Ordem dos advogados pede reunião “urgente” com Montenegro sobre honorários dos oficiosos

A bastonária da Ordem dos Advogados pediu uma reunião "urgente" com o primeiro-ministro Luís Montenegro. O objetivo é transmitir as "linhas vermelhas" identificadas na portaria dos oficiosos.

Após a publicação da portaria que altera a tabela de honorários do Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais (SADT), a bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro, pediu uma reunião “urgente” com o primeiro-ministro Luís Montenegro. O objetivo é transmitir “as linhas vermelhas” identificadas pela Ordem.

Apesar da reunião, a OA já enviou uma carta ao Governo a enunciar quais as linhas vermelhas. Assim, não admitem que a redução do valor pago em diversos tipos de processos, como nos processos de família e menores, sem audiência de julgamento, nos processos de insolvência, nas ações executivas, nos pedidos de indemnização civil e respetivas execuções e em intervenção ocasional em ato ou diligência isolada do processo.

Entre as linhas vermelhas está ainda o não pagamento dos recursos em caso de não admissibilidade, a falta de pagamento das diligências realizadas junto dos órgãos de polícia criminal e o facto de o novo sistema de remuneração e a tabela agora aprovada não se aplicarem a todos os processos pendentes.

“Depois de 20 anos de espera, o sinal que o Governo deveria ter dado não poderia jamais incluir as situações identificadas. Com esta proposta, e nomeadamente no que diz respeito aos processos de família e crianças, insolvências e execuções, a ideia que passa é que o Governo desvaloriza aquelas áreas de intervenção e que premeia a litigiosidade. Esta proposta não dignifica o trabalho prestado pela advocacia, a Justiça e, acima de tudo, não respeita o próprio cidadão”, revela a OA em comunicado.

O órgão admite ainda que a proposta tem pontos positivos, como o aumento de sete milhões de euros de honorários, nos processos em que a advocacia mais intervém, a inclusão de novas categorias de atos e processos, a consulta prévia, o pagamento de todas as sessões e da resolução extrajudicial do litígio e o compromisso de revisões periódicas futuras.

“Contudo, a Ordem dos Advogados encetará todas as diligências necessárias para que as linhas vermelhas acima descritas sejam revistas ainda antes da entrada em vigor da Portaria, trazendo assim total justiça a esta nova tabela, tal como a advocacia merece e exige”, acrescenta.

No final de janeiro, a bastonária tinha considerado que a revisão da tabela dos honorários dos advogados oficiosos era um “momento histórico e positivo” para a advocacia, enaltecendo o aumento global de sete milhões de euros.

Em causa a portaria relativa às novas regras para os advogados oficiosos. Mas que apenas entra em vigor no segundo semestre do ano, “após período de adaptação do sistema”, diz o MJ. O Governo atualiza honorários dos advogados oficiosos e revê regras do SADT, aproveitando as conclusões do estudo do Grupo de Trabalho, criado para esse efeito.

A portaria define que os advogados oficiosos vão passar a ser pagos em função da complexidade e do tempo que se gasta com cada processo, a poder fazer mais atos nos tribunais – incluindo em casos de mediação, arbitragem e em conservatórias – a consulta jurídica passa a ter o valor de 48 euros e estes advogados serão pagos, no imediato, em caso de substituição de mandatário, evitando atrasos e problemas de partilha de honorários entre os advogados nomeados. A unidade de referência que permite o cálculo desses honorários também muda: passa de 25,5 euros para 28 euros.

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Auchan reforça compromisso com atuais e futuros colaboradores em campanha

  • + M
  • 18 Fevereiro 2025

Tendo como mote "o nosso CEO começou como estagiário", a campanha tem como um dos seus objetivos "consolidar a marca empregadora da Auchan, tanto interna como externamente".

A Auchan lançou uma nova campanha de employer brand, que tem por objetivo “reforçar o compromisso da empresa com os seus atuais e futuros colaboradores, destacando a proposta de valor única da marca empregadora ‘Auchan Respect“.

Os pilares desta marca, lançada em 2024, são agora materializados numa campanha assinada pela DJ e presente em out-of-home (OOH), digital e redes sociais, bem como numa websérie que “retrata a essência de fazer parte da Auchan, mostrando como esses valores se concretizam no dia-a-dia dos colaboradores, através de histórias reais”, explica-se em nota de imprensa. O planeamento de meios ficou a cargo da Essence MediaCom.

