Evitar crise é sempre de bom-tom, defende António Vitorino

  • Lusa
  • 13 Março 2025

"Neste momento o país está sobretudo focado na preparação, tudo leva a crer, de eleições legislativas, menos os jornalistas”, ironizou Vitorino, sem adiantar se será candidato presidencial.

O socialista António Vitorino disse esta quinta-feira que “evitar crises é sempre de bom-tom”, mas “quando elas não são evitáveis” confia nos mecanismos da democracia para as superar.

“Evitar crises é sempre de bom-tom, mas quando elas não são evitáveis eu confio que a democracia portuguesa tem mecanismos para permitir a sua superação”, disse António Vitorino aos jornalistas à entrada para uma conferência sobre migrações, que decorre esta tarde, em Cascais.

Apontado como possível candidato socialista às eleições presidenciais de 2026, António Vitorino evitou mais uma vez responder às perguntas dos jornalistas sobre a matéria, estando ainda por clarificar se avança com uma candidatura. “Em relação ao conspecto geral da política obviamente que neste momento o país está sobretudo focado na preparação, tudo leva a crer, de eleições legislativas, menos os jornalistas”, disse o presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo.

A reunião do Conselho de Estado convocada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, iniciou-se esta tarde para discutir a crise política aberta pelo chumbo da moção de confiança apresentada pelo Governo no parlamento, que levou à queda do executivo minoritário PSD/CDS-PP liderado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro.

Na quarta-feira, o chefe de Estado ouviu todos os partidos com assento parlamentar, que foram unânimes a defender que a solução para a crise política passa pela dissolução do parlamento e a convocação de eleições antecipadas.

A maioria dos partidos indicaram a data de 11 de maio como a preferida, outros defenderam que deve ser “o mais rápido possível”, e apenas BE, CDS-PP e PAN consideraram melhor ser a 18 de maio, todos oscilando entre as duas datas já admitidas publicamente por Marcelo Rebelo de Sousa em caso de eleições.

A atual crise política teve início em fevereiro com a publicação de uma notícia, pelo Correio da Manhã, sobre a empresa familiar de Luís Montenegro, Spinumviva, detida à altura pelos filhos e pela mulher, com quem é casado em comunhão de adquiridos – e que passou na semana passada apenas para os filhos de ambos, – levantando dúvidas sobre o cumprimento do regime de incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos públicos e políticos.

Depois de mais de duas semanas de notícias – incluindo a do Expresso de que a empresa Solverde pagava uma avença mensal de 4.500 euros à Spinumviva – de duas moções de censura ao Governo, de Chega e PCP, ambas rejeitadas, e do anúncio do PS de que iria apresentar uma comissão de inquérito, o primeiro-ministro anunciou a 05 de março a apresentação de uma moção de confiança ao Governo.

O texto foi rejeitado na terça-feira com os votos contra do PS, Chega, BE, PCP, Livre e deputada única do PAN, Inês Sousa Real. A favor estiveram o PSD, CDS-PP e a Iniciativa Liberal.

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Caso gémeas. PS diz que Casa Civil do Presidente da República “tratou processo de forma especial”

  • Lusa
  • 13 Março 2025

"Não persistem dúvidas, está provado que a Casa Civil tratou este processo de forma especial", afirmou o coordenador do PS na comissão de inquérito.

O PS considera que a Casa Civil do Presidente da República tratou o processo das gémeas luso-brasileiras “de forma especial” e “foi demasiado longe”, nas propostas de alteração que ao relatório preliminar da comissão parlamentar de inquérito.

“Não persistem dúvidas, está provado que a Casa Civil tratou este processo de forma especial”, afirmou o coordenador do PS na comissão de inquérito, em conferência de imprensa na Assembleia da República.

João Paulo Correia disse que a Casa Civil “foi demasiado longe em comparação com outros casos similares que chegaram à comissão de inquérito” e também no que toca aos emails trocados entre o chefe da Casa Civil, Frutuoso de Melo, e os assessores do Presidente da República e aos contactos telefónicos estabelecidos com o Hospital de Santa Maria.

O socialista considerou que houve um “interesse da Casa Civil de corresponder ao pedido de ajuda maior” que Nuno Rebelo de Sousa fez ao pai, o Presidente da República, com visa a que as crianças luso-brasileiras fossem tratadas em Lisboa.

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PS acusa Aguiar-Branco de ser “garante da instabilidade” no parlamento

  • Lusa
  • 13 Março 2025

Aguiar-Branco terá dito que o líder do PS fez "pior à democracia em 6 dias do que André Ventura em 6 anos" na reunião do PSD. O cargo de presidente da Assembleia da República é a "24 horas", diz PS.

