Conferência APS: Seguradores chegam ao cérebro

O que leva o cérebro a certas perceções, riscos e comportamentos foi a dúvida que os seguradores foram esclarecer na Conferência Anual da APS. Motivar pessoas a procurar maior proteção foi a razão.

José Galamba de Oliveira continua a sugerir temas originais para as conferências anuais da APS.

Uma vez mais, como todos os anos, realizou-se a Conferência Anual da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) focando sobre um tema inovador, vanguardista, “fora da caixa”, como sempre qualifica José Galamba de Oliveira, presidente da associação, os propósitos de evento. “Como o cérebro percebe o risco”, foi a pergunta a responder e resultou em apresentações e debate sobre “O admirável mundo do Cérebro”.

Um mundo cerebral dividido entre otimistas e pessimistas

Otimismo e pessimismo, a modulação emocional da tomada de decisão foi uma explicação simplificada de Rui Oliveira, Professor Catedrático de Biologia e Neurociências e especialista em Biologia Comportamental Integrativa do Gulbenkian Institute for Molecular Medicine. Falou de 86 mil milhões de neurónios no cérebro, “mais do que o número de estrelas na via láctea” e, contando 4 bits por cada sinapse, a conta resulta em um cérebro humano com a capacidade de memória de 2.000 laptops atuais, daqueles com 1 Terabite de RAM.

Essa capacidade cerebral levou a experiências, “mais desenvolvidas em peixes por que as pessoas são muito indisciplinadas”, em que o biólogo pretendeu dividir os comportamentos em otimistas e pessimistas, resultando de habituação, previsibilidade, controlabilidade dos ambientes, resultando daí um viés cognitivo de sinal positivo ou negativo. Esse maniqueísmo de reação estará na origem na análise de risco por cada indivíduo e da procura – ou não – de maior proteção.

Debate dos oradores: José Soares, Rui Oliveira, Sofia Costa Quintas, Sofia Aureliano e Martim Sousa Tavares.

Olhando os pilotos de MotoGP: as emoções são objetivas

“Stress, fadiga e decisão: O que podemos aprender com os pilotos” foi o tema desenvolvido por José Soares, fisiologista e Professor catedrático da Universidade do Porto que fez coaching de pilotos de MotoGP e de Fórmula 1, julgando-os enquanto atletas como fortalezas físicas e também cognitivas e levando-o a pensar que para eles as emoções são objetivas e não reflexos biológicos ou etéreos.

Os pilotos conseguem coordenar comunicação, emoções, stress e contexto através da amígdala cerebral que provoca e armazena memórias de emoções e o córtex pré-frontal que executa as decisões. Há uma excecionalidade na sua capacidade cerebral o que, para além da sua destreza física, os leva a encarar o medo e até a aproveitá-lo em seu benefício.

O poder do Nudging

Sofia Aureliano, Professora de Ciência e Comunicação Política amplificou o conceito de nudging durante a conferência, à medida que se aproximavam situações mais concretas. Da investigação pura de Rui Oliveira e José Soares para a sua aplicação prática através da “Importância das Políticas Públicas para o Incentivo à proteção – o poder do nudging” foi o tema da intervenção de Sofia Aureliano.

O nudging é uma forma de facilitar as decisões das pessoas sem lhes restringir a liberdade, construindo uma arquitetura de decisões fácil e objetiva. O nudging é necessário quando se adiam decisões – de contratar um seguro, por exemplo – também combate o excesso de confiança “nunca vai acontecer comigo” e a aversão à perda “estar a pagar e nunca utilizar”.

Sofia Aureliano definiu quando se pode aplicar o nudging eficazmente. Por defeito – um seguro automático com outra aquisição, por exemplo -, em momentos de chave como nascer um filho, casar, através de normas sociais – 7 em cada 10 já têm, porque não ele – e a reduzir a fricção – simplificar os processos, menos passos, usar o “por default” mais intensamente.

Maestro desastrado

Ainda mais prático foi o último orador da conferência. Martim Sousa Tavares, maestro e diretor artístico, sintetizou o uso do cérebro numa orquestra, salientando que mais grave que um erro é uma má reação a esse erro, aí toda a performance fica errada. Insistiu na reação cerebral de empatia, de entreajuda como causa de sucesso. Com exemplos insistiu em como uma atitude ou o cérebro de um maestro ou de um performer, em conjunto com as pessoas da orquestra, resolve dramas que o ambiente externo ameaça, por oposição a uma reação pessimista que contamina o desenrolar da cena.

Toda a apresentação e o debate final contou com a mediação da coach de liderança Sofia Costa Quintas.

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Rejeição de recurso da TAP entreabre a porta a indemnização para dois mil tripulantes

Sindicato dos tripulantes espera decisão idêntica em relação a acordão uniformizador que abrirá a porta ao pagamento de compensações a cerca de 2.000 tripulantes.

O Tribunal Constitucional rejeitou um recurso apresentado pela TAP para travar o pagamento de indemnizações a tripulantes que não foram devidamente enquadrados na tabela salarial da carreira ou foram dispensados ilegalmente, noticia a SIC Notícias.

