Rádios locais boicotam campanha eleitoral por não terem tempos de antena

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

Em causa está a não atribuição dos tempos de antena às rádios locais, que apenas os podem transmitir nas eleições autárquicas. Cobertura será limitada a "informações básicas" sobre as legislativas.

As rádios locais vão fazer boicote à campanha para as eleições legislativas de 18 de maio em protesto pela não atribuição dos tempos de antena, anunciou esta sexta-feira a Associação Portuguesa de Radiodifusão (APR).

Em declarações à Lusa, o presidente da APR, Luís Mendonça, avançou que as rádios locais vão deixar de fazer as entrevistas e debates com todos os candidatos do distrito, limitando-se apenas a noticiar “informações básicas” sobre as legislativas.

Segundo Luís Mendonça, este boicote já foi feito também no ano passado, durante a campanha eleitoral para as legislativas de março de 2024, tendo na altura cerca de uma centena de rádios aderido ao protesto, um número que a associação estima que este ano seja idêntico.

Em causa está a não atribuição dos tempos de antena às rádios locais, que apenas os podem transmitir nas eleições autárquicas.

“Durante bastantes anos temos vindo a falar com o Governo e também com a Assembleia da República que as rádios locais acompanham todos os momentos eleitorais, dão voz aos candidatos e fazemos debates e entrevistas com os candidatos de cada um dos distritos, mas em contrapartida não temos tempos de antena que são distribuídos às rádios locais apenas nos momentos das eleições autárquicas”, disse o presidente da associação.

Luís Mendonça afirmou que as rádios locais pretendem que os tempos de antena sejam também estendidos “a todos os momentos eleitorais e não só às autárquicas”.

“Isto é uma luta que a Associação Portuguesa de Rádio e Difusão tem vindo a fazer ao longo de vários anos e que não tem tido resposta”, frisou, dando conta que o primeiro boicote foi feito nas europeias de 2019, “mas como não sortiu qualquer efeito, foi decidido centralizar mais num momento em que é mais próximo”.

Com este boicote, sustentou, os candidatos em cada distrito “deixam de ter a sua voz, pelo menos nas rádios locais”.

O responsável explicou a importância dos tempos de antena, uma vez que é uma forma das rádios locais conseguirem algum apoio financeiro: “Esta é uma importância grande porque, quando se fala muito em dificuldades que os órgãos de comunicação social neste momento estão a passar, era uma forma de fazer chegar alguma verba financeira às rádios porque os tempos de antena são pagos pelo Estado Português”.

Luís Mendonça disse ainda que os partidos políticos já começaram a perceber a reivindicação das rádios locais, tendo em conta que o atual Governo colocou esta medida do programa de apoio aos órgãos de comunicação social locais, mas ainda não foi concretizada.

O presidente da APR precisou que o PS também colocou no programa eleitoral a medida para que os tempos de antena sejam estendidos a todas as rádios locais.

“Por isso para nós continua a fazer sentido continuar o boicote porque, enquanto não estiver implementada, achamos que não podemos deixar de baixar os braços”,sublinhou.

A campanha eleitoral para as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio começa no domingo.

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O Futuro da Europa em discussão no 2º ECO Local

  • Local Online
  • 2 Maio 2025

O ciclo de debates ECO Local vai agora ter uma 2.ª paragem em Coimbra, na manhã de 9 de Maio. O Futuro da Europa será o mote deste segundo encontro.

A segunda edição do ECO Local, uma iniciativa do ECO e do Local Online, com o apoio da Tabaqueira, acontece em Coimbra, com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra. O futuro da Europa é o mote deste segundo encontro. A abertura da conferência será feita por José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra. Rita Júdice, Ministra da Justiça, fará a sessão de encerramento.

A conferência é aberta ao público, mas limitada à lotação da sala. Inscreva-se aqui.

PROGRAMA

10h00 Abertura
Diogo Agostinho, COO do ECO
José Manuel Silva, Presidente da Câmara Municipal de Coimbra

10h30 O Futuro da Europa
Ana Vasconcelos, Eurodeputada
Carlos Pereira, Deputado
Lídia Pereira, Eurodeputada
Marcelo Nico, Diretor Geral da Tabaqueira
Moderação: Henrique Burnay, Consultor em Assuntos Europeus

11h30 Encerramento
Rita Júdice, Ministra da Justiça

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Apagão obrigou TAP a cancelar 156 voos e atrasou 23 em mais de duas horas. CEO fala em “resposta exemplar”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Maio 2025

Numa comunicação interna, o CEO da TAP, Luís Rodrigues, refere que, ao fim de apenas 24 horas, a companhia aérea já tinha recuperado "a fiabilidade da sua operação".

