CMVM lança canal no YouTube. Quer comunicação “mais próxima e acessível ao público”

  • + M
  • 12 Maio 2025

Presente no LinkedIn e no Instagram, a disponibilização de conteúdos no YouTube representa "mais um passo" na estratégia da CMVM de diversificação dos seus canais de comunicação.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) lançou esta segunda-feira um canal oficial no YouTube, com o objetivo de “reforçar” o seu compromisso com uma comunicação “mais próxima e acessível ao público”.

Já presente no LinkedIn e, mais recentemente, no Instagram, a disponibilização de conteúdos no YouTube representa “mais um passo” na estratégia da CMVM de diversificação dos seus canais de comunicação, que permitem “abordar, de forma clara e simples, temas relacionados com o funcionamento do mercado de capitais, o papel da CMVM e a proteção do investidor“, aponta esta entidade em comunicado.

O canal conta já com mais de uma dúzia de vídeos, os quais abordam temas como fraudes digitais, cuidados que os jovens devem ter quando investem no mercado de capitais ou criptoativos e os riscos associados. Estão já também publicados vídeos institucionais, como sobre o Plano Estratégico da CMVM 2025-2028. Os vídeos são produzidos internamente, explica a entidade aos +M.

Este canal será uma fonte de informação fidedigna e acessível a todos aqueles que pretendam investir ou simplesmente entender melhor o funcionamento dos mercados“, diz a CMVM, adiantando que o seu canal será “regularmente atualizado” com novos vídeos explicativos sobre instrumentos financeiros, o funcionamento do mercado de capitais, o impacto dos avanços tecnológicos sobre o seu funcionamento, respostas às dúvidas mais comuns dos investidores, bem como a transmissão ao vivo de eventos.

O canal funcionará também como arquivo digital, onde poderão ser consultados todos os conteúdos já disponibilizados sempre que necessário.

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Bupa entra no mercado português com modelo digital de seguro de saúde

A Bupa Portugal vai ter uma rede própria de mediadores e também vai vender o produto online. Os segurados terão acesso à rede de prestação de serviços de saúde da AdvanceCare.

A Bupa anunciou a entrada no mercado português com o lançamento do “Bupa Mais Saúde”, um seguro de saúde de modelo híbrido que alia assistência médica presencial a soluções digitais. A operação é conduzida sob a marca Bupa Portugal e contará com o apoio da AdvanceCare, avançou fonte oficial da Bupa Portugal contactada pelo ECOseguros.

Iñaki Peralta, CEO da Bupa Europa & América Latina: “Temos grandes expectativas quanto à nossa chegada a Portugal”

A Bupa Portugal, que depende diretamente da unidade Bupa Europe & Latin America (ELA), vai começar “a comercializar seguros nacionais especificamente para o mercado português” já partir deste segundo trimestre de 2025. O “Bupa Mais Saúde” será o primeiro seguro de saúde da seguradora Sanitas – parte do grupo Bupa – no país, avançou o jornal Seguro News. A Bupa Portugal vai ter uma rede própria de mediadores e também vai vender o produto online.

De acordo com comunicado da empresa, o novo seguro cobre todas as consultas médicas ambulatórias necessárias, consultas e exames de especialidade sem restrições e cuidados hospitalares.

A componente digital do produto permite monitorização à distância das constantes vitais dos segurados, videoconsultas, check-ups digitais e acompanhamento personalizado do cliente. Todo o processo administrativo – como autorizações e reembolsos – também é digitalizado.

“A Bupa tem um acordo com a AdvanceCare referente à rede de médicos e serviços hospitalares”, indicou fonte oficial da Bupa Portugal. Em Portugal, os clientes da Bupa terão acesso a uma rede médica composta por 20.000 médicos, 4.200 centros de saúde e 90 hospitais.

“A entrada da Bupa em Portugal é uma demonstração da decisão da empresa de contribuir para a melhoria do acesso à saúde no país, por meio da inovação e da digitalização dos serviços”, afirma Iñaki Peralta, CEO da Bupa Europa & América Latina. “Temos grandes expectativas quanto à nossa chegada a Portugal”, acrescenta o responsável.

Segundo o executivo, o objetivo é “oferecer aos portugueses um seguro de saúde, Bupa Mais Saúde, pensado para acompanhá-los na gestão da saúde e que prioriza a prevenção, conta com todas as vantagens digitais da Bupa e centra-se na satisfação dos nossos clientes”.