A decisão vem reforçar a probabilidade de um outro recurso de uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça, em relação a processos que tiveram o apoio do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), vir a ter o mesmo desfecho.

“A propósito da notícia hoje divulgada nos meios de comunicação social sobre a recusa de um recurso da TAP, pelo Tribunal Constitucional, gostaríamos de esclarecer que essa recusa não incidiu sobre o Acórdão Uniformizador – CAB 1″, afirma o sindicato numa nota enviada aos associados e a que o ECO teve acesso.

O tema ali em apreço é similar ao deste último, o que nos reforça a convicção de que também neste caso a recusa será decidida, o que esperamos que venha a acontecer nas próximas semanas“, acrescenta.

Essa decisão, espera o sindicato, abrirá caminho ao pagamento de indemnizações a cerca de 2.000 tripulantes, com um valor global a rondar os 300 milhões de euros, segundo o SNPVAC. O presidente, Ricardo Penarróias, afirmou em março que o sindicato já tem 700 processos de reintegração e indemnização para avançar.

A TAP provisionou 41 milhões de euros nas contas de 2024 para fazer face aos possíveis custos com estas ações judiciais.

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Arroja considera “legítima” mas “errada” a sua exoneração de presidente da AICEP

  • Lusa
  • 26 Junho 2025

Madalena Oliveira e Silva passará liderar a AICEP. Ricardo Arroja considera a sua saída "um desenlace tão legítimo, (...) quanto errado, dado o trabalho desenvolvido".

O ex-presidente da AICEP, Ricardo Arroja, considerou que a sua exoneração de presidente da entidade é um desenlace tão legítimo por parte do novo titular da pasta da Economia como errado, dado o trabalho desenvolvido, indicou esta quinta-feira.

A Resolução do Conselho de Ministros (RCM) n.º 104/2025, publicada em Diário da República esta quinta-feira, exonera Ricardo Arroja de presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo (AICEP), cargo que assumiu há pouco mais de um ano, e nomeia Madalena Oliveira e Silva para o cargo.

“A minha exoneração enquanto presidente executivo do Conselho de Administração da AICEP E.P.E.”, estipulada através de RCM, “à qual, por consequência, se juntará também a minha saída da função de presidente não executivo (e não remunerado) do Conselho de Administração da AICEP Global Parques, S.A., constitui, assim, um desenlace tão legítimo, por parte do novo titular da pasta da Economia, quanto, a meu ver, errado, dado o trabalho desenvolvido”, afirma em comunicado.

“Além das múltiplas iniciativas de capacitação interna e de abertura da AICEP, E.P.E. ao exterior – à sociedade civil, empresas, associações e também a outros organismos públicos – que o Conselho de Administração, por mim liderado, teve oportunidade de dinamizar, mantivemos também atividade administrativa e comercial sempre intensa”, salienta o executivo.

Numa organização que emprega quase 500 pessoas, situadas em diferentes localizações em Portugal e no estrangeiro, o Conselho de Administração (CA) da AICEP “foi constituído, e bem, mediante a inclusão de pessoas com diferentes perfis e com os seus pelouros funcionais perfeitamente identificados”, aponta.

“No que a mim diz respeito, ao longo do último ano, desdobrei-me entre múltiplas iniciativas, incluindo, para além de todo o trabalho no seio da organização, mais de 300 ações – entre reuniões dos conselhos de administração do universo AICEP, assembleias gerais, reuniões externas com empresas e entidades diversas, reuniões com membros do Governo, embaixadores e governantes estrangeiros, eventos e visitas institucionais – incluindo cerca de 60 intervenções públicas, 15 missões ao estrangeiro e cinco entrevistas em nome da AICEP”, elenca Ricardo Arroja.

O gestor relata que na passada quarta-feira, 18 de junho, “na sequência da recente alteração orgânica do Governo”, foi convocado para uma reunião com o ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.

“No encontro, que se realizou na sexta-feira, dia 20/06/2025, no qual compareceu também o senhor secretário de Estado da Economia (engenheiro João Rui Ferreira), o ministro comunicou-me a sua vontade de ter à frente da AICEP (…) um perfil diferente do meu”, prossegue.

“Após reflexão pessoal e familiar, concluí que não me caberia assumir o ónus dessa vontade, mais ainda, tendo liderado um conselho de administração que sempre funcionou de forma colegial e consensual, no âmbito do seu plano estratégico, por sua vez, alinhado com o plano do Governo”, sublinha.

Ou seja, “uma equipa de gestão que”, elenca, “apresentou bons resultados em matérias de investimento, conforme publicamente enaltecido pelo Governo em diversas ocasiões, incluindo pelo senhor primeiro-ministro; inaugurou o Pavilhão Nacional de Portugal na Expo Osaka 2025 nos prazos e termos previstos e espoletou importantes reformas ao funcionamento interno da organização, a fim do seu papel na atribuição de apoios europeus à internacionalização empresarial”.

