Descida de juros da Fed em setembro ganha apoios entre os membros do Comité

Já são dois os membros do Comité da Fed que admitem um corte de juros depois do verão, um dia depois de a inflação ter baixado os 3%, em julho.

Parece cada vez mais certo um corte de juros nos Estados Unidos após o verão. A confirmação da descida da taxa de inflação para valores inferiores a 3% levou mais dois membros da Reserva Federal dos EUA, que antes defendiam uma postura mais cautelosa, a manifestarem-se favoráveis a uma descida da taxa dos fundos federais, atualmente em máximos de 2001.

“Parece agora que o equilíbrio dos riscos sobre a inflação e o desemprego se alterou… pode estar a aproximar-se o momento em que um ajustamento a uma política moderadamente restritiva poderá ser apropriado“, defendeu o presidente da Fed de S. Louis, Alberto Musalem, esta quinta-feira.

Musalem estava entre os oficiais do banco central que defendia uma política de corte de juros mais moderada.

Também o presidente da Fed de Atlanta, Raphael Bostic disse, em entrevista ao Financial Times, que está aberto a um corte de juros em setembro, uma mudança em relação àquela que era a sua postura anterior.

“Agora que a inflação está a aproximar-se [do nosso objetivo de 2%], temos de olhar para o outro lado do mandato e, aí, vemos a taxa de desemprego a subir consideravelmente face aos mínimos”, justificou o responsável.

Esta postura mais otimista por parte dos responsáveis do banco central surge depois de a inflação nos EUA ter atingido o nível mais baixo desde a pandemia, com os preços a subirem 2,9% nos 12 meses até julho, correspondendo às expectativas dos economistas. Trata-se de uma desaceleração face aos 3% registados no mês anterior.

Se virmos a inflação descer mais depressa e o mercado laboral a manter-se em linha com as condições atuais, uma descida [de juros] seria apropriada em setembro.

Jerome Powell

Presidente da Fed

Uma descida de juros na reunião de 17 e 18 de setembro afigura-se cada vez como mais provável, com os mercados a descontarem um corte de 25 pontos base, face ao intervalo atual de 5,25%-5,5%, o que representa o nível mais elevado desde 2001.

Apesar de ter mantido a taxa dos fundos federais inalterada no encontro de 31 de julho, o Comité de Política Monetária da Fed (FOMC, na sigla em inglês) fez algumas alterações ao discurso, introduzindo nuances que antecipam uma descida após o verão. Também o presidente Jerome Powell admitiu, na conferência de imprensa que se seguiu ao anúncio de juros, a possibilidade de baixar taxas em setembro.

Se virmos a inflação descer mais depressa e o mercado laboral a manter-se em linha com as condições atuais, uma descida [de juros] seria apropriada em setembro“, reconheceu o presidente da Fed.

A possibilidade de a Fed se juntar ao BCE e ao Banco de Inglaterra numa mudança do ciclo de juros tem contribuído para um maior otimismo entre os investidores nos últimos dias, com Wall Street a antecipar este movimento.

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Biden e Harris anunciam descida “histórica” de medicamentos

  • Lusa
  • 15 Agosto 2024

O acordo permitirá poupanças de 1,5 mil milhões de dólares para os beneficiários e de seis mil milhões de dólares para os contribuintes no primeiro ano, segundo um comunicado da Casa Branca.

O Presidente e a vice-Presidente dos Estados unidos, Joe Biden e Kamala Harris, anunciaram esta quinta-feira em comunicado uma descida “histórica” no preço de dez medicamentos para idosos, a poucos meses das eleições nos Estados Unidos.

Este acordo, resultante de negociações sem precedentes entre o sistema federal de seguro de saúde para idosos e os laboratórios, permitirá poupanças de 1,5 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) para os beneficiários e de seis mil milhões de dólares (5,4 mil milhões de euros) para os contribuintes no primeiro ano, de acordo com a Casa Branca.

Os preços recentemente negociados terão impacto no preço dos medicamentos utilizados por milhões de norte-americanos mais velhos para ajudar a controlar a diabetes, o cancro do sangue e a prevenir a insuficiência cardíaca ou coágulos sanguíneos.

Segundo a agência Associated Press, trata-se de um acordo histórico para o programa Medicare, que oferece cobertura de saúde a mais de 67 milhões de idosos e deficientes.

