PSI em baixa com Ibersol e Galp Energia a liderarem as perdas

  • Lusa
  • 15 Agosto 2024

A bolsa lisboeta segue em queda ligeira, a contrariar os ganhos das congéneres europeias, que estão a reagir positivamente aos números do PIB no Reino Unido.

A bolsa de Lisboa segue a negociar em baixa na sessão desta quinta-feira, com seis dos 16 títulos do PSI a caírem, liderados pelos da Ibersol e Galp Energia, que desciam, respetivamente, 1,12% e 0,81%.

O PSI seguia a deslizar 0,04% para 6.600,51 pontos, com seis ‘papéis’ a descer, oito a subir e dois a manter a cotação (EDP Renováveis em 14,16 euros e Corticeira Amorim em 8,82 euros).

Às ações da Ibersol e Galp Energia, que desciam, respetivamente, 1,12% para 7,06 euros e 0,81% para 18,91 euros, seguiam-se as da Greenvolt, que se desvalorizavam 0,60% para 8,30 euros.

Em queda estavam também os títulos da Sonae, CTT e EDP, que recuavam 0,43% para 0,93 euros, 0,36% para 4,16 euros e 0,08% para 3,71 euros.

Em sentido contrário, as ações da Semapa e da Altri valorizavam 0,85%, respetivamente para 14,22 euros e 4,76 euros, as da Navigator ganhavam 0,78% para 3,63 euros e as da Mota-Engil subiam 0,69% para 3,48 euros.

Em alta estavam também os títulos da NOS, REN, BCP e Jerónimo Martins, a valorizar 0,57%, 0,42%, 0,31% e 0,12%, para 3,51 euros, 2,37 euros, 0,39 euros e 16,30 euros, respetivamente.

As principais bolsas europeias estavam hoje em alta, após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, depois de Wall Street ter fechado com ganhos na quarta-feira face ao abrandamento da inflação nos EUA.

Num dia marcado pela publicação de diversos indicadores macroeconómicos, pelas 09:15 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a subir 0,38% para 506,01 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt avançavam 0,10%, 0,18% e 0,59%, bem como as de Madrid e Milão, que se valorizavam 0,38% e 1,00%, respetivamente.

Na Europa, os investidores estavam pendentes da divulgação de dados do PIB do Reino Unido, que cresceu 0,6% no segundo trimestre.

Em Wall Street, os principais índices fecharam na quarta-feira a verde, depois de se saber que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos EUA caiu uma décima em julho, para 2,9%.

Estes são os melhores dados de inflação desde março de 2021, aumentando as expectativas de que a Reserva Federal dos EUA (Fed) comece a cortar as taxas de juro em setembro.

Neste contexto, o Dow Jones subiu 0,61%, o S&P 500, 0,38% e o tecnológico Nasdaq 0,03%.

Esta quinta são publicados nos EUA outros indicadores macroeconómicos relevantes, como a produção industrial e as vendas a retalho.

No Japão foi publicado o PIB do segundo trimestre, que cresceu 0,8% em termos trimestrais graças à recuperação do consumo, do investimento imobiliário e das exportações.

Já na China foi conhecida a evolução da produção industrial, que cresceu 5,1% em termos homólogos em julho, uma percentagem inferior à do mês anterior.

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EUA a um passo de superar domínio britânico no turismo em Portugal

Entre janeiro e junho Portugal recebeu mais de um milhão de turistas norte-americanos, surgindo atrás do Reino Unido e posicionando-se como o segundo país de onde vêm mais hóspedes estrangeiros.

Há cada vez mais turistas norte-americanos a viajarem para Portugal. Segundo os dados revelados pelo INE esta quarta-feira, que mostram um crescimento de 4,5% no turismo no primeiro semestre, entre janeiro e junho o turismo registou mais de um milhão de turistas provenientes dos Estados Unidos, o que representa um crescimento de 15% face ao período homólogo de 2023.

Além dos EUA, apenas o Reino Unido, que continua a liderar o ranking com mais turistas em Portugal, registou mais de um milhão de hóspedes a Portugal até ao final de junho. Os EUA surgem assim como o segundo país origem de turistas não residentes, colado ao Reino Unido, o principal mercado para o setor turístico nacional.

No primeiro semestre do ano, o INE contabilizou cerca de 1,2 milhões de turistas britânicos, mais 119 mil turistas que os Estados Unidos e um aumento de 6% face ao período homólogo.

O Reino Unido é historicamente o principal contribuidor da atividade turística nacional, com um peso de 13% nos turistas estrangeiros e de 18% nas dormidas – 4,7 milhões das 25 milhões de dormidas de hóspedes não residentes foram geradas por britânicos –, contudo os Estados Unidos têm vindo a ganhar relevância nos últimos anos e ultrapassaram países como Espanha ou a Alemanha.

