“Se fosse pelo salário, já não tínhamos executivos em Portugal”. Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Os portugueses trabalham, em média, 38,4 anos. É esse o valor que dá título a este podcast que se debruça em entrevistas quinzenais sobre os temas mais quentes do mundo do trabalho.

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Apesar de os salários oferecidos em Portugal (ainda) compararem mal com os garantidos noutros países, Portugal tem executivos e gestores de ótima qualidade. Quem o diz é Soledade Carvalho Duarte, managing director da Transearch Portugal, no novo episódio do podcastTrinta e oito vírgula quatro“, o primeiro da temporada especial sobre rendimentos. Também neste episódio, o professor Miguel Ferreira, da Nova SBE, alerta para os baixos níveis de literacia financeira em Portugal e deixa recomendações.

“Se fosse pelo salário, já não tínhamos executivos em Portugal. Em qualquer parte do mundo, ganham mais do que aqui”, salienta a especialista em recrutamento executivo, que frisa que, por cá, ainda se vê pelo ângulo errado as remunerações dos líderes de topo. Ou seja, em vez de se olhar para a riqueza e emprego que geram, o foco está apenas nos euros.

No podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, Soledade Carvalho Duarte revela também quais os fatores de atração de executivos, sublinhando que o salário está em quarto ou quinto lugar, ainda que haja diferenças entre gerações e momentos de vida.

Também neste episódio, o professor Miguel Ferreira, coordenador do programa de literacia financeira da Nova SBE, faz um diagnóstico do que se encontra em Portugal (é um dos piores cenários da Europa) e deixa recomendações, tanto para quem está agora a começar a sua carreira, como para quem já se aproxima da reforma.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Nesta temporada especial (de nove episódios, entre abril e junho), vamos explorar essa questão do ponto de vista dos rendimentos.

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Hoje nas notícias: TAP, Carlos Tavares e IRC

  • ECO
  • 2 Abril 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O ex-CEO da Stellantis considera que não se deve vender mais do que 20% da TAP a uma companhia aérea concorrente. A TAP contestou, junto do Tribunal Constitucional, a decisão do Supremo Tribunal de Justiça que obriga a transportadora a indemnizar mais de 700 tripulantes dispensados indevidamente desde a pandemia de Covid-19. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Carlos Tavares propõe “pacto de acionistas portugueses” para a TAP

Carlos Tavares, ex-CEO da Stellantis, diz que a compra da SATA Internacional, da qual faz parte, entrou numa fase na qual é preciso “muita lucidez”. Mas, sobre a TAP, o gestor de 66 anos defende, numa entrevista ao Público, que é fundamental para o turismo e para a criação de riqueza do país, pelo que não se deve vender mais do que 20% a uma companhia aérea concorrente. “Podemos guardar a TAP nas mãos de um pacto de acionistas portugueses”, argumenta. Sobre o setor automóvel, Carlos Tavares considera o plano europeu para esta indústria “mera propaganda” e vê os alemães como a “principal vítima” das taxas norte-americanas.

Leia a entrevista completa no Público (acesso pago).

TAP contesta indemnização a tripulantes no Constitucional

A TAP interpôs um recurso, junto do Tribunal Constitucional, que contesta a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que obriga a companhia a indemnizar mais de 700 tripulantes dispensados indevidamente e outros que enquadrou de forma deficiente desde a pandemia de Covid-19. O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), tendo tomado conhecimento desta opção, emitiu um comunicado interno em que sustenta que “lamentavelmente a TAP decidiu inventar mais uma manobra dilatória no processo”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Pedro Duarte é o candidato do PSD à Câmara do Porto

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, é o candidato do PSD à Câmara do Porto nas próximas eleições autárquicas. O ainda governante tinha dito que não iria candidatar-se a outro cargo político — ficou fora da lista dos candidatos sociais-democratas às legislativas — e confessou olhar para o lugar da presidência nos Paços do Concelho como a sua “cadeira de sonho”. Ao Jornal de Notícias, oficializou a decisão: “Há momentos em que somos chamados, em nome da devoção efetiva à cidade, a devolver o que a cidade nos deu.”

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Taxa média efetiva de IRC cai para os 18,5% em 2023

A taxa média efetiva de IRC suportada pelas empresas na tributação dos rendimentos de 2023 foi de 18,5%, menos 1,8 pontos percentuais face aos 20,3% registados no ano anterior, quando ultrapassara a fasquia dos 20%, algo que não acontecia desde 2018. Verificou-se, também, um aumento do lucro tributável na ordem dos 8,1% e da matéria coletável, que cresceu 1,5%.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (ligação indisponível).

Retalhistas reforçam marca própria para baixar preço aos consumidores

Face ao elevado custo de vida, a grande maioria dos portugueses está a racionalizar as escolhas no consumo, inclusive nos produtos alimentares, mediante o preço. Neste contexto, os retalhistas estão a reforçar o trunfo da marca própria e as promoções. Na alemã Aldi, por exemplo, as marcas próprias já valem 85% da oferta e a tendência é para aumentar. Já a espanhola Mercadona, cujo modelo de negócio assenta nas marcas próprias e numa “política de sempre preços baixos, sem recurso a promoções, ou sistemas de fidelização”, definiu para este ano um plano de abertura de mais dez lojas no país.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

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Carlos Tavares diz que tarifas dos EUA estão “a empurrar o resto do mundo” a alinhar-se com a China

  • ECO
  • 2 Abril 2025

O antigo líder da Stellantis afirma também que a principal vítima das novas taxas de Trump são os alemães, assim como a capacidade produtiva da Europa.