Contando com cinco episódios, a websérie será transmitida no YouTube e plataformas digitais da marca a partir da próxima semana, concretizando os diferentes pilares da ‘Auchan Respect’, como o bem-estar físico e mental, o crescimento através de percursos formativos e programas de desenvolvimento, o espírito de proximidade e abertura, o modelo de gestão com base na autonomia e responsabilidade, assim como a diversidade e inclusão.

Tendo como mote “o nosso CEO começou como estagiário”, a campanha foca assim no exemplo do percurso profissional de Pedro Cid, CEO da Auchan em Portugal. O objetivo? “Consolidar a marca empregadora e o EVP (employee value proposition) da Auchan, tanto interna como externamente“, bem como “confirmar que o talento das pessoas e o seu percurso na empresa são uma prioridade“, lê-se na mesma nota.

“O ‘respect’ é a representação da nossa política de pessoas e a essência da nossa cultura empresarial. Antes de mais, reflete a nossa proposta de valor para os colaboradores que já fazem parte da Auchan, reconhecendo o seu talento e o seu papel fundamental na nossa organização. Ao mesmo tempo, queremos atrair novos talentos que se identifiquem com os nossos valores e propósito, inspirando-os a fazer parte de uma empresa que respeita as pessoas em todas as suas dimensões. Porque, para nós, o respeito não se afirma, demonstra-se”, diz Clara Costa, diretora de pessoas e sustentabilidade da Auchan Retail Portugal, citada em comunicado.

É essa mensagem que queremos passar com esta campanha. A ‘Auchan Respect’ reforça o nosso compromisso com todos, mostrando, acima de tudo, o quanto valorizamos as pessoas e o impacto que cada uma tem no nosso sucesso coletivo”, acrescenta.

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Rubio admite que UE deve estar nas negociações de paz da Ucrânia

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

"A União Europeia terá de estar na mesa das negociações, em algum momento, porque também tem sanções", disse o secretário de Estado norte-americano.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, defendeu esta terça-feira que todos devem ter um lugar à mesa de negociações sobre a guerra na Ucrânia, incluindo a União Europeia (UE).

“Há outras partes que têm sanções (contra a Rússia), a União Europeia terá de estar na mesa das negociações, em algum momento, porque também tem sanções”, disse Rubio a jornalistas, no final das conversações entre os Estados Unidos e a Rússia, na Arábia Saudita.

No final do encontro em Riade, onde esteve frente-a-frente com o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, Rubio acrescentou que as relações entre Washington e Moscovo podem ser reforçadas se a guerra na Ucrânia terminar. O secretário de Estado norte-americano admitiu que “existem oportunidades extraordinárias de parceria” com a Rússia, mas acrescentou que “a chave para o conseguir é acabar com o conflito” na Ucrânia.

Rubio disse ainda que o seu Governo vai nomear uma “equipa de alto nível” para negociar o fim dessa guerra com a Rússia. “Vamos nomear uma equipa de alto nível para ajudar a negociar e a executar o trabalho até ao fim do conflito na Ucrânia de uma forma que seja duradoura e aceitável para todas as partes envolvidas”, disse Rubio.

O chefe da diplomacia norte-americana garantiu ainda que Serguei Lavrov concordou em “começar a trabalhar a um nível elevado para começar a discutir, pensar e examinar a cooperação geopolítica e económica que pode resultar do fim do conflito na Ucrânia”.

Sobre o processo negocial, Rubio disse que deve conduzir a “um fim permanente da guerra e não a um fim temporário”, ao mesmo tempo que sugeriu que “a realidade prática é que haverá algum debate sobre o território e haverá um debate sobre as garantias de segurança”.

Rubio lembrou ainda que o Presidente norte-americano, Donald Trump, manifestou “o seu desejo, a sua determinação” em acabar com a guerra e com “o massacre que tem vindo a ocorrer” desde o início da invasão russa da Ucrânia em 2022, onde permanecem “campos de extermínio no leste e no sul que são inaceitáveis”.

“O Presidente Trump mudou toda a conversa global, de se a guerra vai acabar, para como vai acabar. E só o Presidente Trump pode fazer isso”, argumentou Rubio. As negociações em Riade duraram cerca de quatro horas e meia e incluíram, do lado russo, o conselheiro do Kremlin, Yuri Ushakov; o ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, e o diretor do Fundo Russo de Investimento Direto, Kirill Dmitriev.