Ricardo Arroja recorda que teve “oportunidade de alertar” numa entrevista ao ECO em novembro do ano passado que “‘é preciso que os concursos que saem a público venham dotados de todas as ferramentas para análise das respetivas candidaturas'”.

Mas “‘infelizmente, nem sempre acontece. É importante que os políticos também tenham noção disto, não só a nossa tutela direta, mas também a tutela que tem a seu cargo a AD&C”, disse na altura na entrevista que cita no comunicado.

“Trata-se de uma crítica que, à data presente, mantém-se válida, num ano em que a pressão política para agilizar apoios é elevada, mas em que na prática, na ausência de instrumentos de trabalho, são inviáveis maiores níveis de serviço”, aponta.

“Resta acrescentar que a superintendência dos fundos europeus estava, e está, sob tutela da pasta da Coesão, pasta que o Ministro Castro Almeida já tutelava antes e que agora acumula com a Economia”, constata.

Neste momento, “resta-me aceitar a situação e desejar felicidades a todas as equipas no universo AICEP que tão bem me acolheram, aos diferentes gabinetes ministeriais e colegas dirigentes do setor público com quem colaborei, e às entidades do setor privado com quem contactei”.

“Caberá agora aos meus colegas de administração na AICEP, que se mantêm todos em funções e por quem nutro respeito e consideração profissional, continuarem a trilhar o caminho que juntos iniciámos e cujo sucesso desejo. E, enfim, que o meu afastamento do cargo, por vontade do Ministro da Economia e da Coesão Territorial, constitua novo alerta sobre as más condições de trabalho que vigoram no âmbito do sistema de gestão de fundos europeus e que sirva de mote para que, de uma vez por todas, os constrangimentos operacionais do referido sistema sejam resolvidos por parte de quem tem essa incumbência, que não é a AICEP” porque “as equipas que diariamente trabalham nestes processos assim o merecem”, remata.

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Samy Alliance integra todas as agências numa só marca e passa a “Samy”

  • + M
  • 26 Junho 2025

Apresentando-se agora como Samy, a agência elege como missão "gerar relevância para as marcas nas redes sociais", sob o claim "Making Brands Matter".

A Samy Alliance apostou na adoção de uma nova identidade corporativa, que espelha a integração de todas as suas agências sob uma única marca — a Samy. Este novo posicionamento “reflete o compromisso do grupo em oferecer soluções integradas de marketing de social media, impulsionadas por data intelligence, criatividade e tecnologia, concebidas para responder às necessidades atuais das marcas”.

Tendo começado em 2013 como SamyRoad, com foco no marketing de influência em Espanha e na América Latina, a Samy conta já com mais de 900 colaboradores, em 20 escritórios e 55 mercados. Apresenta-se agora com um novo nome, marca e com a missão de “gerar relevância para as marcas nas redes sociais“, sob o claimMaking Brands Matter“.

“O verdadeiro potencial dos criadores é amplificado quando as redes sociais ocupam um papel central nas estratégias de marca. Com a transformação da SamyRoad em Samy, reafirmamos a nossa aposta: o marketing de influência e o ambiente social, impulsionados pela criatividade e tecnologia, são o caminho mais sólido para a relevância”, explica Alexandra Navarro, client managing director da Samy Portugal, citada em comunicado.

“Com mais de 40 campanhas lançadas a cada semana e depois de ter trabalhado para mais de 700 marcas desde o nosso nascimento, cada ideia, estratégia e pitch transpira essa alma social-first. Tornarmo-nos uma marca unificada é a consequência de tudo o que construímos nestes últimos anos, e o reflexo de para onde nos dirigimos agora”, refere, por sua vez, Juan Andrés Elhazaz, CEO da Samy.

Tendo apostado na tecnologia como um dos seus pilares, a Samy tem vindo a estabelecer alianças com plataformas como Meta, TikTok, Snapchat e Pinterest. Tornou-se também parceira global da Sprinklr, “reafirmando a sua capacidade de ajudar as marcas a conectar-se melhor com as suas audiências, onde quer que estejam”.

A Samy continua a sua expansão através de crescimento orgânico e aquisições estratégicas, com o firme compromisso de se tornar o principal player independente em marketing social-first em mercados-chave como os Estados Unidos, Europa e América Latina“, refere-se em nota de imprensa.

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WPP volta a ser a companhia criativa do ano em Cannes. OMD é a de media e DDB a criativa

  • + M
  • 26 Junho 2025

A parisiense Publicis Conseil voltou a ser considerada a agência do ano, seguindo-se a Africa Creative DDB (São Paulo) e a FCB Chicago. Já entre marcas, a AXA foi eleita como “marca criativa do ano”.

A WPP voltou a ser considerada a companhia criativa do ano no festival de criatividade Cannes Lions. A distinção foi obtida depois de as agências do grupo terem conquistado um total de 168 prémios, entre um Titanium Lion, 10 Grand Prix, 23 ouros, 53 pratas e 81 bronze. No pódio, segue-se a Omnicom e a IPG.