O número de turistas norte-americanos têm vindo a aumentar nos últimos anos, com a popularidade de Portugal enquanto destino de férias a crescer nos Estados Unidos. O número de turistas americanos quase duplicou no espaço de dois anos, passando de 584,7 mil na primeira metade de 2022, para 902 mil até junho de 2023 e mais de um milhão no último semestre.

Estrangeiros pesam quase dois terços dos hóspedes

A atividade turística, que mantém uma dinâmica de crescimento positiva, tem contado com o contributo dos estrangeiros. No primeiro semestre do ano, o INE revela que foram registados 14,4 milhões de turistas, mais 5,6% que no período homólogo. Destes, 8,8 milhões, ou 62%, são estrangeiros.

Em termos de dormidas, os EUA são o quinto maior mercado, com 2,35 milhões de dormidas no primeiro semestre, atrás do Reino Unido, Alemanha, Espanha e França. Tal como acontece no número de hóspedes, também nas dormidas, os estrangeiros representam a maior fatia.

Do total das dormidas, 25,5 milhões, ou 71,5%, foram geradas por hóspedes estrangeiros. Os cinco principais mercados – Reino Unido, Alemanha, Espanha, França e EUA – geraram 14,4 milhões de dormidas, mais de metade do total de dormidas de estrangeiros.

Em termos globais, as dormidas registaram um crescimento de 4,5%, atingindo 35,5 milhões, dando origem a aumentos de 12,3% nos proveitos totais e de 12,1% nos de aposento, uma evolução determinada pelo contributo dos estrangeiros.

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Greve na easyJet pode afetar voos a partir desta quinta-feira

  • Lusa
  • 15 Agosto 2024

A greve convocada pelos tripulantes, que vai durar três dias, forçou a easyjet a cancelar 232 voos. A companhia diz que vai operar 62% dos voos programados antes da greve.

A greve convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) na companhia aérea easyJet arranca esta quinta-feira e pode, até sábado, afetar os voos da transportadora aérea.

O SNPVAC convocou três dias de greve para todos os voos realizados pela easyJet, bem como para os demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos, “cujas horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 00:01 do dia 15 de agosto e fim às 24:00 do dia 17 de agosto”, segundo o pré-aviso entregue no dia 31 de julho.

Assim, um voo que tenha origem fora de Portugal, com destino, por exemplo, a Lisboa e regresso à base de origem não está abrangido pelo pré-aviso de greve.

A easyJet, por sua vez, disse que planeia operar 62% dos voos programados com origem ou destino em Portugal antes da greve de tripulantes de cabine, o que inclui os não abrangidos pelo pré-aviso de greve.

“Devido a esta ação de greve desnecessária, a easyJet teve de cancelar alguns voos do seu programa. No entanto, a companhia aérea planeia operar 62% do seu programa de voos em Portugal durante o período da greve”, referiu, numa nota enviada à Lusa.

Questionada pela Lusa, a easyJet esclareceu que “os 62% referem-se à operação original de voos programados com origem ou destino em Portugal antes da greve”, ou seja, “a companhia prevê operar 62% dos voos originalmente programados que tocam em Portugal“.

“Entre 15, 16 e 17 de agosto, estávamos a planear 1.138 voos de e para Portugal, mas tivemos de cancelar 232 voos devido à greve. Isto significa que, de e para Portugal, estamos a planear voar 906 voos”, disse a transportadora.

O SNPVAC apelou para o “bom senso da empresa, para que possa ceder nas justas reivindicações dos seus trabalhadores” e que “em vez de cancelar voos em série encontre soluções para evitar” a greve.

A greve foi aprovada em assembleia-geral, com 99% de votos a favor, e o sindicato acusa a empresa de ignorar as várias tentativas de resolução de questões laborais, entre as quais a falta de pessoal e o aumento do número de horas de trabalho.

A companhia adiantou que os clientes dos voos cancelados já foram contactados e que terão direito a um reembolso ou à transferência gratuita para um novo voo.

A easyJet aconselhou ainda os clientes que viajam de e para Portugal no período da greve a verificar o estado dos seus voos.

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Montenegro anuncia suplemento extra de 100 a 200 euros para reformas mais baixas

  • ECO
  • 14 Agosto 2024

Na rentrée política do PSD, o chefe de Governo anunciou três medidas: um suplemento extra para as pensões mais baixas em outubro, um passe ferroviário de 20 euros mensais e mais vagas em medicina.

O primeiro-ministro arrancou a Festa do Pontal, a primeira em que o PSD está no poder desde 2015, na defensiva. “Não estamos a tomar medidas menores”, disse no calçadão de Quarteira, Algarve. Luís Montenegro garantiu que o seu Governo não está a “resolver problemas pequenos”, mas a tratar “estrategica e estruturalmente do futuro de Portugal”.