“Vamos levar o modelo de saúde de Sanitas a Portugal”, assinalou Peralta “Queremos oferecer aos portugueses o cuidado de saúde que disponibiliza uma empresa especializada no setor, com uma vocação digital muito relevante e focada no desenvolvimento de um cuidado preventivo e personalizado da saúde”, complementa.

A Bupa esteve em conversações com a rede Future HealthCare, grupo internacional sedeado em Portugal de gestão de seguros e planos de saúde, para a adquirir. Segundo o Jornal Económico, o acordo de venda esteve quase a ser assinado. Desde então, a Future HealthCare assinou acordo com a Mútua Portuguesa de Saúde (MPS) de modo aos clientes da seguradora passarem a aceder à rede médica da empresa.

A Bupa, fundada em 1947 no Reino Unido, é uma multinacional especializada em saúde, com mais de 60 milhões de clientes em todo o mundo. Opera através da oferta de seguros de saúde e serviços em hospitais, clínicas, centros médicos, laboratórios, lares de idosos e unidades odontológicas. Por não ter acionistas, reinveste os seus lucros nos serviços prestados.

Vai comercializar com uma rede própria de mediadores e também com venda online.

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Von der Leyen começa a ouvir indústria da Defesa para reforçar setor na UE

  • Lusa
  • 12 Maio 2025

A líder da UE “enalteceu os esforços desta indústria desde o início da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, incluindo o aumento significativo da produção e a abertura de mais fábricas".

A presidente da Comissão Europeia começou esta segunda-feira a auscultar a indústria da Defesa dos países da União Europeia (UE) para a reforçar e melhorar as capacidades de segurança do bloco face a “um panorama geopolítico que evolui rapidamente”.

Em comunicado, o executivo comunitário dá conta de que Ursula von der Leyen – antiga ministra da Defesa da Alemanha – começou a ouvir os intervenientes nesta indústria para reforçar as capacidades defensivas da UE, que se vê confrontada com “um panorama geopolítico que evoluiu rapidamente” e para o qual é necessário “responder com dimensão e celeridade”.

Ursula von der Leyen “enalteceu os esforços desta indústria desde o início da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, incluindo o aumento significativo da produção [de armamento] e a abertura de mais fábricas”.

No entanto, persistem “desafios estruturais”, nomeadamente a “fragmentação da procura e da oferta”, barreiras regulatórias, acesso a materiais críticos e a necessidade de encontrar trabalhadores qualificados, investimento, enquanto se procura acompanhar a inovação em outros locais do planeta.

Por isso, a presidente do executivo comunitário – que quando iniciou funções em dezembro de 2024 apontou a segurança e a defesa como as prioridades da Comissão para os próximos cinco anos – disse que são esperadas novidades para junho, que incorporarão os apontamentos dados agora pela indústria.

No comunicado, a Comissão Europeia destaca a importância da indústria militar europeia para o objetivo da UE de assumir uma maior responsabilidade pela sua própria defesa, bem como para a competitividade da Europa, estimando que o setor represente 800.000 postos de trabalho diretos e indiretos, além de impulsionar as exportações e promover a inovação com amplos benefícios civis.

A Comissão propôs o reforço da base industrial de defesa da Europa, aumentando o investimento no valor de 800 mil milhões de euros, incentivando os contratos públicos conjuntos e assegurando que mais despesas com a defesa fiquem na Europa.

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+M

José Eduardo Moniz defende subsidiação do Estado em mecanismos de medição de audiências

Moniz também criticou a ERC, entidade que "atrofia" o trabalho dos media. No evento organizado pela APIT foram ainda defendidas alianças com as grandes plataformas.

José Fragoso (RTP), Daniel Oliveira (SIC), José Eduardo Moniz (TVI) e Inês Lopes Gonçalves

José Eduardo Moniz, diretor-geral da TVI, defende uma eventual subsidiação por parte do Estado na medição de métricas de audiências, que mudaram bastante ao longo dos anos, com a transição da televisão linear para outros meios e formatos. A ideia foi defendida no painel “Novos valores, novos conteúdos?”, durante o 10º Encontro de Produtores Independentes de Televisão, organizado pela APIT, e que decorreu na última semana, em Lisboa.

Em relação às métricas, “temos um larguíssimo caminho para percorrer, porque o que era válido há uns anos atrás já não é válido hoje, com a enorme dispersão que existe. Basta compararmos as audiências da GFK com a das boxes, para notar que as discrepâncias são grandes”, começou por apontar José Eduardo Moniz.

O diretor-geral da TVI observou que quem paga por essa medição são “no essencial”, as três televisões em sinal aberto (RTP, SIC e TVI), sendo que “qualquer movimento que o mercado faça, no sentido de perceber melhor aquilo que se está a passar no mercado, recai sempre sobre os ombros dos mesmos“.