A falha elétrica que paralisou o país na segunda-feira levou ao cancelamento de 156 voos da TAP. Além disso, outros 23 operaram com atraso superior a duas horas, três foram desviados e outros 16 reprogramados.

Numa comunicação interna da companhia aérea, a que o ECO teve acesso, o CEO da transportadora, Luís Rodrigues, refere que a resposta da TAP “revelou-se exemplar”, por evidenciar “a importância crítica de um centro de operações robusto, resiliente e capacitado para sobreviver” ao apagão.

Ainda assim, o gestor máximo da TAP ressalva que deste episódio podem ser [retiradas] imensas lições que podem revelar-se valiosas no futuro“, reconhecendo nessa nota enviada aos trabalhadores que o apagão energético foi um evento “bastante desafiante”.

O Centro de Operações Integrado assegurou a manutenção plena da sua operacionalidade, sem qualquer afetação decorrente da falha elétrica. A sala permaneceu constantemente alimentada por energia elétrica e com acesso integral à rede informática.

Luís Rodrigues

CEO da TAP

Luís Rodrigues indica que “ao fim de apenas 24 horas”, a companhia aérea recuperou “a fiabilidade da sua operação, implementando um plano de proteção de todos os passageiros afetados e promovendo um aumento de capacidade de voo com uma operação ACMI (Aircraft, Crew, Maintenance and Insurance) e alguns voos extra na sua frota”, por forma a assegurar que os passageiros alcançassem os seus destinos finais ainda esta semana.

“Graças ao investimento contínuo em capital humano, infraestrutura tecnológica e processos, o IOC [Centro de Operações Integrado] assegurou a manutenção plena da sua operacionalidade, sem qualquer afetação decorrente da falha elétrica. A sala permaneceu constantemente alimentada por energia elétrica e com acesso integral à rede informática, permitindo aos profissionais em serviço executar as suas funções sem interrupções”, assinala ainda o responsável.

Por outro lado, o CEO da TAP dá conta da “instalação imediata de um Comité de Emergência parcial no seio do IOC”, que “garantiu não só a aceleração de decisões críticas de caráter operacional e financeiro, mas, também, uma proximidade eficaz entre administração e execução, criando um círculo virtuoso de resolução e eficiência”.

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Merlin desvia investimento de Portugal para Espanha devido às restrições dos EUA

'Data center' que a empresa espanhola está a construir na periferia de Lisboa vai arrancar só com um terço da capacidade inicialmente prevista por causa dos limites aplicados pelos EUA a Portugal.

Fotografia divulgada pela Merlin Properties quando anunciou o início da construção de um data center em Castanheira do Ribatejo, no concelho de Vila Franca de XiraMerlin Properties

As restrições aplicadas pelos EUA a Portugal, que impõem um limite na compra de chips para inteligência artificial (IA), acabam de provocar a primeira ‘baixa’. De acordo com a imprensa espanhola, a Merlin Properties decidiu reduzir significativamente a dimensão do investimento em curso na construção de um novo data center na região de Lisboa, reforçando a aposta na vizinha Espanha, que beneficia de uma isenção.

A informação foi avançada pelo diretor executivo da Merlin Properties, Ismael Clemente, durante a assembleia geral de acionistas que decorreu esta segunda-feira, segundo o Cinco Días. O responsável disse que a capacidade inicial do centro de dados em construção em Castanheira do Ribatejo, no concelho de Vila Franca de Xira, foi reduzida de 108 MW (megawatts) para 36 MW por “prudência”, o que representa apenas um terço da capacidade.

Ao mesmo tempo, a empresa irá compensar esta menor ambição em Portugal com um reforço em Espanha: “Tirámos 72 MW que iríamos instalar em Portugal e acrescentámos 78 MW aos ativos localizados em Madrid”, explicou, citado pelo jornal Levante. A decisão representa o primeiro sinal concreto de que a medida aplicada pelos EUA a Portugal já está a prejudicar a competitividade da economia nacional, ao deixar o país isolado em relação aos vizinhos mais próximos.

A decisão dos EUA, tomada ainda pela anterior Administração Biden, está em consulta pública até ao dia 15 de maio, e pode ser alterada, conforme noticiou o ECO em abril. Sobre isso, o líder da Merlin afirmou que o governo dos EUA ainda pode “retificar a classificação” atribuída a Portugal, mas ainda não o fez, pelo que foi mesmo necessário proceder a esta “pequena redução da potência” prevista para o data center de Castanheira do Ribatejo, como forma de prevenção.

