Exportações e importações de bens invertem tendência e voltam a crescer no segundo trimestre

Aumento nas transações de bens inverte um período de quatro trimestres consecutivos de quedas tanto nas vendas como nas compras ao exterior, segundo dados publicados pelo INE.

As exportações portuguesas de bens cresceram 2,8% e as importações 0,6% no segundo trimestre deste ano, de acordo com a estimativa rápida publicada esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O crescimento quer em termos nominais, quer em relação ao período homólogo, traduz uma inversão na tendência registada desde o ano passado, com quatro trimestres consecutivos de variações negativas tanto nas exportações como nas importações.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

 

No primeiro trimestre, as exportações e importações registaram diminuições de, respetivamente, 4,2% e 6,0%, em termos nominais e em relação ao período homólogo. O decréscimo nas transações de bens acentuou-se face ao quarto trimestre de 2023, em que se registaram variações homólogas de -1,8% nas exportações e -5,3% nas importações.

(Notícia atualizada às 11h14)

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A encarar a vida com humor, Patrícia Nunes Coelho, da Control, na primeira pessoa

"Sempre com um sorriso na cara", Patrícia Nunes Coelho diz que a vida precisa de humor. E foi o humor, aliás, a ferramenta que abriu as portas da Control, entende a diretora de marketing da marca.

Conversas +M - Marcas e Festivais de Música - 08JUL24
Patrícia Nunes Coelho, diretora de marketing Ibéria da ControlHugo Amaral/ECO

A vida sem humor não é feliz, de todo“, entende Patrícia Nunes Coelho, diretora de marketing da Control há cerca de 11 anos, que gosta de encarar a vida com este estado de espírito e que quer que todos os consumidores e fãs da Control – marca que aposta reconhecidamente no humor – “tenham um sorriso todos os dias”.

A aposta da marca numa comunicação pautada pelo humor nasceu também a partir de Patrícia Nunes Coelho e da sua forma de “olhar para as coisas e ver sempre um segundo sentido” considera. “Também nasce um pouco de mim e da minha forma de ser, por isso é que conseguimos levar também esta forma de comunicação para a equipa, e a equipa perceber e transformar isto de uma forma criativa e concreta e passar a mensagem”, explica.

“Mas sim, está cá dentro, estou sempre com um sorriso na cara e a ver a malandrice onde ela possa existir“, acrescenta. O humor foi, aliás, a ferramenta que abriu as portas para a Control conseguir chegar aos consumidores.

O maior desafio foi o de como conseguir vender um produto que a maior parte das pessoas não quer comprar ou usar. Esse foi o desafio estratégico da marca. E utilizar o humor ajudou-nos a ultrapassar este tabu, esta barreira da sociedade, e a aumentar o nível de brand awareness da marca para níveis elevadíssimos, superiores ao que esperávamos, termos uma força em social media como temos atualmente, e conquistarmos a liderança de mercado”, explica a responsável de marketing da marca de preservativos.

De há uns anos para cá, nota-se uma forma de estar perante a marca completamente diferente. Era uma marca que não tinha abertura nos meios de comunicação. Havia receio de se falar dos produtos da marca por ser um tabu. O facto de ter ultrapassado este fator tabu abriu a marca e todas as suas possibilidades e oportunidades”, refere.

“Colocar um like num post da Control era algo mal visto, as pessoas eram consideradas malandras. Neste momento é cool pôr um like na Control e mandar posts da Control para um grupo de família. É algo que é comum entre os nossos consumidores”, acrescenta a responsável da marca que pretende entretanto entrar no TikTok.

É de Lisboa e é sportinguista ferrenha, ou não fosse Patrícia Nunes Coelho “nascida e criada ao lado do estádio do Sporting”, local que foi também o “parque infantil da sua infância”. Nasceu quando os pais já tinham 50 anos – pelo que foi “praticamente mais neta em vez de filha” – e teve uma infância “muito feliz”, seguida de uma uma “adolescência curta”. É que os pais faleceram relativamente cedo, o que fez com que tivesse de crescer “rápido e depressa”.

Assistia também a todos os concertos que passavam pelo estádio do Sporting, incluindo as atuações de nomes como Michael Jackson, Metallica ou Bee Gees. Esta última é desde logo elencada enquanto uma das suas bandas preferidas, a par de Maroon 5 ou Imagine Dragons. A música é uma das paixões da diretora de marketing da Control, que sempre “sonhou” em saber cantar melhor. Além disso gosta também bastante de música clássica, principalmente quando aliada com os “momentos próprios” que consegue ter.

Além de adepta ou frequentadora cultural da “casa” do Sporting, Patrícia Nunes Coelho entrava também na “toca” do leão desde os três anos para praticar desporto. No total foram 15, os anos em que foi atleta de ginástica do Sporting Clube de Portugal. Mais tarde também praticou natação, mas já nos Olivais.

No entanto hoje em dia não é muito desportista, principalmente quando diz respeito a atividades mais radicais. “Normalmente quando tento fazer algo, alguma coisa corre mal. A primeira vez fiz surf consegui rasgar o músculo gémeo da perna. A descer o rio, quando fiz rafting, consegui apanhar um escaldão, com a marca dos calções, que me durou três anos”, exemplifica.

Vive no Lumiar com o marido e os dois filhos – um com 19 e outro com 16 – descrevendo-se atualmente como uma “mãe galinha que tem de libertar as suas crias”. De facto, privilegia muito o estar em família e é muito “family oriented”.

na sua vertente profissional considera-se muito “value oriented, com rapidez de atuação, algo que considera que o retail lhe trouxe. “Espero que seja uma boa chefe, ou pelo menos todos se têm mantido em contacto comigo de uma forma muito positiva”, diz, entre risos, acrescentando que gosta muito de ensinar quem trabalha consigo e de puxar pelo melhor de cada um, “sempre com um sorriso na cara“.

