Mariana Mortágua defende que nenhum partido de esquerda pode viabilizar OE

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

“O país conseguirá ter mais horizontes e sonhar com um futuro melhor quando for capaz de sair da chantagem da armadilha do mal menor”, disse a líder bloquista.

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, afirmou esta quinta-feira nenhum partido de esquerda “pode ou deve ponderar viabilizar” um Orçamento do Estado (OE) que pretende “privatizar a saúde” e “entregar o que resta da habitação ao mercado”.

“Penso que nenhum partido à esquerda pode ou deve ponderar viabilizar um instrumento de política que na verdade põe em prática um plano que vai destruir o SNS e privatizar a saúde, que vai entregar o que resta da habitação ao mercado, um plano que não diz nada sobre salários e como combater as desigualdades”, afirmou a coordenadora do BE.

Em declarações aos jornalistas numa visita à Feira do Livro do Porto, Mariana Mortágua defendeu que a visão do PSD e da direita para o país não pode ser acompanhada pela esquerda, defendendo que o papel do BE “é o de denunciar esse caminho e apresentar uma alternativa”.

“O país conseguirá ter mais horizontes e sonhar com um futuro melhor quando for capaz de sair da chantagem da armadilha do mal menor”, referiu, notando que “um país que se governa pelo medo, pela chantagem e pelo mal menor está condenado a ser um país pequenino”.

Questionado sobre o referendo à imigração proposto pelo Chega, Mortágua defendeu que o líder do Chega, André Ventura, assistiu aos tumultos na Inglaterra, na sequência do ataque que matou duas crianças, e “resolveu falar de imigração em Portugal a ver se trazia para nós a mesma violência”.

É a mesma cobardia da extrema-direita em todo o lado e é preciso dizer com todas as palavras: são políticos frouxos”, afirmou. E acrescentou, “são políticos frouxos que atacam os mais frágeis, que atacam quem não se pode defender, mas que depois vão defender os donos dos negócios que exploram estes imigrantes e se forem clandestinos melhor porque lhes pagam pior”.

Durante a visita à 11.ª edição da Feira do Livro do Porto, a coordenadora do BE foi interpelada por várias pessoas, entre as quais duas recém-estudantes universitárias que partilharam a dificuldade em conseguir alojamento. Aos jornalistas, Mariana Mortágua defendeu posteriormente a necessidade de o Governo negociar com as unidades hoteleiras alojamento para acolher os estudantes universitários.

Já há protocolos efetuados com unidades hoteleiras, o que estamos a propor é que de forma urgente o Governo faça um levantamento de todas as necessidades para que nem um estudante fique sem casa, deixe de ter onde viver, empobreça ou tenha de viver num buraco, e que depois se socorra do setor hoteleiro em excesso que celebre protocolos e mobilize essas habitações”, propôs.

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Marques Mendes diz estar “mais próximo do que nunca” de tomar decisão sobre candidatura presidencial

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

O comentador televisivo escusou-se, no entanto, a dizer se está ou não mais próximo de ser candidato a Belém ou a comentar "potenciais candidatos".

O ex-líder do PSD Marques Mendes afirmou esta quinta-feira que está “mais próximo do que nunca” de tomar uma decisão sobre uma eventual candidatura presidencial, prometendo falar “daqui a uns” meses, seja para avançar ou não.

O comentador televisivo falava aos jornalistas à entrada para a Universidade de Verão do PSD, onde esta quinta-feira será o orador convidado do jantar-conferência desta iniciativa de formação política de jovens que decorre em Castelo de Vide (Portalegre) até domingo.

Mendes escusou-se a dizer se está ou não mais próximo de ser candidato a Belém ou a comentar “potenciais candidatos”, dizendo que se mantém tudo o que afirmou há um ano, quando, em declarações à SIC, admitiu essa possibilidade, em certas condições.

Se eu um dia achar que com uma candidatura à Presidência da República posso ser útil ao país – é isso que conta –, se vir que tem alguma utilidade para o país uma candidatura minha e um mínimo de condições para se concretizar, sou franco, tomarei essa decisão”, afirmou, então.

