Nuria Enguita: “No mundo em que vivemos, a colaboração é a base”

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  • 22 Janeiro 2025

Nuria Enguita, diretora artística do CCB, reflete sobre a nova programação do centro cultural, que explora intimidade e dinâmicas urbanas, e destaca os desafios e parcerias no cenário cultural atual.

Nuria Enguita, Diretora Artística do MAC/CCB, partilha a visão por detrás da nova programação do centro cultural, que inclui exposições como Intimidades em fuga e Homo Urbanus. Além disso, abordou os desafios de equilibrar relevância local e internacional, o papel das instituições culturais na inclusão social e na educação artística, e as colaborações necessárias para o futuro das artes em Portugal.

Imaginamos que desenhar a programação cultural de uma instituição como o MAC/CCB para um ano seja uma tarefa desafiante, mesmo para alguém com a sua experiência. Como é que funciona este processo?

É de facto uma tarefa que mistura experiência com imaginação e que, no meu caso, tem em conta as caraterísticas de cada museu ou instituição. No caso dos museus com coleções, parece-me fundamental estudar o espólio para estabelecer um diálogo com as coleções, mas também com a história do museu e com o contexto geográfico, bem como tentar investigar novas formas de pensar as artes, oferecendo artistas mais contemporâneos e talvez mais desconhecidos.

A nova programação do MAC/CCB, com exposições como Intimidades em fuga e Homo Urbanus, aborda questões sobre intimidade e a relação entre pessoas e espaços urbanos. Qual foi a visão por detrás destas escolhas?

Homo Urbanus é uma exposição que fala sobre os usos humanos da arquitetura e dos ambientes construídos, neste caso as cidades — como nos apropriamos delas, do seu espaço público. No caso de Intimidades, a exposição mergulha nas coleções do MAC/CCB para estabelecer narrativas latentes. O trabalho de Nan Goldin foi o detonador desta ideia pela relação que estabelece com a forma como os artistas trabalham com estas noções de intimidade enquanto instrumento para contar a vida, para mostrar questões que têm que ver com o que cada um de nós é, nos termos da nossa sensualidade, sexualidade, memórias, espaços e tempos partilhados.

Em Homo Urbanus, a cidade é vista como um ecossistema. Como espera que esta exposição dialogue com o público lisboeta e com as dinâmicas urbanas locais?

É disso que se trata: pode dizer-se que as cidades são iguais e diferentes, que as dinâmicas são muito diversas, e são esses usos que marcam as formas de relacionamento de acordo com as diferentes maneiras de nos deslocarmos, de nos divertirmos, de viver, pensar ou sonhar. Bêka e Lemoine estão inclusivamente a rodar um filme sobre Lisboa, com estreia marcada para o dia 5 de março no MAC/CCB. Fiquem atentos!

Há alguma exposição ou iniciativa que gostasse de destacar?

A exposição de Fred Sandback, que também fala do espaço que partilhamos, da sua estrutura. É uma bela exposição que nos mostra a quase materialidade do espaço, do vazio. As crianças compreendem perfeitamente a exposição, e também os adolescentes — é muito interessante ver o comportamento das pessoas no museu, como se relacionam com a obra.

As parcerias com instituições como a RTP, a Cinemateca Portuguesa e o Instituto Francês de Portugal mostram um esforço de colaboração. Este espírito de colaboração entre instituições fortalece o impacto das iniciativas culturais? Seria desejável que apostássemos mais no trabalho conjunto?

As parcerias são sempre fundamentais. No mundo em que vivemos, a colaboração é a base: não podemos trabalhar sozinhos. A interdependência é absolutamente necessária e multiplica a eficácia. As nossas instituições devem trabalhar em conjunto para aumentar o seu alcance.

"Tenho muito respeito por todas as práticas artísticas, mas estou interessada naquelas que refletem sobre o mundo através da arte”

Nuria Enguita, Diretora Artística do MAC/CCB

A sua abordagem parece focar-se menos na celebração individual e mais em processos coletivos e narrativas sociais. Porquê?

Tenho muito respeito por todas as práticas artísticas, mas estou interessada naquelas que refletem sobre o mundo através da arte. O artista brilhante e egocêntrico, herdeiro da imagem romântica, é muito problemático atualmente. Não tem nada que ver com categorias artísticas ou com trabalho social — há artistas que trabalham sozinhos nos seus estudos, mas cujas obras dialogam com o presente, o passado e o futuro do humano e mais-do-que-humano.

O MAC/CCB ocupa um papel central na promoção da arte contemporânea em Portugal. Quais são os desafios de equilibrar relevância local e apelo internacional?

Para mim, os contextos são importantes. Não é que seja localista, mas é sempre necessário trabalhar em ondas expansivas. Lisboa, neste caso, funciona como um nodo em diálogo com outros, distantes e próximos. O ecossistema é global, mas a sustentabilidade também implica trabalhar no contexto da escala local — sempre em independência e com um âmbito global, no entanto.

Nuria Enguita, Diretora Artística do MAC/CCBAna Inácio

Num cenário de crescente digitalização e mudanças nos hábitos culturais, como é que o MAC/CCB adapta a sua programação para atrair um público diverso?

Estamos a trabalhar em diferentes abordagens, com o objetivo de atrair mais público: jovens, de diferentes classes sociais, e especialmente os mais desfavorecidos, os que pensam que o museu não é para eles, mas também pessoas com diversidade funcional, pessoas idosas — e sempre atentando no nosso público mais fiel. O Serviço de Educação e Mediação do MAC é muito ativo e conta com pessoal muito profissional. Temos de estar conscientes de que uma grande parte das artes visuais, plásticas, performativas, etc., tem de ser presencial. As tecnologias devem ajudar a criar o desejo e encorajar a vivência com estas manifestações, sem deixar de respeitar as suas especificidades.

Que papel tem o MAC/CCB na construção de pontes entre diferentes disciplinas artísticas, como a arquitetura, o cinema e a literatura?

Está no seu ADN. A ideia de um «chão comum», de uma «construção coletiva», etc., que são os nossos lemas, tem que ver com esta intersecção entre disciplinas muitas vezes distanciadas por uma ansiedade classificatória. Dada, o grande movimento de vanguarda, incluía artes visuais, design, performance, teatro, música e cinema. E estávamos nos anos vinte do século XX!

A programação cultural em Portugal enfrenta, muitas vezes, limitações orçamentais. Que soluções vê como viáveis para assegurar maior apoio público e privado às artes?