É licenciada em gestão e administração de empresas, com mestrado em marketing estratégico, encontrando-se há mais de 20 anos a trabalhar “nas mais diversas áreas” em várias categorias, desde a área alimentar e comida para bebés até à categoria de preservativos, naquele que tem sido um percurso “bastante dinâmico, sempre com vontade e possibilidade de criar algo novo, criar valor”.

Trabalhou marcas como a Danone ou a Chicco, tendo assumido a direção de marketing da Control em Portugal em 2013. É responsável também pelo mercado espanhol desde há cerca de um ano.

Patrícia Nunes Coelho conta também com um percurso na docência, tendo começado primeiro na Lusófona e depois ingressando no IADE, no que considera ser um desafio “muito giro”, até porque não sabia que tinha esse “bichinho” de gostar de ensinar.

“É muito bom poder partilhar a experiência. Não ser só uma académica a partilhar a parte teórica, mas partilhar a experiência de uma profissional que trabalha há 20 anos, e passar essa experiência aos mais novos. Está a ser muito bom, muito positivo, para mim e para eles – espero eu“, diz, de bom humor, como não podia deixar de ser.

Num futuro, “futuro futuro”, gostava de criar algo seu que “fizesse a diferença na sociedade, de uma forma positiva em Portugal, e que não seja um business por business”.

Patrícia Nunes Coelho, em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

A nível internacional para mim a mais simples mas direta ao ponto é a serie de anúncios “Mac vs. PC” – Apple ou Pepsi versus Coca-cola. A nível nacional, a “Tou sim” da Telecel.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

A decisão na incerteza de data.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

A Control.

4 – O briefing ideal deve…

Para além de claro, direto, deve ser inspirador.

5 – E a agência ideal é aquela que…

Faz parte da nossa equipa.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Se não arriscarmos poderemos não criar valor para a marca ou mesmo perder. Arriscar faz parte de um crescimento da marca e errar também!

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

O mesmo! Investimento racional com retorno!

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

Em Portugal somos muito criativos, procuramos ser disruptivos em diversos setores (não em todos!)

9 – Construção de marca é?

Subindo degrau a degrau, olhando sempre para todo o nosso lado, colocando-nos nos sapatos dos outros e imaginando o futuro.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Algo completamente diferente… medicina!

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Tribunal da UE dá razão à Concorrência na coima de 225 milhões contra ‘cartel da banca’

Tribunal de Justiça da União Europeia confirma que “troca de informações isolada entre concorrentes pode constituir restrição da concorrência por objeto”. Decisão final nas mãos do tribunal português.

Em resposta ao Tribunal da Concorrência, que tinha enviado o processo do ‘cartel da banca’ para o Tribunal de Justiça da União Europeia para esclarecer se os factos que deu como provados tiveram efetivamente impacto nos clientes, o tribunal europeu respondeu que “uma troca de informações isolada entre concorrentes pode constituir uma restrição da concorrência por objeto”.

“Basta que essa troca constitua uma forma de coordenação que, pela sua própria natureza, seja necessariamente, num contexto como aquele que envolve a troca, prejudicial ao correto e normal funcionamento da concorrência. Ora, para que um mercado funcione em condições normais, os operadores têm de determinar de forma autónoma a política que tencionam seguir e têm de permanecer na incerteza quanto aos comportamentos futuros dos outros participantes”, lê-se na decisão conhecida esta segunda-feira.

Sendo assim, completa o TJUE, “uma troca de informações constitui uma forma de coordenação suscetível de ser qualificada de restrição por objeto quando permita eliminar essa incerteza”. “É o que sucede quando as informações trocadas forem confidenciais e estratégicas no sentido de que estas informações são suscetíveis de revelar o comportamento futuro de um concorrente nos mercados em causa”, acrescenta.

No processo do ‘cartel da banca’, a Autoridade da Concorrência aplicou coimas de 225 milhões de euros a mais de uma dezena de instituições financeiras, incluindo os maiores bancos como Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Santander, BPI e o antigo BES, por terem trocado informações sensíveis entre si sobre spreads praticados nos empréstimos ou valores concedidos no mês anterior, num esquema anticoncorrencial que prejudicou famílias e empresas.

“Da descrição dos factos em causa efetuada pelo tribunal português parece resultar que as informações trocadas diziam nomeadamente respeito às intenções de alteração futura dos spreads dos participantes na troca. Além disso, se assim for, uma vez que os spreads constituem um dos parâmetros à luz dos quais a concorrência se estabelece num mercado, semelhante troca só poderá ter tido por objetivo falsear a concorrência”, refere o TJUE, notando, que a decisão compete ao tribunal português.

Na decisão de condenação, a Autoridade da Concorrência concluiu que “cada banco sabia, com particular detalhe, rigor e atualidade, as características da oferta dos outros bancos”, promovendo um ambiente em que se desencorajava os outros bancos “de oferecerem melhores condições aos clientes, eliminando a pressão concorrencial, benéfica para os consumidores”.

Em outubro do ano passado, o advogado-geral do TJUE já tinha emitido a sua opinião (que não vincula o tribunal). Concluiu então que a troca de informação sobre os spreads pode configurar numa restrição da concorrência, mas sublinhou que isso não é tão evidente na troca de informação conjunta sobre os volumes de produção de crédito.

Como o ECO noticiou em abril, os bancos acusados no chamado ‘cartel da banca’ enfrentam também um pedido de indemnização apresentado por uma associação de consumidores que pode ascender a seis mil milhões de euros. A Ius Omnibus avançou no final de janeiro com várias ações judiciais com o objetivo de obrigar os bancos a recompensarem famílias e empresas pelos danos causados pela prática de concertação de informação no mercado de crédito, incluindo spreads e volumes de concessão, restringindo a concorrência.

