Drones da Tekever e viaturas pesadas da Toyota Caetano na ‘lista de compras’ de Macron em Portugal

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2025

Além da aquisição de drones à Tekever e de viaturas pesadas para uso militar à Toyota Caetano, setores da metalomecânica, têxteis e alimentar vão oferecer-se como parceiros do setor francês da defesa.

Depois de um primeiro dia a cumprir uma agenda exclusivamente institucional, o segundo e último dia da visita do Presidente francês a Portugal vai ser mais focado nos investimentos entre Portugal e França. De acordo com o Jornal de Negócios (acesso pago), além de vários acordos bilaterais, Emmanuel Macron vai assinar uma carta de intenções sobre armamento, em que se inclui a aquisição de drones à Tekever, que lidera o mercado europeu dos sistemas aéreos não tripulados.

Embora a empresa liderada por Ricardo Mendes não confirme ainda oficialmente o negócio, a operação será uma contrapartida no âmbito da aquisição de 36 viaturas blindadas de combate por parte do Exército português, cujo protocolo já foi assinado a 26 de outubro na presença do ministro da Defesa, Nuno Melo. Antes da chegada de Macron ao país, um comunicado do Palácio do Eliseu dava conta que seria formalizada “uma intenção e um acordo já anunciado para a aquisição de até 36 Caesar pelos portugueses”, equipamentos produzidos pela KNDS em França.

Outro negócio que está em cima da mesa passa pela compra, por parte dos franceses, de viaturas pesadas para uso pelos militares gauleses, num acordo a ser assinado com a Toyota Caetano. Já em áreas como a economia azul, o ecossistema de inovação, as energias renováveis, as infraestruturas e a mobilidade inteligente estão previstos igualmente protocolos de cooperação entre empresas dos dois países.

Estas parcerias deverão marcar a cimeira de negócios que tem lugar esta manhã no Palácio da Bolsa, no Porto, e que vai ser encerrada por Macron e Montenegro. Ao Jornal Económico (acesso pago), o presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, Armindo Monteiro, disse que “os setores da metalomecânica, dos têxteis e alimentar” agregam a “linha da frente” da estratégia nacional, que pretende concluir com a indústria de Defesa francesa uma parceria que as leve a tomar parte na cadeia de fornecimento.

Do lado da metalomecânica, temos grandes capacidades nas áreas dos carros de combate, das peças de substituição e das munições; no que se refere aos têxteis, e com o contributo do CITEVE [Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário], temos fortes valências na área dos têxteis técnicos; e, finalmente, o setor agroalimentar pode ter um grande contributo no segmento das rações de combate“, afirmou Armindo Monteiro.

No seminário económico Portugal-França, que decorre esta sexta-feira no Palácio da Bolsa, Luís Montenegro e Emmanuel Macron vão ainda presidir à assinatura de um acordo que permitirá um investimento de 16 milhões de euros à startup SEAentia, especializada na aquacultura de corvina, para a implementação de uma infraestrutura no porto de Peniche.

Quem integra a comitiva de empresários franceses que acompanha a visita de Macron a Portugal é Ben Smith, CEO da Air France – KLM, reiterando o grupo que está “muito interessado” na privatização da TAP. “Esta é uma oportunidade para reafirmarmos o nosso interesse na empresa e no país. Portugal é um mercado prioritário para a Air France-KLM”, referiu ao ECO fonte oficial da companhia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cidade do Futuro: Quais as necessidades urgentes?

  • Conteúdo Patrocinado
  • 28 Fevereiro 2025

A conferência Cidade do Futuro, promovida pelo ECO e pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, juntou vários especialistas para discutirem a mobilidade, a sustentabilidade e a inovação urbana.

As cidades do futuro precisarão, inevitavelmente, de uma preparação antecipada por parte de todos os órgãos de poder, que devem tomar decisões conscientes, principalmente junto das forças locais, para tornarem os municípios cada vez mais adaptados para pessoas e às suas necessidades.

Essas necessidades passam por alguns temas que, mais do que tendências, são também urgências para as comunidades, nomeadamente a mobilidade, a sustentabilidade e a inovação urbana. Estes três pontos foram discutidos na conferência Cidade do Futuro, uma iniciativa do ECO em parceria com a Câmara Municipal de Viana do Castelo, que reuniu vários especialistas nestas temáticas.

O peso dos projetos na notoriedade das cidades

De acordo com Luís Nobre, Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, antes de resolver qualquer questão, o território deve preocupar-se em ter notoriedade, que advém “de um conjunto de fatores, como a identidade, a sua dinâmica e a amplitude que os seus agentes económicos tem”.

Neste sentido, o presidente apresentou alguns dos projetos em que a autarquia está envolvida, como SUSTMARE, “o centro que temos com um conjunto de empresas na área da energia da economia do mar”, o CorPower, “dedicado à produção de energia através das ondas”, e referiu ainda o projeto NordicEPODT, com um “investimento de mais de 50 milhões e criação de mais 500 postos de trabalho”, bem como o Viana S+T+ARTS, que foi mais detalhado por Marta Monteiro, Chefe de Divisão de Projeto da Câmara Municipal de Viana do Castelo.

Luís Nobre, Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo

Este projeto incide sobre o antigo matadouro e o edifício vai absorver um pouco de tudo“, disse Marta Monteiro, referindo-se ao facto de este ser um espaço de cocriação, experiências artísticas, aplicações criativas de tecnologias emergentes, como a realidade virtual e Inteligência Artificial, tratamento de dados, demonstrações científicas, educação para a ciência, tecnologia e arte, exposições, residências para profissionais, incubadora de eco-startups, espaços públicos de interação, entre outros espaços que estimulem a mudança em Viana do Castelo. “Não vamos criar nada do zero, vamos utilizar muita tecnologia que já existe no mercado, mas que não está ainda a ser muito utilizada”, explicou.

Marta Monteiro, Chefe de Divisão de Projeto da Câmara Municipal de Viana do Castelo

A tecnologia é, sem dúvida, um dos pilares das cidades do futuro, mas também da sustentabilidade, de acordo com Hermano Rodrigues, Principal da EY-Parthenon: “A componente de ciência, tecnologia, de investigação, desenvolvimento e de inovação são um vetor fundamental”. Durante o primeiro debate da conferência, dedicado ao tema Cidade Sustentável, o especialista acrescentou ainda que “Portugal está bastante bem posicionado do ponto de vista tecnológico” com redes sofisticadas e competitivas.

