Sandra Maximiano vai liderar novo organismo da ONU para proteger cabos submarinos

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

A União Internacional das Telecomunicações (UIT) anunciou a criação de um organismo para reforçar a proteção de cabos submarinos, que será copresidido pela portuguesa Sandra Maximiano.

A União Internacional das Telecomunicações (UIT) anunciou esta sexta-feira a criação, em conjunto com outra agência da ONU, de um organismo para reforçar a proteção de cabos submarinos, que será presidido pela portuguesa Sandra Maximiano, atual presidente da Anacom.

O chamado Órgão Consultivo para a Resiliência dos Cabos Submarinos, composto por cerca de 40 especialistas de vários governos, empresas e outras instituições, vai tentar encontrar “boas práticas e respostas” para combater os cerca de 150 a 200 incidentes que estas estruturas registam por ano, sublinhou, em conferência de imprensa, o secretário-geral adjunto da UIT, Tomas Lamanauskas.

33ª edição Conferência APDC - 15MAI24
Sandra Maximiano também desempenha atualmente a função de presidente da Anacom, a autoridade nacional das comunicações em PortugalHugo Amaral/ECO

O novo organismo será copresidido pela portuguesa Sandra Maximiano, presidente da entidade reguladora das comunicações, e pelo ministro das Telecomunicações da Nigéria, Bosun Tijani.

Lamanauskas garantiu, no entanto, que o novo organismo não vai investigar casos como os recentes no mar Báltico, um dos quais levantou a suspeita de que um cargueiro chinês possa ter provocado uma rotura de um cabo de fibra ótica entre a Finlândia e a Alemanha, e um outro que se acredita ter sido sabotagem ao ser quebrado um cabo entre a Suécia e a Lituânia.

“Isto continuará a ser da responsabilidade de autoridades nacionais específicas”, sublinhou o “número dois” da UIT.

A Nigéria, que se situa numa zona especialmente afetada nos últimos tempos por este tipo de cortes nas comunicações subaquáticas, acolherá no próximo mês de fevereiro a cimeira inaugural da organização, sublinhou Lamanauskas.

A UIT recorda que 99% dos dados internacionais viajam através destes cabos submarinos, que sofrem danos tanto por causas naturais (maremotos ou tsunamis) como por atividades humanas, desde a pesca à navegação comercial até aos danos provocados por razões estratégicas.

Do total, 7% dos incidentes são causados pelo homem, disse o secretário-geral adjunto da UIT, admitindo que os consumidores não costumam ser afetados, uma vez que o tráfego pode ser redirecionado para outras rotas.

No entanto, se os acidentes danificarem elos muito estratégicos, por exemplo no Mediterrâneo ou no Mar Vermelho, recentemente muito afetados por este tipo de problemas, o tráfego de dados pode ser interrompido, esclareceu Lamanauskas.

Um caso extremo ocorreu em 2022 em Tonga, quando erupções vulcânicas e tsunamis no Oceano Pacífico deixaram a ilha-Estado de Tonga “isolada” da internet durante várias semanas, tendo sido necessários cerca de 18 meses para reparar os danos então sofridos.

Nos últimos dias, as autoridades da Finlândia, Suécia e Lituânia têm estado a investigar danos sofridos quase em simultâneo nos seus cabos submarinos.

A principal suspeita é que os danos tenham sido causados pela âncora do cargueiro chinês Yi Peng 3, até porque os dados de tráfego marítimo mostram o navio nas proximidades de ambos os cabos no momento em que foram detetadas as roturas.

O Yi Peng 3 está ancorado há dias no estreito de Kattegat, em águas internacionais, entre a Dinamarca e a Suécia, escoltado por vários navios patrulha dinamarqueses, suecos e alemães para evitar que continue a navegar e saia do Báltico.

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Excedente orçamental encolhe até outubro. Receita com IRS cai 1,8%

Excedente até outubro diminui para 3,3 mil milhões de euros. Receita fiscal subiu 3,7%, apesar da queda de 1,8% registada com o IRS. Despesa sobe.

O Estado registou um excedente orçamental de 3.302 milhões de euros até outubro, na ótica de caixa, uma diminuição de 2.403 milhões de euros face ao acumulado até setembro e de 6.067,9 milhões de euros face ao período homólogo, de acordo com os dados da Direção-Geral do Orçamento divulgados esta sexta-feira. A receita fiscal do Estado continuou a subir, mas o valor arrecadado com o IRS caiu 1,8% face a igual período do ano passado devido à atualização das tabelas, enquanto o IRC aumentou 16,5%.

A evolução do saldo orçamental até outubro face ao mesmo período do ano passado resulta de um aumento da despesa (11,8%) superior ao da receita (7,6%). O resultado encontra-se influenciado pela transferência, em 2023, da totalidade das responsabilidades asseguradas através do Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos (FPCGD) para a Caixa Geral de Aposentações (CGA), no valor de 3.018,3 milhões de euros, uma operação que não teve impacto no saldo em contas nacionais, assumindo uma natureza financeira.