Uma maior consciência por parte dos nossos governos de que a cultura é necessária para a sociedade, e de que o sector público é importante para manter a igualdade de oportunidades. A colaboração privada é essencial, e Portugal tem uma tradição invejável de mecenato, pelo que intensificar estas relações é também um desafio que enfrentamos.

A recente dissolução da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Coleção Berardo abriu novos desafios e oportunidades para a programação cultural. Como é que essa mudança afeta o MAC/CCB?

Não trabalhei na Fundação de Arte Moderna e Contemporânea — Coleção Berardo, pelo que não posso comentar as diferenças, mas o MAC/CCB, como um dos museus mais importantes de Portugal, tem um enorme desafio. Sendo uma fundação pública, tem também oportunidades de maior abrangência em termos de programação, considerando também as quatro coleções que alberga atualmente e com as quais trabalho: a própria Coleção Berardo, a CACE, a Coleção Ellipse e a Coleção Teixeira de Freitas.

"Sem cair no localismo, o museu deve preservar a diversidade do contexto e alargar o seu raio de ação.”

Nuria Enguita, Diretora Artística do MAC/CCB

Qual é a sua visão sobre o papel das instituições culturais em Portugal para lá das exposições, nomeadamente em termos de educação artística e inclusão social?

Ainda não conheço muito em pormenor os programas educativos, mas creio que Portugal também foi pioneiro na implementação da mudança de paradigma em torno da ideia do museu como centro educativo, como local de encontro, como criador de discurso público, como arena política. Os departamentos de mediação são muito importantes, o que revela um compromisso encorajador.

Num mundo globalizado, como é que as instituições culturais podem preservar e promover as especificidades locais, enquanto evitam um certo apagamento cultural?

Como já referi, os contextos locais são fundamentais. Sem cair no localismo, o museu deve preservar a diversidade do contexto e alargar o seu raio de ação. É fundamental para um museu trabalhar com artistas, públicos e comunidades locais, e planear uma programação específica, sempre em diálogo com outras instituições fora de Portugal.

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“Vidas que vale a pena viver” com Nuno Ascensão e Eduardo Garcia e Costa – Parte I

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  • 22 Janeiro 2025

Nuno Ascensão e Eduardo Garcia e Costa são os convidados do oitavo episódio do videocast “Leadership Bites”. Os fundadores da Keller Williams Portugal partilham a sua visão de liderança.

Os fundadores da Keller Williams Portugal são os convidados do episódio número oito de “Leadership Bites” – videocast sobre liderança, pessoas, empresas, empreendedorismo e inovação. Intitulado “Vidas que vale a pena viver”, este episódio divide-se em dois. É o oitavo de “Leadership Bites”, projeto produzido pela Keller Williams para assinalar a primeira década no nosso país. Emitido semanalmente, aborda os mais variados temas com um objetivo claro: descobrir e partilhar, através de testemunhos de alguns thought leaders nacionais, fórmulas e caminhos para o sucesso, em diferentes áreas da vida. No ar às quartas-feiras, conta com a condução de Marco Tairum, CEO da Keller Williams Portugal.

Fundadores da Keller Williams Portugal, marca que trouxeram para o nosso país há 10 anos, Nuno Ascensão e Eduardo Garcia e Costa contam com uma vasta experiência no setor empresarial. Reconhecidos pela visão estratégica e pela capacidade de implementação, combinam competências em liderança e formação na gestão de uma estrutura que valoriza a colaboração e o desenvolvimento pessoal e profissional da equipa. Neste episódio, falam sobre a sua visão de liderança e da sua aplicação ao modelo e à cultura da empresa que lideram.

Nuno Ascensão e Eduardo Garcia e Costa, fundadores da Keller Williams Portugal, são os convidados do oitavo episódio do videocast “Leadership Bites”

Para os fundadores da Keller Williams Portugal, quem tem a oportunidade de fazer diferente e de acrescentar valor às pessoas e ao ecossistema em que está inserido, deve assumir essa responsabilidade. O seu modelo de liderança passar por colocar as pessoas no centro de tudo o que fazem. Com um modelo de negócio inteiramente focado no desenvolvimento pessoal e profissional, promovem, há já 10 anos, uma cultura de crescimento mútuo onde todos ganham, independentemente das hierarquias. Os consultores têm voz ativa nas tomadas de decisão, garantindo que as suas perspetivas são valorizadas e integradas na estratégia global da empresa.

Mais do que formar profissionais de sucesso, pretendem criar líderes que façam a diferença nas suas carreiras, nas suas vidas e nas suas comunidades. Neste episódio, falam do projeto Leadership Academy, desenvolvido para capacitar novos líderes quem enfrentem os desafios do futuro – afinal, a cultura da companhia incentiva o espírito de equipa e apela à sucessão de liderança, promovendo um ambiente onde o crescimento individual e coletivo são a chave para o sucesso.

Assista à primeira parte deste episódio especial aqui:

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Portugal e Espanha podem liderar fornecimento de energia mais rentável da Europa

Discussão promovida em Davos pela Mckinsey e empresas ibéricas, onde se inclui a EDP, identificou cinco ações-chave para capitalizar as oportunidades ibéricas na área da transição energética.

Portugal e Espanha estão numa posição privilegiada para tirar partido da transição energética na Europa e para se tornarem o fornecedor de energia mais rentável da Europa, conclui uma iniciativa promovida pela Mckinsey, que reuniu responsáveis do setor e líderes de empresas, como a EDP, num evento em Davos.

“Portugal e Espanha estão numa posição única para tirar partido da sua energia verde competitiva (20-25% mais económica do que a da Europa Central) para aumentar a competitividade da região e escalar indústrias de elevado valor, contribuindo simultaneamente para os objetivos europeus”, refere a Iniciativa Ibérica de Indústria e Transição Energética (IETI em inglês) – um esforço intersetorial destinado a acelerar a transição energética em Portugal e Espanha, liderado pela McKinsey & Company e por vários líderes da indústria.

O índice lançado pela consultora no passado mês de novembro antecipa um cenário em que o PIB da Península Ibérica pode aumentar até 15% e criar cerca de um milhão de empregos (300.000 em Portugal e 700.000 em Espanha), 20% dos quais altamente qualificados, aumentando, na região, as receitas do Estado em 5-10% e o total das exportações nacionais até 20%, caso os dois países consigam aproveitar as oportunidades colocadas na reindustrialização verde em curso.

Estas conclusões foram debatidas no âmbito da reunião anual do Fórum Económico Mundial (FEM), em Davos, promovida pela IETI e cujas propostas específicas foram apresentadas numa sessão de trabalho com Teresa Ribera, vice-presidente executiva da Comissão Europeia para uma Transição Limpa, Justa e Competitiva, presidentes e CEO de vários membros da IETI como BBVA, EDP, Iberdrola, Moeve, Naturgy, Repsol e Santander, assim como sócios seniores da McKinsey.