“Este avanço para o 5G tem permitido incorporar uma integração muito grande das pessoas com objetos. A sensorização é cada vez mais forte e a sua integração em nuvem, bem como a utilização dos dados para gerar resultados é cada vez maior. Temos também capital humano bastante capacitado nos domínios das tecnologias de informação e comunicação”, acrescentou, lembrando os projetos-pilotos que as empresas de telecomunicações têm desenvolvido, e, numa ótica coletiva, destacou o cluster dedicado às cidades inteligentes.

Cidades sustentáveis precisam de mobilidade verde

Por sua vez, Pedro Diez Gaspar, Future Business Technology Director no CEiiA, destacou a importância de se desenvolver projetos colocando sempre o cidadão “no centro do que se está a desenhar”. Nesse sentido, apresentou o projeto AYR, “destinado a ajudar as cidades a fazer a sua descarbonização através da mobilidade”.

"Há 20 ou 30 anos atrás, praticamente não se falava na necessidade de se fazer ciclovias. Hoje há uma orientação estratégica do governo para que, até ao fim da década, 10% das deslocações sejam feitas de modo ativo e em bicicleta.”

José António Baptista da Costa, CEO da Sextante Motriz

“Quando a União Europeia lançou o Green Day e o New European Bauhaus, este projeto foi escolhido entre outros 2100 projetos apresentados por 27 países. Este foi um dos dez selecionados pela União Europeia, precisamente por trazer este conjunto de coisas: a descarbonização, a sustentabilidade, a inclusão“, contou.

Para José António Baptista da Costa, CEO da Sextante Motriz, “uma das dimensões fundamentais é a mobilidade”: “A mobilidade será cada vez mais multimodal. Hoje, andar a pé nas cidades ganhou um peso que não tinha no passado. Há 20 ou 30 anos atrás, praticamente não se falava na necessidade de se fazer ciclovias. Hoje há uma orientação estratégica do governo para que, até ao fim da década, 10% das deslocações sejam feitas de modo ativo e em bicicleta“.

“Isto leva à necessidade de redesenho das cidades para dar resposta a estas novas exigências. Tem que se melhorar o transporte público, dar possibilidade de as bicicletas andarem nas estradas sem os ciclistas serem atropelados, e os passeios têm que passar a ser confortáveis. O redesenho leva a que, para que isso seja possível, se tire espaço ao automóvel e se aumente fortemente o transporte público, já que é a âncora de todos estes processos“.

A mesma linha de pensamento foi apresentada por Adelino Ribeiro, Comunicação e Formação do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade, que deu o seguinte exemplo: “Nós vimos de um passado onde tudo era pensado do eixo da via para a fachada. Ou seja, priorizava-se o espaço para os veículos passarem e o que sobrasse é que ficava para as pessoas (passeios). Se não sobrasse nada, acontecia o que se vê nas nacionais, ou seja, não têm passeios”.

"Nós vimos de um passado onde tudo era pensado do eixo da via para a fachada. Ou seja, priorizava-se o espaço para os veículos passarem e o que sobrasse é que ficava para as pessoas (passeios). Se não sobrasse nada, acontecia o que se vê nas nacionais, ou seja, não têm passeios.”

Adelino Ribeiro, Comunicação e Formação do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade

“Agora estamos numa versão contrária, que passa por olhar da fachada para o eixo da via, isto é, pensar nos projetos para pessoas e só depois no automóvel. Por exemplo, em Pontevedra há uma estrada muito estreita, na qual o carro vai a 30km/h porque não pode andar a mais velocidade. Ninguém buzina porque sabem que não se pode andar a mais e, se se atravessar um miúdo, a verdade é que o carro consegue travar. Então a conclusão é que esta é uma solução que funciona porque a cidade é das pessoas”, afirmou.

Descarbonização de frotas e aposta no transporte público pode ser solução?

Ainda no segundo painel de debate, também Hélder Rodrigues, Coordenador na Direção de Sustentabilidade e Mobilidade na ADENE (Agência para a Energia), alertou para a urgência de tornar as “cidades mais cicláveis, mais amigas da mobilidade leve”, mas lembrou que a realidade é bem diferente: “Sabemos, até pelos Censos, que cada vez andamos mais de carro. Felizmente, o desenho das cidades começa a descolar um bocadinho disto, mas a má notícia é que as políticas de mobilidade, normalmente, demoram muitos anos”.

Por essa razão, o especialista da ADENE reforçou a necessidade de haver “políticas de incentivo à procura dos transportes públicos e de descarbonização de frotas”: “É neste contexto que surge esta iniciativa do Move+, que começou muito focado nas frotas de ligeiros, frotas de mercadorias e que chegou, no ano passado, às frotas de pesados de passageiros, onde tentamos perceber qual é o desempenho energético daquelas frotas e perceber o que é que se pode melhorar, quer ao nível da tecnologia, seja da frota em si”.

"O hidrogénio assenta aqui numa maior flexibilidade por parte dos operadores e utilizadores, já que esta tecnologia consiste num pequeno pack de baterias que gere a energia e faz a transformação do hidrogénio em eletricidade, posteriormente armazenada em pequenas baterias.”

Nuno Lago de Carvalho, CCO da CaetanoBus

Além desta iniciativa, foi também apresentada a solução do metroBus, equipada com a mais recente geração da tecnologia de pilha de combustível a hidrogénio da Toyota, desenvolvida pela CaetanoBus, e explicada por Nuno Lago de Carvalho, CCO da empresa. “Criamos uma diferenciação do produto, baseada na estratégia de descarbonização e em várias tecnologias. O hidrogénio assenta aqui numa maior flexibilidade por parte dos operadores e utilizadores, já que esta tecnologia consiste num pequeno pack de baterias que gere a energia e faz a transformação do hidrogénio em eletricidade, posteriormente armazenada em pequenas baterias“, esclareceu.

Este projeto poderá ser uma solução para aumentar a frota de transportes coletivos, sem impacto ambiental, ao mesmo tempo que se atrai mais pessoas para escolherem esta opção de mobilidade, ao invés de veículo próprio. Quem o diz é Álvaro Oliveira Costa, Professor da FEUP, que considera que “autocarros cheios” não incentivam a população a escolher esta opção.

“Há ruturas no sistema de transporte público que são gravíssimas. É preciso perceber que interessa haver procura, mas interessa haver mais oferta do que procura. Um autocarro vazio cria valor porque as pessoas sabem que têm uma opção. Já um autocarro cheio não cria valor, a não ser para quem já lá está”, disse.