Durante décadas, o governo federal esteve proibido de negociar com as empresas farmacêuticas o preço dos seus medicamentos, apesar de ser um processo de rotina para as seguradoras privadas.

“Isto significava que as empresas farmacêuticas podiam basicamente cobrar o que quisessem pelos tratamentos que salvam vidas dos quais as pessoas dependem, e todos os americanos pagaram o preço”, disse a conselheira da Casa Branca Neera Tanden aos jornalistas numa teleconferência na noite de quarta-feira.

O preço dos medicamentos nos Estados Unidos, mais elevado do que noutros países desenvolvidos, tem escapado historicamente a qualquer regulamentação ou controlo público.

É uma vitória pela qual Joe Biden poderia ter recebido o crédito exclusivo, uma vez que decorre de uma das suas leis emblemáticas, chamada “Lei de Redução da Inflação”, um plano de investimento em grande escala relacionado com a transição energética e o poder de compra.

Os negócios com medicamentos serão também um ponto essencial da campanha presidencial de Kamala Harris na corrida contra o republicano Donald Trump à Casa Branca.

A vice-Presidente norte-americana vai juntar-se hoje a Joe Biden para anunciar os preços dos medicamentos, na sua primeira aparição conjunta desde que Harris substituiu o líder democrata na candidatura às eleições de novembro, enquanto ambos lutam para convencer os eleitores de que os custos tenderão a cair após anos de inflação acima do normal.

O evento oficial acontece um dia antes de a candidata democrata revelar parte da sua agenda económica na Carolina do Norte, na qual pretende ajudar a reduzir custos e aumentar os rendimentos da classe média.

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Vendas a retalho robustas afastam receios de recessão nos EUA e impulsionam Wall Street

As vendas a retalho subiram em julho acima das estimativas e estão a aumentar o otimismo dos investidores, num momento em que os mercados já antecipam um corte de juros em setembro.

As bolsas dos Estados Unidos iniciaram a sessão desta quinta-feira em alta, animadas pela divulgação de bons indicadores económicos, que contribuíram para afastar os receios de uma recessão no país.

O índice Dow Jones abriu a subir 0,72% para 40.295,74 pontos, enquanto o S&P 500 sobe 0,84% para 5.501,13 pontos e o Nasdaq valoriza 1,17% para 17.394,545 pontos.

As vendas a retalho subiram mais que o esperado em julho, afastando os receios de um rápido abrandamento da economia norte-americana. Segundo os dados divulgados pelo Departamento do Comércio norte-americano antes da abertura do mercado, as vendas a retalho subiram 1% no mês passado, depois de terem desacelerado 0,2% em junho.

A impulsionar a negociação estão ainda os dados do emprego. O número de pedidos de subsídio de desemprego baixou inesperadamente na semana passada.

Os índices acionistas seguem, assim, a prolongar os ganhos da última sessão, depois de a inflação ter baixado os 3%, alimentando as expectativas de uma descida de juros por parte da Reserva Federal dos EUA em setembro.

A inflação nos EUA atingiu o nível mais baixo desde a pandemia, com os preços a subirem 2,9% nos 12 meses até julho, correspondendo às expectativas dos economistas. Trata-se de uma desaceleração face aos 3% registados no mês anterior.

O banco central liderado por Jerome Powell mantém a taxa dos fundos federais num intervalo entre 5,25% e 5,5% há mais de um ano, contribuindo para acelerar uma descida do índice de preços no consumidor. Na última reunião, o presidente da Fed admitiu pela primeira vez uma descida de juros em setembro, caso a inflação mantenha a tendência de descida, continuando a aproximar-se do objetivo de 2%.

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📹 Sabe o que vai mudar na ferrovia europeia?

  • ECO
  • 15 Agosto 2024

Veja as poupanças de tempo planeadas entre as principais cidades europeias, com marcos claros ao longo da rede transeuropeia de transportes.

Sabe o que vai mudar na ferrovia europeia? Neste vídeo pode ver as linhas que vão surgir nos próximos anos para tornar as viagens ferroviárias mais fáceis e rápidas na União Europeia.

Veja as poupanças de tempo planeadas entre as principais cidades europeias, com marcos claros ao longo da rede transeuropeia de transportes. Destaque para a primeira fase (Porto-Soure) da linha de alta velocidade em Portugal deverá estar pronta em 2030, estando previsto que a segunda fase (Soure-Carregado) se complete em 2032, com ligação a Lisboa assegurada via Linha do Norte. O concurso público para o lote 1 (Porto-Oiã) da primeira fase foi lançado em janeiro, e o do lote dois (Oiã-Soure) deverá ser lançado em julho. A ligação a Lisboa avançará em 2026.