Em outubro de 2024, quando anunciou o arranque da construção de um data center na periferia de Lisboa, em parceria com a empresa norte-americana Edged Energy, a Merlin apresentou Portugal como “um mercado estratégico” e considerou que este projeto iria “impulsionar o crescimento da empresa” e colocar o país “numa posição de destaque”.

“O país beneficia de uma localização privilegiada para comunicações por cabos submarinos, uma rede elétrica robusta e energia renovável, num ambiente que favorece o investimento, promove a inovação e oferece fundamentais económicos altamente atrativos”, considerava então o diretor executivo da Merlin, citado em comunicado. Contactada pelo ECO, a Merlin Properties não quis fazer nenhum comentário.

Os EUA decidiram em janeiro criar um sistema de categorização dos países em três níveis, dois dos quais sujeitos a restrições. Enquanto países como Espanha, Itália e França beneficiam de uma isenção, Portugal foi colocado num patamar intermédio e sujeito a uma quota que limita a compra de chips a 50 mil unidades por um período de dois anos, onde se incluem os componentes mais avançados fabricados pela Nvidia. Já o patamar mais restritivo proíbe as exportações para regiões como China e Macau.

(Notícia atualizada às 13h03 para referir que a Merlin Properties não quis comentar publicamente a decisão)

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PIB contrai-se 0,5% no arranque do ano face ao trimestre anterior

O PIB caiu 0,5% no primeiro trimestre comparando com o quarto trimestre de 2024, período em que registou um crescimento de 1,4%. Na comparação homóloga, avançou 1,6%.

O crescimento da economia desacelerou para 1,6% no primeiro trimestre, face a igual período do ano passado, de acordo com dados publicados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No entanto, o cenário é mais adverso quando comparado com a reta final de 2024, com o Produto Interno Bruto (PIB) a diminuir 0,5%.

Os economistas já esperavam uma forte desaceleração do crescimento da economia, mas nenhuma das projeções apontava para um recuo. As estimativas dos economistas consultados pelo ECO situavam-se num intervalo entre 2,4% e 2,8% na comparação homóloga e 0,1% e 0,6% na comparação em cadeia.

Os dados preliminares do organismo de estatística divulgados esta sexta-feira indicam que comparando com o quarto trimestre de 2024, o PIB diminuiu 0,5,%, após um crescimento de 1,4% no trimestre anterior. Esta evolução resultou da combinação de um contributo nulo da procura interna (após ter sido positiva nos últimos três meses de 2024) e do contributo negativo da procura externa líquida.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

O Banco de Portugal, por exemplo, previa que a taxa de variação em cadeia do PIB fosse de 0,2% no trimestre inicial de 2025. “No primeiro trimestre de 2025, o rendimento disponível nominal deverá reduzir-se 1,2% — revertendo parcialmente o aumento do quarto trimestre — e refletir-se numa retração do consumo privado, já corroborada pelos indicadores de conjuntura disponíveis“, escreveu a instituição liderada por Mário Centeno no “Boletim Económico de março”.

O desempenho face ao último trimestre de 2024, compara com o crescimento de 0,4% na Zona Euro e de 0,3% na União Europeia, de acordo com os dados divulgados pelo Eurostat na quarta-feira. Quando comparado com os primeiros três meses de 2024, a taxa de crescimento nos países da moeda única foi de 1,2% e na UE como um todo de 1,4%.

Na comparação homóloga, a desaceleração prevista concretizou-se, sendo contudo mais acentuada do que a expectativa dos economistas. A economia cresceu 1,6% no arranque do ano, após um crescimento de 2,8% no trimestre precedente.

O INE explica que o contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no primeiro trimestre, em resultado do abrandamento do consumo privado. Paralelamente, o contributo negativo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB foi “mais acentuado, refletindo a desaceleração das exportações de bens e serviços“.

As exportações cresceram 7,8%, enquanto as importações subiram 7,1% no primeiro trimestre do ano, face ao mesmo período do ano passado, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) a semana passada.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

O organismo de estatística dá nota de que a incorporação de nova informação primária no apuramento da estimativa rápida do PIB, nomeadamente no que se refere ao comércio internacional de bens relativo ao quarto trimestre de 2024, levou à revisão em baixa de 0,1 pontos percentuais nas taxas de variação homóloga e em cadeia do PIB para o quarto trimestre de 2024.

A divulgação dos dados relativamente à evolução do PIB esteve prevista para quarta-feira, mas foi adiado para esta sexta-feira devido ao apagão que paralisou o país na segunda-feira.