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As empresas de subscrição de sucesso em Espanha

  • Servimedia
  • 29 Julho 2024

Um olhar sobre o sucesso da Netflix, Spotify, eDreams, Hyundai e Aquaservice, entre outras.

Nos últimos anos, o modelo de subscrição revolucionou vários setores económicos em Espanha, consolidando-se como uma fórmula de sucesso que permitiu a muitas empresas destacarem-se num mercado cada vez mais competitivo. Um modelo que se está a consolidar com um crescimento previsto entre 2020 e 2025 de mais de 18%, segundo a UBS.
Entre as empresas que aproveitaram ao máximo esta tendência estão a Netflix, Spotify, eDreams, Hyundai e Aquaservice, cada uma liderando os respetivos setores com propostas inovadoras adaptadas às necessidades dos consumidores.

NETFLIX E SPOTIFY

A Netflix posicionou-se como a plataforma de streaming preferida dos espanhóis, oferecendo uma grande variedade de conteúdos audiovisuais, incluindo séries, filmes, documentários e produções originais. No segundo trimestre de 2024, ganhou 8 milhões de novos subscritores, o que representa um aumento de 16,5% em relação ao ano anterior, atingindo mais de 275 milhões de subscritores em todo o mundo.

Por seu lado, o Spotify continua a ser a referência no streaming de música. A plataforma sueca tem sido capaz de adaptar a sua oferta aos gostos e preferências dos utilizadores, proporcionando uma experiência musical personalizada através de algoritmos de recomendação avançados. Além disso, os seus planos de subscrição premium conseguiram fidelizar um grande número de utilizadores, que valorizam a ausência de publicidade e a possibilidade de ouvir música offline.

EDREAMS

A eDreams, uma das principais agências de viagens em linha da Europa, implementou um modelo de subscrição de sucesso no setor das viagens. O seu programa eDreams Prime oferece aos subscritores vantagens exclusivas, como descontos em voos e hotéis, serviço de apoio ao cliente prioritário e ofertas personalizadas. Esta estratégia permitiu que a eDreams se diferenciasse da concorrência e atraísse um número crescente de viajantes que procuram benefícios e poupanças nas suas reservas. Este modelo inovador já atraiu mais de 5,4 milhões de subscritores.

HYUNDAI

No domínio da mobilidade, a Hyundai inovou com um modelo de subscrição único que permite aos utilizadores usufruírem de um veículo sem terem de o comprar. Através do seu programa Mocean, os clientes podem subscrever um plano que inclui a utilização de um automóvel, manutenção, seguro e outros serviços, tudo isto por uma mensalidade, que pode ir de 1 a 24 meses. Esta proposta tem sido bem recebida em Espanha, especialmente entre aqueles que procuram flexibilidade e conveniência nas suas opções de mobilidade.

AQUASERVICE

No setor dos serviços, a Aquaservice destacou-se com o seu modelo inovador de subscrição para o fornecimento de água mineral. A empresa oferece um serviço de entrega ao domicílio de dispensadores e garrafas de água, direcionado para residências e escritórios. O seu enfoque na sustentabilidade e na conveniência tem ressoado junto dos consumidores, permitindo à Aquaservice expandir a sua base de clientes e estabelecer-se como líder no seu setor.

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Ministra dá como “encerradas” as negociações salariais com GNR e PSP

  • Lusa
  • 29 Julho 2024

"Vamos continuar a cumprir o que ficou firmado e retomaremos [mais tarde] a revisão das carreiras. Acho que é um excelente acordo, mas as pessoas são livres de discordar", refere Margarida Blasco.

A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, afirmou estarem “encerradas” as negociações sobre aumentos salariais com a GNR e PSP, enquanto estruturas representativas prometem continuar a lutar pela paridade com Polícia Judiciária.

Em declarações à SIC, a governante lembrou que o acordo com as associações profissionais e sindicatos das forças de segurança “foi firmado e assinado no passado dia 9 de julho” e adiantou: “Estas negociações estão encerradas”.

“Vamos continuar a cumprir o que ficou firmado e retomaremos [mais tarde] a revisão das carreiras. Acho que é um excelente acordo, mas as pessoas são livres de discordar”, acrescentou a governante numa altura em que três associações de profissionais da GNR e um sindicato da PSP prometeram manter a coesão e lutar pela paridade com os colegas da Polícia Judiciária.

Também em declarações à SIC, o presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia, Bruno Pereira, que assinou o acordou, pediu a reabertura das negociações.

“Era importante reatar as negociações imediatamente para que essas futuras alterações nas estruturas salariais e nos outros suplementos possam ver a luz do dia a partir de 1 de janeiro de 2025”, afirmou Bruno Pereira, que foi porta-voz da plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR para a reivindicação de aumentos.

Igualmente no domingo, a Associação Nacional dos Sargentos da Guarda, a Associação Sócio-profissional Independente da Guarda Nacional Republicana, a Associação Nacional Autónoma de Guardas e o Sindicato Independente de Agentes de Polícia lamentaram que, no passado dia 09, tenha sido celebrado um “acordo desastroso”, que se recusaram a assinar.

Em comunicado divulgado no domingo, criticaram “a irredutibilidade do Governo na recusa de dignificar os elementos da GNR e da PSP num valor justo que permitiria, no mínimo, tratar por diferente aquilo que é essencialmente diferente”, e consideram “inaceitável que em Portugal um agente de autoridade e órgão de polícia criminal não seja equiparado a um elemento policial da PJ (inspetor)”.

