Governo de Montenegro pode ser o segundo da história democrática a ‘cair’ sem confiança

  • Lusa
  • 5 Março 2025

O primeiro executivo a cair na sequência da apresentação de uma moção de confiança foi o I Governo Constitucional, em 1977, dirigido pelo socialista Mário Soares.

O XXIV Governo, liderado por Luís Montenegro, poderá ser o segundo executivo a cair na sequência da apresentação de uma moção de confiança, depois da queda do I Governo Constitucional, em 1977, dirigido pelo socialista Mário Soares. A rejeição de uma moção de confiança implica a demissão do Governo, estabelece o Regimento da Assembleia da República.

Se o Governo solicitar à Assembleia da República a aprovação de um voto de confiança “sobre uma declaração de política geral ou sobre qualquer assunto relevante de interesse nacional”, a discussão iniciar-se-á no terceiro dia parlamentar subsequente à apresentação ao Presidente da Assembleia da República do requerimento do voto de confiança.

Tal como acontece com as moções de censura, o debate não pode exceder três dias e é ponto único na ordem do dia. “A moção de confiança pode ser retirada, no todo ou em parte, pelo Governo até ao fim do debate”, lê-se no Regimento. Ao contrário da moção de censura, que só é aprovada com a maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções, 116, uma moção de confiança apenas necessita de maioria simples, mais votos a favor do que contra.

Caso a moção de confiança seja chumbada, o Presidente da Assembleia da República comunica-o ao Presidente da República, uma vez que o artigo 195.º da Constituição estabelece que “a não aprovação de uma moção de confiança” implica a demissão do executivo. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou durante o debate da moção de censura apresentada pelo PCP, a apresentação de uma moção de confiança ao executivo, considerando que não ficou claro que os partidos tenham dado ao Governo condições para continuar.

“Avançaremos para a última oportunidade de o fazer que é a aprovação de um voto de confiança”, afirmou Luís Montenegro, considerando que a realização de eleições poderão ser um mal necessário. “Mas será um mal necessário para evitar a degradação das instituições e a perda da estabilidade política por vontade de alguns agitadores. Numa palavra, se os partidos da oposição não assumem a legitimidade política do Governo para governar, mais vale dois meses de suspensão da estabilidade política do que um ano e meio de degradação e paralisia”, disse.

A moção de censura apresentada pelo PCP deverá ser chumbada. Há 12 dias, também foi rejeitada uma moção de censura, apresentada pelo Chega.

Em democracia, foram apresentadas pelo Governo ao parlamento apenas 11 moções de confiança e o recurso a este instrumento tinha vindo a diminuir na história recente: os primeiros-ministros socialistas António Guterres, José Sócrates e António Costa não apresentaram nenhuma, enquanto os chefes de governos do PSD Durão Barroso, Pedro Santana Lopes e Pedro Passos Coelho usaram-na uma vez cada, tendo a última sido aprovada em 31 de julho de 2013.

Até hoje, só por uma vez a rejeição de uma moção de confiança conduziu à demissão do Governo: em 09 de dezembro de 1977, quando o socialista Mário Soares dirigia o I Governo Constitucional. PS e Chega já afirmaram por várias vezes que votariam contra uma eventual moção de confiança do executivo, o que deverá ditar o seu chumbo e a demissão do XXIV Governo Constitucional.

No sábado à noite, o primeiro-ministro tinha admitido avançar com uma moção de confiança ao Governo se os partidos da oposição não esclarecessem se o executivo “dispõe de condições para continuar a executar” o seu programa.

Luís Montenegro fez esta declaração após ter sido noticiado pelo semanário Expresso que a empresa Spinumviva – até sábado detida pela sua mulher, com quem é casado em comunhão de adquiridos, e filhos –, recebe uma avença mensal de 4.500 euros do grupo Solverde, que representou como advogado antes de ser presidente do PSD.

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+M

Coldwell Banker lança campanha para reforçar valores da marca

  • + M
  • 5 Março 2025

Com criatividade da Outcomm, a campanha assume "um tom determinado, confiante e aspiracional". Marca presença em televisão, rádio, digital e exterior.

É sob o claim “Uma imobiliária que cumpre os seus valores, é de valor”, que a Coldwell Banker Portugal pretende “reforçar o compromisso da marca com a transparência, a seriedade e o profissionalismo no setor imobiliário“.