(Notícia atualizada às 11h28)

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Vaticano começa a instalar chaminé no topo da Capela Sistina para conclave que vai escolher novo Papa

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

Bombeiros do Vaticano foram vistos no telhado da Capela Sistina a instalar a chaminé, um momento crucial na preparação para o Conclave.

O Vaticano começou a instalar uma chaminé no topo da Capela Sistina em preparação para o Conclave que escolherá o novo Papa, a partir de quarta-feira, observaram esta manhã vários jornalistas de agências internacionais.

A agência Associated Press (AP) descreve que bombeiros do Vaticano foram vistos no telhado da Capela Sistina a instalar a chaminé, um momento crucial na preparação para o Conclave.

A cada duas rondas de votação, as cédulas dos cardeais serão queimadas num forno especial para indicar o resultado ao mundo exterior.

Se nenhum Papa for escolhido, as cédulas são misturadas com cartuchos contendo perclorato de potássio, antraceno e enxofre para produzir fumo preto.

Se houver um escolhido, as cédulas queimadas são misturadas com clorato de potássio, lactose e resina de clorofórmio para produzir fumo branco.

Em 13 de março de 2013, o fumo branco saiu da chaminé naquela que foi a quinta votação do Conclave e o cardeal Jorge Mario Bergoglio foi apresentado ao mundo como Papa Francisco na galeria da Basílica de São Pedro.

A instalação da chaminé ocorreu quando os cardeais chegaram ao Vaticano para mais um dia de discussões pré-Conclave sobre as necessidades da Igreja Católica para o futuro e o perfil de Papa adequado para administrá-la.

Essas consultas incluem todos os cardeais, incluindo aqueles com mais de 80 anos, que não podem votar no próprio Conclave.

Nos últimos dias, os cardeais ouviram relatos sobre a grave situação financeira do Vaticano e tiveram a oportunidade de falar individualmente sobre as prioridades futuras e os problemas que identificaram no pontificado de Francisco.

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Desemprego em Portugal está estável, mas continua acima da União Europeia

Taxa de desemprego da Zona Euro fixou-se em 6,2% e em 5,8% na União Europeia em março, valores idênticos aos de fevereiro. Em Portugal, taxa situou-se em 6,5%.

Março foi sinónimo de estabilidade no mercado de trabalho tanto em Portugal, como no conjunto da União Europeia e da Zona Euro. De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat, a taxa de desemprego na área de moeda única e no bloco comunitário não mexeu entre o segundo e o terceiro meses do ano, fixando-se em 6,2% e 5,8%, respetivamente. Também em Portugal estacionou (neste caso, em 6,5%), mantendo-se acima da média do Velho Continente.

“Em março de 2025, a taxa de desemprego da Zona Euro foi de 6,2%, estável face a fevereiro de 2025 e abaixo dos 6,5% registados em março de 2024. A taxa de desemprego da União Europeia foi de 5,8% em março de 2025, também estável face a fevereiro de 2025 e abaixo dos 6,0% registados em março de 2024″, informa o gabinete de estatísticas num destaque publicado esta manhã.

No total, estima-se que quase 13 mil milhões de pessoas tenham estado desempregadas na União no terceiro mês do ano, dos quais cerca de 11 mil milhões localizadas na Zona Euro.

Em Portugal, a taxa de desemprego fixou-se em 6,5% em março, estável tanto face a fevereiro como a março do ano passado. A taxa portuguesa está próxima dos valores mais baixos alguma vez registados por cá, mas continua, mês após mês, acima da média comunitária.

Ainda assim, Portugal está longe dos piores registos europeus. Em Espanha, o desemprego situou-se em 10,9% em março, na Finlândia em 9,1% e na Grécia em 9%. Por outro lado, a República Checa e a Polónia foram os Estados-membros com as taxas de desemprego mais baixas: 2,6% e 2,8%, respetivamente.

Desemprego jovem recua

No terceiro mês do ano, o desemprego jovem recuou, ainda que apenas ligeiramente.

Em março de 2025, a taxa de desemprego jovem foi de 14,5% na União Europeia, abaixo dos 14,6% registados em 2025. E foi de 14,2% na Zona Euro, abaixo dos 14,3% verificados no mês anterior”, sublinha o Eurostat.

Em Portugal, a taxa de desemprego jovem situou-se em 20,7% em março, abaixo dos 21,0% registados em fevereiro e dos 23,2% verificados há um ano. Apesar dessas quebras, o desemprego jovem continua a ser mais do triplo do que a taxa de desemprego global e Portugal é mesmo um dos piores países da Europa, neste indicador.

