PS quer debate de urgência sobre IRS

  • ECO e Lusa
  • 13 Abril 2024

Alexandra Leitão, líder parlamentar do PS, acusou este sábado o Governo de "total falta de credibilidade" e quer uma discussão de urgência sobre o IRS.

O PS quer um debate de urgência na Assembleia da República, já para a próxima quarta-feira, sobre o IRS.

Alexandra Leitão, líder parlamentar do PS, acusou este sábado o Governo de “total falta de credibilidade”, reafirmando que se trata de “um embuste e uma desfaçatez” e que “tudo o que tinha sido prometido” pela AD “é uma fraude“.

Para a líder parlamentar do PS, “parece afinal que o PSD e a AD andaram a prometer aquilo que já estava no Orçamento do Estado do PS”.

O governo diz que todo o país percebeu mal. Não pode ter sido todo o país a perceber mal seguramente. É mais uma vitimização, uma má-fé da parte deste Governo. Na verdade, este Governo tem de perceber que não pode enganar ‘todos, todos, todos’”, afirmou.

Questionada sobre as declarações do líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, que acusou o PS de má-fé sobre esta matéria, Alexandra Leitão considerou que essa reação foi “bastante ridícula”.

Quando assistimos a uma situação em que todo o país foi enganado, propositadamente ou não, pelo Governo e pelo PSD, virar as coisas dessa forma acho que não merece muito mais comentário”, salientou.

A líder parlamentar do PS considerou ainda que reduzir esta situação “a um problema de comunicação é provavelmente o eufemismo maior dos últimos tempos”, salientando que é “evidente que não é um problema de comunicação”.

“É evidente que aquilo que o Governo tentou fazer foi deixar os portugueses convencidos de que iam ter uma duplicação da redução do IRS. Foi claramente isso que aconteceu. Se o fizeram propositadamente ou não, acho bastante irrelevante, porque o que nós temos de ter é um Governo em quem os portugueses confiem e possam acreditar”, defendeu.

Leitão recusou que o executivo tenha sido ambíguo, salientando que “quiseram beneficiar de um engano que criaram” e referindo que o Governo só veio “desmentir pela boca do senhor ministro das Finanças quando expressamente é perguntado sobre isso”.

Já interrogada se o PS admite aprovar esta redução do IRS, tendo em conta que deverá rondar apenas 200 milhões, a líder parlamentar salientou que “é claramente cedo” para o partido se posicionar, uma vez que a proposta ainda não é conhecida e que o Governo “surpreende de hora a hora”.

Agora estamos focados é em obter da parte do Governo todos os esclarecimentos, a bem da confiança e da credibilidade. Um Governo que está a começar agora o mandato começa de facto muito, muito mal, quebrando já qualquer relação de confiança com o país”, sustentou.

As afirmações forem proferidas já depois de a Presidência do Conselho de Ministro ter garantido, este sábado, em comunicado, que a descida das taxas de IRS sobre os rendimentos até ao oitavo escalão, que segundo o Governo vai perfazer uma diminuição global de cerca de 1500 milhões de euros nos impostos do trabalho dos portugueses face ao ano passado, “é factualmente verdadeira e indesmentível. É isso que acontecerá na próxima semana”.

“A afirmação corresponde cabalmente ao que consta do Programa do Governo: “Redução do IRS para os contribuintes até ao 8º escalão, através da redução de taxas marginais entre 0,5 e 3 pontos percentuais face a 2023” (p. 35), bem como do Programa Eleitoral da Aliança Democrática (pág. 122), no qual se estimava o mesmo valor total da medida (pág. 97, montante de dois mil milhões de euros somando a isenção de prémios de desempenho e esta redução de taxas de IRS)”, afirma a Presidência do Conselho de Ministros, afirmando que “a medida anunciada pelo Primeiro-Ministro é a de sempre e consistentemente a mesma”.

(notícia atualizada pela última vez às 15h00)

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Governo rejeita “embuste” e garante que medida é a mesma que foi anunciada

  • ECO
  • 13 Abril 2024

A descida de IRS é "factualmente verdadeira e indesmentível. É isso que acontecerá na próxima semana", diz a Presidência do Conselho de Ministros em comunicado.

A Presidência do Conselho de Ministro garantiu este sábado, em comunicado, que a descida das taxas de IRS sobre os rendimentos até ao oitavo escalão, que segundo o Governo vai perfazer uma diminuição global de cerca de 1500 milhões de euros nos impostos do trabalho dos portugueses face ao ano passado, “é factualmente verdadeira e indesmentível. É isso que acontecerá na próxima semana”.