"É preciso perceber que interessa haver procura, mas interessa haver mais oferta do que procura. Um autocarro vazio cria valor porque as pessoas sabem que têm uma opção. Já um autocarro cheio não cria valor, a não ser para quem já lá está.”

Álvaro Oliveira Costa, Professor da FEUP

A aposta numa mobilidade verde e coletiva também foi mencionada por Cristina Pinto Dias, Secretária de Estado da Mobilidade, que encerrou a sessão dizendo que é preciso ter “uma mobilidade com mais pessoas a andar a pé, de transporte público, de bicicleta, com intermodalidade” e ainda partilhou os três pilares em que centra a estratégia do governo para a mobilidade.

Cristina Pinto Dias, Secretária de Estado da Mobilidade

“Primeiro, acelerar a transição para modos de transporte mais sustentáveis, promovendo políticas tarifárias equitativas, justas e atrativas e aumentando a cobertura e acessibilidade das redes de transporte. Segundo, reforçar a competitividade e a inovação na mobilidade, promovendo medidas que apoiem a conectividade e multimodalidade da oferta. E, terceiro, reforçar a capacitação das entidades da mobilidade em Portugal a reestruturação de modelos de negócio, fortalecendo o setor para garantir eficiência, resiliência e resposta às necessidades vossas, das nossas pessoas presentes e futuras”, concluiu.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal “tem de estar a reciclar 65% das embalagens” até ao final do ano

  • Conteúdo Patrocinado
  • 28 Fevereiro 2025

A segunda edição do ECO Cidade aconteceu em Matosinhos e reuniu vários especialistas para debaterem sobre sustentabilidade, reciclagem e os desafios das cidades no futuro.

As metas ambiciosas de gestão de resíduos obrigam a que haja um planeamento para que se cumpram e uma orientação para que os cidadãos saibam como contribuir para este objetivo. Temas como o financiamento, os incentivos para os consumidores e o envolvimento dos municípios neste processo foram discutidos na segunda edição do ECO Cidade, que decorreu em Matosinhos.

“Os municípios, pela proximidade às pessoas, são a força motriz para melhorar o serviço prestado aos cidadãos e são fundamentais para implementar sistemas de incentivos para a população fazer reciclagem”, começou por dizer Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde.

Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde

A CEO alertou, ainda, para o facto de o país, “até ao final deste ano, ter de estar a reciclar 65% das embalagens”, mas estar “muito aquém” dessa meta: “Em Portugal, nós estamos a aterrar 35 milhões de euros em embalagens que não vão para processos de reciclagem. Isso impede a criação de valor económico, deixa uma forte pegada ambiental, e impede que o país avance na economia circular”.

O encontro de várias especialistas nesta segunda edição foi, por isso, parabenizado por Carlos Mouta, Vice-Presidente da Câmara de Matosinhos, que considera que o “objetivo comum” desta reunião “é construir um futuro mais sustentável para as nossas cidades”. “Vemos um momento de grandes desafios, mas o que nos junta hoje impõe delinear um conjunto de estratégias para melhorar”, disse.

Valores de contrapartida inalterados estagnam avanços

Este encontro resultou num debate, que contou com a presença de Ana Isabel Trigo Morais; Maria Manuela de Carvalho Álvares, Vereadora da Câmara Municipal de Matosinhos; Fernando Leite, CEO da LIPOR; Luísa Magalhães, Diretora Executiva da SmartWaste; e Miguel Pinto, Vice-Presidente da Associação Empresarial de Portugal.

“O desafio perante as metas e perante os problemas dos aterros é implementar um sistema nacional de recolha de biorresíduos”, começou por dizer Ana Isabel Trigo Morais, que também afirmou, no entanto, que os estudos feitos para projetar preços para 2024 e 2025 “não eram os melhores”.

A CEO da Sociedade Ponto Verde acrescentou ainda que “o processo a que se assistiu para definir o preço dos serviços foi pouco rigoroso e estruturado, com poucos dados, e que não dá segurança para se fazer um game changer. Nesse sentido, tocou também no problema da inalteração dos valores de contrapartida: “a não alteração dos preços de contrapartida não estava a equilibrar a equação porque não era possível manter os preços estabilizados”.

Quando há um serviço que é prestado ao longo de muitos anos e, durante esse tempo, assistimos a uma conjuntura que todos os anos se altera, mas, mesmo assim, há um preço que fica fixado durante cerca de sete anos, alguma coisa está mal. Por causa dos acordos que temos com a União Europeia, foi sempre exigido aos sistemas que fossem crescendo no setor das embalagens e fomos aprendendo que os modelos de recolha poderiam ser melhorados se os fizéssemos porta a porta. Mas estas recolhas têm custos mais elevados“, disse, por sua vez, Fernando Leite, CEO da LIPOR.

O responsável pela LIPOR alertou ainda para a percentagem de 25% de material que lhes chega sem condições para ser reaproveitado e reforçou, por isso, a necessidade de os materiais recolhidos pela Sociedade Ponto Verde serem melhor triados: “Sendo rejeitado [o material], tem custos para o sistema. Por isso, é importante a chamada de atenção ao governo para que percebam que estes sistemas só têm duas fontes de receita – as tarifas que os municípios cobram e os valores de contrapartida que a Sociedade Ponto Verde dá“, explicou.

“Para conseguirmos compatibilizar com as metas, temos de ter investimento. Por isso, também achamos que fazia sentido haver uma atualização nos valores de contrapartida. Eles acabam por ser uma gota de água quando comparado àquilo que precisamos“, corroborou Maria Manuela de Carvalho Álvares, Vereadora da Câmara Municipal de Matosinhos.

Relativamente à recolha porta a porta, a vereadora expôs outro problema, desta vez relativo aos contratos que os municípios têm, que, no caso de Matosinhos, ainda tem três anos para terminar, “e não tinha previsto tudo o que o PERSU pede”. “Não estava previsto o porta a porta e os biorresíduos, por isso, ou fazemos um declínio do contrato ou não conseguimos trabalhar para essas metas”, afirmou.

O peso das empresas na transição climática

Para que as metas sejam alcançadas, há intervenientes que têm um peso considerável neste processo, nomeadamente as empresas. No entanto, Miguel Pinto, Vice-Presidente da Associação Empresarial de Portugal, explicou que, apesar de reconhecerem que as metas de transição climática e sustentabilidade são fulcrais para um futuro coletivo, esse processo é “difícil” para uma PME.