Fonte: Direção-Geral do Orçamento

A despesa do Estado subiu 11,8% até outubro, com a primária a aumentar 12,5%, resultado sobretudo do incremento nas transferências, nos encargos com pessoal e na aquisição de bens e serviços. O aumento da despesa de 14,4% com transferências está particularmente com pensões e outros abonos, quer no âmbito do regime geral da Segurança Social, quer no respeitante ao regime de proteção social convergente da CGA, refletindo a atualização do valor das pensões e o ‘bónus’ atribuído pelo Governo aos pensionistas nesse mês.

A DGO destaca que as transferências são também influenciadas pelas verbas para mitigar o impacto geopolítico e da inflação, associadas à disrupção dos mercados e à subida dos preços dos produtos energéticos.

A pressionar a despesa está também o aumento de 11,7% verificado na aquisição de bens e serviços (11,7%), essencialmente para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e ao subsetor da Administração Local, enquanto as despesas com pessoal subiram 8,3%, influenciada pela atualização função pública, da medida especial de aceleração das carreiras e de alterações a carreiras específicas, com maior impacto nos setores da saúde e da educação.

O investimento cresceu 8,1% face ao período homólogo, excluindo os encargos com as Parcerias Público-Privadas (PPP) e as medidas extraordinárias.

Receita fiscal sobe 3,7%

O Estado arrecadou até outubro mais 3,7% com impostos, atingindo 49.130,4 milhões de euros, com a receita com impostos diretos a subir 3,6% e com impostos indiretos 3,8%. A receita com o IRS caiu 1,8%, para 14.214,8 milhões de euros, enquanto com o IRC aumentou 16,5%, para 7.922,2 milhões de euros.

Entre os impostos indiretos, o IVA continua a representar fonte de receita, tendo registado uma subida de 2,6%, para 19.239,0 milhões de euros. Já a receita com Imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP) avançou 9,7%, para 2.836,3 milhões de euros, e o Imposto de Selo 11,2%, para 1.802,1 milhões de euros.

Ademais, as contribuições para Segurança Social, CGA e ADSE aumentaram 10,9% para 64,4 milhões de euros e a receita não fiscal subiu 31,2% para 4.492,4 milhões de euros.

Défice do SNS agrava-se

O défice financeiro do SNS agravou-se até outubro face a igual período do ano passado, passando de um saldo negativo de 476,3 milhões de euros para 665,7 milhões de euros. A influenciar esta evolução está um aumento da receita (8,1%) inferior ao da despesa (9,4%).

Na despesa destacam-se a subida de 12,9% de encargos com pessoal, de 6,4% de aquisição de bens e serviços e de 43,1% de transferências correntes.

(Notícia atualizada com mais informação às 16h29)

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Oito filmes de turismo portugueses premiados em circuito mundial. Portugal foi o país mais distinguido

Com oito produções a serem premiadas, Portugal foi o país com mais filmes distinguidos na 36.ª edição dos World Tourism Film Awards.

Foram oito os filmes nacionais de turismo premiados na 36.ª edição dos World Tourism Film Awards pelo International Committee of Tourism Film Festivals (CIFFT), organismo afeto à Organização Mundial do Turismo (OMT). Os prémios distinguem os filmes que mais pontos conquistam ao longo de um ano no circuito internacional de festivais de cinema de turismo.

Com estas oito distinções, Portugal foi o país mais premiado. No evento foram receberam prémio projetos do município da Nazaré, da Conservas Pinhais, do Turismo Centro de Portugal, do Turismo do Porto e Norte de Portugal, do município das Caldas da Rainha, do Museu de Serralves, da Associação Rota Vicentina e de um consórcio entre os municípios de Ponte de Lima, Barcelos, Paredes de Coura e Valença.

O filme “Nazaré – Bigger Than Life“, do município da Nazaré, foi um dos grandes vencedores do circuito, conquistando o primeiro lugar na categoria “Cidades”. O filme, produzido pela Oonify, promove o concelho que reúne, nos seus 82,5 km2, “diversidade, tradição e modernidade”.

Nuri the fishermen’s daughter“, para a Conservas Pinhais, foi também distinguido com o primeiro lugar na categoria de “serviços turísticos”. No filme, que pode ser visto aqui, acompanha-se a história de uma mulher portuguesa residente em Nova Iorque que, no seu aniversário, não consegue falar com o pai, um pescador que vive numa pequena aldeia piscatória portuguesa. Até que ouve alguém tocar à campainha. A produção foi da Dirnhofer Filmproduktion.

Produzido pela Lobby Films and Advertising, em parceria com a Caetsu Two, “For Sure, they are from the north” conquistou o terceiro lugar na categoria “regiões”. “No Porto e Norte de Portugal há espaços únicos, de alma intensa e coração cheio. Mas mais do que o território, as vivências e a gastronomia, há ali algo que não se vê em mais lado nenhum, as gentes do Porto e do Norte. Únicas, que acolhem todos com um sorriso na cara e um abraço caloroso e forte”, lê-se na sinopse do projeto da Turismo do Porto e Norte de Portugal.

