Estado “recupera quase 2 mil milhões de euros” injetados no Novobanco

Governo acompanha venda da Lone Star, alienando posição que controla diretamente. Finanças saúdam “diversificação” geográfica na banca e "elevada credibilidade, solidez e performance" do francês BPCE.

O Ministério das Finanças destaca a compra do Novobanco por parte dos franceses do Groupe BPCE como “um sinal muito importante de confiança dos investidores internacionais” na economia nacional, sublinhando que o comprador “é um banco de elevada credibilidade, solidez e performance” e que a proposta feita à Lone Star “permitirá a criação de valor e o apoio à economia nacional e às empresas portuguesas”.

Em comunicado, o Ministério liderada por Joaquim Miranda Sarmento contabiliza que esta venda — que o Governo português vai acompanhar alienando a posição que o Ministério das Finanças controla diretamente –, associada à distribuição de dividendos do Novobanco que ocorreu este ano, “permite ao Estado recuperar quase 2 mil milhões de euros dos fundos públicos injetados na instituição”.

Depois de há semanas o ministro se ter insurgido contra a possibilidade de aumentar o peso da banca espanhola no mercado bancário português, sinalizando que não via com bons olhos uma eventual compra do Novobanco pelo CaixaBank, dono do BPI, a tutela salienta agora que “esta operação garante uma maior diversificação dos investidores e acionistas dos bancos que operam em Portugal, evitando assim uma desnecessária concentração geográfica”.

Esta operação garante uma maior diversificação dos investidores e acionistas dos bancos que operam em Portugal, evitando assim uma desnecessária concentração geográfica.

Comunicado do Ministério das Finanças

“Também garante a manutenção da atual estrutura do mercado bancário nacional, sem que ocorram problemas resultantes de um eventual processo de concentração, nomeadamente de uma reestruturação, e salvaguarda os níveis de concorrência no sistema bancário português”, acrescentam as Finanças na mesma nota enviada às redações.

Esta manhã, numa call com jornalistas logo após a Lone Star ter confirmado a assinatura de um memorando de entendimento com o BPCE, numa transação que avalia 100% do banco em 6,4 mil milhões de euros, o novo dono do Novobanco garantiu que não vai fazer despedimentos. “Não é uma transação de sinergia de custos”, respondeu Nicolas Namias, CEO do BPCE.

O Ministério das Finanças sublinha que o BPCE, com 200 anos de uma história atribulada, é o segundo maior banco francês, “um dos maiores bancos europeus e um banco de estrutura cooperativa”. E recorda que esta operação conclui um “longo processo”, iniciado com a resolução do BES e a posterior alienação, em 2017, do Novobanco à Lone Star, que “[contribuiu] para salvaguardar a estabilidade do sistema financeiro português.

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Novo dono do Novobanco afasta despedimentos. “Não é uma transação de sinergia de custos”, garante CEO

Nicolas Namias, CEO do BPCE deu a cara logo após o anúncio da compra do Novobanco. Sublinhou que é uma transação "amigável" e não uma sinergias de custos. Marca e CEO são para manter, informou.

O Groupe BPCE, que esta sexta-feira anunciou a compra do Novobanco por 6,4 mil milhões de euros, afastou a possibilidade de avançar com um programa de despedimentos no banco português, assegurou esta sexta-feira Nicolas Namias, CEO do grupo financeiro francês.

“Não”, respondeu Nicolas Namias, em teleconferência com jornalistas, quando questionado sobre eventuais despedimentos. “Ao contrário de muitas outras, esta transação não é sobre sinergias de custos”, acrescentou o gestor.

“Sejamos claros, o BPCE conta hoje com 3.000 pessoas em Portugal. Mas elas trabalham para todo o grupo, não é um banco português, por isso não temos hoje sinergias de custos entre o que temos em Portugal e o Novobanco”, afirmou o CEO. “Portanto, não se trata de um projeto baseado em sinergias de custos e cortes de postos de trabalho, sou muito claro quanto a isso”

Marca e gestão são para manter

Sobre a marca Novobanco, Namias vincou que “não [tem] absolutamente nenhuma intenção de mudar isso, não está de forma alguma na agenda de hoje”, adiantando que “é uma marca que existe há 10 anos e não [tem] planos de mudá-la”. “Isso está muito claro”, completou.

A equipa de gestão do banco, liderada por Mark Bourke, também deverá ter continuidade. sinalizou Namias. “O Novobanco, sejamos claros, tornou-se um dos bancos mais rentáveis da Europa, tem um rácio custo/rendimento de 33%, portanto, a administração fez um excelente trabalho e, claro, vou contar com o seu compromisso para connosco”, resumiu.

Questionado novamente sobre se isso significa a manutenção do CEO, respondeu: “Considero que a gestão de Mark Bourke, que foi primeiro diretor financeiro e depois diretor executivo, fez um excelente trabalho, por isso, penso que Mark continuará a trabalhar connosco, com o Novobanco e com o Groupe BPCE“.

Crescimento, mas sem aquisições

Na apresentação com a qual lançou a conferência de imprensa, Nicolas Namias referiu várias vezes que a aposta do Groupe BPCE é de fazer crescer o Novobanco. Questionado pelo ECO sobre a estratégia para esse crescimento num mercado já maduro, porventura por via de mais aquisições, o CEO rejeitou essa opção.