A campanha de reforço deste posicionamento — onde se destaca que com a escolha por uma agência Coldwell Banker se obtém não apenas competitividade nos preços dos imóveis, mas também um compromisso com os princípios de transparência, integridade e profissionalismo da marca — surge num momento em que “a confiança e a credibilidade se afirmam como fatores-chave tanto para clientes como para consultores e franqueados”, refere-se em nota de imprensa.

Esta campanha vem reforçar a nossa visão para o mercado português, onde queremos continuar a crescer com franqueados e consultores que partilham os nossos princípios. Queremos também mostrar aos clientes que no momento de comprar um imóvel existem muitas variáveis que são negociáveis, mas há valores fundamentais que não o podem ser – e são esses valores que fazem a diferença. A ética e a excelência são os pilares do nosso sucesso e queremos que esta mensagem fique bem clara junto do público e dos profissionais do setor”, diz Frederico Abecassis, CEO da Coldwell Banker Portugal, citado em comunicado.

Já o diretor de marketing da Coldwell Banker Portugal, Carlos Estorninho, refere que a campanha “traduz o que a Coldwell Banker Portugal representa”, ou seja, “uma imobiliária focada em construir relações sólidas e confiáveis, onde cada transação é conduzida pelos melhores valores”. “Não é apenas uma mensagem, é um reflexo da nossa essência que se mantém verdadeira aos princípios fundadores”, acrescenta.

Com criatividade da Outcomm, a campanha, que assume “um tom determinado, confiante e aspiracional”, marca presença em televisão, rádio, digital e publicidade exterior, em outdoors e autocarros da zona de Lisboa. O planeamento de meios ficou a cargo da Nova Expressão.

A seleção destes suportes “conjuga alcance quantitativo e relevância estratégica para os objetivos da campanha, privilegiando locais e meios que reforçam a credibilidade da marca e potenciam a perceção do seu posicionamento premium e exclusivo”, refere-se ainda em nota de imprensa.

Além de “fortalecer o reconhecimento da marca junto do consumidor final”, a campanha tem ainda como objetivo “atrair novos consultores e franqueados”, uma vez que a marca pretende continuar a aumentar o número de agências.

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Pepê Rapazote diz “Obrigado” em nome da Betclic. Coming Soon assina a campanha

  • + M
  • 5 Março 2025

Com produção da Show Off Films, pós-produção da Mola, sound design da Mute e fotografia de Ivo Cordeiro, o filme reuniu cerca de cem atores, cavaleiros, lutadores e figurantes. O planeamento é da OMD.

Tendo como pano de fundo filmes com batalhas medievais, como “Braveheart” e “Gladiator”, Pepê Rapazote protagoniza a nova campanha da Betclic, com a qual a marca de casinos online diz “Obrigado” e dá seguimento ao conceito “O mundo é o teu casino”.

“Não é todos os dias que podemos contar com a presença de um ator com provas dadas no cinema americano como o Pepê Rapazote”, enquadra Tiago Simões, desde dezembro country manager na Betclic Portugal. “Por isso, lançámos este desafio à Coming Soon: criar uma campanha digna de uma produção de Hollywood”, justifica, citado em comunicado.

“Agarrámos nesta oportunidade no final de 2024, como a nossa grande prenda de Natal, e pensámos em todos os cenários possíveis, desde os filmes de gangsters até às produções de ficção científica. Quando chegámos à clássica cena do general que faz o discurso às tropas, pensamos: só pode ser isto”, recorda Marcelo Lourenço, cofundador da agência e um dos criativos responsáveis pela campanha.

O filme é um grande agradecimento a todos esses heróis da chatice que nos proporcionam mais tempo para desfrutar do Casino Betclic”, acrescenta Pedro Bexiga, também cofundador da Coming Soon.

Com produção da Show Off Films e realização de Alexandre Montenegro, pós-produção da Mola, sound design da Mute e fotografia de Ivo Cordeiro, o filme reuniu mais de cem atores, cavaleiros, lutadores profissionais e figurantes, vestidos à época, e contou com material cenográfico vindo de Espanha, descreve a agência. “Há ótimos profissionais em Portugal, mas a enorme quantidade de espadas, capacetes e armaduras necessária para compor o filme obrigou-nos a recorrer às produtoras de cinema do estrangeiro, as únicas capazes de entregar tudo na quantidade necessária”, explica Marcelo Lourenço.

A campanha arranca esta quarta-feira, em televisão, digital e exterior. O planeamento de meios é da OMD.