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Montenegro critica “agitação” do PS e pede “calma” nas negociações para o OE2025

O primeiro-ministro afirma que o Governo vai cumprir com o que estava "combinado" e retomar as reuniões em "setembro", de modo a poder integrar "o mais possível a visão de todos os partidos".

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, criticou esta quinta-feira a “agitação” do PS nas negociações para o Orçamento do Estado para 2025 e pediu “calma”. “Fico admirado de haver tanta agitação à volta dessa matéria e desse assunto. É preciso ter calma e cumprir com o que está combinado, que, em setembro, iríamos ter novos encontros para irmos mais longe nessas negociações”, esclareceu.

O também presidente do PSD lembrou que o Governo “ainda em julho teve a ocasião de chamar todos os partidos com representação parlamentar para poder haver uma partilha de opinião que possa conduzir a que o OE integre o mais possível a visão de todos os partidos. E o que ficou combinado foi desenvolvermos esse trabalho em setembro”, frisou.

Ainda em relação à “agitação” no PS, Montenegro indicou que, no domingo, no encerramento da Universidade de Verão do PSD, não deixará “de dar algumas repostas às análises superficiais” que tem ouvido nos últimos dias.

Questionado se o Governo vai ceder às exigências do PS e conceder margem orçamental para acomodar medidas socialistas, Montenegro disse apenas que o Governo está interessado “em governar para as pessoas e não a responder a dirigentes partidários”.

“Estamos empenhados numa situação financeira estabilizada e contas públicas equilibradas, mas não estamos interessados em castigar o povo. Vamos continuar esse caminho, quando baixamos os impostos sobre os rendimentos, quando queremos que as empresas tenham mais meios para investir e pagar melhores salários”, defendeu.

Foi, por isso, que o Executivo avançou com “o acordo com os professores, com as forças de segurança, com os oficiais de justiça, com o incremento dos incentivos nas Forças Armadas”, detalhou. “Estamos a querer dotar os serviços essenciais para que os cidadãos possam ser melhor servidos. Vamos continuar a trabalhar para as pessoas com os meios que temos, não temos uma filosofia de cobrar impostos a mais e de travar investimentos à custa das pessoas”, acrescentou.

(Notícia atualizada às 19h34)

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Lucros do Haitong Bank sobem 12,4% no primeiro semestre

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

O produto bancário e os custos operacionais, no montante de 35 milhões de euros e 28,9 milhões, respetivamente, “mantiveram-se estáveis face ao desempenho operacional" de 2023.

O Haitong Bank registou, nos primeiros seis meses deste ano, lucros de 5,1 milhões de euros, um aumento homólogo de 12,4%, adiantou a instituição, num relatório publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “O Banco encerrou o primeiro semestre de 2024 com um resultado líquido de 5,1 milhões de euros, um aumento homólogo de 12,4%, impulsionado por uma melhoria contínua do balanço em simultâneo com uma política de crédito rigorosa”, lê-se no documento.

A entidade revelou que, no mesmo período, o produto bancário e os custos operacionais, no montante de 35 milhões de euros e 28,9 milhões de euros, respetivamente, “mantiveram-se estáveis face ao desempenho operacional no primeiro semestre de 2023”. No que respeita ao produto bancário, indicou, “as comissões líquidas registaram um crescimento homólogo de 38%, para 12,3 milhões de euros”, sendo que a sucursal de Macau “tem desempenhado um papel crucial na emissão de obrigações por parte de empresas chinesas, gerando receitas significativas para o Haitong Bank”.

Já a margem financeira líquida, de 19,6 milhões de euros, “aumentou 19% face ao primeiro semestre de 2023, beneficiando do ambiente de taxas de juro elevadas, de uma estratégia dinâmica de captação de funding“, e do sucesso de algumas áreas de negócio.

Já face no que diz respeito aos custos operacionais, o banco disse que “possui uma base de custos estável, resultante do esforço levado a cabo nos últimos anos, nomeadamente em termos do controlo rigoroso das despesas operacionais, não obstante a elevada inflação”, destacando que no primeiro semestre “não se registaram alterações significativas, mas apenas um ligeiro aumento dos custos com pessoal”, compensado por reduções em outras áreas.