“As aquisições não estão na agenda”, afirmou “Considero que este é um projeto de crescimento, porque quando se faz uma aquisição, muitas vezes é uma operação que cria valor com sinergias de custos e este não é de todo o caso do BPCE, porque não temos outro banco em Portugal”.

“Pelo contrário, estou a investir para desenvolver o Novobanco. Os recursos da BPCE são vastos, pelo que o Novobanco contará com uma base de capital muito grande e além disso, o que temos com o BPCE e que o Novobanco não tinha, por si só, é uma gama completa de conhecimentos especializados”, vincou.

Explicou ainda que o BPCE tem conhecimentos especializados para empresas, em leasing ou factoring, para particulares em financiamento ao consumo, em gestão de ativos, em banca de investimento. “Todos estes conhecimentos especializados serão incorporados no Novobanco”.

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Petróleo dispara perto de 7% após ataques israelitas contra o Irão

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Junho 2025

Os mercados petrolíferos estão a reagir com uma subida dos preços ao novo escalar das tensões no Médio Oriente, após o ataque desta madrugada do exército israelita contra Teerão.

As cotações do petróleo nos mercados internacionais estão a disparar cerca de 7% esta sexta-feira, para negociar no valor mais elevado em quase cinco meses, depois de Israel ter atacado o Irão. Este novo aumento das tensões no Médio Oriente está a fazer crescer os receios com uma possível interrupção do fornecimento de crude.

O barril de Brent, cotado em Londres e que serve de referência às importações europeias e necionais, está a valorizar 6,59%, para 73,93 dólares, depois de já ter atingido os 78,50 dólares, o valor mais alto desde 27 de janeiro. O WTI, negociado em Nova Iorque, avança 6,66%, para 72,57 dólares — sendo que chegou a tocar os 77,62 dólares, a cotação mais alta desde 21 de janeiro.

Este desempenho dos preços do “ouro negro” acontece horas depois de Israel conduzir um ataque que teve como alvo instalações militares e nucleares do Irão durante a madrugada. O exército israelita justifica os ataques dizendo que Teerão está a produzir em segredo componentes para construir uma arma nuclear.

“A questão fundamental é saber se a retaliação iraniana se limitará a Israel ou se a liderança procurará internacionalizar o custo da ação desta noite, visando bases e infraestruturas económicas críticas em toda a região”, disse Helima Croft, analista da RBC Capital, numa nota citada pela Reuters.

Vários comerciantes de petróleo em Singapura afirmaram que ainda é muito cedo para dizer se o ataque israelita irá afetar os carregamentos de petróleo do Médio Oriente, uma vez que dependerá da forma como o Irão retaliará e se os EUA intervirão.

“É muito cedo para dizer, mas penso que o mercado está preocupado com o encerramento do Estreito de Ormuz”, disse um dos comerciantes citado pela agência de notícias internacional.

À boleia da subida das cotações do petróleo, as ações da Galp na Bolsa de Lisboa estão a valorizar 0,70%, para 15,80 euros, sendo a única das 15 cotadas do PSI, o principal índice da praça nacional, a negociar esta manhã em terreno positivo.

(Atualizada às 16h)

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Empresa municipal de Braga compra terreno “essencial” para projeto do metrobus por 825 mil euros

Imóvel com 11.025 metros quadrados, até agora afeto ao IEFP, vai permitir a ampliação do parque de material e oficinas da Transportes Urbanos de Braga (TUB) no âmbito da implementação do sistema BRT.

Os Transportes Urbanos de Braga (TUB) formalizaram a aquisição de um terreno com 11.025 metros quadrados localizado na Rua Dr. Felicíssimo de Campos, junto às atuais instalações da empresa, pelo valor de 825.200 euros.

Até agora afeto ao Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o imóvel é “essencial” para a ampliação do Parque de Material e Oficinas da empresa municipal, no âmbito do projecto de implementação do sistema BRT – metrobus, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O concurso público para a construção da linha vermelha do BRT em Braga, que vai ligar a estação de caminhos-de-ferro ao hospital da cidade, passando pelo campus da Universidade do Minho, foi lançado por 35 milhões de euros. A linha terá uma extensão de cerca de seis quilómetros e 12 estações em cada um dos sentidos da faixa de rodagem. Os autocarros devem começar a circular até junho de 2026.

A Câmara de Braga sublinha que a operação foi suportada por pareceres técnicos e jurídicos das entidades competentes, incluindo a avaliação do imóvel pela Estamo, e aprovada pela tutela das Infraestruturas. A autorização por parte do secretário de Estado do Tesouro e Finanças “reconheceu a urgência e o relevante interesse público da alienação” para a mobilidade urbana sustentável na cidade

“Esta aquisição representa mais do que a ampliação de uma infraestrutura operacional. É um investimento com visão de futuro, que reforça a capacidade dos TUB para responder aos desafios de uma mobilidade mais eficiente e inclusiva, sustentável e centrada nas necessidades da população. Braga dá, assim, mais um passo decisivo na concretização de uma nova geração de transportes públicos: mais modernos, mais ecológicos e mais próximos das pessoas”, completa a autarquia.