E com o fardo de encargos que já temos às costas, não é viável enveredarmos também com a subsidiação de mais um mecanismo qualquer. Se calhar competiria ao Estado, com um bom grau de independência, absorver ele próprio alguns dos mecanismos dos quais necessitamos para trabalhar no nosso dia-a-dia, em vez de se preocupar com a criação de entidades que atrofiam o nosso trabalho“, afirmou José Eduardo Moniz, exemplificando com o caso da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).

O diretor-geral da TVI disse não saber “objetivamente qual o papel que é conferido” a esta entidade e não ver “utilidade prática na função que desempenha”. “Acho que a ERC peca nos mesmos moldes que pecam outras instituições em Portugal, como seja a justiça: funciona tarde e a más horas, aplica multas quando elas não fazem sentido, tem critérios múltiplos para as decisões quando a objetividade devia guiar a sua atividade”, afirmou.

As ideias do responsável da TVI sobre a medição de audiências vêm na sequência da ideia avançada por Daniel Oliveira, diretor-geral de entretenimento da SIC, de que os conteúdos das televisões já não se resumem ao que é transmitido de forma linear no televisor.

O novo normal é esta mudança constante. Esta capacidade que vamos ter todos de ter, em conjunto, de conseguir reter a atenção das pessoas. A televisão generalista é feita para quem tem tempo, quando tem tempo, e nós queremos também captar a atenção da população que não tem tempo. E para isso temos de ter a capacidade de fazer movimentos para disponibilizar esses conteúdos”, disse.

“Ou seja, os conteúdos televisivos continuarão a ser relevantes, independentemente da forma como as pessoas acedem a esses conteúdos. Grande parte do visionamento que temos na OPTO [serviço de streaming da Impresa, dona da SIC] é das novelas que também temos no nosso canal generalista, porque há pessoas que as preferem ver de seguida e quando quiserem. O conteúdo não deixa de ser relevante. Acho que se coloca agora é uma questão de medição“, afirmou ainda Daniel Oliveira.

Alianças com plataformas de streaming sim, mas com “muitas atenção”

Quanto a uma “deslinearização” da televisão, José Fragoso, diretor de programas da RTP, acrescenta que a mesma já está feita ou se está a fazer. “Mas como vamos todos ser plataformas, estar dentro de plataformas, é muito importante olhar para as plataformas de streaming como concorrentes também“, avisou.

O diretor de programas da RTP sublinhou, no entanto, que há projetos onde faz sentido um alinhamento com uma grande plataforma de streaming, exemplificando com várias produções como “Ponto Nemo”, “Glória” ou “Codex 632” que a RTP não teria conseguido sem essas parcerias.

Também José Eduardo Moniz já tinha dito que é preciso “saber jogar com outros que são muito maiores do que nós” e que “já não serve o orgulhosamente sós”. “Às vezes é necessário ir para a cama com o inimigo, o que significa que estamos a fazer incursões com entidades que, à nossa custa, podem estar a conquistar uma posição muito melhor. Mas é assim que as coisas se fazem, temos de viver numa lógica de interdependência, eles servem-se de nós e nós deles e não podemos depender só de uma entidade“, explicou.

José Fragoso concordou com a ideia. “Quando conseguimos esse entendimento faz todo o sentido. Em boa verdade as plataformas também nos dão uma boleia a nós, mas a questão é fazer essa evolução com muita atenção. Há alturas em que não se pode dar abébias ao inimigo“, defendeu.

Sobre uma plataforma de streaming conjunta entre os três canais para fazer frente às grandes plataformas de streaming, José Fragoso começou por referir que já houve experiências na Europa que “funcionaram mal”, mas que “do ponto de vista conceptual” fazia sentido que operadores que falem português estivessem juntos.

Até acho que deveríamos fazer isso com operadores brasileiros e ir à procura de estações africanas que também pudessem entrar. Temos de ir à procura desses mercados e, se estivermos alinhados, disponibilizar na mesma plataforma conteúdos diversificados em língua portuguesa. Mas há diferentes visões de como isto pode funcionar e a verdade é que somos um país com pouca escala. Se calhar todos juntos não conseguimos sequer alavancar uma plataforma que seja capaz de se impor. Mas é um tema que deve estar em cima da mesa, convém estar de olho aberto“, defendeu o responsável da RTP.

A ideia de criar uma plataforma de streaming conjunta já tinha também sido defendida no evento por Nicolau Santos, presidente do conselho de administração da RTP, que, no entanto, não pareceu convencer os responsáveis dos canais privados.