No mesmo relatório, o banco disse que, em relação ao seu balanço, “manteve a trajetória de crescimento consistente dos últimos anos, tendo aumentado cerca de 4,7% no acumulado do ano, para 3,7 mil milhões de euros” o que permitiu dispor de “recursos para expandir a sua carteira de crédito”.

No final do primeiro semestre, a carteira de crédito (bruta de provisões) da instituição “ascendia a 715 milhões de euros, o que representa um aumento de aproximadamente 19 milhões de euros face a dezembro de 2023”, destacou, sendo que o rácio de crédito não produtivo (NPL) era de 1,1%. O Haitong Bank tinha, no fim de junho deste ano, 337 colaboradores, uma queda de 5,3% em relação a dezembro.

O banco antecipa que as perspetivas para a segunda metade do ano sejam positivas, “uma vez que se espera que várias operações que receberam aprovação interna de crédito no primeiro semestre venham a ser concluídas durante o segundo semestre de 2024, permitindo atingir os objetivos de negócio”.

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Portugal vai doar vacinas contra a mpox a países africanos

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

"Portugal tem atualmente um stock de vacinas contra o vírus mpox e está na disposição de ceder entre 10% a 15% deste stock de vacinas", indica o gabinete tutelado por Ana Paula Martins.

Portugal vai doar a países africanos vacinas contra a mpox, anunciou esta quinta-feira o Ministério da Saúde, depois de França, Alemanha e Espanha terem comunicado o mesmo compromisso esta semana.

Em comunicado, o Ministério da Saúde salienta que as vacinas vão ser doadas a “países africanos, que têm registado um aumento expressivo de casos desta doença já declarada pela Organização Mundial de Saúde como ‘emergência de saúde pública global'”.

“Portugal tem atualmente um stock de vacinas contra o vírus mpox e está na disposição de ceder entre 10% a 15% deste stock de vacinas”, indica o gabinete tutelado por Ana Paula Martins.

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Porsches, Ferrari, Bentley ou Maserati. Justiça leiloa automóveis de luxo

Gabinete de Administração de Bens colocou à venda, através de leilão eletrónico, vários automóveis, avaliados no montante total de mais de 750 mil euros.

Porsches, Ferrari, Bentley e Maserati. Se é amante de carros de luxo pode ter uma oportunidade de comprar um a preços mais convidativos. O Gabinete de Administração de Bens colocou em venda, através de leilão eletrónico, vários automóveis, avaliados no montante total de mais de 750 mil euros, de acordo com comunicado do Instituto de Gestão Financeira e de Equipamentos da Justiça (IGFEJ), divulgado esta quinta-feira.

A leilão estão um Porsche 911 GT3 RS, avaliado em mais de 235 mil euros, um Ferrari FF 151, avaliado em mais de 197 mil euros, um Bentley Continental GTC V8 (cabriolet), avaliado em mais de 160 mil euros, um Porsche Cayenne S 4.2 V8, avaliado em mais de 79 mil euros, e ainda dois veículos da marca Maserati Granturismo S 4.7 V8, avaliados em mais de 70 mil euros.

O leilão eletrónico decorre na plataforma E-leilões, terminando os prazos de licitação de alguns anúncios no final do mês de setembro e outros no início de outubro. Entre os bens à venda inclui-se ainda um iate, avaliada em 100 mil euros, vários lotes de peças em ouro e prata e outros metais, bem como diversos outros veículos.

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Sporting e Benfica já conhecem adversários na “nova” Liga dos Campeões

Sporting e Benfica com tubarões do futebol europeu pela frente na época de estreia do novo formato da Liga dos Campeões, com mais partidas e mais milhões em jogo.

Sporting e Benfica já conhecem os adversários na Liga dos Campeões 2024/25, competição entretanto reformulada pela UEFA e que entra em ação em setembro já com nova configuração.

O sorteio realizado esta quinta-feira no Mónaco ditou que o campeão nacional Sporting vai defrontar o Manchester City (casa), RB Leipzig (fora), Club Brugge (fora), Arsenal (casa), Lille FC (casa), PSV Eindhoven (fora), Bolonha FC (casa) e Sturm Graz (fora).

No caminho do Benfica vão estar o Bayern Munique (fora), Barcelona (casa), Atlético Madrid (casa), Juventus (fora), Feyenoord (casa), Estrela Vermelha (fora), Bolonha FC (casa) e As Monaco (fora).