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Lone Star vende Novobanco aos franceses do BPCE por 6,4 mil milhões

Fundo americano confirma venda aos franceses numa transação que avalia 100% banco em 6,4 mil milhões de euros. Fala na "maior aquisição transnacional na zona euro em mais de 10 anos".

A Lone Star assinou um Memorando de Entendimento para vender o Novobanco ao franceses do Groupe BPCE numa transação que avalia 100% do banco em 6,4 mil milhões de euros, segundo anunciou esta sexta-feira ao mercado, confirmando a notícia avançada pelo ECO em primeira mão.

“O Novo Banco, S.A. («novobanco» ou o «Banco») anuncia que o seu acionista maioritário, a Nani Holdings S.à r.l. («Nani Holdings»), assinou um Memorando de Entendimento para a venda do novobanco à BPCE, por um valor em dinheiro a pagar no momento do fecho da transação, que avalia 100% do capital social em cerca de 6,4 mil milhões de euros no final de 2025“, informou, em comunicado publicado no site da CMVM.

O Groupe BPCE, o segundo maior banco francês e o quarto maior europeu, confirmou também em comunicado que “a transação, representando um montante de aproximadamente (para 100% do capital) e um múltiplo de cerca de nove vezes os ganhos anuais, é a maior aquisição transnacional na zona euro em mais de 10 anos“.

“No seguimento da criação da BPCE Equipment Solutions no início deste ano, este projeto representa uma nova fase chave da execução do plano estratégico “Vision 2030”, orientado para o desenvolvimento e a diversificação do BPCE em França, na Europa e no resto do mundo”, adiantou. “Após a conclusão da transação, Portugal tornar-se-ia o segundo maior mercado retalhista nacional do Grupo”.

O BPCE adiantou que está “em conversações com o Governo português e o Fundo de Resolução Bancária com vista à aquisição das suas participações no Novobanco (11,5% e 13,5%, respetivamente), em condições idênticas”. Algo que já foi, entretanto, confirmado pelo Ministério das Finanças.

“O BPCE procederá às consultas necessárias com os organismos representativos dos trabalhadores para assinar o contrato de aquisição”, informou. “A conclusão do projeto está prevista para o primeiro semestre de 2026”.

Os franceses, que já têm uma forte presença em Portugal através do centro de desenvolvimento tecnológico da Natixis, localizado no Porto, bateram a concorrência espanhola do Caixabank (dono do BPI) — e que tinha a oposição do Governo português.

Nicolas Namias, CEO do BPCE, referiu no comunicado que “detentor de quotas de mercado de cerca de 9% junto de particulares e de cerca de 14% junto de empresas, o Novobanco possui excelentes bases, um forte potencial de crescimento e um nível de rentabilidade já elevado”.

“Importante ator da banca de proximidade em França, graças às redes bancárias Banque Populaire e Caisse d’Epargne, o BPCE tornar-se-á um ator da banca de retalho na Europa com a aquisição do Novobanco e participará ativamente no financiamento da economia portuguesa”, adiantou.

Nemias sublinhou que as condições financeiras da transação “refletem uma abordagem de avaliação disciplinada e rigorosa, bem como a nossa confiança na capacidade do Novobanco para criar valor ao longo do tempo”.

Para trás ficou ainda a ideia de vender o Novobanco na bolsa de Lisboa, opção que a administração do banco, liderada por Mark Bourke, tinha vindo a trabalhar nos últimos meses.

Mark Bourke, CEO do Novobanco, referiu, também em comunicado, que o acordo “marca um momento decisivo na trajetória do banco e um forte reconhecimento da transformação que alcançámos”.

“Ao tornar-se parte do BPCE, o Novobanco passa a ter acesso à força e profundidade de uma das potências financeiras da Europa”, numa transação que reforça a capacidade de servir as famílias e as empresas portuguesas, e “aprofunda o compromisso com a economia nacional e garante um futuro a longo prazo baseado na força, na confiança e na ambição partilhada”.

“É um grande momento para o Novobanco, e agora avançamos com confiança renovada e clareza de objetivos”, concluiu.

Americanos multiplicam investimento por 5 vezes

A Lone Star adquiriu uma participação de 75% no Novobanco em outubro de 2017, a troco de uma injeção de mil milhões de euros no banco para reforçar os rácios.

Confirmando-se os valores do negócio, o fundo americano poderá encaixar mais de cinco mil milhões de euros e multiplicar o seu investimento por mais de cinco vezes no espaço de quase oito anos.

Os restantes 25% de capital do Novobanco estão na esfera pública, designadamente do Fundo de Resolução (13,54%) e da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (11,46%), e que podem receber 975 milhões de euros e 825 milhões, respetivamente.

No âmbito de um acordo celebrado em dezembro, Fundo de Resolução e DGTF são obrigados a vender a sua participação se a Lone Star acordar a venda de mais de 75% da sua posição – o fundo americano pode acionar a “drag option” em caso de venda direta. Nessa situação, os dois acionistas públicos também beneficiarão das mesmas condições de venda da Lone Star, incluindo o preço que os franceses pagarem, através do mecanismo de “tag along”.

3,3 mil milhões para dar ao acionista em 3 anos

Com mais de 4.200 trabalhadores e quase 300 balcões, o Novobanco registou lucros de 177,2 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, menos 1,9% em comparação com o mesmo período do ano passado, com o resultado a ser penalizado pela contração da margem financeira.