A delegação dos EUA esteve representada por Rubio, pelo conselheiro de segurança nacional, Mike Waltz, e pelo enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff.

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“Moção de censura é manobra de diversão do Chega”, diz Governo

O ministro dos Assuntos Parlamentares garantiu esta terça-feira que o “primeiro-ministro tem conduta à prova de bala”, quando confrontado com a imobiliária detida pela mulher e filhos de Montenegro.

O ministro dos Assuntos Parlamentares disse esta terça-feira que a moção de censura apresentada pelo Chega é uma “manobra de diversão” que o partido de André Ventura criou para “desviar a atenção de problemas próprios”.

“Independentemente disso, o Governo respeita as regras do Parlamento”, garantiu Pedro Duarte, em declarações aos jornalistas, quando questionado sobre o alegado conflito de interesses do negócio imobiliário detido pela mulher e filhos de Luís Montenegro.

Em causa está a empresa Spinumviva, de compra e venda de imóveis, sobre a qual Luís Montenegro afirma que “não há nenhum conflito de interesses” a lei dos solos. “O tema não faz sentido. Não há qualquer questão do ponto de vista da conduta e do comportamento do primeiro-ministro”, corroborou Pedro Duarte.

O primeiro-ministro tem, desde o início, apesar de um conjunto momentos em que se tenta atacar a sua integridade, uma conduta à prova de bala. Desse ponto de vista, está muito tranquilo e confortável. Saberá escolher o momento próprio e adequado para falar ao país”, afirmou o governante à imprensa, negando que Luís Montenegro esteja em silêncio sobre o assunto.

Pedro Duarte ressalvou que a transparência “é muito importante”, sobretudo no exercício de funções públicas, em que se está “em permanente escrutínio” e com a obrigação de esclarecer. Porém, defende que o primeiro-ministro “não tem de passar 24 horas a dar esclarecimentos”, até porque está prestes a aterrar em Brasília para a 14.ª Cimeira Luso-Brasileira.

O Chega entregou esta terça no parlamento uma moção de censura ao Executivo por considerar que recaem sobre Luís Montenegro “suspeitas gravíssimas de incompatibilidade” no exercício de funções públicas.

Na moção de censura “Pelo fim de um Governo sem integridade, liderado por um primeiro-ministro sob suspeita grave”, entregue à Assembleia da República, o partido liderado por André Ventura alerta para um “cenário de total e generalizada descredibilização do Governo e do primeiro-ministro”, que deve resultar na demissão do Governo minoritário PSD/CDS-PP.

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Zelensky critica reunião russo-americana por discutirem conflito sem Kiev

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

"As negociações estão agora a decorrer entre representantes russos e norte-americanos. Mais uma vez, sobre a Ucrânia e sem a Ucrânia", condenou o líder ucraniano.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou esta terça-feira a reunião russo-americana que decorreu na Arábia Saudita, caracterizando-a como conversações sobre a invasão russa da Ucrânia “sem a Ucrânia”.

“As negociações estão agora a decorrer entre representantes russos e norte-americanos. Mais uma vez, sobre a Ucrânia e sem a Ucrânia”, condenou o líder ucraniano durante a sua deslocação à Turquia. A Turquia, membro da NATO, acolheu por duas vezes as conversações entre Moscovo e Kiev em 2022.

Ancara conseguiu manter os seus laços com Moscovo e Kiev, tendo fornecido drones de combate e navios de guerra aos ucranianos e ficou de fora da aplicação das sanções ocidentais contra a Rússia. Zelensky deslocou-se esta terça a Ancara para um encontro com o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, de quem espera obter apoio.

Altos funcionários de Washington e Moscovo, liderados pelos respetivos chefes da diplomacia, iniciaram esta terça, em Riade, conversações para reavivar relações afetadas pela invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, e para preparar uma possível cimeira entre Donald Trump e Vladimir Putin.

Trata-se da primeira reunião russo-americana a este nível e neste formato desde o início do conflito. Zelensky é esperado na Arábia Saudita na quarta-feira.