As estruturas pediram reuniões a todas as forças políticas com representação parlamentar, tendo entretanto sido recebidos pelo Chega.

As associações e o sindicato consideraram ainda “absolutamente inacreditáveis, em paradoxo, as comparações entre os elementos das Forças de Segurança e os militares das Forças Armadas” e “absolutamente gravosas as declarações do ministro da Defesa Nacional” quando disse que, “em 01 de janeiro de 2025, nenhum militar receberá menos do que um GNR ou PSP”.

Na sua opinião, o acordo celebrado entre a ministra da Administração Interna (MAI) e cinco estruturas da PSP e da GNR “revela bem a ausência de tutela política no setor da Administração Interna”, principalmente quando se faz a comparação “com as medidas agora aprovadas para o setor da Defesa Nacional”.

“O acordo celebrado no MAI não contempla uma única medida adicional, imediata e concreta, apresentando antes um conjunto de intenções de revisão dos estatutos de pessoal e remuneratórios, nada palpável ou estimável a curto/médio prazo, que permita mitigar a ausência de vontade do Governo em alcançar paridade entre as policias”, lamentaram.

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Chiesi e ISDIN lançam terceira edição da iniciativa #AhoraTuPiel para ajudar a prevenir o cancro da pele em recetores de transplantes

  • Servimedia
  • 29 Julho 2024

A iniciativa nasceu do desejo de contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas que receberam um transplante.

A Chiesi Spain & Portugal, filial do grupo biofarmacêutico internacional vocacionado para a investigação, e o ISDIN, laboratório internacional especializado em fotoproteção e dermatologia em Espanha, lançam a terceira edição da iniciativa #AhoraTuPiel para ajudar e sensibilizar os recetores de transplantes para a importância de proteger a pele dos danos causados pelo sol.

Explicam que este grupo enfrenta um risco elevado de cancro da pele devido à medicação imunossupressora necessária para evitar a rejeição do órgão transplantado, o que torna a pele mais desprotegida contra a radiação solar. Nesta edição da campanha, será distribuído um total de 5.575 kits nas 87 Unidades de Transplante em Espanha. Os kits de proteção solar são distribuídos em diferentes pontos do país com o objetivo de contribuir para a sensibilização para a fotoproteção dos recetores de transplantes, que só em Espanha serão 5.8611 em 2023.

#AhoraTuPiel nasceu do desejo de contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas que receberam um transplante. As duas alavancas em que se baseia são a sensibilização dos recém-transplantados para os cuidados com a pele e o apoio aos profissionais de saúde na sua tarefa de aconselhar sobre os melhores cuidados dermatológicos no momento da alta.

Especificamente, a Chiesi e a ISDIN fornecem a cada Unidade de Transplantação um número de kits de acordo com o número de transplantes que efetuam, que os profissionais de saúde entregam aos doentes. Cada kit contém um folheto com conselhos sobre prevenção dermatológica e proteção solar, bem como uma unidade de protetor solar.

O #AhoraTuPiel conta com o apoio e a colaboração da Federação Nacional das Associações de Luta Contra as Doenças Renais (ALCER), da Associação de Doentes Renais (ADER) e da Federação Nacional de Doentes Hepáticos e Transplantados (FNETH), cujo objetivo é contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que foram transplantadas.

A aliança entre a Chiesi, empresa biofarmacêutica internacional centrada na investigação e especializada no domínio da transplantação de órgãos, e o ISDIN, laboratório líder em dermatologia e fotoproteção, reforça o compromisso de ambas as empresas com a saúde e a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Como empresas certificadas pela B Corp, estão empenhadas em trabalhar com elevados padrões de compromisso social e ambiental. Além disso, esta colaboração contribui para o seu progresso em direção ao objetivo benéfico comum de causar um impacto positivo na sociedade e no planeta.

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Quase 500 milhões fizeram travessia ferroviária entre duas margens do Tejo em 25 anos

  • Lusa
  • 29 Julho 2024

Em 25 anos de operação, o serviço ferroviário da Ponte 25 de Abril transportou 498 milhões de passageiros, o equivalente à população de toda a União Europeia e percorreu 51 milhões de quilómetros.

A travessia ferroviária na Ponte 25 de Abril, inaugurada há 25 anos, permitiu transportar 498 milhões de passageiros e retirar 80 milhões de automóveis do tabuleiro rodoviário, entre Lisboa e Almada, disse à agência Lusa a administração da concessionária.

A ligação ferroviária foi inaugurada ao fim da manhã de 29 de julho de 1999, uma quinta-feira, com as presenças dos então primeiro-ministro, António Guterres, ministro do Equipamento, João Cravinho, secretário de Estado dos Transportes, Guilhermino Rodrigues, e dos presidentes das câmaras de Lisboa, João Soares, do Seixal, Alfredo Monteiro, e de Almada, Maria Emília Sousa.

Um comboio da Fertagus na Ponte 25 de Abril.MIGUEL A. LOPES/LUSA

 

Duas décadas e meia depois, a administração da Fertagus, empresa concessionária do serviço ferroviário entre as estações de Roma-Areeiro( Lisboa) e Setúbal (54 quilómetros), faz um balanço “muito positivo”, destacando os impactos na mobilidade e no ambiente.

“Consideramos que a Fertagus se tornou imprescindível para a mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa e com um contributo fundamental para a sua melhoria. Conseguimos com um serviço de grande qualidade, rápido e pontual garantir a ligação ferroviária entre a Margem Sul e Lisboa”, afirmou à agência Lusa Clara Esquível, administradora da Fertagus.