Espanha e Portugal têm uma oportunidade extraordinária de liderar a transição energética e a competitividade da Europa, tirando partido dos seus recursos naturais abundantes, metas ambiciosas para as energias renováveis e soluções energéticas inovadoras”, disse Miguel Stilwell d’Andrade, CEO da EDP, citado em comunicado.

O gestor realçou, no entanto, que “desbloquear todo o potencial deste ‘hub verde’ exigirá a simplificação dos processos de licenciamento, maiores investimentos na rede elétrica e estabilidade regulatória tanto a nível nacional como europeu. Ao abordar estas barreiras e ao agir de forma decisiva agora, podemos atrair indústrias estratégicas, impulsionar o crescimento económico e garantir um futuro sustentável para a Península Ibérica e para a Europa como um todo.”

O grupo de trabalho realçou a posição de liderança em que Portugal e Espanha estão para se tornarem o fornecedor de energia mais rentável da Europa, argumentando que “a região poderia impulsionar a expansão continental de fontes de energia renováveis competitivas, como a energia solar, a energia eólica e as baterias“.

Os dois países podem ainda reforçar a produção de biocombustíveis e de combustíveis à base de hidrogénio verde e outros combustíveis renováveis de origem não biológica (RFNBOs, sigla em inglês) para se tornarem líderes europeus, tirando partido do eficiente sistema de refinação na Península Ibérica (quartil superior na Europa), da sua localização estratégica e das infraestruturas existentes (terceira maior capacidade de refinação).

“Aproveitar a oportunidade para produzir hidrogénio verde rentável, que é 10-20% mais económico do que instalações equivalentes na Europa Central, ajudaria a Europa a atingir os objetivos de produção interna”, conclui a iniciativa.

Por outro lado, “Portugal e Espanha poderiam aproveitar os seus recursos naturais, infraestruturas e talentos para apoiar centros de dados eficientes do ponto de vista energético, tornando a região uma localização atrativa para as empresas tecnológicas que pretendem dispor de infraestruturas digitais com baixo teor de carbono”.

A região pode também apoiar a transição para os veículos elétricos (VE) com um fornecimento sustentável de baterias, promovendo cadeias de valor locais e salvaguardando fontes de valor a montante. Além disso, Portugal e Espanha podem acelerar a produção de combustíveis sustentáveis para todos os meios de transporte, utilizando matérias-primas renováveis e criando cadeias de valor locais, mantendo simultaneamente a relevância industrial e o emprego, conclui a iniciativa promovida pela McKinsey.

A IETI identificou cinco ações-chave para capitalizar estas oportunidades, impulsionando a competitividade de Espanha e Portugal e apoiando os objetivos europeus:

  • Implementar sistemas de incentivos eficazes para colmatar a diferença de competitividade de custos entre as soluções ecológicas e as alternativas baseadas em combustíveis fósseis;
  • Fornecer quadros regulatórios eficazes e estáveis para garantir a previsibilidade e a solidez dos projetos, incluindo a implementação de mecanismos de remuneração por capacidade e a formalização de processos para pedidos de ligação à rede;
  • Reduzir os encargos administrativos e encurtar os processos de licenciamento para minimizar os longos períodos de licenciamento, tais como a transposição rápida para o licenciamento de Fim do Estatuto de Resíduo (FER);
  • Desenvolver casos de projetos sólidos para garantir esquemas de financiamento robustos e estáveis;
  • Implementar urgentemente e de forma eficiente a expansão da rede, e melhorar o planeamento a longo prazo para garantir uma adoção coordenada entre os projetos e o aumento da eletrificação.

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S&P Global reconhece a gestão ética, social e ambiental do Grupo Prosegur

  • Servimedia
  • 22 Janeiro 2025

Melhora a sua classificação ESG e coloca-a acima da média global do seu setor.

A Prosegur e a Prosegur Cash, a sua unidade de negócio especializada no transporte e gestão de valores, obtiveram uma melhoria nas respetivas classificações na gestão de fatores ambientais, sociais e de governo corporativo (ESG), de acordo com os resultados da versão 2024 da “S&P Global Corporate Sustainability Assessment (CSA)”.

Especificamente, a Prosegur Cash alcançou uma classificação ESG total de 51 (em 100) (em 14/01/2025), enquanto a Prosegur Compañía de Seguridad, a empresa-mãe do Grupo, tem uma classificação de 44 (em 100) (em 27/12/2024), o que representa uma melhoria de oito e quatro pontos, respetivamente, em relação à classificação do ano anterior.

De igual modo, ambas as empresas superaram a média global da indústria do seu setor, Serviços e Fornecimentos Comerciais, nas três dimensões da avaliação CSA: Ambiental, que analisa a política e a gestão ambiental e a estratégia climática; Social, que inclui a gestão do capital humano, as práticas laborais, os direitos humanos e a saúde e segurança no trabalho; e Governance & Economic, que avalia a ética empresarial, a gestão do risco e a gestão da cadeia de fornecimento.

Especificamente, a Prosegur obteve uma Pontuação ESG de 47 pontos na categoria Ambiental (em comparação com a média do setor de 33), uma Pontuação ESG de 50 na categoria Social (em comparação com 27 pontos para o setor) e um total de 35 pontos (em comparação com 32 pontos para o setor) na categoria Governação e Economia.

Por seu lado, a Prosegur Cash obteve um ESG Score de 57 pontos na categoria Ambiental (em comparação com a média do setor de 33), um ESG Score de 57 na categoria Social (em comparação com 27 pontos para a indústria) e em Governação e Economia um total de 42 (em comparação com 32 pontos para a média).

A empresa indicou que estas pontuações são um reflexo do compromisso do Grupo Prosegur com os critérios ESG estabelecidos nos seus Planos Diretores de Sustentabilidade, destacando fatores como a transição energética e a ação climática, a gestão da equipa humana e a conduta exemplar.

Antonio Rubio, Secretário-Geral e Secretário do Conselho de Administração da Prosegur, indicou que “as classificações obtidas nesta avaliação demonstram o compromisso da Prosegur com o cumprimento da regulamentação, a boa governação, a criação de emprego de qualidade e a redução do impacto ambiental. Além disso, demonstram também a coincidência das nossas operações com os objetivos estratégicos dos investidores, permitindo-nos estar alinhados e atrair capital através de práticas responsáveis e sustentáveis”.