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Rejeitada a maioria dos pedidos para afastar juízes por alegada parcialidade

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

Os Tribunais da Relação rejeitaram, nos últimos seis anos, a maioria dos pedidos de arguidos e Ministério Público para afastar, por alegada parcialidade, juízes de primeira instância.

Os Tribunais da Relação rejeitaram, nos últimos seis anos, a maioria dos pedidos de arguidos e Ministério Público para afastar, por alegada parcialidade, juízes de primeira instância, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Conselho Superior da Magistratura (CSM).

Entre 1 de janeiro de 2019 e 10 de setembro de 2024, foram decididos nos Tribunais da Relação de Guimarães, Porto, Coimbra, Lisboa e Évora um total de 322 pedidos de recusa de juiz, dos quais 20 com razão dada aos requerentes.

Destas duas dezenas, sete foram providos em Guimarães, seis em Lisboa, cinco no Porto e dois em Évora. Em Coimbra, nenhum foi aceite. A taxa média global de aceitação cifrou-se, assim, nos 6,21%.

Dos restantes 302, 247 foram expressamente rejeitados e 55 concluídos por terem sido apensos (anexados) a outro processo ou considerado inúteis.

Os dados constam do documento “Megaprocessos e Processo Penal: Carta para a Celeridade e Melhor Justiça”, apresentado esta terça-feira na sede do CSM, em Lisboa, e no qual o órgão de gestão e disciplina dos juízes propõe 21 alterações legislativas para acelerar a resolução dos processos de grande dimensão e complexidade.

“A utilização deste incidente como mecanismo propulsor da morosidade na tramitação dos processos causa prejuízos aos que visam uma solução justa e tempestiva dos seus litígios e compromete a eficiência do sistema de justiça, contribuindo para a sensação de impunidade e descrédito dos tribunais”, lê-se na exposição dos motivos da proposta já remetida ao Ministério da Justiça.

O CSM sugere que o requerimento de recusa do juiz deixe de suspender a tramitação do processo e que, caso o magistrado acabe por ser afastado, sejam só anulados os atos dos quais resulte “prejuízo para a justiça da decisão” do caso.

A “Carta para a Celeridade e Melhor Justiça” resulta da reflexão de um grupo de trabalho formado por cinco juízes e um procurador, criado em outubro de 2023 por iniciativa do CSM e coordenado pela juíza Helena Susano.

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Preço do gás engarrafado em janeiro 4,2% a 7,2% acima da estimativa do regulador

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

Os preços do gás engarrafado ficaram, em janeiro, entre 4,2% e 7,2% acima da estimativa de preço eficiente do regulador.

Os preços do gás engarrafado ficaram, em janeiro, entre 4,2% e 7,2% acima da estimativa da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), anunciou o regulador.

De acordo com o relatório mensal de supervisão de preços da ERSE, na garrafa G26 de propano, “registou-se uma diferença de 5,0%, com o preço anunciado superior ao preço eficiente em 1,560 euros/garrafa”. Por sua vez, a garrafa G110 de propano tem uma diferença de 4,2% ou de 4,718 euros por garrafa entre o preço anunciado e o eficiente. Já na garrafa G26 de butano a discrepância é de 7,2%, “com o preço anunciado superior ao preço eficiente em 2,299 euros/garrafa”.

O preço médio mensal eficiente é determinado pela ERSE e soma componentes como o preço do GPL nos mercados internacionais, logística, componente de retalho, frete marítimo e tarifas portuárias.

O preço anunciado, por seu turno, resulta da média dos preços reportados no Balcão Único de Energia pelos operadores com um volume de negócios superior a 1.000 garrafas por ano.

Relativamente aos últimos quatro meses, para a garrafa de propano G26, os preços anunciados estiveram acima do preço eficiente, variando entre 1,2% e 5%, mas apresentaram desvios negativos em relação ao preço eficiente com margens até dezembro, oscilando entre -0,6% e -2,4%, registando-se um diferencial positivo em janeiro (1,2%).

Já no caso da garrafa de butano G26, os preços anunciados foram sempre superiores ao preço eficiente, com desvios entre 3,3% e 7,2%, enquanto em relação ao preço eficiente com margens, apenas novembro registou um desvio negativo (- 0,2%).

Já na garrafa de propano G110, os desvios face ao preço eficiente oscilaram entre – 0,6% e 4,2%, mantendo se negativos face ao preço eficiente com margens até dezembro, registando-se um desvio positivo em janeiro (0,6%).