É o quarto maior banco a operar em Portugal, atrás da Caixa, BCP e Santander, com uma quota de mercado ligeiramente acima de 9%.

Segundo anunciou em março, conseguirá obter lucros suficientes para entregar 3,3 mil milhões de euros aos acionistas nos próximos três anos.

(Notícia atualizada às 08h55)

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Hoje nas notícias: saúde, imobiliário e justiça

  • ECO
  • 13 Junho 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os doentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vão ter mais uma linha telefónica para apoio, agora para cirurgias, e o Governo já autorizou os pro­fis­si­o­nais do INEM a pode­rem ultra­pas­sar os limi­tes legais de tra­ba­lho suple­men­tar. A Igreja converteu-se às permutas para alienar imóveis com rendas antigas e o procurador da Operação Influencer, que fez cair o Governo de António Costa, foi premiado com uma nomeação para o Supremo. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Doentes vão poder marcar cirurgias pelo telefone

Os doentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vão ter mais uma linha telefónica para apoio, agora para cirurgias. O teleatendimento permitirá a quem aguarda para ser operado, saber o lugar que ocupa na lista de espera, a demora estimada para ser chamado, os hospitais públicos, privados ou do sector social com vagas e até gerir a inscrição, por exemplo, escolhendo onde quer ser operado face à oferta no momento. A medida faz parte do novo modelo de inscritos para cirurgia, entregue no final da semana passada pelo grupo de trabalho nomeado pela ministra da Saúde para mudar o sistema.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Igreja converte-se às permutas para alienar imóveis com rendas antigas

Cinco apartamentos que ainda vão ser construídos no Porto em troca de 15 moradias no Bonfim, três prédios no centro histórico e outro na Boavista, todos eles com rendas antigas. É um negócio que foi feito entre dois intervenientes. De um lado, está a Diocese do Porto, a alienar património que lhe foi doado. Do outro, está a empresa José Salgado & Mário Moreira, Lda., que adquiriu os imóveis. No meio, sem grande margem para se intrometerem no negócio, estão os moradores, descendentes das gerações mais antigas que vivem há décadas nas casas, que não podem exercer o direito de preferência porque as aquisições foram realizadas através de permuta.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Procurador da Operação Influencer premiado com nomeação para o Supremo

O Procurador-geral da República (PGR) decidiu premiar um dos magistrados que investigou a Operação Influencer, colocando-o no Supremo Tribunal de Justiça. A comissão de serviço de João Paulo Centeno naquele tribunal superior foi proposta por Amadeu Guerra aoConselho Superior do Ministério Público (CSMP), a 21 de maio, e aprovada por este órgão, com um voto contra e uma abstenção.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Horas extra no INEM para evi­tar “situ­a­ção crí­tica”

Com as férias à porta e num mês com vários feri­a­dos, que impli­cam mais horas extra, o INEM estava a entrar numa “situ­a­ção crí­tica” de escas­sez de recur­sos huma­nos e mobi­li­zou os médi­cos, enfer­mei­ros e téc­ni­cos afe­tos a fun­ções de apoio para as ambu­lân­cias, heli­cóp­te­ros e o Cen­tro de Ori­en­ta­ção de Doen­tes Urgen­tes (CODU). Tudo por­que fal­tava uma auto­ri­za­ção do Governo para os pro­fis­si­o­nais pode­rem ultra­pas­sar os limi­tes legais de tra­ba­lho suple­men­tar, já esgo­ta­dos para grande parte dos tra­ba­lha­do­res. A apro­va­ção foi dada esta quinta-feira à tarde pelo Minis­té­rio das Finan­ças.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Cai investimento de 200 milhões em estúdio de cinema em Palmela

Aquele que ia ser o primeiro estúdio de cinema ecológico da Europa já não será construído em Palmela. A Tage Studios, que em 2021 prometeu um investimento de 200 milhões e a criação de vários postos de trabalho, rescindiu o contrato de promessa de compra e venda que tinha assinado com o proprietário do terreno que iria receber este projeto.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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Ataque israelita atinge central nuclear no Irão e mata vários líderes militares

  • ECO e Lusa
  • 13 Junho 2025

Hossein Salami, o chefe da Guarda Revolucionária iraniana, é um dos mortos dos ataques israelitas contra Teerão. Ali Khamenei promete destino "amargo e doloroso" a Israel.

O exército de Israel atacou esta sexta-feira Teerão, tendo como alvo instalações nucleares e militares. A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) já confirmou que a central nuclear iraniana de Natanz foi atingida e, segundo a imprensa estatal do Irão, Hossein Salami, o chefe da Guarda Revolucionária do país, um poderoso grupo paramilitar, foi um dos mortos na sequência dos ataques israelitas.

Um responsável da segurança de Israel disse que também o chefe do Estado-Maior iraniano poderá ter sido morto na sequência da ofensiva. “É provável que o chefe do Estado-Maior iraniano [general Mohammed Bagheri] e os principais especialistas nucleares tenham sido eliminados nos ataques iniciais”, notou, num comunicado, o dirigente, que não quis ser identificado.