O ex-líder da Stellantis, Carlos Tavares, diz que “o Presidente dos EUA está a reforçar a imagem de um país egoísta” ao impor tarifas sobre vários setores e alguns dos seus principais parceiros comerciais, uma direção que será “mortífera” para os norte-americanos: “Ao fazê-lo, [Donald Trump] está a empurrar o mundo a alinhar-se contra si. E o resto do mundo vai alinhar-se com quem? Com a China”, remata.

Numa entrevista ao Público divulgada esta quarta-feira, dia em que está previsto Trump anunciar uma nova bateria de tarifas aduaneiras, o ex-gestor português diz que, “para o cidadão norte-americano, as taxas vão ser um desastre em termos de inflação”. “Os norte-americanos já não sabem exportar bens manufaturados, porque o seu modelo de sociedade não permite ter uma qualquer competitividade de custos e porque o nível de concentração no trabalho e o valor de trabalho é tão fraco que as pessoas já vão trabalhar sem pensar no que estão a fazer. É a razão pela qual os aviões da Boeing perdem as portas, os painéis e as suspensões”, aponta Carlos Tavares.

“A principal vítima das taxas” dos EUA são, contudo, “os alemães”, numa vaga de medidas que irá “enfraquecer a capacidade produtiva na Europa”, adverte.

Na mesma entrevista ao Público, o português, agora envolvido na privatização da SATA Internacional enquanto investidor, diz que vender a TAP a empresas estrangeiras “cria um certo número de perguntas”, visto que a companhia aérea nacional “é a ferramenta número um do turismo” — que, por sua vez, representa “a principal criação de riqueza” na economia portuguesa. Feita essa “observação”, o antigo gestor, com 66 anos, propõe como melhor solução para os interesses do país “guardar a TAP nas mãos de um pacto de acionistas portugueses”. Em alternativa, se a venda ocorrer a um investidor de um país concorrente de Portugal, então deve estar “limitada” em “10% ou 20% do capital, sem opção de reforço no futuro”, considera.

Carlos Tavares insiste que “eventualmente” poderia fazer parte desse negócio, reconhecendo ser fundamental a construção de um novo aeroporto de Alcochete. Sobre a nova infraestrutura, mostra acreditar que o desenho final ainda não está fechado, ao referir-se a “um segundo aeroporto”, ao invés da deslocalização do atual: “Eu acho que vai haver dois, mas isso é uma outra discussão”, afirma, devido ao “conforto” de aterrar no centro de Lisboa.

Tavares também aborda o estado da indústria automóvel europeia, referindo-se ao plano da Comissão Europeia para salvar o setor como “mera propaganda”. “O que está a rebentar é a indústria automóvel alemã e com a Alemanha não se brinca”, responde na entrevista.

(Notícia atualizada às 8h58 com mais informação)

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Taça CONMEBOL Libertadores 2025 arranca na LALIGA+

  • Servimedia
  • 2 Abril 2025

A principal competição de futebol sul-americana está de volta, exclusivamente em Espanha, graças à LALIGA+.

Milhares de quilómetros de distância, mas com o coração em casa” é o slogan com que a LALIGA+ lança uma nova edição da Taça CONMEBOL Libertadores.

Nesta edição, a fase de grupos começa esta quarta-feira e decorrerá até à final, a 29 de novembro, com a participação de clubes lendários que procuram levantar o troféu mais cobiçado da América por mais um ano, como o Racing (atual campeão da Copa CONMEBOL Sudamericana 2024), o Botafogo (vice-campeão da Copa CONMEBOL Libertadores 2024), o River Plate (ARG), o Peñarol (URU), o Flamengo (BRA), o Colo-Colo (CHI), o Talleres (ARG), o Palmeiras (BRA), o São Paulo (BRA), o Atlético Nacional (COL) e o Carabobo (VEN).

A LALIGA+ oferece vários planos de assinatura para os fãs que preferem ter tudo num único plano “ou apenas desfrutar da competição. Ao escolher o plano Plus Deporte CONMEBOL e a partir de apenas 6,99 euros/mês, pode desfrutar em pleno desta nova edição. Não só pode desfrutar da Taça Libertadores da CONMEBOL, como também inclui a Taça Sul-Americana da CONMEBOL e a Taça dos Vencedores das Taças da CONMEBOL, dando-lhe a oportunidade de levar as principais competições do futebol sul-americano para sua casa, na sua totalidade e na mesma plataforma”, disse.

O pacote Plus Total inclui todas as competições e desportos incluídos na programação da LALIGA+, e oferece a possibilidade de desfrutar de tudo isto em dois dispositivos diferentes. A partir de 10,99 euros/mês, este plano “inclui não só o melhor do futebol sul-americano, mas também conteúdos como a Liga Plenitude, a Primera FEB, a Liga dos Campeões e o Beach Pro Tour de voleibol, as competições de petanca e os campeonatos do mundo, bem como uma vasta gama de desportos e competições que estão disponíveis sob registo”.

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Pedro Duarte vai ser o candidato do PSD à câmara do Porto

Atual ministro dos Assuntos Parlamentares quer sentar-se na sua "cadeira de sonho", destacando como urgentes os desafios da segurança e habitação.

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte (PSD), confirmou a candidatura à presidência da Câmara Municipal do Porto, num artigo de opinião publicado esta quarta-feira no Jornal de Notícias. “Hoje anuncio (…) a minha candidatura à presidência da Câmara Municipal do Porto. Faço-o com sentido de missão, com entusiasmo e com a felicidade inédita de quem partilha um sonho antigo: o sonho de entregar-me à construção de um Porto ainda mais humano, dinâmico e próspero, onde todos possam viver tranquilamente e com dignidade”, afirmou.

