Prioridade da Generali Tranquilidade é identificar rapidamente os sinistros

  • ECO Seguros
  • 17 Setembro 2024

A seguradora pede aos clientes que participem o sinistro para o identificarem rapidamente. Está a fazer todas as diligências para assegurar "resposta rápida e eficaz" no pagamento de indemnizações.

A Generali Tranquilidade, a segunda seguradora com maior exposição ao risco de incêndios e multirriscos nas habitações segundo a ASF, indica que a sua prioridade relativamente aos incêndios que lavram a zona norte e centro do país “é garantir que os sinistros são rapidamente identificados. Para isso, recomendamos a participação do sinistro online, que é o meio mais rápido e eficaz. Em alternativa, temos também um número de telefone: 211 520 310“.

Indicou também que está “desde o primeiro momento, em contacto com agentes e parceiros no terreno” para poder “apoiar e dar a melhor resposta às necessidades dos nossos clientes na resolução dos sinistros, no menor timing possível”.

“Temos as equipas alinhadas e a trabalhar para garantir que conseguimos dar resposta o mais rápido possível. Estamos também em contacto permanente com os nossos parceiros, para que eles possam dar o melhor apoio aos clientes.”, refere.

Neste momento, a companhia ainda está a reunir informações para “apurar todas as situações”, pelo que diz ser “prematuro estar já a avançar com dados e custos” dos incêndios para a seguradora.

Ainda sem um prazo para a disponibilização de indemnizações, indica que está “a fazer todas as diligências para assegurar uma resposta rápida e eficaz, para resolvermos rapidamente todos os processos”.

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Bruxelas quer proibir consumo de tabaco em zonas ao ar livre muito frequentadas

  • Lusa
  • 17 Setembro 2024

A iniciativa quer proibir o tabaco em áreas como parques infantis e áreas exteriores de estabelecimentos de serviços como estações de transportes, no âmbito da luta contra o cancro.

A Comissão Europeia quer ver proibido fumar em zonas ao ar livre muito frequentadas, como parques infantis e áreas exteriores de estabelecimentos de serviços como estações de transportes, no âmbito da luta contra o cancro. Numa iniciativa apresentada esta terça-feira, o executivo comunitário recomenda que os Estados-membros alarguem as políticas ambientais sem fumo às principais zonas ao ar livre na União Europeia (UE).

A Comissão prestará apoio, nomeadamente através de uma subvenção direta no valor de 16 milhões de euros do programa EU4Health e de 80 milhões de euros do programa Horizonte, para reforçar o controlo do tabaco e da nicotina, bem como a prevenção da dependência.

Estas áreas, segundo um comunicado, incluem zonas recreativas ao ar livre onde as crianças são suscetíveis de se congregar, como parques infantis públicos, parques de diversões e piscinas, áreas exteriores ligadas a instalações de cuidados de saúde e educação, edifícios públicos, estabelecimentos de serviços e paragens de transportes.

A proposta recomenda ainda que os 27 alarguem as políticas ambientais sem fumo a produtos emergentes, como os produtos de tabaco aquecido e os cigarros eletrónicos, que chegam cada vez mais a utilizadores muito jovens. A comissária europeia para a Saúde, Stella Kyriakides lembrou que há anos que o tabaco e os produtos afins afetam a saúde pública” destacando que todos os anos, na UE, 700 mil pessoas morrem devido ao consumo de tabaco, das quais dezenas de milhares se devem ao fumo passivo.

Os Estados-membros são convidados a aplicar as medidas, incluindo também a limitação à exposição a aerossóis, que tem por objetivo contribuir para a criação de uma geração sem tabaco até 2040, com menos de 5% de população fumadora. O tabaco é o principal fator de risco de cancro, com mais de um quarto das mortes por cancro atribuídas ao tabagismo na UE, na Islândia e na Noruega.

As mortes e outros indicadores de saúde (como os ataques cardíacos na população em geral e a melhoria da saúde respiratória) melhoraram graças à criação de espaços sem fumo, argumenta Bruxelas. A política de saúde é da competência dos Estados-membros.

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CMVM alerta para contactos fraudulentos usando o nome e imagem do regulador

  • Lusa
  • 17 Setembro 2024

Os "contactos fraudulentos são estabelecidos com o pretexto de informar e ajudar na alegada recuperação de montantes perdidos em fraudes anteriores, através de chamadas telefónicas" ou WhatsApp.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) alertou esta terça-feira para contactos fraudulentos por indivíduos que usam o nome e imagem da instituição, adiantando que vai avançar com “diligências junto das entidades judiciais”, segundo um comunicado. Na nota, publicada no seu site, a CMVM alerta “sobre contactos fraudulentos por indivíduos que indevidamente se apresentam como representando a CMVM, usando o seu nome e imagem”.

Segundo o organismo, estes “contactos fraudulentos são estabelecidos com o pretexto de informar e ajudar na alegada recuperação de montantes perdidos em fraudes anteriores, através de chamadas telefónicas, de mensagens da aplicação “WhatsApp”, bem como através de e-mail. A instituição assegurou que “relativamente à utilização indevida e abusiva do seu nome nestes contactos de natureza fraudulenta, irá proceder às devidas diligências junto das entidades judiciais competentes”.