The landscape we choose“, produzida pela DWEST para a Associação Rota Vicentina, visa celebrar o décimo aniversário da associação, através de uma autêntica “viagem” pela costa sudoeste de Portugal, de uma perspetiva holística.

O filme “It’s only 3 days”, do Turismo do Centro de Portugal, conquistou o quarto lugar na categoria “regiões”. Produzido pela Lobby Films and Advertising, consiste numa “espécie de road-trip pelo verdadeiro Centro de Portugal, sem make-up, umas vezes acompanhados por amigos, outras sozinho e outra por quem vamos conhecendo”, refere-se na descrição do vídeo.

Produzido pela Lightbox Film & Adverstising para um consórcio entre os municípios de Ponte de Lima, Barcelos, Paredes de Coura e Valença, o filme “Portuguese Central Way to Santiago. This is the Way” conseguiu o quinto lugar na categoria de “produtos turísticos”. No vídeo promove-se aquele que é o caminho com maior tradição de peregrinação em Portugal, num percurso “marcado pela história, pelas lendas, pelo património, pelas gentes e pela excelência da paisagem”, lê-se na descrição.

O filme “Caldas da Rainha Magnificent”, produzido pela Eureka Films para o município de Caldas da Rainha, conquistou também um quinto lugar, mas desta feita na categoria “Cidades”. O spot, que promove a cidade tendo por base os recursos turísticos artesanais endógenos do território, resultou do “Art&Factory”, iniciativa integrada no festival de cinema de turismo “Art&Tur”, que todos os anos decorre no Centro de Portugal.

Também em quinto lugar ficou o projeto “Interconnected“, do Museu de Serralves e produzido pela Lobby Films and Advertising, na categoria de “serviços turísticos”. “Visitei pela primeira vez os Jardins de Serralves quando tinha cerca de oito ou nove anos. Ainda hoje me lembro do que senti. Surpresa, espanto, descoberta, recantos, magia, o seu lado misterioso que nos transporta para muitos filmes e estimula a imaginação. Os Jardins de Serralves vão além das imagens, da história e das palavras, colocando-se no espaço da magia e da fantasia. É esta energia, este sentimento, que coloco neste filme, e celebro os jardineiros que mantêm este espaço vivo”, refere o realizador Telmo Martins, na sinopse do trabalho.

Além destes oito projetos, o projeto “We Are What We Feel“, da PortugalNTN, ganhou ainda a categoria de “People’s Choice”. O spot procura mostrar como a PortugalNTN, empresa de animação turística, pode ajudar a proporcionar diferentes experiências territoriais, adaptadas às preferências e expectativas de cada pessoa.

“Esta edição dos World Tourism Film Awards revelou a criatividade excecional da nossa indústria. Os filmes vencedores exemplificam o poder transformador do storytelling no turismo, para inspirar audiências em todo o mundo”, refere Alexander V. Kammel, diretor do CIFFT, citado em comunicado.

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ChatGPT “Amália” vai custar 5,5 milhões e ser financiado pelo PRR

"Amália" é a primeira iniciativa no âmbito da Agenda Nacional de Inteligência Artificial, que será "apresentada de forma consolidada no primeiro trimestre de 2025".

“Amália”, o ChatGPT português, deverá ter um custo de 5, 5 milhões de euros financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a sua versão intermodal, permitindo a interpretação de texto e vídeo, deverá estar concluída no final do 2º trimestre de 2026. “Amália” é a primeira iniciativa no âmbito da Agenda Nacional de Inteligência Artificial, que será “apresentada de forma consolidada no primeiro trimestre de 2025″.

“Amália” tem “previsto um investimento de 5,5 milhões de euros e um calendário de trabalho e desenvolvimento de 18 meses, do qual resultará uma primeira versão multimodal”, adianta o Ministério da Juventude e Modernização, em comunicado.

“A este valor acresce o vasto investimento já realizado em infraestrutura de computação, projetos de desenvolvimento e recursos humanos especializados que contribuirão em grande medida para o desenvolvimento do LLM” (large language model, em inglês), refere o Governo.

“O financiamento necessário à concretização do LLM Português é assegurado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e será desenvolvido inteiramente por entidades públicas. O financiamento do projeto estará exclusivamente destinado às entidades públicas envolvidas no desenvolvimento do Amália“, detalha o Governo.

O projeto anunciado por Luís Montenegro durante a Web Summit com data de arranque no primeiro trimestre de 2025. O Governo detalha agora que “Amália” é um projeto a 18 meses, período em que deverão ser conhecidas diversas versões “à medida que forem desenvolvidas novas funcionalidades”.

Assim, no final do primeiro trimestre de 2025, será disponibilizado uma versão beta do “Amália”, no final do terceiro trimestre de 2025 uma versão base e, por fim, no final do segundo trimestre de 2026, uma versão multimodal, isto é, “capaz de interpretar diversos formatos de dados”, como texto, imagem e vídeo.

“Todas as versões desenvolvidas serão disponibilizadas de forma gratuita e em open source, para que seja utilizado por todos, incluindo Academia, centros de investigação, entidades públicas, empresas e cidadãos”, precisa o Governo.

