Hoje nas notícias: Apagão, corrupção e ex-colónias

  • ECO
  • 2 Julho 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A maioria dos portugueses inquiridos numa sondagem da Católica para a RTP consideram que Portugal não deve um pedido oficial de desculpas pela colonização, enquanto os inquiridos em Angola e Cabo Verde têm uma visão oposta. O novo Governo de Luís Montenegro não fez qualquer ajuste às normas éticas e de transparência, contrariando as recomendações do mecanismo anticorrupção. Conheça as notícias em destaque esta quarta-feira.

Portugueses consideram que o país não deve desculpas às ex-colónias

Para 58% dos portugueses inquiridos numa sondagem da Universidade Católica para a RTP, Portugal não deve qualquer pedido oficial de desculpas aos países africanos de língua portuguesa pelos séculos de colonização, enquanto 35% considera que esse pedido de desculpas deveria acontecer. Em Angola, as respostas são distintas: 59% considera que esse pedido de desculpas é devido, enquanto 36% discorda. Um resultado semelhante foi obtido em Cabo Verde: 58% espera um pedido de desculpas oficial, 30% considera que este não deve acontecer. Os inquiridos nos três países rejeitam a retirada de estátuas e marcas da presença portuguesa e, por outro lado, surgem de acordo na necessidade de devolver à origem obras de arte retiradas durante o período colonial.

Leia a notícia completa na RTP (acesso livre).

Governo ignora recomendações do Mecanismo Anticorrupção

Em 23 de junho, o atual Governo aprovou um código de conduta decalcado do aprovado pelo Executivo anterior. Além disso, anunciou que se mantém em vigor o Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção, cuja aprovação fora anunciada pelo primeiro Governo de Luís Montenegro a 13 de fevereiro de 2025 — dois dias antes de emergir o caso Spinumviva — e que só foi publicado em Diário da República em 5 de junho, dia em que aquele Governo se extinguiu e tomou posse o atual. Ao não alterar os instrumentos de prevenção de corrupção, o Governo contraria a recomendação que o Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC) desenhou após as legislativas antecipadas de maio, sobretudo no que diz respeito à obrigação de publicidade de assunção de conflitos de interesse.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Privados propõem apenas 28 salas novas para reforço do pré-escolar

Os estabelecimentos de ensino particular e cooperativo propõem abrir apenas 28 novas salas de pré-escolar no próximo ano letivo, um número que a Aeep, a associação que representa este setor, reconhece ser “muito residual”. Rodrigo Queiroz e Melo, diretor executivo da Aeep, realça que “alertou no passado para a necessidade de o Governo rever em alta” o montante de 208 euros mensais por aluno. “O que os valores em causa permitem é ‘fechar turmas’, isto é, completá-las, mais do que propriamente abrir turmas inteiras de raiz”, justifica, sobre os privados candidatarem-se a preencher apenas 1.700 das 6.000 vagas pretendidas pelo Executivo, a maioria em turmas que já existem.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Altri investe 90 milhões em nova fábrica de fibras em Constância

A fábrica de produção de fibras têxteis sustentáveis da Altri que vai ser construída em Constância e que será a primeira unidade industrial do mundo da suíça AeoniQ representará um investimento de 90 milhões de euros. “Numa primeira fase, vamos avançar com a produção de cerca de 1.700 toneladas de filamento, que deverá ser uma realidade ainda em 2027”, revelou o CEO do grupo, José Soares de Pina, adiantando também que a construção da nova unidade deverá arrancar no próximo ano. O responsável indica ainda que, em resultado deste investimento, serão criados mais de 100 novos postos de trabalho.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Apagão pode exigir mais dinheiro para redes. ERSE pede à REN “alternativas”

Numa altura em que ainda decorre a investigação sobre o apagão de larga escala ocorrido a 28 de abril, da qual sairá o muito aguardado relatório técnico final com as conclusões detalhadas, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) avisa que os investimentos de quase 1,7 mil milhões de euros na rede de transporte de eletricidade previstos pela REN entre 2025 e 2034 poderão vir a aumentar. O regulador recomenda, por isso, que na versão final do Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede Nacional de Transporte do setor elétrico (PDIRT-E 2024) — que a REN encaminhará para aprovação pelo Governo — sejam identificados e fundamentados quaisquer impactos adicionais nos investimentos em redes.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Politécnico de Coimbra lança primeira pedra de residência para 400 estudantes

  • Lusa
  • 2 Julho 2025

Instituto Politécnico de Coimbra está a promover um investimento de cerca de 15 milhões de euros para uma residência estudantil com 400 camas.

O Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) lançou a primeira pedra para uma nova residência de estudantes, que representa um investimento de cerca de 15 milhões de euros e que terá capacidade para 400 camas.

“A nova residência Espaço U será um marco na história do Politécnico de Coimbra. Trata-se de um edifício moderno, com capacidade para 400 camas, que faz desta residência uma das maiores do país em termos de alojamento estudantil”, destacou o presidente do IPC, Jorge Conde.