Caso tenha sido contactado ou recebido uma destas mensagens, que representam um esquema de fraude, através do qual pessoas desconhecidas da CMVM pretendem obter um benefício indevido, desconsidere os mesmos”, aconselhou, pedindo para que não seja efetuada “qualquer ação solicitada, descarregar eventuais anexos ou aceder a links indicados”.

A CMVM informou ainda que “nunca contacta os investidores via aplicação WhatsApp e que os contactos realizados pela CMVM são exclusivamente efetuados através de remetentes com o domínio “@cmvm.pt”, sendo apenas estes os endereços legítimos”.

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UMinho impulsiona engenharia de reação moderna com 2,5 milhões de euros

UMinho tem agora 2,5 milhões de euros do programa Horizonte Europa para, nos próximos cincos anos, impulsionar a engenharia de reação moderna.

A Universidade do Minho (UMinho) recebeu um apoio de 2,5 milhões de euros do programa Horizonte Europa para desenvolver, nos próximos cinco anos, um projeto no âmbito da engenharia de reação moderna.

Trata-se do projeto ERA Chair Reactors_5.0, coordenado por António Vicente, vice-presidente e professor catedrático da Escola de Engenharia da UMinho e investigador do Centro de Engenharia Biológica (CEB).

Para esta instituição de ensino superior minhota, “Reactors_5.0 representa um passo gigante na ambição de estabelecer na próxima década a UMinho, e em particular o CEB, como uma referência europeia/mundial no desenvolvimento de processos químicos e biológicos inovadores, resilientes e eficientes para a alimentação, a saúde e o ambiente”.

António Vicente, vice-presidente e professor catedrático da Escola de Engenharia da Universidade do Minho e investigador do Centro de Engenharia Biológica (CEB).
António Vicente, vice-presidente e professor catedrático da Escola de Engenharia da Universidade do Minho e investigador do Centro de Engenharia Biológica.17 setembro, 2024

“O mecanismo de financiamento da ERA Chair apoia as universidades e os centros de investigação na atração e retenção de recursos humanos altamente qualificados, na criação de novas equipas de investigação e na promoção da investigação de excelência”, detalha a universidade minhota num comunicado.

Segundo esta instituição, “Reactors_5.0 permite criar uma bolsa de excelência de craveira mundial em investigação e desenvolvimento de novas tecnologias de reatores e microrreatores, exclusivamente com base nos princípios de engenharia de reação”. Contribui, desta forma, para inovações verdes e digitais em alinhamento com “os princípios da indústria 5.0 e os resultados e impactos específicos dos pilares I-III dos programas de trabalho do Horizonte Europa e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”.

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Zurich já tinha equipa dedicada desde que recomeçaram os incêndios

Com o recomeço mais intenso dos incêndios em Portugal nas últimas semanas, a seguradora suíça já tinha uma equipa a responder a esta fase. Acelera processos para que as indemnizações sejam imediatas.

A Zurich, seguradora com forte presença nos riscos de incêndio em Portugal, nomeadamente em habitações e comércios, já tinha iniciado internamente uma situação de exceção: “Há já algumas semanas ativámos uma equipa totalmente dedicada a agilizar a gestão e regularização de sinistros por danos de incêndio”, refere Rosário Lima, Chief Claims Officer na Zurich Portugal, adiantando que “esta equipa está a tratar – com a celeridade que a situação impõe – das etapas que vão desde o registo até à regularização dos sinistros”.

Em relação a prazos para respostas, Rosário Lima afirma que a seguradora está em articulação com os gabinetes de peritagem, mas “estamos também a garantir a nossa presença nos locais mais afetados, para assim apoiarmos os nossos clientes e os seus familiares”.

Para a gestora de sinistros da Zurich “é nosso objetivo identificar rapidamente os prejuízos para também, de forma célere, contribuirmos para que os clientes reconstruam os seus bens e retomem, dentro do possível e com todos os desafios, a normalidade”.

A quando poderão os sinistrados receberem compensação pelos danos provocados pelos incêndios, Rosário Lima comenta: “Teremos de analisar caso a caso, mas podemos, de forma rápida, tomar a decisão em função da gravidade dos danos e da fixação de prejuízos reclamados mas conclui que com o contacto com o segurado e a recolha de todos os elementos, “o pagamento será imediato”.

Segundo a gestora “o número de clientes Zurich afetados pelos incêndios destas últimas semanas ainda é pouco expressivo. “No entanto, tomámos estas medidas, no sentido de agilizar estes processos de sinistros como forma de garantirmos uma experiência empática e imediata e de cuidarmos dos nossos clientes”, acrescentou.

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BE e PCP admitem conflitos de Albuquerque na tutela dos Serviços Financeiros na UE

  • Lusa
  • 17 Setembro 2024

"Será talvez mais difícil de explicar no Parlamento Europeu qual é efetivamente o distanciamento que Maria Luís Albuquerque tem destes interesses financeiros”, diz João Oliveira, do PCP.