Recorde-se que a WPP perdeu no ano passado o estatuto de maior grupo de publicidade a nível global, em termos de faturação, para a Publicis, ao mesmo tempo que viu as suas duas maiores rivais norte-americanas — a Omnicom e a IPG — anunciarem planos de fusão.

Já a DDB Worldwide foi eleita como a rede (network) do ano. A Ogilvy, que liderou no ano passado, caiu assim para a segunda posição, seguindo-se a FCB. Já enquanto network independente do ano, foi a Serviceplan Agenturgruppe quem recolheu a distinção máxima, seguindo-se a Rethink (Toronto, Canadá) e a Wieden+Kennedy.

No que diz respeito às agências de media, a “Media Network of the Year” é a OMD, pelo segundo ano consecutivo, depois de ter conquistado oito Lions (1 Ouro, 3 Prata, 4 Bronze) e 27 shortlists. Segue-se a Mindshare e a PHD.

“A conquista do título de Media Network of the Year é uma evidência da promessa OMD “We create what’s next” e da sua capacidade de antecipar e moldar tendências de mercado. Este reconhecimento é um tributo ao talento, ao entusiasmo e à colaboração das nossas equipas, capazes de transformar ideias em estratégias de negócio de elevado impacto para os nossos clientes”, diz Bernardo Rodo, managing director da OMD Portugal, citado em comunicado.

Já a parisiense Publicis Conseil voltou também a ser considerada a agência criativa do ano. Em segundo e terceiro lugar ficaram, respetivamente, a Africa Creative DDB (São Paulo, Brasil) e a FCB Chicago (EUA).

Entre marcas, a AXA foi eleita como “marca criativa do ano”, seguindo-se na segunda posição a Dove e na terceira a Vaseline.

Agências do ano por categoria

Classic
Africa Creative DDB, São Paulo, Brasil

Craft
FCB Chicago, Estados Unidos

Engagement
GUT, São Paulo, Brasil

Entertainment
David, Nova Iorque, Estados Unidos

Experience
DM9, São Paulo, Brasil

Good
Africa Creative DDB, São Paulo, Brasil

Health
Ogilvy Xangai e Ogilvy Singapura

Strategy
Ogilvy UK, Londres, Reino Unido

Agências independentes do ano por categoria

Classic
Serviceplan, Munique, Alemanha

Craft
Bear Meets Eagle On Fire, Sidney, Austrália

Engagement
Rethink, Toronto, Canadá

Entertainment
BigTime Creative Shop, Riade, Arábia Saudita

Experience
Serviceplan, Munique, Alemanha

Good
L&C, Nova Iorque, EUA, e Serviceplan, Munique, Alemanha

Health
Artplan, São Paulo, Brasil

Strategy
Rethink, Toronto, Canadá

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Portugal já pediu o sétimo cheque do PRR

Para o efeito, Portugal teve de cumprir marcos e metas ligados a 21 investimentos e cinco reformas.

Portugal submeteu esta quinta-feira o sétimo pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) à Comissão Europeia, avançou o Ministério da Economia e da Coesão em comunicado. Em causa estão 1,06 mil milhões de euros líquidos, ou seja, retirando os valores já recebidos do pré-financiamento.

“O sétimo pedido de pagamento do PRR contempla marcos e metas ligadas a 21 investimentos e cinco reformas associadas a áreas estruturantes como saúde, habitação, respostas sociais, capitalização e inovação empresarial, qualificações e competências, infraestruturas, florestas, hidrogénio e renováveis, mar, independência energética e transição ecológica, qualidade e sustentabilidade das finanças públicas, administração pública mais eficiente e escola digital”, especifica o Ministério em comunicado.

Em causa estão marcos e metas tão distintos como a assinatura de mais 500 acordos de financiamento, no âmbito da Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário, para alojamentos de emergência e de transição; a implementação de 10.450 pontos públicos de carregamento de veículos elétricos; a entrega de um veículo autónomo não tripulado na Região Autónoma da Madeira; ou ainda a assinatura de protocolos para a criação de 31 novas Lojas de Cidadão e 400 novos Espaços Cidadão.

Quando a Comissão Europeia der luz verde a este sétimo pedido de pagamento, a taxa de execução do PRR sobe para 47%. Portugal ainda aguarda o pagamento do sexto pedido de pagamento submetido o ano passado, mas cuja apreciação estava condicionada à aprovação da reprogramação do PRR, que entretanto já ocorreu a 13 de maio. Neste momento, Portugal continua com apenas 33% do PRR cumprido.

“O Governo continua empenhado em garantir a execução eficiente e rigorosa do PRR, mantendo o compromisso tanto com os resultados como com os prazos. O objetivo é agora cumprir os restantes 234 marcos e metas, num caminho exigente, mas exequível”, sublinhou o ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida. O responsável já sublinhou no Parlamento, na discussão do programa do Governo, que o objetivo é apresentar o oitavo pedido ainda este ano. De acordo com as regras, os Estados-membros só podem apresentar dois pedidos por ano.