Durante a cerimónia que marcou o arranque formal da empreitada, Jorge Conde explicou que atualmente as residências do IPC oferecem um total de 359 camas, resultado de três residências construídas há mais de 20 anos e de um pequeno reforço executado no início do seu primeiro mandato.

“Com este projeto, mais do que duplicaremos a nossa capacidade de alojamento na cidade, passando a disponibilizar 759 camas aos nossos estudantes, a que se junta a residência que estamos a construir em Oliveira do Hospital, com 98 camas. Este salto quantitativo deixa o IPC muito mais confortável a responder à procura de alojamento por parte dos nossos quase 12 mil estudantes”, acrescentou.

Para o responsável, não se trata apenas de aumentar o número de camas em quantidade, mas também em qualidade e acessibilidade.

“A residência concebida de raiz faz-se a pensar no conforto e nas necessidades dos estudantes do século XXI. Teremos diversos tipos de alojamento, nomeadamente quartos duplos, quartos individuais, incluindo quartos adaptados para pessoas com mobilidade condicionada e haverá ainda áreas de convívio e estudo”, informou.

Ao longo da sua intervenção, Jorge Conde apontou que está a ser construída uma nova centralidade estudantil em Coimbra, na margem esquerda do Mondego, onde já estudam cerca de 17% de todos os estudantes de Coimbra (56% dos estudantes do IPC).

“Aproveito estes números para apelar mais uma vez ao senhor presidente da Câmara [Municipal de Coimbra, José Manuel Silva] para a execução da prometida ciclovia entre estas residências e a ciclovia mais próxima, de modo a aumentarmos a segurança dos nossos estudantes que diariamente se deslocam de bicicleta”.

Nesta ocasião, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, vincou que o alojamento estudantil tornou-se, nos últimos anos, uma prioridade, depois de um longo período de desvalorização do seu papel na integração dos estudantes e no seu sucesso académico.

“As residências universitárias são um instrumento essencial e o desafio que tenho lançado às instituições de ensino superior é precisamente que continuem a projetar, para além do PRR, a expansão da capacidade de receber estudantes deslocados e que estes instrumentos de integração e de sucesso académico sejam pensados para além daquilo que são os alunos com necessidades económicas”, referiu.

A empreitada de conceção-construção da nova residência do IPC foi adjudicada à Casais — Engenharia e Construção, S.A., no valor de 15,1 milhões de euros (acrescido de IVA), no âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES) e com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O novo espaço residencial prevê soluções modulares de elevada eficiência energética, integração de opções de mobilidade suave e valorização dos espaços comuns do campus.

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Em dia de protesto dos viticultores do Douro, ministro promete apresentar solução “estrutural” em breve

  • Lusa
  • 2 Julho 2025

José Manuel Fernandes diz estar a ultimar pacote de medidas com "caráter estrutural" e "dirigidas aos produtores", sobretudo aos de menor dimensão. Viticultores manifestam-se esta quarta-feira.

O Ministério da Agricultura e Mar garante estar a preparar soluções estruturais para “assegurar a sustentabilidade económica, social e ambiental” da Região Demarcada do Douro (RDD), que serão dirigidas “sobretudo aos pequenos produtores”. O plano para o Douro está a ser estruturado em articulação com os organismos do Ministério da Agricultura e Mar e com o envolvimento de agentes da região e a Comissão Europeia, frisou o ministério liderado por José Manuel Fernandes, num comunicado enviado à Lusa.

“As medidas que estão a ser ultimadas têm caráter estrutural e serão dirigidas aos produtores, sobretudo os pequenos produtores. Muito em breve teremos novidades a este respeito”, pode ler-se.

O comunicado da tutela foi divulgado no mesmo dia em que há uma manifestação de viticultores do Douro marcada para as 10h00 no Peso da Régua, distrito de Vila Real, promovida pela Confederação Nacional da Agricultura e pela Associação dos Viticultores e da Agricultura Familiar Douriense para alertar para a crise que afeta a região, exigir soluções e venda de uvas a preços justos.

Na nota, o Governo “reconhece as legítimas preocupações manifestadas pelos viticultores da região, num contexto particularmente desafiante para o setor vitivinícola mundial, derivado de uma diminuição do consumo”.

O Ministério da Agricultura e Mar assume também “o compromisso com a valorização do trabalho dos viticultores e da construção de soluções estruturais”.

As medidas serão apresentadas em breve ao Conselho Interprofissional do Douro e visam “assegurar a sustentabilidade económica, social e ambiental da RDD”, garantiu.

O ministério liderado por José Manuel Fernandes destacou que foi criado na União Europeia (UE) um grupo de alto nível, onde “Portugal teve uma participação ativa”, através de “um conjunto de propostas, que estão em negociação entre o Conselho e o Parlamento Europeu, para mitigar esta situação”.

“Não podemos desistir da promoção de um produto único no mundo. Por essa razão já reforçámos o montante destinado à promoção do vinho português em países terceiros, em 14,2 milhões de euros, para os anos de 2025 a 2027, num montante global de 34 milhões de euros. No último aviso lançado, com a mais elevada dotação orçamental de sempre – 20 milhões de euros – as candidaturas a pedidos de apoio atingiram apenas os 12 milhões de euros, havendo a expectativa de que o montante total venha a ser utilizado”, sublinhou.