O PS acusou esta quinta-feira o presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco, de fazer “afirmações graves” sobre o líder socialista e de participar num “jogo político concentrado em agarrar o poder” quando tem sido o “garante da instabilidade no parlamento”.

Em declarações à agência Lusa, a dirigente e vice-presidente da bancada do PS Marina Gonçalves criticou e refutou as palavras de Aguiar-Branco, que na quarta-feira à noite acusara o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, de ter feito “pior à democracia em seis dias do que André Ventura em seis anos”, numa intervenção à porta fechada no Conselho Nacional do PSD, embora, segundo fontes do partido, tenha assinalado que falava na qualidade de militante e não na de presidente da Assembleia da República.

Tendo em conta que é precisamente este presidente da Assembleia da República que tem normalizado comportamentos antidemocráticos, que num fórum partidário faz aquele tipo de afirmação, eu só consigo ver isso ou da normalização de uma direita mais alargada ou, que também pode ser complementar, num taticismo político e num jogo político concentrados apenas em agarrar o poder”, disse Marina Gonçalves.

Estas declarações vêm, segundo a deputada socialista, de quem “tem sido o garante da instabilidade no parlamento, o garante de um comportamento por parte de alguns grupos parlamentares que é completamente contrário ao estado de direito democrático”.

“Já é de uma gravidade extrema o normalizar de determinados partidos e comportamentos nesta Assembleia. Este tipo de afirmações ainda mais grave quando o faz, porque não há uma veste que se despe a cada momento, o presidente da Assembleia da República, independentemente do momento e do sítio onde o faz”, lamentou.

Para Marina Gonçalves, a questão do local onde foi dito ter sido uma reunião partidária e à porta fechada não retira gravidade já que “o presidente da Assembleia da República é-lo 24 horas” e tem uma “responsabilidade acrescida também na forma como é o garante da democracia”.

“Não duvido muito de que possa efetivamente achar que um comportamento do Chega é normal. Não duvido muito que o diga. Faz-me pouco mais de confusão que, normalizando esse comportamento, faça este tipo de ataques ao partido que tem sido o garante da estabilidade e já agora da sua própria eleição”, disse.

Segundo fontes presentes no Conselho Nacional do PSD de quarta-feira, que decorreu à porta fechada, e salientando falar na qualidade de militante e não na de presidente da Assembleia da República, o antigo ministro da Justiça considerou que a polémica das últimas semanas sobre a empresa Spinumviva, atualmente detida pelos filhos de Luís Montenegro, “é uma questão de regime”.

José Pedro Aguiar-Branco disse não considerar normal que um deputado possa definir o que é um valor justo para serviços prestados por uma empresa, que “um líder de um partido fundador da democracia” possa dizer o que se pode ou não fazer fora da política ou que um deputado se possa “substituir à Polícia Judiciária ou ao Ministério Público, para perseguir outros deputados, ministros ou primeiros-ministros”.

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Tiago Macaia Martins integra a Eversheds Sutherland

Tiago Macaia Martins irá integrar a equipa como associado principal e coordenador das áreas de Data Privacy, Disruptive Technology e Technology Transactions and Sourcing.

A sociedade de advogados Eversheds Sutherland reforçou a equipa de Data Privacy, Security and Technology com o advogado Tiago Macaia Martins.

“Com um percurso sólido na área, Tiago Macaia Martins irá integrar a equipa como associado principal e coordenador das áreas de Data Privacy, Disruptive Technology e Technology Transactions and Sourcing“, revela o escritório em comunicado.

Segundo a firma, esta contratação reforça o seu compromisso em “atrair talentos de excelência”, com um foco em inovação e tecnologia.

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StartUP Voucher tem cinco milhões para apoiar licenciados até aos 29 anos

O programa vai beneficiar 300 jovens e apoiar a criação de 150 projetos. O StartUP Voucher destina-se a licenciados até 29 anos e o montante investido por projeto poderá ascender os 20 mil euros.

O IAPMEI apresentou esta quinta-feira a nova edição do StartUP Voucher, um programa dirigido a jovens licenciados até aos 29 anos. O programa vai beneficiar 300 jovens e apoiar a criação de 150 projetos. O montante investido por projeto poderá ascender os 20 mil euros.

“O StartUP Voucher tem uma dotação de aproximadamente cinco milhões de euros, sendo que 70% é cofinanciado pelo Fundo Social Europeu (FSE)”, explica ao ECO Sandra Melo Alvim, chefe do departamento de empreendedorismo e financiamento do IAPMEI, durante a apresentação do evento a decorrer em Vila Nova de Gaia.