Pior do que a taxa portuguesa, só mesmo a Espanha (26,5%), a Suécia (23,8%), a Grécia (22,5%), e o Luxemburgo (21,4%). Já na Alemanha, a taxa de desemprego jovem está hoje em 6,5%, sendo este o melhor registo entre os vários países europeus.

(Notícia atualizada às 11h12)

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Inflação na Zona Euro mantém-se estável nos 2,2% em abril

Apesar da inflação geral ter mantido em abril os números de março, a inflação subjacente (exclui energia e alimentação) disparou para 2,7%, baralhando as contas do BCE para baixar taxas.

A inflação na Zona Euro manteve-se estável nos 2,2% em abril (a mesma taxa registada em março), contrariando as previsões dos analistas e reforçando a incerteza sobre o ritmo de descida dos preços no bloco europeu.

Os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat numa estimativa rápida mostram que a taxa homóloga da taxa geral ficou 0,1 pontos percentuais acima das estimativas do mercado, que apontavam para 2,1%, sinalizando que o caminho para a meta dos 2% do Banco Central Europeu pode ser mais sinuoso do que o antecipado.

Os serviços continuam a ser o principal motor da inflação na área do euro, contribuindo de forma significativa para a variação dos preços em abril, ao apresentarem um crescimento homólogo de 3,9% no último mês.

No entanto, o que mais se destaca dos números do gabinete de estatísticas da União Europeia foi o comportamento da inflação subjacente — que exclui energia e alimentos não transformados –, ao acelerar para os 2,7%, superando tanto o valor do mês anterior (2,4%) como as previsões dos analistas (2,5%).

Este indicador é especialmente seguido pelo BCE, pois reflete de forma mais fiel as pressões inflacionistas de fundo e a persistência dos aumentos de preços.

Portugal volta a destacar-se entre os países com inflação mais controlada. A estimativa rápida do Eurostat, revelada também esta sexta-feira pelo INE, aponta para uma taxa homóloga de 2,1%, ligeiramente abaixo da média da Zona Euro e em linha com o valor registado em março.

Portugal foi inclusive um dos sete Estados-membros a registar uma taxa de inflação em abril abaixo da média da Zona Euro, numa lista em que se destaca França como sendo a economia com a taxa homóloga estimada em abril mais baixa (0,8%) e a Estónia com a taxa mais elevada (4,4%), seguida da Letónia e Países Baixas, com taxa de 4,1%.

Os dados do Eurostat mostram também que Os serviços continuam a ser o principal motor da inflação na área do euro, contribuindo de forma significativa para a variação dos preços em abril, ao apresentarem um crescimento homólogo de 3,9% no último mês, seguido pelos preços dos alimentos, álcool e tabaco (3%). A energia, por seu lado, mantém-se como fator de moderação, com os preços a registarem uma contração homóloga de 3,9%.

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Trump corta financiamento da rádio e da televisão públicas nos EUA

  • Lusa
  • 2 Maio 2025

Presidente norte-americano alega que a rádio PNR e a estação televisiva PBS recebem milhões de dólares dos contribuintes para difundirem "propaganda radical disfarçada de notícias".

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quinta-feira à noite uma ordem executiva com o objetivo de cortar os subsídios públicos à rádio e à televisão públicas, a NPR e a PBS, acusando as emissoras de parcialidade.

De acordo com os mais recentes dados divulgados, mais de 40 milhões de norte-americanos ouvem a rádio pública (NPR – National Public Radio) todas as semanas e 36 milhões sintonizam a televisão pública (PBS — Public Broadcasting Service) todos os meses.

Trump ordenou à Corporação para a Radiodifusão Pública (CPB, na sigla em inglês) e outras agências federais que tutelam os sistemas de comunicação social públicos a cessarem o financiamento federal a ambas as estações.

O decreto do Presidente exige ainda que o departamento que tutela a radiodifusão pública trabalhe para neutralizar as fontes indiretas de financiamento da rádio e da televisão do Estado.

A Presidência dos Estados Unidos, numa publicação difundida através das redes sociais, referiu ainda que os meios de comunicação públicos recebem milhões de dólares dos contribuintes para difundirem “propaganda radical disfarçada de notícias”.

Em março, a diretora da NPR, Katherine Maher, estimou que a rádio pública receberia 120 milhões de dólares em 2025, menos de 5% do orçamento necessário.

Esta vontade da administração norte-americana inscreve-se na intenção de reduzir significativamente a despesa pública destinada aos meios de comunicação social públicos.

Anteriormente, Donald Trump estabeleceu como compromisso o desmantelamento das estações de rádio Voz da América, Rádio Ásia Livre e Rádio Europa Livre/Rádio Liberdade, que transmitem a nível internacional.

