns episódios do “Top of Mind”, podcast da Bial dedicado a temas de saúde, que ainda não ouvi.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

Procuro desligar totalmente. Estamos disponíveis para falarmos se for necessário, mas o objetivo é não nos incomodarmos neste período de férias. Quero aproveitar o tempo com a família e para descansar o mais possível. Fazer um “reset” é fundamental para voltar com as energias totalmente carregadas.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

Inevitavelmente é um momento de reflexão. Sem a pressão do dia a dia, permite-me também pensar em alguns temas mais a fundo e refletir sobre os próximos grandes passos, seja a nível profissional, seja pessoal.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

A revisão da legislação europeia da indústria farmacêutica, que está em discussão, é um dos grandes temas que temos em aberto. É necessário ainda trabalhar muito para termos uma solução que permita melhorar o acesso dos cidadãos europeus ao medicamento e que melhore de forma significativa a capacidade de inovação da Europa nos próximos anos.

A nível interno será importante continuar a trabalhar para desenvolver todo o potencial da área da saúde em Portugal. Temos formado excelentes profissionais, mas precisamos de apostar em projetos de inovação e atrair investimento para desenvolver projetos e parcerias de grande inovação. A indústria farmacêutica investe 44 mil milhões de euros todos os anos em I&D na Europa. Para Portugal vêm apenas cerca de 100 milhões de euros. Temos uma oportunidade imensa.

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PRR vai ter mecanismo para libertar verbas de projetos parados

Novo modelo de governação do PRR vai introduzir um mecanismo de descativação de verbas. Bazuca vai ter reforço de 62 pessoas concentradas numa nova brigada móvel.

O novo modelo de governação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), aprovado em Conselho de Ministros na semana passada, vai introduzir um mecanismo de descativação de verbas de projetos que estão parados, que permitirá levar a cabo uma operação de limpeza, à semelhança do que sempre foi feito nos quadros comunitários anteriores.

No Portugal 2020 ficou conhecida como bolsa de recuperação e consistia em cortar os fundos a projetos que estavam parados e atribuir os incentivos libertados a projetos já aprovados em overbooking. Esta prática de gestão, tradicional nos vários quadros comunitários, começou por ser anunciada a 16 de novembro de 2019, mas os promotores só deveriam começar a receber as notificações para explicar os atrasos dos seus projetos em março do ano seguinte. Contudo, a pandemia forçou a suspensão da iniciativa que acabou por ser retomada só em maio de 2022 para acelerar a execução dos programas operacionais regionais. Também ao nível do Compete, os últimos dados divulgados davam conta das sistemáticas anulações de operações.

A ideia do Executivo é introduzir agora um mecanismo de descativação de compromissos financeiros para projetos aprovados sem execução. Ou seja, decalcar para o PRR o que sempre se fez com os fundos estruturais e que tem como objetivo acelerar a execução dos fundos.

Esta aceleração, de acordo com o que foi decidido na última reunião da comissão interministerial do PRR, que reuniu a 22 de julho, passa também por decidir as candidaturas do PRR num prazo máximo de 50 dias e o fazer os pagamentos a 20 dias, tal como o ECO já avançou.

No plano de ação aprovado para impulsionar a execução do PRR ficou decidido encurtar os prazos no PRR face aos restantes fundos europeus. Assim, “as candidaturas não podem demorar mais de 50 dias a serem analisadas e os pagamentos [aos beneficiários finais] não podem exceder 20 dias”, disse, na altura, Manuel Castro Almeida ao ECO, sublinhando que esta é uma meta ainda mais ambiciosa face ao Portugal 2030 e que será possível de atingir graças à “inteligência artificial, que já vem a caminho” e “ao reforço das equipas da Recuperar Portugal”.

Um reforço que passa por 62 pessoas, mas que vão funcionar de uma forma “nada habitual”. Em causa está a criação de uma “brigada móvel” que irá trabalhar junto dos organismos intermédios – IHRU, IAPMEI, Aicep, Fundo Ambiental – que estiverem a necessitar de ajuda, em cada momento.

A ideia já tinha sido anunciada pelo ministro Adjunto e da Coesão no encontro anual do PRR: criar uma bolsa de técnicos a que será possível recorrer pontualmente nos momentos de trabalho acrescido para analisar candidaturas e pedidos de pagamento do PRR, mas também do Portugal 2030. Com recurso a universidades e politécnicos — uma solução já usada no passado –, mas oferecendo um “preço confortável e generoso” por esse trabalho. A escolha das instituições de ensino superior foi feita com base na qualidade dos recursos humanos alocados, e não no preço mais baixo, explicou Manuel Castro Almeida na altura e novamente no ECO dos Fundos, o podcast quinzenal do ECO sobre fundos europeus.