Quem está envolvido

O projeto — justificado como uma iniciativa que visa “contribuir para a preservação da soberania nacional, distinguir as diferentes variantes da língua portuguesa e reconhecer elementos da cultura e história de Portugal” — será desenvolvido por um consórcio de centros de investigação públicos, mas tendo também o contributo de entidades privadas.

No Governo esta iniciativa será “liderada conjuntamente” pela ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, “que tem competência delegada do Primeiro-Ministro relativamente à Inteligência Artificial”, e pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre.

A “execução operacional” será liderada pela Agência para a Modernização Administrativa — “responsável pela gestão da iniciativa e por assegurar as condições necessárias para a futura disseminação do LLM por todos os seus potenciais utilizadores públicos e privados” — e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. Esta será responsável “por coordenar, junto dos centros de investigação, o treino e desenvolvimento do LLM, assegurar a infraestrutura necessária para o treino e alojamento do LLM, e pelo tratamento e curadoria dos dados que serão utilizados para este treino e desenvolvimento”.

O treino e desenvolvimento do “Amália” será executado por um “consórcio liderado pelos centros de investigação Nova LINCS da Universidade Nova de Lisboa, Instituto de Telecomunicações e Instituto Superior Técnico” e “integrará outros centros de investigação nacionais” no âmbito da Inteligência Artificial.

“Será também formado um Comité de Acompanhamento Especializado, constituído por peritos em Inteligência Artificial, como é disso exemplo o Center for Responsible AI“.

“Este grupo será responsável por assegurar as melhores práticas de desenvolvimento de Modelos de Linguagem de Grande Escala, o cumprimento dos princípios éticos e de segurança e aconselhar sobre o potencial de aplicações do modelo nos diversos setores de atividade”, detalha o Governo.

O Governo quer posicionar o Estado como um acelerador e impulsionador do ecossistema de investigação e inovação no âmbito da Inteligência Artificial, e criar bases fundacionais importantes para o desenvolvimento da tecnologia através de processos criativos e transformadores em Portugal”, assinala ainda Executivo em comunicado.

“Esta iniciativa de desenvolvimento do LLM Português é a primeira divulgada no âmbito da Agenda Nacional de Inteligência Artificial que será apresentada de forma consolidada no primeiro trimestre de 2025″, informa o Governo.

Está em consulta pública, desde 21 de novembro, a Estratégia Digital Nacional que integra a Agenda Nacional de Inteligência Artificial, onde está inserida esta iniciativa.

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Extrema-direita alemã quer saída da UE e do euro

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

A AfD defende que é "necessário que a Alemanha saia da UE e crie uma nova Comunidade Europeia”. O partido argumenta que as alterações climáticas são um fenómeno não "cientificamente esclarecido".

O programa para as legislativas antecipadas na Alemanha do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) pede a saída do país da União Europeia (UE) e da zona euro. “Consideramos necessário que a Alemanha saia da UE e crie uma nova Comunidade Europeia”, lê-se no programa eleitoral divulgado pela imprensa alemã e que deverá ser aprovado no congresso do AfD em janeiro, antes das eleições de 23 de fevereiro.

O programa é claramente contra a união monetária, contempla o resgate do euro “ilegítimo” e nota uma “transformação gradual” da UE num Estado central que nunca foi legitimado democraticamente. Sobre a política externa, o programa defende o restabelecimento das relações económicas com a Rússia, suspendendo as sanções, além de argumentar que o futuro da Ucrânia é fora da NATO e da UE.

O programa inclui secções que reiteram os apelos do partido para reduzir a imigração e restringir o direito de asilo, assim como a rejeição da transformação energética e das políticas contra alterações climáticas.

“É um fenómeno global causado por muitos fatores. A questão do envolvimento humano neste fenómeno é algo que não está cientificamente esclarecido. Não se deve permitir uma chamada viragem energética com custos na ordem dos milhares de milhões”, defende a AfD, que enumera vantagens nas emissões de dióxido de carbono e defende o regresso à energia nuclear e a inversão do abandono progressivo do carvão.

O programa tem ainda um capítulo crítico da alegada demonização do “homem branco” e ataques a organizações multilaterais como a ONU ou a Organização Mundial de Saúde (OMS), nas quais o partido vê uma tendência para se tornarem governos supranacionais sem legitimação democrática.

O AfD apela a uma reforma da OMS ou à saída da Alemanha da mesma. Na política de saúde, o programa defende a medicina alternativa e pronuncia-se contra a alegada pressão sobre os cidadãos para serem vacinados contra determinadas doenças. O AfD está em segundo lugar em todas as sondagens, com 17 a 19%. Os outros partidos excluíram a possibilidade de formar uma coligação com a extrema-direita.

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Juros da dívida francesa igualam os da Grécia pela primeira vez desde 2008

Impasse orçamental eleva custo da dívida de França para níveis históricos. A yield das obrigações do Tesouro a 10 anos já negoceiam perto dos 3%, o valor mais elevado desde a crise soberana do euro.