A medida anunciada na quinta-feira é a mais recente decisão da administração norte-americana a utilizar os poderes federais para controlar ou dificultar a operacionalidade de instituições que transmitem pontos de vista independentes.

Desde que assumiu o cargo, em janeiro, Trump destituiu dirigentes, colocou funcionários em licença administrativa e cortou centenas de milhões de dólares em financiamento para artistas, bibliotecas, museus ou companhias de teatro.

O chefe de Estado também fez pressão para reter fundos federais de investigação e educação das universidades e puniu firmas de advogados, a menos que estas concordassem em eliminar os programas de diversidade de género ou sobre questões raciais.

A presidente do Conselho de Administração da PBS, Paula Kerger, disse no mês passado que a intenção de Donald Trump de rescindir o financiamento para os meios de comunicação públicos vai perturbar o serviço essencial que a televisão pública fornece aos cidadãos dos Estados Unidos.

“Não há nada mais norte-americano do que a PBS e nosso trabalho só é possível graças ao apoio bipartidário [Partido Republicano e Partido Democrático] que sempre recebemos do Congresso”, referiu.

“A parceria público-privada [de serviço público de comunicação social] permite-nos ajudar a preparar milhões de crianças para o sucesso na escola e na vida e também apoia programas enriquecedores e inspiradores da mais alta qualidade”, acrescentou.

Em abril, a administração norte-americana comunicou que ia pedir ao Congresso o anulamento do financiamento da entidade que tutela o setor (Corporação para a Radiodifusão Pública) como parte de um pacote de cortes de 9,1 mil milhões de dólares.

No entanto, esse pacote, que o diretor do Orçamento Russell Vought disse ser provavelmente o primeiro de vários, ainda não foi enviado para o Capitólio.

Os decretos presidenciais contra os meios de comunicação social públicos têm enfrentado a resistência dos tribunais federais norte-americanos, que decidiram, em alguns casos, que a liderança de Trump pode ter ultrapassado a autoridade ao reter fundos atribuídos pelo Congresso.

Hoje, a organização francesa Repórteres Sem Fronteiras denunciou o que considerou uma deterioração preocupante da liberdade de imprensa nos Estados Unidos.

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Pedro Nuno mantém pressão na Spinumviva. “Como é que Montenegro ainda é candidato a primeiro-ministro?”

Secretário-geral do PS refere que líder da AD "quis dificultar ao máximo a apresentação do nome dos seus clientes", que diz ser "a única forma de se fazer o escrutino dos conflitos de interesse".

O secretário-geral do PS denunciou esta sexta-feira que Luís Montenegro “não queria mesmo revelar todos os nomes dos seus clientes e atrasou ao máximo a obrigação declarativa para que não fossem conhecidos até à data das eleições”.

“Montenegro tem evitado cumprir as suas obrigações declarativas. Quis dificultar ao máximo a apresentação do nome dos seus clientes. O que ele não entende é que a única forma de se fazer o escrutino dos conflitos de interesse é conhecer os clientes com quem teve uma relação profissional”, referiu Pedro Nuno Santos.

Para o líder do PS, que falava esta manhã à margem de uma ação de pré-campanha eleitoral em Torres Vedras, “a questão é como é que Luís Montenegro ainda é candidato a primeiro-ministro de Portugal”.

Em declarações aos jornalistas, Pedro Nuno Santos dirigiu-se diretamente a quem votou na Aliança Democrática (AD) nas eleições legislativas do ano passado e que agora “está envergonhado” com essa opção, prometendo-lhes que “podem confiar no PS, [que] é uma mudança segura” e “tem quadros competentes e com experiência”.

Já questionado sobre a sugestão do social-democrata Hugo Carneiro para que a PJ verifique os telefones dos deputados que integram o Grupo de Trabalho do Registo de Interesses no Parlamento, com o intuito de apurar a fuga de informação relativa à nova declaração, entregue na véspera do debate televisivo, no caso Spinumviva, o líder socialista falou no “risco de ter à frente dos destinos do país um partido que não tem respeito pela liberdade de imprensa”.

“É preocupante e grave que dirigentes do PSD estejam a tentar atacar o trabalho da comunicação social e dos jornalistas. Já não é a primeira vez que fazem declarações que não são abonatórias para a liberdade de imprensa. Ontem ultrapassaram-se todos os limites do aceitável”, referiu apenas o secretário-geral do PS.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) também já condenou as declarações do deputado social-democrata Hugo Carneiro, considerando que “é uma tentativa clara de pressão que ameaça a liberdade de imprensa“. O sindicato argumenta que a legislação prevê que “sem prejuízo do disposto na lei processual penal, os jornalistas não são obrigados a revelar as suas fontes de informação, não sendo o seu silêncio passível de qualquer sanção, directa ou indirecta”.