“A transição climática tem de ser feita com os parceiros empresariais. Para as grandes empresas, que têm recursos e conhecimento para fazer este caminho, é mais fácil. Mas quando falamos de PME, tem de haver alguns incentivos do Estado e de fundos europeus. Muitas vezes, por falta de conhecimento ou de incentivos, as empresas têm dificuldade em avançar”, afirmou.

Conferência ECO Cidade – Matosinhos

Por essa razão, Luísa Magalhães, Diretora Executiva da SmartWaste, defendeu a colaboração entre todos para se conseguir chegar aos objetivos: “Só sentando à mesa todos os membros da cadeia de valor é que se pode implementar a mudança. No que toca a gestão de resíduos, uma parte fundamental é a educação e a sensibilização. Na SmartWaste tentamos juntar os diferentes elos da cadeia e depois ver qual a melhor forma de promover essa eficiência”.

Além disso, reforçou a importância do financiamento, que poderá ser reforçado com o sistema Pay As You Throw, mas também da tecnologia, para melhorar esta transição. “A digitalização é um ponto fundamental. Tendo uma melhoria na recolha de dados, podemos ver para onde caminhamos e, focando no setor da gestão de resíduos, podemos falar da sensorização nos contentores e dos mercados digitais em termos de reutilização”, disse.

No encerramento da sessão, Emídio Sousa, Secretário de Estado do Ambiente, também destacou a reutilização como essencial para haver menos resíduos em aterro. “Quando um produto termina o seu ciclo de vida, ele não deve ir para aterro, ele deve ser decomposto. Todos os materiais que o compõem estão lá e nós temos de tirar esses materiais para uma nova vida. Devemos pensar que temos ali matéria-prima e valor. É este o futuro dos resíduos, é uma nova área de negócios que temos de aprender a otimizar”, concluiu.

Emídio Sousa, Secretário de Estado do Ambiente

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O império do jogo que paga 4.500 euros a empresa familiar do primeiro-ministro

A relação entre a Solverde e a empresa familiar de Luís Montenegro é marcada pela aproximação da renovação das concessões dos casinos de Espinho e do Algarve, ativos do grupo.

Com um volume de negócios que ultrapassou os 146 milhões de euros em 2023, mais 7,1% face ao ano anterior, e um crescimento de 11,6% dos lucros para 14,59 milhões de euros, o grupo Solverde confirma-se como um dos gigantes do setor do jogo e da hotelaria em Portugal.

Este grupo económico, que detém cinco casinos e quatro hotéis em Portugal, é também um dos clientes da Spinumviva, a empresa familiar do primeiro-ministro Luís Montenegro.

Segundo revela o Expresso esta sexta-feira, a Solverde paga mensalmente 4.500 euros à Spinumviva por “serviços especializados de compliance e definição de procedimentos no domínio da proteção de dados pessoais”.

Esta ligação comercial ganha contornos particularmente sensíveis num momento em que se aproxima o final das concessões dos casinos de Espinho e do Algarve (ativos da Solverde), previsto para o final de 2025, cuja decisão sobre renovação caberá ao governo liderado por Montenegro — precisamente o homem que entre 2018 e 2022 representou o grupo nas negociações anteriores com o Estado.

Um negócio de casinos e hotéis detido pela família Violas

A Solverde foi fundada a 12 de abril de 1972 por Manuel de Oliveira Violas, tendo-se consolidado como um dos principais grupos empresariais portugueses no setor do jogo e hotelaria, que é comprovado por um crescimento de 7,4% do EBITDA ajustado em 2023 (últimas contas conhecidas) para mais de 33 milhões de euros e rácio de autonomia financeira de 73,25% (um aumento de 6,34 pontos percentuais face a 2022).

Contudo, o risco de delinquency (atrasos em pagamentos) é classificado como “elevado” pela Informa D&B, refletindo litígios trabalhistas por via de 31 ações judiciais ao longo dos últimos cinco anos.

Com sede em Espinho, o grupo detém a concessão de cinco casinos estrategicamente localizados em território nacional: Espinho, Vilamoura, Monte Gordo, Praia da Rocha (Algarve Casino) e Chaves. Em 2017, antecipando tendências de mercado, a Solverde expandiu a sua operação para o mundo digital com o lançamento do seu casino online — um investimento que rondou os 2 milhões de euros e criou cerca de 40 postos de trabalho em Espinho. Este empreendimento digital tornar-se-ia conhecido como “o sexto casino da Solverde”.

Luís Montenegro admitiu ser amigo pessoal dos acionistas do grupo Solverde, os irmãos Manuel e Rita Violas, e prometeu impor a si próprio uma “inibição total de intervir em qualquer decisão” relacionada com a Solverde.

Complementando a operação de jogo, a empresa explora quatro unidades hoteleiras: Hotel Casino Chaves, Hotel Apartamentos Solverde em Espinho, Hotel Solverde em Vila Nova de Gaia, e Hotel Algarve Casino na Praia da Rocha.

A trajetória financeira do grupo Solverde tem demonstrado resiliência e capacidade de adaptação, mesmo diante dos desafios impostos pela pandemia. Em 2022, o grupo atingiu um volume de negócios de 136,6 milhões de euros, representando um aumento de 60% face a 2021, e superando em 14% os resultados de 2019, último ano pré-pandemia. Este crescimento foi impulsionado principalmente pelo desempenho do casino online, que faturou 48 milhões de euros em 2022 (um crescimento de 288% comparado com 2019), segundo o relatório e contas de 2022 do grupo

O grupo Solverde é detida integralmente pela Violas SGPS, a holding familiar controlada em partes iguais pelos irmãos Manuel Soares de Oliveira Violas e Rita Celeste Soares Violas e Sá. Esta holding estende as suas ramificações para além do setor do jogo e da hotelaria, mantendo participações maioritárias em oito empresas, incluindo a Cotesi (têxteis), o Colégio Luso-Internacional do Porto (CLIP) e a Viacer, que por sua vez controla 56% do grupo Super Bock. A Violas SGPS ainda detém participações minoritárias em sete empresas, entre as quais a Companhia de Seguros Caravela e as empresas brasileiras Aquiraz e Agesco.