Os eurodeputados do BE e PCP admitiram esta terça-feira um conflito de interesses da comissária portuguesa na tutela dos Serviços Financeiros por ter estado no setor privado, enquanto PS apontou apreensão e IL, Chega, CDS e PSD apoiaram a escolha.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs esta terça a atribuição da pasta dos Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento à comissária nomeada por Portugal, a antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, segundo a sua proposta de equipa.

Em reação à escolha à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo, a eurodeputada do BE Catarina Martins comentou que “Maria Luís Albuquerque tem problemas de transparência, de conflito de interesses e está envolvida também na privatização da TAP, que está agora a ser investigada”.

“Maria Luís Albuquerque, quando era ministra, fez ganhar o sistema financeiro contra os interesses do nosso país e, a seguir, foi trabalhar para as mesmas empresas que beneficiaram das suas decisões quando tinha a tutela do sistema financeiro e, agora, sai dessas empresas para ir fazer essa tutela a nível europeu, o que é péssimo para Portugal e péssimo para a Europa”, elencou Catarina Martins.

Pelo PCP, João Oliveira observou que “esta pasta, em si, não é propriamente um elemento muito tranquilizador para os povos da Europa e, particularmente, para os trabalhadores, para os reformados e para quem vê as suas condições de vida a serem postas em causa com estas opções de favorecimento do setor financeiro”.

“É uma escolha que certamente deixará satisfeitos os interesses do setor financeiro, mas será talvez mais difícil de explicar no Parlamento Europeu qual é efetivamente o distanciamento que Maria Luís Albuquerque tem destes interesses financeiros”, concretizou, afirmando esperar um “escrutínio [parlamentar] apertado”.

A socialista Marta Temido apontou, por seu lado, que “há aspetos que suscitam preocupação e apreensão” no que toca ao “perfil político” de Maria Luís Albuquerque, nomeadamente por ter avançado, enquanto ministra das Finanças, com “decisões do ponto de vista da política económica e financeira portuguesa, ainda que num contexto específico, foram inegavelmente associadas a fórmulas que não foram um sucesso”.

Vincando que a “avaliação técnica que será feita” pelos parlamentares, a eurodeputada do PS falou ainda assim numa “pasta substantiva para aquilo que são os interesses da União Europeia”. O eurodeputado da IL João Cotrim de Figueiredo considerou que a escolha “faz sentido tendo em conta o percurso profissional da Maria Luís Albuquerque”, por ter passado pelas finanças públicas.

“Tem um percurso profissional suficiente e tem os instintos políticos […] para nos dar algumas garantias”, reforçou, desvalorizando críticas sobre eventuais conflitos de interesse. O parlamentar do Chega António Tânger Corrêa disse reconhecer “competência pessoal e profissional […] para desempenhar este cargo”.

Porém, ressalvou: “Achamos que o caso da TAP a fragilizou […]. Ainda que nós daremos o benefício da dúvida, não deixamos de lamentar que esta situação exista”. Pelo CDS, Ana Pedro falou numa pasta “de relevância significativa tendo em conta a experiência que ela tem e o percurso profissional na área das finanças”, após ter desempenhado funções “num dos momentos mais delicados da economia portuguesa”.

Já o social-democrata Paulo Cunha referiu que esta é “uma boa notícia” para Portugal e para a Europa. “Temos uma portuguesa com credenciais de bom desempenho […] numa pasta que é muito relevante para a Europa”, adiantou.

Maria Luís Albuquerque, 57 anos, foi ministra de Estado e das Finanças durante o período em que Portugal estava sob assistência financeira da troika, sucedendo a Vítor Gaspar em julho de 2013 e mantendo-se até final do executivo liderado por Pedro Passos Coelho (PSD/CDS-PP).

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Congresso do PSD remarcado para 19 e 20 de outubro em Braga

  • Lusa
  • 17 Setembro 2024

Com esta alteração, o Congresso do PSD já se vai realizar depois da entrega pelo Governo da proposta de Orçamento do Estado para 2025, até 10 de outubro.

O 42.º Congresso do PSD vai realizar-se em 19 e 20 de outubro, em Braga, depois de ter estado previsto para o próximo fim de semana, e ter sido adiado devido à situação dos incêndios. A informação da nova data do Congresso social-democrata foi transmitida por fonte do partido, mantendo-se o local da reunião magna.

Com esta alteração, o Congresso do PSD já se vai realizar depois da entrega pelo Governo da proposta de Orçamento do Estado para 2025, até 10 de outubro, e que tem ainda aprovação incerta, já que os 80 deputados do PSD e CDS-PP são insuficientes para garantir a sua viabilização.

Ao início da tarde, Luís Montenegro cancelou toda a sua agenda como primeiro-ministro e adiou o Congresso do PSD, que se deveria realizar sábado e domingo em Braga. Na segunda-feira, à saída da sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), acompanhado pelo Presidente da República, o primeiro-ministro já tinha avisado que o país ia viver “horas difíceis” nos próximos dias devido aos incêndios.