Chefe da Guarda Revolucionária iraniana, Hossein SalamiLusa

Segundo o exército israelita, o Irão trabalhava num plano secreto para desenvolver “todos os componentes” de uma arma nuclear. “O regime iraniano está a seguir um plano secreto de avanço tecnológico em todos os aspetos do desenvolvimento de uma arma nuclear. No âmbito deste plano, cientistas nucleares de alto nível no Irão têm estado a trabalhar em segredo para desenvolver todos os componentes necessários para uma arma nuclear”, disse, em comunicado.

Ainda de acordo com os militares israelitas, o Irão trabalhava para produzir “milhares de quilos” de urânio enriquecido, bem como compostos de enriquecimento descentralizados e fortificados “em instalações subterrâneas”, para enriquecer urânio com o objetivo de obter uma arma nuclear “num curto espaço de tempo”.

Nos últimos meses, segundo o exército, este programa acelerou significativamente. “Esta é uma prova clara de que o regime iraniano está a operar para obter uma arma nuclear. O Estado de Israel não tem outra escolha”, acrescenta-se no comunicado para justificar os ataques.

Em reação aos ataques israelitas, o líder supremo do Irão prometeu um destino “amargo e doloroso” para Israel. “Com este crime, o regime sionista preparou um destino amargo e doloroso para si, e irá certamente recebê-lo”, afirmou Ali Khamenei, numa declaração publicada na Internet.

A principal autoridade política e religiosa do Irão notou ainda que o agressor vai receber um “castigo severo”, mencionando a “natureza malvada” israelita com os ataques a áreas residenciais na capital iraniana.

Khamenei confirmou a morte de um número indeterminado de cientistas militares e nucleares no ataque e disse que os “sucessores retomarão imediatamente as suas funções”.

Ali KhameneiEPA/Iranian supreme leader office

O Presidente iraniano, por sua vez, condenou o “ataque selvagem e criminoso” de Israel e prometeu “uma resposta poderosa e legítima” de Teerão que fará com que “o inimigo se arrependa desta ação estúpida”.

“Fomos testemunhas de um ataque selvagem e criminoso do regime sionista contra Teerão e outras cidades do país durante esta noite, que custou a vida a civis inocentes, incluindo mulheres e crianças, bem como a comandantes militares e cientistas nucleares”, afirmou Masoud Pezeshkian, sem que as autoridades tenham dado, até ao momento, um balanço oficial das vítimas.

“Este ato bárbaro, que viola completamente todos os compromissos internacionais, revela a natureza criminosa do regime sionista, cuja existência se baseia na ocupação, na agressão e no assassinato de crianças”, disse Pezeshkian. Para o Presidente iraniano, estes bombardeamentos “demonstram ao mundo a verdade que o Irão defende há anos sobre a agressão e os crimes serem inerentes à natureza do regime sionista”.

Também o porta-voz das forças armadas iranianas, o general Abolfazl Shekarchi, disse que Telavive e Washington vão receber uma “sonora bofetada” pelos ataques israelitas. Shekarchi garantiu que as forças armadas iranianas “vão responder em breve com contra-ataques, se Deus quiser”.

Entretanto, o porta-voz do exército de Israel, Effie Defrin, anunciou que o Irão lançou mais de 100 drones contra território israelita e que “todos os sistemas de defesa estão a funcionar para eliminar as ameaças”. Numa breve conferência de imprensa virtual, o responsável admitiu que se avizinham “horas difíceis” face à resposta do Irão.

Segundo Defrin, 200 aviões de combate participaram no ataque lançado esta manhã contra o Irão, atingindo mais de 100 pontos no país com 330 tipos diferentes de munições. O porta-voz disse que entre os alvos estavam o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, general Mohammad Hossein Bagueri, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irão, general Hossein Salami, e o líder da base aérea de Khatam ol-Anbiya, general Gholam Ali Rashid.

A imprensa oficial iraniana já confirmou a morte tanto dos três dirigentes militares como de pelo menos seis cientistas nucleares. “Abdolhamid Minouchehr, Ahmadreza Zolfaghari, Amirhossein Feqhi, Motalleblizadeh, Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoun Abbasi são os cientistas nucleares martirizados” no ataque israelita, informou a agência de notícias Tasnim.

Pelo menos nove pessoas morreram e uma centena ficou ferida devido aos ataques, disseram agências de notícias oficiais iranianas.

Por volta das 3h30 (1h00 em Lisboa), ouviram-se fortes explosões no centro de Teerão. Pouco depois, soaram alarmes antiaéreos em todo o território de Israel, enquanto o Ministério da Defesa israelita anunciava o lançamento de um “ataque preventivo” contra o Irão e que os alarmes se destinavam a mobilizar a população israelita para o caso de um ataque de retaliação.

ONU pede a Israel e Irão “máxima contenção”. Trump vai reunir Conselho de Segurança Nacional

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, instou Israel e o Irão a “exercerem a máxima contenção” após os bombardeamentos israelitas lançados esta sexta-feira contra alvos militares e nucleares iranianos.

Num comunicado, Farhan Haq, porta-voz do líder da ONU, condenou, de um modo geral, “qualquer escalada militar no Médio Oriente”. O documento indicou que Guterres estava “particularmente preocupado” com os ataques israelitas às instalações nucleares iranianas, numa altura em que estavam marcadas negociações entre os Estados Unidos e o Irão.