Os investidores continuam a pressionar as obrigações do Tesouro francês, por conta dos poucos (ou mesmo nenhuns) sinais sobre um potencial acordo entre o Governo liderado por Michel Barnier e a oposição liderada por Marine Le Pen para um entendimento relativamente à aprovação do Orçamento do Estado para 2025.

A pressão sobre as obrigações francesas intensificou-se nos últimos dias, refletindo a crescente preocupação dos investidores com a estabilidade política e a saúde das finanças públicas de França. As yields das obrigações francesas a 10 anos – apesar de nesta sexta-feira estarem em ligeira queda (tal como sucede com a maioria dos países da Zona Euro) – atingiram níveis semelhantes às da Grécia, um fenómeno não observado desde 2008, pouco antes da crise financeira do subprime.

Esta convergência é particularmente significativa, considerando que durante a crise da dívida soberana as yields gregas eram substancialmente superiores às francesas. Desde 25 de novembro que as yields das obrigações a 10 anos de França têm superado as taxas das obrigações gregas durante alguns momentos do dia. Atualmente, as yields das obrigações francesas a 10 anos negoceiam muito próximo dos 3%, igualando as taxas das obrigações gregas, e encontrando-se ao nível de 2012, justamente no período da crise soberana da Zona Euro.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

A instabilidade política em França é um fator crucial por trás deste aumento no custo da dívida. O governo do primeiro-ministro Michel Barnier enfrenta dificuldades para aprovar o orçamento de 2025, devido a um parlamento dividido e à ameaça de votos de desconfiança tanto da esquerda quanto da extrema-direita.

Esta situação levou a que o prémio de risco de França disparasse na quarta-feira, com o spread das obrigações francesas a 10 anos face às alemãs a atingir cerca de 84 pontos base, quase igualando o spread das obrigações gregas. Nas maturidades mais curtas, França já é vista como mais arriscada do que a Grécia.

A líder da extrema-direita, Marine Le Pen, que detém uma influência significativa no parlamento dividido de França, deu ao primeiro-ministro Michel Barnier até segunda-feira para aceder às suas exigências orçamentais antes de decidir se derruba o governo.Lusa

Pressão sobe de nível na próxima semana

Enquanto França luta com estes desafios, outros países anteriormente considerados problemáticos na Zona Euro, como Portugal, Espanha e Grécia, têm conseguido melhorar as suas posições fiscais e reduzir os seus custos de financiamento. A dívida pública nacional, por exemplo, deverá cair para 93,3% do PIB no final do próximo ano (em 2024 era de 134% do PIB), enquanto a dívida pública grega caiu de um rácio de 223% do PIB no primeiro trimestre de 2021 para 160% do PIB em meados deste ano.

A situação atual coloca França numa posição delicada nos mercados financeiros. A incapacidade do governo francês em aprovar medidas fiscais rigorosas pode levar a uma maior deterioração da confiança dos investidores e potencialmente resultar em custos de financiamento ainda mais elevados.

Esse cenário ganhou novos contornos esta sexta-feira com Marine Le Pen, líder da extrema-direita, a aumentar a pressão sobre o Governo, dando a Michel Barnier até segunda-feira para aceder às suas exigências orçamentais antes de decidir se derruba o governo.

Se o National Rally de Marine Le Pen decidir apoiar uma moção de censura, o Governo de Michel Barnier poderá cair já na próxima quarta-feira, esperando-se com isso uma nova subida das yields das obrigações do Tesouro francês.

O National Rally de Marine Le Pen exige que Michel Barnier altere os planos orçamentais para 2025, que incorporam 60 mil milhões de euros em ajustes fiscais. Essas exigências englobam o abandono da proposta de redução dos reembolsos de medicamentos, o estabelecimento de uma moratória sobre novos impostos ou aumentos para a maioria dos cidadãos, a indexação das pensões à inflação a partir de 1 de janeiro e a implementação de políticas mais rigorosas em matéria de migração e criminalidade.

Se o National Rally decidir apoiar uma moção de censura, o Governo de Michel Barnier poderá cair já na próxima quarta-feira, esperando-se com isso uma nova subida das yields das obrigações do Tesouro francês, encarecendo ainda mais os novos empréstimos obrigacionistas dos gauleses.

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Líder da construção na Madeira constrói empreendimento de 40 milhões no Funchal

Grupo de Avelino Farinha está a construir um novo empreendimento no Funchal, com 106 apartamentos e preços a partir de 300 mil euros. A inauguração, já com a nova marca Lodge, deverá ocorrer em 2026.

O grupo AFA, liderado por Avelino Farinha, está a construir um novo empreendimento de 40 milhões de euros no centro do Funchal. Intitulado de Lodge Torrinha, o complexo é composto por 106 apartamentos de tipologias T1, T2 e T3, com preços a partir de 300 mil euros. A obra estará concluída até final de 2026.

“A escolha da Madeira para o primeiro projeto da nova marca reflete o nosso ADN, a nossa origem, sendo esta a localização onde tradicionalmente lançamos os nossos novos empreendimentos, em áreas que consideramos privilegiadas”, afirma Victor de Sousa, diretor geral da AFA Real Estate, em comunicado.