“Nós vamos passar horas difíceis nos próximos dias, temos de nos preparar para isso e temos de nos juntar para isso”, avisou o chefe do Governo. Pelo menos sete pessoas morreram nos incêndios que atingem desde domingo a região norte e centro do país, como Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, distrito de Aveiro, destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13.

Na segunda-feira, ao início da tarde, Luís Montenegro tinha cancelado toda a agenda até esta terça para “supervisionar a coordenação do combate aos incêndios”. O 42.º Congresso do PSD estava marcado para sábado e domingo em Braga para eleger os restantes órgãos nacionais do partido, depois de Luís Montenegro ter sido reeleito presidente da Comissão Política Nacional em eleições diretas em 06 de setembro, com mais de 97,45%.

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Autarcas vão decidir quem gere os fundos para a recuperação de edifícios afetados pelos incêndios

Governo quer utilizar fundos europeus para reconstruções na zona dos incêndios. Câmaras decidirão se assumem gestão das recuperações ou se delegam.

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial prometeu esta tarde que na quarta-feira começa a análise às casas afetadas pelos incêndios e que o Governo tentará reprogramar os fundos europeus para que estes sejam envolvidos no esforço público para pagar até 85% do custo das reparações necessárias nos edifícios afetados pelos incêndios. As declarações foram feitas à saída de uma reunião no ministério com autarcas do distrito de Aveiro, antes de Manuel Castro Almeida seguir viagem para Sever do Vouga, onde irá falar com empresários.

“Vai haver fundos públicos abundantes” para as reparações, prometeu o ministro, em declarações à imprensa após reunir com os autarcas de Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja, Ílhavo e Sever do Vouga.

Às câmaras caberá a decisão sobre o método de execução dos trabalhos de recuperação apoiados por fundos públicos. “As casas vão ser avaliadas por técnicos da Comissão de Coordenação Centro, com técnicos das câmaras municipais”, explicou aos jornalistas. Na reunião com os autarcas do distrito de Aveiro, ficou acordado que será cada um deles a decidir “quem vai tratar das recuperações de casas. Pode tratar diretamente, pode ser a CCDR” a fazê-lo ou, “se a câmara achar melhor que seja o próprio promotor a tratar da recuperação da casa acompanhado pelos serviços públicos”, será assim. “É como a câmara achar melhor, cada caso é um caso”, afirmou o ministro.

As casas vão ser avaliadas por técnicos da Comissão de Coordenação Centro, com técnicos das câmaras municipais”, explicou aos jornalistas. Na reunião com os autarcas do distrito de Aveiro, ficou acordado que será cada um deles a decidir “quem vai tratar das recuperações de casas

Manuel Castro Almeida

Ministro Adjunto e da Coesão Territorial

A promessa de rapidez não poderá significar incúria na distribuição dos dinheiros públicos, alerta. “O princípio tem de ser de grande rigor. A comissão de coordenação vai acautelar, os senhores presidentes estão alertados que é preciso grande rigor na fiscalização, mas nada disso pode impedir que se ande rapidamente, porque estas pessoas têm de ir dormir nas suas casas”. Relativamente às empresas, diz que “precisamos que os trabalhadores retomem o trabalho tão rapidamente quanto possível”.

A análise aos prejuízos nos imóveis começa já na quarta-feira, assegurou, sem se comprometer com a capacidade de envolver dinheiros da União Europeia. “Se calhar, é preciso fazer reprogramação dos fundos europeus para poder lá meter este dinheiro, isso é outro trabalho de casa que temos de fazer”.

“Vou imediatamente a Sever do Vouga falar com os empresários. A preocupação é que as empresas possam recomeçar a trabalhar tão depressa quanto possível. Os trabalhadores vão ter que comer no fim do mês”, disse. Sobre fundos públicos, foi incisivo: “Tem que haver. O Estado tem que se chegar [à frente]. O Estado está cá para estas coisas. Qualquer um de nós quereria que nos ajudassem se estivéssemos nesta situação”.

Há cidadãos que não cumprem e há situações que não são possíveis de cumprir. Não conseguimos identificar um proprietário de um terreno, vamos à conservatória, damos 30 voltas, o que é que se faz?

José Ribau Esteves

Presidente da Câmara Municipal de Aveiro

À saída desta reunião, José Ribau Esteves, presidente da câmara de Aveiro, abordou a incapacidade dos municípios de levarem adiante a obrigatoriedade de limpeza dos terrenos, inscrita na lei. “Nós notificamos, temos audiência dos interessados, duas ou três vezes, aplicamos a decisão final, a pessoa tem recurso para a câmara, se não concordar chama o advogado e recorre para o tribunal com efeito suspensivo. Isto tem de acabar. Nós temos de ter essa capacidade de agir com capacidade operativa para que as situações acabem”, instou. “Há cidadãos que não cumprem e há situações que não são possíveis de cumprir. Não conseguimos identificar um proprietário de um terreno, vamos à conservatória, damos 30 voltas, o que é que se faz?”, questiona.