Guterres recordou que os Estados-membros da ONU têm “a obrigação de agir em conformidade com a Carta da ONU e o direito internacional”. Isto depois de o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano ter dito, minutos antes, que o ataque israelita constituía uma violação do artigo 4.º da Carta da ONU.

O secretário-geral da organização apelou a Irão e Israel para que “evitem a todo o custo mergulhar num conflito mais profundo, uma situação que a região mal pode suportar”.

Já o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que Israel disse a Washington que atacar o Irão era “necessário para a sua defesa”.

Na quinta-feira, Rubio alertou o Irão para não “atingir interesses norte-americanos” em retaliação. “Não estamos envolvidos em ataques contra o Irão e a nossa principal prioridade é proteger as forças norte-americanas na região”, disse, citado num comunicado.

“Israel disse-nos que acredita que esta ação é necessária para a sua defesa”, acrescentou Rubio, sem apoiar explicitamente os ataques que descreveu como unilaterais do aliado próximo dos EUA. “O Presidente Trump e a sua Administração tomaram todas as medidas necessárias para proteger as nossas forças e mantêm-se em contacto próximo com os nossos parceiros regionais”, afirmou.

esta sexta-feira, o Presidente dos EUA, Donald Trump, vai liderar uma reunião do Conselho de Segurança Nacional.

Trump tinha garantido na quinta-feira que se mantinha totalmente comprometido com uma solução diplomática para a questão nuclear iraniana, pedindo a Israel que não atacasse o Irão. “Todo o meu Governo foi instruído para negociar com o Irão”, disse, acrescentando que estava “muito perto de um bom acordo” sobre a questão nuclear iraniana.

Israel disse-nos que acredita que esta ação é necessária para a sua defesa. O Presidente Trump e a sua Administração tomaram todas as medidas necessárias para proteger as nossas forças e mantêm-se em contacto próximo com os nossos parceiros regionais.

Marco Rubio

Secretário de Estado dos EUA

Questionado sobre conversas mantidas com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, Trump respondeu: “Não quero que intervenham, porque acho que isso arruinaria tudo”.

Uma sexta ronda de negociações entre o Irão e os Estados Unidos estava marcada para domingo em Mascate, mediada pelo Omã.

O principal democrata no Comité de Serviços Armados do Senado (câmara alta do Congresso) dos EUA criticou duramente Israel pelos ataques ao Irão, acusando-o de colocar a região e as forças americanas em perigo. “A decisão alarmante de Israel de lançar ataques aéreos contra o Irão é uma escalada imprudente que corre o risco de inflamar a violência regional”, disse o senador Jack Reed, em comunicado.

A China, por sua vez, fez um apelo aos seus cidadãos em Israel para que mantenham a calma e reforcem a vigilância, na sequência do ataque conduzido por Israel contra o Irão, ao qual o exército iraniano prometeu responder.

Num comunicado divulgado pela embaixada chinesa em Telavive, as autoridades apelaram aos seus nacionais para que “acompanhem de perto a evolução da situação, mantenham a calma, estejam extremamente vigilantes e se preparem para se proteger de diversos tipos de ataques, nomeadamente mísseis e veículos aéreos não tripulados [‘drones’]”.

A embaixada aconselhou ainda os cidadãos chineses a “evitarem sair de casa, exceto em caso de absoluta necessidade, e a manterem-se afastados de instalações militares e instituições sensíveis”.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h44)

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Investimentos milionários de plataformas como a Netflix podem triplicar o emprego no setor audiovisual, dizem os especialistas

  • Servimedia
  • 13 Junho 2025

Centros como o The Core, que faz parte da Madrid Content City, posicionam-se como um viveiro fundamental de novos talentos audiovisuais.

O setor audiovisual espanhol está em plena efervescência. Os investimentos recentemente anunciados por grandes plataformas de streaming, com especial destaque para Tres Cantos, marcam um ponto de viragem que vai para além da produção de conteúdos. De acordo com estimativas de especialistas do setor, esta aposta poderia levar a uma triplicação do emprego ligado à indústria nos próximos anos, consolidando esta cidade como um dos grandes pólos de geração de oportunidades no setor audiovisual europeu. Um ecossistema que muitos já começam a descrever como “a indústria dos biliões de dólares”.

Esta transformação implica uma mudança de paradigma que exige talentos preparados, versáteis e adaptados às novas dinâmicas de trabalho. Neste contexto, centros como The Core – parte da rede de ensino superior Planeta Formación y Universidades e parte do ecossistema Madrid Content City, o maior hub audiovisual da Europa e sede de grandes produções internacionais – desempenham um papel estratégico. A sua metodologia prática, ligada às tecnologias emergentes, forma os futuros profissionais do setor, permitindo-lhes integrar-se com agilidade em projetos como os que se desenvolvem neste ambiente. A ligação com a paixão dos alunos é uma parte essencial desta formação, onde os aspetos profissionais e técnicos andam de mãos dadas.

A procura de perfis especializados em áreas como a produção virtual, a inteligência artificial ou a criação de conteúdos digitais continua a crescer. De acordo com o relatório de empregos emergentes da DigitalES, as ofertas para criadores de conteúdo aumentaram 600% desde 2019, e as funções ligadas à IA cresceram mais de 625%. O Core integra essas tendências em sua proposta pedagógica, garantindo uma formação alinhada com as reais necessidades do mercado.