A afirmação corresponde cabalmente ao que consta do Programa do Governo: “Redução do IRS para os contribuintes até ao 8º escalão, através da redução de taxas marginais entre 0,5 e 3 pontos percentuais face a 2023” (p. 35), bem como do Programa Eleitoral da Aliança Democrática (pág. 122), no qual se estimava o mesmo valor total da medida (pág. 97, montante de dois mil milhões de euros somando a isenção de prémios de desempenho e esta redução de taxas de IRS)”, afirma a Presidência do Conselho de Ministros, afirmando que “a medida anunciada pelo Primeiro-Ministro é a de sempre e consistentemente a mesma”.

Nenhum membro do Governo ou dos partidos da coligação que o apoia alguma vez sugeriu, indicou ou admitiu outras reduções de taxas, designadamente que tivessem a mesma dimensão, mas a acrescer ao constante na Lei do OE 2024″, garante o Governo no comunicado.

“Que alguns atores políticos ou mediáticos se tenham equivocado, ficcionando outras reduções de taxas de magnitude muito diferente ou superior (e que seriam orçamentalmente irresponsáveis), é um erro sério, que só a eles os responsabiliza”, atira o Executivo.

“Um cálculo básico mostrar-lhes-ia que essa sua ficção de redução superior seria totalmente incompatível com o que o primeiro-ministro afirmou no Parlamento e com o Programa de Governo. Em vez dos 1500 milhões de euros “face ao ano passado” (2023), o impacto seria então de 2600 milhões de euros face a 2023”, enumera.

Muito mais grave, porém, é a tentativa de querer disfarçar esse erro, com acusações inadmissíveis e infundadas relativamente ao primeiro-ministro e ao Governo, de que faltaram à verdade ou enganaram”, acusa a Presidência do Conselho de Ministros.

“O Governo repudia veementemente tais irresponsáveis acusações”, reafirma o comunicado, afirmando ser “merecedora de cabal repúdio essa tentativa de querer disfarçar erros próprios de interpretação, cálculo ou ficção, com imputações incorretas a outros“.

Na noite de sexta-feira, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, em entrevista à RTP, afirmou que a proposta de redução do IRS apresentada pelo Governo deve rondar “os 200 milhões de euros”. O Governo anunciou um corte do IRS de 1.500 milhões, mas este valor, afinal, já inclui a redução, prevista no Orçamento do Estado para 2024, de 1.327 milhões de euros do anterior Executivo liderado por António Costa.

Confrontado com a questão, o ministro das Finanças reconheceu que a redução será “mais do que 200 milhões de euros” mas não se comprometeu com os valores. “Ainda estamos a calibrar, só na sexta iremos apresentar a proposta”, respondeu.

Em causa está a proposta do programa do Governo de Luís Montenegro no qual prevê uma “redução de taxas marginais entre 0,5 e 3 pontos percentuais face a 2023, com enfoque na classe média” até ao 8.º escalão. Os valores apresentados pelo primeiro-ministro previam que o alívio fiscal fosse de 1.500 milhões de euros, mas uma vez que inclui a proposta do anterior Governo esse alívio não deve superar os 200 milhões de euros.

Na sexta-feira, o líder do PS considerou que o alívio fiscal proposto pelo Governo de Luís Montenegro não passa de “um embuste”. Recorrendo à rede social X (ex- Twitter) Pedro Nuno Santos afirma que “os portugueses foram enganados” e exige explicações ao Governo.

“Isto não é um “choque fiscal. É um choque de desfaçatez. É um embuste. O Governo tenta apropriar-se dos valores de uma redução do IRS que foi feita pelo PS no Orçamento de Estado em vigor, e que é mais de seis vezes superior à baixa de IRS que a AD anunciou”, afirmou o líder socialista.

 

(artigo atualizado às 13h05)

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Forças iranianas assaltam navio com bandeira portuguesa no estreito de Ormuz

  • Lusa
  • 13 Abril 2024

A agência de notícias estatal iraniana IRNA reconheceu o assalto a um navio junto ao estreito de Ormuz.

Um navio de carga com bandeira portuguesa foi sábado tomado de assalto junto ao estreito de Ormuz por forças iranianas, afirmou agência de notícias do Irão associada à Guarda Revolucionária.

A agência de notícias estatal iraniana IRNA reconheceu o assalto a um navio junto ao estreito de Ormuz, depois de ter sido reportado um ataque a esse mesmo barco, que se suspeitava ter sido levado a cabo pela Guarda Revolucionária, força paramilitar iraniana que promoveu assaltos semelhantes no passado.

A agência norte-americana Associated Press (AP) tinha inicialmente avançado que o navio envolvido no ataque deveria ter sido o MSC Aries, de bandeira portuguesa e associado à empresa internacional Zodiac Maritime, parte do grupo do bilionário israelita Eyal Ofer.