Em termos de reforço de meios o decreto-lei aprovado, na sequência do deliberado pela Comissão Interministerial do PRR, que altera o modelo de governação do PRR, concretizando propostas integrantes do Plano de Ação aprovado, prevê aumentar os recursos humanos e a capacidade técnica da estrutura de missão Recuperar Portugal e reforçar os meios de fiscalização e mecanismos e controlo da correta aplicação dos fundos da bazuca europeia.

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Governo também vai rever tabelas remuneratórias dos diplomatas

Ministério dos Negócios Estrangeiros vai apresentar iniciativa legislativa para novo estatuto da carreira diplomática, que inclui uma revisão das tabelas remuneratórias congeladas há 26 anos.

O Governo vai rever as tabelas remuneratórias dos diplomatas portugueses, congeladas há 26 anos, nos próximos meses. A valorização foi garantida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros aos diplomatas portugueses, permitindo a conclusão das negociações sobre o novo estatuto da carreira diplomática, estando agora dependente do Ministério das Finanças.

Os diplomatas fazem parte das carreiras não revistas de corpos especiais e o Governo e a Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses (ASDP) chegaram por fim a acordo sobre o novo Estatuto da Carreira Diplomática em julho, após um processo iniciado ainda com o anterior Executivo liderado por António Costa.

Em julho do ano passado, a ASDP enviou uma missiva ao então ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, a pedir uma atualização das tabelas remuneratórias dos diplomatas portugueses. O processo arrancou, mas só ficou fechado já com Paulo Rangel aos comandos das Necessidades.

“O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e a Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses (ASDP) concluíram as negociações sobre o novo Estatuto da Carreira Diplomática. Um primeiro passo que permitirá dotar a diplomacia portuguesa de um novo estatuto adaptado às exigências e desafios do mundo atual”, pode ler-se numa nota divulgada no início de julho, no Portal Diplomático.

Quase dois meses depois, a tutela garante que com a negociação terminada com a ASDP, segue-se agora “uma ronda de trabalho e de consultas com a área governativa do Orçamento e da Administração Pública”.

A negociação em curso incluirá uma revisão das respetivas tabelas remuneratórias, inalteradas desde 1998“, indica o Palácio das Necessidades, em resposta à deputada comunista Paula Santos, que questionou o calendário previsto para a revisão.

Neste sentido, o Ministério garante que “o Governo português está empenhado em concluir o processo nos próximos meses, de forma a apresentar uma iniciativa legislativa que adeque a Carreira Diplomática aos desafios atuais do Mundo e aos exigentes objetivos da Política Externa Portuguesa”.

Segundo dados da relatório do sistema remuneratório da administração pública 2024, a remuneração dos diplomatas varia entre 4.684,22 euros brutos (embaixador) e 1.744,46 euros (adido).

Fonte: Sistema Remuneratório da Administração Pública de 2024

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Desvalorização do setor ameaça encaixe na venda da TAP

Companhias de aviação desvalorizam 24% desde abril e colocam pressão sobre a avaliação da TAP, mas interesse dos maiores "players" europeus pode puxar pelo preço.

As companhias aéreas europeias perderam perto de um quarto do valor nos últimos quatro meses, com o aumento dos custos e a travagem do crescimento a penalizarem as perspetivas para o setor. A desvalorização, se não for revertida, pode baixar o encaixe do Estado na privatização da TAP. Há, no entanto, outros fatores que podem puxar pelo preço, como a forte concorrência esperada na corrida à aquisição da companhia portuguesa. Depois de frustrada a aquisição da Air Europa, o grupo IAG vai focar-se na TAP. A Lufthansa garante ao ECO que mantém o interesse, mesmo depois de ter fechado a aquisição de 41% da ITA.

“Durante o verão, o ambiente global para o preço dos bilhetes enfraqueceu. Isto aconteceu numa altura em que os encargos laborais, as taxas aeroportuárias e os custos de manutenção continuaram a aumentar. O impacto foi uma redução da expectativa para os resultados, o que levou a que o valor das companhias europeias tenha caído cerca de 20% desde maio”, afirma ao ECO Dudley Shanley, head of research da irlandesa Goodbody. “Isto sugere que a avaliação da TAP estará sob alguma pressão”, acrescenta.