Considerando as margens máximas, em janeiro observou-se uma diferença de 1,2% na garrafa G26 de propano, com o preço anunciado a ser superior ao preço eficiente majorado em 0,383 euros/garrafa, uma diferença de 0,6% na garrafa G110 de propano, com o preço anunciado acima do preço eficiente majorado em 0,677 euros/garrafa, e uma diferença de positiva de 3,5% na garrafa G26 de butano, com o preço anunciado a superar o preço eficiente majorado em 1,162 euros/garrafa.

A ERSE sublinhou que, no último mês, as cotações internacionais do GPL registaram uma evolução positiva nos dois principais produtos do mercado, com o preço do propano a evidenciar uma subida de 11,6%, e o butano a acompanhar esta tendência, valorizando-se 10,4%.

A ERSE revelou ainda que, em fevereiro, já tendo em conta as trajetórias nas cotações dos mercados internacionais, os preços eficientes são de 32,24 euros para a garrafa G26 de propano, mais 2,99% face ao preço eficiente de janeiro. No caso da garrafa G110 de propano o preço é de 116,33 euros, uma subida de 3,29%, enquanto para a garrafa de G26 de butano o preço é de 32,96 euros, uma subida de 3,09%.

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Miranda Sarmento admite economia a crescer mais de 2% este ano

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

"Neste momento", o ministro das Finanças não tem prevista nenhuma revisão da meta de crescimento para este ano, admitindo até que a economia se expanda mais do que o esperado.

O ministro das Finanças disse esta terça-feira que o Governo não prevê uma revisão em baixa do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), estimando que, apesar da “enorme incerteza” geopolítica, a economia portuguesa cresça acima de 2% em 2025.

“Neste momento não vemos razão para rever em baixa, pelo contrário, até estamos dentro da enorme incerteza que existe, moderadamente otimistas que a economia portuguesa crescerá acima de 2% este ano de 2025″, declarou Joaquim Miranda Sarmento, falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas no final de uma reunião dos ministros das Finanças da União Europeia (UE).

Numa altura de ameaças norte-americanas relativas ao comércio e em que a UE tenta financiar a aposta na sua defesa e segurança, o governante admitiu que “o nível de incerteza é muito grande e a Zona Euro tem sido muito afetada por essa incerteza, porque as grandes economias – com exceção de Espanha -, sobretudo Alemanha e França, estão a ter crescimentos muito baixos e isso naturalmente afeta muito a média da Zona Euro e da União Europeia”.

Ainda assim, reforçou: “À data de hoje, com aquilo que sabemos, sem ignorar a enorme incerteza que existe sobre aquilo que serão as decisões e a consequência dessas decisões e o comportamento das principais economias mundiais, nós estamos bastante confiantes que a economia portuguesa vai crescer acima de 2% este ano, por via do investimento e também por via do consumo privado”.

Joaquim Miranda Sarmento destacou ainda o “quarto trimestre muito favorável” para o PIB português. “O efeito de carry-over, ou seja, de arrastamento desse crescimento do quarto trimestre para 2025 é de cerca de 1,3%. Ou seja, mesmo que os quatro trimestres da economia portuguesa estagnassem, ainda assim em 2025 a economia portuguesa cresceria 1,3% e a nossa projeção em outubro é de 2,1%”, enumerou.

A posição surge depois de, na segunda-feira, o comissário europeu da Economia, Valdis Dombrovskis, ter realçado que os “tempos geopolíticos turbulentos” impactam o crescimento da Zona Euro, vincando que, “sem uma paz duradoura na Ucrânia”, também não existe estabilidade económica.

Em concreto, Valdis Dombrovskis disse esperar que a Zona Euro “cresça a um ritmo mais lento do que o projetado nas previsões do outono”, dada a “incerteza particularmente elevada”. “A Zona Euro deve preparar-se para um ambiente internacional cada vez mais imprevisível e transacional. […] Teremos de assumir uma maior responsabilidade pela nossa segurança e defesa e melhorar a nossa competitividade e os nossos fundamentos económicos”, advogou Valdis Dombrovskis.

Também na semana passada, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, avisou que as tensões no comércio mundial podem afetar as perspetivas sobre a inflação na Zona Euro, quando se prevê um regresso à meta dos 2% durante este ano.