A IA nas produções

Sobre a utilização de inteligência artificial (IA) nas produções, José Fragoso sublinhou que se está numa “fase muito inicial” em Portugal e que “quem está fora e em mercados com mais escala percebe que existem outras soluções” que vão impactar a indústria, incluindo soluções que permitem que não seja necessário deslocar equipas entre locais.

“É um tema que não se pára com as mãos. É preciso acompanhar, estudar, estar atento, ter mecanismos de validação, transparência nos processos e é necessário que a componente humana esteja presente porque o talento humano é muito difícil de substituir. Mas nos processos mais industriais a IA vai entrar aos poucos e trazer eficiência”, apontou o diretor de programas da RTP, referindo no entanto que é preciso haver limites, como sejam aqueles relacionados com questões de direitos de autor.

Por parte da SIC, Daniel Oliveira avançou que a estação tem vindo a testar sistemas para a legendagem automática de conteúdos, que têm um bom resultado mas que precisam sempre de uma curadoria humana. Além disso, também já é possível, através de máscaras, fazer com que os atores representem versões das suas personagens mais jovens, pelo que deixa de ser necessário recorrer a atores mais novos para esses papéis.

Há um caminho a fazer, que vai mudar o modo como produzimos os conteúdos, mas não vamos abdicar da mão humana. Vamos ter novas profissões e outras vão deixar de ser tão relevantes. É uma evolução constante“, concluiu.

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Países europeus e UE pressionam Rússia a avançar para negociações de paz

  • Lusa
  • 12 Maio 2025

Os ministros do chamado grupo Weimar+ "juntam-se à Ucrânia no apelo a um cessar-fogo imediato, abrangente e incondicional de 30 dias para criar espaço para discussões sobre uma paz justa".

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de seis países europeus e a chefe da diplomacia da União Europeia apelaram à Rússia para que avance “sem demora” nas negociações para uma paz “justa, abrangente e duradoura” na Ucrânia. “Até agora, a Rússia não mostrou qualquer intenção séria de fazer progressos. Deve fazê-lo sem demora”, afirmaram os ministros da França, Alemanha, Itália, Polónia, Espanha e Reino Unido e Kaja Kallas, numa declaração emitida após uma reunião em Londres.

Os ministros do chamado grupo Weimar+ “juntam-se à Ucrânia no apelo a um cessar-fogo imediato, abrangente e incondicional de 30 dias para criar espaço para discussões sobre uma paz justa, abrangente e duradoura”.

No comunicado, os ministros referem ter debatido a forma de intensificar o apoio à Ucrânia na defesa contra a Rússia e concordaram em colaborar no reforço das forças armadas ucranianas, nomeadamente no reabastecimento de munições e equipamento e no reforço da capacidade industrial.

“Estamos empenhados em dar sólidas garantias de segurança à Ucrânia. Isto inclui explorar a criação de uma coligação de forças de tranquilização aéreas, terrestres e marítimas que possam ajudar a criar confiança em qualquer paz futura e apoiar a regeneração das forças armadas da Ucrânia”, referem.

Além disso, trabalharemos em novos compromissos de reconstrução e recuperação, nomeadamente na Conferência de Recuperação da Ucrânia, que se realizará em Roma a 10 e 11 de julho”, acrescentam. Sobre a NATO, comprometeram-se a reforçar a “capacidade e produção de defesa colectiva”, a “base tecnológica e industrial da Europa” e defenderam o estreitamento das relações de segurança e defesa entre o Reino Unido e a UE.

A reunião decorreu poucos dias depois de a Ucrânia e os aliados europeus proporem à Rússia um cessar-fogo total e incondicional durante pelo menos 30 dias, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sugerir reunir-se com o homólogo russo, Vladimir Putin, pessoalmente em Istambul.

No entanto, o Kremlin classificou esta segunda de “inaceitável” o ultimato feito por Kiev e pelos aliados europeus para que Moscovo aceite um cessar-fogo de 30 dias antes das negociações diretas entre Rússia e Ucrânia. “A linguagem dos ultimatos é inaceitável para a Rússia. Não é apropriada. Não podem falar com a Rússia dessa forma”, disse o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov.

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Duarte Cordeiro acusa AD de nunca se ter distanciado das políticas de cortes de Passos

  • Lusa
  • 12 Maio 2025

 Duarte Cordeiro diz que nunca viu Montenegro "distanciar-se dos cortes que fizeram nos salários e nas pensões, nem da "expressão 'ir além da troika'".