Num discurso de cerca de meia hora, o chefe de Governo deixou para o fim o anúncio de um suplemento para as pensões mais baixas. Em outubro, mês da apresentação do Orçamento do Estado para 2025, quem recebe até 509,26 euros (um IAS – Indexante de Apoios Sociais) receberá um cheque extra de 200 euros. Para as pensões entre os 509,26 e 1018,52 euros, o suplemento será de 150 euros. Já as reformas entre os 1.018,62 e 1.527,78 euros receberão mais 100 euros.

Montenegro reiterou que o Complemento Solidário para Idosos atingirá 820 euros em 2028 e garantiu que as pensões vão continuar a crescer ao ritmo da inflação, uma diferença face a “outros”, numa farpa ao Governo de António Costa que em 2022 antecipou aumentos aos pensionistas e, depois suspendeu durante meses, a atualização das reformas pela inflação.

Sob pressão na saúde, com urgências encerradas durante o verão, o chefe de Governo começou por não querer entrar na polémica “absurda” sobre a execução do plano de 60 dias. Mas, ainda assim, acusou de “elevada desonestidade política e intelectual” quem criou a tese de “que em 60 dias” os problemas da saúde seriam resolvidos. “O que o Governo prometeu foi apresentar um plano a 60 dias, que será aplicado em 2024 e 2025”, disse.

Depois de enumerar algumas medidas, como a linha telefónica para grávidas, Montenegro garante que o Governo “não está distraído” e que, na saúde, “a situação é muito melhor do que era no ano passado”. E deixou a promessa: “No próximo ano vai ser melhor do que é este ano”.

Para essa meta, Montenegro deixa um recado “à visão corporativista” dos médicos e frisa que Portugal “precisa de mais médicos”. Segundo contas do Governo, este ano um “pouco mais 1.500 médicos” vão aposentar-se, um número que se repetirá em 2025. Assim, outra medida passa por aumentar as vagas em medicina nas universidades de Évora e de Trás-os-Montes e Alto Douro.

A terceira medida será a apresentação de um Plano de Mobilidade Verde em setembro, entre as quais consta a criação de um passe ferroviário de 20 euros mensais, que dá acesso a todos os comboios – urbanos, regionais e intercidades. “Quem quiser ir de Braga a Faro, poderá ir por 20 euros por mês”, explicou.

No ano passado, ainda na oposição, Montenegro tinha proposto na Festa do Pontal um “choque fiscal” com a redução das taxas de IRS em todos os escalões, menos no último. A medida avançou mas não como queriam os social-democratas, que entretanto formaram Governo com o CDS-PP. Os socialistas já tinham feito mais de metade do caminho quando aprovaram uma baixa fiscal para este ano no OE2024 e conseguiram – uma vez que têm o mesmo número de deputados que o PSD no Parlamento – atrair votos suficientes para reforçar a redução das taxas de IRS, mas só até ao sexto escalão.

 

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OMS declara mpox emergência global de saúde

  • Lusa
  • 14 Agosto 2024

"Isto é algo que nos devia preocupar a todos... O potencial para uma disseminação além África é muito preocupante", disse o diretor geral da Organização Mundial de Saúde.

A Organização Mundial de Saúde declarou esta quarta-feira o surto de mpox em África como emergência global de saúde, com casos confirmados entre crianças e adultos de mais de uma dezena de países e uma nova variante em circulação.

No início da semana, o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África) anunciou que o surto de mpox era uma emergência de saúde pública, com mais de 500 mortes confirmadas, apelando para ajuda internacional para travar a disseminação do vírus. “Isto é algo que nos devia preocupar a todos… O potencial para uma disseminação além África é muito preocupante”, disse o diretor geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, adiantou a Associated Press (AP).

O continente africano tem poucas vacinas disponíveis de momento. O diretor-geral da OMS já tinha anunciado hoje que prolongou por um ano as recomendações permanentes contra o risco crónico do vírus mpox em vários países africanos, na sequência do novo surto.

“Decidi prolongar as recomendações permanentes por mais um ano para ajudar os países a responder ao risco crónico de varíola”, disse Ghebreyesus na reunião do comité de emergência da OMS sobre o novo surto da chamada “varíola dos macacos” na República Democrática do Congo (RDCongo), mas também no Burundi, Quénia, Ruanda e Uganda, que até agora não tinham reportado casos da doença.

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Grândola vai alterar PDM para aumentar intensidade turística

  • Lusa
  • 14 Agosto 2024

A proposta atualiza a intensidade turística do concelho de Grândola de 14.294 para 17.153 camas, graças à celebração de um acordo de redistribuição interconcelhia da intensidade turística.

A proposta de alteração do Plano Diretor Municipal (PDM) de Grândola, em consulta pública, prevê o aumento da intensidade turística em mais 2.859 camas, fruto de um acordo com os municípios de Santiago do Cacém e Odemira. O documento, cujo período de discussão pública decorre até 7 de outubro, atualiza a intensidade turística efetiva (ITCE) do concelho de Grândola, no distrito de Setúbal, de 14.294 para 17.153 camas, graças à celebração de um acordo de redistribuição interconcelhia da intensidade turística.