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Minor Hotels lança marca Tivoli Hotels & Resorts no México

  • Lusa
  • 5 Março 2025

A inauguração do Tivoli Mérida Residences será "composto por 69 residências privadas” e representará "o primeiro projeto Tivoli no México e o terceiro na América Latina".

O grupo hoteleiro Minor Hotels anunciou esta quarta-feira que iria lançar, no México, a marca Tivoli Hotels & Resorts, na cidade de Mérida, com inauguração prevista para 2027.

A Minor, que comprou os hotéis Tivoli em 2016 ao Grupo Espírito Santo (GES), depois do colapso do mesmo, deu, assim, “conta da chegada da sua marca Tivoli Hotels & Resorts ao México pela primeira vez, especificamente à cidade de Mérida, conhecida como a Cidade Branca”.

Prevista para o início de 2027, “a inauguração do Tivoli Mérida Residences, composto por 69 residências privadas” representará “o primeiro projeto Tivoli no México e o terceiro na América Latina, onde a marca já conta com dois hotéis no Brasil”.

Segundo a cadeia, esta nova unidade será propriedade da Designia, “um destacado promotor imobiliário com profundo conhecimento do sudeste mexicano e que opera projetos emblemáticos nos setores residencial, comercial, industrial, turístico e de usos mistos”.

Atualmente, a Minor Hotels tem em operação 18 propriedades no México e Cuba através de três das suas marcas, Avani, NH Collection e NH, “incluindo hotéis como o NH Collection Mérida Paseo Montejo, situado na mesma rua onde será o futuro Tivoli Mérida Residences, ou o Avani Cancún, a mais recente inauguração que também marcou a estreia de uma nova marca no país”.

A Minor Hotels é um grupo hoteleiro global que opera mais de 560 hotéis, resorts e residências em 58 países.

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Gronelândia tem recursos estratégicos cobiçados mas limitados

  • Lusa
  • 5 Março 2025

O presidente dos EUA voltou a dizer que pretende incorporar a Gronelândia nos EUA “de um forma ou de outra”.

A Gronelândia, o vasto território autónomo da Dinamarca cobiçado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, contém minerais essenciais para a transição energética e hidrocarbonetos, mas as reservas continuam a ser modestas à escala mundial.

Trump reafirmou na terça-feira, perante o Congresso em Washington, que quer incorporar a Gronelândia nos EUA, alegando questões de defesa internacional, e disse perentoriamente que isso acontecerá “de um forma ou de outra”.

As autoridades dinamarquesas e gronelandesas rejeitaram esta quarta a pretensão de Trump, com o chefe do governo regional, Múte Bourup Egede, a assegurar que a Gronelândia não está à venda nem quer fazer parte dos Estados Unidos.

Principais riquezas minerais da Gronelândia, uma ilha do Ártico pertencente à Dinamarca, embora com um estatuto de autonomia desde 2009, segundo a agência francesa AFP:

Terras raras

Com recursos de terras raras estimados em 36,1 milhões de toneladas (Mt) pelo Serviço Geológico Nacional da Dinamarca e da Gronelândia (GEUS), a ilha possui um stock significativo destes 17 metais cobiçados pela indústria do futuro e cuja procura deverá aumentar nos próximos anos.

Mas as reservas, que correspondem a recursos económica e tecnicamente recuperáveis, são da ordem dos 1,5 Mt, segundo o último relatório do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

Um valor modesto em comparação com as reservas da China (44 Mt) ou do Brasil (21 Mt), mas suficiente para interessar os fabricantes que procuram diversificar as fontes de abastecimento face ao domínio chinês.

No final da cadeia, as terras raras podem ser encontradas num ‘drone’, numa turbina eólica, num disco rígido, num motor de carro elétrico, numa lente de telescópio ou num avião de combate.

Lítio, grafite, urânio e cobre

Segundo o GEUS, os solos da Gronelândia também contêm grafite, lítio e cobre, três minerais definidos pela Agência Internacional da Energia (AIE) como críticos para a transição energética.

O National Geological Survey estimou os recursos de grafite em 6 Mt, ou seja, 0,75% do total mundial calculado pelo USGS. De acordo com um relatório da AIE de maio de 2024, a China “domina toda a cadeia de produção” deste mineral, que é utilizado tanto nas baterias como na indústria nuclear.