O StartUP Voucher tem uma dotação de aproximadamente cinco milhões de euros e vai beneficiar 300 jovens e apoiar a criação de 150 projetos.

Sandra Melo Alvim

Chefe do departamento de empreendedorismo e financiamento do IAPMEI

É um programa que financia na fase da ideia, uma solução que faz muita falta em Portugal já que a criação de uma empresa tem sempre custos“, disse o coordenador da InovaGaia, Luís Santos durante a apresentação desta quarta edição do StartUP Voucher.

Anteriormente o limite do programa era de 35 anos, nesta nova edição é dirigido a jovens licenciados até aos 29 anos, que residam numa das regiões NUTS II Norte, Centro ou Alentejo e que “apresentem projetos em fase de ideia que estejam alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS criados pela ONU) e adotem práticas ESG (Environmental, Social, and Governance)​”.

Além da capacitação, os apoios incluem bolsas mensais para os participantes, prémios intercalares durante o desenvolvimento dos projetos, e um prémio de concretização mediante a criação efetiva do próprio emprego.

Os prémios intercalares e de concretização “são formas de reconhecimento pelo progresso e conclusão bem-sucedida dos projetos”, explica o IAPMEI. O montante investido por projeto com dois bolseiros (bolsas + prémios) poderá ascender os 20 mil euros.

O programa decorre de 1 de janeiro de 2025 a 31 de dezembro de 2026, com dois períodos de abertura de candidaturas durante o ciclo do programa.

Nas três edições anteriores do StartUP Voucher foram apoiados mais de 800 projetos e criadas mais de 250 empresas.

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A partir de agosto, inquilinos vão poder registar contratos de arrendamento no Fisco

Portaria que define o modelo de comunicação à Autoridade Tributária foi publicada em Diário da República, com o Governo já em gestão e um ano e cinco meses depois do Mais Habitação o permitir.

A partir de 1 de agosto os inquilinos vão poder declarar o contrato de arrendamento no Portal das Finanças caso os senhorios não tenham cumprido essa obrigação legal. A portaria que define o modelo de comunicação foi publicada esta quinta-feira em Diário da República, com o Governo de Luís Montenegro em gestão, e um ano e cinco meses depois de a lei que aprovou o Mais Habitação assim o permitir.

A regulamentação desta medida vai permitir que os locatários acedam ao apoio extraordinário à renda ou ao Porta 65 e beneficiem da dedução no IRS das prestações pagas ao senhorio, cujo valor máximo a abater subiu este ano para 700 euros.

“Os locadores e sublocadores” — isto é, os proprietários — “têm a obrigação de comunicar à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) a celebração, alteração, ou cessação de contratos de arrendamento e subarrendamento, ou, no caso de promessa, da disponibilização do bem locado”, lembra o preâmbulo da portaria.

Caso os donos não registem os contratos, a lei n.º 56/2023, de 6 de outubro, que aprovou medidas no âmbito da habitação, conferiu “aos locatários e sublocatários” — ou seja, aos inquilinos — “a possibilidade de comunicarem os contratos de arrendamento, subarrendamento e respetivas promessas, bem com as suas alterações e cessação”, de acordo com o diploma.

Assim, a lei agora publicada aprova a “Comunicação do Locatário ou Sublocatário (CLS)”. A entrega deste formulário é facultativa e “é exclusivamente apresentada por transmissão eletrónica de dados, através do Portal das Finanças“, determina o mesmo texto legal.

O inquilino “deve indicar o motivo da comunicação, a qual deve ser acompanhada do contrato de arrendamento ou subarrendamento objeto da comunicação, bem como dos documentos que comprovem os elementos comunicados”, segundo a portaria.

“Caso a comunicação respeite a alterações ou cessação de contrato, deve ser indicado o número de identificação do contrato, conforme registado no Portal das Finanças”. Além disso, “por cada contrato de arrendamento ou subarrendamento, respetivas alterações e cessação, bem como contrato promessa com a disponibilização do bem locado, deve ser apresentada uma CLS“, de acordo com as regras que agora foram definidas.

O diploma, assinado pela secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, assinala ainda: “Sempre que se verifique a existência de qualquer erro, omissão ou inexatidão que prejudique ou impeça o correto tratamento da comunicação, o locatário ou sublocatário é informado desse facto no portal das Finanças, podendo suprir as deficiências ou omissões através da apresentação de nova CLS.”