Além dos indicadores financeiros, o grupo Solverde e a família Violas têm estado sob escrutínio público por outras razões. Em 2021, Manuel Violas, presidente do grupo, foi identificado nos “Pandora Papers” como proprietário da Marplex Enterprises Limited, uma empresa offshore criada em 2010 nas Ilhas Virgens Britânicas. Quando questionado sobre o propósito desta sociedade, o empresário declinou esclarecimentos.

Como o Expresso noticiou esta sexta-feira, a Solverde tem uma relação comercial com a Spinumviva, empresa familiar de Luís Montenegro, desde julho de 2021. Este contrato, inicialmente de 2.500 euros mensais, foi renovado e aumentado para 4.500 euros em 2022, quando Montenegro assumiu a liderança do PSD e transferiu a sua participação na empresa para a esposa e filhos.

Montenegro trabalhou para a Solverde entre 2018 e 2022, representando a empresa nas negociações com o Estado que resultaram numa prorrogação dos contratos de concessão dos casinos de Espinho e do Algarve até 2025. Estas concessões terminam no final deste ano, momento em que o Governo, agora liderado por Luís Montenegro, terá de decidir sobre o futuro dessas licenças.

No debate da moção de censura apresentada pelo Chega, Luís Montenegro admitiu ser amigo pessoal dos acionistas da empresa, os irmãos Manuel e Rita Violas, e prometeu impor a si próprio uma “inibição total de intervir em qualquer decisão” relacionada com a Solverde ou outras empresas com que “estiver ligado por relações familiares, de amizade ou razões profissionais”. No entanto, até ao momento, não houve qualquer pedido formal de escusa por parte do primeiro-ministro sobre qualquer matéria.

O grupo Solverde consolidou-se como um dos principais operadores no setor do jogo e hotelaria em Portugal. Contudo, as relações comerciais e pessoais com o atual primeiro-ministro, levantam questões sensíveis sobre transparência e potenciais conflitos de interesse no horizonte das decisões governamentais sobre as concessões de jogo que expiram no final de 2025.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Xiaomi reduz em 35% preço de elétrico de luxo para competir com Tesla e Porsche

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2025

Corte no preço para 529 mil yuan (69.530 euros) provocou uma reação imediata no mercado, com mais de 6.900 encomendas nos primeiros dez minutos.

A Xiaomi anunciou esta sexta-feira uma redução de 35% no preço do elétrico de luxo SU7 Ultra, para reforçar a competitividade face à Tesla e à Porsche no mercado de gama alta.

O anúncio do corte no preço para 529 mil yuan (69.530 euros) provocou uma reação imediata no mercado, com mais de 6.900 encomendas nos primeiros dez minutos, informou a empresa nas redes sociais.

“A nossa missão é permitir que mais pessoas que nos seguem possam comprar carros de luxo”, disse o fundador da Xiaomi, Lei Jun.

A estratégia visa atrair clientes de marcas como a BMW, Audi e Mercedes-Benz, ao mesmo tempo que reforça a posição da Xiaomi no segmento de luxo, disse o fundador da tecnológica chinesa no evento de lançamento do telemóvel Mi 15 Ultra, em Pequim.

Em 2024, a versão padrão do SU7 já tinha ultrapassado o Tesla Model 3 na China, enquanto o SU7 Ultra, antes do desconto, estava na mesma faixa de preço que o Tesla Model S Plaid.

Em outubro, a Xiaomi afirmou que o seu modelo superava o Porsche Taycan Turbo em termos de aceleração e velocidade máxima.

Entre as atualizações, o SU7 Ultra oferece materiais considerados de luxo, melhores assentos e um sistema de áudio de alta qualidade.

A Xiaomi também está a manter uma edição limitada do modelo ao preço original de 814.900 yuan (108 mil euros), embora sem revelar as especificações exatas.

Lei Jun sublinhou que os compradores que fizerem encomendas do SU7 Ultra antes do final de março receberão benefícios adicionais, como o acesso vitalício gratuito ao sistema de condução inteligente Xiaomi HAD, que custa 26 mil yuan (3.411 euros).

Lei referiu-se ainda à concorrência com a Tesla, notando que a empresa exige um pagamento adicional de mais de 60 mil yuan (7.873 euros) pela recente atualização do sistema de condução automática assistida Autopilot na China.

Algo que gerou críticas entre os condutores de veículos Tesla no gigante asiático pela falta de funcionalidades prometidas pelo fundador, Elon Musk.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

SEAentia levanta 16 milhões para aquacultura de corvina em Peniche

Reforçar equipa, de seis para 28, e avançar para a construção de uma aquacultura no Porto de Peniche, com capacidade de produção de 700 toneladas ano, estão entre os objetivos desta injeção de capital

A SEAentia, empresa, especializada em aquacultura de corvina utilizando Sistemas de Aquacultura em Recirculação (RAS) situados em terra, levantou 16 milhões de euros para reforçar equipa e avançar para a construção de uma aquacultura no Porto de Peniche, com capacidade de produção de 700 toneladas ano.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, e o presidente francês, Emmanuel Macron, vão esta sexta-feira presidir à assinatura deste acordo de investimento, durante o seminário económico Portugal-França, que decorre no Palácio da Bolsa, no Porto.

“A SEAentia tem sete anos de vida, tendo dedicado esse tempo a I&D para aperfeiçoamento dos protocolos e procedimentos de produção de corvina em RAS, visto ser a primeira empresa à escala mundial a fazê-lo”, diz João Rito. “Atualmente, já temos dados e experiência para avançar com a implementação de um projeto com escala comercial, ou seja, que produzirá corvinas de alta qualidade e de forma sustentável para fornecer os mercados”, começa por referir João Rito, presidente da SEAentia, ao ECO.

Esta injeção de capital irá permitir a “construção de uma unidade totalmente nova com a tecnologia mais avançada de produção RAS, que será construída no porto de pesca de Peniche. Um edifício com 8.750 m2 e capacidade de produção de 700 toneladas de corvina por ano“, adianta o responsável.

A aposta passa igualmente pelo reforço da equipa, atualmente de seis pessoas, para 28 pessoas.

Esta injeção de capital conta com o contributo do fundo Indico Blue, da Indico Capital Partners — um fundo de 50 milhões de euros focado na economia azul — e do Programa Mar2030, podendo o mesmo vir a ser reforçado em mais oito milhões de euros.