Segundo o documento, consultado hoje pela agência Lusa, este acordo, que assenta numa norma do Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo (PROTA), pode ser estabelecido “sempre que é ultrapassada a intensidade turística concelhia efetiva”, ou seja, camas executadas, em execução ou aprovadas.

E dá à Câmara de Grândola a possibilidade de “proceder à negociação para a redistribuição interconcelhia da intensidade turística” através de acordos com os restantes municípios do litoral alentejano. Esta poderá ser a solução encontrada pelo município alentejano para dar resposta ao “elevado número” de Pedidos de Informação Prévia (PIP) “pendentes/suspensos”, que antecipava a “ultrapassagem da ITCE máxima definida no Plano Diretor Municipal (14.915 camas)” do concelho.

Um PIP é um procedimento destinado a obter, a título prévio, informação e deliberação vinculativa sobre a viabilidade de uma operação urbanística concreta ou um conjunto de operações urbanísticas diretamente relacionadas, de acordo com o Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE).

Em abril de 2022, a Assembleia Municipal de Grândola aprovou a suspensão parcial do PDM nas freguesias de Carvalhal e de Melides e na União das Freguesias de Grândola e Santa Margarida da Serra e a adoção de “medidas preventivas” para impedir a especulação imobiliária.

Estas medidas interditavam “a instalação de todos os tipos de novos empreendimentos turísticos isolados (ETI) e de núcleos de desenvolvimento turístico (NDT), bem como quaisquer operações urbanísticas relativas a empreendimentos turísticos com aumento da capacidade autorizada”.

Dois anos volvidos, e de acordo com a proposta de alteração do PDM, foram encetadas “negociações com os cinco concelhos que integram a sub-região do Alentejo Litoral, com vista ao aumento da intensidade turística do Município de Grândola”. Nessas negociações, “foi consensual” que Grândola, “pelas suas características territoriais, é o concelho que apresenta o maior potencial e procura turística do Alentejo Litoral e, em contrapartida, é o segundo concelho com menor ITC máxima”, lê-se no documento.

Com base nesta premissa, os municípios de Santiago do Cacém, distrito de Setúbal, e Odemira, no de Beja, entenderam que “a ITC de que dispõem é superior às suas necessidades turísticas”, pelo que poderão “ceder parte das suas camas, num total de 2.859 camas, que corresponde à percentagem máxima admitida pelo PROTA”. “Considerando a futura ITCE Máxima de 17.153 camas, resulta que ainda existe espaço para o licenciamento de 4.732 camas, a aprovar nos termos e condições estabelecidos na nova redação” do PDM de Grândola, refere o documento.

A proposta de alteração do PDM estabelece ainda a “possibilidade de licenciamento de estabelecimentos hoteleiros e empreendimentos de Turismo de Habitação (TH), localizados em todos os aglomerados urbanos, e o licenciamento de empreendimentos de Turismo em Espaço Rural (TER) e TH em solo rústico (incluindo os aglomerados rurais), com critérios e parâmetros distintos, em função da sua localização”.

“Quanto às camas previstas para empreendimentos turísticos que correspondam à execução de planos territoriais de âmbito municipal, anteriores à data da entrada em vigor do PROTA, estabelece a norma 170 que a intensidade turística definida para cada concelho não prejudica as ações validamente autorizadas, as informações prévias favoráveis válidas [e] os projetos que tenham sido objeto de declaração de impacte ambiental favorável”, lê-se no documento.

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Grupo Mercan Properties com novos hotéis em Beja e Évora

  • Lusa
  • 14 Agosto 2024

Com um investimento de 16,8 milhões de euros, o novo Holiday Inn Beja, de quatro estrelas, vai abrir na segunda-feira. Já o Holiday Inn Express Évora “encontra-se em fim de construção”.

O Grupo Mercan Properties vai abrir um novo hotel, na segunda-feira, em Beja, e prevê inaugurar outro, na segunda quinzena de setembro, em Évora, após um investimento global de 33,6 milhões de euros. As datas previstas para a abertura destas novas unidades hoteleiras, ambas com as insígnias Holiday Inn, foram reveladas pelo Grupo Mercan Properties numa resposta a questões colocadas pela agência Lusa através de correio eletrónico.

Com um investimento de 16,8 milhões de euros, adiantou, o novo Holiday Inn Beja, de quatro estrelas, vai abrir na segunda-feira, dispondo de 95 quartos, bar, restaurante, piscina exterior, parque de estacionamento e espaço comercial com lojas de retalho.

A fachada do Holiday Inn Beja conta com uma obra do reconhecido artista Vhils que honrará a região alentejana”, assinalou, indicando que os pormenores sobre a obra serão apresentados durante a inauguração do hotel. Porém, os dois murais com as caras dos poetas alentejanos Florbela Espanca e Mário Beirão já podem ser vistos na fachada do edifício.