Quanto ao lítio, que desempenha um papel crucial nas baterias e cuja procura poderá aumentar oito vezes até 2040, segundo a AIE, os recursos da Gronelândia foram estimados em 235.000 toneladas, ou seja, 0,20% do valor global.

A presença de cobre na Gronelândia, que não é muito significativa à escala mundial, parece menos estratégica do que a do urânio, um combustível nuclear cobiçado cuja extração na ilha foi proibida por lei em 2021.

Uma mina ativa, outra a arrancar de novo

Existe apenas uma mina ativa na Gronelândia: um depósito de anortosito (uma rocha formada a grande profundidade na Terra) na costa oeste explorado pela Lumina Sustainable Materials, com uma produção muito limitada. A atividade da mina tem sido muito intermitente e a sua propriedade mudou várias vezes ao longo dos anos.

A mina de ouro de Nalunaq, propriedade da empresa canadiana Amaroq Minerals, no sul da Gronelândia, está em vias de ser reiniciada. “Estão a ser desenvolvidos vários outros projetos, alguns dos quais atingiram a fase de viabilidade e obtiveram licenças de exploração”, disse o consultor sénior da GEUS Jakob Klove Keiding à AFP.

“Mas ainda necessitam de um investimento adicional significativo e de autorizações finais antes de poderem entrar em produção”, acrescentou.

A União Europeia, que identificou 25 dos 34 minerais da lista oficial de matérias-primas essenciais na Gronelândia, de acordo com um comunicado de 2023, assinou no mesmo ano um memorando de entendimento com o governo da Gronelândia para apoiar o “desenvolvimento de recursos minerais” na ilha.

Trata-se de uma parceria estratégica, numa altura em que o Ártico está a aquecer até quatro vezes mais depressa do que o resto do mundo, abrindo novas perspetivas para o transporte marítimo e a exploração de recursos como o petróleo e o gás.

Hidrocarbonetos

Poderão ser descobertos na ilha cerca de 28,43 mil milhões de barris de petróleo equivalente de hidrocarbonetos, segundo uma estimativa da GEUS, da National Oil Company of Greenland (Nunaoil) e da Greenland Mineral Resources Authority (MRA), com base em dados do setor.

Embora abundante, este depósito potencial daria ainda uma contribuição limitada para a procura mundial, uma vez que só os Estados Unidos consumirão mais de 7.000 milhões de barris em 2023, segundo a Agência de Informação sobre Energia dos EUA (EIA).

Nunca foi efetuada qualquer perfuração industrial de petróleo ou gás na Gronelândia, embora estejam ativas três licenças de exploração de petróleo no leste do território.

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Procuradoria Europeia faz nova acusação em esquema de importação de carros que envolve Portugal

  • Lusa
  • 5 Março 2025

Ministério Público Europeu apresentou no Tribunal de Dusseldorf nova acusação contra um suspeito, no âmbito da “Operação Huracán”, por alegada fraude ao IVA no comércio de mais de 10.000 automóveis.

A Procuradoria Europeia em Colónia (Alemanha) deduziu uma terceira acusação a um arguido por fraude ao IVA em larga escala no comércio internacional de automóveis e que envolve Portugal, foi divulgado esta quarta-feira.

Segundo a Procuradoria Europeia, o Ministério Público Europeu apresentou no Tribunal de Dusseldorf (Alemanha) nova acusação contra um suspeito, no âmbito da “Operação Huracán”, por alegada fraude ao IVA no comércio internacional de mais de 10.000 automóveis.

A acusação alega que o suspeito, que já foi acusado em março de 2024 e condenado a uma pena de prisão em outubro seguinte de cinco anos e dois meses, vendeu carros para revendedores fora da Alemanha, principalmente sediados em Portugal.

De acordo com a investigação, os carros foram vendidos fraudulentamente, vulgarmente designados por ‘carros de margem’, fornecendo aos revendedores de automóveis em Portugal a possibilidade de pagar IVA apenas sobre a margem que fizeram (a diferença entre o preço pago pelo veículo e o preço pelo qual o mesmo é vendido), e não sobre o valor líquido do carro.

A investigação adianta que “esse comportamento fraudulento supostamente resultou em evasão de IVA no país do vendedor final e levou, nessa parte específica do esquema, a um dano de IVA de mais de seis milhões de euros”. Durante as buscas efetuadas em junho de 2023, foram apreendidos ao suspeito 56.800 euros em dinheiro e dois carros de alta gama e sendo condenado agora por esta nova acusação incorre numa pena de prisão de vários anos.