Esta comunicação visa combater muitas situações de informalidade. Uma auditoria da Inspeção-Geral das Finanças (IGF), divulgada no ano passado e relativa a 2023, já tinha detetado que “60% dos contratantes arrendatários não tinha contrato de arrendamento registado/vigente e 25% dos contratantes proprietários, com contratos de fornecimento para vários artigos/frações, não tinha atividade declarada”.

A secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, indicou, no final do ano passado, que o Fisco já “acomodou uma boa parte das recomendações” da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) para um maior controlo dos arrendamentos ilegais, acrescentando que outras “estão a ser implementadas”.

No início de fevereiro, o grupo parlamentar do PS questionou o Ministério das Finanças sobre as razões do atraso na regulamentação da norma que permite a comunicação dos contratos pelos inquilinos, segundo um requerimento que deu entrada na Assembleia da República. Cerca de um mês depois, a portaria é publicada.

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Governo nomeia diretor do Centro Nacional de Pensões em regime de substituição

  • Lusa
  • 13 Março 2025

Miguel Filipe Neves de Sá foi nomeado diretor do Centro Nacional de Pensões "em regime de substituição". Despacho foi publicado esta manhã.

Miguel Filipe Neves de Sá foi nomeado diretor do Centro Nacional de Pensões “em regime de substituição”, sucedendo a Susana Rosa, que se demitiu do cargo em novembro, segundo o despacho publicado hoje em Diário da República.

Licenciado em Economia e pós graduado em Ciência Política e Relações Internacionais, Miguel Neves de Sá era desde agosto do ano passado diretor-adjunto do Centro Nacional de Pensões.

Segundo o despacho publicado hoje em Diário da República, e que produz efeitos em 07 de março, o Governo nomeou Miguel Neves de Sá para diretor do Centro Nacional de Pensões, à luz da vacatura do cargo, e dado que o economista “detém todos os requisitos previstos para o provimento do cargo e possui a competência técnica, aptidão, experiência profissional e formação adequadas ao exercício das funções”.

O Governo dá ainda nota de que vai pedir à “Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) a abertura de procedimento concursal para o provimento do cargo de diretor de Segurança Social do Centro Nacional de Pensões do Instituto da Segurança Social, I. P., em obediência às regras de recrutamento, seleção e provimento dos cargos de direção superior previstas no Estatuto do Pessoal Dirigente”, lê-se no despacho assinado pela secretária de Estado da Segurança Social, Filipa Lima.

Miguel Neves de Sá vai, deste modo, substituir Susana Rosa no cargo, que pediu a cessação da comissão de serviço em novembro, lugar que ocupava desde março de 2023 (quando foi nomeada pelo Governo PS) como diretora de Segurança Social do Centro Nacional de Pensões do Instituto da Segurança Social.

Miguel Neves de Sá é funcionário do Instituto da Segurança Social desde 2000, tendo também sido diretor do Núcleo de Invalidez e Velhice no Centro Nacional de Pensões, entre 2011 e 2012, diretor do Núcleo de Gestão de Pensões e Complementos no Centro Nacional de Pensões, entre 2013 e 2015 e diretor da Unidade de Apoio à Direção do Centro Nacional de Pensões, de 2015 a 2024, segundo a nota curricular publicada em Diário da República.

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Há mais novos contratos de trabalho a pagar o salário mínimo

Subidas do salário mínimo têm feito aumentar a sua prevalência no mercado de trabalho. Percentagem de novos contratos de trabalho com retribuição mínima cresceu 1,8 pontos entre 2015 e 2022.

Há dez anos consecutivos que o salário mínimo tem estado a subir em Portugal, tendo aumentado, em resultado, a sua prevalência no mercado de trabalho nacional. De acordo com um novo boletim do Banco de Portugal (BdP), entre 2015 e 2022, a percentagem de novos contratos de trabalho que pagam a retribuição mínima garantida subiu, passando a corresponder a quase um terço dos novos vínculos.

“As atualizações do salário mínimo nacional refletiram-se no número de novos contratos de trabalho celebrados com salário base igual [a esse valor]. A incidência do salário mínimo nacional em novos contrato aumentou 1,8 pontos percentuais entre 2015 e 2022, para 31,4%“, sublinha o banco central português, na análise que tem por base os dados dos Quadros de Pessoal relativos somente aos trabalhadores por conta de outrem a tempo completo (excluindo, a agricultura e pesca).

Entre os mais jovens (até 30 anos), o aumento da prevalência da retribuição mínima mensal garantida é ainda mais evidente: a percentagem em questão passou de 32,7% em 2015 para 36,5% em 2022, conforme mostra o gráfico abaixo.