Já o Holiday Inn Express Évora, de três estrelas, com investimento idêntico, “encontra-se em fim de construção” e vai ter 76 quartos, piscina exterior, restaurante, bar e sala de reuniões, precisou o promotor.

O grupo revelou que, no total, “os dois hotéis vão criar 53 postos de trabalho na região, 31 no Holiday Inn Beja e 22 no Holiday Inn Express Évora”, além de “cerca de uma centena [de postos de trabalho] criada durante a construção”. “Ambos os hotéis privilegiam a proximidade aos centros urbanos e aos principais pontos turísticos das cidades”, salientou o Mercan Properties, dando como exemplo o caso do Holiday Inn Beja, localizado próximo do Castelo e da Sé de Beja.

Já o Holiday Inn Express Évora situa-se na zona das Portas de Avis, perto da muralha e do Templo Romano, acrescentou. A gestão hoteleira de ambos os hotéis ficará a cargo da AHM – Ace Hospitality Management, empresa que pertence ao Grupo Mercan Properties.

Estes dois hotéis vão juntar-se ao Hilton Garden Inn Évora, também do Grupo Mercan Properties, inaugurado em 2023, encontrando-se em construção uma outra unidade hoteleira no Alentejo, de quatro estrelas, na Praia da Costa de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém (distrito de Setúbal).

O Grupo Mercan Properties desenvolve projetos imobiliários no ramo do turismo em Portugal e conta, atualmente, com 32 projetos no país, nove dos quais já em operação.

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Emprego público atinge novo máximo e sobe para quase 750 mil

No segundo trimestre, o Estado criou mais 3.831 postos de trabalho, em termos homólogos, um aumento de 0,5%, sobretudo à boleia do crescimento do número de funcionários nas autarquias.

O número de funcionários públicos subiu para 749.678, no segundo trimestre do ano, atingindo um novo máximo da série, que se inicia em 2011, segundo a síntese estatística da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), publicada esta quarta-feira. Este crescimento deveu-se sobretudo à criação de postos de trabalho nas câmaras municipais.

São mais 3.831 postos de trabalho na comparação com o mesmo período do ano passado, o que corresponde a um aumento de 0,5%. Face ao trimestre anterior, o número de funcionários praticamente estabilizou, ainda que se tenha registo uma ligeira subida de 0,1% ou de 632. Analisando o início da série, que se reporta a 31 de dezembro de 2011, o salto foi de 3%, o que significa que foram contratados mais 21.977 em relação aos 727.701 funcionários que o Estado empregava na altura.

Este incremento no emprego público deveu-se sobretudo ao aumento de funcionários nas “câmaras municipais (nomeadamente nos técnicos superiores e assistentes operacionais)”, indica o mesmo relatório. Em concreto, as autarquias integraram mais 3.885 funcionários, o que corresponde a uma subida de 2,9% para 137.438, entre abril e junho.

Na administração central foram criados mais 527 postos de trabalho (0,1%), “destacando-se o crescimento do emprego nas Entidades Públicas Empresariais (EPE) do SNS (em resultado da transição dos trabalhadores dos agrupamentos de centros de saúde e outras entidades do setor público administrativo) e nos institutos públicos, neste caso explicado principalmente pela transferência de pessoal de serviços regionais de várias entidades para as comissões de coordenação e desenvolvimento regionais, bem como para o Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências, I.P.”, observa a DGAEP.

Em comparação com o final do trimestre anterior, “o emprego no setor das administrações públicas aumentou 632 postos de trabalho (+0,1%), em resultado sobretudo do aumento do emprego na administração local”, onde foram criados 1.168 postos de trabalho, o que se traduziu numa variação em cadeia de 0,9%, “maioritariamente nas câmaras municipais”, de acordo com o documento.

Já na administração central, a evolução trimestral foi praticamente nula, tendo registado uma ligeira descida de 224 trabalhadores. A DGAEP destaca que houve uma diminuição de 755 postos de trabalho na área governativa da Educação, Ciência e Inovação, atingindo maioritariamente docentes, assistentes operacionais e técnicos superiores, e uma redução de 425 lugares na área da Saúde, “sobretudo médicos, refletindo um padrão que se tem verificado ao longo da série, no segundo trimestre”, assinala. Isto poderá indicar, no caso dos professores contratados, o fim do vínculo, com o fim do ano letivo. Já em relação aos médicos, poderá também indiciar algum nível precariedade com o termo dos contratos.

“Em sentido contrário, salienta-se o aumento do número de trabalhadores na Administração Interna (+1.081), refletindo, em parte, as contratações a termo de vigilantes da floresta, de natureza sazonal, bem como de guardas da GNR”, segundo a mesma síntese estatística.