Já a ligação do Porto a Vigo, na Galiza (Espanha), prevista para 2032, terá estações no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga, Ponte de Lima e Valença (distrito de Viana do Castelo). No total, segundo o anterior Governo, os custos do investimento no eixo Lisboa-Valença rondam os sete a oito mil milhões de euros.

http://videos.sapo.pt/A7z9DPJGzpPLDgHOvMmj

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Honda e:Ny1: O SUV elétrico da Honda quer recuperar o tempo perdido<span class='tag--premium'>premium</span>

O novo elétrico da Honda chega atrasado à festa da eletrificação, mas está pronto para dançar. Com espaço e potência para o dia a dia, promete ser o seu novo “eu”. Conseguirá convencer os portugueses?

Este artigo integra a sétima edição do ECO magazine, que pode comprar aqui.Depois de anos a marcar passo na corrida da eletrificação, a Honda finalmente decidiu entrar a fundo no mundo dos carros 100% elétricos.E fê-lo com o e:Ny1, um SUV compacto que promete ser o seu novo “eu” — daí o “Ny” no nome, que significa “New you”. Mas será que este novo “eu” é melhor que o antigo? A Honda, pioneira nos híbridos com o Insight em 1999, demorou a abraçar os 100% elétricos. O seu primeiro modelo, o pequeno Honda e, chegou em 2020 com uma autonomia tímida de 222 km e muito longe de ser um sucesso de vendas. Agora, com o e:Ny1, a marca japonesa quer compensar o atraso. Com 4,39 metros de comprimento, o e:Ny1 é praticamente um HR-V elétrico, embora a Honda insista que são primos afastados. É 49,5

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Walmart dispara 7% após rever em alta estimativas de vendas para o ano

A maior retalhista norte-americana melhorou as suas estimativas de vendas pela segunda vez este ano, mostrando-se mais otimista com os consumidores a procurarem produtos com preços mais baixos.

A retalhista norte-americana Walmart reviu em alta as suas previsões de vendas e de lucros pela segunda vez este ano, depois de a empresa ter reportado um conjunto de resultados que superou as estimativas dos analistas, com a empresa a beneficiar com a procura de produtos mais baratos por parte dos consumidores norte-americanos. As ações seguem a disparar mais de 7% Wall Street.

A Walmart prevê agora fechar o ano com um crescimento das vendas entre 3,75% e 4,75%, acima do intervalo de 3% a 4% que antes previa. Já o lucro ajustado por ação deverá situar-se entre 2,35 e 2,43 dólares, face aos 2,23 e 2,37 dólares antes antecipados pela companhia.

Esta melhoria das previsões surge num momento em que a retalhista continua a beneficiar com a procura por preços baixos, com os consumidores a serem forçados a fazer escolhas mais cuidadosas, face à subida da inflação.

Com uma forte presença nos EUA, a retalhista com sede em Bentonville, Arkansas, é responsável por um em cada cinco dólares gastos em comida nos Estados Unidos, segundo o analista do UBS, Michael Lasser, citado pela Reuters. O Walmart também gera cerca de 70% das suas receitas anuais com a venda de itens de uso diário, como vegetais, frutas, papel higiénico, sabonete e chocolate.

A Walmart fechou o segundo trimestre do ano com um aumento das receitas de 4,8% para 169,3 mil milhões de dólares, números que superaram as estimativas dos analistas de 168,53 mil milhões de dólares.

Os investidores estão a aplaudir estes números, com as ações da empresa a dispararem mais de 7% para 73,42 dólares. Desde o início do ano, os títulos sobem 39,8%.

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Greve na easyJet com adesão de 73% segundo companhia e “próxima dos 100%” segundo sindicato

  • Lusa
  • 15 Agosto 2024

A companhia de aviação refere que "a maioria dos voos programados para hoje serão realizados no período da tarde, o que pode influenciar positivamente estes números ao longo do dia".

A greve na easyJet está a registar uma adesão de 73%, segundo a companhia, mas o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) aponta para um nível “próximo dos 100%”, com “93% dos voos cancelados”.

Numa nota enviada à agência Lusa, a easyJet refere que, “até ao momento, a adesão à greve da tripulação tem sido de 73%”, salientando que “a maioria dos voos programados para hoje serão realizados no período da tarde, o que pode influenciar positivamente estes números ao longo do dia”.