Por outro lado, entre 2015 e 2022, os novos contratos celebrados com o salário mínimo nacional cresceram mais entre os trabalhadores com escolaridades mais baixas e diminuíram entre quem tem o ensino superior concluído.

Entre os indivíduos com ensino básico ou inferior, a subida foi de 6,5 pontos percentuais nos referidos sete anos, de 38,8% para 45,3%. Em comparação, entre quem tem o ensino secundário, o aumento foi de cinco pontos percentuais, para 35,7%. Já entre quem tem uma licenciatura, a percentagem de novos vínculos com o salário mínimo nacional caiu de 9,1% para 8,3%.

“Por nacionalidade, em 2022, 43% dos novos contratos de trabalhadores com nacionalidade estrangeira contemplavam um salário base igual ao salário mínimo nacional, o que compara com 29% no caso dos trabalhadores nacionais”, acrescenta o Banco de Portugal.

Salário mínimo já absorve vizinhança

Ano após ano, o salário mínimo nacional tem subido mais do que os demais vencimentos, o que tem levado a uma compressão dos ordenados da economia portuguesa. Esse aviso já vem sendo deixado há vários anos e os dados agora divulgados pelo BdP comprovam-no.

Olhando só para 2022, 3,4% dos trabalhadores que tinham estado na vizinhança do salário mínimo nacional em 2021 passaram a recebê-lo no novo ano, com o aumento da retribuição mínima fixado pelo Governo. Em 2021, 4,3% dos que estavam na vizinhança foram absorvidos. E em 2020, mais de 6%.

“Uma dimensão importante do aumento do salário mínimo nacional é o efeito sobre os salários dos trabalhadores próximos desse limiar. Entre 2015 e 2022, dos trabalhadores que permaneceram na mesma empresa em dois anos consecutivos, a percentagem de trabalhadores que recebia um salário base igual ao salário mínimo nacional e que assim continuou oscilou em torno dos 81% (Gráfico 11), enquanto a percentagem de trabalhadores que passou a auferir um salário base igual ao salário mínimo em resultado da absorção do escalão salarial pela atualização do salário mínimo se situou em torno de 4%“, observa o Banco de Portugal.

E argumenta, perante estes dados, que “em parte o número crescente de trabalhadores que aufere um salário base igual ao SMN reflete o impacto da atualização do salário mínimo nacional nos salários que estavam na sua vizinhança“.

Ficou mais difícil sair do salário mínimo

A percentagem de trabalhadores que entraram no mercado de trabalho a ganhar o salário mínimo nacional e que se mantiveram a receber esse ordenado nos anos seguintes tem aumentado, também por efeito dos aumentos já referidos. Ou seja, ficou mais difícil sair do salário mínimo nacional.

“Uma análise da duração dos salários destes trabalhadores revela que o tempo de permanência com um salário base igual ao salário mínimo nacional tem vindo a aumentar (Gráfico 13). No período mais recente (2016–2021), 52% dos trabalhadores continuou a auferir um salário base igual ao salário mínimo nacional no ano seguinte ao da sua entrada no mercado de trabalho, o que compara com 44% no período entre 2009 e 2015 e 40% no período entre 2002 e 2008″, detalha o banco central português.

Além disso, os dados mostram que, entre 2016 e 2021, dos trabalhadores que entraram no mercado de trabalho a ganhar o salário mínimo, 13% continuaram a receber esse mínimo passados seis anos (o que compara com 4% nos períodos 2002–2008 e 2009–2015).

No total, quase um quarto ganham salário mínimo

De acordo com o boletim divulgado esta quinta-feira pelo BdP, subiu para 23% a fatia de trabalhadores portugueses que ganham o salário mínimo nacional, isto é, quase um quarto da força de trabalho.

São as mulheres, os mais jovens, os trabalhadores com menos escolaridade, os trabalhadores com contratos a termos e os trabalhadores de nacionalidade estrangeira que estão mais expostos à retribuição mínima garantida, que é, além disso, mais prevalecente entre as empresas de menor dimensão.

Há também diferenças relevantes entre regiões geográficos: no interior, o salário mínimo nacional é mais comum. De acordo com a análise do Banco de Portugal, os concelhos com a prevalência mais elevada são Fornos de Algodres, Crato, Vinhais e Pedrógão Grande (cerca de 60%). Em contraste, Campo Maior (4,5%), Castro Verde (8,2%), Oeiras (9,2%) e Matosinhos (9,6%) ocupam os lugares opostos dessa tabela.