Entre as 107 empresas avaliadas no setor “Serviços e fornecimentos comerciais”, tanto a Prosegur como a Prosegur Cash obtiveram classificações acima da média do setor, que se situa em 31 (em 100) em janeiro de 2025. Ambas as empresas estão no quintil superior da avaliação neste setor.

A pontuação ESG da S&P Global, calculada a partir da CSA, mede o desempenho de uma empresa e a sua gestão dos riscos, oportunidades e impactos ESG relevantes, com base numa combinação de divulgações da empresa, análise dos meios de comunicação social e das partes interessadas, modelação do desempenho e envolvimento aprofundado da empresa através da CSA.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 22 de janeiro

  • ECO
  • 22 Janeiro 2025

Ao longo desta quarta-feira, 22 de janeiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Salários dos trabalhadores da distribuição alimentar com aumento médio de 5%

Associação dos distribuidores de produtos alimentares e sindicato dos trabalhadores do setor dos serviços chegaram a acordo para revisão da tabela salarial. Aumento médio será de 5%.

Os trabalhadores do setor da distribuição alimentar vão ver os seus salários aumentar, em média, 5% este ano, face ao praticado em 2024. Essa atualização está prevista na revisão da tabela salarial negociada entre a Associação dos distribuidores de produtos alimentares (ADIPA) e o Sindicato dos trabalhadores do setor dos serviços (SITESE).

“A ADIPA e o SITESE chegaram a acordo quanto à revisão da tabela salarial e demais cláusulas de expressão pecuniária dos Contratos Coletivos de Trabalho para os setores do comércio e distribuição alimentar grossista e retalhista“, foi anunciado numa nota enviada às redações.

Além do aumento médio de 5% dos ordenados face a 2024, ficou estabelecido que o vencimento base de entrada na carreira profissional continuará acima do salário mínimo nacional, que subiu este mês dos 820 euros praticados em 2024 para 870 euros, conforme ficou acordado na Concertação Social.

No caso do setor da distribuição alimentar, o “salário mínimo” sobe para 875 euros, explicou a ADIPA ao ECO.

“A ADIPA continua empenhada no diálogo social estabelecido com as respetivas organizações sindicais, na procura das melhores soluções que garantam as condições retributivas adequadas aos colaboradores e que não ponham em causa a sustentabilidade das empresas de um setor maioritariamente constituído por micros, pequenas e médias empresas, independentes”, acrescenta a mesma associação que representa os empregadores.

Convém notar que as convenções coletivas em questão abrangem cerca de 300 empresas e mais de 12 mil trabalhadores.

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Tribunais preparam “carta de ética” para uso de inteligência artificial

Os Tribunais Administrativos e Fiscais (TAF) vão ter um grupo de trabalho vai preparar uma carta de ética que irá regular o uso de inteligência artificial (IA) nos mesmos.

Os Tribunais Administrativos e Fiscais (TAF) vão ter um grupo de trabalho que vai preparar uma carta de ética para regular o uso de inteligência artificial (IA) nos mesmos.

Segundo o que o ECO/Advocatus apurou, esperam-se os primeiros resultados em fevereiro de 2025, que vão permitir o Conselho Superior destes tribunais aprovar a nova Carta Ética ou de Conduta.

Apesar dos riscos de trabalhar com plataformas de IA, o CSTAF considera que “se trata de um apoio à melhoria da produtividade dos tribunais da jurisdição administrativa e fiscal”.

Inteligencia artificial

Pretende-se que, com o uso da IA no trabalho judicial, “o trabalho se torne mais célere e eficiente; as tarefas repetitivas diminuem ou são eliminadas e tarefas como a verificação de documentos e a pesquisa são otimizados”, segundo garantiu fonte do CSTAF à Advocatus.

O órgão encarregue da gestão e disciplina dos juízes da jurisdição administrativa e fiscal lembra que já existem instrumentos a nível internacional, criados no âmbito do Conselho da Europa e da União Europeia de regulação jurídica, ética e técnica como a Convenção-Quadro sobre Inteligência Artificial de 2024, juridicamente vinculativa e ainda aberta a assinaturas, e o Regulamento da Inteligência Artificial, que entrou em vigor a 1 de agosto de 2024.

Recorde-se ainda a Carta Europeia de Ética sobre o Uso da IA em Sistemas Judiciais que o Conselho da Europa já tinha adotado em 2018 princípios direcionados em especial à atividade dos tribunais.

Relação terá recorrido a IA para escrever acórdão

O anúncio da criação desta Carta Ética surge pouco depois de ter sido tornado público o alegado uso de IA para redigir um acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa.

Em novembro, um acórdão dos desembargadores Alfredo Costa, Hermengarda do Valle-Frias e Margarida Ramos de Almeida no processo que envolveu a antiga deputada do PSD Helena Lopes da Costa e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa terá alegadamente recorrido a ferramentas de inteligência artificial, citando legislação e jurisprudência inexistentes.

Rui Patrício e Catarina Martins Morão, advogados de Helena Lopes da Costa, contestaram junto do coletivo de desembargadores a validade do acórdão, num requerimento, em que pediram que fosse declarado inexistente.

Na altura, Guilhermina Freitas, à data presidente da Relação, garantiu que lhe foi transmitido pelo juiz desembargador relator, Alfredo Costa, “que a argumentação do recurso à inteligência artificial é completamente descabida”.

A 4 de dezembro, o Conselho Superior da Magistratura (CSM) deliberou ser “intempestiva a intervenção do Conselho” relativa à queixa de 12 advogados sobre o alegado uso de inteligência artificial no acórdão, mas considerou urgente uma reforma legislativa sobre a matéria.

Em comunicado divulgado a 11 de dezembro, os advogados de defesa no processo que envolve a antiga deputada do PSD Helena Lopes da Costa e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa contestaram a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) relativa às reclamações apresentadas por vários arguidos a propósito de um acórdão que alegam ter sido proferido com recurso a inteligência artificial. “Entendemos que a decisão tomada pelos senhores desembargadores acerca das reclamações não esclarece nenhuma das dúvidas e perplexidades acerca do acórdão”, defendem os advogados, que já tinham também apresentado queixa junto do Conselho Superior da Magistratura (CSM).

Os advogados defendem que “o que está em causa transcende em muito o processo concreto, suscitando reflexão séria sobre a forma como o sucedido (e a reação ao mesmo) põe em causa o Estado de Direito, a dignidade e a credibilidade das instituições e a confiança na Justiça, bem como os direitos fundamentais dos cidadãos”.