“Para referência, temos oito voos agendados para a manhã e 22 para a tarde”, detalhou.

Contactada pela Lusa, Ana Dias, do SNPVAC, apontou, contudo, um nível de adesão à greve “próximo dos 100%, porque 93% dos voos já foram cancelados, sem contar com os serviços mínimos”.

“Agora temos ainda 18 ligações nestes três dias [de greve] que poderão ser canceladas ou não, dependendo do resto da adesão dos tripulantes”, acrescentou.

Relativamente aos 73% de adesão avançados pela easyjet, a responsável sindical disse que “só se estiverem a contar com os voos operados por outros tripulantes de outras bases”, mas salientou que “eles não estão em greve, quem está em greve são os tripulantes portugueses”.

“Ou então estão a contar com os serviços mínimos… Não sei bem que contas são essas”, disse.

A greve convocada pelo SNPVAC na companhia aérea easyJet arrancou esta quinta e pode, até sábado, afetar os voos da transportadora aérea.

O SNPVAC convocou três dias de greve para todos os voos realizados pela easyJet, bem como para os demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos, “cujas horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 00:01 do dia 15 de agosto e fim às 24:00 do dia 17 de agosto”, segundo o pré-aviso entregue no dia 31 de julho.

Assim, um voo que tenha origem fora de Portugal, com destino, por exemplo, a Lisboa e regresso à base de origem não está abrangido pelo pré-aviso de greve.

A easyJet, por sua vez, disse que planeia operar 62% dos voos programados com origem ou destino em Portugal antes da greve de tripulantes de cabine, o que inclui os não abrangidos pelo pré-aviso de greve.

“Devido a esta ação de greve desnecessária, a easyJet teve de cancelar alguns voos do seu programa. No entanto, a companhia aérea planeia operar 62% do seu programa de voos em Portugal durante o período da greve”, referiu, numa nota enviada à Lusa.

Questionada pela Lusa, a easyJet esclareceu que “os 62% referem-se à operação original de voos programados com origem ou destino em Portugal antes da greve”, ou seja, “a companhia prevê operar 62% dos voos originalmente programados que tocam em Portugal”.

“Entre 15, 16 e 17 de agosto, estávamos a planear 1.138 voos de e para Portugal, mas tivemos de cancelar 232 voos devido à greve. Isto significa que, de e para Portugal, estamos a planear voar 906 voos”, disse a transportadora.

O SNPVAC apelou para o “bom senso da empresa, para que possa ceder nas justas reivindicações dos seus trabalhadores” e que “em vez de cancelar voos em série encontre soluções para evitar” a greve.

A greve foi aprovada em assembleia-geral, com 99% de votos a favor, e o sindicato acusa a empresa de ignorar as várias tentativas de resolução de questões laborais, entre as quais a falta de pessoal e o aumento do número de horas de trabalho.

A companhia adiantou que os clientes dos voos cancelados já foram contactados e que terão direito a um reembolso ou à transferência gratuita para um novo voo.

A easyJet aconselhou ainda os clientes que viajam de e para Portugal no período da greve a verificar o estado dos seus voos.

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China pondera novos estímulos à economia após novo travão em julho

A produção industrial chinesa abrandou, em julho, pelo terceiro mês consecutivo, demonstrando que a segunda maior economia do mundo continua com dificuldades para recuperar.

O banco central da China está a ponderar avançar com novas medidas para impulsionar o crescimento da economia, na segunda metade do ano, assim como acelerar a implementação das medidas já anunciadas, anunciou o governador Pan Gongsheng

Em entrevista à televisão estatal CCTV, e citado pela Reuters, o responsável não especificou quais serão as medidas, cujo anúncio surge no mesmo dia em que o país divulgou que a produção industrial abrandou pelo terceiro mês consecutivo, em julho.

A produção industrial chinesa cresceu 5,1% face ao período homólogo, abaixo dos 5,3% registados em junho e das estimativas dos analistas de um aumento de 5,2%.

Apesar da contração da produção industrial, as vendas a retalho aumentaram 2,7% em julho, acima da subida de 2% registada um mês antes.

A economia chinesa tem enfrentado alguns desafios. No segundo trimestre do ano, o PIB chinês cresceu 4,7%, abaixo da previsão dos analistas. O valor no segundo trimestre foi muito inferior ao ritmo de crescimento homólogo de 5,3% registado no primeiro trimestre do ano.