A 14 de junho de 2023 foi realizada uma primeira operação internacional da Procuradoria Europeia que resultou em 30 buscas domiciliárias e não domiciliárias em Portugal no âmbito da investigação sobre fraudes ao IVA em vendas de carros em segunda mão.

Fonte ligada à investigação revelou na altura à agência Lusa que entre as 450 buscas realizadas ao abrigo da “Operação Huracán” em sete países – Alemanha, Bélgica, Itália, Hungria, Espanha, Países Baixos e Portugal – houve sete buscas domiciliárias e 23 não domiciliárias em território português (sobretudo no Norte e Centro, como, por exemplo, Vila Nova de Gaia, Braga, Trofa, Viseu, Lisboa, Terrugem e Odivelas), numa iniciativa que contou com o apoio a nível nacional da Unidade de Ação Fiscal da GNR.

Cinco pessoas foram detidas até aquela data pelos mais de 2.000 elementos das autoridades fiscais, aduaneiras e policiais destes países, mas nenhuma das detenções ocorreu em Portugal, esclareceu a mesma fonte. Foram ainda identificados cerca de 60 suspeitos e apreendidos bens imóveis e automóveis de luxo.

A investigação do esquema de fraude ao IVA no comércio internacional de mais de 10 mil automóveis arrancou em 2021, na sequência de uma denúncia das autoridades fiscais italianas ao Serviço Federal de Impostos alemão. A operação desencadeada em 2023 foi liderada pelo gabinete de Colónia (Alemanha) da Procuradoria Europeia (EPPO na sigla em inglês).

De acordo com a nota de imprensa entretanto divulgada, “o total fraudulento do volume de negócios do grupo de crime organizado por detrás do esquema está estimado em 225 milhões de euros e os prejuízos em termos de IVA causados pelos suspeitos ascendem, pelo menos, a 38 milhões de euros”.

Segundo a EPPO, o esquema consistia em empresas sediadas na Alemanha comprarem automóveis a um site alemão de vendas, pagando o IVA, sobre o qual apresentavam declaração e recebiam o IVA de volta do Estado alemão. O EPPO é o Ministério Público independente da União Europeia e é responsável por investigar, processar e levar a julgamento crimes contra os interesses financeiros da UE.

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CNP Iberia junta-se a associação para alcançar mais distribuidores em Portugal

  • ECO Seguros
  • 5 Março 2025

A CNP Iberia, que reforçou a sua aposta em Portugal no final do ano passado, quer chegar a novos parceiros e acredita que a parceria com a Câmara de Comércio Hispano-Portuguesa facilita o processo.

A CNP Iberia adere à Câmara de Comércio Hispano-Portuguesa “com o objetivo de impulsionar o seu crescimento em Portugal e reforçar a sua posição nos negócios de resseguro, vida, acidentes e proteção de pagamentos no mercado ibérico”, indica a seguradora em comunicado.

Coro López-Barrón, diretora-executiva da Câmara de Comércio Hispano-Portuguesa e Alexandra da Torre Correia, senior business manager da CNP Iberia assinam acordo de adesão da seguradora à Câmara.

Através desta colaboração, a seguradora terá acesso a um ambiente de negócios que fomenta o desenvolvimento de novos acordos com distribuidores de seguros.

A associação facilita relações comerciais entre os dois países, ao promover “o acesso a redes de contactos, iniciativas de desenvolvimento empresarial e eventos exclusivos que impulsionam o investimento e o crescimento em setores estratégicos.”

A CNP Assurance reforçou a sua aposta em Portugal, no final do ano passado, ao nomear o primeiro Country Manager da CNP Iberia para Portugal, Luis Javier Sánchez Mulligan.

“A Câmara de Comércio Hispano-Portuguesa é o aliado ideal para promover a estratégia de liderança da CNP Iberia no nosso negócio principal e para atingir os objetivos de crescimento da empresa no mercado ibérico”, afirma Luis Javier Sánchez Mulligan.

Por sua vez, a diretora-executiva da Câmara de Comércio Hispano-Portuguesa, Coro López-Barrón, considera que “a adesão da CNP Iberia à Câmara de Comércio Hispano-Portuguesa reforça o nosso compromisso de continuar a promover as relações comerciais entre Espanha e Portugal. Ter um parceiro chave no setor segurador, como a CNP Iberia, permite-nos enriquecer o nosso ecossistema de empresas associadas”.

