IRS. Salário sobe no bolso em agosto e setembro com menos retenção na fonte
Descida do IRS em 500 milhões de euros terá efeitos a janeiro e será repercutida nos descontos para o Fisco nos próximos dois meses, anunciou o ministro das Finanças.
As tabelas de retenção na fonte em IRS serão mais baixas em agosto e setembro para fazer retroagir a descida do imposto em 500 milhões de euros a janeiro deste ano, revelou esta sexta-feira o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, durante o briefing do Conselho de Ministros.
Isto significa que trabalhadores e pensionistas vão ter mais dinheiro no bolso nos próximos dois meses. Depois, em outubro, novembro e dezembro, serão publicadas “tabelas normais de retenção na fonte”, indicou o governante.
“A retroatividade será efetuada em agosto e setembro. Haverá tabelas especiais em agosto e setembro e depois umas novas tabelas normais a partir de outubro”, afirmou Miranda Sarmento. No ano passado, o Governo usou o mecanismo em setembro e outubro, por isso, desta vez será aplicado mais cedo.
A descida do IRS, proposta pelo Governo e viabilizada pela Assembleia da República, determina reduções do imposto entre 0,40 e 0,60 pontos percentuais (p.p.) até ao 8.º escalão de rendimentos.
Em concreto, a taxa do primeiro escalão vai descer de 13% para 12,5%, a do segundo de 16,5% para 16%, a do terceiro de 22% para 21,5%, a do quarto de 25% para 24,4%, a do quinto de 32% para 31,4%, a do sexto de 35,5% para 34,9%, a do sétimo de 43,5% para 43,1% e, por último, a do oitavo de 45% para 44,6%. A taxa do último escalão de rendimentos continua nos 48%.
De lembrar que o Parlamento aprovou esta quarta-feira a baixa do imposto em votação final global e o Presidente da República já promulgou o diploma, esta quinta-feira. Tudo isto em vésperas das eleições autárquicas de 12 de outubro.
O efeito na descida dos descontos para a Autoridade Tributária com retroativos a janeiro será repercutido já no próximo mês de agosto. “Na segunda-feira, vamos publicar as novas tabelas de retenção na fonte para, a partir de agosto, os contribuintes sentirem essa nova diminuição das taxas do imposto”, indicou o primeiro-ministro, esta quinta-feira, durante o debate do Estado da Nação, no Parlamento.
O mecanismo da retroatividade vai ser semelhante ao do ano passado. Assim, o alívio terá impacto de forma faseada em dois meses, agosto e setembro, com eventuais acertos até ao final do ano, caso seja necessário. Isto significa que trabalhadores e reformados vão ter mais salário e pensões nos próximos dois meses.
(Notícia atualizada às 16h43)
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