Ainda assim, a economia cresceu a um ritmo de 5% no primeiro semestre do ano, o que corresponde ao objetivo fixado por Pequim para este ano.

 

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Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 15 Agosto 2024

A Euribor, que serve como indexante para os créditos à habitação, manteve-se acima de 3% nos três prazos. A taxa a três meses permanece acima da taxa a seis e a 12 meses.

A taxa Euribor subiu esta quinta-feira a três meses e desceu a seis e a 12 meses face a quarta-feira, mantendo-se acima de 3% nos três prazos. Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que subiu para 3,549%, continuou acima da taxa a seis meses e da taxa a 12 meses.

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, baixou esta quinta para 3,375%, menos 0,023 pontos, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também recuou hoje, para 3,117%, menos 0,031 pontos, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • A Euribor a três meses subiu para 3,549%, mais 0,007 pontos, depois de ter atingido 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do ‘stock’ de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,7% e 25,7%, respetivamente.

Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente do BCE, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que, entretanto, forem sendo conhecidos.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Donald Trump promete atacar a inflação e fazer crescer a economia

  • Lusa
  • 15 Agosto 2024

Trump disse que "com quatro anos de Harris, as finanças nunca se recuperarão" e acrescentou que há um risco de um 'crash' [queda acentuada] da economia, como houve em 1929.

O candidato republicano Donald Trump prometeu na quarta-feira que, se ganhar as eleições presidenciais em novembro, vai atacar a inflação, fazer crescer a economia e reduzir as despesas com energia a metade.

Ao discursar durante um evento eleitoral em Asheville, no Estado da Carolina do Norte, Trump falou sobre economia, mas sem evitar os ataques à sua oponente, a vice-presidente democrata Kamala Harris, e ao atual titular do cargo de presidente dos EUA, Joe Biden.

Em concreto, acusou o governo de Biden de ter causado uma subida generalizada de preços.

“Com quatro anos de Harris, as finanças nunca se recuperarão”, disse Trump, que acrescentou que há um risco de um ‘crash’ [queda acentuada] da economia, como houve em 1929.

Pela sua parte, garantiu que iria haver um ‘boom’ económico se ganhar as eleições, o que conduziria a uma descida de preços.

Um dos apoios para o seu plano viria dos combustíveis fósseis, que permitiria “cortar, pelo menos, para metade os preços da eletricidade”, ao mesmo tempo que criticou a “ameaça de Harris de proibir o ‘fracking'”, em alusão à técnica de fraturação hidráulica usada para obter gás e petróleo.

Por outro lado, Trump voltou a acusar a equipa de Harris e o seu companheiro de lista, o governador do Estado do Minesota, Tim Walz, de lhe roubarem ideias, como a de eliminar os impostos federais incidentes em atividades nos setores de hotelaria e serviços.

Na Carolina do Norte, um Estado-chave nas eleições deste ano, o republicano não evitou as suas temáticas recorrentes como a imigração indocumentada, que classificou como uma nova categoria de criminalidade, o “crime migratório”, que disse ter provocado a chegada de “traficantes de droga e assassinos” aos EUA.

Disse ainda que os crimes na Venezuela baixaram 72% graças a todos os criminosos que chegaram aos EUA, em resultado da política de “fronteiras abertas” do governo de Biden.

Voltou ainda a prometer a maior deportação da história do país, operação que vai por em marcha assim que tomar posse, no caso de ganhar as eleições.

Neste mesmo dia, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que a taxa de inflação anual alcançou em julho o seu nível mais baixo em mais de três anos.

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#9 As férias de Pedro Carvalho. Não levar “absolutamente nada”, de forma a poder focar nas pessoas

O CEO da Generali Tranquilidade aproveita às férias para dedicar-se à família e aos amigos, mas admite que podem acontecer "alguns contactos de natureza mais urgente".

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

 

Família é prioridade, reflexões estratégicas só no regresso

Nestas férias, o CEO da Generali Tranquilidade, Pedro Carvalho, vai optar por focar na família e amigos e deixar os livros, séries e podcasts fora da bagagem. Admite que não vai desligar totalmente até porque os negócios não param, mas é defensor que as decisões estratégicas fazem-se em equipa. Após o merecido descanso, o gestor acredita que o regresso ao trabalho será marcado pelo Orçamento de Estado e pela “corrida à Casa Branca” – que “vai certamente agitar os mercados bolsistas”.

Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?

Este ano opto por não levar nada, absolutamente nada – nem texto, nem áudio, nem vídeo. Quero focar-me nas pessoas com quem vou ter alguns dias de férias: família e amigos.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

A verdade é que a vida não para só porque alguém vai de férias. Os clientes, os parceiros e a companhia não fecham, pelo que é natural que alguns contactos de natureza mais urgente, ou particularmente importantes ocorram, durante este período.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

De todo. Decisões e reflexões estratégicas fazem-se em equipa e introspeções podem e devem fazer-se ao longo do ano – não acredito muito na eficácia das reflexões com “hora marcada” nem em visões resultantes das introspeções de um só indivíduo. Para mim, férias são o período em que dedico mais tempo ao lazer e à vida em família.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

O setor financeiro e o segurador, em particular, são especialmente sensíveis ao desempenho da economia e dos mercados financeiros (capitais, taxas de juro e inflação também). Em Portugal, certamente a aprovação do Orçamento de Estado será chave para a nossa economia e vida quotidiana, no próximo triénio, em que, a nível internacional, enfrentamos um contexto particularmente volátil.

Entretanto, a “corrida à Casa Branca” vai certamente agitar os mercados bolsistas. E os conflitos na Ucrânia e na Palestina têm potencial para voltar a atrapalhar a estabilização da inflação e a redução das taxas de juro.

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PSP alerta para aumento do ‘spoofing’ que pode culminar em burlas

  • Lusa
  • 15 Agosto 2024

A polícia aconselha a duvidar de qualquer chamada telefónica ou SMS que contenha uma saudação genérica em vez do nome real do recetor ou de uma mensagem personalizada dirigida ao recetor.

A PSP alertou esta quinta-feira que no primeiro semestre deste ano tem registado “diversas ocorrências” relacionadas com ‘spoofing’, prática que consiste em falsificar dados pessoas e pode culminar em burlas informáticas.

Em comunicado, a Direção Nacional da PSP avança com diversos conselhos de segurança e pede que se denunciem todas as burlas, incluindo meras tentativas.

“Proteja-se dos criminosos que se protegem atrás de um ecrã”, sublinha a PSP.

O ‘spoofing’ consiste na falsificação de uma entidade como ‘email’, número de telefone, ‘site’, endereço IP, entre outros, para dar uma aparência de legitimidade e de confiança naquele contacto, tendo em vista iludir a vítima.

Segundo a PSP, os casos registados “mais recorrentes” reportam-se a ‘spoofing’ de ‘email’ e de chamadas e SMS (mensagens).

“O cibercriminoso, com recurso a sistemas informáticos, reproduz endereços de ‘email’ e números telefónicos, fazendo-se passar por entidades bancárias, empresas amplamente conhecidas ou instituições públicas, com o objetivo de obter os dados pessoais da vítima ou credenciais para fins criminosos”, descreve a Direção Nacional na nota divulgada hoje.

A PSP alerta que “estas situações podem acontecer a qualquer pessoa”, razão pela qual frisa: “A prevenção é o melhor método de segurança”.

A polícia aconselha a duvidar de qualquer chamada telefónica ou SMS que contenha uma saudação genérica em vez do nome real do recetor ou de uma mensagem personalizada dirigida ao recetor.

No caso das mensagens ou telefonemas por parte de alegadas entidades bancárias, onde sejam solicitados códigos, credenciais ou palavras passe, deve ser verificada a veracidade do pedido junto da entidade bancária em questão.

Já perante ‘emails’ ou SMS que contenham ‘links’ duvidosos, devem os mesmos ser ignorados e as mensagens de imediato eliminadas.

É ainda recomendado que não se coloque o contacto telefónico nas redes sociais e que se bloqueie manualmente números provenientes de chamadas indesejadas e duvidosas.

É considerado importante “respeitar o alerta sobre chamadas ou SMS marcadas como ‘spam’ [lixo] nos aparelhos telefónicos mais recentes”.

E, ao receber um ‘email’ ou outra qualquer comunicação que evidencie a prática de ‘spoofing’, deve ser informado o suposto remetente sobre o sucedido, no sentido de ajudar a impedir novos ciberataques deste tipo.

“Podem fazê-lo nos sites das empresas visadas que, normalmente, possuem páginas onde é possível relatar ‘spoofing’ e outros problemas de segurança”, conclui a PSP.

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