Posteriormente, a agência de notícias Tasmin, associada à Guarda Revolucionária, confirmou que o navio assaltado foi o MSC Aries, referindo-se ao mesmo como um barco “associado ao regime sionista”.

O ataque surge no âmbito de um escalar de tensões entre o Irão e o ocidente.

O incidente foi inicialmente reportado pela agência de operações comerciais marítimas do Reino Unido (UKTMO), cuja fonte partilhou com a AP o vídeo desse mesmo ataque.

Segundo a AP, no vídeo veem-se militares a descer de um helicóptero e a tomar de assalto o navio de carga junto ao estreito de Ormuz (entre o golfo de Omã e o golfo Pérsico). A UKTMO afirmou que imagens mostram que pelo menos três indivíduos terão tomado “rapidamente” de assalto o navio de carga.À AP, a empresa Zodiac Maritime recusou-se a comentar a situação.

Desde 2019 que o Irão tem sido acusado de estar envolvido em vários assaltos e ataques a navios na zona do golfo de Omã, por onde passa cerca de um quinto de todo o petróleo comercializado no mundo.

As tensões, marcadas nos últimos seis meses pela guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, subiram recentemente com um bombardeamento a 01 de abril ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, que matou altos funcionários militares iranianos, e que foi atribuído a Telavive.

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Kristalina Georgieva reeleita diretora-geral do FMI

  • Lusa
  • 13 Abril 2024

O FMI estima um crescimento da economia global de 3% este ano, impulsionada pelos Estados Unidos e países emergentes.

A búlgara Kristalina Georgieva foi eleita para um segundo mandato de cinco anos como diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo a organização.

Georgieva, de 70 anos, era o único candidato à sua própria sucessão e, segundo comunicou o FMI, a eleição esta sexta-feira decorreu por consenso. O novo mandato inicia-se em 01 de outubro deste ano.

Segundo o Conselho Executivo do FMI, a liderança de Georgieva é “forte e ágil” e nos últimos anos deu “resposta sem precedentes” às crises globais.

Antiga vice-presidente da Comissão Europeia e antiga diretora-geral do Banco Mundial, Georgieva recebeu o apoio explícito de Alemanha, Espanha, França, assim como da União Europeia, para continuar no cargo. Em 2019, beneficiou de uma mudança nos estatutos do FMI relativa ao limite de idade, permitindo que a sua candidatura fosse válida.

Num discurso divulgado após a sua reeleição, Kristalina Georgieva disse sentir-se honrada com a confiança dada e que nos últimos anos, sob a sua liderança, o organismo com sede em Washington (Estados Unidos) “ajudou os países membros a enfrentar choques sucessivos, incluindo a pandemia, guerra e os conflitos, e a crise do custo de vida”.

Afirmou ainda que foi intensificado o trabalho em temas como alterações climáticas e transição digital, que ganham importância na estabilidade macroeconómica e financeira, crescimento e emprego, e que continuará a fazer com que o FMI contribua para que os países enfrentem os desafios globais.

Tradicionalmente, o diretor-geral do FMI é o candidato proposto pelos países europeus e o presidente do Banco Mundial o proposto pelos Estados Unidos, uma repartição contestada por vários países, em particular China, Índia, Brasil e Rússia, que querem um papel de maior destaque em instituições internacionais

Em meados de 2023, foi designado como presidente do Banco Mundial o indo-norte-americano Ajay Banga.

O FMI estima um crescimento da economia global de 3% este ano, impulsionada pelos Estados Unidos e países emergentes.

Na próxima semana o FMI e o Banco Mundial realizam as suas reuniões da primavera, em que atualizarão as estimativas do crescimento global.

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IL acusa Governo de “fazer igual ao PS” na redução do IRS e Bloco fala em embuste

  • Lusa e ECO
  • 13 Abril 2024

"Vergonha: PSD faz igual ao PS e não baixa o IRS. O choque fiscal prometido é mentira", afirma a Iniciativa Liberal.

A IL acusou sábado o PSD de “fazer igual ao PS e não baixar o IRS“, considerando uma vergonha que a redução do imposto ronde afinal os 200 milhões de euros, enquanto o BE fala num embuste.

Vergonha: PSD faz igual ao PS e não baixa o IRS. O choque fiscal prometido é mentira“, lê-se numa publicação na página oficial da Iniciativa Liberal (IL) na rede social X (antigo Twitter).

Nesta mensagem, a IL defende que é “o único partido em quem os portugueses podem confiar para baixar o IRS” e o único “que faz as questões certas”, salientando que, no debate do programa do Governo, no parlamento, tinham questionado o primeiro-ministro sobre o assunto.