Em 25 anos de operação, o serviço ferroviário da Ponte 25 de Abril transportou 498 milhões de passageiros, o equivalente à população de toda a União Europeia e percorreu cerca de 51 milhões de quilómetros, o correspondente a 1.273 voltas ao planeta Terra.

“Estimamos que tenhamos retirado cerca de 80 milhões de automóveis da Ponte 25 de Abril, o que também é muito significativo e um importante contributo”, apontou, considerando que estes números significam que se evitou a emissão de mais de 900 mil toneladas de CO2 nestes últimos 25 anos.

Em 2023, a Fertagus transportou cerca de 27 milhões de passageiros e só no primeiro trimestre deste ano já foram contabilizados 14,8 milhões.

“Temos trabalhado sempre com o mesmo material circulante e procurado a realidade do serviço, nomeadamente esta pontualidade e a regularidade na realização do serviço”, apontou Clara Esquível.

Para assinalar os 25 anos da travessia ferroviária na Ponte 25 de Abril a empresa concessionária vai levar a cabo algumas iniciativas, nomeadamente a distribuição de brindes alusivos à efeméride nas estações e o batismo de um comboio com o nome do poeta Sebastião da Gama, natural do distrito de Setúbal. Haverá ainda um momento musical na estação de Coina com o quarteto de guitarras da Orquestra Nova de Guitarras.

O prazo de concessão da travessia ferroviária do Tejo à Fertagus termina em 30 de setembro de 2024.

A travessia ferroviária sobre o Tejo em Lisboa era uma ideia antiga: aquando da construção da ponte, em 1966, no tempo de Oliveira Salazar, foi também construído sob a Praça da Portagem, na “outra banda”, um túnel de 600 metros (aumentado em mais 300 em 1999) que ficou 33 anos à espera dos comboios.

O valor total da obra na época foi de cerca de 150 milhões de contos (cerca de 750 milhões de euros), sendo que 50 milhões (250 milhões de euros) foi para as obras de reforço estrutural da ponte, criação da sexta via no tabuleiro rodoviário, pinturas e iluminação, 77 milhões (385 milhões de euros) na infraestrutura e 22 milhões (110 milhões de euros) na aquisição de material circulante.

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Espanha tem um défice de investimento anual de 5 mil milhões de euros em infraestruturas hídricas, numa situação de emergência climática

  • Servimedia
  • 29 Julho 2024

Nos últimos cinco anos, o investimento médio anual foi de apenas 1,2 mil milhões de euros, 80% menos do que o necessário.

A Espanha encontra-se numa situação crítica no que diz respeito à gestão dos seus recursos hídricos, com um défice de investimento de 5.000 milhões de euros por ano em infraestruturas de água, de acordo com um relatório recente da PwC. Este estudo sublinha a necessidade urgente de aumentar o investimento para garantir a sustentabilidade e a qualidade do abastecimento de água num contexto marcado pelas alterações climáticas e pela redução dos recursos hídricos.

O relatório da PwC destaca que, para garantir o correto funcionamento do ciclo urbano da água, é necessário investir anualmente 6,2 mil milhões de euros na expansão, renovação e melhoria das infraestruturas. Este valor divide-se em quatro rubricas principais: 2,6 mil milhões de euros para medidas de expansão das infraestruturas incluídas nos Planos Hidrológicos, 550 milhões para novas infraestruturas não incluídas nestes planos, 2,6 mil milhões para renovar o património existente e 450 milhões para adaptar as infraestruturas de tratamento às novas exigências da diretiva europeia.

Nos últimos cinco anos, o investimento médio anual foi de apenas 1,2 mil milhões de euros, 80% menos do que o necessário, e se esta tendência se mantiver, a projeção para os próximos cinco anos será um défice acumulado de 25 mil milhões de euros. Este défice abrandou o progresso de um setor que, antes da crise económica de 2008-2012, dava sinais de progressos notáveis.

Além disso, as transferências europeias estão a diminuir há anos, de acordo com o relatório da PwC. Os fundos NextGeneration da UE e o Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência (PRTR) do Governo espanhol têm um impacto limitado no setor da água em Espanha. Especificamente, apenas são identificadas várias alavancas de investimento que são insuficientes para aliviar o défice de investimento.

A primeira delas, os Projetos Estratégicos de Recuperação e Transformação Económica para a digitalização do ciclo da água com uma dotação total de 3.485 milhões de euros. E o segundo, relativo à Preservação do litoral e dos recursos hídricos, que representa um investimento de 5.146 milhões de euros.

Com todos estes dados, o relatório propõe uma série de medidas para melhorar o financiamento e a gestão das infraestruturas hídricas. Entre elas, a criação de uma metodologia nacional de cálculo das tarifas urbanas e a inclusão de rubricas específicas nas tarifas de água para financiar a substituição dos ativos existentes. Além disso, sugere a flexibilização do modelo de concessão e a criação de um Fundo Nacional da Água para financiar projetos onde o financiamento convencional é difícil.

Por fim, defende ainda a melhoria do planeamento das infraestruturas a nível municipal, a promoção de operações mais eficientes através de incentivos à agregação de municípios e o avanço na criação de uma entidade reguladora específica para o setor, que ofereça independência e maior capacidade de decisão técnica.

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ECO Quiz. Crise na Inapa, OE2025 e Cristiano Ronaldo

  • Tiago Lopes
  • 29 Julho 2024

Agora que começa mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. Está a par de tudo o que se passou na semana passada? Teste os seus conhecimentos com o ECO Quiz.

A semana passada ficou marcada pelo anúncio de Joe Biden em desistir da recandidatura à presidência dos EUA. Através de uma publicação na rede social X (antigo Twitter), o ainda presidente norte-americano escreveu que “tem sido uma grande honra servir como Presidente. E, apesar de ter sido a minha intenção procurar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país eu desistir e focar-me unicamente e inteiramente aos meus deveres de Presidente no que resta do mandato“.