“Este investimento na SEAentia leva o total de investimentos da Indico a mais de 100 milhões de Euros desde 2019, representando um marco histórico para a Indico e consolidando o seu papel como um dos principais investidores em projetos inovadores e sustentáveis na Europa”, diz Stephan de Moraes, Presidente da Indico Capital Partners, citado em comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Assistente IA do Estado teve 17 mil conversas após um mês de existência

A assistente virtual sem nome disponibilizada no final de dezembro pelo Estado teve 17 mil conversas em janeiro deste ano, o primeiro mês completo da sua existência. Usa a mesma tecnologia do ChatGPT.

A assistente virtual sem nome do gov.ptAMA

A assistente virtual do portal gov.pt teve mais de 17 mil conversas em janeiro. Foi o primeiro mês completo de existência desta funcionalidade, que usa inteligência artificial (IA) generativa para fornecer informação aos cidadãos sobre “mais de 2.300 serviços públicos”.

Os dados sobre a utilização do programa foram cedidos ao ECO pela Agência para a Modernização Administrativa (AMA), que lembra que a assistente virtual, que assenta num modelo de linguagem desenvolvido pela norte-americana OpenAI, semelhante aos usados pelo ChatGPT, “consegue falar em 12 idiomas” sobre todos os serviços disponíveis no portal.

Das 17.044 conversas tidas no primeiro mês deste ano, a esmagadora maioria foram em língua portuguesa, destacando-se 12.168 em português europeu e 1.789 em português do Brasil. Houve ainda 2.385 conversas em inglês. Antes de iniciar uma conversa, o utilizador tem de escolher o idioma pretendido.

A assistente, que não tem nome específico (ao contrário de outros programas do mesmo tipo, como o chatbot Cátia, da Autoridade Tributária), assume a imagem de uma mulher, disponível num ícone no canto inferior direito das páginas do portal dos serviços públicos, e responde às questões colocadas pelo utilizador.

Os cidadãos podem conversar com a assistente virtual através de mensagens de texto (também é possível ditar as questões), ou ter uma espécie de videochamada em que, apesar de não ser necessário nem possível ligar a câmara, a assistente assume a forma de uma pessoa, graças às capacidades da IA generativa.

“A assistente virtual do portal gov.pt é uma medida que reforça o compromisso com a inclusão e a transformação digital dos serviços públicos”, indica a AMA.

No entanto, o assistente recusa responder a muitas perguntas e em pelo menos uma situação específica testada pelo ECO, forneceu uma informação errada — ou, no mínimo, imprecisa. Um exemplo dos desafios associados ao uso deste tipo de tecnologia.

Para já, está prevista a expansão das capacidades da assistente: “O projeto prevê novas funcionalidades transacionais em 2025, incluindo o acompanhamento de processos e serviços como agendamento de atendimentos”, segundo a AMA.

Além disso, importa recordar que o Governo disse que seria lançada até ao final de março a primeira versão de testes do modelo de IA generativa português Amália. Será uma tecnologia alternativa aos modelos norte-americanos da OpenAI.

A assistente do Estado, lançada a 26 de dezembro de 2024, surgiu pouco depois de o Governo, em setembro, ter reestruturado este portal, que já adotou várias designações ao longo dos anos. “A nova plataforma foi desenhada com base em pesquisas e entrevistas com utilizadores de diferentes perfis, garantindo acessibilidade e usabilidade aprimoradas”, diz a AMA ao ECO.

Segundo os dados da agência, o portal também tem tido cada vez mais adesão por parte dos cidadãos. Enquanto em 2015 o antigo Portal do Cidadão registou menos de três milhões de visitas, em 2024 observaram-se 33,8 milhões de sessões. O aumento aconteceu “de forma progressiva” ao longo destes cerca de dez anos.

O serviço mais procurado, segundo a AMA, é a alteração de morada do cartão de cidadão, que tem “uma média de 35 mil pedidos mensais”. Isto traduziu-se em mais de dois milhões de pedidos nos últimos seis anos. Seguido de longe, o segundo serviço mais usado no portal é a renovação do cartão de cidadão, com menos de 740 mil pedidos no mesmo período. O terceiro serviço mais requisitado foi o registo de estabelecimentos de Alojamento Local.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Metro do Porto compra mais 22 veículos à chinesa CRRC por 69,5 milhões para a nova linha Rubi

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2025

Os novos veículos capacidade para 244 clientes chegarão "antes da entrada em operação" da Linha Rubi, atualmente em construção entre Casa da Música (Porto) e Santo Ovídio (Vila Nova de Gaia).

A Metro do Porto adjudicou à chinesa CRRC Tangshan o fornecimento de 22 novos veículos, destinados à futura Linha Rubi (H), que deverão chegar até ao final de 2026, anunciou esta sexta-feira a empresa.

“A Metro do Porto acaba de adjudicar 22 novos veículos à CRRC Tangshan, num investimento de 69,5 milhões de euros financiado pelo Sustentável 2030 e pelo Fundo Ambiental”, pode ler-se num comunicado enviado à Lusa.

De acordo com a transportadora, “as novas composições vão começar a chegar ao Porto no final de 2026, antes da entrada em operação comercial da Linha Rubi, à qual estão prioritariamente destinados”.

“Atualmente com 120 veículos, a frota do Metro do Porto vai ser alargada com estas 22 novas unidades (no concurso é admitida a possibilidade de ser acionada uma opção para mais 10) produzidas pela CRRC Tanghan – o maior fabricante ferroviário do mundo”, refere a empresa.

Cada unidade terá capacidade para transportar 244 clientes, 64 dos quais em lugares sentados, tendo os veículos sete portas de cada lado.

Segundo a Metro do Porto, os novos veículos chegarão “antes da entrada em operação” da Linha Rubi, atualmente em construção entre Casa da Música (Porto) e Santo Ovídio (Vila Nova de Gaia).

A empresa chinesa já tinha sido responsável pelo desenvolvimento dos 18 veículos mais recentes da Metro do Porto, os cinzentos CT (CRRC Tram) em circulação desde 2023, mantendo os novos a mesma cor, mas com um design atualizado.

“O design destes novos veículos foi trabalhado numa parceria entre a CRRC e a empresa portuguesa AlmaDesign e caracteriza-se por uma estética moderna, atraente e funcional. Será agora alvo do normal trabalho de desenvolvimento com a Metro do Porto, para se obter o desenho final a ser aprovado para produção”, refere a Metro do Porto.

Segundo a empresa liderada por Tiago Braga, “os veículos apresentarão uma moderna construção em alumínio e estruturas de deformação com resistência ao impacto, no sentido de salvaguardar a segurança operacional”, incluindo “os mais modernos sistemas técnicos de apoio à exploração, incorporando iluminação LED, sistemas de informação dinâmicos de ajuda à viagem, câmaras de vigilância e amortecedores dianteiros”.