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Fosso salarial entre homens e mulheres é de 13,1% em Portugal

Dia Internacional da Igualdade Salarial é celebrado a 18 de setembro e o caminho para a concretização desse objetivo ainda promete ser longo. Em Portugal, fosso salarial está em 13,1%, acima da UE.

O fosso salarial entre os trabalhadores e as trabalhadoras é de 13,1% em Portugal, o que supera a média europeia. O retrato é traçado esta terça-feira pela empresa de recursos humanos Michael Page, na véspera do Dia Internacional da Igualdade Salarial, data fixada pela Organização das Nações Unidas (ONE) para colocar o holofote na desvalorização do trabalho tradicionalmente desempenhado por elas.

“A diferença salarial entre homens e mulheres é de 13,1%, acima da média europeia, que se situa nos 12,7%​”, salienta a Michael Page, numa nota enviada esta manhã às redações.

Ainda assim, Portugal “não está entre os países com maiores desigualdades na Europa”, destaca a empresa de recursos humanos. Na Estónia e na Letónia, por exemplo, o fosso salarial entre géneros ultrapassa os 20%.

Quanto aos principais fatores que ainda contribuem para a desigualdade entre elas e eles, a Michael Page identifica a falta de transparência nas políticas salariais, políticas laborais pouco inclusivas ou familiarmente responsáveis, e “o recrutamento que nem sempre é orientado de forma imparcial“.

“Para além de medidas legislativas, a resposta a estes fatores depende, entre outros aspetos, das empresas, que podem avançar significativamente na eliminação da disparidade salarial de género, na mudança de uma cultura empresarial e na criação de um ambiente mais equitativo”, apela a especialista em recursos humanos.

Como políticas que os empregadores podem implementar, sugere, nomeadamente, programas de desenvolvimento profissional e formações para promover a ascensão delas a posições de liderança, bem como programas de mentorias, análises detalhadas de equidade salarial interna em diversas funções, horários flexíveis e processos de recrutamento baseados exclusivamente nas competências e qualificações dos candidatos, sem considerar o género.

“Implementar processos de recrutamento imparciais, como entrevistas cegas ou sistemas de avaliação padronizados, permite às empresas garantir que as decisões são feitas de forma justa, promovendo uma igualdade de oportunidades desde o início do processo“, detalha a Michael Page.

A empresa alerta ainda que o fosso salarial não afeta todas as mulheres da mesma forma. A idade, a parentalidade, a incapacidade, a etnia e a religião tendem a amplificar as desigualdades, observa a Michael Page.

No que diz respeito à parentalidade, o trabalho que deu à economista Claudia Goldin o Prémio Nobel da Economia mostrou precisamente que o grosso das diferenças salariais ocorre com o nascimento do primeiro filho.

Os dados revelam que enquanto, para o homem, ser pai resulta num reforço dos rendimentos — é a chamada “vantagem da paternidade” –, para a mulher, ser mãe equivale a mais responsabilidades familiares, mais interrupções na carreira e, à boleia, maior desvantagem salarial — é a “penalização pela maternidade”.

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Do mercado de capitais à união bancária. Que desafios terá Maria Luís Albuquerque em Bruxelas?

Mitigar a fragmentação do mercado de capitais, concretizar uma união bancária e impulsionar o investimento privado são algumas das missões para a futura comissária dos Serviços Financeiros.

Maria Luís Albuquerque foi proposta por Ursula von der Leyen para ser a próxima Comissária dos Serviços Financeiros e União da Poupança e Investimento, uma pasta de relevo numa altura em que o bloco europeu está focado em recuperar a perda de competitividade face a mercados como os Estados Unidos e a China.

Para a presidente da Comissão Europeia, a antiga ministra das Finanças “é a pessoa indicada” para ter nas mãos a missão de “desbloquear uma quantidade substancial” de investimento privado necessário para salvaguardar a estabilidade financeira dos 27 Estados-membros e criar melhores oportunidades para a população e as empresas. A importância deste pelouro surge numa altura em que o Banco Central Europeu (BCE) estima que a UE perca cerca de 470 mil milhões de euros por ano em investimento que não é feito na UE dada a inexistência de uma união de mercado de capitais.

A missão de Maria Luís Albuquerque vem delineada numa carta elaborada pela própria presidente da Comissão. Nesse documento, Ursula von der Leyen explicita que a antiga governante ficará encarregue de desenvolver uma União da Poupança e Investimento, que inclui concretizar o mercado de capitais e a união bancária.

“A sua ação centrar-se-á em apoiar as pessoas a pouparem melhor, em promover o capital para a inovação, em desbloquear as finanças digitais, em assegurar a competitividade do setor financeiro e em tirar partido do financiamento sustentável”, lê-se na missiva da líder alemã. Para isso, Maria Luís terá de atacar a “fragmentação do mercado de capitais” – diagnóstico feito também pelo antigo primeiro-ministro e ex presidente do BCE, Mario Draghi, no relatório que entregou em Bruxelas, na semana passada.