“Para o próximo ano, tal como previsto no planeamento acordado com a Comissão Europeia, serão apresentados os dois últimos pedidos de pagamentos. O último desembolso, previsivelmente, será pago pela Comissão Europeia nos últimos dias de 2026, permitindo que em 2027 ainda seja um ano de significativos pagamentos aos beneficiários finais”, afirma o presidente da Estrutura de Missão Recuperar Portugal, Fernando Alfaiate.

Em termos de implementação financeira, ou seja, comprovação dos pagamentos efetuados aos beneficiários finais, Portugal passou a fasquia dos oito mil milhões de euros validados pela Estrutura de Missão Recuperar Portugal. “Considerando os adiantamentos feitos aos beneficiários intermediários, os pagamentos representam cerca de 46% da dotação o total do PRR”, sublinha a Recuperar Portugal.

A Comissão Europeia já desembolsou cerca 51% da dotação atribuída ao PRR. Com os desembolsos do sexto e do sétimo pedido chegaremos, a curto prazo, a 62% da dotação do PRR transferida para Portugal, acrescenta a estrutura liderada por Fernando Alfaiate.

(Notícia atualizada às 18h50 com mais informação)

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Sistema fiscal “tem de ser repensado” para fomentar a “criação de escala”

António Mendonça, bastonário da Ordem dos Economistas, considera que o Governo tem de avançar com uma reforma profunda do sistema fiscal que está hoje "muito orientado para a caridadezinha".

O Governo promete avançar com uma simplificação fiscal para promover o crescimento das empresas e da economia. Uma “música” que as empresas gostam de ouvir mas dizem precisar de ver o “concerto ao vivo”, afirmou Clara Moura Guedes, CEO da Monte do Pasto, na conferência de lançamento do EContas. Já António Mendonça, bastonário da Ordem dos Economistas, defendeu uma mudança profunda do sistema fiscal em Portugal, fomentando a criação de escala das empresas.

“Uma empresa não pode ser penalizada por ficar grande, por fazer melhores investimento. Todo o sistema fiscal deve ser repensado para introduzir dinâmicas positivas e de criação de escala até para o país recuperar e poder acompanhar as dinâmicas internacionais”, afirmou o bastonário na conferência “A Política Fiscal como Agente de Transformação da Economia”, evento que marcou o lançamento do EContas, a nova marca de informação do ECO.

Para António Mendonça, o Executivo devia promover “dinâmicas” de “regressividade” e não de progressividade para promover o crescimento das empresas. “Temos de ultrapassar complexos. O nosso sistema fiscal está muito orientado par a a caridadezinha”, atirou.

Conferência EContas: A Política Fiscal como Agente de Transformação da Economia - 25JUN25
Clara Moura Guedes, CEO do Monte do Pasto e António Mendonça, bastonário da Ordem dos Economistas, num painel moderado por Tiago Freire, subdiretor do ECOHugo Amaral/ECO

O bastonário defendeu ainda que a reforma da Administração Pública é fundamental e que não deve ficar refém de uma eventual instabilidade política. “Temos de entrar com os pés e com tudo para fazer essa reforma do Estado”, referiu.

Já Clara Moura Guedes disse considerar a simplificação fiscal um “aspeto fundamental” para as empresas. Mas “precisamos de ver o concerto ao vivo”, referiu a CEO do Monte do Pasto, numa altura em que vê “muita coisa a andar em sentido contrário” relativamente a esta questão.

“O gasto de recursos, a falta de orientação, a mudança radical de um lado para o outro, esta tendência de querer deixar a marca e mudar tudo… Isto é dramático para as empresas. Passamos o tempo nisto. Sou uma pessoa otimista. Também não estou a achar que vai acontecer uma tragédia, mas tenho algumas reservas”, frisou a gestora da empresa agroalimentar, alertando também para os obstáculos que as empresas enfrentam.

“Este negócio tem muita regulação. A interação com as entidades e as possibilidades que se abrem, ou não, e as perspetivas de desenvolvimento são muito dependentes do sucesso dessa relação”, afirmou Clara Moura Guedes, alertando que “há bloqueios permanentes. Precisamos de certificados, de autorizações”.

“Só para dar um exemplo muito recente: exportamos para o Médio Oriente e Norte de África. Com esta convulsão [guerra no Médio Oriente], tivemos negócios que já estavam fechados que não se concretizaram. Estamos habituados a isto, mas é sempre complicado de gerir. Ontem aconteceu uma reunião em que aquilo que se fez foi aumentar a regulação para os destinos que entretanto ficaram fechados, em vez de se criar uma task force para se tentar abrir destinos alternativos“, contou.

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Associação de empresas de RH na mira da Autoridade da Concorrência

  • Lusa
  • 26 Junho 2025

Regulador detetou cláusula que impedia as empresas associadas de aliciar trabalhadores reciprocamente, “limitando a mobilidade profissional”. Medida terá estado em vigor desde 1987.