O atual ministro dos Assuntos Parlamentares destacou como desafios urgentes a segurança, a mobilidade e a habitação. “A segurança, com criminalidade inaceitável; a mobilidade, com trânsito intolerável; e a habitação, com preços incomportáveis, são desafios urgentes que exigem respostas novas e eficazes”, afirmou.

Pedro Duarte defendeu igualmente que a mesma eficácia deve ser pensada para o turismo, que trouxe dinamismo social e vitalidade económica ao Porto. “Esperam-nos mais mudanças, mais rápidas e radicais. Num mundo cada vez mais imprevisível, a minha candidatura é um convite à construção de um futuro seguro. É com essa convicção, como portuense inteiro, que me apresento”, salientou.

O agora candidato à Câmara do Porto referiu que a candidatura não é sobre ele próprio, mas sobre todos os portuenses. “Juntos, podemos construir uma cidade mais inclusiva, mais preparada, mais competitiva”, sublinhou.

O ministro destacou também querer “uma cidade que seja uma referência na cultura, que é a avenida para a tolerância e para a felicidade, mas também no desporto, incentivando a vitalidade ao longo da vida, na saúde liderando nos serviços e nos centros de investigação, no trabalho, cirando melhores empregos, e na inovação, reforçando a capacidade de captar e reter talento, tecnologia de ponta e investimento económico”.

No artigo, Pedro Duarte recordou uma “transformação vertiginosa da cidade” na última década, destacando que a “adaptação continua a essa mudança exige imaginação audácia e, sobretudo humanidade”.

Várias vezes apontado como candidato do PSD à câmara do Porto, Pedro Duarte disse no dia 21 de março que não se iria candidatar a mais nenhum cargo político a não ser à presidência da Câmara do Porto, adiantando, na altura que a decisão estaria para breve.

As eleições autárquicas deverão decorrer entre 22 de setembro e 14 de outubro de 2025.

Candidato pela “grande afetividade” à cidade

Entretanto, em declarações aos jornalistas, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, afirmou que a sua candidatura à Câmara Municipal do Porto foi uma “decisão ponderada, com muita racionalidade e que tem um lado de grande afetividade”.

“É uma decisão ponderada, com muita racionalidade, mas que tem um lado de grande afetividade e, portanto, a motivação para eu me disponibilizar para ser candidato à Câmara Municipal do Porto tem muito a ver com essa ligação afetiva que tenho a esta cidade”, disse, à margem do Conselho de Ministros que decorreu esta quarta-feira no Mercado do Bolhão.

Pedro Duarte recordou que nasceu e sempre viveu no Porto, sendo nesta cidade que tem as pessoas que lhe são mais próximas, nomeadamente família e amigos, tendo, por isso, “uma relação muito especial” com a cidade.

“Depois de esta cidade me ter dado muito, chegou o momento de eu tentar, modestamente, contribuir ou retribuir aquilo que a cidade me tem dado disponibilizando-me para ser candidato a presidente da Câmara Municipal do Porto”, insistiu.

A presidência desta autarquia, liderada pelo independente Rui Moreira, é a sua “cadeira de sonho em termos políticos”, assumiu. E acrescentou: “Para mim é, de facto, a cadeira de sonho do ponto de vista político, porque é aqui que eu mais me realizo e, se os portuenses assim entenderem, é aqui que eu me realizarei do ponto de vista profissional, pessoal e político”.

O ministro explicou que pretende encabeçar uma candidatura que seja muito abrangente e que vá muito para além daquilo que é o PSD. “A ideia é criarmos uma plataforma de cidadania que se empenhe em dinamizar a cidade, transformá-la e enfrentar alguns problemas que a cidade hoje em dia tem pela frente”, frisou. Problemas esses relacionados com a segurança, o trânsito e o preço das habitações, apontou.

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, fala aos jornalistas à chegada ao Mercado do Bolhão para participar no Conselho de Ministros, no Porto, 02 de abril de 2025. JOSÉ COELHO/LUSAJOSÉ COELHO/LUSA

Questionado sobre se conta com o apoio de Rui Moreira, Pedro Duarte lembrou que tem uma relação de amizade “muito forte” com aquele e que apoiá-lo ou não será uma opção do independente que ele tomará no tempo certo. Os dois têm falado “intensamente nas últimas semanas”, mas apenas sobre a cidade, confidenciou.

“Eu, felizmente, tenho tido muitas manifestações de apoio, eu diria da generalidade das pessoas que integram esse movimento que esteve com o presidente Rui Moreira no passado”, sublinhou. O social-democrata contou que Rui Moreira e Rui Rio (PSD), que também liderou o executivo municipal portuense, são as suas referências autárquicas.

Pedro Duarte “apresenta todas as condições”, diz Montenegro

O primeiro-ministro e presidente do PSD também se pronunciou sobre a candidatura de Pedro Duarte à Câmara do Porto. Luís Montenegro alegou que a candidatura de ministro tem “um grande potencial para ser bem-sucedida”.

“O Porto fica com uma opção de uma futura liderança municipal que apresenta todas as condições para poder ser bem sucedida”, afirmou Montenegro, durante a conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros.

“Fico, por um lado, pesaroso, porque isto significa que terei uma indisponibilidade futura para o exercício de funções governativas de alguém que foi absolutamente fantástico no exercício das funções como ministro dos Assuntos Parlamentares, que ainda vai desenvolver até ao final do mandato deste Governo”, afirmou o primeiro-ministro em gestão.