Escoamento e preços justos para as uvas e proibição da compra de uvas abaixo dos custos de produção são medidas exigidas pelos viticultores do DouroHugo Amaral/ECO

O Ministério da Agricultura e Mar adiantou ainda que está a trabalhar para “a utilização de saldos de gerência acumulados para desenvolver um plano de promoção e proteção plurianual, reforçando o valor das DOP [Denominação de Origem Protegida], no contexto nacional e internacional”.

A tutela apontou também que nos últimos 11 meses tomou “mais medidas para o setor do vinho do Douro do que o Governo anterior em todos os seus anos de governação”.

Entre as medidas do primeiro governo liderado por Luís Montenegro, enumeradas no comunicado, estão o apoio para a destilação, no valor de 19,5 milhões de euros ou a criação de uma linha de crédito de 100 milhões de euros, com juros bonificados, para apoiar produtores e fornecedores da uva adquirida ou a adquirir.

E ainda o reforço de 14,2 milhões para a Promoção e Comunicação em Países Terceiros, passando a dotação total dos anos 2025-2027 de 19,8 milhões de euros para 34 milhões de euros.

Para o ministério, estas medidas “contribuíram para um aumento das exportações de 4,5% e uma diminuição das importações em 19,5%”, conduzindo-o a “um saldo positivo da balança comercial de mais de 800 milhões de euros, no ano de 2024”.

Viticultores exigem soluções

Os viticultores do Douro manifestam-se esta quarta-feira, no Peso da Régua, para alertarem para a crise que afeta a região, exigindo soluções ao Governo e o escoamento e a venda de uvas a preços justos. Promovido pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e pela Associação dos Viticultores e da Agricultura Familiar Douriense (Avadouriense), o protesto visa exigir a tomada de medidas para mitigar a crise que o Douro enfrenta.

Os durienses temem uma terceira vindima consecutiva com dificuldades em escoar as uvas ou a sua venda a preços baixos, com alguns a já terem recebido cartas a cancelar encomendas de uvas para este ano.

“A situação que se vive na região é preocupante e, ou se faz alguma coisa pelo pequeno e médio produtor, ou vamos, a curto prazo, ver parte da região deixada ao abandono”, afirmou à Lusa Berta Santos, dirigente da CNA.

O apelo é para a participação “em força” no protesto para chamar a atenção do Governo, e uma das revindicações é, pelo menos, a manutenção do benefício na vindima de 2025 ao invés de um corte como é defendido pelo comércio, que se queixa de quebras nas vendas e de stocks cheios.

A situação que se vive na região é preocupante e, ou se faz alguma coisa pelo pequeno e médio produtor, ou vamos, a curto prazo, ver parte da região deixada ao abandono.

Berta Santos

Dirigente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA)

O benefício, que é a quantidade de mosto que cada produtor pode destinar à produção de vinho do Porto, foi de 90.000 pipas (550 litros cada) em 2024 e 104.000 em 2023.

“Não aceitamos cortes porque o benefício é aquilo que faz sobreviver o pequeno e médio produtor nesta região. Queremos melhores preços para as uvas, porque os custos de produção são enormes”, elencou ainda Berta Santos.

Com esta manifestação pretende-se reclamar o escoamento e preços justos para as uvas, a proibição da compra de uvas abaixo dos custos de produção, uma prioridade à aguardente regional na produção de vinho do Porto, mais fiscalização na entrada de mostos e vinhos oriundos de fora da região e a compra, pelo Estado, de stocks excedentários das adegas cooperativas e atribuição à Casa do Douro de uma capacidade “legal e operacional” para estabilização dos stocks.

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Governo reúne hoje com parceiros sociais. Dias de férias e lei da greve estarão em discussão

  • Lusa
  • 2 Julho 2025

É a primeira reunião entre os parceiros sociais e o novo Governo e será presidida pelo primeiro-ministro. Mas os ministros do Trabalho, Finanças e Economia também vão estar presentes.

O Governo e os parceiros sociais reúnem-se esta quarta-feira em Concertação Social, formalizando a primeira reunião com o novo Executivo, que será presidida pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro. A agenda oficial da reunião indica que haverá intervenções das confederações empresariais e das centrais sindicais, bem como serão abordados “outros assuntos”, além da apresentação de cumprimentos institucionais, sem detalhar um tema em concreto.

Esta será a primeira reunião dos parceiros sociais na Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS) com o novo Governo, o segundo liderado por Luís Montenegro, e que contará também com a presença da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, do ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, do ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, e do ministro da Agricultura e Mar, José Manuel Fernandes.

A revisão da legislação laboral é um dos temas que deverá ser discutido em sede de Concertação Social, dado que o programa de Governo tem várias medidas nessa área e que o tema estava já previsto, mas a crise política adiou a discussão.

No programa de Governo, o executivo abriu a porta a dar “maior flexibilidade no gozo de férias por iniciativa do trabalhador”, com a possibilidade de comprar de dias de férias, “com um limite a definir contratualmente entre as partes”.