A Autoridade da Concorrência (AdC) emitiu uma acusação por práticas restritivas de concorrência no mercado do trabalho, pela introdução, por parte de uma associação, de uma cláusula que impedia as empresas de aliciar trabalhadores reciprocamente.

Num comunicado, a AdC disse que “emitiu mais uma acusação por práticas restritivas da concorrência no mercado de trabalho”, apontando a “inclusão de uma cláusula de não-solicitação e/ou não-angariação de trabalhadores temporários (no-poach) no Código de Ética de uma associação de empresas do setor do emprego e dos recursos humanos” (vulgo, RH).

A cláusula em causa, indicou, impedia as empresas associadas de aliciar trabalhadores reciprocamente, “limitando a mobilidade profissional”.

A Concorrência indicou que a investigação foi aberta em fevereiro de 2025, tendo identificado “indícios de que a cláusula esteve em vigor entre 1987 e 25 de março de 2025”.

A AdC concluiu agora a fase de inquérito com “a emissão de uma Nota de Ilicitude, iniciando agora a fase de instrução”.

Segundo a entidade, na fase de instrução, “a associação visada – que beneficia da presunção de inocência – poderá exercer o seu direito de audição e defesa relativamente aos factos investigados, às provas reunidas e à eventual sanção”, sendo que depois disso a AdC poderá tomar uma decisão final.

A prática investigada pela Concorrência constitui “uma decisão de associação de empresas, através da qual foi adotada uma cláusula de no-poach no Código de Ética da associação”.

Este tipo de cláusulas ou acordos, salientou, “são proibidos por lei”, visto que “restringem a autonomia das empresas na contratação e prejudicam diretamente os trabalhadores, limitando a mobilidade, o poder negocial e a progressão salarial”, destacou.

Estes acordos no-poach, ou acordos de não-contratação, “são entendimentos entre empresas que se comprometem a não contratar nem abordar diretamente os trabalhadores umas das outras”, sendo proibidos pela Lei da Concorrência.

Desde 2020, a AdC tem vindo a reforçar a sua atuação neste domínio “e já emitiu cinco condenações por práticas de no-poach”.

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Lisboa cria novas zonas proibidas a trotinetas e torna utilização gratuita para “alfacinhas” com passe Navegante

  • Lusa
  • 26 Junho 2025

Medida entra em vigor em setembro e vem acompanhada de mais zonas de proibição de circulação.

Os residentes na cidade de Lisboa com passe de transporte público Navegante vão poder, a partir de setembro, utilizar gratuitamente as trotinetes partilhadas, mas prevê-se o alargamento das zonas de circulação proibida, revelou a câmara municipal.

As alterações previstas resultam de uma adenda, assinada na segunda-feira, ao contrato celebrado entre a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e os cinco operadores de trotinetas partilhadas na cidade, em janeiro de 2023, “introduzindo novas regras para a circulação destes veículos”.

À semelhança do que já acontece com a rede de bicicletas Gira e com o acesso a alguns parques de estacionamento, os lisboetas com passe Navegante vão poder utilizar as trotinetas partilhadas de forma gratuita, o que, segundo a autarquia, representa “mais um passo na integração da mobilidade suave no sistema de transportes públicos”.

“A gratuitidade, contudo, não será imediata. Os operadores estimam precisar de ‘até dois meses’ para concretizar a medida, devido à necessidade de integração técnica com os sistemas dos Transportes Metropolitanos de Lisboa, entidade que gere o passe Navegante”, indicou a CML, apontando, assim, para a concretização da medida a partir de setembro.

O passe Navegante pode ser adquirido mensalmente e permite o acesso a todos os transportes públicos na cidade, nomeadamente Carris, Metropolitano de Lisboa e CP – Comboios de Portugal.

A adenda ao contrato celebrado entre a CML e os cinco operadores de trotinetas prevê, também, o alargamento das zonas de circulação proibida para estes veículos.

“A partir de agora, além das faixas BUS, será interdita a circulação destes veículos em jardins, zonas exclusivamente pedonais e vias rodoviárias centrais, como a Avenida da Liberdade”, adiantou a CML, explicando que a restrição será aplicada digitalmente, através de georreferenciação, impedindo o funcionamento dos veículos nas zonas definidas.

Num comunicado publicado no site da CML, o vice-presidente da câmara, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), que tem o pelouro da Mobilidade, disse que estas alterações “melhoram o espaço público” e tornam o passe Navegante “uma alternativa plenamente satisfatória em termos de mobilidade”, incentivando os lisboetas a “prescindir do carro”.

A autarquia tem aplicado, desde 2023, diversas medidas para ordenar e regular a utilização de trotinetas na cidade, destacando-se “a criação de ‘hotspots’ obrigatórios para estacionamento, a limitação da velocidade máxima a 20 km/h e a redução do número de veículos disponíveis, que caiu 73%”.