As avaliações para as companhias aéreas estão muito baixas, com um rácio entre o valor bolsista e os lucros em torno de cinco vezes e de cerca de 3 vezes face ao EBITDA”, assinala também Stephen Furlong, analista sénior da Davy Capital Markets. Com a economia europeia quase estagnada e as taxas de juro a pesarem no bolso dos consumidores, o verão não está a correr como esperado. As margens estão a encolher e companhias como a Ryanair ou a Lufthansa já vieram rever em baixa as perspetivas para o terceiro trimestre, o mais forte para o setor, com reflexo na bolsa. O índice Stoxx Europe Airlines desvaloriza 24% desde o máximo do ano em abril.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Para Neil Glynn, diretor da empresa de research independente Air Control Tower, “chegar a acordo para um preço de venda para a TAP pode ser difícil”. Um dos fatores que aponta é também que “as avaliações da indústria estão deprimidas a nível global, conferindo aos potenciais compradores menos poder de fogo para justificar o preço de aquisição”.

As avaliações da indústria estão deprimidas a nível global, conferindo aos potenciais compradores menos poder de fogo para justificar o preço de aquisição [da TAP].

Neil Glynn

Diretor da Air Control Tower

Caso este cenário não se altere, maximizar o encaixe da venda da TAP poderá ser uma tarefa mais difícil do que há alguns meses. O processo foi travado com o chumbo do Presidente da República ao decreto de reprivatização e a demissão do Executivo de António Costa, em novembro de 2023. O atual Governo vai avançar com a operação, mas não tem pressa. O presidente da companhia aérea, Luís Rodrigues, afirmou em julho que “o ministro [das Infraestruturas e Habitação] já tornou público que em setembro haveria novidades”. Miguel Pinto Luz disse que o processo está numa “fase de recato, de reavaliações, de definição de modelos” e será relançado em “momento oportuno”.

Compra de 41% da ITA não esmorece interesse da Lufthansa na TAP

Há, no entanto, outros fatores que podem puxar pelo preço. “Já só existe um pequeno número de oportunidades de consolidação no setor na Europa e a TAP tem um interesse particular dada a sua posição no aeroporto de Lisboa. Isso irá sustentar a avaliação”, considera Dudley Shanley, da Goodbody.

O verão foi intenso, com a Lufthansa a receber luz verde da Comissão Europeia para adquirir 41% da ITA Airways, por 325 milhões de euros, e o grupo IAG a desistir da compra de 80% da Air Europa, por 400 milhões de euros, perante os pesados remédios impostos por Bruxelas.

O Grupo Lufthansa e a TAP complementar-se-iam muito bem, especialmente com a rede de rotas da TAP de e para a América do Sul.

Fonte oficial da Lufthansa

Apesar do sucesso na aquisição da companhia italiana (a transação será concluída até ao final do ano), a vontade do grupo alemão em avaliar a compra da TAP não diminuiu. “Em geral, o Grupo Lufthansa procura sempre ter um papel ativo na consolidação do mercado. É por isso que a venda de uma participação na TAP é interessante para nós”, afirma ao ECO fonte oficial. “O Grupo Lufthansa e a TAP complementar-se-iam muito bem, especialmente com a rede de rotas da TAP de e para a América do Sul”, acrescenta.

A Air France – KLM, que está no processo de adquirir 19,9% da SAS, também não esconde o seu interesse na reprivatização. Na apresentação das contas do segundo trimestre, o CEO, Benjamin Smith, rejeitou que a quebra nos resultados e o “ambiente cada vez mais difícil para a aviação” diminuam o interesse da companhia aérea franco-neerlandesa na venda da TAP. “Do ponto de vista estratégico é interessante para nós“, reiterou.

Ainda assim, para Neil Glynn, o facto de os dois grupos estarem já envolvidos em processos de consolidação pode reduzir o apetite pela transportadora portuguesa. “A Air France – KLM e a Lufthansa adquiriram recentemente capital da ITA e SAS, respetivamente, e têm um trabalho significativo de reestruturação interna com maior impacto potencial para os resultados financeiros do que comprar a TAP”, considera o diretor da AIR Control Tower.