A União Europeia está a preparar-se para tensões com os Estados Unidos, especialmente em relação a tarifas comerciais, dados os recentes anúncios do Presidente norte-americano, Donald Trump.

Vários líderes já vieram assegurar que a UE está pronta para negociações difíceis, mas no espaço comunitário paira a incerteza sobre a relação transatlântica, que pode ser afetada por esta nova política económica e comercial da administração americana.

De momento, ocorrem também negociações sobre como a UE pode aumentar os seus investimentos em defesa e financiá-los, quando cálculos recentes da Comissão Europeia revelam que são necessários cerca de 500 mil milhões de euros durante a próxima década.

 

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Magistrados da Operação Influencer e do caso EDP saem do DCIAP

Os magistrados do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Carlos Casimiro e João Paulo Centeno, dos casos Influencer e EDP, vão sair das respetivas investigações.

Os magistrados do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Carlos Casimiro e João Paulo Centeno, dos casos “Influencer” e EDP, vão sair das respetivas investigações, em agosto. Segundo avança o Correio da Manhã, ambos pediram a cessação das comissões de serviço no departamento e o Conselho Superior do Ministério Público aceitou.

As saídas estão previstas no último Boletim Informativo do CSMP na qual apenas se refere que, “por unanimidade”, os pedidos de cessão das comissões de serviço foram deferidos.

João Paulo Centeno, 57 anos, esteve na origem da investigação que, em novembro de 2023, daria lugar à Operação Influencer. A 3 de junho de 2019, o procurador, juntamente com o colega Hugo Neto, assinaram um despacho, no qual iniciaram a investigação, considerando, em resumo, que os elementos recolhidos, à época, indiciavam os crimes de prevaricação.

Carlos Casimiro, 59 anos, esteve, nos últimos anos diretamente ligado aos processos da EDP, acusando Manuel Pinho, Ricardo Salgado, António Mexia e José Luís Manso Neto de corrupção, em dois processos distintos.

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Troço Soure-Carregado da linha de alta velocidade tem custo estimado de 2 mil milhões

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

A viagem de comboio entre Leiria e Lisboa em linha de alta velocidade vai ter a duração de apenas 36 minutos.

O troço entre Soure e Carregado da futura linha de alta velocidade Lisboa-Porto, que contempla uma estação em Leiria, tem um custo estimado de dois mil milhões de euros, segundo o estudo de impacte ambiental.

“A estimativa do valor de investimento é de cerca de dois mil milhões de euros”, lê-se no resumo não técnico do estudo, em consulta pública na plataforma na Internet participa.pt, segundo o qual a duração dos trabalhos de construção está estimada em quatro anos.

A linha de alta velocidade Porto-Lisboa, em via dupla eletrificada, vai permitir uma velocidade máxima de 300 quilómetros/hora e destina-se exclusivamente a tráfego de passageiros.

O troço Soure-Carregado insere-se na fase 2, dando sequência aos projetos da fase 1, com declarações de impacte ambiental emitidas, respetivamente, em agosto de 2023 para Aveiro (Oiã)-Porto (Campanhã) e em novembro do mesmo ano para Soure-Aveiro (Oiã).

Já a fase 3 diz respeito ao troço Carregado-Lisboa.

A viagem de comboio entre Leiria e Lisboa em linha de alta velocidade vai ter a duração de 36 minutos, também segundo o estudo de impacto ambiental.

“Nas ligações com paragens, [há] redução significativa dos tempos de viagens entre as cidades com estações (Porto, Gaia, Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa). Exemplificando com as ligações a Lisboa e ao Porto, Leiria passará a ter 50 minutos de viagem na ligação ao Porto e 36 minutos na ligação a Lisboa”, refere o resumo não técnico do estudo.

O projeto atravessa os concelhos de Rio Maior, Azambuja, Alenquer, Cadaval, Caldas da Rainha, Alcobaça, Porto de Mós, Leiria, Marinha Grande e Pombal.

No documento, encomendado pela Infraestruturas de Portugal (IP), há duas soluções para o troço Soure-Carregado, A e B. A primeira tem quase 116 quilómetros e a segunda pouco mais de 117 quilómetros.

O troço foi dividido em quatro trechos – Carregado–Rio Maior, Rio Maior-Juncal, Juncal-Bidoeira e Bidoeira-Pombal -, apresentando-se várias alternativas de traçado segundo as soluções base.