Para organizar “o caos” causado pelo tráfego de trotinetas na cidade, a autarquia e os operadores acordaram um contingente máximo de veículos em circulação, que será de 1.500 por operador no inverno e que poderá ir até aos 1.750 na primavera e no verão.

“Atualmente, existem cerca de seis mil trotinetas em operação autorizada em Lisboa”, revelou a CML, que no atual mandato (2021-2025) é presidida por Carlos Moedas (PSD), que governa sem maioria absoluta.

Em janeiro de 2023, Carlos Moedas salientou que o acordo celebrado com os operadores dá solução aos três principais problemas detetados no uso destes veículos – o estacionamento, o número excessivo de trotinetas em Lisboa e a velocidade excessiva –, enquanto se aguarda pela concretização de um regulamento municipal sobre trotinetas.

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CGI aprova por unanimidade proposta da administração da RTP sobre nova orgânica

  • Lusa e + M
  • 26 Junho 2025

A nova orgânica da RTP envolve a criação de quatro Comités de apoio ao Conselho de Administração (Comité Estratégico, Comité de Informação, Comité de Conteúdos e Comité de Produção e Tecnologia).

O Conselho Geral Independente (CGI) aprovou por unanimidade a proposta do Conselho de Administração (CA) da RTP de uma nova orgânica interna, tendo por base um conjunto de pressupostos, foi esta quinta-feira divulgado.

“Conforme o previsto nos Estatutos da RTP, o CA propôs ao CGI, para aprovação, uma nova orgânica interna, reduzindo o número de direções/departamentos e cargos de estrutura, assegurando que a agregação funcional é sinérgica e conduz a ganhos de eficiência, assegurando também uma poupança nos gastos com o pessoal“, refere o órgão, em comunicado.

A proposta da nova orgânica interna foi aprovada por unanimidade pelo CGI segundo alguns pressupostos.

“Serão criados quatro Comités de apoio ao Conselho de Administração, designadamente: Comité Estratégico, Comité de Informação, Comité de Conteúdos e Comité de Produção e Tecnologia, conforme o previsto no Projeto Estratégico 2024-2026 sendo apresentado ao CGI, antes do final de outubro de 2025, quem os irá integrar e as suas funções, devendo também o desenvolvimento das suas atividades e resultados alcançados constar obrigatoriamente dos relatórios semestrais e anuais de cumprimento do Projeto Estratégico”, refere o órgão.

Considerando que “a área de aquisição de conteúdos será integrada na direção comercial, será assegurado que o comité de conteúdos acompanhará diretamente os principais processos de aquisição de conteúdos”, prossegue o CGI relativamente aos pressupostos.

“Dada a relevância da informação digital no âmbito do Projeto Estratégico 2024-2026, será necessário, com acompanhamento do comité de informação, desenvolver conteúdos de informação tendo em conta que esta compreende a produção de conteúdos específicos para televisão, rádio e diferentes plataformas digitais, incluindo as redes sociais, devendo ser apresentado ao CGI um plano de desenvolvimento e implementação, antes do final de outubro de 2025″, acrescenta.

O plano estratégico aprovado para o triénio 2024-2026 prevê que sejam simplificadas as estruturas de direção da RTP, “conferindo assim às primeiras linhas de direção uma maior capacidade de coordenação e implementação dos projetos de desenvolvimento e eficiência”.

O CGI adianta que “será assegurado o cumprimento do regime geral de prevenção da corrupção, abrangendo o cumprimento do código de ética e conduta, incluindo uma comissão especializada, para além dos canais de denúncia e proteção dos denunciantes, previstos na atual legislação”.

No âmbito das suas competências, “que não incluem pareceres sobre as nomeações e destituições de funções de cargos de estrutura, o CGI irá continuar a acompanhar de perto a evolução e desenvolvimento da nova orgânica interna, tendo em vista o cumprimento do projeto estratégico e as linhas de orientação estratégica definidas para o período 2024-26”.

À Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) “caberá aprovar ou rejeitar as alterações propostas pelo CA quanto às nomeações e destituições dos diretores das áreas de programação e informação”. Ao +M, a ERC já confirmou que “rececionou um pedido de parecer do Conselho de Administração da RTP relativo à destituição e nomeação de elementos para a Direção de Programas de Rádio, Direção de Programas de Televisão e Direção de Informação de Televisão, decorrente do processo de reorganização em curso na empresa”, sem avançar prognósticos.

“O Conselho Regulador da ERC emitirá a sua pronúncia oportunamente, após apreciação da fundamentação apresentada pelo Conselho de Administração e audição dos diretores destituídos e nomeados”, refere.

A administração da RTP demitiu na terça-feira a direção de informação da televisão liderada por António José Teixeira e indicou Vítor Gonçalves para as funções de diretor de informação.

Avançou também com uma reestruturação da orgânica da empresa. Teresa Paixão, até então diretora da RTP2, Nuno Galopim, diretor da Antena 1, RDP África e RDP Internacional, e Isabel Marques (comercial, digital e rádio) foram três dos diretores que deixaram o cargo.