“Montenegro faz praticamente igual a António Costa. A IL nunca poderia integrar um Governo que não tem vontade de baixar o IRS aos portugueses, continuando a extração fiscal brutal do PS. Com a IL, o IRS baixaria a sério e os salários aumentariam de forma significativa imediatamente”, lê-se.

Por sua vez, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, também reagiu na rede social X às declarações do ministro das Finanças, que clarificou que os 1.500 milhões de euros de redução do IRS que tinham sido anunciados por Luís Montenegro afinal representam cerca de 200 milhões.

“A descida do IRS é afinal um embuste. A única promessa que não era a brincar é a redução do IRC sobre os lucros das grandes empresas. Ao fim de uma semana, a imprensa já pede desculpa aos leitores por ter acreditado em Montenegro”, lê-se numa publicação de Mariana Mortágua.

Já na sexta-feira, o líder do PS considerou que o alívio fiscal proposto pelo Governo de Luís Montenegro não passa de “um embuste“. Recorrendo à rede social X (ex- Twitter) Pedro Nuno Santos afirmou que “os portugueses foram enganados” e exige explicações ao Governo.

“Isto não é um “choque fiscal. É um choque de desfaçatez. É um embuste. O Governo tenta apropriar-se dos valores de uma redução do IRS que foi feita pelo PS no Orçamento de Estado em vigor, e que é mais de seis vezes superior à baixa de IRS que a AD anunciou”, afirmou o líder socialista.

Em entrevista à RTP esta sexta-feira, o ministro das Finanças, Miranda Sarmento, defendeu que a redução de IRS prometida pelo Governo é “mais ambiciosa” do que a medida que vigora desde o início de 2024, mas clarificou que rondará os 200 milhões de euros.

Miranda Sarmento clarificou assim que os 1.500 milhões de euros de alívio no IRS referidos pelo primeiro-ministro esta quinta-feira, no início do debate do programa do Governo, não vão somar-se aos cerca de 1.300 milhões de euros de redução do IRS inscritos no Orçamento do Estado para 2024 e já em vigor.

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Ginecologia e Obstetrícia do São João com novas salas de partos e app para grávidas

  • Lusa
  • 13 Abril 2024

Além de espaço, esta requalificação traduz-se no aumento do número de equipamentos disponíveis, passando de três reanimadores para todo o serviço, para sete, ou seja, um para cada sala de parto.

O Hospital de São João, no Porto, aumentou em cerca de 30% a capacidade da urgência de Ginecologia e Obstetrícia, o que se traduz no aumento de duas salas de partos e mais reanimadores de recém-nascidos, foi hoje revelado.

Às cinco salas de partos até aqui existentes, somam-se duas, sendo que “todas foram remodeladas de forma a permitir o acompanhamento permanente e individual da grávida, bem como acesso a meios audiovisuais personalizados“, descreveu a diretora do serviço de urgência de Ginecologia/Obstetrícia da Unidade Local de Saúde do São João (ULSSJ), Elsa Calado.

“Acrescentámos conforto e privacidade”, resumiu a médica, em declarações à agência Lusa. Até aqui, uma vez confirmado o trabalho de parto, as senhoras aguardavam numa sala comum com o pai do bebé, apenas separadas por biombos.

Agora as salas são individualizadas e os pais podem, por exemplo, escolher a música que querem ouvir ou que canal de televisão sintonizar. Os quartos novos são maiores e com espaço para as senhoras caminharem“, descreveu a diretora.

Além de espaço, esta requalificação traduz-se no aumento do número de equipamentos disponíveis, passando de três reanimadores para todo o serviço, para sete, ou seja, um para cada sala de parto.

Em causa estão aparelhos descritos como “de última geração, essenciais no auxílio aos neonatologistas quando um bebé precisa de assistência médica à nascença”.

“Estas melhorias para as mães e para os pais também se refletem na atividade dos profissionais de saúde”, disse Elsa Calado.

Esta reformulação insere-se no programa nacional lançado pela Direção-Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) dedicado ao aumento de capacidade e qualidade assistencial dos blocos de partos do país, tendo a ULSSJ recebido 850 mil euros para este projeto.

A sala de observação que recebe utentes com patologia ginecológica e obstétrica, bem como as áreas de trabalho dos profissionais, também foram melhoradas, refere informação remetida à Lusa por fonte da ULS.

Neste campo, soma-se a criação de uma aplicação, a “Nascer São João”, dirigida a grávidas e recém-mamãs.

Enquanto aguardam o nascimento do bebé, muitas grávidas recorrem à Internet para saber mais sobre gravidez, por isso, considerámos importante que as mulheres pudessem aceder a informação fidedigna e credível, validada pelos nossos profissionais”, aponta a diretora do serviço de Obstetrícia, Marina Moucho, cidadã na informação da ULSSJ.