(Notícia atualizada às 14h28 com declarações de Pedro Duarte e Luís Montenegro).

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“Queremos um país que dependa o menos possível de terceiros na energia”

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  • 2 Abril 2025

As palavras são de Jean Barroca, secretário de Estado da Energia, que falou ao ECO sobre o papel que o biometano pode vir a ter na descarbonização do país.

À margem da conferência “Qualificar Portugal para uma Economia do Biometano”, organizada pela Goldenergy e Axpo Iberia, o secretário de Estado da Energia falou com o ECO sobre o futuro do gás renovável no país. Para Jean Barroca, além do papel na descarbonização e no aumento da competitividade da economia nacional, o biometano pode ser mais uma peça do puzzle que é a independência energética.

Que papel tem o biometano nesta jornada rumo à descarbonização do país?

O biometano pode desempenhar um papel interessante em dois aspetos fundamentais. Por um lado, na descarbonização, focando-se sobretudo no principal consumidor de gás natural atualmente, que é o sector industrial. Por outro, no reforço da nossa soberania energética. Queremos um país que tenha segurança de abastecimento, dependa o menos possível de terceiros e em que a energia deixe de ser um dos nossos entraves ao crescimento.

Jean Barroca, secretário de Estado da Energia

Empresários e associações do sector pedem incentivos numa fase inicial para acelerar o mercado do biometano. Caso o Governo seja reeleito, há intenção de criar incentivos?

Há dois aspetos a considerar. Primeiro, já existem iniciativas em curso. No âmbito do PRR, há um aviso de 70 milhões de euros para gases renováveis, que pode incluir uma forte componente de biometano. Isso permitiria uma capacidade de produção inicial bastante interessante.

Além disso, o plano de ação para o biometano prevê que, nos primeiros dois anos, sejam criados segmentos de mercado viáveis. Este processo já está em andamento e, em breve, teremos resultados sobre os avisos lançados e o peso relativo do biometano face a outros gases.

Por outro lado, a intenção de descarbonização mantém-se. Com isso, permanece também a necessidade de diversificar o mix energético. No PNEC 2030 já existia esta estratégia de apostar em gases renováveis produzidos a partir de energia limpa para descarbonizar o sector.

A mudança de executivo, independentemente da sua orientação política, pode atrasar este processo? Está assegurada a continuidade do grupo de trabalho, tendo em conta o calendário eleitoral?

A vantagem do grupo de trabalho é que ele não depende do Governo, estando ligado a instituições que não mudam com o ciclo político. Além disso, a intenção do Governo é continuar a executar o PRR e a seguir um alinhamento político forte, que já vinha do anterior executivo.

No setor energético, há uma consolidação dos pilares estratégicos para Portugal, alinhados com as diretrizes europeias. Dado o peso da energia na competitividade da economia, não prevejo grandes descontinuidades. Este Governo tinha toda a intenção de continuar a implementar e acelerar, e tenho a certeza de que o Governo que virá fará o mesmo.

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Em tempo de tarifas, setor da metalomecânica aposta na descarbonização para se diferenciar

  • ECO
  • 2 Abril 2025

O aumento das taxas aduaneiras dos EUA sobre o aço e alumínio e a incerteza regulatória sobre as normas europeias de sustentabilidade foram o tema do quarto think tank sobre inovação energética.

Os últimos cinco anos têm sido particularmente desafiantes para a sociedade, mas em particular para as empresas que tentam navegar entre a maré brava que tem sido a política e a economia mundiais. Depois de uma pandemia e duas guerras, a Europa enfrenta agora as consequências de uma guerra comercial iniciada em Washington, que nas últimas semanas confirmou a intenção de impor tarifas a parte das exportações com origem na União Europeia.

O sector metalomecânico é um dos mais afetados pelo agravamento aduaneiro e foi o tema central do quarto e último episódio do Think Tank da Helexia Portugal, com a Deloitte e a PLMJ, que teve o ECO como media partner. A conversa moderada por André Veríssimo, subdiretor do ECO, contou com a participação de Inês Costa, associate partner da Deloitte, Madalena Perestrelo de Oliveira, consultora sénior da PLMJ, Luís Pinho, diretor-geral da Helexia Portugal, e Pedro Teixeira, partner e CEO do Fapricela Group.

Há mais de 25 anos que o Fapricela Group exporta para os Estados Unidos, o que torna esta questão das tarifas “um tema que nos preocupa pelo impacto que pode ter”, explica o líder empresarial. Para Pedro Teixeira, esta realidade acrescenta um desafio à competitividade da empresa portuguesa, desde logo pelo aumento de preços. “Os EUA, de uma semana para a outra, subiram mais de 20% o preço destes produtos”, aponta.

Com início em abril, os EUA vão aplicar uma taxa de 25% sobre o aço, o alumínio e produtos derivados importados, afetando diretamente empresas portuguesas como a Fapricela. “Obviamente este é um tema que nos preocupa pelo impacto que pode ter no setor”, reconhece.

Por outro lado, o recuo norte-americano nas políticas de sustentabilidade é sinal de preocupação para o mundo e, em particular, para a Europa. “O que as empresas mais temem é a instabilidade”, acrescenta Inês Costa. A consultora da Deloitte refere-se não apenas às tarifas e ao negacionismo institucional nos EUA, mas também à “revisão da regulação ao nível da UE”, que fazem com que as empresas “se retraiam”. “O risco financeiro é real” para as organizações que esqueçam a sustentabilidade como parte essencial do seu modelo de negócio.