Por cá, a Inapa anunciou que vai avançar com o pedido de insolvência depois de ter visto negado por parte do Estado o seu pedido para uma injeção de liquidez de emergência no valor de 12 milhões de euros para acudir a uma quebra de liquidez na unidade alemã.

Outra notícia que despertou o interesse dos leitores foi o anúncio de que Cristiano Ronaldo adquiriu parte da Vista Alegre em Espanha.

O ECO publica todas as semanas um quiz que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento com este quiz do ECO.

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Hoje nas notícias: taxas, autarquias e hipotecas

  • ECO
  • 29 Julho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As empresas que não adiram à nova regra para serem citadas e notificadas pelos tribunais de forma eletrónica arriscam uma taxa adicional. Clientes denunciam bancos por estarem a cobrar pelo cancelamento da hipoteca, apesar de a lei o proibir. Veja esta e outras notícias em destaque na imprensa nacional no arranque desta semana.

Empresas arriscam taxa se não aderirem à citação eletrónica

As empresas que não adiram ao novo mecanismo da citação eletrónica, continuando a ser citadas pelos tribunais pela via postal, vão pagar uma taxa adicional por cada citação no valor de meia unidade de conta, equivalente atualmente a 51 euros. A medida faz parte de uma proposta do Governo enviada para o Parlamento, que pretende assim eliminar de vez a utilização do correio e o envio de correspondência em papel. Já as pessoas singulares podem optar pela via eletrónica ou postal.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Milhares de contratos autárquicos em risco de serem anulados

Celebrados entre as câmaras e as juntas de freguesia, há milhares de contratos interadministrativos que correm o risco de ser contestados judicialmente e anulados, por terem sido votados pelos presidentes das juntas nas reuniões das assembleias municipais. É que o entendimento da Direção-Geral da Administração Local (DGAL), partilhado pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) e pela Inspeção-Geral de Finanças, é que, quando um eleito participa nessas votações, está a fazê-lo em causa própria e, por isso, é ilegal.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Clientes acusam banca de cobrar pelo cancelamento de hipotecas

Vários clientes acusam os bancos de estarem a cobrar pelo cancelamento da hipoteca, apesar de a lei o proibir. As denúncias foram recebidas pelo PCP, que já remeteu várias perguntas ao Banco de Portugal para tentar obter esclarecimentos. As maiores instituições financeiras garantem que não cobram qualquer comissão pela emissão do documento conhecido como distrate, cumprindo a lei e as indicações do regulador, embora sublinhem que existem custos legais.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Fisco tem até oito anos para fiscalizar IRC mínimo das multinacionais

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) vai ter oito anos – isto é, o dobro do tempo da regra geral de quatro anos – para exigir às sucursais das grandes multinacionais presentes em Portugal o imposto global sobre os seus resultados, caso as empresas não paguem o limiar de taxa efetiva a que estarão obrigadas (um IRC mínimo de 15%), de acordo com a proposta de lei do Governo que se encontra em consulta pública até ao final de julho para criar em Portugal o Regime do Imposto Mínimo Global (RIMG).

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Alojamento Local baixa preços após quebra da procura no início do verão

As promoções para a época alta em vários destinos da Europa têm levado alguns turistas a excluir Portugal da lista de opções na hora de marcar férias. A tendência refletiu-se no abrandamento das reservas do alojamento local durante o mês de julho. O mercado nacional está em quebra e o Porto foi a região com maior impacto na procura face ao mesmo mês do ano passado.

Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso pago)

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“Investimos fortemente para aumentar a nossa quota de mercado na UE”

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  • 29 Julho 2024

Daniel Peña, Diretor de Vendas para a Península Ibérica da JinKo Solar EU, explica, em entrevista ao ECO, a crescente presença global da empresa e o cumprimento dos critérios de sustentabilidade.

O Intersolar Europe 2024 está a decorrer durante esta semana, em Munique, e a JinKo Solar aproveitou o evento para revelar vários novos produtos, incluindo o seu trabalho com o aeroporto de Atenas.

Em entrevista ao ECO, Daniel Peña, Diretor de Vendas para a Península Ibérica da JinKo Solar EU, fala sobre a crescente presença global da empresa e o cumprimento dos critérios de sustentabilidade.

Qual é a estratégia da JinKo Solar para o mercado da UE? Como descreveria o mercado solar da UE neste momento e que oportunidades existem nesta região?

O mercado europeu está numa situação mais difícil do que no ano passado. O excesso de capacidade dos painéis, inversores e sistemas de armazenamento é um grande desafio para todos os principais fornecedores de componentes, que entraram numa fase de consolidação do mercado, com possíveis abalos não só dos operadores de nível 2 e 3, mas também entre os operadores de nível 1, que podem apresentar lacunas crescentes em termos de quota de mercado e estabilidade financeira.

Na JinKo Solar, antecipámos essa evolução e iniciámos os nossos preparativos há já dois anos. A empresa encontra-se numa posição financeira estável e estabeleceu o contacto passivado de óxido de efeito túnel do tipo N (TOPCon) como a nova tecnologia principal, com excelentes rácios de custo e eficiência de fabrico graças a capacidades de produção integradas significativamente expandidas.

"Investimos fortemente para aumentar a nossa quota de mercado na UE de forma constante.”

Daniel Peña, Diretor de Vendas para a Península Ibérica da JinKo Solar EU.