Argumentam que a decisão do tribunal superior sobre as reclamações não só não esclarece “dúvidas e perplexidades”, como “agrava-as bastante” e suscita novas, “pois não só não explica os erros e falhas, gritantes e evidentes, do acórdão, como — até com falsidade — lhes adiciona outros”.

“Nada se alterou com esta decisão, pelo contrário, tudo se agravou, uma vez que o que antes quisemos admitir ser uma possibilidade afigura-se agora, pelo menos, uma forte e fundada suspeita. (…) Porém, o que terá acontecido não pode ficar sem investigação, e sem a censura, disciplinar ou até outra, que possa caber ao que melhor e mais profundamente se apurar”, defendem os advogados, entre os quais se encontram Rui Patrício, Paulo Sá e Cunha ou Tiago Rodrigues Bastos.

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Asempleo alerta para o “enraizamento” do desemprego juvenil em Espanha

  • Servimedia
  • 22 Janeiro 2025

A taxa de desemprego juvenil atinge os 26,9%, a segunda mais elevada da Europa, apenas atrás da Suécia.

Asempleo, a associação patronal das Empresas de Trabalho Temporário (ETT) e das Agências de Emprego em Espanha, alertou na quarta-feira para o “enraizamento” do desemprego entre os menores de 25 anos como um problema estrutural que reduz a competitividade e as oportunidades da economia.

No seu último estudo monográfico “Radiografia do desemprego juvenil em Espanha”, a associação salienta que o país se encontra no último lugar da União Europeia, com 26,9% de desemprego juvenil, apenas atrás da Suécia (28%).

A associação empresarial destaca questões-chave e questiona como é que um mercado de trabalho próximo do pleno emprego deixa quase 30% da força de trabalho com menos de 25 anos desempregada e com poucas oportunidades de acesso, especialmente num cenário de envelhecimento da força de trabalho e em que é essencial uma maior participação dos jovens na formação da estrutura laboral do país.

“É crítico que, com a geração de jovens mais bem preparada, com um crescimento médio do emprego jovem de 8,4% em 2024, nos encontremos com um conjunto de desempregados de 25 anos que está a aumentar o seu peso no total de desempregados. Passaram de representar 14% no primeiro trimestre de 2022, quando atingiu um mínimo histórico, para subir para 19% no terceiro trimestre deste ano. Este último número é fundamental, porque não o víamos desde 2009, quando estávamos imersos na crise”, afirmou o presidente da Asempleo, Andreu Cruañas.

A análise indica que, em média para o ano (média dos três primeiros trimestres), a diferença percentual entre 2024 e 2023 é de quase um ponto, o que, retirando o efeito sazonal, mostra também um enraizamento do desemprego do lado do grupo etário com menos de 25 anos. Isto traduz-se em 523 500 jovens que querem e podem trabalhar, mas não conseguem encontrar um emprego.

“Neste sentido, o emprego temporário deve ser entendido como um meio e não como um fim. O nosso objetivo é facilitar a transição dos jovens do desemprego para um emprego estável. É por isso que mais de 32% das pessoas colocadas à disposição dos ETT acabam por ser contratadas pelas empresas utilizadoras”, afirma Cruañas.

Mais de 55,6% dos jovens estão à procura do primeiro emprego ou estão no último emprego há mais de um ano devido a uma combinação de fatores que dificultam a procura de emprego. A entidade salientou que a realidade do mercado de trabalho espanhol continua a revelar um desajustamento preocupante: “enquanto as taxas de desemprego dos jovens continuam a ser das mais elevadas da Europa, quase 150 000 vagas em sectores-chave para o crescimento económico continuam por preencher. Este fenómeno não só reflete uma desconexão estrutural entre a oferta e a procura de talentos, como também evidencia a falta de medidas eficazes para incentivar a transição dos jovens para o emprego e o desenvolvimento profissional”.

Asempleo, e em consonância com a análise de organizações internacionais como a OIT, que no seu relatório “Tendências Globais de Emprego para os Jovens 2024” destaca a Espanha por não abordar seriamente este problema, sublinha que a política laboral seguida em Espanha carece de respostas ambiciosas para enfrentar estes desafios. Em vez de políticas ativas e ágeis que promovam a formação, incentivem a contratação e adaptem as necessidades das empresas às competências das novas gerações, “assistimos a uma perigosa normalização deste problema. A ausência de incentivos efetivos, tanto para as empresas como para os próprios jovens, perpetua um círculo vicioso de precariedade, falta de oportunidades e desconfiança no sistema”, sublinha a organização empresarial.

E acrescenta que “não podemos deixar-nos cair no conformismo ou na autossatisfação. A Espanha tem potencial para liderar uma transformação do emprego juvenil que inspire e promova o desenvolvimento profissional dos seus jovens, mas isso requer uma mudança de abordagem: promover parcerias público-privadas que promovam a formação dual, reforçar as políticas de intermediação laboral e garantir um quadro sólido de apoio às empresas que apostam no talento jovem”.

Perante esta situação, “desde o setor privado e, especialmente, desde as empresas de Recursos Humanos (ETT, Agências de Emprego, etc.) não só estamos comprometidos em servir de plataforma de emprego juvenil, como também servimos de ponte entre as necessidades do mercado e estas pessoas que procuram a sua primeira oportunidade de trabalho”, destaca Cruañas.

Um compromisso que, na sua opinião, deve ser acompanhado de uma bateria de políticas ativas de emprego para ajudar uma população (com menos de 25 anos) que enfrenta “uma clara dissociação entre formação e oportunidades de emprego”. “Embora o ensino superior esteja a aumentar neste grupo, são as profissões com menos requisitos de formação que estão a crescer neste grupo, como se pode ver na análise, que destaca o peso deste segmento populacional na hotelaria e restauração (20,1%) e no comércio por grosso e a retalho (17%)”, conclui.

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Preço do lítio pressionado em 2025. China e Trump ditam excesso de oferta

O abrandamento económico na China e a produção acentuada de lítio, assim como o travão de Trump nos incentivos verdes, estão a pressionar os preços do lítio, que devem manter-se ou até descer em 2025.

Os preços do lítio chegam a 2025 com uma tendência negativa, depois de uma quebra de mais de 20% em 2024, que afastou os preços do pico de 2022. O excesso de oferta atual e a redução na procura faz com que a evolução dos preços deste metal ao longo do presente ano não seja promissora, assinalam os analistas contactados pelo ECO/Capital Verde, embora possa verificar-se um futuro mais risonho a longo prazo.

Espera-se um ano de consolidação de preços, sem aumentos significativos, ou até mesmo com uma pequena descida, devido ao excesso de oferta e à desaceleração da procura”, prevê o representante de contas da ActivTrades, Henrique Valente.