No total, foram 11 os diretores que deixaram os seus cargos. Nesta nova organização, a RTP passa a ter 23 diretores (com cinco direções em acumulação), que comparam com os até agora 30 diretores e diretores adjuntos a reportar ao conselho de administração.

O Conselho de Redação da RTP também questionou a legalidade da reestruturação editorial, dizendo não ter sido auscultado sobre a exoneração da direção de informação da empresa pública de televisão e a definição da nova estrutura editorial, considerando que tal “compromete a legalidade” do processo.

“Os MECR-TV [membros eleitos do Conselho de Redação da televisão] manifestam a sua profunda preocupação com a forma como este processo foi conduzido”, sustentaram em comunicado, acrescentando que “a sua exclusão do processo de reestruturação levanta sérias dúvidas quanto à transparência e legitimidade da decisão tomada”.

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Variante à EN14 em Famalicão finalmente inaugurada nesta sexta-feira

Indústria, designadamente a fábrica da Continental em Lousado, uma das maiores exportadoras nacionais, e população, reivindicam há muito a nova via.

A variante à EN14 entre Maia e Famalicão, reivindicada há décadas, vai finalmente entrar ao serviço na sua plenitude, com a cerimónia de inauguração a decorrer às 15h00 desta sexta-feira no tabuleiro da nova ponte sobre o rio Ave.

Na estrada circulam diariamente mais de 20 mil veículos, que agora poderão utilizar a variante, descongestionando uma estrada nacional que em alguns pontos é comparável a via urbana. Por aqui passam camiões no tráfego gerado pelas indústrias locais, entre as quais uma das maiores exportadoras nacionais, a fabricante de pneus Continental, que, como outras, vai poder deixar de usar uma via com décadas e que já era usada à data da inauguração da Mabor, há seis décadas, um antigo fabricante português que a Continental adquiriu.

A segunda fase da obra foi inaugurada a 14 de julho último, num troço de dez quilómetros entre a Via Diagonal, na Maia, e o interface rodoferroviário da Trofa. A partir deste ponto e até Santana, em Famalicão, a obra prosseguiu, sendo este o lanço que agora entrará ao serviço.

Numa extensão de 2,4 quilómetros e com uma nova ponte sobre o Rio Ave, o derradeiro troço implicou um investimento de 12 milhões de euros, segundo informação da Câmara de Famalicão.

A inauguração desta sexta-feira reunirá o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, os presidentes das câmaras de Famalicão e da Trofa, Mário Passos e António Azevedo, respetivamente, a vice-presidente da Câmara da Maia, Emília Santos, e o vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, Carlos Fernandes.

Esta ligação, destaca a autarquia no convite para a inauguração, “é considerada de grande importância para a mobilidade e melhoria das acessibilidades na região, já que vai permitir descongestionar o trânsito na EN14, melhorar a segurança rodoviária e promover melhores vias de acesso às zonas empresariais de todo este território”.

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PS pede audição urgente da ministra da Saúde e exige “responsabilidades” sobre greve do INEM

  • Lusa
  • 26 Junho 2025

A deputada do PS Mariana Vieira da Silva disse aos jornalistas que é tempo de Ana Paula Martins “assumir as suas responsabilidades” e que “não se esconda”.

O PS vai pedir a audição urgente da ministra da Saúde no Parlamento sobre o relatório da IGAS a propósito do INEM, considerando que é tempo de Ana Paula Martins “assumir as suas responsabilidades”.

“Na sequência das notícias ontem [quarta-feira] conhecidas sobre o relatório que a IGAS tem vindo a desenvolver face aos trágicos acontecimentos na sequência de uma greve do INEM que o Governo não soube gerir, o PS vai chamar com caráter de urgência a senhora ministra da saúde ao Parlamento”, disse aos jornalistas a deputada do PS e ex-ministra Mariana Vieira da Silva. Na opinião da socialista, é tempo de Ana Paula Martins “assumir as suas responsabilidades” e que “não se esconda”.

Questionada sobre qual será o sentido de voto do PS na comissão de inquérito à gestão do INEM proposta pela IL esta quinta-feira, Mariana Vieira da Silva remeteu uma posição para quando for conhecido o texto apresentado pelos liberais.

Em causa, está a conclusão do IGAS de que a morte de um homem em novembro de 2024, quando decorreu a greve do INEM, poderia ter sido evitada se tivesse sido socorrido num tempo mínimo e razoável.

Concluiu-se que a morte do utente poderia ter sido evitada caso tivesse havido um socorro, num tempo mínimo e razoável, que tornasse possível a evacuação da vítima através de uma Via Verde Coronária para um dos hospitais mais próximos, onde poderia ser submetido a angioplastia coronária numa das respetivas Unidades Hemodinâmicas”, adiantou a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) num comunicado divulgado esta quarta-feira.

Este caso remonta a 4 de novembro de 2024, dia em decorreu, em simultâneo, duas greves – uma dos técnicos de emergência pré-hospitalar às horas extraordinárias e outra da Administração Pública.

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