“Os veículos incorporarão ainda sistemas anticolisão e de deteção de obstáculos, bem como de deteção de incêndios, aumentando de forma considerável a segurança operacional dos mesmos”, refere.

Metro do Porto

Financiados pelo programa Sustentável 2030 e pelo Fundo Ambiental, os 22 novos CT do Metro do Porto começarão a ser entregues ano e meio após a o início da vigência do contrato (o que sucederá após a aprovação do mesmo pelo Tribunal de Contas)”, ou seja, “chegarão ao Porto a partir do segundo semestre de 2026, ao ritmo de três unidades por mês”.

Em setembro, a Metro do Porto tinha lançado um concurso público de 72,6 milhões de euros para adquirir 22 novos veículos, mais 10 de opção. O procedimento tinha um valor base de 72,6 milhões de euros, dos quais 66 milhões para 22 veículos e 6,6 milhões para mais 10 veículos de opção.

No concurso estava previsto o fornecimento e a manutenção de 18 dos 22 veículos com CBTC (‘Communication Based Train Control’, ou Controlo de Comboio com Base em Comunicações, em português), o que possibilitará, eventualmente, a condução dos veículos de forma automática.

A Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio) está a ser construída com CBTC, sistema que pode vir a permitir a condução sem recurso a maquinista naquele troço.

Além dos 18 veículos CT, a Metro do Porto conta ainda com 72 veículos Eurotram e 30 Flexity Swift.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

China promete “todas as contramedidas necessárias” após EUA duplicarem tarifas

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2025

Trump anunciou que as tarifas de 25% ao Canadá e ao México vão entrar em vigor já a partir de 4 de março, além de duplicar a tarifa de 10% cobrada à China.

O Governo chinês prometeu esta sexta-feira tomar “todas as contramedidas necessárias” depois de o Presidente dos Estados, Donald Trump, ter dito que iria duplicar a tarifa de 10% sobre as importações vindas da China.

“Se os Estados Unidos persistirem neste caminho, a China tomará todas as contramedidas necessárias para defender os seus direitos e interesses legítimos“, afirmou o Ministério do Comércio chinês.

“A China opõe-se firmemente a esta medida”, acrescentou o ministério, em comunicado.

Na quinta-feira, Trump disse que vão entrar em vigor tarifas de 25% ao Canadá e ao México a partir de terça-feira, dia 4 de março, além de duplicar a tarifa de 10% cobrada à China.

Numa publicação na sua rede social, a Truth Social, Trump disse que drogas ilícitas como o fentanil estão a ser contrabandeadas para os Estados Unidos a “níveis inaceitáveis” e que as taxas de importação obrigam outros países a reprimir o tráfico.

“Não podemos permitir que este flagelo continue a prejudicar os EUA e, por isso, até que pare ou seja seriamente limitado, as tarifas propostas, previstas para entrarem em vigor no dia 04 de março, entrarão, de facto, em vigor, como previsto”, escreveu o Presidente republicano.

“Isto é típico do que se chama culpar os outros e fugir à responsabilidade”, disse um porta-voz do Ministério do Comércio da China.

“A China é um dos países com a política antidroga mais rigorosa e abrangente do mundo” e está a cooperar ativamente “com os Estados Unidos e outros países do mundo” nesta matéria, enfatizou. “Mas os Estados Unidos optaram desde o início por ignorar esta realidade”, lamentou o porta-voz.

O comunicado referiu ainda que as novas taxas alfandegárias “aumentarão a carga sobre as empresas e os consumidores norte-americanos e comprometerão a estabilidade da cadeia industrial global”.

Em janeiro, a China respondeu às taxas impostas por Trump – 10% sobre as importações de todos os produtos chineses – com uma taxa de 10% a 15% sobre certos produtos dos EUA, além de novos controlos de exportação de minerais essenciais e uma investigação contra o gigante tecnológico norte-americano Google.

A China também protestou contra as últimas taxas dos EUA de 25% sobre importações de aço e alumínio, uma vez que exporta estes materiais para outros países, como o Canadá e o México, que, por sua vez, os vendem aos EUA.

Esta declaração de Trump veio na sequência do anúncio, na quarta-feira, de tarifas de 25% sobre os produtos europeus.

“Tomámos a decisão e anunciá-la-emos em breve: será de 25%”, garantiu Trump, no final da primeira reunião do seu Governo na Casa Branca, acrescentando que a mesma percentagem de tarifas será aplicada aos produtos canadianos e mexicanos, a partir de 2 de abril. Contudo, o Presidente dos EUA decidiu antecipar a imposição de tarifas ao México e ao Canadá.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: TAP, Macron e Finanças entupidas

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A decisão do Supremo Tribunal de Justiça sobre a política de contratação da TAP entre 2006 e 2021 obriga a companhia aérea a reconhecer uma provisão de 100 milhões de euros no exercício de 2024, superando os lucros previstos de 80 milhões de euros. No segundo dia da sua visita a Portugal, o Presidente francês vai assinar vários acordos bilaterais, incluindo uma carta de intenções sobre armamento onde se inclui a aquisição de drones à Tekever. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

TAP arrisca prejuízo devido a processos dos tripulantes

Contrariamente ao que era esperado, as contas da TAP relativas a 2024 deverão registar um prejuízo de várias dezenas de milhões de euros, devido à necessidade de reconhecer uma provisão para os processos judiciais movidos por tripulantes de cabine. Essa provisão pode ascender a 100 milhões de euros, superando o resultado positivo que estava previsto para o ano passado, de cerca de 80 milhões. A companhia está neste momento a avaliar o montante a provisionar para fazer face a esta contingência jurídica.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Drones e veículos militares na lista de investimentos de Macron

O segundo dia da visita do Presidente francês a Portugal vai ser mais focado nos negócios. Na lista de investimentos de Emmanuel Macron destacam-se os drones e os veículos militares, numa altura em que a Europa necessita de reforçar o seu poderio militar e investir mais em Defesa. Esta sexta-feira, o líder francês encontra-se novamente com o primeiro-ministro português para assinar vários acordos bilaterais, entre os quais um acordo de amizade, outro de cooperação bilateral e ainda uma carta de intenções sobre armamento onde se inclui a aquisição de drones à Tekever, que lidera o mercado europeu dos sistemas aéreos não tripulados.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Pedidos de NIF triplicam e entopem repartições de finanças