Apesar do abrandamento nas vendas de veículos elétricos na China nos últimos dois anos, as mineiras de lítio continuam a operar, evitando fechar instalações para preservar a sua quota de mercado e manter relações estratégicas com governos e fabricantes de baterias, justificando a queda de preços em 2024, observa Paulo Rosa, economista sénior do Banco Carregosa. “Essa manutenção da produção excessiva mantém a oferta elevada, pressionando os preços eventualmente em 2025“, conclui.

Assistiu-se a uma desvalorização do lítio superior a 20% em 2024, relata o Banco Carregosa, que deteta uma “forte volatilidade no preço do carbonato de lítio” nos últimos anos. “Tem sido visível um claro excesso de oferta que conduziu os preços a uma queda superior a 80% desde os máximos de 2022“, acrescenta Henrique Tomé, analista na XTB.

Em 2022, o preço do lítio ultrapassou os 70.000 dólares por tonelada, disparando a par da procura de veículos elétricos e dos avanços no armazenamento de energia, mas caiu mais de 80% nos dois anos seguintes, para cerca de 10.000 dólares.

O caso do lítio ilustra o clássico ciclo das matérias-primas, explica Henrique Valente. Uma mudança estrutural, neste caso a orientação para a aposta em veículos elétricos, provoca uma subida acentuada nos preços de uma matéria-prima. Este aumento atrai novos investimentos, mas há um desfasamento entre os sinais de preço, que são imediatos, e a expansão da oferta, que depende da construção de infraestruturas, estudos de impacto ambiental e processos de licenciamento.

“Durante este intervalo, o desequilíbrio entre a oferta e a procura contribui para a escalada de preços. Quando a nova oferta chega ao mercado, ocorre uma correção seguida de uma desalavancagem generalizada do setor”, conclui o analista da ActivTrades.

China, Trump e outros pesos pesados ‘esmagam’ o lítio

“O lítio continuará a ser considerado o ‘ouro branco’ da transição energética”, assume Henrique Valente, olhando à escassez de alternativas viáveis. No entanto, os analistas apontam vários fatores que afetam, negativamente, os preços deste metal precioso.

O excesso de oferta de lítio proveniente da China é apontado pela ActivTrades como uma das principais pressões sobre o preço da matéria-prima. Prevê-se uma acumulação de inventários até 2027, aponta Valente. Mas também têm existido desenvolvimentos relevantes fora do gigante asiático. Paulo Rosa assinala que, no Chile, está prevista uma duplicação da produção de lítio na próxima década. Em paralelo, a brasileira Rio Tinto ampliou a sua presença no mercado, ao adquirir a Arcadium Lithium, nos Estados Unidos, por 6,7 mil milhões de dólares. Além disso, investiu mais de 2,5 mil milhões de dólares para expandir a capacidade do projeto Rincon, localizado na Argentina.

Por outro lado, “a aceleração da procura, impulsionada pela transição energética, não será tão imediata como inicialmente antecipada“, escreve a ActivTrades, assinalando a desaceleração na adoção de veículos elétricos “em mercados chave”.

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump prometeu reduzir os incentivos à produção e adoção de veículos elétricos. Já a desaceleração do crescimento económico na China prejudica a venda de elétricos neste país, aponta o Banco Carregosa. Trump tem ainda adotado uma postura cética em relação às energias renováveis, o que prejudica o lítio na medida em que o armazenamento também é aplicável ao sistema elétrico, relembra a XTB.

“Se esta abordagem se materializar durante a sua governação, teria um impacto negativo nos investimentos no setor a curto prazo, retardando o seu desenvolvimento”, prevê a ActivTrades. O esperado reforço do investimento na exploração de combustíveis fósseis também poderá levar a uma desvalorização maior do lítio, acrescenta Henrique Tomé.

A par destas dificuldades, o Banco Carregosa destaca eventuais avanços na tecnologia das baterias, que podem aumentar a eficiência e levar a uma redução do uso de lítio, moderando o crescimento da procura. Novas alternativas, como baterias de íons de sódio, ou “baterias de sal”, podem também fazer sombra ao ouro branco.

Contudo, nem tudo são pressões negativas. A refrear o excesso de procura podem vir a estar questões ambientais, geopolíticas e atrasos em projetos de mineração, acrescenta Paulo Rosa. “A longo prazo, a procura pelo lítio deverá continuar a crescer, movida pela crescente necessidade de baterias e pela transição para a eletrificação“, perspetiva ainda a ActivTrades. Este aumento também deve ser reforçado pelas metas de redução de emissões de carbono, pelo papel ativo dos governos na subsidiação e promoção das energias renováveis.

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Da gastronomia à natureza, os trunfos que os municípios levam à Fitur

De Norte a Sul do país, municípios acenam aos visitantes da Fitur, em Madrid, com os melhores ativos turísticos das regiões para alavancar a economia local.

Colocar o território no mapa do turismo internacional, acenando com o que de melhor existe em cada uma das regiões para captar cada vez mais visitantes, de modo a alavancar a economia local. É este um dos grandes objetivos que leva cada vez mais municípios portugueses a participar, a partir desta quarta-feira, na Feira Internacional de Turismo (Fitur) de Madrid.

Cada concelho usa os melhores trunfos que tem, como as únicas e memoráveis experiências que pode proporcionar, para estar sob os holofotes daquela que é considerada a maior feira de turismo da Península Ibérica e uma das mais importantes da Europa. E algumas das autarquias até juntam sinergias, “numa parceria inédita”, para apresentar uma estratégia conjunta, como acontece com as quatro comunidades intermunicipais (CIM) da região Centro do país – Leiria, Coimbra, Beiras e Serra da Estrela, e Viseu Dão Lafões.

Parque Natural da Serra da EstrelaTurismo Centro de Portugal

Juntos, conseguimos apresentar uma proposta turística integrada que destaca as singularidades de cada território, consolidando a nossa posição como um destino de referência no mercado ibérico”, começa por assinalar Fernando Ruas, presidente da CIM Viseu Dão Lafões.

Até 26 de janeiro, as quatro CIM avançam com uma estratégia comum na 45.ª edição da Fitur “com o objetivo de reforçar a notoriedade do território enquanto destino turístico diferenciador”, nota, por sua vez, Emílio Torrão, presidente da CIM Região de Coimbra. E os municípios têm razões de sobra para o fazer. Até porque, “este tipo de iniciativas reforça o posicionamento internacional da região e o seu atrativo no competitivo mercado turístico global”, justifica Gonçalo Lopes, na liderança da comunidade da Região de Leiria.