Por carreira, aquela que “registou a maior variação absoluta homóloga foi a de técnico superior, com um aumento de 2.320 trabalhadores (+3%)”. “Os representantes do poder legislativo e de órgãos executivos registaram a maior variação percentual positiva (+4,4%), que se traduziu em mais 178 trabalhadores face ao período homólogo”, indica a DGAEP.

Já “a maior diminuição absoluta face ao 2º trimestre de 2023 ocorreu nas forças armadas e de segurança“, que viram ser destruídos 692 postos de trabalho, o que corresponde a uma queda de 0,9%.

A 30 de junho, mais de metade (53,8%) dos trabalhadores das administrações públicas estavam concentrados nas carreiras de assistente operacional (169,6 mil trabalhadores), professor do ensino básico e secundário (141,6 mil) e assistente técnico (91,7 mil). Se somarmos os técnico superior (80,9 mil), “estas carreiras totalizavam quase dois terços (64,5%) do total de trabalhadores das administrações públicas”, conclui a síntese.

Salário base sobe 7,1% para 1.754,50 euros

Quanto à evolução do salário médio bruto no Estado, o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo no setor das Administrações Públicas situava-se em 1.754,50 euros, em abril, o que corresponde a um aumento de 7,1% ou de 116,4 euros em comparação com o período homólogo, isto é, com abril do ano passado.

O crescimento do ordenado médio deve-se “ao efeito conjugado da entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios, de medidas de valorização remuneratória aprovadas para os trabalhadores em funções públicas” e da atualização do valor do salário mínimo para 820 euros e do valor da base remuneratório da administração pública para 821,83 euros.

Já o ganho médio mensal, que inclui outras parcelas do vencimento, como subsídios, estimado, para abril, em 2.082,6 euros correspondendo a uma variação homóloga de 8,4%, que resulta “do aumento da remuneração base média mensal e das restantes componentes do ganho, como subsídios, suplementos regulares e pagamento por horas de trabalho suplementar”, explica a DGAEP.

Apesar desta análise, o INE publicou esta semana dados mais atualizados com a evolução dos salários na administração pública, uma vez que se reportam a junho e não a abril. De acordo com este instituto “o salário médio bruto no Estado cresceu 6,6%”, no último mês do segundo trimestre, atingindo os 2.484 euros, o que corresponde a uma subida de 154 euros face ao ordenado de 2.330 euros de junho do ano passado.

Analisando a componente regular, que inclui não só o salário como também os subsídios de refeição, diuturnidades e outras prestações pagas todos os meses mas exclui prémios de caráter extraordinário, o impulso remuneratório, segundo o INE, foi de 6,9%, passando de 1.687 para 1.803 euros. E o vencimento base, que se cinge ao ordenado sem contar com outro tipo de subsídios ou prémios, avançou 6,8%, de 1.588 para 1.696 euros.

Porém, e em termos reais, isto é, descontando o impacto da inflação, que abrandou para 2,8%, em junho, “as remunerações total, regular e base aumentaram 3,8%, 4,1% e 4,0%, respetivamente”, escreve o INE.

(Notícia atualizada às 18h57)

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Transação concluída. Marco Galinha compra 50% da Vasp por 4,5 milhões

A Palavras de Prestígio comprou 333 mil ações com o valor nominal de 3,50 euros, pelo que o negócio ficou concluído por um montante total de 4,5 milhões de euros.

A Palavras de Prestígio, detida pelo Grupo Bel de Marco Galinha, já é dona dos 50% que Cofina detinha na Vasp. O valor do negócio, agora concluído, ascende a 4,5 milhões de euros, segundo comunicado ao mercado.

No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Cofina adianta que, “na sequência do comunicado divulgado no passado dia 11 de agosto de 2023, sobre o exercício de opção de compra, pela sociedade Palavras de Prestígio” do grupo Bel, das 333.000 ações nominativas, com o valor nominal de 3,50 euros, de que a Cofina era titular no capital social da VASP – Distribuição de Publicações e da emissão de decisão da não oposição por parte da Autoridade da Concorrência, “efetivou-se, na presente data, a conclusão da transação”. Ou seja, “a efetiva alienação das 333.000 ações nominativas” que a Cofina era titular, “pela contrapartida, integralmente paga na presente data, de 4.500.000,00 euros“.

A Palavras de Prestígio é uma empresa controlada em exclusivo pelo Grupo Bel que, à data da notificação da operação de concentração, já detinha uma participação de 50% no capital social da Vasp. Em resultado do exercício de uma opção de compra das ações detidas pela Cofina no capital da Vasp, passou a ser a única acionista desta última.

A Vasp, recorde-se, passou a ser detida a 50% pela Cofina Media em 2021, quando esta exerceu o direito de preferência para adquirir à Impresa 16,67% do capital da Vasp, por 1,05 milhões de euros.

“A entrada da Vasp no grupo Bel representa a consolidação de uma área de atuação num mercado onde quer ser referência em Portugal, assegurando agora um trabalho eficiente e eficaz de distribuição de imprensa e do livro, em prol do direito à informação e da cultura, honrando o passado do Vasp”, referiu na altura o grupo liderado por Marco Galinha, em comunicado.