O ex-ministro socialista Duarte Cordeiro considerou esta segunda-feira que a AD nunca se distanciou das políticas de cortes do Governo de Passos Coelho no período da troika, afirmando que, se Pedro Nuno Santos fosse primeiro-ministro, estas eleições não aconteceriam.

Duarte Cordeiro juntou-se à campanha do PS para as eleições legislativas, num almoço-comício na Figueira Foz, Coimbra, responsabilizando o primeiro-ministro, Luís Montenegro, por estas eleições antecipadas e acusando-o de não quer estabilidade “por mero oportunismo” porque estava convencido de que conseguiria “uma maioria absoluta nestas eleições com a IL”.

“O Governo de Passos Coelho, eu nunca vi a atual AD, Luís Montenegro, distanciar-se daquilo que foram as políticas que adotaram na altura. Nunca os vi distanciar-se dos cortes que fizeram nos salários e nas pensões. Nunca os vi distanciarem-se sequer da expressão ‘ir além da troika‘”, acusou.

Na opinião do antigo ministro, se “Pedro Nuno Santos fosse primeiro-ministro”, Portugal não estaria neste momento a ir para eleições antecipadas. “Se hoje o Pedro Nuno Santos fosse primeiro-ministro, nós tínhamos estas eleições ou tínhamos uma pessoa que, até ao limite, estava-se a esforçar para negociar, para ter orçamentos aprovados”, questionou, respondendo em seguida que com o líder do PS à frente do executivo os portugueses não seriam chamados às urnas.

Segundo Duarte Cordeiro, o PS não desbarataria as “condições políticas para tentar ter uma vantagem eleitoral”, como acusa a AD de ter feito. “Nós não criávamos incerteza económica, incerteza política, para tentar jogar com alguma vantagem eleitoral”, sustentou.

O antigo ministro dos governos de António Costa não esqueceu a possível coligação pós-eleitoral entre a AD e a IL – em relação à qual Pedro Nuno Santos tem deixado diversos alertas – e referiu que Luís Montenegro “já não esconde” o desejo de formar Governo com os liberais.

“Então tem o dever de ser transparente com os portugueses e dizer até onde é que está disponível para negociar o seu programa para negociar com a Iniciativa Liberal. É que o programa AD/Iniciativa Liberal é um programa muito diferente de um programa da AD”, desafiou. Porque um programa da AD coligada com a IL “é muito diferente”, Cordeiro considerou “fundamental para o eleitorado do centro e para os pensionistas” saber então de que vai Montenegro abdicar.

“Os pensionistas, o eleitorado de centro têm que saber, até o dia das eleições, o que é que Luís Montenegro está disponível para negociar para fazer um governo com a IL. É que eu não sei. E eu duvido que algum de vocês saiba”, reiterou. O dirigente do PS não esqueceu o partido de André Ventura na sua intervenção.

“Nós não temos que ter vergonha de dizer isto. Porque quando André Ventura vem defender a administração Trump e as tarifas que vêm prejudicar as nossas empresas, os nossos trabalhadores, vêm pôr em causa a nossa capacidade de continuar-nos a desenvolver, ele está a ser um traidor à pátria e aos interesses que o nosso país”, acusou.

O antigo ministro elogiou ainda Pedro Nuno Santos por, numa situação complexa internacional, ser “o único líder que está a falar de economia”.

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Instinct lança podcast gerado 100% por IA

  • + M
  • 12 Maio 2025

Manuel Génio e Maria Inteligente fazem o resumo da semana, comentam resultados a partir de gráficos ou debatem artigos sobre sugestões ou artigos de opinião escritos pela equipa da Instinct.

A agência de inovação Instinct lançou um podcast gerado a 100% por inteligência artificial. “Com o objetivo de promover uma vertente mais conversacional sobre as notícias das empresas da nova economia e das startups inovadoras, dois apresentadores virtuais, Manuel Génio e Maria Inteligente fazem o resumo da semana, comentam resultados a partir de gráficos ou debatem artigos sobre sugestões ou artigos de opinião escritos pela equipa da Instinct“, descreve a agência de Nuno Ribeiro.

A adoção de ferramentas de inteligência artificial já faz parte do nosso dia-a-dia e das recomendações que fazemos aos nossos clientes. O SuperToast é um laboratório onde aplicamos novas ferramentas e, e neste caso, identificámos a oportunidade de criar um novo podcast em formato de conversa inteligente e interessante totalmente gerado por inteligência artificial”, justifica o managing partner da Instinct.

O SuperToast.ai, narrado pelos apresentadores virtuais Manuel Génio e a Maria Inteligente, está disponível nas plataformas Apple Podcasts, Spotify, YouTube e Popcasts, assim como no site SuperToast.pt.