Em 2023 (o último ano para o qual há números), as repartições de Finanças emitiram 793.342 números de contribuinte, três vezes mais do que dez anos antes, segundo dados facultados pelo Ministério das Finanças. Foram 66 mil NIF emitidos por mês, 3.170 por dia útil. Os pedidos refletem a natalidade (cerca de 100 mil são de residentes nacionais), mas a esmagadora maioria foi de portugueses não residentes, que em 2023 tiveram um salto considerável, e estrangeiros residentes ou não residentes que na generalidade acabam por fixar cá a sua morada. Os estrangeiros passaram de representar 35% dos NIF nas Finanças em 2014 para 65% de todos os pedidos anuais.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Balanço do Novobanco vale 1,8 mil milhões de euros

O Fundo de Resolução atualizou o valor contabilístico do Novobanco, em que detém uma participação de 13,54%, para cerca de 1,82 mil milhões de euros, acima dos 1,33 mil milhões registados em 2017, quando o fundo de private equity Lone Star adquiriu 75% da instituição financeira que nasceu das cinzas do Banco Espírito Santo (BES). Assim, desde 2017 até ao fim de 2024, o Novobanco aumentou o seu valor contabilístico — que serve de referência para as avaliações externas que vierem a ser feitas pelo novo assessor financeiro que o Fundo de Resolução irá contratar com vista a avaliar a participação (ou não) na operação de entrada em bolsa — em 485 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

‘Cartel da banca’: Parlamento desafiado a clarificar lei para impedir prescrição

Embora sem fazer uma referência direta a qualquer caso específico, o constitucionalista Jorge Bacelar Gouveia escreveu uma carta ao presidente da Assembleia da República (AR) e aos grupos parlamentares a desafiar os deputados a aprovarem uma “lei interpretativa” que ainda possa reverter a decisão de prescrição do processo do ‘cartel da banca’ e, assim, evitar a anulação das coimas de 225 milhões de euros aplicadas a vários bancos portugueses. Ao mesmo tempo, o ex-deputado social-democrata submeteu uma petição formal à AR para o assunto ser discutido numa comissão parlamentar em breve.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas admite que empréstimos não reclamados do PRR possam financiar defesa

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2025

União Europeia estima que tenha de gastar 250 mil milhões de euros por ano, o equivalente a 3,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB), para reforçar a sua capacidade militar.

A Comissão Europeia está a analisar o uso de 93 mil milhões de euros em empréstimos não reclamados do fundo de recuperação pós-crise da Covid-19 para a União Europeia investir em defesa, bem como um alívio orçamental “sustentável”.

A informação foi avançada em entrevista à agência Lusa e outros meios europeus em Bruxelas pelo comissário europeu da Economia, Valdis Dombrovskis, que indicou que um dos elementos que a instituição está a considerar é referente à “questão de existirem 93 mil milhões de euros de empréstimos não reclamados do Mecanismo de Recuperação e Resiliência [que financia o Plano de Recuperação e Resiliência — PRR], se isso poderia ser uma opção e como exatamente poderia ser utilizado”.

Em causa está a ‘bazuca’ europeia criada para a recuperação económica pós-pandemia, de 650 mil milhões de euros a preços correntes, no âmbito da qual foram disponibilizados 385,8 mil milhões de euros de apoio a empréstimos e, destes, cerca de 93 mil milhões de euros não foram ainda solicitados pelos Estados-membros da UE, num programa cuja execução terá de terminar em 2026.

Numa altura em que se estima a União Europeia (UE) tenha de gastar 250 mil milhões de euros por ano, o equivalente a 3,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB), para reforçar a sua capacidade militar, fontes comunitárias ouvidas pela Lusa admitem que estes empréstimos podem ser um dos instrumentos, mas tal depende da revisão legal.

Além disso, Bruxelas quer algo “mais substancial” e “não tira nada de cima da mesa”, estando a avaliar outras formas de financiamento assentes em verbas da instituição financeira da UE, do Banco Europeu de Investimento, do Mecanismo Europeu de Estabilidade (embora isso seja só para a zona euro) ou ainda de fundos comunitários tradicionais como os da coesão, que poderiam ser redirecionados ou flexibilizados, segundo as mesmas fontes.

Portugal tem vindo a advogar uma espécie de PRR para a área da defesa.

Certo é que, de acordo com Valdis Dombrovskis, a Comissão Europeia está já a “procurar formas de utilizar a flexibilidade orçamental adicional e os instrumentos de despesa da UE para aumentar as despesas” com esta prioridade.

Como a Lusa já havia noticiado, a Comissão Europeia vai propor em março a ativação da cláusula de salvaguarda nacional para permitir que os Estados-membros invistam mais em defesa sem contar para o saldo orçamental, face às atuais necessidades de investimento em defesa e segurança.

Ainda assim, para o fazerem, os países terão de “acautelar as suas situações orçamentais e os seus desafios em matéria de sustentabilidade da dívida”, devendo estas questões “fazer parte da equação quando se olha para as despesas adicionais ao nível nacional”, concluiu o comissário europeu da Economia, nesta entrevista à Lusa e outros meios europeus.

Fontes comunitárias ouvidas pela Lusa avançaram estar em causa uma proposta para ativação da cláusula de salvaguarda nacional (e não geral, como aconteceu durante a pandemia de covid-19) para evitar que tais despesas (num certo período de tempo) contem para Bruxelas iniciar Procedimentos por Défice Excessivo.

Apesar de a UE ter novas normas comunitárias para défice e dívida pública, mantêm-se os tetos de, respetivamente, 3% do PIB e 60% do PIB. Quanto à proposta para ativação da cláusula de salvaguarda nacional, resta saber qual o cenário base.

Bruxelas não quer estabelecer objetivos para as despesas com a defesa, mas no seio da NATO a meta atual é de 2% do PIB, podendo ser revista em alta nos próximos meses.

Fontes europeias disseram à Lusa que Bruxelas não quer estes 2% como pré-condição para a proposta de alívio orçamental.

Portugal, que planeia chegar em 2030 aos 2% do PIB com despesas em defesa, está agora em cerca de 1,5%.

O país gasta cerca de 80% das suas despesas com defesa em questões correntes das forças armadas (como salários, pensões e infraestruturas).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O dia em direto nos mercados e na economia – 28 de fevereiro

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2025

Ao longo desta sexta-feira, 28 de fevereiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.