Alexandra da Torre Correia, senior business manager da CNP Iberia, vê nesta parceria “uma oportunidade única para explorar o desenvolvimento de novas oportunidades de negócio e sinergias entre ambos os mercados em indústrias de grande interesse” para a seguradora, de setor tradicionais como finanças ou saúde até “novos ecossistemas nos quais a CNP Iberia desenvolve o seu ‘modelo de afinidade’ como fintech, insurtech, retalho, serviços essenciais (como água e luz, por exemplo), operadoras de telecomunicações, ou imobiliário.

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MetLife afina a oferta de seguros e ataca novos segmentos

  • ECO Seguros
  • 5 Março 2025

No ano em que faz 40 de presença em Portugal, a seguradora americana que apostou em seguros proteção de pagamentos e coberturas de assistência quer inovar em todas as linhas e vai focar nos seniores.

A MetLife, empresa especializada em seguros de Vida e de Acidentes Pessoais, registou em 2024 um volume de produção de seguro direto de 118,2 milhões de euros, que representa uma subida de 1,9% face aos 116 milhões de euros do ano anterior. Os dados constam do relatório Prémios de Seguro Direto da Atividade Seguradora de 2024 da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), refere a companhia.

Oscar Herencia: “Com 40 anos de presença em Portugal queremos reafirmar o nosso forte compromisso com a sociedade e com um futuro financeiro mais seguro e sustentável para os clientes, trabalhadores e parceiros de distribuição de seguros”.

No ramo Vida, a MetLife cresceu 3,4% para 84,8 milhões de euros, mantendo-se no Top15 das maiores seguradoras deste ramo. No segmento de Acidentes Pessoais, a MetLife manteve a segunda posição no ranking, ao registar uma produção de 22,2 milhões de euros.

Ainda no ramo Não Vida, a MetLife registou vendas de 11,2 milhões de euros em outros seguros e coberturas, uma subida de 4,6% face ao ano anterior. Este crescimento foi impulsionado pela produção de seguros associados a perdas pecuniárias (seguros de proteção de pagamentos) e pela oferta de coberturas de assistência agregadas aos Seguros de Vida e de Acidentes Pessoais da MetLife. Estas coberturas são opcionais e customizáveis para dar resposta às diferentes necessidades dos clientes – afirma a MetLife, em proteção em viagem, animais de estimação (Pets), seniores, assistência no lar, plano saúde ou bem-estar.

“A evolução das vendas em 2024 reflete o sucesso da adaptação da nossa oferta ao estilo de vida dos clientes, bem como o aprofundamento da relação comercial com os parceiros corporativos e a rede de distribuição de agentes de seguros e corretores”, comentou Oscar Herencia, diretor-geral da MetLife na Ibéria e vice-presidente para o Sul da Europa, “acreditamos que há margem para crescer, seja através de inovações na oferta atual ou de novas soluções para outros segmentos, como os seniores”, conclui.

MetLife comemora 40 anos de presença em Portugal

A MetLife celebra este ano quatro décadas de presença em Portugal, nas quais se destacou pela “sua inovação e personalização e flexibilidade dos seus produtos”, diz um comunicado da companhia.

Em 1985, foi a primeira seguradora internacional a entrar no mercado, então sob a marca Alico e, ao longo destas décadas, “ajudou centenas de milhares de portugueses a proteger as suas famílias, a pagar hipotecas e a educação dos filhos ou a assegurar rendimentos adicionais durante a reforma”.

A seguradora conclui ter sido “um parceiro de confiança de mais de meio milhão de portugueses no âmbito da proteção pessoal oferecendo uma experiência de serviço diferenciadora”.

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Asiática Sports Gear investe 15,3 milhões em fábrica de calçado desportivo em Estarreja

  • Lusa
  • 5 Março 2025

A SGP - Sports Gear Portugal aponta para uma produção de 200.000 pares no primeiro ano de atividade, número que diz pretender aumentar para os 600.000 pares até 2027.

A multinacional asiática de calçado desportivo Sports Gear inaugura na sexta-feira uma fábrica em Portugal, um investimento de 15,3 milhões de euros no Eco Parque Empresarial de Estarreja, no distrito de Aveiro.

Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a SGP – Sports Gear Portugal aponta para uma produção de 200.000 pares no primeiro ano de atividade, número que diz pretender aumentar para os 600.000 pares até 2027. A empresa conta, atualmente, com uma equipa de 20 trabalhadores em Portugal, mas afirma ter “planos para duplicar esse número até ao final do primeiro semestre deste ano”.