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Zurich lança nova cobertura para o risco de incapacidade para trabalhar

  • ECO Seguros
  • 12 Maio 2025

Se o segurado tiver incapacidade para trabalhar ficará isento de pagar os prémios mensais da apólice e receberá, durante um máximo de 24 meses, até 20% do salário médio mensal líquido.

A Zurich Portugal lançou uma nova cobertura que garante a proteção financeira a quem fica com uma incapacidade total ou temporária para trabalhar. É opcional e pode ser adicionada ao seguro Vida Risco “Proteção Plena Zurich”.

“Queremos ser a solução que compensa estes momentos com uma proteção financeira adequada. Queremos cuidar e disponibilizar um apoio concreto e eficaz para que os nossos clientes possam enfrentar os momentos de grande incerteza com muito mais confiança e esperança”, afirmou Ana Paulo, head of life da Zurich Portugal.

De acordo com o comunicado avançado pela seguradora, a cobertura “Renda Temporária Mensal em Caso de Incapacidade Total e Temporária” está disponível para pessoas entre os 18 e os 67 anos. Quem a adquire tem coberto o risco de incapacidade total e temporária para trabalhar, e, caso o sinistro aconteça, fica isento “de pagar os prémios mensais da apólice e receberão, durante um máximo de 24 meses, até 20% do salário médio mensal líquido indicado na proposta de seguro”.

Os clientes podem optar por adicionar a cobertura recém-lançada ao seguro “Proteção Plena Zurich”, que garante cobertura em caso de morte por acidente, riscos de invalidez, doença grave por Acidente.

Importa salientar que a nova cobertura não se aplica em caso de desemprego nem de licença de maternidade ou incapacidade durante a gravidez. O pagamento da primeira prestação terá lugar 60 dias após o início da incapacidade. Após o início do pagamento, a renda mensal é paga antecipadamente, por cada período de 30 dias. Passados os 24 meses, a apólice mantém-se em vigor sendo retomado o pagamento regular dos prémios.

Para acionar a cobertura, é necessário apresentar o documento da Segurança Social que comprove a impossibilidade de exercer a profissão declarada, uma declaração do médico assistente com a indicação do estado de saúde da Pessoa Segura e a duração previsível da incapacidade, além de outros documentos que podem ser solicitados pela seguradora. A decisão sobre o enquadramento do sinistro é da exclusiva responsabilidade da Zurich.

Segundo a CEO da Zurich Portugal, Helene Westerlind, o produto “é inédito em Portugal” e foi criado para garantir que os clientes da Zurich “se podem concentrar naquilo que é verdadeiramente importante – na sua recuperação e bem-estar, mitigando o peso da preocupação financeira a quem fica temporariamente ou totalmente impedido de trabalhar”, escreveu a responsável no LinkedIn.

“Sabemos que a incapacidade para o trabalho gera momentos de vulnerabilidade nas famílias e queremos ser a solução que compensa estes momentos com uma proteção financeira adequada. Queremos cuidar e disponibilizar um apoio concreto e eficaz para que os nossos clientes possam enfrentar os momentos de grande incerteza com muito mais confiança e esperança”, afirmou Ana Paulo, head of life da Zurich Portugal.

A Zurich Portugal faz parte do Zurich Insurance Group, está em Portugal há 106 anos, conta com mais de 550 colaboradores e uma rede de distribuição com mais de 1.800 agentes de seguros, corretores, bancos e parcerias, que respondem a mais de 830 mil clientes.

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Dona da Meo contacta 500 trabalhadores para rescisões por mútuo acordo

Desde final do ano passado, cerca de 500 trabalhadores terão sido contactados para rescisões por mútuo acordo, diz a Comissão de Trabalhadores. Empresa declina comentar.

A dona da Meo contactou “cerca de 500 trabalhadores” para rescisões por mútuo acordo desde o final do ano passado, afirmou esta segunda-feira a Comissão de Trabalhadores. Contactada pelo ECO, a Meo recusou comentar.

“Desde finais de 2024, cerca de 500 trabalhadores estão a ser contactados para rescisões por mútuo acordo (RMA) — um mecanismo que, na prática, representa um despedimento coletivo encapotado”, refere a Comissão de Trabalhadores, em comunicado. “Repudiamos veementemente estas práticas, que ignoram o impacto social e humano das decisões das administrações e colocam centenas de famílias numa situação de enorme incerteza”, diz ainda.