A app terá conteúdos informativos divididos por seis áreas — gravidez saudável, preparar o parto, o parto, recuperação pós-parto, cuidados ao bebé e aleitamento materno — ou seja conteúdos sobre a saúde e bem-estar da grávida e do bebé que podem ir desde a alimentação na gravidez e a sexualidade até à preparação para o parto, informações sobre a analgesia epidural e anestesia na cesariana, entre outras.

Também será possível consultar o Boletim da Grávida Digital para ver os registos das análises e ecografias.

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Web Summit no Brasil é rampa para portugueses em mercado fundamental

  • Lusa
  • 13 Abril 2024

O mercado brasileiro, notou António Montenegro Fiúza, "é cada vez mais fundamental para a internacionalização das empresas portuguesas, seja na busca de investimento, seja na busca de mercados".

O presidente da Câmara Portuguesa do Rio de Janeiro considera que a Web Summit, que arranca segunda-feira naquela cidade brasileira, é uma importante rampa de lançamento para as ‘startups’ portuguesas num mercado “cada vez mais fundamental”.

É mais um momento, dos mais importantes, para as empresas portuguesas descobrirem o potencial de investimento que podem encontrar no Brasil“, disse à Lusa o presidente da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, António Montenegro Fiúza.

Um total de 31 startups portuguesas, ligadas a áreas de soluções de ‘software’, metaverso, inteligência artificial e ‘blockchain’, entre outras, participam de segunda-feira a quinta-feira na segunda edição da Web Summit Rio.

Na edição anterior, 25 startups portuguesas estiveram presentes no evento, sendo a segunda maior delegação estrangeira logo atrás dos Estados Unidos, disse em entrevista à Lusa, à época, o fundador da Web Summit, Paddy Cosgrave.

O mercado brasileiro, notou António Montenegro Fiúza, “é cada vez mais fundamental para a internacionalização das empresas portuguesas, seja na busca de investimento, seja na busca de mercados“.

A língua e a “proximidade cultural e humana” que tem aumentado progressivamente com o “intenso fluxo migratório” entre os dois países, fazem do mercado brasileiro “cada vez mais uma extensão dos horizontes de qualquer empresário português”, frisou.

O presidente da Câmara Portuguesa no Rio de Janeiro considerou que, apesar de a Europa já olhar para o Brasil como um grande mercado, desconhece algumas das características. Por essa razão, “eventos como este permitem uma imersão que transmite a todos os participantes uma experiência que os aproxima muito mais da realidade”.

A aposta neste gigante mercado continental, de acordo com o responsável português, deve, por isso, ser centrada “no campo da informação, da informática, da computação, da robótica, das energias renováveis e obviamente não esquecendo os clusters que marcam a imagem de Portugal”.

Questionado sobre se as boas relações vividas nos últimos anos entre os governos do Brasil e Portugal se vão manter com o novo executivo português, António Montenegro Fiúza considerou que, “para Portugal, o Brasil continuará a ser uma aposta de regime, de Estado”.

Qualquer que seja o Governo, a vontade de reforçar os laços será cada vez maior. É um consenso que supera as diferenças políticas“, concluiu.

Para o primeiro dia da Web Summit Rio está marcada uma reunião entre a delegação portuguesa e intervenientes locais, num encontro mediado pela Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, em colaboração com a Startup Portugal e a Lisboa Unicorn Capital e com várias sessões sobre processos legais, fiscais e oportunidades de negócio no país.

O dia 15 conta ainda com intervenções de António Montenegro Fiúza, da cônsul-geral de Portugal no Rio de Janeiro (Gabriela Soares), do diretor executivo da Startup Portugal (António Dias Martins), do administrador executivo da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal – AICEP (Luís Rebelo de Sousa), entre outros.

As 31 startups portuguesas na Web Summit Rio são ambi.careers, Biometrid, Dizconto, Enline, Frontfiles, Health4All, Hoopers, Hortee, Greenmetrics.ai, InAppStory, Infinite Foundry, Interpretica, iTRecruiter, Keeptip, Marvin AI, Mediaprobe, Modatta, My Data Manager, Mycareforce, Naoris Protocol, Networkme, Propel, SheerMe, Splink, SpotGames, Surf Eye, Tokenwised, uBits, Vawlt, Wiseworld, Zizu.

Cabo Verde é outro dos países lusófonos representados, com três ‘startups’ (RiftOne, Health360 e Fit CV) que vão participar no evento que decorre de 15 a 18 no Rio de Janeiro.

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“É um embuste”. Pedro Nuno Santos critica redução de IRS do Governo

Líder do PS reagiu no X à confirmação do ministro das Finanças de que o alívio fiscal proposto pelo Governo não deverá exceder os 200 milhões. "É um choque de desfaçatez", diz.