Juntos, conseguimos apresentar uma proposta turística integrada que destaca as singularidades de cada território, consolidando a nossa posição como um destino de referência no mercado ibérico.

Fernando Ruas

Presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões

Igualmente Luís Tadeu, responsável pela CIM da Região Beiras e Serra da Estrela, considera tratar-se de “uma oportunidade ímpar para destacar o papel [destas regiões] no mapa turístico ibérico europeu e reforçar a visibilidade dos territórios conhecidos pela sua tradição cultural e histórica, gastronomia, natureza e aventura e saúde e bem-estar”.

Num espaço comum, as quatro comunidades vão dar a conhecer os diversos ativos turísticos, como o enoturismo e as experiências de referência do território. Tempo ainda para conquistar os turistas pelo paladar com momentos para degustação de queijos e vinhos dos quatro territórios, bem à semelhança do que outras regiões do país vão fazer nesta 45.ª edição da Fitur.

Serra do Larouco, Montalegre, distrito de Vila Real, 14 de outubro de 2017. PEDRO SARMENTO COSTA / LUSAPEDRO SARMENTO COSTA / LUSA

Também a Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT), uma estreia neste certame, visa posicionar-se como um destino de excelência para experiências de gastronomia, enoturismo e natureza.

“Além de promover os nossos ativos, geramos impactos positivos na economia local, estimulando o crescimento do turismo e do comércio regional”, afirma Ramiro Gonçalves, primeiro secretário da CIMAT. Esta comunidade integra os municípios de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar.

Queremos mostrar ao mundo que o Oeste é muito mais do que um destino, é uma experiência autêntica que combina tradição, inovação e hospitalidade.

Pedro Folgado

Presidente da Comunidade Internacional do Oeste (OesteCIM)

Desde a Feira de Sabores e o Festival Gastronómico (Chaves), passando pelo icónico Vinho dos Mortos e o Boticas Parque (Boticas) até à apresentação da Festa de São Brás e as Carranhosas – considerados ícones da identidade cultural local de Ribeira de Pena –, e os fumeiros de Montalegre, muitos são os ativos que esta região mostra neste certame.

Além de dar a conhecer os produtos turísticos e conquistar visibilidade internacional, as autarquias pretendem ainda “fortalecer a rede de contactos e parcerias com operadores turísticos e investidores”, detalha Ramiro Gonçalves.

NazaréCâmara Municipal da Nazaré

Depois de, na edição de 2023, ter contabilizado a visita de 250.000 pessoas no seu stand, a OesteCIM volta a pisar território madrileno para acenar com os produtos, as paisagens, as praias e a gastronomia para captar mais visitantes e investimento no território.

Queremos mostrar ao mundo que o Oeste é muito mais do que um destino, é uma experiência autêntica que combina tradição, inovação e hospitalidade”, frisa o presidente da OesteCIM, Pedro Folgado. Esta comunidade representa os concelhos de Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.

Mais a Norte, Gondomar vai a Madrid, pelas mãos do Turismo de Portugal, reafirmar a filigrana, classificada no inventário nacional como património cultural imaterial e um ícone deste território. Em destaque estará a Rota da Filigrana com a mestria das artesãs do ofício desta técnica secular.

Em 2024, a Fitur registou 153 mil profissionais e 97 mil visitantes do público em geral.

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Sucesso dos media em 2025 depende de “apoio governamental contínuo”, alerta APImprensa 

APImprensa e Plataforma de Media Privados antecipam os principais desafios para 2025.

Cláudia Maia, presidente da APImprensa.

A Associação Portuguesa de Imprensa (APImprensa) espera “consolidar avanços na digitalização e inovação do setor” em 2025, mas realça que o sucesso “depende de apoio governamental contínuo e políticas que promovam a sustentabilidade”. Sem a “intervenção adequada”, Cláudia Maia, presidente da APImprensa, antecipa que “a escassez de publicações poderá agravar-se, particularmente em regiões onde a informação local já é insuficiente”.

Segundo a responsável, a sustentabilidade financeira do setor continua em risco devido à queda nas receitas publicitárias e ao aumento dos custos de produção, pelo que a APImprensa tem promovido junto do poder político “um conjunto de medidas de apoio ao setor”.

E o atual Governo também “já deu sinais de que pretende apoiar a imprensa”, refere, nomeadamente com o Plano de Ação para a Comunicação Social, que “responde a muitas das propostas que têm vindo a ser feitas pela associação”, como o aumento do porte pago, os apoios à modernização tecnológica ou a publicitação dos fundos europeus e das deliberações autárquicas na imprensa local e regional.

Estes apoios são essenciais para enfrentar o que a associação considera um contexto económico desfavorável, que ameaça a viabilidade de muitos editores e a qualidade da informação disponível para os cidadãos. No fundo, são essenciais para garantir que a imprensa continua a desempenhar um papel vital na democracia portuguesa“, diz Cláudia Maia que alerta, no entanto, que “falta concretizar estes incentivos“.

Luís Nazaré, diretor executivo da Plataforma de Media Privados (PMP).

Também Luís Nazaré, diretor executivo da Plataforma de Media Privados (PMP) — que antecipa um 2025 “árduo”, face às “transformações tecnológicas e socioeconómicas, bem como às lacunas na defesa dos princípios da liberdade e do funcionamento justo do mercado” –, considera que “a implementação efetiva das medidas do Plano de Ação para a Comunicação Social, em todos os seus eixos, poderá mitigar o quadro adverso do atual contexto“.

Para este ano e para os anos seguintes, o responsável antevê ainda uma “mistura” de desafios e oportunidades. Ao nível das “ameaças, cada vez mais intensas”, aponta o “poder abusivo” das plataformas digitais, a “pirataria impune” e as falhas do sistema de regulação.

Já a APImprensa acredita que o setor dos media enfrenta desafios significativos em 2025, nomeadamente ao nível da evolução tecnológica e, em particular, com a inteligência artificial (IA). É nesse sentido que a associação destaca a “urgência de modernizar e adaptar o setor, uma vez que mais de um terço das publicações ainda não têm uma presença digital robusta“.

“Para se manterem competitivos e relevantes, os meios têm de investir em inovação tecnológica e fortalecer a sua presença digital, de forma a captar a atenção de públicos mais jovens e diversificados. A IA apresenta oportunidades para automatizar certas tarefas editoriais, como a curadoria de conteúdos e a personalização de notícias, ainda que coloque também desafios em termos de verificação de factos e combate à desinformação, que se intensifica com as tecnologias de IA generativa“, entende Cláudia Maia.