“Uma das principais razões para uma intervenção financeira menos eficiente na Europa reside no facto de os mercados de capitais continuarem fragmentados e de os fluxos de poupança para os mercados de capitais serem mais reduzidos”, alertou o economista. No mesmo relatório, Draghi salientou que “integrar os mercados de capitais da Europa para melhor canalizar as elevadas poupanças das famílias para investimentos produtivos na UE será essencial” para desencadear uma recuperação económica face à competição estrangeira.

A aspirante a comissária deverá conseguir mitigar essa fragmentação com a criação de “novos produtos de poupança e investimento simples e de baixo custo” na UE e ainda analisando a “viabilidade de incentivos fiscais para esses produtos”.

Assim, e agora com o relatório de Draghi a pressionar ainda mais o Executivo comunitário, Maria Luís Albuquerque terá de delinear uma estratégia que vise concretizar, finalmente, o plano para um mercado de capitais que está na gaveta há vários anos. E a experiência que traz do setor privado será essencial.

Quem o disse foi a própria presidente de origem alemã, que durante a conferência de imprensa, desdramatizou o facto de Maria Luís Albuquerque ter transitado da pasta das Finanças no Governo de Pedro Passos Coelho para integrar a Global Arrow, uma empresa de gestão de ativos, e mais tarde, em 2022, para Morgan Stanley.

Maria Luís Albuquerque vai ser excelente no portefólio. Tem um vasta experiencia como ministra das finanças e também no setor privado. Sabe as dificuldades tanto do campo político e como o do investimento privado. É uma pasta difícil, mas é a pessoa indicada.

Ursula von der Leyen

Presidente da Comissão Europeia

A governante, que desde o início esteve na corrida para uma pasta económico-financeira, terá ainda outras missões. Entre elas, ficará encarregue de rever o atual quadro regulamentar para garantir que “as empresas europeias inovadoras e de rápido crescimento” e startups possam financiar a sua expansão na Europa, ao invés de migrarem para outros países. Este obstáculo foi também identificado por Mario Draghi que deu nota de que, desde 2008, perto de 30% dos unicórnios com origem na Europeia abandonaram o bloco e a maioria foi para os Estados Unidos.

Simultaneamente, Maria Luís ficará responsável por trabalhar “em medidas de absorção de riscos para atrair o financiamento privado dos bancos comerciais, dos investidores e do capital de risco” e “explorar formas de aumentar o financiamento sustentável”, dado que a União Europeia ambiciona ser líder neste setor.

A União Bancária e o Sistema Europeu de Garantia de Depósitos também constam na lista de prioridades do plano de ação para a futura comissária portuguesa, ao mesmo tempo que impulsionará a proteção dos consumidores por via de uma aposta em programas de literacia financeira.

E numa altura em que a transição digital vai dando largos passos — ainda que aos olhos de Draghi, não sejam largos o suficiente — os pagamentos digitais deverão continuar a evoluir com a ajuda da inteligência artificial.

O combate à corrupção será uma missão transversal em quase todas as pastas atribuídas por von der Leyen. No caso da candidata portuguesa, a missão prende-se lançar a Autoridade de Combate ao Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo (AMLA, na sigla em inglês), embora não detalhe que recursos lhe serão alocados para concretizar esta meta.

Ao mesmo tempo, Maria Luís trabalhará com a futura chefe da diplomacia, Kaja Kallas, para a elaboração de sanções. Além da número dois da Comissão, para executar o plano de ação delineado por von der Leyen, Maria Luís Albuquerque trabalhará em estreita colaboração com Stéphane Séjourné, o candidato francês para Vice-Presidente Executivo para a Prosperidade e Estratégia Industrial.

Bruegel: Pasta será uma “das mais impactantes”

O think tank sediado em Bruxelas emitiu um conjunto de recomendações para os 26 aspirantes a comissários. No caso de Maria Luís, a pasta dos Serviços Financeiros “está entre as mais impactantes de toda a Comissão” por ser das poucas pastas cujas responsabilidades têm mais impacto a nível europeu, do que nacional. Mas existem desafios.

Desde logo, a ausência de uma União Bancária é para o Bruegel “a principal lacuna do quadro político da UE em matéria de serviços financeiros”, pois permite uma “perpetuação” da vulnerabilidade estrutural da zona Euro e ainda “uma fragmentação do setor bancário”. Assim, o Bruegel pede a Maria Luís que “não desista” da iniciativa e que até a inscreve-a na agenda da União Europeia “explicitamente”.

Igualmente “fragmentado”, e até “subdesenvolvido”, está o mercado de capitais apesar das várias tentativas levadas a cabo por anteriores Comissões.

Assim, o Bruegel recomenda que Maria Luís seja, acima de tudo, “consistente” nas suas políticas e avance com a transição para um “sistema coerente de regulamentação financeira da UE” e, em especial, de supervisão, “que esteja em conformidade com o princípio da subsidiariedade”.