A nova fábrica irá produzir calçado desportivo para várias marcas. Com o apoio da Sports Gear Group Ltd, Co, multinacional asiática com sede em Taiwan, o investimento inicial no projeto ascende a 15.332.576,81 euros, incluindo a aquisição de terreno, a construção da fábrica e a compra de equipamentos industriais, entre outros.

A inauguração está prevista para as 16:00 de sexta-feira, tendo a nova unidade industrial sido construída no terreno vendido há cinco anos à multinacional pela metalomecânica Fernando Ferro & Irmão (FFI). No comunicado, divulgado esta quarta, a SGP destaca que a relação com a FFI “é crucial para a criação da nova fábrica em Portugal”.

“Com a experiência do Sr. Fernando Ferro na indústria do calçado, a SGP visa estabelecer um centro de referência na produção de calçado desportivo”, sustenta. À agência Lusa, fonte oficial da SGP disse existir com a Fernando Ferro & Irmão “uma parceria tecnológica que foi crescendo ao longo dos anos, evoluindo numa relação de confiança”.

Face ao interesse da Sports Gear em se estabelecer em Portugal, explicou, “a FFI ajudou na concretização deste objetivo, com toda a logística de construção e implementação da nova fábrica”.

“Podemos afirmar que existe uma verdadeira relação familiar entre ambas as empresas”, rematou.

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Samsung entrega estratégia de marketing de influência à Samy

  • + M
  • 5 Março 2025

A conta foi ganha em concurso e a colaboração tem como objetivo reforçar a presença digital da marca no mercado português.

A amplificação do lançamento do Samsung Galaxy S25, com ativação online e off line, marca o arranque da colaboração.

A Samsung Portugal entregou a sua estratégia de marketing de influência à Samy. A conta foi ganha em concurso e a colaboração tem como objetivo reforçar a presença digital da marca no mercado português.

“Estamos muito entusiasmados por partilhar este desafio com a Samy Portugal, que nos irá acompanhar nesta mudança de paradigma para a marca. Num ano que se espera bastante desafiante, este é o tipo de parceria que ambicionamos para alavancar a nossa presença junto dos consumidores”, diz Rita Agostinho, responsável de marketing corporativo da Samsung Portugal, citada em comunicado.

“Estamos muito entusiasmados com esta colaboração com a Samsung, uma marca que é sinónimo de inovação e criatividade. Esta conquista reflete o compromisso da Samy em desenvolver soluções ousadas e impactantes que aproximem marcas e audiências de forma genuína e relevante”, acrescenta Alexandra Navarro, client managing director da agência em Portugal.

A parceria arrancou com uma ativação on e offline, desenhada para o amplificar o lançamento do novo Samsung Galaxy S25.

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“Um mal necessário”. Montenegro anuncia moção de confiança

"Não ficando claro que o Parlamento dá todas as condições para executar o seu programa, avançaremos para a aprovação de um voto de confiança, será um mal necessário", anunciou o primeiro-ministro.

O Governo vai apresentar uma moção de confiança, afirmou o primeiro-ministro esta quarta-feira, explicando que esse voto será um mal necessário para esclarecer que tem condições para continuar no poder. As declarações de Luís Montenegro decorreram na fase inicial do debate da segunda moção de censura que o Governo enfrenta em menos de duas semanas, desta vez da autoria do PCP, depois de o Chega ter avançado com iniciativa semelhante, que foi rejeitada.

Esta nova tentativa de derrube do Executivo também deverá estar condenada, com o PS a anunciar que se irá abster. Em causa está a polémica em torno da empresa familiar de Montenegro, a Spinumviva, que presta serviços a clientes como o grupo de hotéis e casinos Solverde.

“Não ficando claro que o Parlamento dá todas as condições para executar o seu programa, avançaremos para a aprovação de um voto de confiança, será um mal necessário”, anunciou o primeiro-ministro. “Mais vale dois meses de suspensão política do que um ano e meio de degradação política”, defendeu.

Montenegro considera que “não pode persistir dúvida quanto ao Governo dispor ou não de condições para continuar a executar o seu programa”. E dirigiu-se ao PS: “O país precisa de clarificação política e este é o momento, o contexto internacional assim o impõe, seria inaceitável, porque contrário ao interesse nacional que um partido reiteradamente inviabilizasse moções de censura e depois continuasse a alimentar suspeições para contaminar o ambiente político com o fito de desgastar o Governo e o primeiro-ministro”.