Os apartamentos estão distribuídos em dois edifícios de seis pisos e as áreas comuns dispõem de um rooftop com solário e piscina, com vistas panorâmicas para o Funchal e para o Atlântico. O empreendimento foi projetado pelo ateliê RH+ Arquitectos e a construção está a cargo da Afavias — empresa onde Avelino Farinha detém participação maioritária.

Complexo Lodge Torrinha estará concluído em 2026AFA Real Estate

Este novo projeto assinala, também, o lançamento da Lodge, a nova marca do grupo para o segmento premium. “A marca Lodge permite-nos diversificar a nossa oferta imobiliária e apostar num segmento distinto”, conta o diretor geral da AFA Real Estate.

Antes deste passo com a marca Lodge, o empresário madeirense reforçou em 2015 a sua presença no setor com a aquisição dos hotéis Savoy ao empresário Joe Berardo, num negócio de 115 milhões de euros. Em 2019, 20 anos após ter construído o primeiro hotel na Calheta, terra natal de Farinha, o grupo lançou uma nova imagem dos hotéis Savoy Signature, à boleia da inauguração do imponente Savoy Palace, e a marca Savoy Residence, para uma gama imobiliária mais elevada, no Funchal.

O madeirense José Avelino Aguiar Farinha, único acionista do Grupo AFA, foi um dos detidos no âmbito da investigação por suspeitas de corrupção na Madeira. Constituído arguido, acabou por ficar em liberdade, com termo de identidade e residência (TIR) depois do juiz considerar não haver indícios fortes de que os arguidos tenham praticado qualquer crime, nomeadamente o de corrupção.

Com ligações ao regime político na região e amizade a Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional entre 1978 e 2015, Farinha começou a destacar-se como empresário em 1981, tinha então 20 anos, quando fundou a sua empresa de construção, e é considerado o “campeão” dos ajustes diretos e das obras públicas na Madeira, com o grupo por ele controlado a ganhar a maioria das obras.

O Grupo AFA fatura cerca de 300 milhões de euros por ano, dos quais 200 milhões através da Afavias, a empresa responsável pelo negócio da construção civil e das grandes obras, de acordo com os dados tornados públicos aquando da audição de Avelino Farinha na comissão de inquérito no parlamento madeirense, em março do ano passado.

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Passes Navegante na região de Lisboa sem aumentos de preços em 2025

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

À semelhança dos passes Navegante, os bilhetes ocasionais da Carris Metropolitana também não vão aumentar.

Os passes Navegante vão manter os preços em 2025 na Área Metropolitana de Lisboa (AML), assim como os bilhetes ocasionais referentes à Carris Metropolitana, anunciou esta sexta-feira a AML, após uma reunião do Conselho Metropolitano de Lisboa.

“Aprovámos a não alteração dos preços do Navegante. Portanto, assumimos a responsabilidade de internalizar estes custos para não aumentar para os cidadãos e para aqueles que utilizam os transportes, para tornar cada vez mais o transporte mais acessível“, disse à Lusa o primeiro secretário metropolitano, Carlos Humberto.

“Não sei como vai ser no resto do país, uma vez que desta vez o Governo não deu esta indicação, e, portanto, esta é uma decisão” dos municípios da AML, acrescentou.

Segundo Carlos Humberto, os bilhetes ocasionais da Carris Metropolitana também não vão aumentar.

“No entanto, não temos o poder para dizer que os outros operadores [como a CP, a Transtejo, a Soflusa, Carris de Lisboa ou Metropolitano] não aumentam os seus bilhetes ocasionais. Sobre o Navegante sim, assumimos essa decisão e o compromisso financeiro. Os ocasionais na Carris Metropolitana também não aumentarão, os restantes ocasionais é uma decisão de cada um“, disse.

Não temos o poder para dizer que os outros operadores [como a CP, a Transtejo, a Soflusa, Carris de Lisboa ou Metropolitano] não aumentam os seus bilhetes ocasionais.

Carlos Humberto

Primeiro secretário metropolitano

Na reunião foi também aprovado o plano de orçamento da TML, num valor superior a 300 milhões de euros para 2025, e que pressupõe um aumento da oferta.

Desde o início do ano até outubro, subimos mais de 20% os passageiros transportados. Portanto, é uma constante. Mesmo do mês passado para este mês continuam a subir. Já estamos quase nos 700 milhões de passageiros transportados”, disse.

A AML é composta por 18 municípios das margens norte e sul do Rio Tejo, nomeadamente Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

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Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessora Groupe ISAGRI na aquisição da FILOSOFT

A equipa da Cerejeira Namora, Marinho Falcão que assessorou o Groupe ISAGRI foi coordenada pelo sócio Pedro da Costa Mendes e contou, entre outros, com o apoio de João Gutierres (Associado Sénior).

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessorou o Groupe ISAGRI, relevante grupo de capitais franceses e líder europeu na área da tecnologia da informação para a agricultura, viticultura e pecuária, no processo de aquisição da totalidade das participações sociais da FILOSOFT, Lda, sociedade especializada em software de faturação, contabilidade, fiscalidade, processamento de salários para escritórios de contabilidade e empresas. O Groupe ISAGRI efetivou a aquisição através da CentralGest, SA., sua subsidiária em Portugal.