O que está sobre sigilo são as fontes de jornalistas ao cobrir temas de inegável interesse público”, condena.

O deputado socialista Pedro Delgado Alves assumiu numa reunião no Parlamento ter acedido a informação que o primeiro-ministro e líder do PSD enviou à Entidade para a Transparência e que partilhou essa informação com Fabian Figueiredo, do Bloco de Esquerda.

Pela voz de Marcos Perestrelo, o PS rejeitou responsabilidades na divulgação da nova lista de clientes atualizada da empresa fundada pelo primeiro-ministro, isto depois de Delgado Alves ter admitido que a consultou. “O deputado já disse que não divulgou. Consultou”, salientou, acrescentando que o partido “apenas pode dizer que não divulgou”.

Vários dos clientes da Spinumviva que foram relevados esta semana têm uma longa relação com o Estado português, tendo faturado mais de 100 milhões de euros desde que Montenegro chegou a primeiro-ministro. Em reação, o chefe do Executivo já assegurou que esses contratos nunca dependeram de si e deixou claro que “não admite a insinuação” de que tenha havido interferência.

(Notícia atualizada às 10h30)

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Hospital da Luz e Millennium Estoril Open juntos no apoio à CERCICA

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  • 2 Maio 2025

Hospital da Luz Lisboa mostra trabalho dos artistas da associação de apoio às pessoas com deficiência, inspirado no ténis.

O Millennium Estoril Open não é apenas um evento desportivo e o Hospital da Luz não é apenas o serviço médico oficial dos atletas e do público que participa neste importante torneio de ténis nacional. Este ano, entre os dois está um propósito maior: juntar a arte e o desporto e transformar estas expressões da capacidade humana em ferramentas de inclusão de pessoas com deficiência. Uma fusão que é feita pela CERCICA e pelos seus artistas.

Depois de meses de trabalho, o resultado está exposto no recinto do MILLENNIUM ESTORIL OPEN e na galeria de arte do Hospital da Luz Lisboa: um conjunto de obras de arte feitas por pessoas com deficiência intelectual, relacionadas com a temática do ténis e cujas receitas reverterão diretamente para cada um dos seus autores.

Carlos, que esteve presente na inauguração da exposição da CERCICA no Hospital da Luz Lisboa, já sabe o destino do dinheiro que vai receber: “Quero uns ténis. E um fato de treino”. E tudo de marca, como faz questão de realçar a monitora que acompanhou o trabalho deste grupo de artistas. Diogo, por seu lado, prefere explicar que esta foi “uma bela experiência” e que conseguiu fazer “uma pintura muito fixe”. Inês gostou também do resultado do seu trabalho: “Melhorei nos meus trabalhos no Open e espero continuar a melhorar”.

Daniela Gomes é a monitora da CERCICA que esteve sempre presente ao longo dos meses de trabalho e preparação destas obras e, claro, na inauguração desta exposição no Hospital da Luz Lisboa. “Fomos desafiados para desenvolver um trabalho artístico que esteja relacionado com o ténis. E tem sido uma experiência extremamente enriquecedora. Tivemos uma fase de trabalho no atelier, em que trabalhamos o tema. E depois temos a oportunidade de participar na exposição e ir ao torneio. O facto de as pessoas poderem adquirir as obras é uma grande ajuda para nós e para os artistas, que também recebem pelo trabalho que desenvolvem”, diz, explicando: “Tentamos arranjar referências visuais, exploramos o tema indo à internet, vendo imagens e vídeos relacionados com ténis, e depois procuramos perceber o que é que faz mais sentido, o que é que cada artista quer fazer e quer explorar”.

A exposição de mais de uma dezena de pinturas e criações artísticas que usam diferentes técnicas e inspirações é o resultado deste trabalho. Um trabalho “verdadeiramente extraordinário” a que, como afirma a CEO da Luz Saúde Isabel Vaz, “o Hospital da Luz se associa com grande orgulho. Porque, estas pessoas, sendo diferentes, fazem a diferença”.