Atualmente, o Código do Trabalho prevê que “o período anual de férias tem a duração mínima de 22 dias úteis”, ainda que admita que no âmbito da negociação coletiva possam ser acrescentados dias.

No âmbito de uma revisão da lei laboral, o Governo quer ainda “equilibrar de forma mais adequada” o direito à greve “com a satisfação de necessidades sociais impreteríveis”. A alteração, que foi admitida pelo próprio primeiro-ministro na campanha eleitoral, no início de maio, tem suscitado críticas por parte dos sindicatos.

Entretanto, na fase inicial da apresentação do programa do XXV Governo Constitucional no Parlamento, Luís Montenegro afirmou que as mudanças que o Governo pretende introduzir visam assegurar “a possibilidade de haver serviços mínimos garantidos” e de “conciliar direitos”, “sem ofender” os trabalhadores.

Outras das várias mudanças que o Governo pretende introduzir diz respeito à possibilidade de os trabalhadores voltarem a poder escolher se querem receber os subsídios de férias e de Natal em duodécimos ou da forma tradicional, bem como “clarificar, desburocratizar e simplificar” vários regimes como o de parentalidade, teletrabalho, organização do tempo de trabalho, transmissão de estabelecimento, lay-off e processo do trabalho.

Além da legislação laboral, o acordo tripartido de valorização salarial e crescimento económico 2025-2028, que foi assinado em outubro, previa a discussão de outras matérias em sede de Concertação Social, como a saúde e segurança no Trabalho, a formação profissional, a sustentabilidade da Segurança Social, a reorganização e modernização administrativa e o estatuto dos benefícios fiscais.

Em declarações à Lusa, as confederações patronais indicaram ainda que querem que temas como a modernização da economia e a imigração estejam na agenda da Concertação Social.

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Justiça dá provimento ao recurso da LALIGA contra a Real Madrid TV pelos seus vídeos que criticam a arbitragem

  • Servimedia
  • 2 Julho 2025

LALIGA obteve que o Tribunal Central Contencioso-Administrativo n.º 4 de Madrid desse provimento ao recurso interposto pela organização presidida por Javier Tebas.

Anulou assim a decisão do Tribunal Administrativo do Desporto (TAD), que em 21 de novembro de 2024 tinha recusado analisar o recurso da LALIGA, alegando a sua falta de legitimidade e competência para denunciar os vídeos do Real Madrid contra o organismo de arbitragem nas épocas 22/23 e 23/24.

Assim, o tribunal deu provimento ao recurso da LALIGA, anulou a decisão administrativa do TAD e ordenou a reabertura do processo na sede da federação, fazendo recuar o processo ao início da investigação para que fossem recolhidas as provas anteriormente recusadas e reclamadas pela LALIGA. Condenou ainda a Administração demandada no pagamento das custas, com um limite máximo de 1.000 euros.

A origem do caso remonta a 1 de março de 2024, quando tanto o Sevilha FC como a LALIGA denunciaram perante a Comissão Disciplinar da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) a transmissão repetida de vídeos pela Real Madrid TV – o canal oficial do clube branco – que, segundo as suas alegações, envolviam campanhas de pressão e assédio contra os árbitros nomeados. A RFEF abriu um processo disciplinar extraordinário em 7 de março de 2024.

No entanto, após a instrução do processo, a Comissão Disciplinar decidiu, a 5 de junho de 2024, que não houve infração por parte do Real Madrid e arquivou o processo. Esta decisão foi objeto de recurso por parte do LALIGA e do Sevilha FC, mas os seus recursos não foram resolvidos dentro do prazo, o que implicou um indeferimento tácito. Posteriormente, ambos recorreram para o CAS, que rejeitou os recursos, considerando que não era competente para atuar sem um pedido do Consejo Superior de Deportes.

O acórdão rejeita as objeções da Procuradoria-Geral do Estado, que alegava desvio processual e falta de legitimidade da LALIGA, e reconhece que a associação profissional de futebol tinha efetivamente o direito de recorrer contra a rejeição do TAS, uma vez que era parte interessada desde o início do processo.

Além disso, o tribunal sublinha que a atuação da Real Madrid TV pode constituir uma infração a vários artigos do Código Disciplinar da RFEF (66, 68, 69, 70 e 106), considerando que os vídeos publicados não se limitam a críticas desportivas, mas podem violar a integridade da competição e prejudicar a honra do coletivo de árbitros. O direito à liberdade de expressão, esclarece o acórdão, não abrange os comportamentos que ultrapassam a linha do assédio.

A decisão também estabelece que o TAS tinha competência para resolver o mérito do caso, com base no artigo 84.1.a) da Lei do Desporto de 1990, ainda em vigor de acordo com a terceira disposição transitória da nova lei de 2022. Do mesmo modo, no que diz respeito ao interesse legítimo da LALIGA, o acórdão recorda que, enquanto organizadora de competições profissionais, tem a responsabilidade de assegurar a sua integridade, o que lhe permite intervir em processos disciplinares que possam afetar o bom desenrolar dessas competições.