Por outro lado, os aumentos consecutivos do salário mínimo nacional traduziu-se na sua crescente importância a estrutura de remunerações nacional. O Índice de Kaitz mede o peso do salário mínimo no salário mediano. Ora, tradicionalmente, era a França o país do Euro com o índice mais elevado. Mas nos últimos anos, esse lugar tem sido ocupado por Portugal, o que reflete a subida mais acelerada do salário mínimo do que dos demais ordenados.

Já em jeito de conclusão, o BdP deixa algumas notas sobre a fixação do salário mínimo nacional, defendendo que tal deve ser feito num quadro coerente de políticas do mercado de trabalho, tendo em consideração a evolução da produtividade, a dinâmica da inflação e o ciclo económico.

“A dinâmica dos salários, em particular do salário mínimo nacional, pode ser uma fonte de pressão sobre os preços e sobre a competitividade de uma economia numa união monetária. Os aumentos salariais devem ter em consideração o dinamismo do mercado de trabalho e da economia, com destaque para os ganhos de produtividade dos trabalhadores e das empresas”, enfatiza o banco central português.

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Isaltino Morais pede “pacto de regime” a PS e PSD sobre habitação pública

  • Lusa
  • 13 Março 2025

Autarca de Oeiras pede ao PS e PSD que façam um "pacto de regime" para que, no prazo de dez anos, se alcance um mínimo de 10% de habitação pública em Portugal.

“Lanço o repto para que, efetivamente, nasça entre os dois grandes partidos, do centro político e da moderação, um verdadeiro pacto de regime que permita alcançarmos em Portugal um mínimo de 10% de habitação pública nos próximos dez anos”, apelou esta quinta-feira o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, num discurso na cerimónia de inauguração de um edifício de renda acessível em Carnaxide, Oeiras, na qual também participou o primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Para o autarca de Oeiras, “os desafios que o sistema democrático contemporâneo atualmente enfrenta determinam que os grandes partidos sejam capazes de gerar e encontrar consensos”, defendendo que são “o chão comum” do regime democrático português.

“Por si, só esta referência a 10 anos é já determinante para a necessidade de um pacto de regime entre os partidos centrais da vida democrática do nosso país. Desiderato que, nas circunstâncias políticas atuais, parece mesmo muito difícil, mas não é impossível”, sustentou, defendendo que “a missão de devolver aos portugueses o direito à habitação é uma tarefa para vários mandatos, por certo para vários governos e, naturalmente, para mais do que um partido”.

Depois de inaugurar um edifício no Alto da Montanha, em Carnaxide, composto por 64 habitações com rendas acessíveis e financiado quase exclusivamente com fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Isaltino Morais disse esperar que este seja o primeiro prédio da “segunda vaga de construção massiva de habitação pública em Portugal”.

Saberá a doutora Mariana Mortágua o impacto especulativo que causaria se agora o Estado começasse a comprar sem regra os escassos prédios devolutos dos centros históricos das cidades?

Isaltino Morais

Presidente da Câmara Municipal de Oeiras

“Esta aposta na habitação pública começou com um Governo de uma cor e está a ser perseguida com um Governo de outra cor. Alicerça-se na ação governativa dos dois partidos que representam o centro político do nosso sistema, os únicos que representam o conceito de moderação e democraticidade no nosso país”, defendeu.

Após este elogio a PS e PSD, Isaltino Morais criticou o que considerou serem “políticas demagógicas e populistas“, focando-se em particular no Bloco de Esquerda e no Livre, e nas críticas que fizeram à lei dos solos.

Isaltino defendeu que “não basta lamentar-se da falta de casas para a classe baixa e para a classe média e, depois, dizer que, afinal não se pode construir aqui, além ou acolá” e criticou a ideia de que a resposta para a crise na habitação passe apenas pela recuperação de prédios devolutos.

Saberá o doutor Rui Tavares quanto custa comprar um prédio num centro urbano e requalificá-lo? Não faz ideia. Saberá a doutora Mariana Mortágua o impacto especulativo que causaria se agora o Estado começasse a comprar sem regra os escassos prédios devolutos dos centros históricos das cidades?”, perguntou.

Para Isaltino Morais, “defender a construção de habitação pública e de seguida dizer que não se pode utilizar os terrenos existentes nem permitir à Câmara Municipal criar alternativas é um discurso que não passa de retórica, de pura de demagogia”.

“É pura propaganda de quem, mais uma vez, nada quer mudar. De quem quer que as pessoas continuem pobres porque só na pobreza existe revolta”, defendeu.