A prova milionária estreia esta época um novo formato de competição, que já vem sendo discutido e negociado ao longo dos últimos anos. A ameaça da criação de uma Superliga, torneio idealizado por alguns dos clubes mais ricos da Europa, terá acelerado a renovação da Liga dos Campeões.

O que muda na “nova” Liga dos Campeões?

O novo formato da Liga dos Campeões vai trazer mais equipas para a competição e, consequentemente, mais jogos. As 32 equipas tornam-se agora 36, numa prova que abandona o clássico formato da fase de grupos e é substituída por uma liga englobando todos os clubes. Cada clube vai defrontar oito adversários diferentes, com quatro jogos em casa e quatro fora, ditados por sorteio. Cada vitória vale três pontos. Um empate vale um ponto.

Assim, cada clube passa a jogar oito jogos em vez dos seis do antigo formato da competição, o que faz com que as jornadas comecem mais cedo (entre 17 e 19 de setembro) e se prolonguem até 29 de janeiro, dia de uma última jornada nunca antes vista que contará com 18 jogos em simultâneo.

Concluídas as oito jornadas, as contas são simples, ficando ainda por apurar quais os critérios de desempate em caso de igualdade pontual.

  • Os oito primeiros classificados garantem acesso direto aos oitavos de final.
  • Os clubes que terminarem entre a 9ª e a 24ª posição vão ter de jogar um play-off a duas mãos (já alinhado previamente mediante sorteio) para poder continuar em prova.
  • Os clubes classificados entre a 25ª e 36ª posição saem das competições europeias, não havendo repescagem para a Liga Europa, ao contrário do que acontecia anteriormente com os terceiros classificados da fase de grupos no antigo formato.

Daqui para frente a competição retoma os moldes habituais, entrando nas fases a eliminar com oitavos, quartos e meias-finais até ao derradeiro jogo, a final agendada para 31 de maio de 2025 na Allianz Arena, em Munique.

Mais competição, mais milhões

O prémio de participação na Liga dos Campeões aumentou. Cada clube vai receber esta época 18,62 milhões de euros (no antigo formato eram 15,64 milhões de euros) ao qual se soma o chamado “pilar valor” (ainda por apurar) que é calculado mediante o valor de transmissão televisiva de cada clube com o respetivo ranking na UEFA.

Cada vitória na fase da liga passa agora a valer 2,1 milhões de euros e um empate 0,7 milhões de euros, valores ligeiramente abaixo dos do formato anterior mas que são compensados com a atribuição de um novo prémio, mediante a classificação final de cada clube na liga, que varia entre 0,275 e 9,9 milhões de euros.

Nas fases a eliminar, os prémios de apuramento também foram revistos, permitindo um encaixe financeiro ainda maior.

O apuramento para os oitavos de final vale agora 11 milhões de euros (em vez de 9,6 milhões de euros). Os quartos-de-final valem 12,5 milhões de euros (em vez de 10,6 milhões de euros). As meias-finais passam a valer 15 milhões de euros (em vez de 12,5 milhões de euros). O apuramento para a final passa de 15,5 para 18,5 milhões de euros.

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OMS anuncia pausas humanitárias em Gaza para vacinação

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

As "pausas humanitárias" durarão três dias em diferentes zonas do território devastado pela guerra. A campanha de vacinação terá início no domingo, no centro de Gaza.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou esta quinta-feira pausas limitadas nos combates em Gaza para permitir a vacinação contra a poliomielite a centenas de milhares de crianças, após confirmado o caso de um bebé infetado.

Descritas como “pausas humanitárias” que durarão três dias em diferentes zonas do território devastado pela guerra, a campanha de vacinação terá início no domingo, no centro de Gaza, anunciou Rik Peeperkorn, representante da OMS nos territórios palestinianos.

De acordo com esta agência das Nações Unidas, seguir-se-á outra pausa de três dias no sul de Gaza e depois uma outra no norte de Gaza, de forma a terminar o processo de vacinação.

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Disputa jurídica em obra do Metro Mondego adia indefinidamente início da operação

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

Um dos concorrentes pôs em causa a adjudicação daquela empreitada, estando o processo a decorrer, com efeitos suspensivos.