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Soraya Sáenz de Santamaría e Joaquín Almunia lideram a ação europeia do novo conselho consultivo do Instituto AP

  • Servimedia
  • 2 Julho 2025

A primeira reunião da Equipa Consultiva do Instituto AP | Universidade Nebrija marca um novo passo na consolidação desta instituição como uma escola europeia especializada em assuntos públicos.

O encontro contou com a presença de personalidades como Soraya Sáenz de Santamaría, ex-vice-presidente do Governo espanhol, e Joaquín Almunia, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, bem como de especialistas do mundo académico, institucional e empresarial.

Durante o encontro, foram debatidos os principais desafios que o setor enfrenta em Espanha e na Europa, bem como as chaves para promover uma formação de alto nível, ligada à prática profissional e capaz de influenciar a agenda pública. A missão deste conselho consultivo é dupla: garantir a excelência académica dos programas do instituto e reforçar a ligação ao mercado de trabalho das relações institucionais.

“A Equipa Consultiva reforça o nosso compromisso com a profissionalização do setor dos assuntos públicos”, afirmou Joan Navarro, presidente do Instituto AP, que destacou a relevância de ter um grupo tão qualificado para orientar o futuro da instituição.

Para além de Sáenz de Santamaría e Almunia, o conselho é composto por personalidades como Daniel Innerarity, professor de Filosofia Política; Belén Barreiro, ex-presidente da CEI e fundadora da 40dB; e Cristina Monge, analista de sustentabilidade. Participam também líderes académicos como José Muñiz, Reitor da Universidade de Nebrija, e Carmen Muñoz e David Álvaro, coordenadores do Mestrado em Assuntos Públicos e Governo.

A Equipa Consultiva reunir-se-á regularmente para proporcionar uma visão estratégica e alinhamento com os desafios atuais do setor. Nas palavras do próprio instituto, o objetivo é claro: formar líderes que influenciem a agenda pública com rigor, ética e ligação ao mundo profissional.

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Espanha necessita de incorporar mais de 15.000 profissionais na área da logística e mais de 5.000 no setor automóvel, tendo em conta o novo cenário industrial europeu

  • Servimedia
  • 2 Julho 2025

De acordo com o relatório “Previsiones ante un escenario de conflicto” do Instituto de Ciencias del Empleo y las Relaciones Laborales (Instituto de Ciências do Emprego e das Relações Laborais).

A aceleração dos conflitos internacionais e a transformação geopolítica global estão a obrigar sectores-chave da economia espanhola a reestruturarem-se com urgência. Dois dos setores mais afetados, a logística e o automóvel, terão de aumentar significativamente a sua capacidade de atrair talentos para manter a competitividade e responder aos desafios da sustentabilidade, da autonomia tecnológica e da resiliência industrial.

Estas são algumas das principais conclusões do relatório “Previsões num cenário de conflito”, elaborado pelo Instituto de Ciências do Emprego e das Relações Laborais (ICER), que analisa o impacto dos novos riscos geoestratégicos no mercado de trabalho espanhol e antecipa uma profunda transformação do capital humano nos setores industriais mais sensíveis às perturbações globais.

O setor da logística, duramente atingido pelas perturbações nas cadeias de abastecimento globais, terá de incorporar entre 11 500 e 17 500 novos profissionais nos próximos cinco anos, de acordo com o documento, que identifica a logística como um dos pilares fundamentais para garantir a resiliência económica de Espanha face a um ambiente global cada vez mais volátil.

Deste total, entre 8 500 e 12 500 profissionais serão necessários especificamente no domínio dos transportes terrestres e marítimos, enquanto entre 3 000 e 5 000 terão de se especializar em áreas críticas como a digitalização dos processos logísticos e a sustentabilidade ambiental.

A necessidade de reforçar a autonomia estratégica da Europa em relação a países terceiros colocou a tónica na modernização do sistema logístico. Este processo implica a reformulação das rotas de transporte, o investimento em infra-estruturas multimodais, a digitalização das operações e a melhoria da rastreabilidade das mercadorias ao longo da cadeia de valor. Para tal, serão necessários perfis formados em gestão de crises, otimização de rotas, planeamento da procura, comércio internacional, tecnologias de localização em tempo real e cumprimento da regulamentação transfronteiriça.

Num momento de forte pressão sobre o aprovisionamento energético, de perturbações no tráfego marítimo e de tensões em corredores estratégicos como o Mar Vermelho ou o Estreito de Gibraltar, a Espanha tem a oportunidade de consolidar a sua posição como plataforma logística entre a Europa, a África e a América Latina. No entanto, como adverte o ICER, esta possibilidade só se concretizará se o atual défice de capital humano for resolvido e se se avançar na profissionalização do setor.

Um dos principais obstáculos identificados pelo relatório é a transferência desigual de gerações e a disparidade entre os níveis de digitalização nos diferentes ramos do setor. Enquanto algumas empresas de logística estão a avançar para modelos totalmente automatizados e orientados para os dados, outras ainda operam com infra-estruturas e processos ultrapassados. Esta dualidade representa um desafio para a coesão setorial e dificulta a aplicação de normas comuns de sustentabilidade, segurança e eficiência.