Além disso, recomenda que seja feita uma reforma à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (AEVMM) “para a tornar um supervisor financeiro eficaz, o que, sem dúvida, não é possível na sua conceção atual”. O think tank chega mesmo a recomendar que a nova AEVMM deverá criar gabinetes nos principais centros financeiros da UE, “se não em todos os Estados-membros” para permitir uma maior conetividade com os participantes no mercado.

Há ainda recomendações a nível do desenvolvimento de uma estratégia para o euro digital, que a sua antecessora, Mairead McGuinness, não conseguiu concretizar e um apelo para que a regulamentação dos critérios ESG (ambiental, social e de governação) continue a ser trabalhada.

Comissão pede “preparação” para audição

As responsabilidades atribuídas por von der Leyen não são, no entanto, imunes a alterações. Afinal de contas, o mandato da Comissão Europeia é de cinco anos, e numa altura em que o bloco europeu e o mundo enfrentam grandes transições, será expectável que o plano de ação de cada comissário vá sendo adaptado.

Certo é que Ursula von der Leyen será rigorosa com a sua equipa e exigirá à comissária dos Serviços Financeiros que faça reportes da evolução do seu trabalho a cada seis meses.

Mas até lá, Maria Luís Albuquerque terá de enfrentar o escrutínio do Parlamento Europeu. Von der Leyen aconselha à futura comissária que se “prepare para as audições”.

A nomeação da ex-ministra das Finanças ao cargo não é, no entanto, definitiva. Maria Luís Albuquerque terá ainda de passar por um processo de escrutínio no Parlamento Europeu que começará com uma avaliação da idoneidade pela Comissão dos Assuntos Jurídicos (JÚRI) e a resposta a um questionário geral por escrito.

Antes disso, os indigitados entregarão aos eurodeputados um conjunto de elementos, nomeadamente, a declaração de interesses, o currículo e a carta de missão. Esta última será também entregue ao Conselho Europeu. Só depois de estarem reunidas todas as condições é que começarão as audições presenciais pelos respetivos comités. O processo deverá arrancar em outubro para que a nova Comissão entre em funções a 1 de novembro.

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Da “Champions das pastas” à “comissária desde a troika”. Partidos reagem ao cargo de Maria Luís em Bruxelas

  • Lusa
  • 17 Setembro 2024

Iniciativa Liberal, Chega e PCP já reagiram à nomeação da antiga ministra das Finanças para a pasta dos Serviços Financeiros no próximo elenco da Comissão Europeia.

Poucas horas depois da presidente da Comissão Europeia ter revelado a nomeação de Maria Luís Albuquerque para a pasta de Serviços Financeiros no próximo Executivo da União Europeia, os partidos com assento parlamentar começaram a reagir à escolha de Ursula von der Leyen.

“Diria que esta pasta que foi atribuída a Maria Luís Albuquerque não é a Champions das pastas. É uma pasta importante seguramente, mas de segunda linha e, portanto, ali num segundo pelotão de importância das pastas”, afirmou Rui Rocha em declarações aos jornalistas após ter-se reunido com a direção do Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, no âmbito das jornadas parlamentares da Iniciativa Liberal (IL).

Rui Rocha considerou que a pasta dos Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento é “coerente com o perfil de Maria Luís Albuquerque, porque se trata de um perfil sobretudo tecnocrático”, mas “não tem um peso político determinante”.

“Não tem a pasta do alargamento, não tem as principais pastas económicas. Diria que é uma escolha razoável e adequada face ao perfil da candidata que Portugal apresentou à Comissão. Portanto, parece-ma uma boa pasta, não com enorme peso político, e adequada ao perfil da pessoa em causa”, disse.

Questionado sobre que prioridades é que Maria Luís Albuquerque deveria ter nesta pasta, Rui Rocha defendeu que é importante que “tudo o que tenha a ver com a existência de mecanismos e contextos que permitam uma maior concorrência dos serviços financeiros, a nível da União Europeia (UE)”, assim como “mais transparência e informação aos cidadãos.

“Nós, em Portugal, vimos há relativamente pouco tempo como as propostas de poupança dos bancos não eram competitivas, e houve um momento em que isso foi muito sublinhado. Eu creio que tudo o que seja fomentar a transparência e coerência nessa matéria, faz bem à UE e aos seus cidadãos”, frisou.

Já interrogado se considera que Maria Luís Albuquerque terá um espírito reformista que a IL tem reclamado, Rui Rocha considerou que a pasta que irá assumir não tem “um peso que vá permitir fazer coisas diferenciadas”.

“Portanto, eu creio que será menos possível com uma pasta que é sobretudo tecnocrática fazer transformações muito relevantes na UE e, portanto, o que eu espero é que esta Comissão Europeia possa ter essa ambição e energia”, disse.

O líder da IL recordou que, na semana passada, o ex-primeiro-ministro italiano e antigo presidente do Banco Central Europeu (BCE) Mário Draghi apresentou um relatório “que traça um perfil de estagnação e de enorme dificuldade da UE” em acompanhar desafios como a inovação ou a energia.