Dos cerca de 500 trabalhadores contactados desde o final de 2024, a CT ainda não tem “informação relativa a 2025” sobre o número de colaboradores que saíram da empresa. Mas, “segundo os dados que nos foram disponibilizados pela empresa, até final de 2024 foram contactados 120 trabalhadores dos quais 80 acabaram por entrar em acordo“, adianta CT, numa resposta por escrito, ao ECO.

“Não se verificando nenhum padrão, acredita-se ser um processo transversal à empresa“, diz quando questionada sobre se alguma área da operadora estava a ser particularmente visada neste processo de redução de quadros.

A denúncia da CT da dona do Meo surge depois de ser conhecido que na Nos estava a ser efetuado um processo de reestruturação, com saída de um número ainda indeterminado de trabalhadores.

Decisões tomadas num momento em que as operadoras registam desempenhos positivos nas suas contas, aponta a CT. No caso da Altice Portugal, em 2024, a operadora gerou “receitas totais de 2.775 milhões de euros em 2024 (+0,7% face a 2023) e EBITDA de 994 milhões de euros”, sendo que “apesar de não divulgar publicamente o lucro líquido anual, a empresa destaca a sua resiliência operacional e o crescimento nos segmentos core“, aponta a CT.

“Estes resultados demonstram que, apesar dos lucros elevados e da solidez financeira, ambas as empresas optam por processos de redução de trabalhadores, colocando eventualmente em causa a responsabilidade social e o respeito pelos direitos laborais”, denuncia a CT.

A CT acusa ainda a administração da Meo de não acompanhar a “retórica de meritocracia” — “nomeadamente aquando do recente apagão nacional, em que foi destacada a mobilização rápida e eficiente das equipas para garantir a continuidade dos serviços” — com “melhorias concretas das condições laborais”.

“O aumento de apenas 1 euro no subsídio de almoço, claramente insuficiente face ao aumento do custo de vida e distante do valor de referência do setor público, evidencia a falta de reconhecimento efetivo do contributo dos trabalhadores, mesmo quando a empresa exige desempenho de excelência e apresenta resultados financeiros robustos”, refere.

Num momento em que o país se prepara para eleições, a CT exige que “todos os partidos e candidatos coloquem o trabalho digno, a proteção dos trabalhadores e a responsabilidade social das empresas no centro do debate político e na agenda eleitoral”, diz em comunicado.

“Não é aceitável que empresas líderes de mercado, com lucros históricos, optem por reduzir postos de trabalho e precarizar as condições dos seus quadros, ignorando o papel fundamental dos trabalhadores no sucesso das organizações”, refere ainda.

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PP espanhol marca congresso extraordinário para julho por prever eleições antecipadas

  • Lusa
  • 12 Maio 2025

O líder da oposição espanhola, Alberto Núñez Feijóo, acredita que o Governo liderado pelo socialista Pedro Sánchez está já "em contagem decrescente". Congresso marcado para 5 e 6 de julho, em Madrid.

O Partido Popular de Espanha (PP, conservador) vai fazer um congresso extraordinário em julho, por considerar que há possibilidade de eleições antecipadas no país, disse esta segunda-feira o líder da formação política e líder da oposição espanhola, Alberto Núñez Feijóo. “Temos de estar preparados”, disse Feijóo, em Madrid, numa declaração numa reunião da Comissão Executiva nacional do PP.

O presidente do Partido Popular espanhol afirmou que o Governo liderado pelo socialista Pedro Sánchez está já “em contagem decrescente”, sublinhando que está envolvido em diversos casos de corrupção e que vive um bloqueio no parlamento, onde depende de uma geringonça formada por partidos de esquerda, de direita, independentistas e nacionalistas para aprovar leis como o Orçamento do Estado, algo que não consegue há dois anos.

“Por tudo isso e porque não confio em Sánchez, temos de estar preparados”, afirmou Feijóo. As eleições podem ser antecipadas em Espanha por decisão do próprio Governo, que tem o poder de em votação no Conselho de Ministros dissolver o parlamento.

“Estamos prestes a iniciar um novo ciclo eleitoral e vamos estar preparados”, disse hoje Feijóo, que acrescentou que decidiu convocar um congresso extraordinário “com o objetivo de ativar o partido, prepará-lo para fazer frente nas urnas a Pedro Sánchez e desenhar, desde já, uma alternativa de governo”.

O congresso do PP será em 5 e 6 de julho, em Madrid, e antecipa em quase um ano o congresso ordinário que deveria realizar-se em 2026. O anterior congresso do partido foi em abril de 2022, também extraordinário, para concretizar uma mudança de liderança no PP, face à contestação ao então presidente Pablo Casado.