Um contencioso na adjudicação da empreitada relacionada com as guardas de segurança adiou o arranque da operação suburbana do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), por enquanto sem data definida, afirmou esta quinta-feira a Metro Mondego. Em nota de imprensa, a Metro Mondego, que previa anteriormente que a operação suburbana, entre Serpins (Lousã) e a Portagem (Coimbra), pudesse começar no final de 2024, afirmou que “não é possível indicar a data de início da operação comercial do sistema com passageiros”.

Em causa está um contencioso que corre no Tribunal Administrativo e Fiscal, “que impede o início da empreitada de fornecimento e instalação das guardas de segurança no troço Serpins – Alto de São João”, afirmou a Metro Mondego, na nota de imprensa enviada à agência Lusa. “Estes dispositivos de segurança são uma peça fundamental para a operação regular do SMM, sem os quais o sistema não poderá ser certificado, a bem da segurança do sistema e dos seus passageiros”, acrescentou.

Questionada pela agência Lusa, fonte do gabinete de comunicação da Metro Mondego explicou que um dos concorrentes pôs em causa a adjudicação daquela empreitada, estando o processo a decorrer, com efeitos suspensivos (o processo de adjudicação da obra não pode avançar enquanto não houver uma decisão final do tribunal). “Ao dia de hoje, não podemos apontar uma data”, acrescentou.

A empreitada diz respeito ao concurso lançado pela Infraestruturas de Portugal em julho de 2023, com um preço base de seis milhões de euros, subdividida em dois troços no antigo ramal ferroviário da Lousã (entre Miranda do Corvo e Serpins e outro entre Miranda do Corvo e Alto de São João), num total de cerca de 30 quilómetros de extensão.

Caso haja resolução judicial a breve prazo e posterior emissão célere de um visto do Tribunal de Contas, dificilmente a empreitada poderá estar pronta antes do final do primeiro trimestre de 2025, já que conta com um prazo de execução de 180 dias (seis meses). Para além do contencioso, a conceção e construção dos sistemas técnicos (telemática, posto de comando central e manutenção) é também assumida pela Metro Mondego como “uma das partes sensíveis”, mas que não depende de terceiros, ao contrário da empreitada das guardas de segurança, aclarou fonte da empresa que irá assegurar a operação do SMM.

Apesar dos problemas registados, a operação experimental do SMM entre Serpins e Portagem vai começar em janeiro de 2025, avançou a Metro Mondego, na nota de imprensa. Neste momento, as obras a cargo da Infraestruturas de Portugal naquele troço suburbano registam “97% de execução”, destacou.

No início de 2025, “estará igualmente operacional o parque de material e oficinas e disponíveis os veículos”, referiu. “A Metro Mondego já iniciou o processo de recrutamento de motoristas e reguladores de tráfego por forma a estar em condições de operar o sistema. Encontram-se igualmente em preparação diversos procedimentos de contratação pública indispensáveis à operação (fornecimento de energia, manutenção e conservação das infraestruturas e limpeza dos veículos)”, salientou.

O SMM irá servir Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, com autocarros elétricos em via dedicada, dispondo de uma operação suburbana (entre os três concelhos) e uma operação urbana na cidade de Coimbra.

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Países Baixos autorizam forças ucranianas a usar F-16 contra Rússia

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

"A Ucrânia tem de agir de forma diferente do que fez no passado", disse o ministro da Defesa. "Se a Ucrânia for atacada pela Rússia, a Ucrânia também pode atacar alvos militares", acrescentou.

Os Países Baixos autorizaram a Ucrânia a utilizar os caças norte-americanos F-16 cedidos pelo seu país para atacar o território russo, desde que Kiev “cumpra as leis da guerra” e tenha as infraestruturas civis como principal “linha vermelha”.

“As leis da guerra dizem que, se a Ucrânia for atacada pela Rússia, a Ucrânia também pode atacar alvos militares [em território russo]”, disse o ministro da Defesa, Ruben Brekelmans, em declarações à emissora pública NOS. Brekelmans esclareceu que os ataques ucranianos em solo russo não devem atingir instalações civis, embora tenha salientado que os aeroportos de onde os aviões de combate descolam e os mísseis que são disparados para atacar a Ucrânia “são alvos legítimos”.