“Portanto, mais do que pensar que Maria Luís Albuquerque, com esta pasta na Comissão, será capaz de o fazer, o que eu desejo é que a Comissão, no seu conjunto, tenha essa energia reformista e seja capaz de afrontar essas limitações e essa visão estagnada da Europa”, afirmou.

Chega não vai deixar cair explicações sobre a TAP

Já o presidente do Chega afirmou que comissária portuguesa Maria Luís Albuquerque ficou com a pasta que lhe é “mais afeta”, e insistiu na necessidade de ouvir a antiga ministra no parlamento sobre a TAP.

Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita ao Parque Eduardo VII, em Lisboa, para falar com os moradores da zona, o presidente do Chega, André Ventura, sublinhou a competência de Maria Luís Albuquerque, mas disse que “está politicamente fragilizada, pelo que acabamos de saber da TAP e tendo sido ela a ministra que tutelava o dossier da TAP”.

“Eu não gostaria que a comissária entrasse em funções sem dar uma explicação que me parece óbvia e necessária, sobre o que se passou na TAP. Eu sei que já há uma série de audições marcadas e que muitos destes responsáveis virão ao Parlamento, mas a própria Maria Luísa Albuquerque, visto que vai assumir uma posição que nenhum dos outros intervenientes vai ter, deveria publicamente dar este esclarecimento”, acrescentou.

Ventura afirmou que, sendo Albuquerque “uma espécie de ministra de Portugal em Bruxelas era importante que desse explicações”, e fez votos de que “faça um bom trabalho”, mesmo tendo sido uma nomeação do primeiro-ministro “aparentemente sem nenhum consenso, que com os partidos, que com o Presidente da República”.

O líder do Chega disse ainda que já foram dadas indicações aos eurodeputados do partido no Parlamento Europeu, e também ao grupo europeu onde o Chega se insere, para que “não deixassem passar este tema” e questionassem a nova comissária em Bruxelas. Se “insistir em não responder em Lisboa, [tem] de responder em Bruxelas sobre esta situação, em nome da transparência”, concluiu.

PCP: Maria Luís “é comissária europeia desde a troika”

Já da parte do PCP, o secretário-geral, Paulo Raimundo, ironizou que Maria Luís Albuquerque “é comissária europeia desde a troika”, desvalorizando a pasta de Serviços Financeiros atribuída à comissária portuguesa.

“Maria Luís Albuquerque é comissária europeia há muitos anos, pelo menos desde a troika. Mantém esse papel, não dou particular destaque à pasta. Formalmente foi agora nomeada, mas desde a ‘troika’ que o é e nunca mais deixou de o ser”, disse Paulo Raimundo em declarações aos jornalistas no final de uma visita à empresa Silopor, na Trafaria.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs hoje a atribuição da pasta dos Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento à comissária nomeada por Portugal, Maria Luís Albuquerque, segundo a sua proposta de equipa.

“Maria Luís Albuquerque será a comissária europeia para os Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento e isso será vital para completar a nossa União do Mercado de Capitais e para aumentar as nossas poupanças e o nosso investimento”, divulgou Ursula von der Leyen em conferência de imprensa à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.

(Notícia atualizada às 14h55 com as reações dos outros partidos)

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Português Idea Spaces é um dos melhores cowork a nível mundial

Com quatro localizações em Lisboa, a rede de coworks vai investir até 2025 cerca de dois milhões de euros em infraestruturas, decoração e tecnologia.

O português Idea Spaces foi considerado um dos melhores 100 espaços de cowork a nível mundial no ranking da The Tallys 2024. A rede de coworks, com quatro localizações em Lisboa, vai investir até ao próximo ano “cerca de dois milhões de euros em infraestruturas, decoração e tecnologia.”

“É com muito orgulho e felicidade que vemos o Idea Spaces a ser distinguido pelo terceiro ano consecutivo no ranking The Tallys. Esta é uma conquista de toda a comunidade Idea que, com as suas pessoas, dinâmicas e valores partilhados, alcança feitos como este e consegue superar-se e inovar diariamente”, afirma Diogo Fabiana, chief innovation officer & sócio do Idea Spaces, citado em comunicado.

A empresa, com quatro espaços em Lisboa, num total de 15.000 metros quadrados, e uma taxa de ocupação de cerca de 85%, é a única portuguesa no ranking. Ocupa o 67º lugar, tendo subido 21 posições face ao ano passado nesta lista da Tally Workspace, plataforma de trabalho flexível que permite a marcação e reserva de espaços de trabalho em várias localizações.

FlixBus, Betclic, Reuters, Too Good to Go são algumas das empresas que usam os coworks da Idea Spaces, que na sua rede acolhe mais de 3.500 membros e 380 pessoas. Mais 63% do que face ao ano passado, segundo números partilhados pela rede em comunicado. “Até 2025, a empresa vai investir cerca de dois milhões de euros em infraestruturas, decoração e tecnologia”.

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