Stephen Furlong, da Davy Capital Markets, espera que ambas as companhias entrem na corrida. “A Lufthansa gostaria de crescer na América do Sul pelo que de certeza vão fazer uma oferta. A Air France – KLM também o vai fazer, muito provavelmente”, diz.

O grupo IAG espera poder usar a TAP para recriar em Madrid e Lisboa o modelo de hub dual que já tem em Londres e Dublin, com a aquisição da Aer Lingus.

Dudley Shanley

Head of research da irlandesa Goodbody

Frustrada a aquisição da Air Europa, o grupo IAG, dono de companhias como a British Airways e Iberia, deverá agora concentrar os esforços em Portugal, como foi apontado em vários jornais espanhóis. O CEO, Luís Galego, afirmou na apresentação dos resultados aos analistas que o grupo iria “analisar a atratividade da TAP”.

“Depois de desistir da compra da Air Europa, considero que a IAG continua muito interessada na aquisição da TAP. O grupo IAG espera poder usar a TAP para recriar em Madrid e Lisboa o modelo de hub dual que já tem em Londres e Dublin, com a aquisição da Aer Lingus”, aponta Dudley Shanley, da Goodbody.

Para Neil Glynn, o grupo IAG é, dos três, o mais bem posicionado para vencer a reprivatização. “A saúde financeira de cada empresa, os requisitos de reestruturação/transformação e os projetos de fusões e aquisições em curso sugerem que o IAG pode estar financeira e organizacionalmente melhor posicionado para adquirir a TAP, integrá-la com sucesso no grupo e posicionar a TAP para aumentar a capacidade e a rentabilidade”, afirma.

O diretor da Air Control Tower também desvaloriza os receios em Portugal sobre o impacto negativo que a aquisição pela dona da Iberia poderia ter no aeroporto de Lisboa. “O IAG teve sucesso na sua oferta para adquirir a Aer Lingus, apesar das relações históricas entre o Reino Unido e a Irlanda, e a Aer Lingus prosperou sob a propriedade do IAG”.

Quem também aposta numa vitória do IAG é o CEO da Ryanair. Para Michael O’Leary, o grupo com sede no Reino Unido é o mais bem posicionado para vencer a reprivatização, como afirmou em julho numa conferência de imprensa realizada em Lisboa.

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Sismo de magnitude 5,3 sentido em Portugal sem registo de vítimas ou grandes danos

  • Lusa e ECO
  • 26 Agosto 2024

Um sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter foi registado esta madrugada ao largo de Sines. A Proteção Civil não tem registo de vítimas nem de grandes danos.

Um sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter foi registado esta madrugada ao largo de Sines, avançou o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA). De acordo com o IPMA, o epicentro do abalo foi registado às 5h11, a 60 quilómetros a oeste de Sines.

“Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima IV/V (escala de Mercalli modificada) na região de Sines, tendo sido sentido com menor intensidade na região de Setúbal e Lisboa”, lia-se, por volta das 6h17, num comunicado do IPMA.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) disse à Lusa ter recebido relatos de que o sismo tinha sido sentido em toda a zona metropolitana de Lisboa, incluindo a capital, mas também no distrito de Setúbal.

Epicentro a 60 quilómetros a oeste de Sines:

Fonte: Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA)

Autoridades sem registo de danos significativos

Uma hora depois do sismo moderado, a Proteção Civil não tinha registo de vítimas nem danos de maior.

A autoridade recebeu, contudo, um elevado número de chamadas telefónicas, da zona do Alentejo até Coimbra. “Recebemos muitas chamadas sobretudo de pessoas que queriam saber o que se passava e o que deviam fazer. A esta hora [6h00] ainda não conseguimos contabilizar o número de chamadas recebidas”, disse o comandante José Miranda, da ANEPC.

De acordo com José Miranda, não há registo de vítimas, nem danos de maior a esta hora. “Temos só informação a esta hora de uma situação numa rua de Sesimbra em que vão ser avaliadas possíveis fissuras em edifícios”, disse.

O sismo aconteceu a uma profundidade de 10,7 quilómetros, avançou o serviço geológico dos Estados Unidos, o USGS, que estimou uma magnitude de 5,4 na escala de Richter.

Já o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico estimou o sismo como sendo de magnitude 5,1 na escala de Richter, com o epicentro a uma profundidade de cinco quilómetros.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h20)

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Snowden condena detenção do criador do Telegram

  • Lusa
  • 25 Agosto 2024

O ex-analista que trabalhava para uma agência dos EUA e divulgou dados confidenciais, Edward Snowden, condenou a detenção em França de Pavel Durov, o criador da rede de mensagens encriptadas Telegram.