O líder do PS considera que o alívio fiscal proposto pelo Governo de Luís Montenegro não passa de “um embuste“. Recorrendo à rede social X (ex- Twitter) Pedro Nuno Santos afirma que “os portugueses foram enganados” e exige explicações ao Governo.

Isto não é um “choque fiscal. É um choque de desfaçatez. É um embuste. O Governo tenta apropriar-se dos valores de uma redução do IRS que foi feita pelo PS no Orçamento de Estado em vigor, e que é mais de seis vezes superior à baixa de IRS que a AD anunciou”, afirmou o líder socialista.

Em causa está a confirmação avançada pelo ministro das Finanças, Miranda Sarmento, de que a proposta de redução do IRS apresentada pelo Governo deverá rondar os 200 milhões de euros, dado que o alívio fiscal proposto pelo Governo AD de 1.500 milhões de euros já inclui a redução, prevista no Orçamento do Estado para 2024, de 1.327 milhões de euros do anterior Executivo liderado por António Costa.

Em entrevista à RTP 1, o ministro das Finanças admitiu que a redução do IRS proposta pelo programa do Governo, no qual prevê uma “redução de taxas marginais entre 0,5 e 3 pontos percentuais face a 2023, com enfoque na classe média” até ao 8.º escalão, será “mais do que 200 milhões de euros” – mais concretamente 173 milhões de euros – mas não se comprometeu com os valores. “Ainda estamos a calibrar, só na sexta iremos apresentar a proposta“, respondeu.

Mas o líder socialista não dá o mesmo prazo e pede que o Governo liderado por Luís Montenegro esclareça a medida que deverá ser aprovada na próxima semana, em sede de Conselho de Ministros, e levada, posteriormente, ao Parlamento.

“Durante a campanha eleitoral, o PS alertou inúmeras vezes para a falta de credibilidade do cenário económico e orçamental da AD. À primeira medida do governo, a falta de seriedade e de vergonha fica à vista de todos“, acusa Pedro Nuno Santos, sublinhando não ser “possível governar o país com competência e lealdade ao mesmo tempo que se procura enganar os portugueses“. Em declarações à Lusa, Pedro Nuno Santos vai mais longe e defende que o primeiro-ministro deve uma explicação aos portugueses.

É grave, é uma vergonha e é inaceitável que isto tenha acontecido no momento da apresentação do programa de Governo e esperamos mais explicações agora do primeiro-ministro”, disse o secretário-geral do PS.

Apesar de o alívio não ultrapassar a proposta do Orçamento de Estado elaborada pelo anterior Governo, Miranda Sarmento mantém-se confiante na intenção do Executivo querer ir “mais além”, defendendo que a proposta do Governo “é mais ambiciosa” e permite “abranger mais contribuintes”.

Notícia atualizada às 21h43

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Morre Roberto Cavalli, ícone de estilo e símbolo da moda italiana

  • Lusa
  • 12 Abril 2024

Roberto Cavalli morreu aos 83 anos, na sua terra natal, Florença, após doença prolongada.

Roberto Cavalli, ícone de estilo e símbolo da moda italiana, morreu esta sexta-feira, aos 83 anos, na sua terra natal, Florença, após doença prolongada e uma carreira como estilista de mais de quatro décadas, revelou a sua empresa. A agência italiana ANSA noticiou que o designer morreu em casa.

“Querido Roberto, você não pode estar mais aqui fisicamente connosco, mas sei que sempre sentirei seu espírito comigo”, escreveu Fausto Puglisi, diretor criativo da Roberto Cavalli desde outubro de 2020, numa publicação nas redes sociais. Designer de moda de estrelas dos anos 70 como Brigitte Bardot ou Sophia Loren, para quem criou visuais atraentes e ‘reveladores’, Cavalli continuou a seduzir celebridades das gerações mais recentes, desde Kim Kardashian a Jennifer Lopez.

Cavalli adorava Ferraris, charutos grandes e camisas justas abertas sobre um peito perpetuamente bronzeado. O italiano chegou a casar-se com uma finalista do Miss Universo, era dono de um helicóptero roxo e de uma quinta vinícola na Toscana. Entre os amigos incluíam-se Sharon Stone e Cindy Crawford, noticiou a agência France-Presse (AFP).

A sua carreira também passou por pontos baixos, como na década de 1980, quando o seu estilo extravagante parecia ir contra o minimalismo então em voga. Também se viu no centro de um longo julgamento na Itália por um caso de fraude fiscal, que terminou com a sua absolvição. A sua empresa também começou a registar prejuízos, obrigando-o a vender a maioria das ações em 2015. Nascido em 15 de novembro de 1940 em Florença, capital mundial dos artigos de couro, Cavalli era conhecido pelos seus couros estampados e calças de ganga desbotadas.