Soma-se a isso a previsão da PwC de crescimento anual de 2,6% no setor de entretenimento e mídia até 2028, com receitas superiores a 42 bilhões de euros. Neste cenário, a sinergia entre investimento, inovação e formação especializada reforça o papel de Tres Cantos como epicentro do talento audiovisual emergente e faz de escolas como The Core pilares essenciais para dar músculo profissional a esta nova era criativa.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 13 de junho

  • ECO
  • 13 Junho 2025

Ao longo desta sexta-feira, 13 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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DES2025 reúne 17.639 executivos na sua maior edição em Málaga

  • Servimedia
  • 13 Junho 2025

Durante os seus três dias executivos de 36 países ficaram a conhecer as últimas inovações digitais do mercado que estão a aumentar a competitividade e a eficiência das empresas e organizações.

O DES – Digital Enterprise Show 2025, o maior evento europeu sobre tecnologias exponenciais e IA, encerrou as suas portas na quinta-feira em Málaga. O encontro reuniu 17.639 executivos de 36 países que, durante os seus três dias, conheceram as mais recentes soluções digitais do mercado para aumentar a competitividade das empresas e das administrações públicas.

O DES – Digital Enterprise Show 2025 gerou um impacto económico de mais de 30 milhões de euros para a capital da Costa do Sol, ao mesmo tempo que se estabeleceu como um ponto de encontro global para descobrir os avanços tecnológicos e as macrotendências que marcarão os próximos anos. Prova disso foram as abordagens partilhadas pelos 612 especialistas que se reuniram no Digital Business World Congress, o maior fórum de digitalização a nível da UE que se realiza no âmbito do DES; e as 681 inovações digitais que 408 empresas expuseram.

Durante a cerimónia de encerramento, Francisco de la Torre, presidente da Câmara Municipal de Málaga, destacou o valor da colaboração público-privada para desenvolver o DES na cidade, uma vez que “fóruns como este colocam-nos no mapa e ajudam-nos a tecer alianças entre mercados como a Europa e a Ásia ou os Estados Unidos, com uma competitividade saudável em termos de tecnologia”. Antonio García, delegado territorial de Economia, Finanças, Fundos Europeus, Indústria, Energia e Minas do Governo Regional da Andaluzia em Málaga, também falou na mesma linha, agradecendo ao DES2025 pelo seu papel em “descobrir a inovação mais avançada, antecipar tendências tecnológicas e mostrar as iniciativas digitais que servirão para melhorar os setores a curto prazo”.

Por sua vez, Sagrario Molina, Delegado para o Desenvolvimento Tecnológico da Diputación Provincial de Málaga, aproveitou a ocasião para apelar a uma aposta contínua na cidade “como sede de eventos internacionais que estimulam a indústria e os momentos tecnológicos”.

O último dia do DES2025 centrou-se na digitalização das administrações públicas. Um processo não isento de desafios, mas também de prioridades, para a implantação da IA em Espanha, tendo em conta o atual contexto regulamentar europeu. Durante a sua intervenção, Aleida Alcaide, Diretora Geral de IA do Ministério da Transformação Digital e da Função Pública, abordou a forma como o projeto de lei nacional procura adaptar e aplicar o Regulamento Europeu sobre IA de forma homogénea, com foco na prevenção, transparência e apoio às empresas e cidadãos.

“Queremos gerar segurança jurídica para que a IA possa ser implementada sem medo”, disse Alcaide, insistindo que o foco deve ser a prevenção e a simplificação em vez da punição, porque “o regulamento pode parecer complexo, então nosso objetivo é acompanhar e explicar”. A este respeito, destacou o papel da Agência Espanhola de Supervisão da Inteligência Artificial (ASESIA) na antecipação de erros de aplicação e na construção de uma cultura de supervisão preventiva.

No entanto, a transformação digital das administrações públicas não pode ser medida apenas em termos tecnológicos. Foi o que afirmaram os diferentes especialistas que debateram a governação dos dados e a IA. A este respeito, Mar Fernández, CIO do CSIC, sublinhou que “a confiança dos cidadãos é fundamental; é necessário explicar que dados são utilizados e como é aplicada a IA”. Por seu lado, Carlos Alonso, Diretor da Divisão do Gabinete de Dados do Ministério da Transformação Digital, afirmou que “a qualidade não vem por acaso, mas sim da forma como a informação é recolhida e governada”, enquanto Fernando Álvarez, Subdiretor Geral da Transformação Digital do Gabinete Digital da Câmara Municipal de Madrid, defendeu que “os dados públicos pertencem à sociedade e devem ser publicados sempre que for seguro fazê-lo”.

Em termos de números, Josetxo Soria, Analista Sénior de Assuntos Governamentais e Políticas Públicas da Google, salientou que “uma adoção generalizada da IA no sector público poderia melhorar a rentabilidade em 9%, mas para isso é essencial formar um milhão de pessoas antes de 2027”. No entanto, Manuel Gutiérrez, Senior Digital Ecosystems Manager da Gaia-X, também salientou que “a economia dos dados requer um clima de confiança; não se trata de partilhar a torta, mas de tornar o bolo maior através da partilha de dados”.