Feijóo foi eleito líder do PP nesse congresso de 2022 e venceu as últimas legislativas nacionais, em julho de 2023, mas não chegou a primeiro-ministro de Espanha por não ter conseguido reunir uma maioria absoluta no parlamento que aprovasse a sua eleição para o cargo.

Sánchez acabou por ser reconduzido à frente do Governo com o apoio de uma geringonça de oito partidos e é primeiro-ministro desde 2018. Desde que Feijóo está à frente do PP, o partido venceu também as eleições autonómicas e municipais de maio de 2023, as europeias de 2024 e as regionais na Galiza do ano passado.

Além de ser o maior partido no parlamento de Espanha, o PP está à frente dos governos autonómicos de 13 das 19 regiões e cidades autónomas do país. O Partido Socialista (PSOE) governa em quatro regiões, enquanto as Canárias e o País Basco têm executivos liderados por partidos nacionalistas e regionalistas.

Mesmo que não se confirme o cenário de eleições nacionais antecipadas que referiu Feijóo, Espanha inicia no próximo ano um novo ciclo eleitoral, com eleições nas regiões autónomas de Castela e Leão e Andaluzia. Para já, nenhum nome desafiou a liderança de Feijóo à frente do PP e o atual presidente do partido é o único candidato ao cargo no congresso.

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Trump considera União Europeia mais “cruel” do que a China

Presidente norte-americano afirma que a União Europeia trata os EUA "de forma muito injusta" e que tem "cartas na manga" para as negociações.

O presidente norte-americano considerou esta segunda-feira que a União Europeia é “mais cruel” do que a China nas negociações comerciais sobre as tarifas e que é injusta com o seu país. Para Donald Trump, no que toca ao comércio, “a União Europeia, em muitos aspetos, é mais cruel do que a China” e que o bloco vai “cair bastante”.

“Temos todas as cartas na manga, eles trataram-nos de forma muito injusta”, disse o presidente americano, citado pela Reuters. Segundo Trump, a União Europeia vende a terras de Uncle Sam os seus produtos agrícolas, enquanto estes “praticamente” não lhes vendem nada.

“Eles não aceitam os nossos produtos. Isso é muito injusto. Vão ter que pagar mais por assistência médica, e nós vamos ter que pagar menos”, acrescentou.

Bruxelas propôs na semana passada uma lista de bens industriais e agrícolas dos EUA, num valor de 95 mil milhões de euros, para taxar caso as negociações com Washington não resultem, preparando-se também para apresentar uma queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Os Estados Unidos e a China acordaram fazer uma pausa de 90 dias na sua guerra tarifária e descer, de forma substancial, o volume de tarifas que se impõem reciprocamente. As tarifas chinesas sobre os produtos norte-americanos vão baixar de 125% para 10% nos próximos 90 dias, enquanto as dos EUA vão reduzir-se de 145% para 30%.

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Portugal já pode importar mais energia de Espanha mas só fora das horas de sol

  • Lusa
  • 12 Maio 2025

O limite anteriormente imposto é alargado até aos 2.200 MW (mais do dobro) nas horas nas quais não haja sol, durante o período de 12 a 19 de maio.

A REN – Redes Energéticas Nacionais decidiu aumentar o limite das importações de eletricidade de Espanha a partir desta segunda-feira, mas só fora das horas de sol, após o bloqueio total após o apagão de 28 de abril.

De acordo com a mais recente decisão da REN, que após o apagão de 28 de abril optou por cortar as compras de energia a partir do país vizinho, a capacidade de interligação entre Portugal e Espanha, no sentido importador, vai continuar a estar limitada a 1.000 MW entre as 09:00 e as 19:00.

Porém, este limite é alargado até aos “2.200 MW nas restantes horas, durante o período de 12 a 19 de maio“, lê-se na nota publicada pela gestora da rede elétrica no seu site.

Esta medida faz parte do processo de estabilização em curso do mercado ibérico de eletricidade (Mibel), após o corte generalizado no abastecimento elétrico em 28 de abril que deixou Portugal e Espanha praticamente sem eletricidade, bem como uma parte do território de França. Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.

A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade (ENTSO-E, na sigla em inglês) anunciou a criação de um comité para investigar as causas deste apagão, que classificou como “excecional e grave”, e que deixou Portugal e Espanha às escuras.

Este painel de peritos terá de elaborar um relatório factual que constituirá a base do relatório final até o prazo máximo de 28 de outubro deste ano. Já o relatório final sobre a investigação do incidente deverá ser publicado, o mais tardar, até 30 de setembro de 2026.

 

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