O relatório alerta igualmente para o risco de estrangulamentos estruturais no sistema logístico se não for possível recrutar rapidamente talentos especializados. Uma parte significativa desta necessidade centra-se no planeamento da rede de transportes, na análise preditiva de riscos, na cibersegurança logística e na conceção de rotas resilientes face a eventos perturbadores, como conflitos armados, catástrofes naturais ou crises sanitárias.

A transformação da logística será também condicionada pelo cumprimento dos objetivos climáticos. A promoção de modelos de transporte com baixas emissões, a eletrificação das frotas, a eficiência energética dos armazéns e a gestão dos resíduos são já critérios essenciais dos contratos internacionais, tanto públicos como privados.

De acordo com o ICER, será necessário reforçar a formação profissional em logística avançada e estabelecer sinergias entre empresas, centros tecnológicos e administrações públicas para alinhar a oferta de formação com a evolução real do mercado. Recomenda igualmente a promoção de políticas ativas de emprego que permitam a reconversão de profissionais de setores em declínio, como a indústria transformadora tradicional ou a distribuição física retalhista.

SETOR AUTOMÓVEL

De acordo com o relatório, o setor automóvel espanhol deverá incorporar entre 5.000 e 6.000 novos profissionais nos próximos cinco anos. Esta necessidade está diretamente relacionada com a transformação estrutural que a indústria está a sofrer, impulsionada por fatores como a eletrificação, a digitalização, a deslocalização de componentes críticos e o reforço dos requisitos regulamentares.

Um dos principais focos desta transformação será o fabrico de baterias para veículos elétricos, uma atividade que a Espanha deverá liderar na Europa. Ao contrário da produção tradicional de veículos, esta nova indústria requer perfis com um elevado grau de qualificação técnica. De facto, o documento estima que serão necessários entre 1.200 e 1.700 engenheiros especializados em armazenamento de energia e tecnologias de hidrogénio verde, além de 800 a 1.200 profissionais com experiência em fábricas inteligentes, com competências em Internet das Coisas (IoT), big data e robótica industrial.

O relatório também identifica como críticos os perfis ligados à conceção de veículos elétricos, à eficiência energética e à sustentabilidade, com uma previsão de 500 a 700 novos profissionais neste domínio. Do mesmo modo, prevê-se uma elevada procura de especialistas em semicondutores, analistas da cadeia de abastecimento, gestores de plataformas digitais, profissionais da economia circular e gestores de marketing sustentável.

Para além desta necessidade quantitativa, existe um problema qualitativo, nomeadamente a falta de talentos disponíveis nos territórios onde se prevê a instalação de novas fábricas. De acordo com “Previsões para um cenário de conflito”, esta lacuna obrigará as empresas a desenvolver estratégias proativas de formação, de atração de talentos internacionais e de mobilidade geográfica, sobretudo se quiserem assegurar a sustentabilidade dos novos clusters industriais que estão a ganhar forma.

O contexto não é simples. O abrandamento da Agenda Verde Europeia, causado pelas tensões entre sustentabilidade e competitividade, poderá atrasar investimentos fundamentais em tecnologias limpas. A isto juntam-se os efeitos das políticas tarifárias, tanto na Europa (com o Mecanismo de Ajustamento às Emissões de Carbono nas Fronteiras) como nos Estados Unidos (através de subsídios à indústria nacional), que estão a perturbar a balança comercial global e a exercer uma pressão adicional sobre a indústria automóvel espanhola.

Como detalha o relatório da ICER, estas mudanças estão a forçar as empresas do setor a reconfigurar as suas cadeias de abastecimento, a reduzir a dependência de componentes da Ásia e a avançar para modelos de distribuição mais digitais e personalizados. A descarbonização, a inovação das baterias, a produção local de semicondutores e a criação de infra-estruturas de carregamento adequadas serão fundamentais para o êxito deste processo.

Nas palavras do ICER, “a adaptabilidade, a formação técnica avançada e uma visão industrial integrada serão condições indispensáveis para que a Espanha mantenha uma posição competitiva no novo mapa automóvel europeu”.

Tanto o setor automóvel como o setor logístico exemplificam a profundidade da mudança que a economia espanhola está a sofrer. O ICER insiste em que não se trata apenas de uma transformação tecnológica ou regulamentar, mas de uma reconfiguração estrutural das competências profissionais, dos fluxos de trabalho e dos modelos de produção.

Como sublinha o relatório, o êxito desta transição dependerá da capacidade de antecipar as novas exigências do mercado, de adaptar os sistemas de formação e de criar ambientes atrativos para os talentos altamente qualificados.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 2 de julho

  • ECO
  • 2 Julho 2025

Ao longo desta quarta-feira, 2 de julho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Ordem leva 37 sociedades de revisores de contas a “exame”

A Ordem dos Revisores Oficiais de Contas realiza todos os anos um sorteio público para definir que sociedades vão ser alvo de controlo de qualidade. Modelo poderá mudar em breve.