Em território comunitário, a Comissão Europeia anunciou, no início do ano, uma reformulação das regras de reporte de sustentabilidade corporativa para tornar o mercado interno mais competitivo e para aliviar a carga burocrática sobre as empresas. Os especialistas concordam que a regulação europeia pode mudar, mas o caminho da sustentabilidade é irreversível. Madalena Perestrelo de Oliveira, da PLMJ, alerta para o risco de retrocessos. “Quando retiramos 80% das empresas da obrigação de reporte, não estamos a simplificar, estamos a isentar”, lamenta.

Sustentabilidade como mais-valia

O sector metalomecânico enfrenta desafios complexos, mas a inovação e a sustentabilidade não ficam para trás. Pedro Teixeira acredita que quem agir primeiro terá vantagem mais à frente no percurso. “Trabalhando antecipadamente, vamos diferenciar-nos no mercado”, acredita.

As empresas procuram reduzir custos energéticos e baixar as emissões de carbono, mas há barreiras burocráticas que continuam a dificultar maiores avanços. “Temos muitos projetos prontos, mas que ficam meses à espera de certificação”, critica Luís Pinho. Para o responsável da Helexia Portugal, “eficiência energética, eletrificação e monitorização do consumo” devem ser os três pilares do caminho traçado pelas organizações.

A Fapricela já implementou medidas como a instalação da maior central fotovoltaica em cobertura em Portugal, com capacidade de 6,3 MW. “Representa entre 17% a 20% do nosso consumo total. É um ganho tremendo”, afirma Pedro Teixeira. A alimentar a competitividade está ainda o desenvolvimento de “produtos com taxa carbónica reduzida”, acrescenta.

Inês Costa relembra que o sistema financeiro já reconhece a importância deste caminho, que será cada vez mais importante para o financiamento dos negócios. “Empresas que não apostem na descarbonização serão preteridas pelo sistema financeiro”, diz.

Veja o episódio completo aqui:

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Ikea aposta em novo posicionamento focado na qualidade dos produtos. Diretora de marketing explica a estratégia

A Ikea aposta num novo posicionamento e lança uma campanha cujo ponto de partida veio dos clientes e das suas histórias. Mónica Sousa, diretora de marketing da Ikea Portugal, explica a estratégia.

A Ikea avançou para um novo posicionamento em Portugal, assente na nova assinatura “A Vida Acontece em Casa”. Tendo por base insights obtidos através de um estudo e histórias de consumidores portugueses, o objetivo principal passa por destacar a qualidade e durabilidade dos produtos da marca.

No ano passado, ao celebrar 20 anos em Portugal, a Ikea aproveitou para realizar um estudo com o intuito de avaliar a relação dos portugueses com a marca. “Percebemos que a nossa história de amor com os portugueses continua muito forte, mas que havia ali uma questão menos positiva, relacionada com a perceção de qualidade dos nossos produtos“, explica Mónica Sousa ao +M.

Segundo a diretora de marketing da Ikea Portugal, a perceção de qualidade entre quem já é consumidor da marca “é muito boa”, mas “a perceção de quem nunca comprou com a Ikea é completamente diferente“.

“E isso acendeu-nos um alerta, porque estamos muito confiantes da qualidade dos nossos produtos e queremos que os nossos clientes também estejam. A nossa intenção [com o novo posicionamento] é mostrar como é que a Ikea pode estar na vida das pessoas ao longo do tempo e refletir este lado da qualidade da marca“, acrescenta.

Ainda a propósito da celebração dos seus 20 anos em Portugal, a marca lançou na altura uma campanha onde colocou as pessoas à procura das etiquetas dos seus móveis, com o objetivo de encontrar o mais antigo em Portugal. “Foi incrível, recebemos mais de 4.500 histórias e quando fomos analisar demos conta que as pessoas tinham histórias incríveis com móveis da marca que as acompanham por muito mais tempo do que o que estávamos à espera”, refere a diretora de marketing.

Agora, pensando neste novo posicionamento, a Ikea analisou novamente as histórias, tendo detetado um padrão: as pessoas diziam que os seus móveis duraram muito mais do que as relações que tinham quando os compraram, o que proporcionou o mote para a nova campanha da marca em Portugal.

“Percebemos que havia ali qualquer coisa que tínhamos de aprofundar e fazer uma analogia. E foi a partir daí que surgiu esta campanha. Aquilo que acho mais interessante é que o ponto de partida vem dos clientes e das histórias que estes partilharam. E achamos que é isso que faz com que esta campanha seja tão real“, entende Mónica Sousa.

Com criatividade da Uzina e produção da 78 Films, a Ikea dá assim corpo a este novo posicionamento ao utilizar estas histórias reais como base para uma nova campanha, presente em televisão, digital, out-of-home e rádio.

“A minha mesa durou mais do que o meu casamento”, “tomara que as minhas relações durassem tanto como a minha cozinha” ou “mudei oito vezes de casa com a mesma cómoda Malm” são algumas das frases que integram a campanha. A marca tenta assim, de uma forma “leve e divertida”, mostrar que a Ikea faz parte da vida das pessoas, independentemente da fase de vida em que estas se encontram. “É muito isso também o que queremos destacar com este novo posicionamento: as casas evoluem, as famílias mudam, crescem e encolhem, mas os nossos móveis continuam lá e adaptam-se à sua nova vida“, diz a diretora de marketing.

O objetivo passa também por atingir todos aqueles consumidores que ainda não são “Ikea lovers”, pretendendo-se inclusive desmistificar a ideia de que um móvel só por ser mais barato não tem qualidade e que no Ikea todos os móveis são brancos.