No trecho Juncal-Bidoeira há ainda uma alternativa àquelas soluções, a variante de Regueira de Pontes (Leiria).

Esta variante inicia-se após a nova estação de Leiria, projetada para a zona da Barosa, e termina no final do trecho 3, “tendo sido criada como alternativa à passagem na freguesia de Regueira de Pontes, onde as soluções A e B, que neste troço são coincidentes, passam numa zona mais central da área urbanizada”, justifica o estudo.

Quanto à ligação da futura linha de alta velocidade à Linha do Norte, será feita na zona do Carregado, com uma via ascendente e outra descendente.

Por outro lado, a futura estação de Leiria “permitirá a interligação com a Linha do Oeste, sendo que, para o efeito, a Linha do Oeste é desviada do seu traçado atual” para junto da linha de alta velocidade, para “poder utilizar a estação conjunta”.

Assim, a linha atual é desativada entre os pontos de desvio, incluindo a estação de Leiria atual.

“Este desvio da Linha do Oeste integra uma via ascendente e outra descendente e articula-se com ambas as soluções [A e B]” apresentadas para a linha de alta velocidade.

Assim, a futura estação ferroviária de Leiria, que “funcionará para a alta velocidade e a ferrovia convencional (Linha do Oeste)”, terá associado o desvio da Linha do Oeste entre a Marinha Grande (a sul da estação) e Regueira de Pontes (a norte da estação), “de modo a levar a Linha do Oeste à nova estação”.

No caso da variante de Regueira de Pontes, “desde após a estação de Leiria até ao final do trecho 3”, esta permite “a passagem mais a norte no vale do rio Lis e também face ao núcleo mais densamente urbanizado da freguesia”.

“Todo este atravessamento se faz através de um extenso viaduto, cerca de 500 metros mais extenso que os das soluções A e B, e com um maior enviesamento e extensão no atravessamento do vale do Lis e do aproveitamento hidroagrícola”.

A consulta pública, que termina em 21 de março, recebeu até à manhã de hoje 50 participações.

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Chega ‘censura’ Montenegro por “manchar reputação” do país. PS evita queda do Governo, mas exige explicações

Partido de André Ventura pede "fim de um Governo sem integridade, liderado por um primeiro-ministro sob suspeita grave". Pedro Nuno vota contra, mas fala em caso "muito semelhante" a Hernâni Dias.

O Chega já entregou na Assembleia da República os fundamentos para avançar com uma moção de censura ao Governo, num documento que tem como título “Pelo fim de um Governo sem integridade, liderado por um primeiro-ministro sob suspeita grave”.

“A imagem de Portugal volta a ser beliscada por polémicas que atingem o XXIV Governo Constitucional”, lê-se na moção de censura. “Se até aqui os problemas surgiam pela mão de governantes diversos, desta vez é o próprio primeiro-ministro quem mancha a reputação e a imagem do país, tanto interna como externamente“.

O partido de André Ventura alega que “o país não pode continuar a ser dirigido por governantes que demonstram ter uma total ausência de princípios éticos e de transparência, tal como não pode ter um primeiro-ministro que se recusa a admitir os seus erros e que tarda em tomar decisões”.

O país não pode continuar a ser dirigido por governantes que demonstram ter uma total ausência de princípios éticos e de transparência, tal como não pode ter um primeiro-ministro que se recusa a admitir os seus erros e que tarda em tomar decisões.

Moção de censura do Chega

No domingo, o líder do Chega anunciou que iria apresentar uma moção de censura ao Governo caso o primeiro-ministro, Luís Montenegro, não desse explicações ao país nas 24 horas seguintes sobre aquilo que apelidou de “suspeita de absoluta de corrupção”.

Em causa está uma notícia do Correio da Manhã, publicada no sábado, a relatar que a mulher e os dois filhos do primeiro-ministro têm uma empresa de compra e venda de imóveis, de que Luís Montenegro foi fundador e gerente. E uma vez que casou com comunhão de adquiridos, segundo o jornal, o primeiro-ministro poderia beneficiar dos proveitos.

No próprio sábado, porém, o primeiro-ministro classificou como “absurda e injustificada” a sugestão de que poderá existir um conflito de interesses pela possibilidade de a empresa da sua família poder beneficiar da revisão da lei dos solos aprovada recentemente pelo Governo. Adiantou então que, do vasto objeto social dessa empresa, apenas teve execução a prestação de consultoria no âmbito da proteção de dados pessoais.