Já são conhecidos os resultados do sorteio público de controlo de qualidade realizado pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC). Serão escrutinadas, ao todo, mais de três dezenas de sociedades de revisores oficiais de contas, num processo que tem promovido maior transparência nesta atividade. Virgílio Macedo, bastonário da OROC, considera, porém, que é preciso “romper com o atual modelo” para se continuar a garantir a “melhoria contínua dos serviços prestados”.

Este ano, vão ser alvo de controlo de qualidade 31 revisores oficiais de contas e 37 sociedades de revisores oficiais de contas, mostram os resultados disponibilizados pela OROC ao EContas. Entidades de todas as dimensões, desde as maiores, como é o caso da Grant Thornton e da Crowe, até às mais pequenas. Muitas situam-se em Lisboa, mas distribuem-se por várias zonas do país, nomeadamente Porto, Vila Nova de Gaia, Braga, Amarante ou Palmela.

Este trabalho da OROC, de verificação da aplicação das normas de auditoria em vigor, tem permitido “salvaguardar a qualidade e transparência dos serviços das Sociedades e dos Revisores Oficiais de Contas que fazem parte da Ordem”, realçou António Martins, vice-presidente do Tribunal de Contas, na sessão de abertura do sorteio público que contou igualmente com José Miguel Almeida, vogal do Conselho de administração da CMVM, no Palacete do Salitre, sede da Ordem.

No ciclo 2023/2024, os processos sem observações significativas representaram 56% do número total de processos analisados. Neste período, houve 24 processos de revisores oficiais de contas e sociedades de revisores oficiais de contas com, pelo menos, uma observação significativa e quatro com resultado insatisfatório. Um total de 28 que fica acima dos 20 observados no ano anterior.

Já Pedro Mendes, presidente da Comissão de Controlo de Qualidade, destacou o “papel extremamente importante” do mercado da auditoria, dizendo estar “otimista quanto ao crescimento dos serviços de auditoria”.

Para se conseguir continuar a garantir a qualidade dos serviços prestados, Virgílio Macedo considera, porém, que é preciso mudar o modelo de controlo, de maneira a continuar a promover a “melhoria contínua dos serviços prestados”. O bastonário da OROC ressalvou a transparência do processo e referiu “que é tempo de romper com o atual modelo de controlo de qualidade para estar alinhado com as práticas de supervisão de auditoria dos países europeus”.

De acordo com Virgílio Macedo, a “forma de fazer controlo de qualidade é uma forma que perdura desde 2015. É útil, mas penso que não atinge os objetivos”, concluindo que se “deve aproveitar o término do atual ciclo para que em 2027 se inicie um novo ciclo, com um novo método”.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 2 Julho 2025

Termina o Fórum anual do BCE em Sintra e o Banco de Portugal divulga a análise da execução orçamental referente a maio.

O Banco de Portugal divulga a análise da execução orçamental referente a maio, no dia em que termina o Fórum anual do BCE em Sintra. O primeiro-ministro reúne-se com os parceiros sociais. Conheça estas e outras notícias que vão marcar o dia.

Como foi a execução orçamental?

O Banco de Portugal (BdP) divulga esta quarta-feira a análise da execução orçamental referente ao mês de maio. A execução orçamental é o conjunto de operações que refletem a cobrança de receitas e o pagamento de despesas previstas no Orçamento do Estado. O BdP apresenta ainda as estatísticas do mercado secundário, ou seja, as que compreendem as transações em bolsa ou fora dela sobre títulos que se encontram em circulação, referente a junho.

Termina o Fórum anual do BCE

O evento anual do BCE que decorre em Sintra termina esta quarta-feira sob o tema “Adaptação à mudança: alterações macroeconómicas e políticas de resposta”. O terceiro e último dia começa com uma discussão sobre “intermediários financeiros não bancários, liquidez e seu tratamento prudencial”, seguindo-se uma sessão sobre os novos desenvolvimentos industriais e a arquitetura em evolução do comércio internacional.

Montenegro reúne-se com parceiros sociais

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai presidir a reunião plenária da Comissão Permanente de Concertação Social que tem na agenda a apresentação de cumprimentos institucionais, intervenção dos parceiros e outros assuntos. As confederações patronais querem que temas como a modernização da economia e a imigração estejam na agenda da Concertação Social.

Carris Metropolitana apresenta resultados

A Carris Metropolitana vai apresentar, em conferência de imprensa, os dados relacionados com a operação entre maio de 2024 e maio de 2025, fazer um balanço da recente implementação das linhas noturnas e dar a conhecer as próximas campanhas e o início da operação das linhas mar. O ano passado, a Carris Metropolitana transportou 174 milhões de passageiros.

Eurostat divulga volume de negócios na indústria

O Eurostat vai revelar os dados referentes ao volume de negócios na indústria relativos a abril. Segundo as últimas estatísticas divulgadas, a produção industrial ajustada sazonalmente aumentou 2,6% na zona do euro e 1,9% na UE em março quando comparado com o período homólogo.