“Temos toda uma gama de diferentes móveis e cores, mas quem não nos visita não os pode obviamente conhecer. E mesmo na própria execução da campanha, tentámos mostrar isso e ir buscar produtos mais icónicos, com mais cor, precisamente para mostrar que a Ikea é muito mais do que móveis brancos“, refere ainda a diretora de marketing.

Mónica Sousa, diretora de marketing da Ikea Portugal.

A campanha é lançada esta terça-feira, dia 2 de abril, dando início a uma “vaga muito forte” que vai decorrer durante todo o mês. Serão depois lançadas outras duas vagas nos dois meses seguintes. “E a ideia e intenção é estender esta campanha durante muito tempo”, diz Mónica Sousa.

Recordando a publicação da Ikea onde brincou com a queda de uma letra no letreiro da sua loja, a diretora de marketing aponta ainda que a marca está “muito comprometida com a ideia de tentar fazer com que as pessoas se divirtam mais e de lhes aliviar um pouco a carga [de stress e preocupações]”, vertente que este novo posicionamento também ajuda a reforçar.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 2 de abril

  • ECO
  • 2 Abril 2025

Ao longo desta quarta-feira, 2 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Professores destacam os benefícios da IA no planeamento educativo: “Veio para nos ajudar”.

  • Servimedia
  • 2 Abril 2025

A utilização da IA generativa permite aos professores reduzir em 60% o tempo gasto no planeamento educativo.

Cerca de 70% dos professores já experimentaram a Inteligência Artificial em Espanha, de acordo com o relatório “O Impacto da IA na Educação em Espanha” (Empantallados e Gad3). Os especialistas concordam que a IA é um recurso cada vez mais difundido entre os professores, o que favorece a agilidade na criação de conteúdos educativos, sessões e projetos orientados.

Professores como Jesús Tapias, Diretor Técnico do Centre de Formació Professional Llefià, utilizam semanalmente a Inteligência Artificial para criar sessões de projetos: “As ferramentas de IA para professores, como o IGNITE Copilot, ajudam a planificar orientado para os resultados, com uma redução significativa do tempo de preparação e correção”.

As 16 horas semanais que os professores gastam, em média, a gerar experiências didáticas de acordo com o currículo podem ser reduzidas para 5 horas semanais de supervisão, de acordo com dados da empresa de consultoria McKinsey.

A poupança de tempo é um dos benefícios da utilização da IA que professores como Jesús Tapias mais valorizam: “Tem mais tempo para partilhar com os alunos, para melhorar o seu progresso e avaliação”. “É uma ferramenta muito intuitiva que veio ajudar-nos, e todos nós, professores da FP Llefià, estamos muito habituados às atualizações tecnológicas”, sublinha Tapias.

Marc Estruch, professor do ensino secundário nas Escoles Minguella em Badalona, descobriu os benefícios da Inteligência Artificial no final de 2024. Como diretor de TIC na sua escola, Marc incorpora novas ferramentas tecnológicas que podem melhorar a forma como os professores ensinam e poupar tempo: “Atualmente, estou a explorar o potencial do IGNITE Copilot em diferentes áreas do planeamento educativo”.

A utilização de ferramentas generativas de Inteligência Artificial está a tornar-se cada vez mais comum entre os professores. Plataformas como o IGNITE Copilot, que permite aos professores gerar situações de aprendizagem adaptadas ao currículo e criar sessões didáticas com uma estrutura definida. A poupança de tempo no planeamento didático e a otimização da avaliação são os benefícios mais destacados pelos professores que utilizam esta plataforma: “A ferramenta ajuda a alinhar melhor os conteúdos com os objetivos de aprendizagem oficiais. O IGNITE Copilot é mais útil para mim no planeamento global das sessões e dos projetos”, explica Marc Estruch.

As tarefas que anteriormente exigiam horas de dedicação do professor, como a planificação de uma unidade didática, requerem agora cerca de 30 minutos para gerar um planeamento estruturado, graças à utilização de ferramentas de IA como o IGNITE Copilot.

CONTEÚDOS PERSONALIZADOS

Marc Estruch, professor do ensino secundário na Escoles Minguella, salienta que um dos pontos fortes do IGNITE Copilot é “a capacidade de alinhar os conteúdos com o currículo de uma forma precisa e eficiente, o que nos permite gerar propostas alinhadas com as competências e objectivos do LOMLOE”. “A versatilidade da plataforma na personalização dos conteúdos é claramente outra diferença em relação a outras ferramentas disponíveis no mercado”, afirma Marc Estruch.

Tanto Marc Estruch como Jesús Tapias concordam que a poupança de tempo permite “dedicar mais tempo ao atendimento personalizado dos alunos e a um acompanhamento mais pormenorizado da sua evolução”. “Graças ao IGNITE Copilot, podemos dedicar mais tempo ao que realmente importa, à formação dos alunos, à divulgação dos conhecimentos e à prática”, afirma Tapias.

“Recomendaria a utilização da IA aos professores que pretendem otimizar o seu tempo de planeamento sem perder qualidade pedagógica, mas é essencial que os professores recebam formação adequada para integrar a IA de forma eficaz e ética na sua prática pedagógica”, conclui Estruch.

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Rei visita as instalações da Universidade Alfonso X el Sabio por ocasião do seu 30º aniversário

  • Servimedia
  • 2 Abril 2025

Na quarta-feira, o Rei Felipe VI visitou as instalações e projetos da universidade nas suas principais áreas de formação: Saúde e Desporto, Engenharia, Negócios e Tecnologia, Educação e Música.