O ex-analista que trabalhava para uma agência de informação dos EUA e divulgou dados confidenciais, Edward Snowden, condenou a detenção em França de Pavel Durov, o criador da rede de mensagens encriptadas Telegram. “A detenção de Durov é um ataque aos direitos humanos básicos de liberdade de expressão e associação”, escreveu na rede social X. Snowden acrescentou: “estou chocado e profundamente triste que [o Presidente francês, Emmanuel] Macron tenha descido ao nível de fazer reféns como forma de aceder a mensagens privadas”.

Na opinião de Edward Snowden, a detenção de Durov “mina a dignidade” não só de França, mas de todo o mundo. Snowden, que também condenou a detenção do jornalista da oposição bielorrussa Roman Protasovich em Minsk, cujas autoridades forçaram a imobilização do avião da RyanAir em que viajava de Atenas para Vilnius, raramente faz declarações públicas.

O antigo analista norte-americano vive na Rússia desde que, em 2013, revelou pormenores sobre os programas de espionagem dos EUA, tendo-lhe sido concedida a cidadania em setembro de 2022.

Durov foi detido sábado à noite quando saía do seu avião privado na pista do aeroporto Paris – Le Bourget, proveniente do Azerbaijão.

O milionário franco-russo, de 39 anos, foi objeto de um mandado de captura francês emitido pela Direção Nacional de Investigação Criminal, com base numa investigação preliminar.

A justiça francesa argumenta que a falta de moderação no Telegram e a falta de cooperação de Durov com as autoridades, juntamente com as ferramentas que a plataforma oferece, como números descartáveis e criptografia, tornam-no cúmplice de crimes como o tráfico de droga, a pedofilia e a fraude.

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Pedro Reis vai ao Qatar para ‘vender’ economia portuguesa

  • ECO
  • 25 Agosto 2024

O ministro da Economia vai iniciar na terça-feira uma visita ao Qatar, mais uma no périplo da diplomacia económica.

O ministro da Economia vai visitar o Qatar para “reforçar as relações bilaterais, em particular as económicas”, e “atrair investimento” para áreas como indústria, energia, serviços e mobilidade, segundo uma nota oficial divulgada este domingo. De acordo com a informação do Ministério da Economia, a visita de Pedro Reis ao Qatar – que decorre de terça-feira, dia 27, a sexta-feira, dia 30 – enquadra-se num “périplo de diplomacia económica”, com vista a “captar investimento externo” e obter “apoio à internacionalização das empresas portuguesas em várias áreas”.

Acompanhado pelo embaixador de Portugal em Doha, Paulo Neves Pocinho, e pelo representante local da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Manuel Couto Miranda, o responsável pela pasta da Economia irá encontrar-se com cinco ministros do Qatar (Finanças, Energia, Transportes, Comércio e Indústria e Comunicações e Tecnologias da informação) e tem previstas reuniões com os responsáveis pelos dois fundos soberanos do emirado (Qatar Investment Authority e Qatari Diar Real Estate Investment Company). “As relações comerciais entre Portugal e o Qatar têm um grande potencial de crescimento”, considera o Governo português, na nota enviada.

No primeiro semestre de 2024, Portugal era o 73º cliente do Qatar, importando sobretudo produtos químicos, na sua maioria plásticos, e o 76º fornecedor, exportando sobretudo máquinas, veículos, calçado, produtos agroalimentares e químicos, cerâmica e vidro.

O número de empresas exportadoras portuguesas para o Qatar tem seguido uma tendência crescente”, refere o Governo, contabilizando que em 2022 havia 390 empresas a exportarem para o país do Golfo Pérsico.

Os investimentos mais relevantes do Qatar em Portugal são participações na EDP e na VINCI Energies Portugal (ambas do fundo soberano do Qatar) e a estância “W Algarve”, que, segundo a nota do Governo, representa um investimento de 300 milhões de euros e prevê a criação de 300 postos de trabalho diretos e 200 indiretos.

O Qatar, que foi um protetorado britânico até 1971, é um dos países mais ricos do mundo, devido às receitas do petróleo e do gás natural. Classificado em 40.º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas (divulgado em março deste ano), o Qatar ainda é considerado um país “não livre” por organizações de defesa dos direitos humanos como a Freedom House.

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