A Europa é um dos principais mercados regionais mais estratégicos para a JinKo Solar. Nos últimos anos, seguimos consistentemente uma estratégia de penetração no mercado, o que significa que investimos fortemente para aumentar a nossa quota de mercado na UE de forma constante. Até 2024, espero que ultrapassemos uma quota de mercado de 20% na Europa. Continuamos a apoiar o nosso negócio de distribuição estável e rotativo, que representa mais de 50% do nosso volume total de vendas na UE.

Os projetos à escala das empresas de serviços públicos são afetados negativamente pelos custos de financiamento mais elevados, como as taxas de juro, e pelos baixos preços da eletricidade, que têm um impacto negativo na viabilidade económica dos projetos em toda a Europa. Espera-se que a descida das taxas de juro e a queda dos preços dos principais componentes ajudem a reavivar os projetos de escala de utilização, que estão atualmente suspensos ou adiados.

Como é que conseguiram entregar mais de um milhão de painéis ao parque solar de Witznitz, na Alemanha? Espera que os futuros negócios de módulos solares sejam igualmente grandes, à medida que a Europa procura cumprir os seus objetivos em matéria de energias renováveis?

Apesar dos desafios acima mencionados para os projetos de maior dimensão, estamos confiantes de que as taxas de juro mais baixas e os custos mais baixos dos principais componentes terão um impacto positivo na viabilidade económica dos projetos. Em muitos mercados, e especialmente na Alemanha, a dimensão dos projetos está a aumentar e a reserva de futuros projetos à escala de serviços públicos está a crescer, aguardando apenas uma melhor viabilidade económica. Isto é fundamental para que a Europa atinja os seus objetivos em matéria de energias renováveis.

O nosso projeto emblemático com o nosso parceiro MoveOn em Witznitz, na Alemanha, é um projeto de referência fantástico no mercado europeu e alemão em particular. Estamos muito orgulhosos por termos conseguido realizar com sucesso um desafio logístico tão grande de uma forma tranquila e fiável, lado a lado com os nossos parceiros locais que confiaram e selecionaram a JinKo Solar pela sua escala e capacidades organizacionais para planear e realizar um megaprojeto destes em tempo útil.

Espera que os projetos de menor escala, como o acordado com o Aeroporto Internacional de Atenas, sejam importantes a longo prazo? Como é que equilibram a necessidade de fornecer produtos para instalações de grande escala e projetos solares distribuídos?

Dada a dimensão da JinKo Solar, a sua quota de mercado e a sua posição de liderança no mercado, é fundamental que estejamos bem posicionados nos três segmentos de mercado: residencial, comercial e industrial (C&I) e projetos à escala da rede pública. Todos estes três segmentos de mercado desempenharão um papel fundamental para atingir os objetivos da UE em matéria de energias renováveis.

O nosso volume de negócios de distribuição representa mais de 50% do nosso volume total de vendas e é importante como atividade estável e rotativa. Pessoalmente, considero o canal de vendas de produção distribuída ainda mais exigente do que o negócio de projetos, porque os nossos parceiros grossistas exigem um fornecimento de módulos solares estável, bem planeado, fiável e a longo prazo, bem como um posicionamento de marca, e não querem substituir as suas marcas com demasiada frequência.

"O projeto do aeroporto de Atenas é mais pequeno em termos de dimensão, mas não menos exigente do ponto de vista técnico.”

Daniel Peña, Diretor de Vendas para a Península Ibérica da JinKo Solar EU.

No caso dos projetos, as barreiras à entrada no mercado são menores e os clientes decidem, por vezes, optar por um preço inferior para selecionar um módulo solar de custo mais baixo, embora esta decisão puramente orientada para o Capex possa, por vezes, ter efeitos negativos para o investidor.

Comparado com o megaprojeto Witznitz de 650 MW acima mencionado, o projeto do aeroporto de Atenas é mais pequeno em termos de dimensão, mas não menos exigente do ponto de vista técnico. Os projetos perto de aeroportos têm sempre de cumprir requisitos técnicos e de segurança especiais. No projeto de Witznitz, a JinKo Solar foi escolhida como parceiro de fornecimento de módulos devido ao seu âmbito e capacidade de fornecer volumes muito grandes, já para o aeroporto de Atenas, os critérios de seleção do parceiro foram sobretudo os requisitos técnicos, tendo o tipo certo de tecnologia de módulos que cumpre os requisitos rigorosos do aeroporto.

Como é que procuraram diversificar a vossa linha de produtos? Que benefícios esperam ver com o desenvolvimento e oferta da vossa própria solução de armazenamento?

A JinKo Solar segue sempre uma estratégia de liderança tecnológica, tentando impulsionar o mercado e diferenciar-se dos nossos pares com inovações contínuas. Por exemplo, já no ano passado lançámos o TOPCon de tipo N à escala de produção em massa, o que constituiu o principal motor para estabelecer o TOPCon como a nova norma do mercado, substituindo o PERC (passivated and emitter rear contact) muito mais rapidamente do que a maioria dos intervenientes no setor teria esperado. Entretanto, o mercado está a recuperar o atraso e o TOPCon é a tecnologia líder e mais competitiva.

A nossa carteira de produtos está continuamente a ser adaptada para satisfazer as necessidades e permitir USPs em todos os diferentes segmentos de mercado, como residencial, C&I e escala de serviços públicos.

"Já no ano passado lançámos o TOPCon de tipo N à escala de produção em massa, o que constituiu o principal motor para estabelecer o TOPCon como a nova norma do mercado, substituindo o PERC (passivated and emitter rear contact) muito mais rapidamente do que a maioria dos intervenientes no setor teria esperado.”

Daniel Peña, Diretor de Vendas para a Península Ibérica da JinKo Solar EU.