O comandante das Forças Armadas neerlandesas, Onno Eichelsheim, afirmou à mesma emissora que Haia não impôs “qualquer restrição ao uso e alcance” das aeronaves F-16. “A Ucrânia tem de agir de forma diferente do que fez no passado”, argumentou. A antiga ministra da Defesa Kajsa Ollongren já tinha indicado em junho passado, numa entrevista ao Politico, que o Governo neerlandês não impediria as forças ucranianas de utilizarem estes aviões de combate contra posições militares russas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, apelou esta quinta aos Estados-membros da União Europeia para que tomem decisões que permitam ataques de Kiev contra “objetivos militares legítimos” em território russo. O debate ganhou força nos últimos dias como resultado dos bombardeamentos em grande escala na Ucrânia, a par da ofensiva ucraniana contra a província russa de Kursk, onde Kiev já reivindica o controlo de mais de cem localidades e quase 1.300 quilómetros quadrados de território.

O alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, defendeu que os aliados de Kiev levantem todas as restrições ao uso de armas ocidentais, embora haja divisão entre os 27 sobre a permissão para que as armas fornecidas sejam utilizadas na Rússia. Bélgica, Dinamarca, Países Baixos e Noruega – todos membros da NATO – comprometeram-se a fornecer à Ucrânia mais de 60 aviões.

A Ucrânia precisa de pelo menos 130 caças F-16 para neutralizar o poder aéreo russo, de acordo com as autoridades ucranianas. A primeira entrega foi anunciada em 4 de agosto pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que indicou entretanto que os aviões de combate já entraram em ação nos céus do país.

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Portugal está “recetivo” a aplicar sanções contra Israel “se houver consenso europeu”, diz Rangel

Depois de Borrell admitir abordar o tema junto dos Estados-membros, Paulo Rangel admitiu que Portugal tem "abertura para considerar" avançar com sanções contra alguns governantes israelitas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros admite que Portugal está “recetivo” a considerar sanções contra Israel caso a hipótese seja considerada entre os restantes Estados-membros. Em declarações aos jornalistas, Paulo Rangel, frisou que existe “abertura para considerar” a aplicação de sanções contra “personalidades que tenham tido ações ou declarações” que “possam contribuir para piorar a situação” no Médio Oriente.

“Estamos recetivos a isso. Não excluímos isso. Tem havido uma deterioração da situação [no Médio Oriente]. Se houver consenso europeu para avançar com sanções, Portugal estará recetivo a isso“, afirmou o também vice-primeiro-ministro, à margem de um conselho informal da União Europeia que ao invés de estar a decorrer em Budapeste, ao abrigo da presidência húngara, decorre em Bruxelas. Recorde-se que a Hungria assumiu a presidência do Conselho da União Europeia a 1 de julho mas, até ao momento, os eventos e encontros organizados pelo Governo de Viktor Orbán têm sido alvo de boicote pelos 27 Estados-membros.

Ainda assim, Paulo Rangel frisou que o tema das sanções não foi abordado no encontro desta quinta-feira que reúne os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 Estados-membros na capital belga, sublinhando que a reunião será “longa”.

Em causa estão as declarações do chefe da diplomacia europeu, Josep Borrell, que esta manhã, admitiu propor aos Estados-membros a inclusão de “alguns ministros israelitas que têm lançado mensagens de ódio contra palestinianos” na lista de sanções da União Europeia, argumentando que estas declarações “incitam à prática de crimes de guerra”.

O governante aproveitou ainda para responder às questões dos jornalistas sobre a notícia avançada pelo Público e que dá conta da chegada de num navio com bandeira portuguesa à Namíbia que transportava armas para Israel. Paulo Rangel explicou que não se trata de um navio português, mas sim “um navio com pavilhão português”, e que a bordo não constavam “nem armas, nem munições nem material de guerra, embora transporte materiais explosivos para fins comerciais”.

“Trata-se de um navio de um armador alemão, proprietário do navio. O navio não vai para Israel, tem dois portos de destino: Eslovénia e Montenegro”, afirmou, recordando que “o primeiro Governo a proibir a exportação de armas para Israel” foi Portugal.