Neste sentido, além de continuar a trabalhar com o Governo na “discussão de medidas que ajudem a fortalecer a imprensa nacional”, a APImprensa vai trabalhar este ano na “expansão de parcerias com empresas tecnológicas que sirvam as necessidades dos editores e a formação digital dos seus membros, para aproveitarem melhor as ferramentas de IA e as tendências emergentes no consumo de informação”.

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BCE, turismo e economia: a tríade do terceiro dia em Davos

Christine Lagarde é a figura de destaque esta quarta-feira na estância suíça. O ministro da Economia, Pedro Reis, termina a sua série de encontros bilaterais no Fórum Económico Mundial, na Suíça.

A intervenção da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, é a mais esperada no terceiro dia do Fórum Económico Mundial em Davos, que decorre uma semana antes da próxima reunião do Conselho de governadores do BCE, onde analistas antecipam o primeiro corte de juros do ano. Apesar de ser a figura principal do certame, é presença habitual nos Alpes suíços.

Desta vez, Christine Lagarde vai dividir o palco, às 15h15 (hora de Lisboa), com o CEO da L’Oréal, o empresário francês Nicolas Hieronimus, a CEO da gigante da ciência e tecnologia alemã Merck, Belen Garijo, e o vice-chanceler da Alemanha, Robert Habeck, para debater o que é necessário para que os líderes estejam à altura dos desafios demográficos e de produtividade na União Europeia, na sequência de relatos de “vulnerabilidades” e agonia lenta”, como caracterizou o relatório Draghi sobre a competitividade europeia.

O discurso de Christine Lagarde ocorre pouco depois de o economista austríaco Robert Holzmann, governador do banco central da Áustria, ter dito na segunda-feira, em entrevista ao Político, que “cortar as taxas de juros quando a inflação sobe mais rápido do que o previsto, mesmo que temporariamente, corre o risco de prejudicar a credibilidade” da instituição com sede em Frankfurt. Mais: alertou que os riscos de nova escalada de preços estão a crescer e a decisão de cortar os juros, na próxima reunião de política monetária, ainda não é certa. O conselho de governadores do BCE reúne-se nos dias 29 e 30 de janeiro.

o ministro da Economia, Pedro Reis, termina hoje a sua série de encontros bilaterais na Suíça, que arrancaram ontem com uma agenda repleta de reuniões com outros governantes de países como Angola e Arábia Saudita. A comitiva política portuguesa é ainda composta pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e a ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, que falou esta terça-feira.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz, que recentemente fez correr tinta por querer limitar a compra de casa por investidores não europeus, é outro dos políticos que sobressai na agenda do fórum esta quarta-feira, assim como a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

O programa prevê ainda outros tópicos de relevo para a economia mundial, entre os quais o turismo no panorama de negócios, tendo por base o cenário económico emergente que se espera para 2025. Para tal, o leque de oradores também é premium: uma managing director da consultora Bain & Company, Karen Harris, o economista-chefe da AXA Investment, Gilles Moëc, e o economista-chefe do Banco Bradesco, o brasileiro Fernando Honorato Barbosa. Na vertente do desenvolvimento turístico, a presidente executiva da Trip.com, Jane Sun, o comissário europeu Apostolos Tzitzikostas, o primeiro-ministro da Albânia e o ministro do Turismo da Arábia Saudita, Ahmad Alkhateeb, com quem Pedro Reis tem reunião marcada.

Energia dá gás ao segundo dia de trabalhos

Horas após Donald Trump tomar posse como 47º presidente dos EUA, começavam os trabalhos na estância de esqui mais famosa do mundo esta semana — e o tema Casa Branca não foi ignorado pelas personalidades que estiveram em Davos, nomeadamente a ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho.

Em linha com o objetivo de Donald Trump de que os outros países aumentem as importações de petróleo e gás natural norte-americanos, o Governo português mostrou-se disponível e interessado em comprar mais Gás Natural Liquefeito (GNL) aos EUA e também à Nigéria para reduzir (ainda mais) os negócios de energia com a Rússia.
“Já somos bastante independentes do gás russo. Em 2021, tivemos 15% de importações deste gás e no ano passado passámos a importar 5%. Esperamos diminuir ainda mais essa percentagem, importando sobretudo gás da Nigéria e dos EUA”, antecipou ontem Maria Graça Carvalho, no debate em Davos.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, faz uma curta intervenção após visitar uma pedreira de mármore no âmbito de uma visita ao concelho de Vila Viçosa, 13 setembro 2025. NUNO VEIGA/LUSANUNO VEIGA/LUSA

A presidente da Comissão Europeia abordou o mesmo assunto e garantiu que existe interesse em negociar, embora “as regras do jogo” estejam “a mudar”. “Nenhuma outra economia está tão integrada como estamos. De todos os ativos americanos no estrangeiro, dois terços estão na Europa e os EUA fornecem 50% do nosso GNL. As empresas europeias contratam cerca de 3,5 milhões de americanos, e outros milhões de empregos dependem do comércio com Europa”, argumentou Ursula von der Leyen.

O CEO da EDP, que também se deslocou a Davos no dia seguinte à tomada de posse de Donald Trump, garantiu que continua a ver os EUA como um grande mercado para a empresa portuguesa, até porque a maior economia do mundo precisa “de toda a oferta [de energia] que for possível”. Em entrevista ao canal CNBC, Miguel Stilwell de Andrade previu inclusive o crescimento, dada a necessidade de fontes de energia para alimentar os centros de dados e desenvolvimento de sistemas de IA.

EDP apresenta rebranding da marca - 02JUN22

A 55ª edição do Fórum Económico Mundial, que decorre entre os dias 20 e 24 de janeiro, está subordinada ao tema “Collaboration for the Intelligent Age” (“Colaboração para a Era da Inteligência”) e deverá receber cerca de três mil líderes mundiais de 130 países, entre os quais 60 chefes de governo e 900 CEO ou presidentes de empresas. A CEO da Sonae, Cláudia Azevedo, vai discursar na quinta-feira às 12h15 (hora de Lisboa) sobre como se pode garantir um acesso mais equitativo aos benefícios da inteligência artificial a nível global.

Para receber todas estas individualidades, a segurança está reforçada em Davos desde o Natal através de cerca de cinco mil membros das Forças Armadas suíças que estão destacados para evitar e responder às ameaças de violência ou terrorismo. Desta vez, o contexto meteorológico é menos severo, comparativamente ao ano passado, quando as mínimas eram de -16ºC. Até sexta-feira, esperam-se temperaturas mínimas de – 6ºC e máximas de 7ºC.

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