Certamente um dos investimentos estratégicos mais importantes da JinKo Solar é dar os próximos passos para além dos módulos solares, entrando no negócio do sistema de armazenamento de energia (ESS). Na nossa opinião, o ESS é o fator decisivo para levar as energias renováveis para o próximo nível. Dadas as crescentes restrições e cortes de capacidade da rede em muitos países, o ESS é fundamental para permitir um maior crescimento das energias renováveis.

Por conseguinte, a nossa nova atividade de armazenamento complementa a nossa posição de liderança no mercado dos módulos, com boas sinergias em todos os segmentos de mercado. A nossa carteira de produtos ESS abrange soluções personalizadas para soluções ESS residenciais e de C&I (JinKo Sungiga) e à escala dos serviços públicos (JinKo Suntera).

O que levou à decisão de desenvolver séries Tiger Neo separadas para condições extremas, em vez de uma com tamanhos normalizados? Considera que o impulso para a normalização dos tamanhos será benéfico para a indústria e qual o papel desempenhado pela JinKo Solar nesse processo?

Uma reflexão estratégica geral sobre esta boa pergunta: Há uma linha muito ténue para um fabricante de módulos equilibrar entre a maior normalização possível, por razões de custos, e a personalização dos produtos para satisfazer o melhor possível as necessidades do mercado específicas do segmento. Cada “personalização” conduz automaticamente a um aumento dos custos de fabrico, o que é crítico, especialmente no atual ambiente de pressão dos preços.

"A grande novidade da Intersolar é o facto de levarmos a Neo para o próximo nível, lançando a nossa novíssima Neo Green. O Neo Green será produzido em fábricas totalmente neutras em termos de carbono e, consequentemente, reduzirá significativamente a pegada de carbono dos nossos módulos solares.”

Daniel Peña, Diretor de Vendas para a Península Ibérica da JinKo Solar EU.

Com a nossa série Neo, alcançámos um bom equilíbrio entre a normalização, o que é definitivamente benéfico para o setor e permitirá a melhor competitividade de custos e a adequação aos diferentes segmentos de mercado e condições locais.

A grande novidade da Intersolar é o facto de levarmos a Neo para o próximo nível, lançando a nossa novíssima Neo Green. O Neo Green será produzido em fábricas totalmente neutras em termos de carbono e, consequentemente, reduzirá significativamente a pegada de carbono dos nossos módulos solares. Isto faz parte do compromisso da JinKo Solar, não só de fornecer soluções energéticas que ajudarão a atingir os objetivos de energia renovável, mas também de o fazer de uma forma mais amiga do ambiente, como empresa responsável com um compromisso claro de cumprir os nossos objetivos RE100.

Como é que as prioridades ambientais, sociais e de governação (ESG) mudaram nos últimos anos? Como procuraram assegurar elevados padrões de conformidade ESG com a vossa linha de produtos Neo Green, em particular? Acham que os compradores estão mais conscientes do que nunca dos requisitos ESG e de aspetos relacionados, como a rastreabilidade?

A Jinko Solar continua a liderar o setor em termos de transparência e integridade da informação em relação aos temas ESG. A empresa está empenhada não só em melhorar a eficiência dos produtos e as operações de produção com baixo teor de carbono, mas também em concentrar-se na melhoria contínua da arquitetura de gestão ESG. Como parte da jornada de zero emissões líquidas, a JinKo Solar comprometeu-se com o futuro próximo e o desenvolvimento a longo prazo. A Europa é um dos mercados mais importantes para abordar grandes esforços e práticas bem-sucedidas.

Para destacar, a JinKo Solar preparou para diferentes mercados e jurisdições europeias EPDs e certificações de pegada de carbono aplicáveis e competitivas. Graças à tecnologia avançada, a pegada de carbono dos módulos fotovoltaicos do tipo N da JinKo Solar é tão baixa quanto 402kgCO2/kw.

"Estes painéis TOPCon do tipo N são produzidos em fábricas que receberam a certificação “Zero Carbon Factory” da TÜV Rheinland pela sua conformidade com os critérios e requisitos dessa certificação. A JinKo Solar é também a primeira empresa do setor a obter esta certificação para o fabrico de lingotes de silício, corte de waffers de silício, fabrico de células solares e fabrico de módulos solares.”

Daniel Peña, Diretor de Vendas para a Península Ibérica da JinKo Solar EU.

Além disso, na Intersolar apresentámos a nossa série Neo Green. Estes painéis TOPCon do tipo N são produzidos em fábricas que receberam a certificação “Zero Carbon Factory” da TÜV Rheinland pela sua conformidade com os critérios e requisitos dessa certificação. A JinKo Solar é também a primeira empresa do setor a obter esta certificação para o fabrico de lingotes de silício, corte de waffers de silício, fabrico de células solares e fabrico de módulos solares. Este marco assinala um passo importante no percurso da empresa em direção ao seu objetivo de promover a sustentabilidade, a inovação e a responsabilidade ambiental.

A capacidade inicial de 5 GW da Neo Green é o resultado de anos de trabalho significativo de investigação e desenvolvimento, bem como da maximização da adoção de uma abordagem ambientalmente consciente em toda a sua cadeia de abastecimento verticalmente integrada, incluindo a utilização de eletricidade solar, hídrica e eólica nas suas fábricas de waffers, células e módulos em Leshan, Chuxiong e Shangrao.

Como parte dos seus esforços ambientais mais amplos, para além do seu objetivo de atingir 100% de eletricidade produzida a partir de fontes renováveis para o fabrico e produção, a JinKo Solar continuará a expandir a utilização de materiais reciclados e a aumentar a utilização de camiões elétricos e navios movidos a gás natural liquefeito. Além disso, a JinKo Solar tem também como objetivo reduzir gradualmente a utilização de plástico nas suas embalagens.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 29 de julho

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  • 29 Julho 2024

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