A equipa da Cerejeira Namora, Marinho Falcão que assessorou o Groupe ISAGRI foi coordenada pelo sócio Pedro da Costa Mendes e contou, entre outros, com o apoio de João Gutierres (Associado Sénior). A assessoria compreendeu todo o processo de preparação, negociação e finalização da documentação da transação, bem como o acompanhamento da due diligence efectuada por conta da CentralGest.

O Groupe ISAGRI tem um volume de negócios global de 340 milhões de euros e conta com mais de 3 mil colaboradores, espalhados por 13 países. Esta operação de aquisição coloca a CentralGest entre os líderes em Portugal em SaaS, soluções full web para contabilistas e seus clientes. Através desta aquisição, mais de 35% das empresas de contabilidade portuguesas e dos seus clientes confiam no software e serviços da CentralGest, subsidiária portuguesa do Groupe ISAGRI. O objetivo da CentralGest é atingir 50% de quota de mercado dos escritórios de contabilidade em Portugal, no prazo de quatro anos.

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Insolvência com recuperação? Tribunal decide futuro da dona da Visão em breve

O plano de PER foi formalmente encerrado esta sexta-feira. Cabe agora ao tribunal decidir se aceita insolvência com reestruturação. Para dia 4 está marcada uma concentração de trabalhadores.

O futuro da Trust in News (TiN), dona da Visão, da Exame, da Caras e do Jornal de Letras, deve ser conhecido entre esta sexta-feira e o início da próxima semana.

Esta sexta-feira foi publicado o despacho de recusa homologação do plano de revitalização e declarado encerrado o processo especial de revitalização (PER), formalidade que antecede a decisão sobre o processo de insolvência.

Como o +M avançou no dia 12, a Trust in News reconheceu estar insolvente, mas avançou para a apresentação de um plano de insolvência com recuperação, após ter falhado a aprovação do Plano Especial de Revitalização (PER).

Cabe agora ao tribunal decidir se aceita, ou não, que a empresa avance para o processo de insolvência com restruturação. Se a decisão for em sentido positivo, deve ser nomeado o administrador de insolvência e marcada a assembleia de credores, na qual é apresentada a proposta de reestruturação da empresa. Em sentido contrário, se o pedido for chumbado, a empresa é declarada insolvente.

Entretanto, para dia 4 de dezembro, de acordo com um comunicado do Sindicato dos Jornalistas, os trabalhadores da TiN marcaram uma concentração pública, com o objetivo de “trazer maior consciencialização da sociedade para a situação difícil que os trabalhadores e os títulos atravessam“. A concentração vai decorrer entre as 18h00 e as 21h00 na Praça de Luís de Camões (também conhecida como Largo Camões, junto ao Chiado), em Lisboa.

 

(notícia atualizada às 17h05)

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Ana Isabel Batista é a nova sócia da Garrigues

Ana Isabel Batista passa a sócia da Garrigues no dia 1 de janeiro de 2025. A advogada centra a sua prática na área de Fiscal.

A Garrigues promoveu Ana Isabel Batista a sócia, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2025. A advogada centra a sua prática na área de Fiscal.

Para além de Ana Isabel Batista, a firma promoveu um total de 17 novos sócios em várias áreas de prática, com destaque para o grupo G-advisory, dedicado à consultoria estratégica em energia e ESG.

“Estas promoções refletem a diversidade da sociedade, tanto em termos de especialização como a nível geográfico, com sócios promovidos em 10 escritórios em quatro países”, revela o escritório.

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Orçamento do Estado para 2025 aprovado com a ajuda do PS

A proposta foi viabilizada com os votos favoráveis do PSD e CDS, a abstenção do PS e a rejeição do resto da oposição. As mais de 240 alterações aprovadas trazem mais de 300 milhões de despesa extra.

O Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) foi aprovado esta sexta-feira, sem surpresas, em votação final global, com os votos favoráveis dos dois partidos que suportam o Governo, o PSD e o CDS, a abstenção do PS e o voto contra dos restantes partidos.

O documento sai da especialidade com alterações face à proposta original. Entre as novas medidas do PSD, CDS e do PS, a “fatura” para o próximo ano sobe, pelo menos, cerca de 314 milhões de euros, a que poderão ainda somar-se mais 400 milhões se o Governo voltar a atribuir o “bónus” aos pensionistas. Contra a vontade do Governo, a proposta do PS para um aumento extraordinário permanente para os pensionistas no próximo ano teve “luz verde”.

Na especialidade foram viabilizadas 243 propostas de alteração, entre as quais 57 do PSD e CDS. Nas contas finais, o maior vencedor da oposição em propostas aprovadas foi o PAN (46 iniciativas), seguido pelo PCP (34) e pelo Livre (29) – estes foram também dos partidos que apresentaram dos maiores números de propostas de alteração.