Em 2012, contou no seu blogue como em 1970 foi convidado para uma festa e se viu cara a cara com o anfitrião, um estilista: querendo fazer boa figura, disse-lhe que estava a fazer estampas em couro. O estilista pediu-lhe que voltasse no dia seguinte com amostras e então Cavalli apressou-se em encontrar um couro macio e fino no qual estampasse padrões florais. O estilista foi conquistado e a carreira de Cavalli foi lançada.

Cavalli patenteou vários dos seus métodos, o que atraiu a atenção da casa de luxo Hermès e do estilista Pierre Cardin. Na década de 1970, abriu uma butique em Saint-Tropez, um dos locais do jet set na Riviera Francesa, e apresentou a sua primeira coleção em Paris. Depois, regressou à sua cidade natal, onde apresentou as suas criações de ‘jeans’ de alta costura no sumptuoso cenário do Palácio Pitti.

Em 2005, redesenhou o visual das Coelhinhas da Playboy, com uma versão ‘leopardo’. Apesar de tudo, a sua marca foi gradualmente confrontada com dificuldades financeiras ligadas ao aumento da concorrência das casas controladas pelos gigantes LVMH e Kering, e Cavalli deixou a direção artística do seu grupo em 2013.

Dois anos depois, o fundo Clessidra, com sede em Milão, comprou 90% do capital, mas não conseguiu conter as perdas. Por fim, a Cavalli foi adquirida em novembro de 2019 pela Vision Investments, o fundo de investimento do magnata imobiliário de Dubai, Hussain Sajwani.

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Venda de livros cresceu de janeiro a março

  • Lusa
  • 12 Abril 2024

No primeiro trimestre deste ano foram vendidos perto de 2,961 milhões de livros (2.960.939), mais 5,8% do que no mesmo período de 2023.

Perto de três milhões de livros foram vendidos em Portugal nos primeiros três meses deste ano, o que traduz um aumento de 5,8% face ao mesmo período de 2023, apesar do aumento médio de preços de 1,8%.

Segundo a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), no primeiro trimestre deste ano foram vendidos perto de 2,961 milhões de livros (2.960.939), mais 5,8% do que no mesmo período de 2023, o que representou um encaixe financeiro de 42,26 milhões de euros (42.260.298 euros), mais 7,6% face aos primeiros três meses do ano passado. A APEL baseou-se nos dados disponibilizados pela Gfk, entidade independente que faz auditoria e contagem das vendas de livros ao longo do ano, que revela ainda que o preço médio do livro, este ano, entre janeiro e março, aumentou 1,8% para os 14,27 euros.

Relativamente aos pontos de venda, 70,2% dos livros vendidos no primeiro trimestre foram escoados por livrarias, enquanto 29,8% foram vendidos por hipermercados. Isto reflete-se igualmente nos valores das vendas, já que 79,5% do total arrecadado no mercado livreiro foram repartidos pelas livrarias e 20,5% ficaram com os hipermercados.

Por categoria, o género mais procurado foi a literatura infantojuvenil, com o maior número de unidades vendidas – 35,3% do total -, a um preço médio de 11,03 euros, que contribuem com 27,3% para o encaixe financeiro total, abaixo da receita das vendas de ficção e não ficção. Em segundo lugar, em termos de unidades vendidas, está a ficção, com um peso de 31,0% do mercado, a um preço médio de 16,40 euros por livro, conseguindo um valor correspondente a 35,6% do total das vendas.

Os livros de não ficção, que representam 30,1% das unidades vendidas neste período, a um preço médio de 17,12 euros, obtêm 36,1% do valor total de vendas, o que corresponde à maior ‘fatia’ dos 42,26 milhões de euros do mercado, neste período. O género menos representativo – campanhas e exclusivos – contribuiu com 3,6% em número de unidades vendidas, 1% do valor final apurado, tendo o preço médio destas publicações rondado os 4,03 euros.

No primeiro trimestre de 2023, foram vendidos 2,8 milhões de livros, para um valor global do mercado, nesse período, de 39,31 milhões de euros. No total do ano de 2023, a venda de livros em Portugal cresceu 5% em valor, em relação a 2022, impulsionada sobretudo pelas faixas etárias mais novas e pelas redes sociais, mantendo a tendência de crescimento registada nos dois anos anteriores, embora menos acentuada.

Os resultados dos primeiros três meses levam a APEL a afirmar “o ano começa com um trimestre de evolução positiva, sugerindo um cauteloso otimismo” para 2024.

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Afinal, redução de IRS proposta pelo Governo rondará só 200 milhões

A promessa do Governo AD era de um corte de IRS de 1.500 milhões, mas Miranda Sarmento admite que ficará “acima dos 200 milhões". Isto porque o OE 2024 já previa uma redução de 1.327 milhões.