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PGR atrasa relatório de avaliação do PRR

Amadeu Guerra demorou dois meses a publicar o relatório do Ministério Público referente ao quinto cheque do PRR. O do sexto pedido, que já tem luz verde de Bruxelas, ainda não foi publicado.

A Comissão Europeia deu esta segunda-feira luz verde o pagamento do sexto cheque do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no valor de 1,34 mil milhões de euros, mas o Ministério Público ainda não publicou o habitual relatório de acompanhamento da ‘bazuca’ europeia.

Todos os pedidos de pagamento são acompanhados de um relatório do Ministério Público, que tem competências de auditoria e controlo da comissão de auditoria e controlo (CAC) do PRR, “podendo aceder a toda a informação e participar nas respetivas reuniões, através de um ponto de contacto para o efeito designado pela Procuradoria-Geral da República”, com o modelo de governação dos fundos do PRR.

Portugal enviou para Bruxelas o sexto pedido de pagamento do PRR a 14 de novembro de 2024. E recebeu luz verde para o pagamento do mesmo esta segunda-feira. Mas o Ministério Público ainda não publicou o relatório apesar de este já estar concluído, apurou o ECO.

Desde o primeiro pedido de pagamento que é este o procedimento normal e os prazos de publicação dos relatórios foram em geral curtos. O primeiro foi entregue à PGR, na altura Lucília Gago, a 7 de abril de 2022, e publicado a 17 de maio. O segundo foi entregue a 10 de janeiro de 2023 e publicado oito dias depois a 18 de janeiro.

O relatório relativo aos terceiro e quarto pedidos de pagamento, que foram pedidos em simultâneo devido à reprogramação do PRR, a primeira que ditou o aumento da ‘bazuca’ de 16,6 mil milhões de euros para 22,2 mil milhões, foi entregue à PGR a 15 de dezembro de 2023 e publicado por Lucília Gago no próprio dia.

o relatório referente ao quinto pedido de pagamento – que foi entregue em Bruxelas a 3 de julho de 2024 – foi entregue à PGR a 10 de outubro, mas só foi publicado a 9 de dezembro. Este documento coincidiu com as mudanças na Procuradoria-Geral da República. Lucília Gago jubilou-se a 11 de outubro, último dia do mandato, e Amadeu Guerra tomou posse no dia seguinte, a 12 de outubro e acabou por levar dois meses para publicar o relatório que acusou a Inspeção Geral de Finanças (IGF) e a Comissão de Auditoria e Controlo (CAC), onde está também a presidente da AD&C, Cláudia Joaquim, de “obstaculizar” o seu trabalho de prevenção criminal, por não ter tido acesso a toda a documentação solicitada.

Além disso, apontou o dedo à Inspeção Geral de Finanças por não ter “concluído qualquer auditoria” aos sistemas de controlo interno do PRR entre a apresentação do terceiro e quarto pedidos de pagamento, em outubro de 2023, e a apresentação do quinto pedido em julho de 2024.

O relatório causou algum mal-estar, com o Ministério das Finanças a negar que a IGF tenha sonegado qualquer documento ao Ministério Público e a justificar a inexistência destas auditorias com o plano definido com Bruxelas.

No relatório, o Ministério Público reiterou ainda um alerta já feito no anterior: “Continua a considerar que não há garantia de que todas as situações detetadas que possam consubstanciar uma irregularidade e ou fraude, pelos beneficiários intermediários, sejam sujeitos a tratamento adequado e encaminhadas às entidades competentes”.

Questionado o gabinete do Procurador-Geral da República não respondeu até à publicação deste artigo.

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Grupo Albia prolonga o prazo para a apresentação de candidaturas aos seus 2ºs Prémios de Sustentabilidade

  • Servimedia
  • 2 Julho 2025

Candidaturas abertas a projetos da indústria funerária ou de outros setores com impacto positivo e e aplicação futura neste domínio.

As propostas podem ser apresentadas até 17 de julho de 2025 através do formulário disponível em “premiosalbiasostenibilidad.com”. Segundo ele, esta prorrogação deve-se à boa receção da convocatória e ao crescente interesse de profissionais, organizações e entidades sociais, que encontram nestes prémios uma oportunidade para dar visibilidade aos seus projetos.

“Queremos continuar a acrescentar ideias valiosas que contribuam para uma despedida mais humana, sustentável e inovadora. Além disso, convidamos não só os intervenientes do setor funerário a participar, mas também iniciativas de outras áreas que, com as suas soluções, possam acrescentar valor ao futuro do setor. Este alargamento do prazo é uma oportunidade para que mais vozes se juntem ao desafio de promover um modelo mais consciente e comprometido”, afirma Carlos Gallego, diretor de sustentabilidade, comunicação e marketing do Grupo Albia.

Estes prémios destinam-se a projetos que geram um impacto positivo na sociedade e no ambiente, tanto do setor funerário como de outros setores que possam contribuir para a sua transformação sustentável. As iniciativas selecionadas serão avaliadas por um júri especializado e os vencedores serão anunciados numa gala prevista para novembro.

 

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