Seguem-se na lista o Bloco de Esquerda (27) e o Chega (26), partido que pela primeira vez conseguiu vitórias na especialidade, chegando assim ao fim a prática dos últimos anos de sair desta fase do processo sem qualquer proposta viabilizada.

Por seu lado, o PS viu passarem 18 iniciativas e a IL seis. Apesar deste retrato, o PS é o partido que faz a maior mossa ao Executivo, devido ao aumento permanente das pensões em 1,25 pontos percentuais. Ainda assim, o Governo conseguiu ver confirmada a redução de IRC de 21% para 20%, bem como o novo IRS Jovem, conforme os socialistas se tinham comprometido.

Montenegro cola PS e Chega ao Orçamento

Reagindo à aprovação do documento, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que o OE2025 é da responsabilidade do Governo, mas que o PS e o Chega são corresponsáveis, argumentando que viram integradas algumas das suas propostas ou viabilizaram outras à revelia do Executivo.

“Esta etapa está superada. Estão criadas as condições para utilizar o Orçamento como deve ser usado”, afirmou, em declarações nos Passos Perdidos da Assembleia da República, após a aprovação final global do documento, destacando que a viabilização foi feita num “contexto parlamentar difícil. Mas destacou “um forte comprometimento das principais forças políticas parlamentares”.

Orçamento “tem a corresponsabilidade do PS e do Chega, por quanto várias das decisões tomadas foram tomadas com o apoio desses partidos, mesmo aquelas que foram tomadas contra a vontade do Governo”, afirmou Luís Montenegro.

Embora tenha realçado que o OE2025 é do Governo e dos dois partidos que o suportam (PSD e CDS), “tem a corresponsabilidade do PS e do Chega, por quanto várias das decisões tomadas foram tomadas com o apoio desses partidos, mesmo aquelas que foram tomadas contra a vontade do Governo”, justificou.

O Chefe de Governo considerou, assim, que “este é um Orçamento que, do ponto de vista político, dá esperança ao país, porque contempla o essencial do Programa de Governo, mas também contempla muitas das propostas mais importantes desses partidos”.

PS rejeita apoio ao Governo

Do lado da oposição, à saída do hemiciclo, e depois de ter viabilizado o OE2025, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, voltou a argumentar que só deixou passar a proposta orçamental por duas razões. Primeiro, “o PS é e foi sempre um partido com sentido de Estado e de responsabilidade e aquilo que não queríamos era colocar o país perante a iminência de umas eleições poucos meses depois de umas eleições legislativas”. Segundo, o secretário-geral dos socialistas reconheceu “o recuo do Governo em traves mestras”, no que diz respeito ao IRC e IRS Jovem, “no decurso das negociações”.

O PS é e foi sempre um partido com sentido de Estado e de responsabilidade e aquilo que não queríamos era colocar o país perante a iminência de umas eleições.

Pedro Nuno Santos

Secretário-geral do PS

Pedro Nuno Santos quis, no entanto, separar o trigo do joio, deixando claro que em nenhum momento o PS passa a ser suporte deste Governo”. “Até porque à medida que o tempo passa, vamos constatando que estamos perante um Governo profundamente incompetente. Todos os dias, vamos comprovando isso seja na saúde, educação ou Segurança Social”, criticou.

Em relação a futuros orçamentos deste Governo, o PS ficará em silêncio até conhecer os respetivos conteúdos. “Não voltaremos a falar de Orçamentos até à sua entrada na Assembleia da República. Serei muito disciplinado nesta matéria”, vincou.

Governo acusa socialistas de contradições, PS defende que se acabaram “as desculpas”

Apesar da abstenção do PS, o Governo não escapou incólume às críticas dos socialistas. No discurso de encerramento do debate, a líder parlamentar dos socialistas, Alexandra Leitão, defendeu que, com a aprovação do documento, “acabou a dramatização a que o Governo votou todo este processo”.

“Acabaram-se as desculpas, as manobras de diversão e a vitimização. O Orçamento é do Governo, as opções são do Governo, a responsabilidade é do Governo”, disse, garantindo que o PS “continuará a fiscalizar a atuação do Governo”, até porque defendeu que este é um “mau Orçamento”.

Uma posição rebatida pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, escolhido pelo Executivo para fechar o debate. O governante defendeu que era “fácil ceder à tentação” no que toca ao OE, mas o Governo escolheu centrar-se no “esforço” de diálogo.

“Quem lidera o Governo, não pensou no benefício eleitoral, nem no benefício próprio”, disse, acrescentando “a decisão de Luís Montenegro foi uma decisão à Sá Carneiro”. Mas atirou ainda ao PS, considerando que o partido “passou de prever o descontrolo das contas públicas, para agora dizer que em 2025 há folgas orçamentais para subir ainda mais as pensões”.

“Não tinham razão antes e continuam sem ter razão agora”, disse, enquanto o Chega e a IL consideraram que o documento é de continuidade face à governação socialista, o PCP e BE criticaram as opções da proposta, mas também responsabilizaram o PS pelo contexto do país e o Livre classificou a proposta como sendo “de retrocesso”.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h08)

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