No entanto, o Chega “considera que é chegado o momento de colocar um fim a este Executivo e de abrir um novo ciclo político em Portugal, através da aprovação da presente moção de censura”.

PS evita queda do Governo, mas diz que caso é “muito semelhante” ao de Hernâni Dias

Entretanto, também esta terça-feira, o líder socialista reiterou que o objetivo da moção de censura do Chega é apenas “desviar a atenção dos seus problemas internos” do partido e que o PS votará contra porque não acompanha as iniciativas do partido de André Ventura.

Ainda assim, o líder do PS afirmou que o caso da empresa da mulher e filhos do primeiro-ministro é “muito semelhante” ao que levou à demissão de Hernâni Dias e instou Luís Montenegro a dar explicações “o quanto antes”.

Em declarações aos jornalistas em Braga, durante uma visita à construtora dst, Pedro Nuno Santos sublinhou que o primeiro-ministro deve estar disponível “para ser confrontado” pelos jornalistas “porque a verdade é que todos os dias se adensam novas críticas, novas suspeitas, novas dúvidas”.

Para o secretário-geral do PS, “é muito importante” que Luís Montenegro “dê esclarecimentos, e não é só esclarecimentos escritos, a perguntas escritas, mas sim a jornalistas que lhes vão fazer várias perguntas, que acho que devem ser feitas e devem ser respondidas”.

“Acreditamos que há boas explicações, elas têm de ser dadas, e têm de ser dadas o quanto antes”, frisou, apelando a Montenegro para que não espere mais para falar sobre um caso “que é muito semelhante ao do seu secretário de Estado que acabou por sair do Governo”.

Para Pedro Nuno, “não é bom para a nossa democracia, para a transparência, para a confiança nas instituições, que os políticos decidam evitar as jornalistas para não serem confrontados com perguntas desagradáveis”. Sublinhou que é do interesse de todos, incluindo de Montenegro, “travar qualquer especulação sobre os serviços prestados pela empresa, quem é que prestou, por quem, quem é que trabalha na empresa”.

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Produção automóvel em Portugal afunda 22% no arranque do ano

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

Apesar de a produção em janeiro ter caído para 23.573 veículos, ACAP assinala que setor continua a ser relevante na balança comercial portuguesa, com 97,4% destes produtos a serem exportados.

A produção automóvel em Portugal caiu 21,7% em janeiro face ao mês homólogo de 2024, para 23.573 veículos, segundo dados divulgados esta terça-feira pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

Do total de automóveis produzidos no primeiro mês deste ano, 17.562 são ligeiros de passageiros (menos 26,5% face a janeiro de 2025), 5.617 ligeiros de mercadorias (-2,3%) e 394 são veículos pesados (-9,4%).

Apesar da redução, a ACAP assinalou que o setor continua a ser um elemento importante na balança comercial portuguesa, uma vez que “97,4% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo”.

A Europa continua a ser o mercado líder nas exportações, com 87,3% da produção nacional, destacando-se Alemanha (18,4%), Itália (14,9%), Reino Unido (14,1%) e França (11,2%).

O mercado americano, com o Chile a somar uma quota de 5,2%, ocupa o segundo lugar, com 5,4% das exportações, o dobro do continente africano (2,7%), que ocupa a terceira posição entre os recetores de automóveis fabricados em Portugal.

Em relação à montagem de pesados, em janeiro foram montados oito veículos pesados – todos eles de passageiros –, o equivalente a uma quebra de 60% em termos homólogos.

A ACAP assinala que em janeiro foram exportados sete destes oito veículos montados em Portugal, tendo a Alemanha sido o único destino destas exportações.

O setor automóvel europeu enfrenta uma crise que tem forçado as grandes construtoras a avançar com programas de reestruturação e despedimentos de milhares. Portugal tem sido poupado, para já, a estes movimentos e 2024 foi o segundo melhor ano de sempre para a produção automóvel nacional.

Ainda assim, “a crise [que se vive no setor automóvel] na França e na Alemanha vai chegar a Portugal” e, com ela, os despedimentos, como avisou ao ECO o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa (CCILF), Laurent Marionnet.

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