A proposta de redução do IRS apresentada pelo Governo deve rondar “os 200 milhões de euros”, segundo o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, em entrevista à RTP 1, esta sexta-feira. O Governo anunciou um corte do IRS de 1.500 milhões, mas este valor, afinal, já inclui a redução, prevista no Orçamento do Estado para 2024, de 1.327 milhões de euros do anterior Executivo liderado por António Costa.

Confrontado com a questão, o ministro das Finanças reconheceu que a redução será “mais do que 200 milhões de euros” mas não se comprometeu com os valores. “Ainda estamos a calibrar, só na sexta iremos apresentar a proposta“, respondeu.

Em causa está a proposta do programa do Governo de Luís Montenegro no qual prevê uma “redução de taxas marginais entre 0,5 e 3 pontos percentuais face a 2023, com enfoque na classe média” até ao 8.º escalão. Os valores apresentados pelo primeiro-ministro previam que o alívio fiscal fosse de 1.500 milhões de euros, mas uma vez que inclui a proposta do anterior Governo esse alívio não deve superar os 200 milhões de euros.

Ainda assim, Miranda Sarmento mantém-se confiante na intenção do Executivo querer ir “mais além”, defendendo que a proposta do Governo “é mais ambiciosa” e permite “abranger mais contribuintes”. A proposta de lei de alívio fiscal será aprovada já na próxima semana, em sede de Conselho de Ministros, sendo depois necessário passar pelo Parlamento.

Miranda Sarmento explica que o alívio do IRS “aplicar-se-á a todos os rendimentos do ano” de 2024. “As pessoas vão sentir este desagravamento já nas tabelas de retenção na fonte, assim que esta proposta seja aprovada no parlamento e depois na liquidação”, afirmou. “Face àquilo que os portugueses já sabem que pagaram em 2023, há um desagravamento fiscal significativo“, acrescentou.

Sobre o salário mínimo nacional, que o Governo propõe que se situe nos 1.000 euros até 2028 em função da inflação e da produtividade, Miranda Sarmento garante que esses dois fatores, caso evoluam em sentido contrário, não irão comprometer a concretização dessa promessa. “Neste momento com as projeções que definimos, mesmo que tenham uma ligeira diferença, o mercado de trabalho hoje responde a uma subida do salário mínimo nacional“, afirmou.

Miranda Sarmento admite negociar propostas apresentadas pelo PS

O ministro das Finanças admitiu negociar com o PS as cinco propostas iniciativas parlamentares anunciadas na Assembleia da República por Pedro Nuno Santo. Joaquim Miranda Sarmento sublinhou ser “preciso responsabilidade” perante um cenário de governabilidade exigente, recordando que o PSD “não tem maioria no Parlamento”.

Sobre as cinco iniciativas apresentadas pelo PS, o ministro das Finanças admitiu que o Governo vai “olhar para as propostas” dos socialistas.

“O processo orçamental inicia-se em junho, mas do ponto de vista político mais para o final do verão. Vamos estabelecer pontos específicos com todos os partidos da oposição, sem excluir ninguém, e olharemos para as propostas apresentadas pelo PS“, explicou.

Esta sexta-feira, na reta final do debate do Programa do Governo, o secretário-geral do PS anunciou cinco iniciativas parlamentares que constavam do programa eleitoral do partido e com as quais o PS avançará de imediato. Entre estas propostas está a redução do IVA da eletricidade para a taxa reduzida para mais de três milhões de portugueses e a exclusão dos rendimentos dos filhos como condição para o acesso ao Complemento Solidário para Idosos.

Miranda Sarmento disse ainda que era “agnóstico” em relação à privatização da TAP. Para o ministro, a venda da companhia aérea tem de “defender o interesse público”, através de dois objetivos: manter o hub de Lisboa e ter o maior encaixe possível, que permita recuperar a maior parte da injeção pública de 3,2 mil milhões de euros. Neste dossier, Miranda Sarmento assinalou que só existem três interessados na empresa e isso condiciona a ação do Governo. Seria diferente ter “10 ou 20 interessados”, rematou.

Notícia atualizada às 20h51

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Veja a chave vencedora do Euromilhões. Em jogo estão 95 milhões de euros

  • ECO
  • 12 Abril 2024

Confira a chave vencedora do Euromilhões desta sexta-feira, 12 de abril. O primeiro prémio é de 95 milhões de euros.

Com um primeiro prémio no valor de 95 milhões de euros, decorreu esta terça-feira um novo sorteio do Euromilhões. Como ninguém acertou na chave vencedora no sorteio passado, o valor do jackpot aumentou.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 12 de abril:

Números: 2, 3, 12, 16 e 45

Estrelas: 2 e 11

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