À sua chegada, foi recebido pelo Presidente da Câmara Municipal de Villanueva de la Cañada, Luis Partida; pelo Secretário de Estado da Ciência, Inovação e Universidades, Juan Cruz Cigudosa; e pelo Presidente da Universidade Alfonso X el Sabio, Jesús Núñez.

Começou pelo Hospital Clínico Veterinário, onde Dom Felipe saudou o CEO da Universidade Alfonso X el Sabio, Domingo Mirón; a sua Magnífica Reitora, Isabel Fernández; o seu Assessor Académico, Juan Romo; bem como a Decana da Faculdade de Medicina Veterinária, Isabel Rodríguez; e o seu Diretor dos Centros de Saúde, Juan Francisco Galán.

O Rei iniciou então a visita, acompanhado pelo Decano de Medicina Veterinária, para conhecer as instalações sanitárias que oferecem aos estudantes uma experiência prática desde os primeiros anos dos seus estudos para os preparar para um contexto profissional em que a tecnologia desempenha um papel fundamental. A delegação passou por várias salas de aula onde professores e alunos realizavam atividades de prática clínica e também por um bloco operatório virtual.

Após a visita ao Hospital Clínico Veterinário, o Rei dirigiu-se a pé para as oficinas da Escola Politécnica. Antes de entrar, parou em frente a uma placa comemorativa da sua visita, à atenção de numerosos estudantes que se encontravam no campus na altura. Depois de cumprimentar o Diretor da Escola de Engenharia, Arquitetura e Design, Luís Couceiro, visitou uma sala de aula com um simulador aéreo e a sala Talgo-UAX, onde os alunos desenvolvem novas conceções para o futuro da ferrovia.

De seguida, dirigiu-se ao Centro Desportivo “Rafa Nadal”, onde o aguardava o Conselho Diretivo da universidade. Aí, assistiu à projeção de um vídeo com uma saudação de Valentín Fuster, diretor-geral do Centro Nacional de Investigação Cardiovascular da Universidade Carlos III, e assistiu a um diálogo entre Pedro Freixas, aluno da Faculdade de Ciências da Atividade Física e do Desporto, e Belén Rayo, senior digital product manager da empresa Mango e antiga aluna da Universidade Alfonso X el Sabio.

DESDE 1994

A UAX iniciou a sua atividade no ano letivo de 1994/1995, um ano após a sua aprovação pelo Parlamento espanhol. Atualmente, o Grupo Educativo UAX conta com mais de 165.000 profissionais formados nas suas salas de aula. Atualmente, acolhe mais de 30.000 estudantes, que se formam na UAX, The Valley, Xtart e MIR Astúrias. O grupo tem 18 campus em sete cidades. A Universidade Alfonso X el Sabio está distribuída por três campus em Madrid e iniciará a sua atividade académica em Málaga com a Universidade Alfonso X el Sabio Mare Nostrum em setembro.

Felipe VI teve a oportunidade de conhecer a metodologia UAXmakers, criada pela universidade para promover “o espírito de empreendedorismo e inovação entre os seus estudantes através de projetos de colaboração entre estudantes de diferentes disciplinas e empresas líderes”, segundo a UAX.

Até agora, mais de 10.000 estudantes trabalharam em mais de uma centena de projetos com profissionais da Comunidade de Madrid, do Hospital Universitário Rey Juan Carlos, da Avanade, do Caixabank e da Quirónsalud, entre outros.

Segundo Jesús Núñez, presidente e fundador da universidade, “hoje sabemos que a tecnologia vai continuar a transformar o mundo. Por isso, é fundamental que os nossos estudantes saibam aplicar a tecnologia com um objetivo claro nas suas profissões, aproveitando todo o seu potencial para construir um futuro melhor”.

Esta visão está plasmada na Faculdade de Business & Tech, que foi a primeira em Espanha a unificar a formação nas áreas de negócios e tecnologia, proporcionando aos estudantes o conhecimento para liderar e compreender como aplicar a tecnologia aos negócios. Um modelo concebido em conjunto com grandes empresas como a Microsoft, IBM, Santander, Orange Bank ou KMPG, entre outras; e que se completa com o campus UAX Madrid Chamberí, onde convivem empresas, startups e estudantes formando um ecossistema para promover a inovação tecnológica e o empreendedorismo.

A UAX tem cerca de 9.600 acordos com entidades líderes como a Biofarma ou ESAME no sector farmacêutico; LALIGA na indústria desportiva; IBM em tecnologia; Dentsply ou Straumann em odontologia; SACYR, Repsol e PADECASA em engenharia; e as Big Four (PWC, EY, Deloitte, KPMG), entre outras.

Também estabeleceu alianças estratégicas para aproximar os estudantes da indústria, como a Escola Universitária UAX Rafa Nadal e o seu acordo com a Taça Davis, promovendo a excelência em Saúde, Desporto e Negócios, ou os acordos com a Sener, a CIMPA e a Avanade, que promovem a inovação com a sua presença no campus da UAX Madrid Chamberí, envolvendo os seus profissionais na formação e desenvolvimento profissional dos estudantes.

Como explicou a UAX, “com o impulso do Grupo Educacional UAX, ao qual pertencem instituições de referência como a UAX, The Valley Business & Tech School, Talent, Xtart | Galeno e MIR Asturias, e com uma abordagem de Aprendizagem ao Longo da Vida, entendendo a educação como um acompanhamento dos estudantes em todas as fases da sua carreira profissional, a universidade comemora o seu 30º aniversário com uma visão otimista do futuro. Com a firme convicção de que a educação é a base da criação de riqueza, emprego e bem-estar social, assume um desafio que exige a cooperação entre a universidade, as empresas e a administração pública para colocar a Espanha entre os líderes da educação europeia e mundial”.

