Dos hospitais aos bombeiros. Serviços críticos vão ter apoio para painéis e armazenamento
Pacote de 400 milhões de euros para aumentar a resiliência em caso de apagão inclui apoio de 25 milhões de euros para os serviços críticos instalarem painéis e armazenamento.
Num esforço para reforçar a segurança operacional do Sistema Elétrico Nacional, depois de este ter sofrido um apagão no passado, o Governo vai lançar esta segunda-feira um pacote de 31 medidas, no valor de 400 milhões de euros. Entre elas, avançou o ministério do Ambiente e Energia ao ECO/Capital Verde, está o lançamento de um apoio de 25 milhões de euros que vai servir para melhorar a resiliência das infraestruturas críticas.
Entre as infraestruturas críticas contempladas estão as instalações de saúde, as forças armadas, as forças de segurança, a proteção civil e os bombeiros. O apoio destina-se a investimentos como a instalação de painéis solares fotovoltaicos e sistemas de armazenamento. O objetivo é que estas infraestruturas tenham uma maior capacidade de resposta no caso de se voltar a repetir uma falha energética de grande dimensão e duração, como foi o caso no apagão de abril.
Além do apoio, vão ser atualizados os procedimentos de comunicação e operação para quando existem incidentes no abastecimento de energia. Foram elaborados manuais com as indicações de como entidades públicas deverão proceder, nas áreas da energia, água, resíduos e ambiente. Serão ainda revistos procedimentos de simulacro e auditoria, assim como os critérios da rede de emergência de postos de abastecimento de combustível.
O pacote, que no total prevê um investimento que pode chegar aos 400 milhões de euros, vai ter um impacto na conta da luz, mas que o Governo considera residual: de 0,1 cêntimos numa fatura de 25 euros.
O pacote vai debruçar-se sobre cinco áreas: resiliência e segurança do Sistema Elétrico Nacional; planeamento de rede célere e eficaz; aceleração das energias renováveis; capacidade de resposta de infraestruturas críticas e, finalmente, colaboração internacional.
Além das medidas de resiliência, o ministério liderado por Maria da Graça Carvalho quer avançar com um Estudo de Avaliação Ambiental Estratégica para as Zonas de Aceleração de Energias Renováveis, de forma a identificar quais as zonas onde a produção de eletricidade a partir de fontes renováveis não colide com a biodiversidade, a conservação da natureza, a atividade agrícola e o conforto das populações, dando garantias aos investidores de que as zonas identificadas são aptas para os seus projetos.
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