Em 25 de julho, a Autoridade da Concorrência (AdC) adotou uma decisão de não oposição “com condições e obrigações” na operação de compra da Vasp pela Palavras de Prestígio, do dono do grupo Bel, Marco Galinha, depois desta ter assumido compromissos que garantem o acesso de todos os editores à rede de distribuição.

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Governo recebeu 40 propostas para a agenda anticorrupção

A consulta pública da agenda anticorrupção, que se realizou entre 2 de julho e 12 de agosto, recebeu cerca de 40 propostas de 29 participantes.

Na passada segunda-feira terminou a consulta pública da agenda anticorrupção e, no total, foram recebidas cerca de 40 propostas de 29 participantes, revelou o Ministério da Justiça em comunicado. As contribuições foram associações profissionais, empresas, organizações não-governamentais, profissionais liberais a funcionários do Estado e outros cidadãos.

“Uma nota comum aos contributos e comentários recebidos é o seu caráter construtivo e comprometido na luta contra a corrupção. Os participantes versaram uma grande variedade de temas, tendo sido a regulamentação do lóbi uma das medidas que mais comentários recebeu“, lê-se no comunicado.

Os principais contributos centraram-se nas regras sobre ética, transparência e integridade no Estado, na gestão de fraude, na pegada legislativa, no registo de interesses, no regime sancionatório, na perda alargada de bens, nos meios de obtenção de prova no direito premial e na celeridade processual.

Apesar do tema central ser a corrupção, o Ministério da Justiça explicou que os participantes nem sempre se cingiram a um único tema, fazendo comentários a outros tópicos. Entre eles o funcionamento do Mecanismo Nacional Anticorrupção, a contratação pública, concursos públicos, o enriquecimento ilícito, o funcionamento dos mercados e da economia, o acesso aos documentos administrativos, a responsabilidade dos órgãos da Administração Pública e os impedimentos para o desempenho de funções públicas.

“O Ministério da Justiça vai ter em consideração os contributos enviados nos trabalhos de execução das medidas da agenda“, sublinha o executivo.

As medidas da agenda anticorrupção foram dadas as conhecer no dia 20 de junho, após terem sido aprovadas em Conselho de Ministros. Regulamentar o lóbi, ter atenção às autarquias e a sua relação com empresas locais, voltar a pôr na agenda a delação premiada, reforçando o seu alcance, criar uma “lista negra” de fornecedores do Estado e recorrer mais vezes aos advogados do Estado e menos a sociedades de advogados são algumas das medidas incluídas na agenda.

Em curso, o Ministério da Justiça assegura que já estão algumas medidas, como o pedido de autorização legislativa para estabelecer a citação e a notificação eletrónicas, a criação da comissão para a revisão do Processo Tributário e Administrativo ou a adoção, pelo Centro de Estudos Judiciários, do plano de formação para 2024-2025. “Em breve, serão atualizadas as concretizações de outras medidas, cujos trabalhos estão em curso“, referem.

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Há mais de 500 vagas para trabalhar em cantinas

Setor da restauração coletiva tem disponíveis, neste momento, mais de 500 vagas de trabalho. Oferece contratos temporários e pede candidatos com experiência prévia.

Com o novo ano letivo já à porta, há mais de 500 vagas para trabalhadores que queiram exercer funções no setor da restauração coletiva, isto é, em cantinas. Há oportunidades em dez distritos do país, de norte a sul, estando os empregadores à procura de candidatos com experiência prévia.

“As vagas dizem respeito a funções de cozinheiro e empregado de refeitório, a serem desempenhadas em cantinas escolares e empresariais“, detalha o Clan, plataforma de recrutamento de recursos humanos, numa nota enviada às redações.

De Aveiro a Santarém, passando, nomeadamente, por Braga, Coimbra, Leiria e Setúbal, estes postos de trabalho dirigem-se a candidatos que tenham experiência prévia ou formação na área de restauração. Pede-se ainda que tenham disponibilidade para integração imediata.

“São valorizadas características como a capacidade de organização e de trabalho em equipa e um forte sentido de responsabilidade, autonomia e proatividade”, acrescenta o Clan.

Quanto ao que será oferecido aos candidatos, tanto no caso dos cozinheiros, como no caso dos empregados de refeitório, estão em cima da mesa contratos de trabalho temporário, com direito a formação inicial e alimentação no local de trabalho.

Aos primeiros, oferece-se um vencimento base de 917,36 euros brutos (para 40 horas semanais). Enquanto para os segundos está prevista uma remuneração base de 822 euros brutos (também para 40 horas semanais).

“Os interessados podem consultar todos os detalhes e submeter a sua candidatura de forma simples e rápida na página dedicada da campanha, onde poderão ver cada uma das vagas e respetivos requisitos”, explica o Clan.