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Grupo de Aveiro mantém fábrica na Rússia a meio gás. Travão ao investimento reduz “impacto das perdas”

Reduzida a 50% da capacidade instalada, vendas de 5,8 milhões e 40 trabalhadores, subsidiária da OLI em Moscovo continua a fabricar mecanismos para cerâmica apesar dos “constrangimentos” da guerra.

Três anos depois do início da guerra na Ucrânia, que tirou 950 milhões aos negócios portugueses com a Rússia e levou quase mil empresas portuguesas a abandonarem o comércio com o país liderado por Vladimir Putin, a OLI – Sistemas Sanitários mantém em funcionamento a fábrica nos arredores de Moscovo, “dentro dos constrangimentos que a guerra e as sanções provocaram”, que conta atualmente com cerca de 40 funcionários.

António Ricardo Oliveira, administrador do grupo aveirense que reclama o estatuto de maior produtor de autoclismos da Europa do Sul, conta ao ECO que “o nível de produção está em cerca de 50% da capacidade instalada” na unidade industrial que fabrica mecanismos para cerâmica que abastecem apenas o mercado local, na qual fez um investimento inicial de 1,5 milhões de euros.

“As principais limitações são na área de recursos humanos, onde a escassez de mão-de-obra e a inflação elevada fazem com que seja difícil encontrar e reter as pessoas. Também na área das vendas, estando o mercado russo a atravessar um período de menor procura, é difícil competir em preço com os fabricantes locais, da Turquia e da China”, resume o empresário.

Depois do tropeção de 28,5% em 2023 em relação ao ano anterior, marcado pelo início da invasão da Ucrânia, no ano passado, o volume de negócios da subsidiária russa recuperou 5% em termos homólogos, para 5,8 milhões de euros. Obteve lucros de 390 mil euros – o contributo para o resultado consolidado ainda está em apuramento –, com o porta-voz do grupo de Aveiro a dizer que “não houve distribuição de dividendos em 2024”.

Quando Vladimir Putin decidiu invadir o território ucraniano, a dívida da filial russa à casa-mãe portuguesa era superior a 2,5 milhões de euros. Um ano depois do início do conflito no leste europeu, a exposição do grupo industrial de Aveiro rondava ainda os 300 mil euros. António Ricardo Oliveira adianta agora que essa questão da dívida “ficou resolvida em 2023”.

A prazo, a opção por não investir permite-nos minorar o impacto das perdas caso algo aconteça à empresa na Rússia, mas também é verdade que sem investir vamos perdendo competitividade e isso tem um limite.

António Ricardo Oliveira

Administrador da OLI

Motivada então pela desvalorização do rublo, pelos custos logísticos e pelos constrangimentos alfandegários, foi em 2016 que a antiga Oliveira & Irmão se estreou a produzir no estrangeiro e iniciou a laboração industrial na Rússia, onde já tinha uma filial comercial há dois anos. Instalada junto à capital, produzia ali um total de 400 mil mecanismos e 30 mil autoclismos interiores.

Após o início da guerra, a OLI decidiu cancelar os investimentos previstos na Rússia no valor de 750 mil euros, que “não foram concretizados e, entretanto, não foram retomados”. Volvidos três anos, o administrador aponta ao ECO que “a prazo, a opção por não investir permite minorar o impacto das perdas caso algo aconteça à empresa na Rússia, mas também é verdade que sem investir [vai] perdendo competitividade e isso tem um limite”.

António Ricardo Oliveira, administrador da OLI

Questionado sobre os planos futuros que tem para esta participada a 100%, que é autónoma do ponto de vista industrial e comercial, agora que se perspetiva que possa haver uma resolução para a guerra na Ucrânia, ‘patrocinada’ por Donald Trump, responde que os planos passam por “manter a empresa em atividade e dentro da esfera do grupo”. “Quando e se o conflito se resolver, avaliaremos outras possibilidades”, sublinha.

“A subsidiária na Rússia sempre produziu para o mercado local e atualmente com os fabricantes europeus numa posição de fragilidade, as regras no mercado local alteraram-se, permitindo a entrada de muito produto vindo da China e da Turquia, bem como a consolidação dos fabricantes russos no mercado local”, acrescenta António Ricardo Oliveira.

Exportações caem com sanções e falta de crédito

Antes da guerra, em 2021, a OLI surgia nas listagens do INE como uma das dez maiores exportadoras portuguesas para a Rússia, com vendas de autoclismos e mecanismos para cerâmicas no valor de 5,5 milhões de euros. Em conjunto com a Ucrânia, representavam 6,3% das vendas do grupo, que tem também filiais em Espanha, Itália, Alemanha, Noruega e França – a mais recente, após comprar a sociedade Regiplast por 6,5 milhões no verão passado.

No entanto, o conflito armado no Leste da Europa fez “praticamente desaparecer” as exportações a partir de Portugal para estes dois destinos. “No caso da Rússia por causa das sanções. No caso da Ucrânia porque o mercado encolheu e por não haver qualquer cobertura de crédito dos clientes dado o risco do país”, relata o administrador do grupo familiar fundado em 1954, que no ano passado faturou 75,2 milhões de euros.

Com os artigos produzidos no complexo industrial em Aveiro enviados para mais de 80 países dos cinco continentes, as exportações representaram 74% do total de vendas no ano passado. A OLI fixa como objetivo crescer 9% a faturação em 2025, ano em que vai instalar um armazém inteligente e automatizar algumas linhas de produção, num investimento de 7,7 milhões, integrado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

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