Transformar a sociedade para que seja mais aberta à diversidade e à inclusão daqueles que são diferentes é um papel que todos devemos desempenhar. Por isso, é com muita alegria que estamos a expor na nossa galeria de arte do Hospital da Luz Lisboa o trabalho extraordinário que tem vindo a ser desenvolvido por todos estes artistas e que representa isso mesmo: a inclusão e uma meritocracia diversa”, diz Isabel Vaz, acrescentando: “Esta parceria do Hospital da Luz com o MILLENNIUM ESTORIL OPEN e com a CERCICA faz o ‘match’ perfeito daquilo que procuramos cumprir através do nosso programa estratégico de responsabilidade social: a arte do desporto e a arte da pintura com o propósito da inclusão destes jovens artistas”. E conclui: “É muito giro estar aqui com eles e com as suas obras, neste espaço lindo do Hospital da Luz – este jardim interior que projetamos para abrir o hospital ao exterior e à comunidade. Não podia ser melhor!”.

Esta é a 3ª vez que a CERCICA está no Millennium Estoril Open. Como explicou o diretor do torneio nesta inauguração, “aquilo que fizemos desde o primeiro ano foi desafiar os artistas a fazerem pinturas relacionadas com o ténis, dando-lhes vários motivos para se inspirarem”. Ténis, raquetes, a forma dos campos e das redes, a cor do piso, tudo pode servir de mote para as criações artísticas do grupo da CERCICA. E, assegura João Zilhão, “têm saído obras absolutamente extraordinárias ao longo destes 3 anos, que fazem sempre muito sucesso”, reforçando: “É bom para os artistas, que recebem o dinheiro da venda dos quadros. E nós também ficamos muito contentes por poder ajudar uma instituição tão válida como esta”.

A parceria com o MILLENNIUM ESTORIL OPEN “tem sido uma experiência extremamente enriquecedora” e Daniela Gomes tem boas expectativas também para “esta aproximação ao Hospital da Luz. A expectativa é de termos aqui alguma continuidade, após este torneio. Por isso, se nos quiserem receber, temos muito gosto”, afirma.

A CERCICA é uma associação que procura dar resposta às necessidades educativas de crianças, jovens e adultos com deficiência e incapacidades, trabalhando para a sua inclusão na escola e no mercado de trabalho através de atividades formativas, ocupacionais, desportivas e artísticas. Sedeada em Cascais desde 1976, tem crescido com as necessidades das pessoas que apoia, tendo hoje diferentes valências dedicadas. “Eu e estes artistas estamos integrados no Centro de Atividades para a Inclusão e Capacitação de Pessoas com Deficiência, que é uma resposta para pessoas com deficiência intelectual adultas que não conseguem uma resposta no mercado de trabalho”, explica a monitora, adiantando: “O nosso objetivo é que sejam produtivos e felizes, que consigam encontrar também um sentido para a vida. No fundo, tentamos potenciar ao máximo as capacidades deles, para que coisas como estas aconteçam. Porque… a arte salva!”

A exposição dos artistas da CERCICA foi inaugurada a 10 de abril e está patente até 30 de maio no jardim interior do Hospital da Luz Lisboa. As obras destes artistas podem também ser vistas e adquiridas no recinto do MILLENNIUM ESTORIL OPEN, até 4 de maio.

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Taxa de inflação acelera para 2,1% em abril

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Maio 2025

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) interrompeu a tendência de descida no mês passado e subiu para 2,1% em abril, segundo a estimativa rápida publicada pelo INE.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) estima que a taxa de inflação homóloga acelerou duas décimas e situou-se nos 2,1% em abril, após três meses consecutivos de abrandamento.

Segundo a estimativa rápida do gabinete estatístico, agendada inicialmente para quarta-feira mas divulgada apenas esta sexta-feira devido ao apagão, a taxa de inflação subjacente (que exclui os produtos alimentares não transformados e os produtos energéticos, por estarem sujeitos a variações de preço mais voláteis) terá sido igualmente de 2,1%, também acelerando face à taxa de março, que se tinha fixado nos 1,9%.

A taxa de inflação dos produtos energéticos diminuiu, por sua vez, para -0,1%, enquanto a inflação dos produtos alimentares não transformados acelerou para 3,3%. No mês anterior, as taxas de inflação destes produtos foram de 0,1% e 2,8%, respetivamente.

Variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor

Fonte: INE

Em cadeia, ou seja, entre março e abril, os preços do cabaz de bens e serviços analisado pelo INE terão aumentado, em média, 0,7%. Em março, a taxa em cadeia tinha sido de 1,4%.

A variação média nos últimos 12 meses terá sido de 2,4% em abril, valor idêntico ao mês anterior.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, indicador que permite comparações entre os Estados-Membros da União Europeia, teve, segundo a estimativa do INE, uma variação homóloga de 2,1%, acelerando face aos 1,9% de março.

O INE publica os dados definitivos para o mês de abril de 2025 no dia 13 de maio.

(Notícia atualizada às 9h57)

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