Criticando quem utiliza a lei dos solos para “lançar o anátema da corrupção sobre os autarcas“, Isaltino defendeu que essa lei serve para “devolver ao poder local as ferramentas de gestão do seu próprio território”, deixando uma promessa.

“Enquanto for presidente em Oeiras, os terrenos que vierem a ser convertidos por urbanos, os tais 70%, serão para habitação pública. Repito: exclusivamente para habitação pública. Criaremos em Oeiras mais três mil casas e teremos, assim, mais de 10% de habitação pública”, prometeu, pedindo ao próximo Governo mantenha “a prioridade da habitação pública na sua agenda governativa”.

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Morreu o antigo ministro social-democrata Miguel Macedo

  • Lusa e ECO
  • 13 Março 2025

Miguel Macedo desempenhou vários cargos políticos, entre os quais de deputado, líder parlamentar e ministro da Administração Interna. Era atualmente comentador na CNN Portugal.

O ex-ministro social-democrata Miguel Macedo morreu esta quinta-feira aos 65 anos, disse à Lusa fonte do PSD e avançou a CNN Portugal citando fonte familiar.

Miguel Macedo desempenhou vários cargos políticos, entre os quais de deputado, líder parlamentar e ministro da Administração Interna, entre 2011 e 2014, era atualmente comentador na CNN Portugal no programa “O Princípio da Incerteza”.

Natural de Braga, tornou-se militante da Juventude Social Democrata (JSD), aderindo posteriormente ao Partido Social Democrata. Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, foi dirigente da Associação Académica de Coimbra e era advogado.

Foi eleito deputado à Assembleia da República nas legislaturas iniciadas em 1987, 1991, 1995, 1999, 2002, 2005 e 2009, sempre pelo círculo de Braga. Os mandatos foram, contudo, interrompidos para assumir funções governativas. Primeiro como secretário de Estado da Juventude do primeiro Governo de maioria absoluta de Aníbal Cavaco Silva, entre 1990 e 1991, depois entre 2002 e 2005 como secretário de Estado da Justiça nos governos de Durão Barroso e de Pedro Santana Lopes.

Em 2011, entrou para o Governo de Pedro Passos Coelho como ministro da Administração Interna, abandonando o cargo em 2014, após serem divulgadas suspeitas de corrupção na atribuição do programa dos vistos gold. Na altura, Miguel Macedo abandonou o Executivo por considerar que tinha a “autoridade diminuída”, mas garantiu não ter “qualquer intervenção administrativa no processo de atribuição” dos vistos.

Em 2019, o antigo ministro foi absolvido de todos os crimes de que estava acusado: três crimes de prevaricação e um de tráfico de influências.

No PSD, Miguel Macedo ocupou o cargo de secretário-geral do partido na direção de Luís Marques Mendes, sendo eleito no XXVII Congresso Nacional, em Pombal, nos dias 8, 9 e 10 de abril de 2005 e, reeleito no XXIX Congresso Nacional, na Póvoa do Varzim, nos dias 19, 20 e 21 de maio de 2006.

(Notícia atualizada às 14h44)

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Barragem do Alqueva a “meio metro” do nível pleno de armazenamento

  • Lusa
  • 13 Março 2025

"Por prudência" vai ser evitada a bombagem de água a partir da barragem, passando a utilizar o método de turbinamento na produção de energia, o "que retira muita água" da albufeira.

A barragem do Alqueva, no Alentejo, está a “meio metro” do seu nível de pleno de armazenamento, a cota 152, mas a situação “não levanta nenhum problema”, disse esta quinta-feira o presidente da empresa gestora do empreendimento.

“Alqueva está, esta manhã, cerca da cota 151,50, o que quer dizer que está a meio metro do seu nível de pleno armazenamento”, afirmou à agência Lusa José Pedro Salema, presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA).

Segundo o responsável pela empresa sediada em Beja, a cota 152 ainda “não é o nível máximo de Alqueva, pois a infraestrutura está preparada para suportar carga até à cota 153”. Ou seja, frisou, “mais um metro que este nível pleno de armazenamento, a que chamamos nível máximo de cheia”.

Perante este quadro, e “por prudência”, PEDIA e a EDP, concessionária da central hidroelétrica de Alqueva, articularam que seja evitada a bombagem de água a partir da barragem e que se passe a utilizar o método de turbinamento na produção de energia, o “que retira muita água” da albufeira.

“Recordo que os quatro grupos reversíveis [da central hidroelétrica] de Alqueva em turbinamento utilizam 800 metros cúbicos (m3) por segundo [de água] e só quando os caudais afluentes são superiores a esta ordem de grandeza é que fica esgotada a capacidade de vazão que o turbinamento permite”, explicou José Pedro Salema.