No cenário atual, a computação quântica começa a entrar nos organismos públicos como uma ferramenta com grande potencial para melhorar a gestão de recursos, garantir a soberania digital e reforçar a segurança na custódia de conteúdos. Os especialistas da DES2025 assinalaram que a colaboração público-privada será fundamental para tirar partido desta ferramenta em áreas como a justiça, a cibersegurança ou o planeamento urbano. Para Andrés Gómez, Diretor de Aplicações e Projetos do Centro de Supercomputação da Galiza, “a administração deve explorar os problemas que tem e se a computação quântica pode ser a solução para problemas como a fraude ou o planeamento do tráfego”.

Do lado institucional, José Luis Bezares, subdiretor-geral de cibersegurança da Secretaria de Estado da Digitalização e Inteligência Artificial, sublinhou que “entendemos que as tecnologias quânticas e as sinergias que podem ser criadas não são apenas uma questão de futuro, mas uma oportunidade de mercado e uma inovação comercial para hoje”. Bezares detalhou que a sua organização tem uma estratégia e um fundo de 800 milhões de euros, dos quais 400 milhões são para a IA e outros 400 milhões para a tecnologia quântica, com o objetivo de impulsionar o ecossistema e os casos de utilização para as PME. No âmbito judicial, Javier Hernández, subdiretor-geral de Promoção e Inovação dos Serviços Digitais do Ministério da Justiça, defendeu que o seu organismo “deve ser um pólo de inovação para garantir a segurança dos dados” e sublinhou que “a soberania digital significa gerar riqueza no país, com infra-estruturas que beneficiem tanto o setor público como o privado”.

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Alcântara e Bairro Alto vencem edição das Marchas Populares de Lisboa de 2025

  • Lusa
  • 13 Junho 2025

Alcântara e Bairro Alto venceram ex aequo a edição deste ano do Concurso das Marchas Populares de Lisboa, que juntou este ano mais de 1.800 participantes. Confira as classificações.

Alcântara e Bairro Alto venceram ex aequo a edição deste ano do Concurso das Marchas Populares de Lisboa, anunciou esta sexta-feira a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), responsável pela organização da iniciativa.

Em terceiro lugar ficou a Marcha da Bica, vencedor da edição de 2023.

Outros 17 grupos estiveram este ano no concurso: Alfama (4.º), Madragoa (5.º), Marvila (6.º), São Vicente (7.º), Alto do Pina (8.º), Mouraria (9.º), Penha de França (10.º), Bela Flor-Campolide (11.º), Carnide (12.º), Bairro da Boavista e Castelo (13.º ex aequo), Benfica (15.º), Olivais (16.º), Beato (17.º), Graça (18.º), Lumiar (19.º) e São Domingos de Benfica (20.º).

Em 2024, Alcântara tinha sido a marcha vencedora.

Segundo a informação da EGEAC, São Vicente e Alcântara ganharam nas categorias de Melhor Coreografia e Melhor Cenografia, respetivamente. O Melhor Figurino foi também atribuído às duas marchas.

A distinção da Melhor Letra foi para Alcântara, marcha que partilhou o prémio de Melhor Musicalidade com Bairro Alto, Bica e Marvila.

Na categoria de Melhor Composição Original, a vencedora foi a Bica, com “Meia porta, porta e meia”.

O Melhor Desfile na Avenida foi para as marchas do Bairro Alto, Bica e Madragoa.

O grupo macaense Street Dance, com a Dança da Lanterna do Peixe Dourado, abriu a edição de 2025 do desfile na Avenida da Liberdade.

Seguiram-se a Marcha Infantil das Escolas de Lisboa e as três marchas extraconcurso: “A Voz do Operário”, Mercados e Santa Casa.

A Alma de Lisboa foi o tema central da edição deste ano da Grande Marcha de Lisboa, com letra e música de Gimba, interpretado por todos os grupos participantes (além das músicas próprias).

O evento juntou este ano mais de 1.800 participantes.

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Segunda-feira é o último dia para receber os dividendos da Telefónica

  • Servimedia
  • 13 Junho 2025

A empresa pagará 0,15 euros em dinheiro por ação e a segunda-feira, 16 de junho, será o último dia em que as ações serão negociadas com direito a receber o pagamento.

A Telefónica pagará a segunda tranche do seu dividendo de 2024 no dia 19 de junho.

Assim, a partir de 17 de junho, as ações serão negociadas sem direito a receber o cupão. As ações da operadora atingem a data de pagamento de dividendos em máximos do verão de 2022, acima dos 4,6 euros por ação. A preços atuais, o dividendo a pagar pela telco em 19 de junho oferece um rendimento de cerca de 3,2%.

Este ano, a empresa presidida por Marc Murtra acumula uma revalorização bolsista de 17,5%, quatro pontos acima da média de 13,5% alcançada pelos seus pares europeus no mesmo período.

Para além da subida da bolsa, os acionistas da Telefónica continuarão também a beneficiar da atratividade do seu dividendo. A empresa confirmou em maio o dividendo de 2025, que ascenderá a 0,30 euros por ação. O dividend yield da Telefónica passa assim para 6,4%. O dividendo de 2025 será pago em duas parcelas de 0,15 euros por ação, em dezembro de 2025 e junho de 2026.

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