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Construção de 288 novas habitações sociais em Matosinhos já arrancou

  • Lusa
  • 14 Agosto 2024

Neste momento encontram-se em obra três dos seis novos conjuntos habitacionais financiados ao abrigo do Programa 1.º Direito que no seu conjunto representam um total de 512 novos fogos.

A construção de 288 dos 512 novos fogos destinados a habitação social em Matosinhos já arrancou, devendo os restantes 244, em fase de concurso público, iniciar obra “no máximo” até final do ano, revelou esta quarta-feira a autarquia.

“Eles estão em fases diferentes, terão de estar todos terminados e com as pessoas dentro das casas e contrato assinado em junho de 2026, cumprindo aqui o prazo do PRR. (…) Nos casos em fase de concurso, diria que temos as obras a iniciar, no máximo, no final do ano”, adiantou o vice-presidente da autarquia e administrador não executivo da MatosinhosHabit, Carlos Mouta, fazendo um balanço da execução da Estratégia Local de Habitação.

Neste momento, revelou, encontram-se em obra três dos seis novos conjuntos habitacionais financiados ao abrigo do Programa 1.º Direito que no seu conjunto representam um total de 512 novos fogos, num investimento superior a 65 milhões de euros financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

São eles o Conjunto Habitacional (CH) São Gens Piscinas (119 fogos); CH Teixeira de Melo (64 fogos) e CH Flor do Infesta (105 fogos). Em fase de análise das propostas apresentadas em concurso público encontram-se o CH Estádio do Mar (105 fogos), o CH Atriz Alda Rodrigues (74 fogos) e CH Guifões (45 fogos), cuja construção deve avançar ainda no 3º trimestre deste ano, adiantou.

Paralelamente, a autarquia tem em curso a reabilitação de sete dos seus 51 conjuntos habitacionais, num investimento de 29,6 milhões de euros, tendo já sido concluídas as empreitadas no CH Pescadores (5 fogos); CH Guarda – I Fase (6 fogos) e CH Guarda – II Fase (12 fogos). Já os conjuntos habitacionais Seixo II (94 fogos); Chouso (60 fogos); CH Custió (154 fogos) Recarei (154 fogos) encontram-se em fase de obra e o CH Ponte do Carro (66 fogos) em fase de conclusão.

Dos sete conjuntos, apenas o CH Guarda III Fase (20 fogos) está em fase de concurso público da empreitada, tendo na segunda-feira sido publicada em Diário da República uma prorrogação do prazo para entrega de propostas em 20 dias, devido a alteração das peças do procedimento, em consequência de resposta, em sede de pedido de esclarecimentos, esclareceu a autarquia. A empreitada a concurso por 2,5 milhões deve avançar no terreno ainda no 3º trimestre e abrangerá 20 casas.

Em causa está um total 571 fogos, num universo de 4.326 habitações municipais. Ainda no âmbito do Programa 1.º Direito, o município de Matosinhos está ainda a investir na reabilitação de 456 fogos municipais devolutos, tendo como compromisso reabilitar 100 habitações por ano, num investimento de cerca de 5.4 milhões de euros.

O município vai investir 3,68 milhões de euros na criação de respostas habitacionais para pessoas em situação de sem abrigo (já concluído), vítimas de violências doméstica (em fase de concurso) e outras situações de fragilidade habitacional, bem como na construção de 72 habitações para arrendamento acessível, num investimento de 9,6 milhões de euros.

Está ainda prevista a construção de 204 fogos em terrenos cedidos pelo município e cuja empreitada ficará a cargo do IHRU. Com estas medidas, o município prevê atribuir perto de mil habitações até junho de 2026, indicou o vice-presidente da autarquia.

“Até 2026 teremos aqui uma resposta muito significativa para um grande grupo pessoas. Julgo que historicamente na perspetiva de Matosinhos é mesmo o período da nossa história em que mais habitação será construída ao mesmo tempo”, constatou, referindo-se ao investimento global de 111 milhões de euros previstos no âmbito da Estratégia Local de Habitação. Carlos Mouta revela que neste mandato, em particular, “houve um crescimento muito significativo de pedidos de habitação”, com a lista de espera a registar mais de 1.800 cidadãos inscritos.

Para dar resposta às carências habitacionais naquele concelho do distrito do Porto, a Câmara avançou ainda com a criação de um programa de apoio à habitação cooperativa que prevê a cedência de terreno por direito de superfície por 90 anos, renovável por igual período, apoio financeiro para o projeto de arquitetura e isenção de taxas municipais.

“Este processo está apenas pendente de medidas do Governo relativas à linha de financiamento a disponibilizar às Cooperativas para comparticipação da empreitada”, adianta Carlos Mouta, lembrando que o município apoia ainda 810 agregados familiares (1.530 pessoas) através do Programa Municipal de Apoio ao Arrendamento num investimento de 1,3 milhões de euros.

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