Em simultâneo, a EDIA iniciou, às 21:00 de quarta-feira, descargas na barragem de Pedrogão, no distrito de Beja, localizada a 23 quilómetros a jusante da barragem de Alqueva.

Em comunicado, a empresa gestora indicou que estas descargas “irão causar um aumento temporário do caudal do rio Guadiana a jusante da barragem de Pedrógão”, no concelho de Vidigueira, na “ordem dos 280 m3/segundo”.

“Por este motivo, alertamos as populações ribeirinhas, pescadores, agricultores e demais utilizadores da zona para adotarem as precauções necessárias”, acrescentou a empresa, referindo que “o tempo até se verificar um aumento do escoamento em Mértola poderá ser superior às 18 horas”.

De acordo com José Pedro Salema, esta é uma situação “perfeitamente normal, corriqueira e que não levanta nenhum problema”, rejeitando, para já, a possibilidade de descargas de água a partir da própria albufeira de Alqueva.

“Sei que o público gostaria de o ver, mas, quando isso acontece, a água está a perder a sua energia potencial sem nenhum benefício e é muito mais interessante passar por dentro da turbina e gerar eletricidade que depois geramos em nossas casas”, justificou.

Mas, se tal for necessário, reforçou o presidente da EDIA, “há muitas formas de tirar água daquela albufeira que estão perfeitamente operacionais”, nomeadamente três descarregadores de superfície, dois descarregadores de meio fundo e uma descarga de fundo.

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Trump ameaça vinho português com tarifas de 200%. Exportações para EUA valem mais de 100 milhões

As bebidas alcoólicas são novo alvo das taxas aduaneiras da administração norte-americana. EUA são o 2º maior mercado de exportação para os vinhos portugueses: valeram 102,1 milhões de euros em 2024.

O vinho português está na mira das tarifas norte-americanas. Donald Trump ameaçou esta quinta-feira avançar com taxas aduaneiras de 200% sobre “todos os vinhos, champanhe e produtos alcoólicos”. Uma medida que afetará diretamente o setor vinícola português, que tem nos EUA o segundo maior mercado de exportação.

“A União Europeia, uma das autoridades fiscais e tarifárias mais hostis e abusivas do mundo, que foi formada com o único propósito de tirar vantagem dos Estados Unidos, acaba de impor uma desagradável tarifa de 50% sobre o whisky. Se esta tarifa não for removida imediatamente, os EUA em breve colocarão uma tarifa de 200% sobre todos os vinhos, champanhes e produtos alcoólicos que saem de França e de outros países da UE“, anunciou Trump na rede social Truth Social.

De acordo com dados da ViniPortugal, os EUA reforçaram no ano passado a posição de segundo maior mercado de exportação para os vinhos portugueses, com um crescimento de 2%, atingindo 102,1 milhões de euros. França manteve-se como o principal destino.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Na mesma publicação, o presidente dos EUA destacou que, a confirmarem-se, estas novas tarifas são “ótimas para os negócios de vinho e champanhe nos EUA”.

Este é mais um episódio na guerra das tarifas, na semana em que entraram em vigor as novas tarifas sobre o aço e o alumínio, com Donald Trump a continuar a ameaçar com novas taxas aduaneiras sobre outros grupos de produtos e regiões.

A União Europeia anunciou esta quarta-feira um pacote de contramedidas no valor de 26 mil milhões de euros sobre produtos importados dos EUA, como whisky bourbon, motas e barcos, em resposta direta às tarifas de 25% sobre o aço e alumínio europeus impostas pela Administração Trump que já entraram em vigor e que terão um impacto de cerca de 28 mil milhões de euros.

As contramedidas reveladas pela Comissão Europeia surgem após semanas de negociações infrutíferas de Bruxelas com Washington. Maroš Šefčovič, comissário europeu do Comércio, reuniu-se em meados de fevereiro com três membros da Administração norte-americana para tentar encontrar uma solução para esta “guerra comercial” transatlântica, que não teve frutos.

Também o Canadá avançou com medidas retaliatórias contras as tarifas norte-americanas. Toronto vai avançar com taxas aduaneiras de 25% sobre importações de bens dos EUA, que incluem produtos de aço e alumínio, no valor de 20,1 mil milhões de dólares, anunciou o ministro das Finanças canadiano.

Além do aço e alumínio, as tarifas impostas pelo Canadá visam ainda importações de milhares de milhões de bens dos EUA como computadores, equipamento desportivo e produtos de ferro fundido.

(Notícia atualizada às 13:35)

 

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