Portugal acompanha de perto situação na Venezuela

Paulo Rangel indicou ainda que na reunião foi abordada a situação na Venezuela pós eleições presidenciais, que contou com a participação por videoconferência do candidato da oposição Edmundo González.

Segundo o MNE, a União Europeia não está “em condições de reconhecer a vitória de Nicolas Maturo”, uma vez que “as atas eleitorais continuam por aparecer”. Em causa estão as eleições presidenciais que decorreram no passado dia 28 de julho, na Venezuela, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González obteve quase 70% dos votos.

“Continuamos em contacto estreito com as autoridades da Venezuela (…) e no caso Portugal [o contacto] tem sido particularmente intenso” no sentido de procurar, também, “o bem-estar das comunidades”, explicou Rangel em declarações aos jornalistas.

 

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Conselho de Segurança representa “mundo que já não existe”, diz Guterres

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

O secretário-geral da ONU defendeu uma reforma da "arquitetura financeira internacional" para "criar verdadeiras condições de igualdade para o desenvolvimento dos países".

O secretário-geral da ONU insistiu esta quinta-feira na reforma das instituições internacionais, incluindo o Conselho de Segurança que “representa um mundo que já não existe” e cuja falta de legitimidade e ação contribuem para a “multiplicação de conflitos”.

“É importante reconhecermos que temos hoje ao nível global uma situação de injustiça e de desigualdade que não favorece a capacidade dos países em desenvolvimento, nomeadamente países como Timor-Leste, para poderem vencer a batalha do desenvolvimento”, afirmou António Guterres. O secretário-geral da ONU, que está em Díli para participar nas celebrações dos 25 anos do referendo que levou à restauração da independência do país, pondo fim à ocupação indonésia, discursava num jantar em sua honra oferecido pelas autoridades timorenses.

“É por isso que no âmbito da Cimeira do Futuro, que vamos realizar dentro de alguns dias, nos vamos debater pela reforma das instituições internacionais, a começar pelo Conselho de Segurança que representa um mundo que já hoje não existe e cuja falta de legitimidade e de ação efetiva são em larga medida responsáveis pela multiplicação de conflitos em todo o mundo”, salientou António Guterres.

O antigo primeiro-ministro português defendeu também uma reforma da “arquitetura financeira internacional” para “criar verdadeiras condições de igualdade para o desenvolvimento dos países, que como Timor-Leste necessitam de um ambiente internacional favorável ao seu progresso”.

É fundamental compreendermos a necessidade de reformar e é fundamental compreendermos a necessidade de uma profunda solidariedade com povos como Timor-Leste para que possam depois de vencer a batalha da independência, e da democracia, vencer o desenvolvimento”, disse António Guterres. No discurso, o secretário-geral da ONU prestou homenagem a 14 membros da organização, “todos timorenses”, que deram a “sua vida também pela independência do país” e recordou Sérgio Vieira de Mello um “mártir da defesa da liberdade e da democracia”.

Sérgio Vieira de Mello liderou a administração de transição das Nações Unidas em Timor-Leste entre 1999 e 2002 e foi morto, em 2003, num ataque terrorista no Iraque contra a sede local da ONU. A realização do referendo que esta semana se assinala foi decidida entre Portugal e a Indonésia em 05 de maio de 1999, sob os auspícios da ONU, com a assinatura de três acordos, nomeadamente um sobre a questão de Timor-Leste, outro sobre a modalidade da consulta popular e um terceiro sobre segurança.

Em 30 de agosto de 1999, 344.580 das 446.666 pessoas registadas (433.576 em Timor-Leste e 13.090 nos centros no estrangeiro) escolheram a independência do país e consequentemente o fim da ocupação da Indonésia, que invadiu Timor-Leste em 07 de dezembro de 1975, apesar da violência perpetrada pelas milícias que apoiavam a integração.

Com o resultado do referendo, a Indonésia abandonou Timor-Leste, com as milícias pró-indonésias a deixarem um rasto de horror e violência, tendo entrado a autoridade de transição das Nações Unidas, que geriu o país até à restauração da independência, em 20 de maio de 2002.

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