“Não vale a pena disfarçar, não podemos brincar com o país e não podemos brincar com a vida dos portugueses”, vincou.

O primeiro-ministro destacou que o PS pretende “derrubar o Governo”, “mas não quer eleições já” e os avanços e recuos geram “um processo lento, de degradação e desgaste contínuo”.

Luís Montenegro garantiu ainda que o Governo está focado no futuro dos portugueses e enumerou uma série de façanhas do Executivo para justificar a importância de o manter: a dívida externa está abaixo dos 60% do PIB, a definição da nova localização do aeroporto de Lisboa, a construção de 59 mil habitações públicas, a execução do programa Acelerar a Economia, entre outros.

“Conquistámos estabilidade política e consolidámos estabilidade financeira. Estamos a resolver muitos problemas que afligem a vida das pessoas”, assegurou.

“Fuga para a frente”

Uma das primeiras reações ao anúncio de Montenegro foi de André Ventura. “Olhos nos olhos, esta bancada jamais lhe dará qualquer voto de confiança para ser primeiro-ministro”, anunciou o líder do Chega.

André Ventura acusou Luís Montenegro de ter “medo do escrutínio” de optar pela “fuga para a frente”. “Escolheu uma fuga para a frente e esse medo ficou muito evidente. O primeiro-ministro devia ter sido transparente, verdadeiro e não foi, optou por esconder”, criticou. Fez também mira ao PCP, revelando que não encontrou “nenhuma moção de censura do PCP a António Costa”.

“O PCP não quer censurar governo nenhum, quer fazer a mesma muleta ideológica ao PS que tem feito nos últimos anos”, concluiu. “Só merecem desaparecer para sempre deste Parlamento”.

Sem condições para se manter, diz PCP

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) iniciara a sessão defendendo que a moção de censura tem “o objetivo claro de derrubar o Governo e a sua política” e afirmar que o “Governo não tem condições para se manter em funções”. Paulo Raimundo acusou o primeiro-ministro de estar “ao serviço dos poderes económicos”, o que é um “fator de descredibilização” do Governo.

Numa entrevista esta manhã, ao programa “Ponto Central” da Antena 1, Paulo Raimundo manifestou-se convicto na queda do Executivo. “Pode não ser hoje, mas o Governo vai cair”, referiu o líder comunista, poucas horas antes da votação parlamentar da moção de censura por iniciativa do PCP, cujo chumbo está garantido, tendo em conta que o PS irá abster-se.

Durante o debate no Parlamento, Paulo Raimundo disse que quem não votar a favor da moção de censura ficará associado ao apoio ao Executivo. “Ou se condena o seu Governo ou se dá a mão”, atirou.

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PR promulga diploma que revê seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel

  • Lusa
  • 5 Março 2025

O decreto-lei completa a transposição da diretiva europeia e visa reforçar a proteção das vítimas de acidentes rodoviários, nomeadamente através de um mecanismo que assegura indemnizações aos lesados.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o diploma que completa a transposição da diretiva europeia relativa ao seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel, divulgou esta quarta-feira a Presidência da República na sua página oficial.

Aprovado em Conselho de Ministros no passado dia 16 de janeiro, o decreto-lei visa reforçar a proteção das vítimas de acidentes rodoviários, nomeadamente através de um mecanismo que assegura indemnizações aos lesados, mesmo em situações de insolvência da seguradora responsável.

O diploma que revê o regime de seguro obrigatório de responsabilidade civil abrange ainda os casos de acidentes de viação que envolvem veículos com reboques.

Em meados de novembro do ano passado, a Comissão Europeia tinha dado dois meses a Portugal e a outros cinco países para transpor integralmente para a legislação nacional a diretiva da União Europeia (UE) sobre o seguro automóvel, ameaçando avançar para tribunal.

A diretiva relativa ao seguro automóvel visa reforçar a proteção das vítimas de acidentes rodoviários em toda a UE, sendo que a alteração agora em causa clarifica o âmbito dessa proteção, facilita o controlo do seguro automóvel obrigatório e cria um mecanismo de indemnização das vítimas em caso de insolvência da seguradora responsável.

Além disso, facilita a mudança de seguradora para os tomadores de seguros, garantindo um tratamento igual e não discriminatório das declarações de sinistros.

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